sábado, 14 de junho de 2014

O que não pode faltar na mesa junina

Com a chegada do frio e do mês de junho, é inevitável não se lembrar da festa junina. Essa celebração, que ocorre em todo o Brasil, tem sua origem nas festas de alguns santos populares em Portugal, como Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. A origem do nome “junina”, inicialmente chamada de “joanina”, tem a ver com São João. E o que não pode faltar na mesa desta festa se relaciona justamente com o ato de agradecer aos santos pelas chuvas caídas nas lavouras. Veja a seguir algumas das deliciosas iguarias tradicionais desta época do ano.

Quentão
Uma das bebidas mais típicas de todas as quermesses, o quentão consiste em uma mistura de vinho, açúcar, gengibre, cravo e canela. Há, ainda, quem adicione cascas de limão e laranja. Em alguns lugares do Brasil, se utiliza cachaça no lugar do vinho. É destinado a adultos, porém se as crianças quiserem provar o quentão, é necessário esperar que o álcool se evapore por completo.

Vinho quente
Bebida tradicional das festas juninas como o quentão, o vinho quente é muito consumido no interior de São Paulo. A diferença consiste em que este não leva gengibre e as quantidades dos ingredientes são diferentes. Ao preparar o vinho quente, sentirá o aroma de especiarias, frutas, caramelos e da própria bebida no ar. Com este cheirinho tentador, sua festa junina vai ficar ainda mais convidativa.

Pé de Moleque
Este doce, típico da culinária brasileira, é feito através da mistura de amendoins torrados e moídos e rapadura. Segundo consta, a origem do nome faz referência à expressão “- Pede moleque!”. As quituteiras, que vendiam doces na rua, eram alvos de furtos por parte da criançada. Uma forma de evitar o abuso dos meninos foi o uso da expressão, que com o tempo transformou o nome do doce que vendiam em “pé de moleque”.
  
Pipoca
Uma refeição muito fácil de preparar, a pipoca ou pororoca, como também é conhecida, foi descrita pelos primeiros europeus quando estes chegaram à América, como um salgado à base de milho. Mais tarde foi descoberto que esse milho é uma variedade especial, com espigas menores. Já no século XIX, era bastante comercializada em feiras e parques. Com o passar do tempo, o salgado se tornou bastante popular e teve presença garantida em muitas quermesses. Mas, não sem antes, se apresentar em sua variedade, a pipoca doce.

Pinhão
O pinhão é a semente da Araucária Angustifolia. Mede, aproximadamente, quatro centímetros, de forma alongada e da cor marfim. Muitos indígenas viviam da caça e da coleta do pinhão, no que hoje é a região de Santa Catarina. Da mesma forma, viviam os descendentes de italianos e alemães que colonizaram esta área. Sem valor reconhecido, o pinhão é tido como um alimento pobre. Hoje em dia, se usa para fazer paçoca de pinhão e para preparar entrevero, um cozido de carnes e verduras acompanhado pela semente.

Canjica
Preparado com farinha de milho branco ou milho verde ralado, a canjica, que contém leite, açúcar, manteiga e canela, também é conhecida como curau ou mingau de milho branco. Pode ser consumida quente ou gelada. O seu nome é de origem africana, de um grupo etnolinguístico conhecido como banto. Muitas pessoas acreditam que o doce é capaz de curar gripes. Recuperando o corpo do mal estar causado pela enfermidade, o doce apresenta células de defesa envolvidas no processo inflamatório.

Arroz-doce
Um doce que não pode faltar na sua quermesse é o arroz-doce. Pode ser cozido diretamente no leite, ou em água com açúcar. Há ainda, quem acrescente amêndoas, frutas, chocolates e condimentos como a canela, algumas folhas de louro ou até mesmo a casca do limão. A expressão “arroz-de-festa” atravessou o oceano, vinda de Portugal. E, justamente, por causa da sua versão em doce, é que esta iguaria não pode faltar na festa junina.

Cocada
Tradicional da Angola e típica no Brasil, a receita da cocada pode variar. Em geral leva gemas, leite e coco ralado, mas também pode conter leite condensado, rapadura e leite-de-coco. Atualmente, para dar sabor à cocada, é usada polpa de fruta. A expressão “rei da cocada preta” se originou quando a família real chegou ao Brasil e adotou a cocada preta como seu quitute favorito. A cocada branca é denominada “Santo Antônio” e é bastante solicitada nas bancas das baianas de Salvador.

Bolo de Fubá
Um dos doces mais procurados nas festas juninas é o bolo de fubá. Consumido pelos quatros cantos do nosso país, o fubá é obtido pela moagem fina do milho cru, seco e debulhado. No século XVIII foi tido como um dos principais alimentos, tendo sido os portugueses responsáveis pela sua popularidade. Acompanhava o feijão, a carne-seca e os cozidos de galinha. Também foi muito importante na alimentação dos escravos. Hoje, também é muito consumido na hora do lanche.

Mexicano
Muito conhecido no estado de São Paulo como buraco quente, o mexicano nada mais é que pão francês recheado com carne moída. Mas vale a criatividade. Queijo, muçarela, batata palha, milho, ervilha, maionese, ketchup, mostarda e o que mais você desejar. Uma sugestão é comprar o pão francês de tamanho menor, também conhecido como mini média ou mini francês. Se puder servir e comer ainda quente, ficará ainda mais gostoso.

Fonte: http://www.ehow.com.br/faltar-mesa-junina-slide-show_69138/ - Escrito por Marcinho Lc - Foto Getty Images 

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