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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O que é a musicoterapia e qual o seu potencial?


A música está ganhando poder de remédio para silenciar males tão distintos quanto dor e depressão. Entenda como ela afeta a cabeça e o corpo

Antes de falar da musicoterapia, cabe pensar no efeito da música. Veja só: a cacatua Snowball virou febre no YouTube. Seus vídeos chegam a 7 milhões de visualizações. Neles, a ave dança e chacoalha a cabeça ao som de hits do cantor Michael Jackson e da banda Queen. Esse requebrado todo chamou a atenção de cientistas das universidades americanas Tufts e Harvard, que resolveram investigar a fundo essa habilidade única. Eles descobriram que o pássaro, morador de um santuário na cidade de Duncan, na Carolina do Sul (EUA), é capaz de realizar 14 movimentos, que variam conforme a batida das canções.

O bailado de Snowball pode até parecer inusitado e arrebatar milhões de espectadores. Mas você já parou pra pensar sobre a influência que a música tem sobre nós, seres humanos? Afinal, ela está presente em todas as fases da vida e dita o ritmo das mais variadas situações e momentos. Pode reparar: até mesmo os bebês recém-nascidos fazem sons com a boca e são atraídos por barulhos muito antes de dizerem as primeiras palavras.

Para a ciência, não há dúvidas de que a música tem um impacto nas emoções, no comportamento e, em última análise, até na saúde de cada um de nós. Quando tocamos um instrumento ou ouvimos alguma gravação, diversas áreas do cérebro são instigadas — poucas atividades intelectuais têm um efeito tão amplo.

“Regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”, destrincha a enfermeira Eliseth Leão, pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, na capital paulista.


Mas essas reações não se limitam à massa cinzenta. Experimentos mundo afora vêm testando e reconhecendo o poder terapêutico das melodias para enfrentar os males que abalam a mente e também o corpo. Tanto é que estudiosos já ousam encará-las como um remédio de verdade, com prescrição de dose e esquema de uso.

Os trabalhos pioneiros nessa área foram iniciados na psiquiatria e mostraram que as composições têm um papel a cumprir em doenças como a ansiedade e a depressão.

“Elas também são capazes de reduzir o nível de estresse durante um procedimento cirúrgico, baixam a pressão arterial e a frequência cardíaca e até aceleram a recuperação após uma sessão de exercícios físicos”, lista o fisiologista Vitor Engrácia Valenti, da Universidade Estadual Paulista, em Marília, que publicou uma série de pesquisas que investigam essas questões. Mas será que todos os estilos musicais têm o mesmo efeito?

Os efeitos de cada estilo musical na saúde
Intuitivamente, nós sabemos selecionar o melhor tipo de som para cada ocasião. Na academia de ginástica, por exemplo, preferimos ritmos mais acelerados, que ajudam a dar aquele gás extra para o esforço físico. Já durante a meditação ou a leitura, apostamos em composições mais calmas, que auxiliam a focar e relaxar. Mas é preciso considerar que isso muda de acordo com o lugar onde você nasceu.

“Na cultura ocidental, batidas mais rápidas e progressivas são sinal de alegria, enquanto um compasso lento denota certa tristeza”, ensina o neurocientista Raphael Bender, do Centro Estadual de Educação Profissional Professora Lourdinha Guerra, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Em alguns países orientais, essa lógica se inverte.

Com base nessas observações, cientistas começaram a questionar se havia um estilo musical que fosse mais vantajoso que os outros. A escolha natural na maioria das pesquisas são as músicas clássicas compostas por Mozart, Bach ou Vivaldi. “É impressionante como elas continuam a transmitir uma mensagem mesmo após três ou quatro séculos de seu lançamento”, observa Eliseth.

Porém, não dá pra cravar que esse seja o estilo mais saudável de todos. Ora, se você não curte a Nona Sinfonia de Beethoven, escutá-la repetidamente só vai deixá-lo mais incomodado. Por isso, nesse processo é essencial botar na balança os gostos pessoais de cada um.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/o-que-e-a-musicoterapia/ - Por André Biernath - Ilustracão: Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Frutas, legumes e verduras afastariam o câncer de cabeça e pescoço


Um estudo brasileiro associa diferentes alimentos naturais a um menor risco de tumores de boca, faringe e laringe

Valorizar os vegetais é uma estratégia conhecida contra o surgimento de alguns tipos de câncer. E, com os avanços na ciência, essa recomendação dietética está ficando mais precisa. Um novo estudo, por exemplo, mostra que certas frutas, legumes e verduras estão ligadas a uma redução no risco dos tumores de boca, faringe e laringe.

O trabalho foi conduzido pelo A.C.Camargo Cancer Center em três estados brasileiros. Ele envolveu 1 740 indivíduos — 847 acometidos por um desses tipos de câncer e outros 893 sem a doença. Dados sobre dieta, higiene pessoal, condição socioeconômica, tabagismo e consumo de álcool foram investigados.

Ao analisar as informações, os estudiosos viram que o risco de sofrer com a doença era menor em quem tinha o prato mais natural. Mas eles não pararam por aí e resolveram avaliar o impacto de ingredientes específicos.

Para cada alimento, um benefício
Na investigação, o hábito de comer regularmente tomate e frutas cítricas estava relacionado à proteção contra o câncer de boca. Maçãs e peras, por sua vez, pareceram resguardar a laringe.


Já o consumo de vegetais crucíferos (da família do brócolis) culminou em uma menor incidência de tumores de laringe e hipofaringe. Essas estruturas, aliás, também se beneficiariam da ingestão de cenoura.

Até a banana, a fruta mais popular do Brasil, associou-se com a menor probabilidade de câncer de orofaringe.

Mas atenção: os voluntários que colheram essas vantagens relatavam comer os vegetais “diariamente” ou, ao menos, “na maior parte dos dias”.

Os nutrientes que espantam tumores
A oncologista Maria Paula Curado, líder da pesquisa, explica que esses alimentos são fontes de substâncias com efeito anticâncer, como os carotenoides. “O licopeno, presente no tomate, tem ação antioxidante e inibe o crescimento das células tumorais, além de atuar no controle do estresse oxidativo”, destaca a médica, que coordena o Núcleo de Epidemiologia e Estatística em Câncer do A.C.Camargo Cancer Center.

Criptoxantina e betacaroteno, outras moléculas de destaque, marcam presença nas frutas cítricas e na cenoura. Além disso, as vitaminas encontradas nesses vegetais reduzem a ação dos radicais livres nas células – um processo que pode levar ao câncer.

Brócolis, repolho e couve, que também foram analisados no estudo, são fontes de glucosinolatos, partículas que inibem as células malignas. Já o segredo da banana estaria em sua rica constituição: polifenóis, vitaminas e outros compostos bioativos.

Ainda assim, mais do que pensar em um ou outro alimento, os especialistas pedem para variar entre diferentes vegetais — e abusar deles. A recomendação do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é consumir no mínimo cinco porções ao dia de frutas e vegetais sem amido ao dia. Cada porção equivale a uma quantidade que caiba na palma da mão do produto picado ou inteiro.

Outros fatores de risco
Estima-se que cerca de 40% dos tipos mais comuns de câncer sejam evitados com modificações no estilo de vida e na dieta. Agora, não dá para dizer que comer vegetais é o suficiente para, por exemplo, anular os efeitos da combinação de cigarro e bebida alcoólica — responsável por quase 80% dos tumores de cabeça e pescoço.

A infecção pelo vírus HPV também pode levar à doença, que é mais frequente em homens. “Nenhum estudo mostra que elementos nutricionais são capazes de amenizar os malefícios causados por agentes carcinogênicos”, conclui Maria Paula.


domingo, 30 de junho de 2019

Quais são os principais tipos de depressão?


Nem toda depressão é igual. Conheça as diferentes faces da doença e qual é o melhor tratamento para cada uma

No caminho entre o preto e o branco, nossos olhos são capazes de distinguir 30 tons de cinza. Todos integram a mesma escala de cor, mas cada um deles tem nuances únicas. O mesmo raciocínio pode ser aplicado à depressão: não se trata de uma doença idêntica para seus 320 milhões de portadores espalhados pelo planeta.

Entre a alegria pura e a tristeza mais profunda, há um espectro de sentimentos e manifestações capazes de repercutir na vida e exigir o olhar de um profissional de saúde. Conheça, abaixo, os principais tipos do transtorno:

Depressão maior
É o tipo mais comum e genérico. “Seus sintomas são tristeza, angústia, desânimo, culpa e alterações no sono, no apetite, na concentração e na libido que persistem por muito tempo”, lista o psiquiatra Volnei Costa, da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos.
A doença se divide em três graus: leve, moderado e grave. Cada um possui a sua abordagem — aliás, não é porque a situação é mais branda que dá para relaxar e ignorar seu impacto no dia a dia.
Tratamento: há três pilares fundamentais em qualquer recuperação: remédios antidepressivos, psicoterapia e a mudança no estilo de vida. Praticar exercícios físicos, por exemplo, é uma recomendação de dez entre dez psiquiatras.

Sazonal
Essa não costuma dar tanto as caras no Brasil ou em outros países com temperaturas mais elevadas e clima ameno. Porém, é um tormento sério em lugares como o norte dos Estados Unidos, o Canadá, a Islândia, a Dinamarca e a Noruega.
Durante o inverno, há pouca luz natural nesses locais — o dia começa tarde e já fica escuro de novo lá pelas 14 ou 15 horas. E a falta do sol afeta os indivíduos mais suscetíveis, que se tornam bastante deprimidos durante as épocas de frio extremo.
Tratamento: além do combo básico (medicamentos, terapia e hábitos saudáveis), uma alternativa bem eficaz é a fototerapia. O paciente fica durante um tempo dentro de uma cabine de luz. Isso beneficia certas regiões do cérebro dele.

Distímica
O termo está caindo em desuso na medicina, mas você pode encontrar profissionais que falam sobre essa versão da melancolia.
Ela é caracterizada por sinais bem leves, quase imperceptíveis, que perduram por dois anos ou mais. A pessoa acaba aprendendo a conviver com aquilo e, por mais prejuízos que tenha no dia a dia, não conversa com ninguém sobre o assunto.
O problema é que o quadro pode se aprofundar rapidamente e provocar sérios danos à saúde física e mental.
Tratamento: a psicoterapia é especialmente estratégica por aqui: durante as sessões, será possível identificar os sintomas e as melhores maneiras de desarmá-los a tempo. Fazer atividade física é outra boa pedida para elevar o ânimo.

Atípica
Apesar do nome, ela é prevalente e intriga os experts. A diferença está na forma como se manifesta.
“Ela segue um padrão peculiar: em vez de sonolência excessiva, dá insônia. Enquanto nas outras há perda de apetite, nela ocorre um aumento na ânsia por comer”, exemplifica o médico Ricardo Alberto Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Outras características são a piora dos sintomas no final do dia e um humor mais sensível e irritável.
Tratamento: além dos antidepressivos básicos, o psiquiatra irá avaliar a necessidade de prescrever fármacos da classe dos estabilizadores de humor. Eles são muito utilizados em outros transtornos, como a bipolaridade.

Psicótica
É uma das depressões mais sérias e preocupantes da lista. Os sintomas corriqueiros estão presentes. Porém, junto deles, pintam outros, como delírios de perseguição ou a sensação de que algo muito ruim está para acontecer a qualquer momento.

Há casos em que a psicose se agrava e o sujeito mistura a realidade com fantasias de sua cabeça. Alguns chegam a achar que seu coração parou ou já estão mortos. Essas situações extremas, ainda bem, são muito raras.
Tratamento: não dá pra fugir das medicações antipsicóticas. Dentro do plano terapêutico, elas promovem uma reorganização do cérebro e aliviam a crise. Quanto antes o esquema for iniciado, melhores os resultados e menor o risco de recaídas.

Mista
Observada por pesquisadores desde o século 19, ela vem ganhando destaque na última década, com a descoberta de novas ferramentas para diagnosticar e encarar o problema. Suas principais marcas são aceleração do pensamento, maior irritabilidade e comportamentos compulsivos nas compras, no sexo ou na forma de reagir aos outros.
“O dilema é que muita gente acaba confundindo a depressão mista com ansiedade, mas são entidades completamente distintas”, ressalta Costa.
Tratamento: os antidepressivos podem deixar o pensamento ainda mais acelerado. Para evitar esse efeito colateral, é necessário primeiro recorrer a estabilizadores de humor ou antipsicóticos e fazer frente aos sintomas compulsivos mais urgentes.

Melancólica
Os maiores incômodos, como a falta de energia, a tristeza absoluta e a angústia, se agravam e ficam alarmantes. “Outro traço dela é o fato de os sintomas serem piores logo de manhã e melhorarem um pouco durante o dia”, observa Moreno.
É o tipo mais fácil de ser identificado, mas, não raro, o indivíduo não deseja sair de casa para consultas com o especialista. Amigos e familiares precisam criar uma rede de suporte e dar toda a atenção necessária para fazer esse resgate.
Tratamento: antidepressivos são essenciais. Outra saída em casos graves é a eletroconvulsoterapia, que recorre a estímulos elétricos na cabeça. O método é seguro e tem eficácia comprovada.

Pós-parto
A queda na produção de determinados hormônios logo após a gestação vira um tormento danado a mulheres suscetíveis. Elas desenvolvem uma ideia de incapacidade de cuidar do bebê ou simplesmente não experimentam a alegria da maternidade. Na sequência, aparece a culpa, que deixa tudo pior e prolonga a doença pelos meses seguintes.
A melhor maneira de evitar que o transtorno alcance proporções catastróficas é conversar com o ginecologista e relatar qualquer sentimento que pareça estranho.
Tratamento: Alguns antidepressivos específicos são indicados, pois não afetam o processo de amamentação. O acompanhamento com o psicólogo é outra ferramenta valiosíssima para identificar e vencer pensamentos negativos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/quais-sao-os-principais-tipos-de-depressao/ - Por André Biernath - Ilustrações: Maíra Martines/SAÚDE é Vital

terça-feira, 24 de maio de 2016

6 dicas para tirar uma música chata da cabeça

Todos nós já ficamos com alguma canção chata grudada na cabeça. Algo conhecido em inglês como “earworm” (“verme de ouvido”), é uma experiência irritante da qual não parecemos ter escapatória. Mas a ciência tem algumas dicas para se livrar de músicas chiclete, como:

1. Feche os ouvidos
Em primeiro lugar, evite música. Não é algo fácil, claro, mas é preciso ser especialmente cuidadoso para não ouvir qualquer canção antes de ir para a cama, já que músicas chatas que grudam na cabeça interferem com o sono.
Tente não ouvir repetidamente a mesma música, ou ouvir músicas em si altamente repetitivas (como “Baby”, do Justin Bieber. E me desculpa por te lembrar disso).
Há também algumas evidências de que, se a música que está sendo ouvida é interrompida, continuamos a cantá-la mentalmente (algo conhecido como “efeito Zeigarnik”). Para evitar que isso aconteça, é aconselhável ouvir suas músicas até o fim, sempre.

2. Chiclete pra chiclete
A prevenção não é sempre possível. Logo, o que fazer para se livrar de pensamentos intrusivos musicais?
Um estudo recente afirma que a goma de mascar oferece uma solução simples. Em uma série de experimentos, os participantes que receberam chiclete relataram menos vermes de ouvido. Normalmente, o nosso aparelho vocal está envolvido em cantar – logo, diz a teoria que, quando os nossos queixos estão ocupados com outra coisa, a nossa capacidade de imaginar músicas é prejudicada.
Outra dica para frustrar músicas chiclete é andar em um ritmo muito mais rápido ou mais lento do que o da canção. Parece que formamos memórias relativamente precisas para o ritmo de músicas familiares.
Sabemos também que o movimento (por exemplo dançar, tocar, balançar junto) é um importante contribuinte. Ao usar o movimento do corpo para perturbar nossa memória musical, podemos interromper o fluxo e acabar com a repetição mental aparentemente automática.

3. Cante
Uma maneira popular de se envolver com a música é cantá-la. A pesquisa sugere que, se você é propenso a cantar todos os dias, é mais propenso a músicas chicletes que duram por um tempo relativamente longo também.
Mas você pode transformar isso em algo positivo e escolher uma canção boa, que seja um acompanhamento mental positivo para o seu dia.
Quando uma música chata grudar na cabeça, cante outra coisa, em voz alta. Pode ajudar também.

4. Ouça o seu humor
Uma extensa pesquisa apontou a importância do humor, estresse e estado emocional na ocorrência de músicas chiclete.
Há também algumas evidências de que quando imaginamos uma canção particular, o nosso humor se aproxima da maneira que nos sentimos quando realmente a ouvimos.
Mais pesquisas psicológicas são necessárias para entender se nós deliberadamente imaginamos música para regular nossas emoções. Entretanto, se o humor evocado por certas músicas em sua cabeça não corresponde ao seu estado emocional desejado, mude o disco (mental).

5. Telefone para um amigo
Para erradicar vermes de ouvido completamente, considere fazer uma outra atividade mental mais ou menos desafiadora. Sabemos que as atividades rotineiras e automáticas, como escovar os dentes, permitem que a mente vague – e que músicas chiclete grudem. Por outro lado, tarefas mentais muito exigentes (como fazer um trabalho da faculdade) também já foram associadas com canções chiclete.
Mas a mente raramente vaga quando socializamos; uma atividade que se encontra no meio do intervalo de “desafio mental”. Uma maneira potencialmente agradável de banir pensamentos musicais indesejados pode ser passar o tempo com os amigos, então.

6. Não tente tanto
Tentar controlar deliberadamente nossos pensamentos têm o efeito oposto. Se todas as suas tentativas de tirar uma música da cabeça falharam, nosso conselho final é parar de tentar e se distrair.
Vá fazer outra coisa, como assistir TV, e quando você menos esperar, a canção já sumiu. [ScienceAlert]


quinta-feira, 5 de maio de 2016

Saiba como evitar um AVC

A maioria dos fatores de risco, como colesterol alto e hipertensão, pode ser controlada

O AVC é responsável pela morte de cinco milhões de pessoas no mundo a cada ano, de acordo com a OMS. No Brasil, a doença mata mais que o infarto: são mais de 100 mil pessoas por ano, segundo o Ministério da Saúde. Outro dado alarmante é que um em cada seis brasileiros corre risco de sofrer um derrame. 

"Popularmente conhecido como derrame, o acidente vascular cerebral é uma alteração do fluxo de sangue no cérebro, que ocorre por falta ou extravasamento de sangue em alguma região do corpo", explica o neurologista André Lima, do Hospital Barra D'or, especialista em prevenção dessa doença. 

Mas é possível se prevenir de um AVC, já que a maioria dos fatores de risco para o quadro clínico pode ser evitada. "Quanto mais idade a pessoa tiver, maiores são as chances de derrame e, por isso, os cuidados devem ser redobrados", alerta o neurologista Maurício Hoshino, do Hospital das Clínicas e Santa Catarina. Conheça esses fatores e saiba como combatê-los, além de ficar atento aos sintomas. 

Colesterol alto
O excesso de colesterol no sangue aumenta o espessamento e endurecimento das artérias. "Placas de colesterol e conteúdos gordurosos se depositam lentamente na artéria, fazendo com que ela se feche aos poucos e impeça a passagem de fluxo sanguíneo", explica Maurício Hoshino. Esse processo provoca arteriosclerose - endurecimento das artérias - e prejudica a oxigenação do cérebro, aumentando o risco de AVC. 

Sedentarismo e obesidade
A prática de exercícios físicos é fundamental para controlar praticamente todos os fatores de risco de AVC. Por outro lado, a falta desse hábito e a obesidade só aumentam as chances. "Pressão alta, colesterol elevado, diabetes e doenças cardíacas são complicações decorrentes do excesso de peso e precisam ser prevenidas e controladas com bons hábitos, o que inclui atividade física regular", alerta Maurício Hoshino.  

Má alimentação
Uma vez que diabetes, colesterol, obesidade e hipertensão aumentam as chances de AVC, todos os cuidados para controlar essas doenças servem de prevenção - e a alimentação ganha destaque. Fazer uma dieta balanceada, moderar o consumo de sódio (para pressão alta), evitar alimentos ricos em colesterol e gorduras saturadas (frituras), controlar o consumo de açúcar (para diabetes) são alguns dos hábitos que devem fazer parte da rotina.

Pressão alta
A pressão alta ocupa o topo do ranking de maiores causas de acidente vascular cerebral. O neurologista André Lima explica que as paredes internas das artérias sofrem traumas por causa do fluxo do sangue mais forte. "Esses traumas formam pequenos ferimentos nas paredes, que podem obstruir a passagem do sangue (AVC isquêmico) ou romper a parede da artéria (AVC hemorrágico)", explica. É possível, entretanto, controlar a hipertensão com medicação e hábitos saudáveis, como reduzir o consumo de sal da alimentação e praticar exercícios. 

Excesso de açúcar no sangue
O excesso de glicose no sangue - característica do diabetes - aumenta a coagulação do sangue e o deixa mais viscoso. "Isso diminui o fluxo de sangue das artérias e pode levar a um AVC", conta André Lima. Além disso, é comum que pessoas com diabetes também apresentem sobrepeso, colesterol alto e pressão alta - todos fatores de risco de derrame cerebral. Mas vale lembrar que esses problemas - inclusive diabetes - podem ser controlados com tratamento médico regular e hábitos de vida saudáveis.

Tabagismo
Substâncias do cigarro fazem com que a coagulação do sangue aumente. Com isso, o sangue fica mais grosso e fluxo nas artérias, por sua vez, fica prejudicado, aumentando as chances de um derrame. "Pessoas que fumam e usam contraceptivos orais têm riscos maiores ainda, pois os hormônios dos anticoncepcionais também interferem na coagulação sanguínea", explica André Lima. 

Doenças do coração
De acordo com o neurologista André Lima, arritmias cardíacas podem formar pequenos coágulos dentro das artérias e veias do coração. "Esses coágulos podem ser enviados às artérias cerebrais, provocando um AVC isquêmico", explica.
O neurologista Maurício Hoshino, do Hospital das Clínicas, de São Paulo, também lembra que há uma série de problemas do coração que podem atrapalhar o fluxo sanguíneo e aumentar as chances de derrame. "Um deles é o Forame Oval Patente (FOP), uma má formação do coração que atinge 15% da população e faz com que coágulos que deveriam ser filtrados pelo pulmão permaneçam na circulação, aumentando o risco de AVC, inclusive, em jovens", explica.  

Sintomas do AVC
Quem sofrer um AVC do tipo isquêmico (com incidência três vezes maior que o tipo hemorrágico) tem até quatro horas e meia para ser socorrido e reduzir o risco de sequelas ou risco de morte, como explica o neurologista Maurício Hoshino. "É possível perceber os sintomas através da sigla SAMU, que significa dar um Sorriso, para verificar desvios na boca; tentar dar um Abraço, para ver se há dificuldade de levantar os braços e tentar cantar uma Música, para ver se há dificuldade de fala e processamento do cérebro", conta. 
Infelizmente, Hoshino conta que menos de 5% dos pacientes que frequentam o Hospital Santa Catarina e Hospital das Clínicas, onde ele trabalha, chegam antes do período de quatro horas. 


sábado, 19 de setembro de 2015

Dicas para evitar a queda dos cabelos!

Você está entrando em desespero vendo os seus fios por todos os lugares, menos na sua cabeça? Confira as nossas dicas para manter as madeixas lindas e superfortes!

Já reparou como a queda de cabelo é frequente no dia a dia de muitas garotas? Ou vai dizer que nunca uma amiga sua fez essa reclamação? Isso é comum e tem uma causa! A rotina das adolescentes de hoje é muito mais corrida do que na época dos seus pais. Se dividir em mil para dar conta das responsabilidades pode causar estresse, e isso contribui - e muito! - para a queda das madeixas.

Química X Cuidados: Mudar o visual sem tomar os devidos cuidados também é uma das causas da queda. Apesar de as marcas de tinturas se esforçarem para proporcionar o máximo de efeito sem danificar os fios, é preciso ficar atenta! O processo deve ser feito por um profissional qualificado para garantir que a saúde capilar não seja prejudicada. A hidratação também é essencial!

Tem algo errado aí! Se seu cabelo é bem cuidado e sem processos químicos, mas mesmo assim está sofrendo com a queda, é hora de se preocupar! Alterações hormonais, medicamentos, noites maldormidas e estresse contribuem para que os fios percam sua força. Para descobrir se tem algum problema, o ideal é consultar um dermatologista.

A alimentação faz toda a diferença, sim!

Espinafre: Controla a oleosidade, fortalece a raiz e faz os fios crescerem mais fortes.

Salmão: Combate inflamações e protege o couro cabeludo.  

Aveia e Iogurtes desnatados: Ajudam na produção de queratina (proteína que constitui o cabelo) e no fortalecimento da fibra capilar. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

7 alterações físicas que sua mente pode fazer em seu corpo

Não acredita no poder da mente sobre o corpo? É só pensar no efeito placebo. Ou todas as doenças estão na nossa cabeça, ou nossa cabeça é realmente capaz de curar doenças. De qualquer forma, esse é apenas um de muitíssimos fenômenos que provam que a mente é muito mais incrível que o corpo.

7. Se sua mente acreditar que você não está cansado, é como se você não estivesse cansado
Pesquisadores do Colorado College (EUA) mediram as ondas cerebrais de participantes enquanto eles dormiam. Também disseram aos participantes que a quantidade de tempo que eles gastavam em sono REM tinham um efeito enorme sobre seu descanso na manhã seguinte (o que não é verdade).
Em seguida, eles separaram aleatoriamente os participantes em grupos. Um grupo soube que tinha passado muito tempo no sono REM. O segundo grupo soube que teve uma má noite de sono, pois não passou muito tempo em REM (o que também não era verdade).
Devido ao efeito placebo, seria normal se as pessoas informadas de que não descansaram à noite começassem a bocejar imediatamente, independente da verdade. Mas o que realmente aconteceu foi mais surpreendente. Ambos os grupos fizeram testes cognitivos e os pesquisadores descobriram que, de alguma forma, o primeiro grupo teve um desempenho significativamente melhor. Só porque eles pensaram que tiveram um sono de qualidade, seus cérebros realmente começaram a trabalhar melhor.
Ou seja, não reclame de cansaço nas manhãs mais duras de trabalho. Tudo indica que você se sairá melhor se acreditar fielmente que dormiu bem.

6. Efeito placebo funciona até com animais
O ponto do efeito placebo parece ser a expectativa dos indivíduos – supor que o remédio vai funcionar é o que faz com que ele funcione.
Se o seu cão fica doente, você tem que enganá-lo para tomar remédio, geralmente escondendo-o em meio à comida. Por isso, pode-se presumir que a expectativa do cão é somente de comer algo incrível. Como poderia uma pílula de placebo funcionar para ele, se o bichinho nem sabe que está tomando uma?
A resposta é condicionamento. Aparentemente, a expectativa não precisa ser consciente. Um estudo feito com cães que apresentaram sinais de ansiedade de separação começou dando aos animais doses regulares de um medicamento real, o que foi eficaz. Quando os pesquisadores trocaram a medicação por um placebo, o tratamento continuou funcionando. Evidentemente, os pequenos cérebros dos cachorros ainda estavam fazendo uma espécie de conexão pavloviana entre o tratamento e o resultado, mesmo que os próprios cães não estivessem conscientes sequer de que estavam se tratando.

5. Pensamento positivo pode melhorar a sua visão
Muitos medicamentos placebo podem funcionar em condições um pouco nebulosas, por exemplo, um suplemento para reduzir a dor articular pode parecer eficaz simplesmente porque é difícil quantificar a dor. Mas como o efeito placebo poderia funcionar com coisas que são fáceis de quantificar, como a precisão da sua visão?
Quem tem uma visão normal provavelmente consegue ler os primeiros dois terços de um teste de visão (aqueles quadros com letras usados pelos oftalmologistas) muito bem.
Pesquisadores de Harvard resolveram criar novos testes de visão com letras ainda menores do que o usual e, em seguida, realizaram os testes em participantes que não sabiam disso. Como as pessoas esperavam ter dificuldade somente com o último terço do quadro, acabaram lendo corretamente as letras que eram muito pequenas até para uma pessoa com visão normal.
Os cientistas também descobriram que apenas inverter a ordem das letras no quadro, colocando as menores no topo e as maiores embaixo, teve um resultado semelhante, com mais pessoas sendo capazes de lê-las corretamente por causa da expectativa que já tinham de que o topo do quadro seria mais fácil de ler.
Mesmo o entorno das pessoas pode desempenhar um papel na precisão de sua visão. Em outro experimento, cadetes que associavam pilotos de caça com boa visão tiveram um desempenho substancialmente melhor em testes de visão quando estavam fingindo ser um em um simulador. Somente agir como alguém com boa visão foi o suficiente para enganar o cérebro dos cadetes a realmente ter boa visão.

4. Você pode enganar seu corpo a ficar em forma
Se você está tentando perder peso, sabe a importância de comer direito. Mas você tem um inimigo: um hormônio chamado grelina, que afeta sua fome e quão rápido seu metabolismo queima calorias. Quanto mais tempo você fica sem comer, mais os níveis de grelina aumentam, de forma que você fica com fome e seu metabolismo fica mais lento. Um combo Big Mac faz com que os níveis de grelina diminuam bastante rapidamente, mas uma maçã não. Então, uma das razões pelas quais pessoas obesas quase sempre ganham de volta o peso que perderam é que seus níveis de grelina nunca se ajustam.
Em um estudo, quando participantes beberam um milkshake com alto teor calórico, isso fez com que seus níveis de grelina caíssem mais do que quando receberam um milkshake de baixa caloria. Mas a boa notícia foi que o mesmo ocorreu quando os participantes apenas PENSARAM que tomaram o milkshake altamente calórico. O metabolismo acelerou e a fome foi embora. Do mesmo jeito, os participantes que acharam que estavam consumindo a opção mais saudável tiveram fome mais rápido e seus metabolismos ficaram mais lentos.
Ainda mais estranho foram os resultados de um estudo envolvendo grupos de empregadas de hotéis. Um grupo foi informado de que o seu trabalho no dia-a-dia servia como exercício físico. Só essa informação foi o suficiente para diminuir a pressão arterial, melhorar a gordura corporal e até mesmo ajudar as empregadas desse grupo a perder peso, apesar de nenhuma delas ter feito mais exercício do que o habitual. A única mudança foi mental.

3. Placebo pode funcionar mesmo que você saiba que é placebo
Um estudo que utilizou apenas placebos para tratar pacientes, informando-os do que eram, descobriu que o efeito pode funcionar mesmo que as pessoas saibam exatamente que não estão tomando um remédio real.
Os pesquisadores separaram dois grupos de pacientes com síndrome do intestino irritável e um deles recebeu um frasco de comprimidos nomeado “Placebo”, enquanto o outro não recebeu nada. O grupo do placebo ouviu uma explicação do médico de que aquilo não continha nenhum ingrediente ativo.
No grupo que não recebeu nenhum comprimido, apenas 35% dos pacientes relataram melhora após três semanas. No grupo que tomou conscientemente placebo, 60% relataram melhora.
Os pesquisadores acreditam que uma grande parte dos resultados se deveu ao fato de que os pacientes estavam bem informados sobre o próprio efeito placebo e o quão poderoso ele pode ser. Ou seja, sua crença no efeito placebo se tornou seu placebo.

2. Médicos prescrevem medicação real por seu efeito placebo
Se você ainda não está convencido de que o efeito placebo permeia todos os aspectos de sua vida cotidiana, considere isto: o efeito placebo não é causado apenas por placebos. De fato, alguns pesquisadores acham que ele tem um papel em praticamente todos os tratamentos médicos.
É difícil descobrir exatamente quanto benefício de um medicamento vem do seu efeito placebo, mas um estudo com a medicação para a dor Maxalt determinou que até metade do alívio sentido pelos pacientes foi, na verdade, resultado de suas expectativas e não do próprio medicamento. A eficácia de outros tratamentos, como os com antidepressivos, pode depender em até 80% do efeito placebo.
Os médicos sabem disso, e usam essa informação a seu favor. Um estudo de 2007 feito em Chicago, nos EUA, concluiu que cerca de metade dos médicos prescreviam tratamentos ou medicamentos inúteis na esperança de induzir um efeito placebo no paciente. Se o doente pensa que vai ajudar, o tratamento pode de fato ajudá-lo.
Isso funciona na direção contrária também. Uma pesquisa descobriu que pacientes que tomaram a medicação Finasteride e foram informados de que disfunção sexual era um possível efeito colateral tiveram duas vezes mais probabilidade de sofrer de impotência.
Ou seja, pode ser uma boa ideia pular a lista de possíveis efeitos colaterais dos remédios que você está tomando atualmente.

1. Quando mais caro é alguma coisa, melhor ela funciona
Uma medicação para a dor que custa R$ 50 a caixa é mais provável de ajudá-lo do que uma que custa apenas R$ 10, mesmo se ambos os comprimidos forem idênticos. Isso de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) que concluiu que, como esperamos mais de coisas caras, nossos cérebros podem transformar essa expectativa em uma profecia autorrealizável.
Caso você esteja se perguntando, não, não funciona só com medicamentos. Um outro estudo descobriu que pessoas que pensaram que beberam uma bebida energética cara se sentiram mais alertas e desempenharam melhor em testes cognitivos do que aqueles que tomaram a mesma bebida, mas ficaram sabendo que ela estava com desconto.
E, enquanto não é nenhuma surpresa que as pessoas dizem preferir um vinho caro a um barato, mesmo que sequer saibam a diferença entre eles, quando pesquisadores mapearam cérebros de participantes de um estudo, verificou-se que os cérebros dos que tomaram o vinho que eles pensaram que era o mais caro de fato estavam “curtindo” mais a bebida. [Cracked]