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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Futebol perde espaço como atividade física no Brasil

A paixão dos brasileiros pelo futebol pode ser grande, mas o número de pessoas que faz do esporte uma atividade física de lazer caiu.

De 2006 a 2012, o percentual foi de 9,1% para 7,2%, uma redução de 20% em sete anos.

O futebol foi ultrapassado pela musculação/ginástica (aumento de 7,9% para 11,2%) e se tornou a terceira atividade física mais praticada nas horas de folga dos brasileiros.

Em primeiro lugar está a caminhada (em torno de 18% entre 2006 e 2012).

De acordo com os pesquisadores, o estudo é descritivo e, portanto, não foram investigadas as possíveis causas da variação dos praticantes de futebol.

"Não podemos ser taxativos de que está havendo uma substituição. O fato de o futebol estar caindo e da musculação/ginástica estarem subindo em termos populacionais, não quer dizer que as pessoas estão trocando uma coisa pela outra, pode ser que as pessoas que deixam de jogar futebol não sejam as mesmas que passaram a frequentar mais a academia", ressalta Thiago Hérick de Sá, que realizou o estudo em conjunto com seus colegas Leandro Martin Garcia e Rafael Moreira Claro na Faculdade de Saúde Pública da USP.

Entretanto, eles formularam algumas hipóteses para explicar a queda na prática de futebol.

"No Brasil, jogar futebol sempre foi muito dependente de campos públicos e muitos deles estão em terrenos baldios. Mas esses espaços têm diminuído muito por causa do mercado imobiliário, para a construção de novos prédios, novos empreendimentos, o que se dá tanto em regiões mais centrais como na periferia das cidades", afirma o pesquisador.

Ele sugere que a diminuição dos praticantes de futebol também esteja ligada à dificuldade em se encontrar tempo e pessoas. "É preciso tempo para se fazer uma prática dessa ou mesmo para se organizar uma partida, porque jogar futebol envolve no mínimo 10 pessoas. A organização dessa atividade toma tempo e hoje vivemos em um contexto social que torna isso um pouco mais difícil."

O trabalho foi publicado em julho no International Journal of Public Health.


sexta-feira, 22 de julho de 2016

7 mistérios do espaço

Não é nenhum segredo que o espaço é cheio de mistérios. Nossa espécie conseguiu chegar apenas na lua do nosso próprio planeta, e apenas uma das nossas sondas, Voyager 1, conseguiu sair do sistema solar. Muito do que aprendemos sobre o espaço profundo foi por causa da queda de objetos e de observações a partir de telescópios.
Alguns dos famosos (e amedrontadores) mistérios do espaço, como o rosto em Marte (que era feito de sombras), ou o satélite Black Night “UFO” (formado por restos de satélites), foram resolvidos. Mas o espaço está repleto de fenômenos inexplicáveis que colocam essas duas meras ilusões de ótica no chinelo.

7. Os buracos negros
Os buracos negros são a areia movediça cósmica. Eles são formados quando uma estrela gigante entra em colapso, implodindo em uma área pequena de gravidade tão intensa que até mesmo a luz do ambiente é sugada.
Isto significa que, embora nós tenhamos uma noção de como os buracos negros funcionam, nós ainda nunca vimos um – eles são invisíveis aos telescópios que captam a radiação eletromagnética, luz ou raios-X. Podemos apenas imaginar como eles são em seu interior.

6. O vazio gigante
Ao contrário de um buraco negro, o “vazio gigante” não é um buraco no espaço – em vez disso, é curiosamente um vazio tanto de matéria quanto de matéria escura. E também diferente de um buraco negro, a luz pode passar através do vazio, embora os cientistas acreditem que ele contenha energia escura.
O maior vazio conhecido do espaço tem um diâmetro estimado de 1,3 bilhões de anos-luz.

5. Matéria escura
A matéria escura ainda é um mistério, mas estamos contando com ela para ajudar a explicar algumas das incógnitas do nosso universo.
Cosmólogos acreditam que 27% do universo é formado por matéria escura. Nós sabemos mais o que ela não é do que o que ela de fato é. Uma teoria é de que ela é composta de buracos negros primordiais.



4. Energia escura
Além dos 27% do universo que, acredita-se, é formado por matéria escura, muito mais está na forma de energia escura, que compõe cerca de 68% de tudo o que está em volta de nós (em comparação, a matéria “normal” que todos conhecemos e amamos representa só 5% do universo).
Assim como a matéria escura, não se sabe muito sobre a energia escura, mas a hipótese atual é que é o que está por trás da crescente expansão do universo (enquanto que a matéria escura retardaria o processo).
Grande parte da nossa compreensão da matéria e da energia escura vem da radiação cósmica de fundo, um instantâneo da radiação térmica “logo” (380.000 anos) após o Big Bang, quando átomos de hidrogênio foram formados.

3. O Grande Atrator
Há algo realmente atraente a 220 milhões de anos-luz de distância, e está arrastando toda a nossa galáxia em direção a ele.
Desde o Big Bang, o universo inteiro tem expandido, por isso faz sentido que a nossa galáxia esteja se movendo. Mas não na direção em que ela está indo.
A aglomeração apontada acima é uma anomalia gravitacional conhecida como o Grande Atrator, e seu brilho é devido à sua atração gravitacional. Alguns apontam para a matéria escura como a causa. Outros afirmam que nossa própria galáxia, a Via Láctea, está bloqueando nossa visão daquilo que está nos puxando a cerca de 2,2 milhões km/h.

2. A lua misteriosa de Saturno, “Peggy”
Por um breve momento, Saturno teve uma pequena lua misteriosa chamada Peggy. Em 2013, a sonda Cassini da NASA tirou esta foto dos anéis de Saturno, e pegou uma perturbação que os astrônomos acreditavam ser uma pequena lua nova se formando. A descoberta lançou luz sobre como os 67 outros satélites de Saturno se desenvolveram.
Infelizmente, a NASA apontou em um comunicado de imprensa que o satélite não deve crescer mais, e pode mesmo estar caindo aos pedaços. O status atual de Peggy é desconhecido.

1. KIC 8462852
A estrela KIC 8462852 é uma anomalia sem solução a 1.500 anos-luz de distância.
Há algo grande no caminho de KIC 8462852, também conhecida como “Estrela Malhada”. Cerca de 20% da luz que a estrela emite está bloqueada do nosso ponto de vista. E não é, provavelmente, um planeta que está fazendo isso – mesmo um tão grande como Júpiter só iria bloquear apenas 1% da luz de uma estrela do tamanho de KIC 8462852.
Alguns sugeriram que é uma versão incompleta de uma megaestrutura hipotética conhecida como Esfera de Dyson, que circunda uma estrela e colhe a sua produção de energia.
Nós provavelmente vamos ter uma ideia melhor do que está acontecendo com a estrela quando a NASA lançar o Telescópio Espacial James Webb em 2018, mas até então, “megaestrutura alienígena desconhecida” soa como uma explicação muito legal. [Tech Insider]


terça-feira, 8 de julho de 2014

10 mistérios do nosso sistema solar

Já descobrimos tanta coisa no espaço – visitamos a lua, encontramos quase 1.800 exoplanetas, estrelas, pulsares, buracos negros, nebulosas… Ou seja, sabemos bastante sobre o que existe lá fora, não?
Não.
Não sabemos nem o que se passa no nosso próprio sistema solar direito.

10. Vórtice em Vênus
Um vórtice gigante perto do polo sul de Vênus se comporta como uma tempestade, mas sem chuva ou relâmpagos. Tem cerca de 1.800 quilômetros de extensão, 18 quilômetros de altura, e fica 41 quilômetros acima da superfície do planeta, orbitando-o a cada 5 a 10 dias. Nós costumávamos pensar que era oval, mas, em 2011, cientistas descobriram que o vórtice muda regularmente de forma. Às vezes parece um “S” ou um “8″, mas muitas vezes é apenas uma bolha irregular. Além disso, em 2013, descobrimos que ele não é um único vórtice. É na verdade dois vórtices, com dois centros de rotação em diferentes altitudes. Eles se mesclam, mas raramente se alinham. Os cientistas que estudam o par esperavam que eles se movessem em conjunto, e não têm certeza por que eles não fazem isso. Pode ter algo a ver com a atmosfera de Vênus, que gira 60 vezes mais rápido do que o próprio planeta, mas ninguém sabe ao certo.

9. Iapetus
, a terceira maior lua de Saturno, tem sido uma fonte de mistério desde que Giovanni Cassini a descobriu, em 1671. O astrônomo italiano notou que a face da lua que encara o sol é mais escura do que seu hemisfério oculto. Na verdade, a parte traseira ao sol é 10 vezes mais brilhante. Esta estranheza permaneceu inexplicável por 336 anos, até que uma sonda da NASA, apropriadamente chamada Cassini, foi enviada ao planeta. Os cientistas descobriram que a lua originalmente varria poeira espacial enquanto se movia. Isso escureceu sua “frente”, que passou a absorver mais luz solar, fazendo com que o gelo derretesse. Isso escureceu ainda mais esse lado, criando ainda mais absorção de luz solar, e assim por diante.
A sonda Cassini pode ter resolvido esse mistério, mas não antes de descobrir um novo: um monte de 18 km de altura em torno do equador da lua – isso é mais de duas vezes a altura do Everest, em uma lua com um nono do tamanho da Terra. Uma teoria diz que Iapetus tinha um anel que se desfez em sua superfície, formando a cordilheira. Outra sugere que um asteroide de 1.000 quilômetros colidiu com Iapetus e desacelerou a rotação da lua. O estresse resultante achatou-a nos polos, criando a protuberância central.
Não contente com o simples fornecimento de seus próprios mistérios, Iapetus também pode ajudar a resolver mistérios de outros planetas. Existe um tipo de deslizamento de terra encontrado aqui na Terra e em Marte, chamado de sturzstrom, que viaja cerca de 15 vezes mais rápido do que a maioria, e não temos ideia do porquê. Estes deslizamentos de terra parecem ser extremamente comuns em Iapetus, portanto, quanto mais aprendemos sobre a lua, mais perto ficamos de descobrir o que causa sturzstroms.

8. A aranha de Mercúrio
Quando a sonda MESSENGER da NASA passou em Mercúrio em janeiro de 2011, fotografou uma cratera de impacto diferente de qualquer outra que já vimos no sistema solar. Ela foi apelidada de “aranha”, já que tinha cerca de 50 ramificações em todas as direções a partir de seu meio. Um cientista do laboratório que ajudou a construir a sonda chamou a cratera de “um verdadeiro mistério”, e sugeriu que atividade vulcânica pode estar por trás da formação. A estrutura recebeu o nome oficial de “Pantheon Fossae”, em homenagem ao Panteão de Roma, sendo que a palavra latina Fossae significa “trincheiras”. A cratera central foi chamada de Apolodoro, em homenagem ao arquiteto-chefe do Panteão. No entanto, imagens de alta resolução sugerem que a cratera de 41 quilômetros pode não ter nada a ver com as trincheiras/ramificações. Um meteoro pode ter atingido Mercúrio e criado o buraco perto do centro desse outro padrão ramificado já formado.

7. Miranda
Miranda é o quinto maior satélite de Urano e a lua mais estranhamente deformada do sistema solar. A NASA a descreve como “o monstro de Frankenstein”, porque parece que suas peças não se encaixam. Sua irregularidade é clara a partir de fotos tiradas pela sonda Voyager 2. Manchas separam áreas com poucas crateras de áreas fortemente bombardeadas. Os maiores buracos dessas áreas são 12 vezes mais profundos que o Grand Canyon. Esta aparência “acabada” de Miranda é única no sistema solar, e os cientistas não sabem o que a acertou para que ela ficasse assim. Uma teoria é que a lua foi atingida com força suficiente para quebrar, mas a gravidade a manteve “junta”. Outro cenário possível é que as áreas mais suaves foram atingidas por meteoritos que derreteram gelo, formaram lama que viajou por toda a superfície, e em seguida voltaram a congelar.

6. Manchas em Urano
Os telescópios Hubble e Keck descobriram uma mancha escura em Urano em 2006. Manchas semelhantes foram vistas em Netuno antes, provavelmente causadas por redemoinhos na atmosfera. Os cientistas não têm certeza, no entanto, sobre o que as deixa escuras. Em 2011, por sua vez, os astrônomos avistaram o oposto: uma grande mancha branca 10 vezes mais brilhante do que o resto do planeta. Parecia ter centenas de quilômetros de largura e pode ter sido uma tempestade de metano gigante. Hubble descobriu que o ponto brilhante era “emparelhado” com um escuro ao lado direito. Infelizmente, ainda não podemos explicar o que vimos. Provavelmente teremos que enviar uma sonda para Urano para entender essas manchas.

5. Ceres
Ceres é o maior asteroide e maior planeta anão do nosso sistema solar. Ele pode conter mais água do que toda a água doce da Terra. Além disso, pode estar “atirando” um pouco dessa água para o espaço. Nuvens de vapor foram detectadas pelo telescópio espacial Herschel da Agência Espacial Europeia. A pergunta sem resposta é o que está causando essas nuvens. Uma vez que o vapor vem de regiões mais escuras do planeta, uma teoria é de que essas áreas podem estar absorvendo luz solar. Quando a luz aquece o gelo sob baixa pressão, a água salta da fase líquida direto para a forma de gás. Alternativamente, atividade vulcânica poderia estar ocorrendo sob a superfície do planeta anão. Podemos ter uma resposta em 2015, já que a NASA enviou uma sonda chamada Dawn para Ceres.

4. A topografia bizarra de Mercúrio
Enquanto a “aranha” é o mistério mais visualmente impressionante de Mercúrio, está longe de ser o único. Na verdade, muitas das nossas ideias sobre como Mercúrio se formou foram substituídas por perguntas. Algo dentro do planeta faz com que superfícies previamente inclinadas nivelem, enquanto áreas anteriormente niveladas se tornam inclinadas. O chão da maior cratera do planeta se tornou mais alto que sua borda em alguns lugares. Os cientistas não sabem por que isso acontece, nem se mais mudanças estão a caminho. O manto de Mercúrio é muito fino para permitir processos que causam alterações topográficas em outros planetas. Seu núcleo é proporcionalmente cinco vezes maior do que o nosso núcleo é em comparação com a Terra. Esse núcleo estranhamente grande pode ter a ver com a topografia bizarra do planeta, mas não sabemos como.

3. A luz Ashen de Vênus
Um brilho indescritível no lado escuro de Vênus foi detectado pela primeira vez em 1643. Foi visto pelo menos 129 vezes entre 1954 e 1962. No entanto, apesar de tantos avistamentos, alguns acreditam que a chamada “luz Ashen” é criada artificialmente durante a observação. Outros insistem que é um fenômeno real. Teorias atuais sugerem que a luz solar quebra monóxido de carbono no lado claro do planeta, e o gás se recombina no lado escuro depois de ser levado por ventos rápidos. Outras teorias incluem tempestades com raios poderosos ou algum tipo de aurora.

2. Os vulcões de Io
A gravidade de Júpiter puxa sua lua Io em uma direção diferente das outras maiores luas do planeta. As forças de maré alongam e aquecem Io, produzindo vulcões impressionantes. Io é o corpo com maior atividade vulcânica do sistema solar, e alguns de seus vulcões atiram lava 375 quilômetros acima de sua superfície. Mas estes vulcões aparecem em lugares que não são previstos por nenhum de nossos modelos atuais de como funcionam as forças de maré. Cientistas esperavam que os vulcões aparecessem em rochas suaves mais propensas a serem deformadas e aquecidas. Em vez disso, eles aparecem 30 a 60 graus leste do local esperado. Nossos modelos podem estar errados, ou algo a mais pode estar acontecendo; por exemplo, Io pode estar girando mais rápido do que os astrônomos acreditam, ou parte de sua estrutura interna pode conduzir magma através de longas distâncias.

1. Terrenos caóticos
Algumas paisagens do sistema solar são mais do que um pouco desorganizadas; são caóticas. A região “Aureum Chaos” de Marte tem cumes entrecruzados e vales cheios de colinas em posições aleatórias. “Iani Chaos” é outra região de Marte nomeada por conta de sua confusão caótica de cumes. Os cientistas simplesmente não sabem como ou por que essas regiões se formaram. Talvez as áreas de terreno caótico em Marte eram corpos de água ou de magma que fizeram a superfície colapsar. No entanto, nem todas as áreas parecem boas candidatas para essa explicação. Uma área de terreno caótico em Mercúrio tem uma explicação provável muito diferente. A “Bacia Caloris” é a maior cratera de impacto no planeta, com cerca de 1.500 quilômetros de largura. O impacto que causou a cratera enviou ondas sísmicas através de Mercúrio, e uma paisagem fortemente desordenada surgiu no exato lado oposto do planeta. Áreas escarpadas também existem na lua Europa de Júpiter. “Conamara Chaos” é uma região surpreendentemente bem nomeada por sua natureza caótica. Esse terreno foi provavelmente causado por correntes de água quente derretendo a crosta e formando grandes lagos subsuperficiais. O gelo no topo pode ter quebrado, flutuado e, quando voltou a congelar, deixado uma paisagem caótica para trás. [Listverse]

domingo, 15 de junho de 2014

7 mistérios que a astronomia (ainda) não conseguiu resolver

A ciência é uma eterna busca por respostas para fatos e fenômenos que não conseguimos entender direito. No campo da astrofísica, parece que essas perguntas se multiplicam, bem, na velocidade da luz. Para cada nova descoberta de um planeta, estrela ou galáxia, várias outras questões surgem. No fim das contas, ainda sabemos muito pouco sobre esse vasto universo que habitamos. Por isso, selecionamos sete fascinantes mistérios sobre o espaço que os cientistas ainda não conseguiram explicar.

7. O exoplaneta que não deveria existir
O Kepler-78b é um exoplaneta, ou seja, um planeta que orbita em torno de uma estrela que não é o Sol, que tem mais ou menos o tamanho da Terra, e tem uma superfície rochosa e um núcleo de ferro. Porém, o Kepler-78b orbita sua estrela a cada 8,5 horas. Isso mesmo, o ano nesse planeta não dá nem minhas horas necessárias de sono. Isso também quer dizer que o exoplaneta circula muito perto de sua estrela, numa distância de cerca de um milhão de quilômetros – o que em termos espaciais quer dizer quase nada: a distância da Terra ao Sol, por exemplo,  é de cerca de 150 milhões de quilômetros. Por causa disso, o Kepler-78b tem uma superfície 2000 graus mais quente do que a Terra.
Cientistas do Centro de Astrofísica da Harvard-Smithsonian dizem que a existência desse planeta é um completo mistério, uma vez que eles não entendem como ele se formou, como ele consegue estar onde está (tão perto de uma estrela sem ser engolido por ela) e ainda, quanto tempo ele irá durar – sim, eles têm certeza de que o Kepler-78b não durará para sempre. Mas no final das contas, nada dura, não é mesmo?

6. Buracos negros medianos?
Buracos negros se formam a partir da explosão de estrelas e são uma região no espaço com massa tão densa que nada é capaz de escapar do seu campo gravitacional, nem mesmo a luz. O tamanho desses buracos pode variar entre os pequenos – com cerca de 100 massas solares -  e os grandes – com 1 milhão de massas solares. Mas não há nenhuma informação sobre buracos negros de tamanhos intermediários. Para completar, também existem, nos núcleos de galáxias, buracos negros supermassivos que atingem dezenas de milhões a bilhões de massas solares. O  problema todo é que os astrônomos ainda não conseguiram entender como eles cresceram tanto. Soma-se a isso a escassez de informações sobre os buracos de massa intermediária. Teriam os buracos negros um mecanismo de crescimento completamente desconhecido? Ou as ferramentas de observação atuais não conseguem captar as emissões dos objetos médios?

5. A estrela com a fonte da juventude
Na constelação de Escorpião existe um aglomerado de estrelas chamado Messier 4. Essas estrelas são muito antigas, com mais de 12,2 bilhões de anos, e estão localizadas cerca de 7.200 anos-luz da Terra. O grande mistério do Messier 4 é que nesse aglomerado foi encontrada uma estrela composta de lítio. Veja bem, o lítio é um elemento que é gradualmente destruído nos primeiros bilhões de anos do ciclo de vida de uma estrela. Acontece que essa estrela, em meio a milhares de outras, conseguiu manter o seu lítio original ou encontrou uma forma de repor o elemento. Seja qual for a explicação, ela conseguiu se manter eternamente jovem.

4. A estrela que contraria a teoria de formação estelar
A estrela provavelmente mais velha já encontrada foi descoberta em 2011 e tem o seguinte nome: SDSS J102915 +172927. Ela está localizada na constelação de Leão e tem 13 bilhões de anos. Sabe quem também tem mais ou menos essa idade? O sr. Universo. Se você não estiver impressionado ainda, aqui vai outra informação incrível sobre a SDSS J102915 +172927: ela não deveria existir. Pelo menos segundo a nossa teoria de formação estelar. O problema é que ela é majoritariamente composta de Hélio e Hidrogênio e tem massa e quantidade de metais extremamente baixas. Isso quer dizer que, teoricamente, ela seria formada por dois elementos muito leves, que não se condensariam para formarem uma estrela. Mas ela está lá, pequena e com baixa luminosidade, quebrando a cabeça dos astrofísicos.

3. As estrelas híbridas que engolem outras estrelas
Em 1975, os cientistas Kip Thorne e Anna Zytkow desenvolveram uma teoria sobre um tipo diferente de estrela. Chamada de Objeto Thorne-Zytkow  (TZOs), essa estrela seria uma híbrida entre uma gigante vermelha – uma estrela com raio dezenas ou centenas de vezes maiores do que o do Sol, numa fase avançada de evolução estelar – e uma estrela de nêutrons, que se formam após uma explosão de supernova. Agora, 40 anos depois, a teoria saiu do papel, com os cientistas detectando pela primeira vez alguns objetos candidatos à classificação Thorne-Zytkow. Os pesquisadores não sabem ao certo como funciona o mecanismo de criação dessas estrelas, mas basicamente o que se suspeita é que a gigante vermelha engole a estrela de nêutron, que vai para o núcleo da primeira, criando um modelo completamente novo de funcionamento do núcleo de estrelas. Esse também poderia ser um novo mecanismo descoberto de produzir elementos pesados no nosso universo. A descoberta é tão recente que os cientistas ainda não podem confirmar se de fato trata-se de um TZO ou algo completamente diferente.

2. A Estrela Polar
A Estrela Polar, chamada Polaris, é a estrela que serve como referência para orientação do pessoal do Hemisfério Norte, tal como o Cruzeiro do Sul é referência para a gente. Apesar de sua popularidade aqui na Terra, ela está envolta em mistérios para os cientistas. Num artigo recente, publicado no Boletim da Sociedade Americana de Astronomia, os pesquisadores declararam que a estrela está ficando mais brilhante no último século. Hoje em dia, ela emitiria 4,6 mais brilho do que antigamente, e as causas para o fenômeno são desconhecidas. Outro mistério envolvendo a Polaris é a sua distância da Terra, que vem sendo discutida sem consenso desde os anos 90. Além disso, em breve, a Polaris não será mais a estrela que guia os navegadores no norte, já que um movimento da Terra conhecido como a precessão dos equinócios fará com que outra estrela, a Gamma Cephei, fique no lugar que a Polaris atualmente ocupa no nosso céu. Isso deve ocorrer lá pelo ano 3000.

1. A  Energia Escura
Se os astrofísicos tivessem que eleger o mistério número um do universo, provavelmente esse seria a Energia Escura. Segundo cálculos matemáticos, 74% do universo é constituído dessa coisa que ninguém sabe ao certo o que é. O fato é que, pela lei da gravidade, objetos grandes, do tamanho de galáxias, deveriam se atrair – porém, para a surpresa geral dos estudiosos que perceberam isso pela primeira vez, os aglomerados de galáxias estão é se afastando e num ritmo bem rápido. É que o universo está expandindo. Todas essas informações que não tem explicação levaram à criação da teoria da Energia Escura, que teria o efeito oposto da gravidade, ou seja, o de empurrar as coisas. Mas não há provas, nem exemplos desse tipo de energia, criando-se assim um dos maiores mistérios do espaço.

Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/7-misterios-que-a-astronomia-ainda-nao-conseguiu-resolver/ - Por Luíza Antunes - Ilustração: David A. Aguilar (CfA)