terça-feira, 14 de novembro de 2017

Atividade física ajuda a controlar sintomas de depressão e outros transtornos psicológicos

Os sedentários ganharam mais um motivo para mexer o corpo. De acordo com um estudo publicado na revista científica “American Journal of Psychiatry”, praticar exercícios físicos em qualquer intensidade ajuda a prevenir os sintomas da depressão.

“O exercício não é a única terapia indicada. Ele funciona em associação com a psicoterapia e medicamentos. Contudo, a atividade física precisa, sim, ser encarada como uma prescrição médica”, afirma o neurologista cognitivo Fábio Porto.

Tratar a depressão com exercícios
Para compor o levantamento, os cientistas reuniram as informações de uma das maiores pesquisas sobre saúde da Noruega, realizada com quase 34 mil adultos e com informações coletadas entre 1984 e 1997.
Na época, os participantes responderam perguntas referentes à frequência e intensidade com que se exercitavam. Depois, eles completavam outro questionário para indicar qualquer sinal de ansiedade ou depressão.
O levantamento revelou que as pessoas que declararam não se exercitar tiveram 44% mais chances de desenvolver depressão, se comparadas com os indivíduos praticantes de atividades físicas.

Como a atividade física age no cérebro?
De acordo com o neurologista, o exercício físico modula algumas regiões do cérebro que são importantes para o controle do humor, da motivação, raciocínio e, por isso, a atividade física pode fazer com que a sensação de motivação e prazer sejam maximizadas durante e após o exercício.
"Além de aumentar a quantidade de sangue no cérebro, melhorando as sensações de prazer, praticar exercícios físicos também traz resultados resultados indiretos ao praticante, como a melhora do sono, dos neurotransmissores e aumento da sensação de bem-estar", conta Porto.

Duração indicada
O levantamento afirma que apenas uma hora de exercícios já ajuda na melhora dos sintomas da depressão. Para Porto, o recomendado é de ao menos 150 minutos semanais.
Contudo, o tempo disponível não deve ser visto como um impedimento para que você se movimente. "Se a pessoa fizer duas vezes por semana de 40 minutos cada sessão, já é melhor do que não fazer nada. Quanto mais, melhor, mas mesmo que a quantidade seja pouca, já traz benefícios", afirma o especialista.


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