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segunda-feira, 18 de março de 2024

Vacina da gripe: quando tomar e efeitos colaterais


A vacina da gripe é indicada para prevenir o desenvolvimento de complicações da gripe, como pneumonia e outros problemas respiratórios, além de hospitalização e morte, podendo ser tomada por adultos, idosos ou crianças a partir dos 6 meses.

 

Essa vacina ajuda o corpo a desenvolver imunidade contra os principais vírus causadores da gripe, como o Influenza A, incluindo os subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B, sendo atualizada todos os anos para proteger contra as novas formas dos vírus.

 

A vacina da gripe é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para toda a população com mais de 6 meses de idade, mas também pode ser encontrada em clínicas particulares de vacinação.

 

Quando é indicada

Durante a campanha de vacinação, a vacina contra a gripe é indicada principalmente para pessoas com maior probabilidade de entrar em contato com o vírus da gripe ou de desenvolver sintomas e/ou complicações graves, como:

 

Crianças entre os 6 meses e 6 anos incompletos (5 anos, 11 meses e 29 dias);

Idosos com mais de 60 anos;

Mulheres grávidas ou em pós-parto de até 45 dias;

Profissionais de saúde;

Professores;

População indígena;

Pessoas com sistema imune comprometido, como HIV ou câncer;

Pessoas com doença crônica, como diabetes, bronquite ou asma;

Portadores de trissomia, como síndrome de Down;

Profissionais da marinha, exército e aeronáutica;

Policiais civis, militares, rodoviários e federais, guardas municipais e bombeiros.

Além disso, profissionais do sistema prisional, presidiários e outras pessoas privadas de liberdade, e adolescentes que vivem em instituições socioeducativas também devem ser vacinadas, especialmente devido às condições do local onde se encontram, que facilita a transmissão de doenças.

 

Após terminar a campanha de vacinação contra a gripe, que normalmente vai até o final de maio, a vacina da gripe é liberada para todas as idades, incluindo bebês e crianças com idade superior a 6 meses, independente de terem fatores de risco ou não.

 

Tipos de vacina da gripe

Existem dois tipos de vacina da gripe que são:

 

1. Vacina da gripe trivalente

A vacina da gripe trivalente é uma vacina fragmentada e inativada que protege contra os vírus Influenza A, subtipos H1N1 e H3N2, e Influenza B.

Essa vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS e faz parte do calendário de vacinação da criança, adulto e idoso. Confira outras vacinas do calendário de vacinação da criança e do idoso.

 

2. Vacina da gripe tetravalente

A vacina da gripe tetravalente também é uma vacina fragmentada e inativada, porém protege contra 2 subtipos de Influenza A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens de influenza B o que varia de acordo com a linhagem de vírus circulante no ano anterior.

Essa vacina só é encontrada em clínicas particulares, não sendo oferecida pelo SUS.

 

Quando tomar

A vacina da gripe é indicada para ser tomada de acordo com o seguinte esquema:

 

Adultos: 1 dose, 1 vez por ano;

Bebês com mais de 6 meses e crianças até 9 anos: 2 doses iniciais, sendo a primeira dose na data escolhida pelo médico e a segunda dose 30 dias depois da primeira dose. Depois das doses iniciais, é recomendado 1 dose, 1 vez por ano.

O local do corpo para a aplicação da vacina da gripe pode variar de acordo com a idade. Em crianças menores de 18 meses, a vacina deve ser aplicada na coxa esquerda, enquanto que nos maiores de 18 meses a vacina é aplicada no braço esquerdo.

 

Onde tomar

A vacina trivalente da gripe oferecida pelo SUS a toda a população a partir dos 6 meses de idade e principalmente para os grupos de risco e, normalmente, é administrada em postos de saúde, durante campanhas de vacinação.

No entanto, a vacina tetravalente da gripe também pode ser feita em clínicas privadas.

 

Possíveis efeitos colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns após a aplicação da vacina da gripe são:

 

1. Dor de cabeça, nos músculos ou articulações

Algumas pessoas podem sentir fadiga, dor no corpo e dor de cabeça, que podem surgir cerca de 6 a 12 horas após a vacinação.

O que fazer: deve-se ficar de repouso e beber muitos líquidos. Caso a dor seja intensa, pode-se tomar analgésicos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que indicados por um médico.

 

2. Febre, calafrios e transpiração excessiva

Algumas pessoas podem também sentir febre, calafrios e transpirar mais que o normal depois da vacinação, mas geralmente são sintomas transitórios, que surgem 6 a 12 horas após a vacinação, e desaparecem em cerca de 2 dias.

O que fazer: se causarem muito desconforto, pode-se tomar analgésicos e antipiréticos, como o paracetamol ou a dipirona, desde que orientados por um médico.

 

3. Reações no local de administração

Outra das reações adversas mais comuns é o aparecimento de alterações no local da administração da vacina, como dor, vermelhidão, endurecimento ou ligeiro inchaço.

O que fazer: pode-se aplicar um pouco de gelo na região protegido com um pano limpo. Porém, caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação dos movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.

 

Quem não deve tomar

A vacina da gripe é contraindicada para pessoas com alergia ao ovo ou ao látex, assim como para pessoas que tiveram alguma reação alérgica grave a uma dose anterior da vacina. Em qualquer caso, sempre que existe dúvida sobre a vacinação é recomendado consultar o médico.

Além disso, pessoas com doença febril aguda moderada ou severa não devem tomar a vacina da gripe, sendo recomendado aguardar até que os sintomas tenham desaparecido.

 

Dúvidas comuns

Algumas dúvidas comuns em relação à vacina da gripe são:

 

1. A vacina protege contra o H3N2, H1N1 ou COVID?

A vacina da gripe administrada pelo SUS protege contra 3 tipos do vírus Influenza: gripe A (H1N1), A (H3N2) e Influenza tipo B, sendo conhecida como trivalente. Já a vacina que pode ser comprada e administrada nas clínicas privadas geralmente é tetravalente, protegendo também contra mais uma linhagem do vírus Influenza B.

Em qualquer caso, a vacina não protege contra nenhum tipo de coronavírus, incluindo o causador da infecção COVID-19.

 

2. É preciso tomar todos os anos?

A vacina da gripe tem uma duração que pode variar entre 6 a 12 meses e, por isso, deve ser administrada todos os anos, especialmente durante o outono.

Além disso, como os vírus da gripe sofrem rápidas mutações, a nova vacina serve para garantir que o corpo fica protegido contra os novos tipos que foram surgindo ao longo do ano.

Após administrada, a vacina da gripe começa a fazer efeito em 2 a 4 semanas e, por isso, não é capaz de impedir uma gripe que já esteja se desenvolvendo.

 

3. Posso tomar a vacina gripado?

Idealmente a vacina deve ser feita até 4 semanas antes do surgimento de qualquer sintoma da gripe. Porém, caso a pessoa já esteja gripada é aconselhado esperar o desaparecimento dos sintomas antes de fazer a vacinação, para evitar que os sintomas naturais da gripe sejam confundidos com uma reação à vacina, por exemplo.

A vacinação irá proteger o organismo contra outra possível infecção com o vírus da gripe.

 

4. Posso tomar a vacina da gripe e da COVID juntas?

O Ministério da Saúde do Brasil indica que a vacina da gripe e da COVID-19 podem ser aplicadas no mesmo dia, desde que em grupos musculares diferentes, não havendo interferência na eficácia das vacinas.

Caso as vacinas sejam aplicadas no mesmo grupo muscular, a recomendação é a de que sejam aplicadas com uma distância e 2,5 cm para que seja possível diferenciar os efeitos colaterais, caso aconteçam. Confira o esquema de doses da vacina contra COVID-19.

 

5. Grávidas podem tomar a vacina da gripe?

Durante a gravidez o corpo da mulher fica mais vulnerável a infecções e, por isso, existem grandes chances de pegar gripe. Dessa forma, a grávida faz parte dos grupos de risco para gripe e, por isso, deve fazer a vacinação de forma gratuita nos postos de saúde do SUS.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/agriflu-vacina-da-gripe/ - Imagem ilustrativa


E servireis ao Senhor, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades. Êxodo 23:25


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

6 dúvidas sobre a relação entre pão francês e emagrecimento


Nutricionista explica como o consumo desse alimento pode influenciar o ganho de peso

 

Cheirinho delicioso, casquinha dourada e crocante, miolo macio.  Todos esses adjetivos são convidativos e descrevem muito bem o famoso pão francês, muito popular no Brasil desde o século XX, quando ele invadiu as padarias. Apesar de gostoso, ele é uma fonte de carboidratos e um dos vilões da dieta. Por isso, com a ajuda da nutricionista Elizabeth do Nascimento, Mestre em Saúde Pública pela USP (Universidade de São Paulo), esclarecemos todas as dúvidas sobre esse alimento.

 

1. Afinal, ele interfere no ganho de peso ou não?

Sim, o pãozinho francês realmente engorda mais se comparado a alguns outros pães disponíveis no mercado, como o integral. O pãozinho francês com 50 g possui cerca de 140 kcal e 80% dessas calorias são derivadas de carboidrato de alto índice glicêmico. 

“As pessoas costumam somar ao pãozinho recheios que vão desde a simples manteiga a itens com elevado teor de gordura, como queijos, presuntos, hambúrgueres, salsichas, associados a maioneses e molhos diversos. Com a inclusão desses recheios, os sanduíches com o pãozinho francês ficam ainda mais calóricos ”, explica Elizabeth do Nascimento.

 

2. Quais alimentos podem substituir o pão francês?

O pão francês pode ser substituído por pães e biscoitos à base de farinha integral, que possuem teor calórico levemente menor. Ou, ainda, por outros cereais e/ou preparações como cuscuz de farinha de milho, quinoa, panquecas, granolas, aveia, banana da terra, frutas, raízes e tubérculos, tais como mandioca, mandioquinha e outros alimentos nutritivos.

 

3. O que o pão integral tem que os outros não têm?

O pão integral tem em sua composição vitaminas e minerais importantes para a saúde do organismo, como a vitamina B1 (nutre as células dos músculos e do sistema nervoso), a vitamina B2 (atua no desenvolvimento e renovação celular), a vitamina E (que está presente no gérmen do trigo e é um nutriente importante no retardamento do envelhecimento celular), entre outras. “Além disso, as fibras alimentares contidas no pão integral podem ajudar o intestino”, afirma a nutricionista.

 

4. O pão caseiro é mais saudável?

Existem várias receitas de pães caseiros que variam desde o valor calórico até o sabor e valor nutricional. Podemos elaborar pães com ingredientes como cenoura, mandioca, arroz, espinafre, beterraba, abóbora, inhame, batata, ameixas, maçãs, passas e outras frutas secas. 

“Geralmente são acrescidos ingredientes que aumentam a maciez e o sabor nessas receitas, como gorduras, ovos, mel e leite. Esses componentes acabam tornando os pães caseiros mais calóricos. No entanto, eles têm a vantagem de não conterem aditivos alimentares como aromatizantes, corantes e conservantes, o que os torna mais saudáveis”, explica Elizabeth do Nascimento.

 

5. Torrada ou pão: o que tem menos calorias?

Ao contrário do que imaginamos, as torradas são mais calóricas. A diferença é que a torrada tem menos água em sua composição do que o pão francês, assim os nutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras) ficam mais concentrados e, por consequência, com maior valor calórico. Contudo, temos a falsa impressão de que são menos calóricos por serem mais leves.

“O alerta maior é se as torradas vierem amanteigadas, pois corremos o risco de comê-las de forma compulsiva. É necessário ter atenção com a quantidade ingerida em cada lanche ou refeição, pois podemos consumir até mais calorias do que quando se ingere o pão. É importante acrescentar que o pão dá mais saciedade a quem o consome”, conta a profissional.

 

6. Quero emagrecer. Preciso eliminar o pão de vez do cardápio?

Quem deseja perder barriga deve, principalmente, pensar na alimentação como um todo. O mais importante é reduzir a quantidade de consumo a que se está habituado. O erro está no exagero.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-02-21/6-duvidas-sobre-a-relacao-entre-pao-frances-e-emagrecimento.html - Redação EdiCase


Ao que lhe disse Jesus: Se podes! – tudo é possível ao que crê. Mateus 21:21


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Vacina de COVID-19: quais são os cuidados após a imunização?


Entenda as principais reações, se são necessários testes após a vacinação e as precauções contra o coronavírus.

 

Com a vacinação contra COVID-19 em vigência pelo mundo, inclusive no Brasil, algumas dúvidas sobre os imunizantes podem surgir.

 

Afinal, quais são as reações que a vacina pode trazer ao corpo? É preciso seguir fazendo testes de anticorpos? Posso beber? A seguir, esclarecemos essas e outras dúvidas sobre a vacina de COVID-19:

 

Vacina de COVID-19: principais dúvidas

 

Reações da vacina

Qualquer vacina, quando aplicada no corpo, pode trazer algum tipo de reação. A vacina da COVID-19 não é diferente.

 

Entre as reações da vacina de COVID-19, destacam-se:

dor no local da injeção

vermelhidão

febre

inchaço

fadiga

perda de apetite

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIM), as possíveis reações são sinais da resposta imune se formando e desaparecerão dentro de alguns dias.

"Porém, isso não significa que você foi infectado pelo coronavírus ou está desenvolvendo COVID-19. Além disso, o fato de várias pessoas não apresentarem reações também não significa que a vacina não tenha tido efeito, pois cada pessoa pode responder de forma diferente à vacinação", informa a SBIM.

Uma polêmica que girou em torno das reações possíveis das vacinas de COVID-19 foram os casos de trombose associados ao imunizante de Aztrazeneca.

De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o risco para trombose é possível, mas muito raro. Ainda de acordo com a agência europeia (equivalente à Anvisa), "o risco-benefício permanece positivo".

 

Testes de anticorpos

Conforme a vacinação ocorre, um movimento tem ocorrido em paralelo: a realização dos testes de anticorpos IgG para verificar se o corpo permanece protegido contra o coronavírus.

O IgG é um anticorpo ativado pelo organismo contra um determinado antígeno - substância estranha ao organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou toxina. Diferente do IgM, um outro tipo de anticorpo que surge na fase mais aguda de uma infecção, o IgG tende a ser produzido um pouco mais à frente, posteriormente ao contato do corpo com o antígeno.

De acordo com Martín Bonamino, pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Fiocruz, em artigo publicado na SBIM, não existe qualquer motivo para testar os níveis de IgG após a vacinação.

"Já ouvi relatos de pessoas que se frustram com os seus títulos de anticorpos que não aumentam após a vacinação, julgam não estarem imunes e até planejam se vacinar novamente com a outra vacina disponível, pois a primeira 'não funcionou'. Toda esta ansiedade está fundamentada em um grande desconhecimento do efeito da vacina e dos testes para detectar os anticorpos gerados por elas", escreve Bonamino.

Segundo o pesquisador, em vacinas baseadas na proteína S (a proteína spike), como é o caso da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, pode ocorrer que a quantidade de anticorpos voltados para a proteção contra o antígeno não aumente nos testes comerciais feitos para identificar a proteína N (um outro tipo de glicoproteína encontrada no SARS-CoV-2).

Ainda de acordo com o especialista, no caso da Coronavac, a maioria das pessoas não produz quantidades relevantes de anticorpos contra a proteína N.

"Percebam, portanto, que para as duas vacinas em uso no Brasil [até o momento da publicação do artigo], testar a presença de anticorpos contra a proteína N nos laboratórios de análises clínicas não faz sentido. A proteção será fornecida pelos anticorpos contra a proteína S e pela resposta celular - e nenhum destes aspectos é testado nesses exames", diz Bonamino.

Conforme explica o pesquisador, existem testes destinados a detectar anticorpos contra a proteína S, mas mesmo esses ensaios não nos dizem muito sobre a proteção efetiva. "As vacinas, portanto, funcionam, mas esses testes não são adequados para avaliar seu funcionamento."

 

Bebida alcoólica e vacina

O consumo de álcool após a aplicação da vacina é algo a ser evitado. Não é necessariamente obrigatório, mas sim uma recomendação.

De acordo com Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), a ingestão de álcool pelo corpo altera o número e a abundância relativa de micróbios no microbioma intestinal, uma extensa comunidade de micro-organismos no intestino que auxiliam no seu funcionamento normal.

Vale lembrar que são esses organismos que afetam a maturação e a função do sistema imunológico. Consequentemente, o álcool interrompe a comunicação entre esses organismos e o sistema imunológico intestinal, além de danificar as células epiteliais, células T e neutrófilos no sistema GI.

"Como o consumo pesado pode enfraquecer o sistema imunológico e limitar os benefícios da vacina, pessoas que bebem em excesso devem buscar ajuda para parar ou reduzir o uso de álcool enquanto o processo de imunização está ocorrendo", explica Guerra.

É importante destacar, porém, que essa é uma recomendação e que, durante os testes das vacinas de COVID-19 atualmente usadas no Brasil e no mundo, não houve qualquer orientação aos voluntários para que interrompessem o consumo de álcool.

Dessa forma, não existem dados suficientes que comprovem se o álcool exerce ou não efeito negativo durante a imunização contra o coronavírus.

 

COVID-19 após a vacinação: é possível?

A vacina não significa, atualmente, o fim definitivo da pandemia de coronavírus, mas um mecanismo de controle dos casos de COVID-19.

"O que a maioria dos cientistas acredita é que a primeira geração de vacinas não vai conferir imunidade esterilizante; isto é, não vai proteger da infecção. Mas vai proteger de formas graves, como acontece com a vacina da gripe, por exemplo", explicou Francisco Ivanildo de Oliveira Jr, gerente de Qualidade Assistencial e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Sabará Hospital Infantil, em entrevista ao Minha Vida, quando as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.

Desse modo, é importante seguir com os protocolos de segurança e de contenção da transmissão do coronavírus, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37560-vacina-de-covid-19-quais-sao-os-cuidados-apos-a-imunizacao - Escrito por Maria Beatriz Melero

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Bebidas alcoólicas e COVID-19: entenda os riscos


Mitos são perigosos e podem colocar a saúde em risco. Veja as dúvidas mais comuns

 

Após um ano do início da pandemia no Brasil, ainda há muitas dúvidas a respeito da relação entre consumo de bebida alcoólica e COVID-19. Alguns mitos seguem circulando nas redes sociais, apesar de desmentidos por evidências científicas e instituições de saúde renomadas.

 

Diante do atual cenário da doença, mais grave e preocupante no país, combater com mais força a desinformação é uma questão de responsabilidade, uma vez que o uso nocivo de álcool pode fragilizar o sistema imunológico e colocar a saúde em risco. Para ajudar, separei alguns mitos sobre bebidas alcoólicas e COVID-19

 

MITO O consumo de bebidas alcoólicas destrói o vírus que causa a COVID-19.

 

FATO O consumo de bebidas alcoólicas não destrói o vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Inclusive, o uso nocivo de álcool pode até aumentar os riscos para a saúde se uma pessoa for infectada pelo vírus. O álcool em gel indicado para higienizar mãos e superfícies tem concentração de 70% de álcool para eliminar o vírus causador da COVID-19. Já as bebidas alcoólicas, ao serem ingeridas, não são efetivas para eliminar o vírus, pois levam à morte quando em concentração no sangue acima a 0,40%.

 

MITO Ingerir bebida com alto teor alcoólico mata o vírus presente no ar inalado.

 

FATO O consumo de álcool não mata o vírus presente no ar inalado, não desinfeta sua boca e garganta, nem oferece qualquer tipo de proteção contra a COVID-19. Vale reforçar que a ingestão abusiva de bebida alcoólica (cerveja, vinho, bebidas destiladas) debilita a imunidade e a resistência ao vírus.

 

Também separei as dúvidas mais comuns com relação às bebidas alcoólicas e a COVID-19. Veja a seguir:

 

Meu teste de COVID-19 deu positivo, mas estou sem sintomas. Posso beber?

Você não deve beber. Por ser uma doença infecciosa, cujo espectro clínico varia de infecções assintomáticas a quadros graves, prefira abster-se de bebida alcoólica neste momento. Lembre-se: o abuso de álcool pode diminuir a resistência do corpo a infecções.

 

Beber pode ajudar a diminuir a ansiedade?

Apesar de poucas doses de álcool levarem a um relaxamento, beber não é uma boa estratégia para lidar com a ansiedade. Seu consumo abusivo pode aumentar sintomas de ansiedade, evoluindo para um ciclo perigoso.

 

Pessoas com problemas decorrentes do uso de álcool podem ter um quadro mais grave da COVID-19?

Sim. O consumo pesado e crônico de álcool prejudica o sistema imunológico, tornando o corpo um alvo mais fácil para doenças, inclusive infecciosas, como é o caso da COVID-19. Além disso, pessoas com transtorno por uso de álcool podem apresentar outros problemas de saúde, o que as tornaria mais vulneráveis ou até poderia piorar a evolução da doença, por exemplo, no caso de Síndrome de Abstinência.

 

Para finalizar, quero reforçar algumas orientações gerais sobre o consumo de álcool durante a pandemia:

 

Condições de álcool zero continuam valendo: menores de 18 anos, gestantes, pessoas que vão dirigir, que apresentam alguma condição de saúde que possa ser agravada pelo álcool ou não conseguem controlar o seu consumo não devem consumir bebidas alcoólicas.

 

Se você é adulto, fora das condições acima e opta por beber, não ultrapasse uma dose* por dia se for mulher ou duas doses por dia se for homem. Evite intoxicação!

 

Certifique-se de que crianças e jovens não tenham acesso a bebidas alcoólicas e aproveite a convivência mais próxima para conversar sobre os problemas associados à bebida e à COVID-19.

 

Se faz uso de medicamentos que possam interagir com o álcool, mesmo remédios à base de plantas ou sem receita, não misture com bebidas alcoólicas. Isso pode reduzir o efeito dos remédios, aumentar os efeitos do álcool ou gerar reações perigosas.

 

Ao trabalhar em casa, siga as regras usuais do local de trabalho e não beba.

 

E lembre-se: não compartilhe fake news, compartilhe informação de qualidade e embasada em ciência.

 

* Uma dose padrão equivale a 14 g de álcool puro, o que corresponde a 350 mL de cerveja (5% de álcool), 150 mL de vinho (12% de álcool) ou 45 mL de destilado (vodca, uísque, cachaça, gin, tequila, com 40% de álcool).

 

Fonte: https://professorjosecosta.blogspot.com/2020/10/superando-desafios.html - Escrito por Arthur Guerra de Andrade

domingo, 27 de setembro de 2020

Conheça as sete perguntas mais comuns sobre atividades físicas


Algumas dúvidas podem adiar o começo do treino

 

As pessoas já conhecem muito bem os benefícios que a atividade física constante pode trazer, como aumentar a expectativa e a qualidade de vida, ajudar a prevenir doenças cardíacas como infarto e derrame, além de outros problemas como obesidade, desenvolver maior força nos músculos, aumentar a energia, ajudar a reduzir o estresse e também uma boa maneira de reduzir o apetite e queimar calorias.

 

Mesmo assim, existe uma parcela grande da população que não começa a fazer atividades físicas por uma série de dúvidas. Pretendo nesse artigo, listar as perguntas mais frequentes que as pessoas fazem e as respostas que podem fazer você dar o primeiro passo para ter uma vida mais ativa.

 

1. Quem deve fazer atividade física?

- O aumento da atividade física pode beneficiar quase todos.

- Se você acha que não pode se exercitar com segurança por qualquer motivo, converse com seu médico antes de iniciar.

- O médico precisa saber se você tem problemas cardíacos, pressão arterial elevada, artrite, dores no peito, tonturas etc.

 

2. Como faço para começar?

- Depois da autorização médica é importante.

- Se você não for ativo, comece devagar.

- Se você ficou inativo durante anos, você não pode correr uma maratona com apenas duas semanas de treino!

- Comece com dez minutos de exercício leve ou um passeio rápido a cada dia e aumente gradualmente.

 

3. Que exercício fazer?

-Exercícios que aumentam a sua frequência cardíaca e movem os grandes músculos (como os músculos das pernas e braços) são os melhores.

- Escolha uma atividade que você goste e gradualmente vá aumentando à medida que se acostumar.

- Andar a pé é muito popular e não requer nenhum equipamento especial.

- Outros bons exercícios incluem treinamento resistido ou musculação, natação, ciclismo, corrida e dança.

- Utilize as escadas em vez do elevador. Andar a pé em vez de dirigir também pode ser uma boa maneira de começar a ser mais ativo.

 

4. Quanto tempo devo fazer?

- Inicie o exercício três ou mais vezes por semana durante 20 minutos ou mais, até chegar a quatro ou seis vezes por semana durante 30/60 minutos.

- Lembre-se, porém, que o exercício traz benefícios à saúde e qualquer quantidade é melhor que nada.

- Isso pode incluir vários episódios curtos de duração das atividades em um dia.

- Exercitar-se durante a sua pausa para o almoço ou ao fazer tarefas diárias pode ser uma forma de incluir a atividade física se você tiver uma agenda carregada.

- Exercitar-se com um amigo ou parente pode ajudar a tornar o exercício mais divertido, e terá um parceiro para encorajá-lo a continuar a fazê-lo.

 

5.Como evitar lesões?

O caminho mais seguro para evitar lesões é começar com aquecimento. Isso fará com que seus músculos e articulações fiquem mais flexíveis.

- Caminhe por alguns minutos ou várias vezes por dia. Então, lentamente, aumente o tempo e o nível de atividade.

- Faça cinco a dez minutos de exercícios de relaxamento e alongamento diário.

 

6. Antes e depois do exercício?

-Você deve começar um treino com um período de aquecimento gradual.

- Durante este tempo (cerca de 5-10 minutos), você deve lentamente alongar seus músculos em primeiro lugar, e aumentar gradualmente o seu nível de atividade. Por exemplo, começar a andar devagar e depois aumentar a velocidade

- Finalizando o exercício, desacelere por cerca de 5-10 minutos.

- Novamente, alongar os músculos e permitindo que o seu ritmo cardíaco volte ao normal.

- Você pode usar os mesmos exercícios de alongamento utilizado durante o período de aquecimento.

- Se você trabalha a parte superior do corpo, não se esqueça de alongar os braços, ombros, peito e costas.

 

7- E sobre treinamento?

A maioria dos exercícios vai ajudar o seu coração e outros músculos.

- A Musculação é um exercício que desenvolve a força e a resistência dos grandes grupos musculares do corpo.

- Um profissional de Educação Física especializado pode lhe dar mais informações sobre como exercitar-se de forma segura com pesos ou máquinas.

- Então comece hoje mesmo a ter mais saúde e disposição.

 

Fonte de consulta: Academia Americana de Médicos de Família.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/12127-conheca-as-sete-perguntas-mais-comuns-sobre-atividades-fisicas - Escrito por Teresa Passarella – Foto Revista Marie Claire

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Chás para pressão alta: descubra qual realmente funciona


Veja se esses chás funcionam para diminuir a pressão alta

Tendo em vista que a hipertensão é uma das doenças que mais acometem a população brasileira, a busca por métodos alternativos para auxiliar no tratamento é grande.

Por isso, conversamos com especialistas no assunto para esclarecer dúvidas sobre alguns dos chás utilizados para pressão alta. Entenda:

Chá de alho para pressão alta
Segundo a nutricionista Maria Clara Pinheiro, o alho possui propriedades importantes quando o assunto é pressão arterial. "Ele é fonte de antioxidantes e estimula a produção de óxido nítrico, um potente vasodilatador que melhora a circulação do sangue", explica ela.
Por isso, o chá de alho promove o relaxamento dos vasos sanguíneos e, consequentemente, auxilia na redução da pressão arterial.

Chá de hibisco para pressão alta
A nutricionista Laura Filmari afirma que o chá de hibisco pode, sim, ajudar a diminuir a pressão. "A erva possui propriedades diuréticas, fazendo com que o organismo elimine líquidos em excesso e facilite o bombeamento de sangue no corpo, assim regulando a pressão arterial", explica a profissional.

Chá de erva cidreira para pressão alta
O chá de erva cidreira pode auxiliar na diminuição da pressão arterial principalmente nos momentos de estresse devido sua função de calmante natural. "O óleo essencial contido na erva cidreira tem efeitos nos canais de cálcio e pode induzir a vasodilatação", confirma o cardiologista Ariel Bueno da Fonseca.
Isso significa que o óleo é capaz de diminuir a frequência cardíaca e aumentar o diâmetro dos vasos arteriais, o que pode evitar a hipertensão.

Chá de cavalinha para pressão alta
Assim como o de hibisco, o chá de cavalinha também possui propriedades diuréticas que auxiliam na eliminação do excesso de líquido no organismo. Desse modo, o coração precisa de menos esforço para bombear o sangue e a pressão arterial é reduzida.
Contudo, a nutricionista Camila Cardinelli diz que o chá deve ser consumido com cuidado. "Ele não pode ser consumido em grande quantidade e por período prolongado, porque favorece a perda de minerais importantes no organismo", explica a nutricionista.
O chá de cavalinha também não é recomendado para grávidas e lactantes, além de pacientes que apresentam insuficiência cardíaca, pressão baixa e doenças renais.

Chá de limão para pressão alta
O chá de limão não é indicado para auxiliar na redução da pressão arterial. A nutricionista Maria Clara Pinheiro explica que, apesar de seus diversos benefícios, a fruta não deve ser utilizada para tal finalidade.
"A vitamina C presente no limão sofre oxidação com o calor. Ou seja, o limão praticamente perde suas propriedades quando usado para preparar um chá", conclui a nutricionista.

Qual chá tomar para baixar a pressão?
É possível concluir que os chás de alho, hibisco, erva cidreira e cavalinha podem auxiliar na diminuição da pressão arterial. Dessa forma, a recomendação é uso de, no máximo, uma xícara ao dia de qualquer uma dessas bebidas.

Além disso, é importante deixar claro que apenas os chás não devem substituir o uso de medicamentos prescritos. Eles servem como tratamento paliativo e devem ser administrados com ressalvas e orientação adequada.

Sempre consulte um médico para obter informações especializadas e de qualidade, garantindo opinião e instrução profissional sobre o assunto.

Receitas de chás para pressão alta
Chá de alho: Em uma panela de chá, coloque dois dentes de alho amassados para 300 ml de água. Deixe ferver por 10 minutos. Depois é só coar e beber.

Chá de hibisco: Separe 200ml de água, deixe ferver, desligue o fogo e adicione uma colher de chá de hibisco seco. Tampe e deixe descansar por três a cinco minutos. Depois é só coar e consumir.

Chá de erva cidreira: Ferva 200ml de água, depois a coloque sobre cinco folhas de erva cidreira em um recipiente e deixe abafado de cinco a dez minutos. Coe e está pronto para consumir.

Chá de cavalinha: Em uma chaleira, ferva 200 ml de água. Desligue o fogo e adicione uma colher de sopa de cavalinha desidratada. Tampe e deixe abafado por dez minutos. Coe e beba logo em seguida.


domingo, 24 de maio de 2020

Cloroquina: novo estudo em 100 mil pacientes acaba com as dúvidas sobre sua eficácia


Um novo estudo com quase cem mil pacientes de Covid-19 não mostrou qualquer benefício no tratamento com medicamentos antivirais cloroquina e hidroxicloroquina e, na realidade, aumentou a probabilidade de que morressem no hospital.

Hidroxicloroquina e cloroquina são comumente usados no tratamento da artrite e malária, mas figuras públicas em seus pronunciamentos, incluindo o presidente do Brasil – Jair Bolsonaro – anunciou a fabricação em massa do medicamento e sua aplicação pelo SUS.

A cloroquina pode produzir efeitos colaterais que podem ser graves como arritmia cardíaca.

Os autores de um novo estudo publicado sexta-feira na revista científica The Lancet disseram ter observado que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina não tiveram efeito positivo no tratamento de pacientes hospitalizados por coronavírus.

Ao analisarem os prontuários de 96 mil pacientes tratados em centenas de hospitais, eles confirmaram que a administração destas drogas realmente aumenta o risco de óbito.

Eles também chegaram a comparar quatro diferentes grupos: pacientes tratados exclusivamente com hidroxicloroquina, aqueles tratados com cloroquina e também dois grupos que receberam os mesmos medicamentos combinados com antibióticos.

A comparação foi feita também com um grupo controle: pacientes que não receberam nenhum destes tratamentos.

Cerca de 9% dos pacientes no grupo de controle foram a óbito. Dos que foram tratados apenas com hidroxicloroquina ou apenas com cloroquina, 18% e 16,4%, respectivamente, morreram.

O grupo que recebeu cada droga juntamente com antibióticos teve taxas de óbito ainda maiores: 22,8% (cloroquina) e 23,8% (hidroxicloroquina).

Os autores concluíram que a cloroquina e hidroxicloroquina aumentam o risco de morte dos pacientes de Covid-19 em 45% em comparação a problemas de saúde subjacentes.

“O tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina não beneficia pacientes com Covid-19”, afirmou Mandeep Mehra, o principal autor deste estudo e diretor do Brigham and Women’s Hospital Center for Advanced Heart Disease, em Boston, EUA.

“Em vez disso, nossas descobertas sugerem que pode estar associado a um risco maior de problemas cardíacos graves e aumento do risco de morte”.

O ministro da Saúde do Brasil recomendou na quarta-feira o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratar até casos leves de Covid-19. Apesar do entusiasmo de Bolsonaro em usar a cloroquina para o tratamento com Covid-19, além do medicamento não ser benéfico ele piora significativamente as chances de sobrevivência dos pacientes.

A Grã-Bretanha encomendou 35 milhões de libras (R$ 237 milhões) em hidroxicloroquina, apesar de inúmeros estudos mostrarem sua ineficácia no tratamento do Covid-19.

“Vários países defenderam o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, isoladamente ou em combinação, como tratamentos potenciais para o Covid-19”, disse Frank Ruschitzka, diretor do Centro do Coração do Hospital Universitário de Zurique que foi co-autor do estudo.

“Agora sabemos em nosso estudo que a chance de que esses medicamentos melhorem os resultados no Covid-19 é muito baixa”. [The Lancet, MedicalXpress]


quinta-feira, 16 de abril de 2020

Perguntas e respostas sobre a Pandemia do Coronavírus


Com o intuito de tirar dúvidas da população sobre o Coronavirus, a Liga Acadêmica de Farmacologia Clínica da UFS-Lagarto em parceria com o Centro de Informações sobre Medicamentos da UFS-Lagarto e com a colaboração do Laboratório de Estudos e Cuidados Farmacêuticos (Lecfar), do Laboratório de Desenvolvimento Farmacêutico, do Departamento de Farmácia da UFS-Lagarto e do Conselho Regional de Farmácia (CRF-SE) criou um grupo no WhatsApp para toda a população e acadêmicos a fim de tornar acessível conteúdos confiáveis e esclarecer as Fake News sobre a pandemia COVID-19. Além disso, com parceria com a Liga Academia em Inclusão dos Deficientes Auditivos e Surdos na Saúde (LAIDASS) as informações também são disponibilizadas em LIBRAS.

O ministério da saúde falando agora que algumas pessoas podem utilizar máscara de pano, o que vocês acham sobre isso? Já que muitos materiais estão em falta?

A máscara caseira é mais uma alternativa para evitar a infecção por coronavírus (SARS-CoV-2) e contrair a COVID-19. Mas, é importante ressaltar que as recomendações de evitar aglomerações e contato físico (toque de mãos entre pessoas, beijos e abraços), manter a higienização das mãos com água e sabão, utilizar álcool a 70% para as mãos e superfície e, não compartilhar objetos pessoais devem ser mantidas!

As máscaras faciais são equipamentos de proteção individual (EPI) (Lei nº 13.969, de 06 de fevereiro de 2020 e a Portaria nº 327, de 24 de março de 2020), com impacto na proteção coletiva. Esses equipamentos funcionam como uma espécie de filtros que retêm partículas contaminadas por microorganismos.
Apesar das diversas ações realizadas pelo Ministério da Saúde para aquisição de EPIs, o cenário atual da pandemia de COVID-19, levou a escassez de das máscaras cirúrgicas e as N95/PFF2, em diversos países. Ficando seu uso priorizado aos profissionais nos serviços de saúde (Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 356, de 23 de março de 2020).

As máscaras caseiras, até o dia 02/04/2020 eram consideradas inadequadas pelos órgãos reguladores e sanitários. Contudo, elas vem se tornando uma necessidade neste momento, visando minimizar o aumento dos casos de COVID-19, em especial aqueles que são transmitidos por portadores assintomáticos. Sua utilização pode auxiliar no impedimento da disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente, agindo como uma barreira física. Além de auxiliar na mudança de comportamento da população e diminuição de casos. Contudo, é importante salientar, novamente, que as demais medidas de higienização, das mãos, superfícies, roupas, calçados e utensílios, bem como da própria máscara DEVEM ser mantidas. Só o uso da máscara não garante proteção a infecção pelo coronavírus (SARS-CoV-2).

A sugestão do Ministério da Saúde, em nota Técnica publicada em 02/04/2020, é de que a população produza suas máscaras caseiras em tecido de algodão, tricoline, TNT, ou outros tecidos, que podem assegurar uma boa efetividade. Quanto mais espessa e fechada a trama do tecido, melhor barreira física ele se tornará enquanto máscara. O importante é que a máscara seja higienizada após cada uso, feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

            Existem diversos vídeos e sites orientando a forma de confeccionar sua própria máscara (https://www.youtube.com/watch?v=qNLne8CE8xM&feature=youtu.be), siga aquele que melhor atender suas possibilidades, e que esteja dentro das orientações citadas acima.

Sobre cuidados na utilização e higienização das máscaras caseiras:

●     A máscara caseira é individual. Não compartilhe com familiares, amigos e outros.

●     Coloque a máscara, segurando nas alças, levando-as até as orelhas de forma a cobrir a boca e nariz.

●     Evite tocar na máscara enquanto estiver utilizando ela, não fique ajustando a máscara. Ao tocar nela, você pode estar transmitindo vírus da sua mão.

●     Fique em casa, mas se for necessário sair para a rua, leve junto um saco plástico e outra máscara limpa, para o caso de acidentalmente contaminar a que estiver em uso e precisar trocar.

●     Se espirrar, tossir ou ao chegar em casa, lave as mãos com água e sabão, secando-as bem, e retire a máscara (remova a máscara pegando pela alça, evitando de tocar na parte da frente), coloque ela diretamente no saco plástico (você deve lavar ela assim que possível). Higienizar novamente as mãos e colocar outra máscara limpa. seguindo os cuidados já citados anteriormente. Por isso é importante que você tenha no mínimo 2 máscaras caseiras.

 Como lavar a máscara caseira?

 ●     Coloque a máscara em recipiente com água potável e água sanitária (2,0 a 2,5%) e deixe “de molho” por 30 minutos.

●     Após o tempo de imersão (molho), realizar o enxágue em água corrente e lavar com água e sabão.

●     Após lavar a máscara, a pessoa deve higienizar as mãos com água e sabão. A máscara deve estar seca para sua reutilização.

●     Com a máscara seca, após a lavagem, utilize o ferro de passar quente e depois guarde em um saco plástico até a necessidade de usar.

ATENÇÃO: Jogue fora, na lixeira, a máscara que esteja estragada, com buracos ou rasgada.

Como preparo essa água sanitária?

●     O Ministério da Saúde orienta que você utilize 1 parte de água sanitária para 50 partes de água (Exemplo, pegue 10 ml de água sanitária para 500ml de água potável).

Referências:

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. ORIENTAÇÕES PARA SERVIÇOS DE SAÚDE: MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE QUE DEVEM SER ADOTADAS DURANTE A ASSISTÊNCIA AOS CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE INFECÇÃO PELO NOVO CORONAVÍRUS (SARS-CoV-2). Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/NOTA+T%C3%89CNICA+N%C2%BA+05-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA+-+ORIENTA%C3%87%C3%95ES+PARA+A+PREVEN%C3%87%C3%83O+E+O+CONTROLE+DE+INFEC%C3%87%C3%95ES+PELO+NOVO+CORONAV%C3%8DRUS+EM+INSTITUI%C3%87%C3%95ES+DE+LONGA+PERMAN%C3%8ANCIA+PARA+IDOSOS%28ILPI%29/8dcf5820-fe26-49dd-adf9-1cee4e6d3096. Acesso em: 02 Abr. 2020.

ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº 356, DE 23 DE MARÇO DE 2020. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/5809525/RDC_356_2020_COMP.pdf/fbe549f1-b74c-42e9-9979-2ab98cf55de2. Acesso em: 03 Abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Máscaras caseiras podem ajudar na prevenção contra o Coronavírus. Disponível em: https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46645-mascaras-caseiras-podem-ajudar-na-prevencao-contra-o-coronavirus. Acesso em: 03 Abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Nota técnica sobre uso de máscara caseiras. 2020. Disponível em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/02/Minist--rio-da-Sa--de---Nota-t--cnica-sobre-uso-de-m--scara-caseiras.pdf. Acesso em: 03 Abr. 2020.

KAMPF, G. et al. Persistence of coronaviruses on inanimate surfaces and their inactivation with biocidal agents. Journal of Hospital Infection, v. 104, n. 3, p. 246–251, 2020.

2.    Quem tem sinusite, rinite, imunidade baixa (com sintomas de falta de ar, devido às comorbidades), estão em grupos de risco?  Qual grupos de riscos?

A rinite não é uma das doenças que colocam indivíduos no grupo de risco da COVID-19 (coronavírus). Entretanto, se não tratada, ela pode aumentar as chances de infecções, incluindo pelo novo coronavírus, pois o quadro provoca uma inflamação. Além de inchaço, há mais secreção e o batimento ciliar (dos pelos do nariz) não fica tão coordenado, facilitando a entrada de um vírus, por exemplo, na região. O invasor tem mais tempo de contato com a mucosa e predispõe o indivíduo a doenças respiratórias.

Os grupos de risco são: Idosos e indivíduos com doenças crônicas, como os acometidos por problemas no coração, hipertensão, diabetes não controlada, problemas renais e pulmonares, apresentam deficiência no sistema imunológico (baixas defesas no organismo).

Referências:
UOL. Coronavírus: quem tem rinite está no grupo de risco? Sinais são diferentes? Disponível em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/03/25/coronavirus-quem-tem-rinite-esta-no-grupo-de-risco-sinais-sao-diferentes.htm. Acesso em: 27 mar. 2020.

DRAGER, L. Coronavírus pode ser mais grave em pessoas com doenças no coração. [S. l.], 3 mar. 2020. Disponível em: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/coronavirus-pode-ser-mais-grave-em-pessoas-com-doencas-no-coracao/. Acesso em: 24 mar. 2020.

Alimento que comprei em supermercado, devo lavar a embalagem com sabão? Vai que alguém espirrou!
Sim, deve lavar as embalagens. O ideal é que as embalagens sejam limpas com álcool 70% ou hipoclorito 0,5% (que seria 200mL de água sanitária misturada a 800 mL de água). Caso não tenha álcool ou água sanitária em casa, pode lavar com água e sabão. No entanto, deve-se ter cautela durante a lavagem para que o sabão não entre em contato com o alimento.

Já as frutas e verduras devem ser lavadas com água corrente e colocadas em um recipiente com água e hipoclorito (água sanitária), utilizando a seguinte medida: para cada 1 litro de água, acrescente 1 colher de sopa (15mL) de água sanitária. Deixar as frutas e verduras nessa solução por no mínimo 10 minutos e no máximo 15 minutos e, em seguida, lavar bem em água corrente e deixar secar naturalmente.

Lembrar também que sempre antes de preparar os alimentos e comidas, deve-se higienizar as mãos.

Referência:

CONTIJO, J. Manipular e higienizar corretamente os alimentos é essencial para conter o coronavírus. [S. l.], 22 mar. 2020. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/bem-viver/2020/03/22/interna_bem_viver,1130896/manipular-e-higienizar-corretamente-os-alimentos-e-essencial-para-cont.shtml. Acesso em: 24 mar. 2020.

4.    Vocês acreditam que abrir o comércio por períodos de serviços alternados ou reduzidos seria melhor opção que abrir tudo de uma vez?

            Não há como nos posicionarmos a respeito de decretos ou leis. É necessário conhecimento e permissão jurídica para isso. O que podemos dizer é que atualmente o isolamento/distanciamento social é, juntamente com as medidas de higiene a única forma de prevenção de infecção pelo novo coronavírus e de colapso do sistema de saúde, que levaria a muitos óbitos por falta de suprimentos e estrutura física e de pessoal.

Em Sergipe, o Decreto Nº 40.570 de 03 de abril de 2020 mantém, até o dia 17 de abril de 2020, a proibição  “das atividades e dos serviços públicos e privados não essenciais, com necessário fechamento, a exemplo de academias, shopping centers, galerias, boutiques, clubes, boates, casas de espetáculos, salão de beleza, clínicas de estética, clínicas de saúde bucal/odontológica, clínicas de fisioterapia, ressalvadas aquelas de atendimento de urgência e emergências, além do comércio em geral”, atualizando a informação descrita no art. 2º do Decreto Nº 40.567 de 24 de março de 2020. Após esse período, o governo estadual deverá seguir as orientações do Ministério da Saúde do Brasil, que irão, a depender da situação dessa pandemia, tomar novas decisões. Ou seja, ainda não sabemos como será feita a reabertura do comércio e de outros serviços.

Tendo isso em vista, destacamos que o cumprimento da lei é obrigatório e de extrema importância, para a redução da circulação de pessoas e diminuição do risco de possíveis contaminações. 

 Qual a importância do distanciamento social?

As medidas de distanciamento social visam, principalmente, reduzir a velocidade da transmissão do vírus. Ela não impede a transmissão, no entanto, ela ocorrerá de modo controlado em pequenos grupos dentro dos domicílios, evitando assim o colapso nas unidades de atendimento. Com isso, o sistema de saúde terá tempo para reforçar a estrutura com equipamentos e profissionais capacitados. É importante destacar que há um déficit de 6 milhões de profissionais de enfermagem no mundo e, sabendo que estão na linha de frente nessa pandemia, o distanciamento social é um motivo para a organização do sistema de saúde, pois se os novos casos aumentarem descontroladamente, além da falta da estrutura física das unidades de atendimento, também haverá profissionais capacitados em quantidade insuficiente.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico 7 – COE Coronavírus. 6 abr. 2020. Disponível em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/2020-04-06---BE7---Boletim-Especial-do-COE---Atualizacao-da-Avaliacao-de-Risco.pdf. Acesso em: 08 abr. 2020

ESTADO DE SERGIPE. DECRETO Nº 40.570 DE 03 DE ABRIL DE 2020. [S. l.], 3 abr. 2020. Disponível em: https://www.se.gov.br/uploads/download/midia/16/5cd83b2c0dc4545e4d0e43180ca4e65d.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020.

ESTADO DE SERGIPE. DECRETO Nº 40.567 DE 24 DE MARÇO DE 2020. [S. l.], 3 abr. 2020. Disponível em: https://www.se.gov.br/uploads/download/midia/12/8e27be55ccfddfd7c243b7d57000211c.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020.

  Como a pessoa é curada da COVID-19? Segundo vejo na mídia, a doença não tem cura!

Para responder essa pergunta, é preciso esclarecer algumas coisas:

Cura, de uma forma geral e, em acordo com as definições de saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da ausência dos sinais e sintomas da doença e está associada a utilização de medidas farmacológicas como a vacinação ou a utilização de fármacos. Então, quando se fala que alguém “se curou” da doença COVID-19, causada pelo coronavírus humano (SARS-CoV-2), significa que esta pessoa não tem mais sinais e sintomas da doença e o vírus não pode mais ser detectado no organismo.

Como não existe tratamento farmacológico comprovadamente eficaz tampouco vacina para doença, costuma-se afirmar que não há cura para COVID-19. Isso não quer dizer que todos os infectados padecerão da doença. A grande maioria dos infectados consegue montar uma resposta imunológica capaz de tornar o vírus indetectável no organismo e que os sintomas desapareçam.

A grande maioria dos cientistas defendem que a infecção pelo SARS-CoV-2 gera imunidade protetora contra a infecção pelo mesmo vírus. Isso quer dizer que ao se recuperarem da doença os indivíduos infectados tornam-se imunes ao SARS-CoV-2.

O que tem confundido um pouco a mídia são alguns casos onde a infecção reaparece em alguns pacientes após o desaparecimento dos sintomas e do vírus não ser mais detectado no organismo. Esse fato e normalmente está ligado a quantidades indetectáveis do vírus que voltam a se multiplicar no organismo ou a falhas na testagem que podem diminuir a sensibilidade dos testes laboratoriais

Brasil. Ministério da Saúde - Secretaria de Atenção Primária à Saúde. PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO DO CORONAVÍRUS (COVID-19) NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE. Versão 5. Março 2020. Página 5. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/20200323-ProtocoloManejo-ver05.pdf acesso em 30/03/2020.
Li Q, Guan X, Wu P, et al. Early transmission dynamics in Wuhan, China, of novel coronavirus-infected pneumonia. N Engl J Med 29 Jan. 2020. doi: 10.1056/NEJMoa2001316.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. O que é coronavírus?. Disponível em: https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#definicaodecaso. Acesso em: 31 mar. 2020.

OMS, OPAS. Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização PanAmericana da Saúde (OPAS). INDICADORES DE SAÚDE: Elementos Conceituais e Práticos (Capítulo 1). Disponívem em https://www.paho.org/hq/index.php?option=com_content&view=article&id=14401:health-indicators-conceptual-and-operational-considerations-section-1&Itemid=0&limitstart=1&lang=pt acesso em 30/03/2020.

Salomão, R. Infectologia - Bases Clínicas e Tratamento/ Reinaldo Salomão. 1° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.