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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

10 motivos para recusar sacolas descartáveis e preservar a biodiversidade


No Ano Internacional da Biodiversidade e com a COP10 – Convenção de Diversidade Biológica prestes a acontecer, no Japão, em outubro, o tema se tornou o centro das atenções do mundo. Muito merecido, afinal, a biodiversidade envolve todos os seres vivos que habitam o nosso planeta – incluindo os seres humanos – e, num sistema interdependente como o nosso, o desaparecimento de uma espécie afeta a vida das demais.
Entre as várias atitudes que podemos tomar para preservar essa riqueza biológica da qual tanto dependemos, está a redução do uso de sacolas plásticas em nosso dia-a-dia. Aproveite para registrar, no site do Planeta Sustentável, as sacolinhas que você recusa diariamente!

Eis aqui dez motivos para você defender essa causa.

1. Os plásticos convencionais levam cerca de 400 anos para se decompor. Segundo um levantamento do Ministério do Meio Ambiente, de 2009, cada família brasileira descarta cerca de 40 kg de plásticos por ano e mais de 80% dos plásticos são utilizados apenas 1 vez.

2. Por serem leves, os sacos plásticos voam com o vento para diversos locais e acabam poluindo não apenas as cidades, mas também nossos biomas, as florestas, rios, lagos e oceanos.

3. A sopa de lixo que flutua pelo oceano Pacífico contém mais de 100 milhões de toneladas, sendo que 90% são constituídos de detritos de plástico. Desse total, 80% vêm do continente.

4. Nos oceanos, as sacolas plásticas se arrebentam em pedaços menores e se tornam parte da cadeia alimentar de animais marinhos dos mais variados tamanhos. Ao ingerirmos esses animais, engolimos também resíduos de plástico que fazem mal à nossa saúde.

5. A ingestão de pedaços de sacolas plásticas já é uma das principais causas das mortes de tartarugas, que confundem o plástico com comida e têm seu aparelho digestivo obstruído. Estima-se, ainda, que em torno de 100 mil mamíferos e pássaros morram sufocados por ano por ingerirem sacos plásticos. Na Índia, cerca de 100 vacas morrem por dia por comerem sacolas plásticas misturadas a restos de alimentos.

6. Nas cidades, as sacolas descartadas de maneira incorreta entopem bueiros, provocando enchentes, que causam a morte de pessoas e animais domésticos, destroem plantas e árvores e até contribuem para que os peixes nadem para fora do leito de rios e morram.

7. Jogadas em um canto qualquer da cidade, as sacolinhas podem acumular água parada e permitir a proliferação do mosquito da dengue.

8. O plástico já é o segundo material mais comum no lixo municipal.Quando os aterros chegam à sua capacidade máxima, é preciso abrir outras áreas – que poderiam ser utilizadas para plantio de vegetação nativa, por exemplo – para o depósito de resíduos.

9. O material orgânico depositado em sacos plásticos demora mais para ser degradado e decomposto em nutrientes e minerais, que serão utilizados em outros processos biológicos.

10. Com a decomposição lenta dos resíduos orgânicos aprisionados nas sacolas plásticas, produz-se mais metano e CO2, que são liberados quando a sacola é rasgada e contribuem para a aceleração do aquecimento global.

Convencido? Então, sempre recusar uma sacolinha no supermercado, na farmácia, na padaria e onde mais te oferecerem uma, registre no Contador de Sacolas Descartáveis Recusadas, do Planeta Sustentável! Já são quase 2 milhões de sacolinhas evitadas. A biodiversidade agradece!

Fonte: Revista Super Interessante

domingo, 26 de abril de 2009

As bolsas de estudo e a falta de ética

O ano letivo está sendo iniciado e neste momento é que percebemos os alunos que foram transferidos da escola seja por uma escolha de mudar de colégio ou por ter ganho uma bolsa de estudo, principalmente os alunos do ensino médio que estarão prestando vestibular no final do ano ou os atletas que se destacaram em um determinado esporte no ano passado.

A escola prepara o aluno do maternal até o 1º ou 2º ano do ensino médio quando este recebe uma bolsa para estudar o 3º ano ou assistente em outra escola e quando este aluno é aprovado no vestibular os créditos ficam para a escola que ensinou um ou dois anos. Algumas escolas ficam esperando a pré-classificação dos alunos de outras escolas no PSS do 1º e 2º ano para depois oferecer bolsas aos melhores classificados. Por que as escolas não oferecem bolsas para os alunos que não são destaques nas notas ou não foram bem classificados no PSS?

Algumas escolas estão se consagrando campeãs em aprovação no vestibular, mas com os alunos de outras escolas, pois não têm capacidade de montar uma estrutura com a finalidade de dá uma formação integral ao aluno desde os primeiros anos de escolaridade, porque é mais fácil, cômodo e bom financeiramente, pegar o aluno já preparado por outra escola e conseguir os resultados sem muitos investimentos e responsabilidades. Algumas escolas divulgam a aprovação de uma quantidade de alunos neste ou naquele curso, mas não divulgam a grande quantidade de alunos que não conseguiram a aprovação. Em 2007, dos 22.802 inscritos no vestibular da UFS apenas 4.112 foram aprovados, ou seja, 18.690 não alcançaram a aprovação. Os que não foram aprovados estão preparados para enfrentar a faculdade da vida, com seus problemas no dia-a-dia?

É compreensível que os pais queiram aproveitar a oportunidade do seu filho estudar gratuitamente, mas não reconhecer que a aprovação dele foi consolidada pela escola que o preparou durante mais de dez anos é uma injustiça, creditando à fama a escola que ensinou pouco tempo ao seu filho. Vale ressaltar que o mérito pela aprovação no vestibular é do aluno pela sua dedicação aos estudos e sua inteligência, pelos esforços da família para oferecer um bom estudo ao seu filho e em terceiro aparecem a escola e os professores.
No esporte, não é diferente, o aluno é treinado por vários anos por um professor, torna-se um atleta qualificado, depois vem outro técnico e oferece bolsa a este aluno para reforçar sua equipe, com o objetivo de ser campeão e ganhar os créditos de bom técnico em cima do trabalho do outro.

A bolsa para atleta foi iniciada no auge dos Jogos da Primavera nas décadas de 70 e 80, quando as escolas particulares, para reforçar suas equipes, ofereciam bolsas para os alunos que se destacavam principalmente nas escolas públicas, que na época tinham um excelente nível técnico, o contrário do que acontece atualmente.

Nos diais atuais, as escolas particulares oferecem bolsas aos atletas da própria rede. Durante as competições realizadas no Estado, alguns técnicos assistem aos jogos dos adversários e começam a cortejar os melhores atletas, chegam a fazer visitas às famílias para convencê-las a transferir seu filho para sua escola através da bolsa de estudo. Uma total falta de respeito com o colega professor que trabalhou durante anos o aluno, e quando ele está com um excelente nível técnico é convidado a abandonar sua equipe, seu professor e sua escola para dá título, nome e fama a outro técnico e a outra escola.

Os técnicos que defendem as bolsas de estudo para atletas afirmam que estão “oportunizando” para os alunos, melhores condições de estudo e treinamento. Então por que não oportunizam para os atletas mais fracos? Porque só querem os bons, os que já estão preparados.

Atualmente, algumas equipes estão quase se profissionalizando, com o objetivo de ser campeãs e representar o Estado nos JEB’s. Este ano, aconteceu um fato inusitado, um aluno de uma determinada escola aceitou ser transferido para outra, por ser bom nos estudos e no esporte, ganhando uma bolsa de 100%, farda, material escolar e um emprego para o pai.

A que ponto estão chegando algumas escolas para aparecer no cenário educacional frente à sociedade, oferecendo bolsas de estudos sem escrúpulos e sem ética aos alunos de outras escolas que se destacam no estudo e no esporte, com total desrespeito a todos.

E natural que os pais queiram a aprovação do seu filho no vestibular, tenham um filho campeão esportivo, mas eles devem se preocupar principalmente, que o mesmo receba na escola uma formação integral, preparando-o para enfrentar todas as provas da vida, que são muitas e difíceis.

Por José Costa
Professor de Educação Física
CREF 000245-G/SE