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sábado, 20 de fevereiro de 2021

O que fazer numa crise de hemorroidas: 7 cuidados para aliviar os sintomas


Veja como lidar com o desconforto das hemorroidas e melhorar sua qualidade de vida

 

As hemorroidas são inflamações nas veias do ânus, que podem ser internas ou externas, e acontecerem por diversos motivos, como prisão de ventre, gravidez, obesidade, sedentarismo, idade avançada e tantos outros.

 

Quem tem hemorroidas deve adotar um estilo de vida saudável e com alguns cuidados especiais para evitar crises, como ter uma alimentação saudável e equilibrada, beber muita água, praticar atividade física para melhorar a circulação e abandonar vícios.

 

Essas crises são caracterizadas por sintomas como coceira e inchaço na região anal, sangramento, dor durante e depois de defecar, dificuldade para evacuar e produção de secreção esbranquiçada no ânus.

 

Cuidados a ter para aliviar as crises de hemorroidas

Ao perceber alguns desses sintomas de hemorroidas mencionados acima, cuidados podem ser tomados para aliviar o desconforto e voltar a viver sem esse sofrimento.

 

1. Fazer banho de assento

O banho de assento consiste em colocar água morna em uma bacia grande e limpa, depois se sentar (sem roupas) nessa água por uns 20 minutos, no máximo. O contato da água morna com a região anal traz alívio do inchaço e da dor. Se quiser, pode adicionar ervas medicinais com efeito calmante na água enquanto ela aquece, como camomila, lavanda, arnica ou hamamélis. O banho pode ser feito várias vezes ao dia.

 

2. Beber muita água

Essa dica não serve só para lidar com uma crise, mas sim, deve ser parte da rotina normal. Beber de 2 a 3 litros de água ao longo do dia é essencial para manter a hidratação do corpo, inclusive para evitar as fezes muito duras, que machucam a região inflamada, aumentando as lesões.

 

3. Comer mais fibras

Assim como beber muita água, comer mais fibras deve fazer parte da rotina de quem já teve hemorroidas e quer evitar que voltem. Aumentar a ingestão de fibras ajuda na formação de um bolo fecal mais mole e úmido, ou seja, mais fácil de evacuar. Mas, cuidado para não exagerar ou poderá piorar a crise de hemorroidas com uma diarreia.

 

4. Usar pomada para hemorroidas

Quem já usou pomada para hemorroidas, sabe que esse medicamento ajuda muito no tratamento da inflamação, então pode usar de novo se tiver uma nova crise. Quem nunca usou, é necessário consultar um médico para pegar uma receita. A pomada ajuda a diminuir o tamanho da hemorroida e alivia a dor rapidamente.

 

5. Evitar papel higiênico

Mesmo o papel higiênico mais macio deve ser evitado durante uma crise de hemorroidas, pois pode machucar e causar sangramentos. O ideal é sempre lavar o ânus com água e sabonete neutro depois de evacuar, ou então usar lenços umedecidos.

 

6. Não levantar peso

O ato de levantar ou carregar coisas pesadas pode romper veias da região anal com facilidade em uma pessoa com predisposição a ter hemorroidas. Então, não levante nem carregue peso se estiver com hemorroidas ou se já tratou, mas quer evitar que elas reapareçam.

 

7. Usar almofada em forma de aro

Enquanto estiver em casa, sempre que for se sentar no sofá ou em uma cadeira, pode usar uma almofada em forma de aro, que vai impedir a região anal de encostar no assento. Quando as hemorroidas são externas, elas podem ficar protuberantes e incomodar na hora de sentar.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/o-que-fazer-crise-de-hemorroidas/ - por Priscilla Riscarolli

sábado, 18 de janeiro de 2020

Depressão, remédios e mais: conheça os fatores ligados à enxaqueca crônica


Uma revisão de estudos mostra o que realmente prediz o risco desse tipo de dor de cabeça se instalar de vez na rotina

Enquanto há pessoas que têm uma ou outra crise de enxaqueca no ano, outras sofrem com essas dores de cabeça em mais de 15 dias do mês. Essas últimas são as vítimas da enxaqueca crônica. Mas, de pouco sono a muito café, o que faz um indivíduo com episódios esporádicos do problema passar a enfrentá-los com tanta frequência? É o que responde um estudo publicado recentemente no periódico Cephalalgia, da Sociedade Internacional de Cefaleia.

O trabalho elenca cinco fatores de risco para desenvolver a enxaqueca crônica entre quem já manifesta incômodos ocasionais. Trata-se de uma meta-análise, ou seja, uma revisão criteriosa de pesquisas anteriores sobre um tema. De quase 6 mil artigos publicados sobre esse tipo de dor de cabeça, só 11 foram escolhidos. Excluindo os levantamentos enviesados ou de menor qualidade, os cientistas chegaram aos seguintes vilões:

Depressão
O transtorno psiquiátrico, historicamente ligado à dor de cabeça, aumenta a chance de uma enxaqueca episódica virar crônica em 58%.

Crises frequentes de enxaqueca
Veja: indivíduos que apresentam cinco ou menos dias de dor de cabeça por mês já correm um risco três vezes maior de desenvolver enxaqueca crônica. Mas conviver com as dores de cinco a dez dias eleva em seis vezes a probabilidade de cronificar o problema.
Na prática, essa frequência já é parecida com a da versão crônica, que, aliás, traz um grande impacto na vida emocional e nas funções cotidianas.

Excesso de medicação
Os analgésicos comuns podem ajudar em cefaleias pontuais. Entretanto, o abuso faz a medicação perder parte do efeito, além de catapultar a frequência e a intensidade das crises.
Tomar mais de oito comprimidos ao mês já é problemático, como mostramos em nosso recente especial sobre o tema, que ainda aborda os novos tratamentos contra a enxaqueca.

Alodinia
Essa é uma alteração do sistema nervoso que faz com que a pessoa sinta dor a estímulos normais. O exemplo mais conhecido da condição é uma sensibilidade extrema no couro cabeludo, que pode tornar um suplício o simples ato de pentear o cabelo.
A alodinia já era considerada um dos marcadores do risco de enxaqueca crônica. No trabalho recente, foi associada a um risco 40% maior do problema.

Renda baixa
Ganhar bastante dinheiro (nessa investigação, acima de 50 mil dólares ao ano, ou cerca de 210 mil reais) parece proteger contra a perpetuação da enxaqueca. Quem atinge esse patamar financeiro está 35% menos propenso a padecer com a versão crônica da doença. Ora, com mais recursos, é mais fácil ter acesso à informação e a centros de excelência e agir preventivamente, certo?

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/depressao-remedios-e-causas-enxaqueca-cronica/ Por Chloé Pinheiro - Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital

terça-feira, 8 de setembro de 2015

9 dicas para acabar com a enxaqueca

Confira o passo a passo de como enfrentar a enxaqueca da maneira correta

Nem todos os incômodos na cabeça podem ser caracterizados como enxaqueca, já que suas causas podem ser as mais diversas possíveis. Porém, quando a crise ameaça aparecer, algumas atitudes podem ser tomadas de imediato para que a dor não piore e se transforme em um verdadeiro martírio, capaz de impedir que as atividades do dia sejam desempenhadas como de costume.

Os hábitos de vida do paciente sempre devem ser levados em consideração. Por isso, para identificar o melhor tratamento, primeiramente é preciso levar em consideração todas as atividades do dia a dia, tais como a alimentação e, inclusive, demais fatos que podem desencadear situações que envolvam algum nível de estresse.

A seguir, confira oito sugestões que devem ser tomados logo que a crise for pressentida.

1 – O medicamento seguro
Após todos os cuidados necessários para a certificação de que é seguro ingerir o medicamento, tais como a imprescindível prescrição médica, a medicação é uma eficaz etapa do tratamento, Por isso, é aconselhável tomá-la logo que os primeiro sintomas começarem a surgir, antes que a dor possa se estabilizar ou aumentar, dificultando assim o alívio do incômodo.

2 – Descanso
A não ser que a enxaqueca resolva aparecer em algum momento em que não é possível se ausentar, é preciso desligar-se de tudo quando as dores estiverem surgindo. Por isso, o descanso é a melhor opção, sempre. Permita-se fugir por alguns momentos ou até mesmo horas para um ambiente aconchegante, a fim de relaxar a mente e tentar se desconcentrar da dor. Mesmo que a sensação pulsante seja forte o suficiente para impedir que o sono apareça, deitar-se em um local confortável é sempre uma ótima saída.

3 – Mude o ambiente
É necessário fugir da luz. Quem sofre do problema certamente já percebeu que a exposição pode tanto desencadear uma crise quanto piorá-la, portanto, quanto mais escuro for o local, mais conforto ele oferecerá (pelo menos enquanto a crise persistir). Escolha um lugar calmo, no qual as pessoas não possam entrar ou passar a todo momento (de preferência, o próprio quarto). Além disso, quanto maior o silêncio, melhor. Por isso, fechar as janelas e desligar o celular ajuda a deixar tudo mais sereno.

4 – Use compressas
Compressas frias podem não resolver todo o problema, mas, quem sofre com as crises de enxaqueca sabe bem que qualquer melhora é bem-vinda. A técnica funciona porque o frio estimula os vasos sanguíneos a se comprimirem, fazendo com que os nervos que o rodeiam exerçam menos pressão sobre eles. As compressas podem ser feitas tanto com uma toalha resfriada quanto com uma bolsa de gel, que pode ser deixada na geladeira e ser aplicada no local da dor. O ideal é colocá-la no local onde a incômoda dor pulsante mais persiste, seja na área da testa, nuca ou lateral da cabeça.

5 – Aposte na massagem
Embora o massagista seja o profissional mais adequado para fazê-la, em momentos de crise, a automassagem é uma ótima saída. Sem sair de casa, é necessário escolher um local confortável e calmo. Depois, com muito cuidado, faça movimentos circulares na região da dor, criando pontos de pressão. Estender a massagem por toda a região da cabeça também traz alívio e, nada impede que ela seja transferida para a região do pescoço, nuca e ombros.

6 – Mexa-se
Pode até parecer clichê, mas os benefícios que as atividades físicas promovem no organismo são incontáveis. Para aumentar a qualidade de vida, basta começar por uma pequena e tranquila caminhada pela manhã, de apenas 15 minutos. Sair enquanto o sol ainda não estiver forte e respirar ar puro observando o mundo ao redor faz um bem enorme à saúde, renova as energias e promove melhorias que serão percebidas a longo prazo. Mas é importante ir aos poucos: quando feitas de forma exagerada, os exercícios podem contribuir para a dor de cabeça. Outra dica: é necessário alimentar-se com algo leve antes da prática e hidratar-se durante todo o percurso.

7 – Experimente a acupuntura
A técnica promove o relaxamento, o que beneficia os pacientes que estão passando por algum tipo de estresse a aliviarem as dores causadas pela enxaqueca. Sendo assim, a técnica ainda colabora para que a pessoa se sinta mais disposta e feliz, contribuindo até mesmo para que as noites de sono sejam mais agradáveis.

8 – Programe o sono
É como uma bola de neve: dormir pouco incentiva o cansaço físico e mental, que contribui para que o estresse aumente. Sendo assim, em um dia mais cansativo, a possibilidade que a enxaqueca possui de aparecer é bem maior. Portanto, é preciso não poupar esforços na hora de dormir. O ambiente deve ser tranquilo e confortável, os travesseiros na altura e maciez adequadas (a cabeça e o pescoço sempre deve estar alinhados à coluna cervical para evitar dores na coluna), o colchão precisa estar em bom estado e, o mais importante de tudo, as horas de sono devem respeitar o limite que os especialistas indicam: de sete a oito horas diárias.

9 – Coma bem
Algumas pessoas apresentam sensibilidade a alguns alimentos ou a algum de seus componentes, o que contribui (e muito!) para que uma crise de enxaqueca comece. Portanto, é preciso prestar muita atenção em tudo o que se leva à mesa, pois, ingerindo os alimentos certos, é possível até mesmo evitar as dores.

terça-feira, 30 de junho de 2015

10 dicas para economizar em época de crise

Em tempos difíceis, organize-se! Separamos conselhos que podem ajudar você a poupar mais

1. Anote tudo o que você gastar
Assim você identifica em que gasta mais. Coloque no papel quanto você ganha e todas as suas despesas mensais. Depois, vá adicionando aqueles gastos do dia a dia. No fim do mês, fica mais fácil de analisar o que pode ser cortado.

2. Busque programas de benefícios
Cadastre seus cartões em programas de pontos. Muitas marcas dão descontos que vão de serviços a eletrodomésticos.

3. Faça uma lista de compras
Antes de ir ao supermercado, anote tudo o que você realmente precisa. Quando vamos sem uma listinha, acabamos recheando o carrinho de tranqueiras e delícias. Assim, você compra o necessário e não comete excessos.

4. Negocie presentes
Pense bem antes de presentear alguém quando a sua situação financeira não vai bem. Conversar com seus filhos e parentes mais próximos é fundamental quando você não pode dar alguma coisa com a qual estava acostumava. Para não passar em branco, lembrancinhas são sempre bem-vindas!

5. Vá à feira
Aproveite as feiras de rua para investir em frutas e legumes. As promoções, na maioria das vezes, compensam mais do que os mercados.

6. Preste atenção nas taxas
Fique atenta a taxas de crédito bancário e cheque especial. Pense bem antes de se endividar.

7. Desapegue de rótulos
Que tal experimentar uma marca nova de molho de tomate, por exemplo? Às vezes estamos tão acostumadas com um serviço que nem nos damos conta de outras opções. Mas esta é a hora de arriscar. Busque alternativas em serviços, alimentos e vestuário.

8. Negocie
Para que continuar pagando a mesma franquia de dados do seu celular? Tente ligar para a sua operadora, por exemplo, e comente que você já é um cliente antigo e fiel. Quem sabe eles não dão um descontinho a você?

9. Contas à mão
Tenha em mente quanto você gasta de luz, água, telefone e serviço. Faça um apanhado junto da família e veja o que pode ser descartado ou economizado. Assim, você faz bem para o seu bolso e adota uma atitude mais sustentável.

10. Pague suas contas em dia
Mesmo que estiver apertada, fique de olho nas datas. Reserve o dinheiro com organização, assim você evita multas e juros. Alguns boletos também oferecem descontos para pagamentos antecipados. Fique de olho e boa sorte! 

Fonte: http://mdemulher.abril.com.br/carreira/claudia/10-dicas-para-economizar-em-epoca-de-crise - Escrito por Stephanie Bevilaqua - Thinkstock/Getty Images 

domingo, 18 de abril de 2010

Por que permanecer na igreja católica?

Frei Timothy Radcliffe foi professor de Sagrada Escritura na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Foi Mestre da Ordem (superior geral) dos Pregadores (dominicanos) de 1992 a 2001. É conhecido no mundo inteiro por suas análises corajosas sobre a sociedade contemporânea e a situação da Igreja, numa linguagem com um tom sempre moderno e livre.

No momento de uma crise na Igreja (fim de excomunhões dos tradicionalistas, o caso do bispo Williamson, o caso das excomunhões em Recife, a declaração do papa sobre os preservativos, etc), o jornal francês La Croix tem dado cada dia, a palavra a uma personalidade, para que exprima as razões de sua esperança. Abaixo, o testemunho de frei Timothy.


É um momento embaraçoso para quem é católico. No Vaticano, erros de comunicação, falta de comunicação interna, de consultas recíprocas e algumas declarações com palavras mal escolhidas provocaram violentas reações na imprensa e vigorosas intervenções de dirigentes internacionais. Tais fatos suscitaram aflição e escândalo em muitos católicos, mesmo em alguns bispos, e prejudicaram a reputação da Igreja. Algumas pessoas se perguntam como podem elas continuar a pertencer à Igreja.

Nós permanecemos porque somos discípulos de Jesus. Crer em Jesus não é adotar uma espiritualidade privada ou um código moral. É aceitar pertencer à sua comunidade, aqueles que ele chamou a segui-lo, a caminhar juntos. Segundo um velho adágio latino, Unus christianus, nullus christianus: um cristão isolado não é um cristão.

Mas, porque eu devo continuar sendo membro desta Igreja? Por que não posso eu me unir a uma outra comunidade cristã onde as posições oficiais ou o modo de agir sejam menos embaraçosos? Aqui tocamos no próprio cerne de uma compreensão católica da Igreja.

Desde o princípio, Jesus chamou para sua comunidade os santos e os pecadores, os sábios e os ignorantes. Ele disse: “Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores” (Matheus 9,13). E ele continua a fazê-lo, senão não haveria lugar para alguém como eu. Uma comunidade admirável, com pessoas maravilhosas e virtuosas, que jamais errassem, não seria um sinal do Reino de Deus.

Uma vaga unidade espiritual não é suficiente

Eu não poderia nunca deixar a Igreja, pois creio que Jesus nos chama a vivermos juntos, como um só corpo. No evangelho segundo João, pouco tempo antes de sua morte, Jesus orou a seu Pai por seus discípulos a fim de que todos sejam um (João 17,21). Uma vaga unidade espiritual não é suficiente. Cremos na Encarnação, na Palavra de Deus que se fez carne. A Igreja Católica é um sinal visível, encarnado, da unidade à qual Jesus nos chama. Tenho uma imensa admiração por muitos cristãos que pertencem a outras Igrejas, seu exemplo me inspira, sua teologia me instrui. Mas, para mim, abandonar a Igreja Católica seria negar o apelo radical de Jesus de reunir os santos e os pecadores, os vivos e os mortos.

No coração de nossa vida cristã está a imensa vulnerabilidade da Última Ceia. Jesus coloca-se nas mãos de seus discípulos: Tomai, isto é o meu corpo, entregue por vós. Um dentre os discípulos o traiu, outro o negou, a maioria fugiu. Pertencer à Igreja é aceitar um pouquinho desta vulnerabilidade. Aceitamos estar implicados nos fiascos da Igreja, bem como em seu heroísmo, em sua tolice como em sua sabedoria, em seus pecados como em sua santidade. E a Igreja também me aceita com meus pecados e com minha estupidez. É por isso que ela é sinal e sacramento da unidade de todo gênero humano (Constituição Lumem Gentium, n. 1,1 Concílio Vaticano II).

Uma crise modesta comparada às sofridas por nossos antepassados

Entretanto, estamos bem num momento de crise na Igreja. Mas, as crises podem ser frutuosas. A Última Ceia foi a crise mais profunda que a Igreja conheceu: Jesus estava prestes a sofrer uma morte humilhante e a comunidade estava dispersa. A cada Eucaristia, nós nos recordamos de como Jesus fez daquela situação um momento da mais profunda intimidade, no dom de seu corpo e de seu sangue.

Após a Ressurreição, a Igreja estava dilacerada. Seriam os pagãos aceitos na Igreja e forçados a aceitar a Lei? A comunidade estava a ponto de desmoronar, mas ela sobreviveu para se abrir também a nós, os pagãos. Após o martírio de Pedro e Paulo, muitos acreditavam que Jesus estava para voltar em breve. Mas não foi o que aconteceu. Esta foi uma crise imaginável da esperança, mas ela levou a se redigir os evangelhos. Toda crise, se ela for vivida na fé, conduz a uma renovação e a uma vida nova.

A crise que padecemos neste momento é realmente modesta, se comparada àquelas sofridas por nossos antepassados. A crise modernista, há um século, foi bem mais severa. Porém, esta nossa pequena crise pode ser frutuosa se nós a vivermos na fé.

Por Timothy Radcliffe

Texto publicado no jornal francês La Croix, no dia 31 de março de 2009.
Tradução do original em língua francesa por André Tavares, OP.