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domingo, 18 de dezembro de 2022

Argentina se torna tricampeã da Copa após bater a França nos pênaltis


Depois de 36 anos de espera, a Argentina enfim conseguiu libertar o grito de "é campeão" da garganta novamente. Neste domingo, pela grande final da Copa do Mundo de 2022, a seleção argentina levou um susto, mas derrotou a França por 4 a 2 nos pênaltis, após empate de 3 a 3 na prorrogação, no Estádio Lusail, em Doha, no Catar.

 

Os sul-americanos iniciaram com tudo a decisão. Após pressionar nos primeiros minutos, a equipe de Lionel Scaloni abriu o placar aos 22 do primeiro tempo, com gol de Lionel Messi, de pênalti. Aos 35, foi a vez de Di Maria balançar as redes e ampliar o marcador.

 

Na etapa final, entretanto, o cenário mudou. Os franceses iniciaram a recuperação aos 34 minutos, com Kylian Mbappé, de pênalti. Menos de dois minutos depois, o astro francês voltou a brilhar e deixou tudo igual.

 

Assim, o jogo foi para a prorrogação, onde brilharam novamente Lionel Messi e Kylian Mbappé. O argentino deixou o seu país na frente aos três minutos da etapa final do tempo extra. No lance seguinte, porém, o francês deixou tudo igual novamente.

 

Já nos pênaltis, a seleção argentina se deu melhor. Messi, Dybala, Paredes e Montiel fizeram. Do outro lado, Mbappé e Kolo Muano até marcaram, mas Coman e Tchouaméni perderam e deram o título para a Argentina.

 

Com o resultado, portanto, a Argentina se consagrou tricampeã mundial. A seleção também conquistou a taça em 1978 e 1986.

 

A França, por sua vez, perdeu a chance de conquistar a sua terceira Copa. Os franceses levantaram o troféu em 1998 e 2018. Os europeus, aliás, não conseguiram igualar Itália (1934 e 1938) e Brasil (1958 e 1962), que são os únicos bicampeões consecutivos.

 

Brilho de Messi

Lionel Messi foi o grande nome da Argentina nesta Copa do Mundo e também teve papel fundamental na final, com duas bolas na rede.

Desta forma, o camisa 10 chegou à marca de 13 gols em Mundiais, sendo assim o maior artilheiro da seleção no torneio. Apenas no Catar, foram seis bolas na rede e deu três assistências.

Com o tento na decisão, o ultrapassou Pelé e assumiu a quinta colocação na artilharia histórica das Copas. O goleador máximo é Miroslav Klose, com 16. O vice é Ronaldo, que tem 15.

Além disso, Messi se tornou o jogador com mais jogos em Mundiais. Ele soma 26 partidas. Segundo o próprio camisa 10, essa é a sua última participação na competição.

 

E o Mbappé?

Grande astro da França, o jovem Kylian Mbappé foi decisivo na final da Copa do Catar, apesar da derrota. O atacante teve um primeiro tempo apagado, mas reagiu na reta final e marcou três gols, igualando o Geoff Hurst como os únicos jogadores a marcar um hat-trick em uma final de Copa. O inglês atingiu o feito em1966, na vitória de 4 a 2 da Inglaterra sobe a Alemanha.

Com os tentos, Mbappé encerrou o Mundial como artilheiro, com oito gols. Além disso, ele encostou na artilharia histórica dos mundiais, com 11 bolas na rede.

 

O jogo

A primeira etapa da decisão começou com os argentinos um pouco mais incisivos. Com dois minutos, De Paul tabelou com Messi e lançou para Julián Álvarez, que pegou fraco na bola na hora de finalizar. Na sequência, Mac Allister foi acionado na esquerda, cortou para o meio e arriscou de fora. Atento, Lloris agarrou firme.

Aos sete, foi a vez de De Paul tentar. O volante ficou livre e soltou uma pancada da intermediária. A bola desviou no meio do caminho e se perdeu pela linha de fundo.

Com 16 minutos, a seleção argentina teve uma ótima chance. Em rápido contra-ataque, Messi enfiou para De Paul, que cruzou rasteiro para Di María na entrada da área. O meia, porém, pegou mal na bola e isolou.

Já aos 22 minutos, a pressão, enfim, surtiu efeito. Di María foi acionado na esquerda, deu belo drible em Dembélé, invadiu a área e foi derrubado pelo atacante. O árbitro, então, marcou pênalti. Na cobrança, Messi deslocou Lloris e saiu para o abraço.

Mesmo com o gol sofrido, a França seguiu apática em campo e nem sequer esboçou uma reação. Com isso, não demorou para a vantagem aumentar.

Aos 35, a Argentina fez um contra-ataque de almanaque. Mac Allister roubou a bola no campo de defesa e tocou para Messi. O camisa 10 deu um toque genial para Álavarez, que deu ótimo lançamento para Mac Allister. Desta vez, o meia disparou, invadiu a área e cruzou rasteiro para Di María. O jogador de 34 anos tocou de primeira, na saída de Lloris, para marcar o segundo dos hermanos.

A partir de então, os sul-americanos apenas controlaram a vantagem até o fim do primeiro tempo.

 

2º tempo

Na volta do intervalo, a Argentina seguiu melhor. Com quatro minutos, Di María cruzou para De Paul, que emendou um belo voleio para a defesa de Lloris. Na sequência, o goleiro voltou a trabalhar, desta vez em chute rasteiro de Julián Álvarez.

Aos 14, Di María fez bela jogada individual pela esquerda e cruzou para Messi. Pressionado na grande área, o camisa 10 tentou o arremate de direita, mas mandou pelo lado.

Já a partir dos 20 minutos, a França, enfim, cresceu um pouco no jogo e partiu para o ataque. A equipe, porém, teve dificuldades para encontrar espaços na forte marcação argentina. Aos 25, Mbappé costurou pela esquerda, invadiu a área e finalizou forte por cima do travessão.

Já aos 35, os franceses descontaram. Muani ganhou de Otamendi e disparou para a área. Na tentativa de cortar, o zagueiro derrubou o atacante, originando pênalti. Na cobrança, Mbappé bateu firme e diminuiu a vantagem.

E o tento animou muito os Blues. Com isso, não demorou para sair o empate. Dois minutos depois, Coman desarmou Messi no meio de campo, avançou até a entrada da área e levantou para Mbappé, que emendou um lindo voleio para deixar tudo igual no Lusail.

Nos minutos finais, a França seguiu em cima. Já nos acréscimos, o camisa 10 francês disparou pelo meio e bateu com perigo por cima. Na sequência, Rabiot foi acionado na marca do pênalti e arrematou rasteiro para a defesa de Martínez.

A Argentina respondeu no último lance. Messi recebeu com liberdade na meia-lua e bateu firme. Atento, Lloris voou para evitar o golaço. Assim, o jogo foi para a prorrogação.

 

Tempo extra

Na prorrogação, o jogo ficou bem aberto. Com 15 minutos do primeiro tempo, Messi tabelou na entrada da área e clareou a jogada para Lautaro Martínez, que tentou o chute rasteiro. Upamecano cresceu na frente do atacante e cortou. No rebote, Montiel soltou uma pancada e só não marcou um golaço por Varane desviou de cabeça.

Na sequência Lautaro teve mais uma chance. O atacante foi acionado na área e tocou na saída de Lloris. Mais uma vez, porém, Upamecano desviou e evitou o tento.

Já no segundo tempo, brilhou Lionel Messi. Com três minutos, Lautaro recebeu na direita e soltou uma bomba para a defesa de Lloris, No rebote, o camisa 10 não perdoou e mandou para o fundo da meta.

Do outro lado, porém, Mbappé também estava em uma noite inspirada. Dois minutos depois, a bola bateu na mão de Montiel e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, o astro francês deixou tudo igual de novo.

No último lance, quase saiu a virada. Mbappé foi lançado na área e soltou uma bomba. Martínez cresceu na frente do atacante e operou um milagre para evitar o tento e levar o jogo para os pênaltis.

 

Pênaltis

Nas penalidades máximas, quem se deu melhor foi a Argentina. Messi, Dybala, Paredes e Montiel fizeram. Do outro lado, Mbappé e Kolo Muano até marcaram, mas Coman e Tchouaméni perderam e deram o título para a Argentina.

 

FICHA TÉCNICA

ARGENTINA 3 (4) X (2) 3 FRANÇA

 

Local: Estádio de Lusail, na cidade Al Daayen, no Catar;

Data: 18 de dezembro de 2022, domingo;

Horário: 12 horas (de Brasília);

Árbitro: Szymon Marciniak (POL);

Assistentes: Pawel Sokolnicki (POL) e Tomasz Listkiewicz (POL);

VAR: Tomasz Kwiatkowski

Cartões amarelos: Enzo Fernández, Acuña e Paredes (Argentina); Rabiot, Giroud, Thuram (França)

 

GOLS: Messi, aos 22 do 1ºT e aos 3 do 2ºTP, Di María, aos 35 do 1ºT (Argentina); Mbappé, aos 34, 36 do 2ºT e 12 do 2ºTP (França)

 

ARGENTINA: Emi Martínez; Molina (Montiel), Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico (Dybala); Di María (Acuña), De Paul, Enzo Fernández e Mac Allister; Messi; Julián Álvarez .

Técnico: Lionel Scaloni

 

FRANÇA: Lloris; Koundé (Disasi), Varane, Upamecano e Theo Hernández (Camavinga); Tchouaméni e Rabiot (Fofana); Dembélé (Muani), Griezmann (Coman) e Mbappé; Giroud (Thuram).

Técnico: Didier Deschamps

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/copa-do-mundo/messi-brilha-ofusca-hat-trick-de-mbappe-e-argentina-se-torna-tricampea-da-copa-apos-bater-a-franca-nos-penaltis/


Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis. Marcos 10:27


quarta-feira, 13 de março de 2013

Cardeal Argentino é eleito o novo papa


Igreja Católica anuncia o argentino Jorge Mario Bergoglio como sucessor de Bento 16

A Igreja Católica anunciou às 20h14 (16h14 de Brasília) desta quarta-feira (13) quem é seu novo papa: o cardeal jesuíta Jorge Mario Bergoglio, 76, da Argentina.

Ele foi o escolhido para suceder Bento 16 no conclave que começou na terça-feira (12) e terminou hoje, às 19h07 (15h07 de Brasília), quando a fumaça branca tomou a praça São Pedro, após cinco escrutínios.

O nome do novo papa foi revelado após o famoso "Annuntio vobis gaudium, habemus Papam" ("anuncio uma grande alegria: temos um papa"), feito pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran. O nome papal escolhido pelo cardeal Bergoglio é Francisco 1º.

No momento do anúncio, os fiéis que aguardavam na praça São Pedro ficaram eufóricos. Houve uma comoção geral e o sentimento em muitos era de surpresa.

O padre argentino Estebán Rodrigues se disse surpreendido com um papa de seu país. "Foi uma surpresa total e espero que ele continue nos surpreendendo", disse. A escolha do nome do novo pontífice também o agradou. "Francisco é um santo de muito humildade, de dedicação aos pobres e aos necessitados."

A estudante argentina Virgínia Gonçalino também estava feliz com a eleição de um papa sulamericano. "Sendo de tão longe, o novo papa poderá ter uma visão mais global do que se passa no mundo."

Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.

O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.

Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos.

Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.

Em seu primeiro discurso, feito logo após o anúncio de seu nome, Francisco 1º agredeceu ao acolhimento da comunidade de Roma e, também lembrou do papa emérito Bento 16, seu antecessor Ele bateu outros cardeais considerados favoritos, como o italiano Angelo Scola e o brasileiro Odilo Scherer.

Primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica, Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.

Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969. O jesuíta foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina em 27 de junho.

A nomeação como arcebispo também foi feita por João Paulo 2º em 3 de junho de 1997. Chegou ao posto de cardeal pelas mãos do mesmo papa em 21 de fevereiro de 2001.

Bergoglio é o 266ª papa da história da Igreja Católica. Filho de um casal de italianos --Mario e Regina Bergoglio--, o religioso jesuíta chegou a se formar como técnico químico, mas logo abraçou o sacerdócio e começou seus estudos religiosos no seminário de Villa Devoto, bairro da capital argentina.

Estudou teologia na faculdade de teologia do do colégio de San José, em San Miguel de Tucumán, cidade no norte da Argentina.

Seu sacerdócio começou em 1969, mesmo ano em que foi para Espanha completar sua formação intelectual de jovem sacerdote na universidade Alcalá de Henares, em Madri. A partir de seu retorno à Argentina, em 1972, continuou sua carreira apostólica no norte do país, na mesma San Miguel de Tucumán.

Bergoglio retornou a Europa em 1986, na Alemanha, para concluir seu doutorado, mas acabou retornando ao seu país no mesmo ano para assumir o cargo de diretor espiritual e confessor da Companhia de Jesus, em Cordoba.

Seu retorno à cidade natal aconteceu em 1992, quando foi nomeado por João Paulo 2º bispo de Auca e auxiliar de Buenos Aires.

Escolha aconteceu 13 dias após renúncia de Bento 16

Após 13 dias da renúncia de Bento 16, a quinta votação do conclave, realizada na tarde desta quarta-feira (13), terminou com a escolha do novo papa. Às 15h07 (Brasília), uma fumaça branca saiu da chaminé da capela Sistina, indicando que os cardeais chegaram a um consenso sobre o próximo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.

Os sinos da basílica de São Pedro confirmaram que o novo pontífice recebeu ao menos dois terços dos votos dos cardeais e já aceitou a missão de comandar a Santa Sé.

O anúncio dos nomes de batismo e pelo qual será conhecido o sucessor de Bento 16 será feito na sacada da basílica de São Pedro, com a famosa frase: "Habemus Papam!".

A escolha foi realizada por 115 cardeais, sendo cinco brasileiros: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.

Estavam aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, era obrigatória. No entanto, dois eleitores conseguiram a dispensa necessária para não participarem da votação, um por motivo de saúde (cardeal indonésio Julius Darmaatjadja) e outro por ter renunciou ao cargo (cardeal britânico Keith O'Brien).