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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

7 sinais que seu corpo dá quando está no limite


Cansaço permanente, falta de sono e irritação são mais do que simples desconfortos

 

Ele dá os sinais, mas você acaba ignorando. Quando percebe, seu corpo entrou em colapso. O excesso de trabalho, as preocupações dia e noite e a falta de um tempo para relaxar acabam levando o organismo a trabalhar no limite da capacidade. A manutenção da qualidade de vida depende de muitos fatores. "Mas um acompanhamento médico freqüente ajuda a identificar algum problema ainda no início, quando é mais fácil tratar", afirma o médico Nelson Carvalhaes Neto, responsável pela área de check-up do laboratório Fleury, Medicina e Saúde.Numa conversa detalhada com o Minha Vida, o especialista indica em que pontos prestar atenção para saber se anda tudo bem com a sua saúde. O nível de cansaço, o sono e a variação de peso revelam muito mais do que você pode imaginar. Repare e, notando algo estranho, não deixe de buscar ajuda médica.

 

Cansaço

Sentir o corpo pesado depois de fazer muito esforço (mental ou físico) e para lá de normal. O que não dá é para passar o dia inteiro arrasado de uma ou duas horinhas de trabalho. "O cansaço representa uma ameaça quando passa a ser desproporcional ao estímulo" , afirma o médico do Fleury. Outros sintomas, como falta de ar, dor no peito, tosse e dores articulares devem ser acompanhados com atenção. Se eles surgirem quando você sente que se esforçou demais, é melhor procurar ajuda. No consultório, vamos pedir os exames necessários para diagnosticar o que tem provocado tudo isso .

 

Dor de cabeça

Sofrer por dias seguidos é alerta certeiro. A intensidade da dor e os motivos que fazem com que ela piore ajudam o médico a descobrir a origem do problema. De todo o jeito, não dá para se acostumar com a sensação de ter um trator macerando sua cabeça. O sinal de exaustão é claro e exige um detalhamento diagnóstico.

 

Irritação

Quem vive irritado, e acha que isso é traço da personalidade, precisa rever esse pensamento. Realmente, existem pessoas que perdem a calma com mais facilidade. Mas viver com os nervos à flor da pele indica que há algo errado. "Um quadro de distimia, depressão ou ansiedade é maçado por muita irritação", explica o doutor Nelson Carvalhaes. Às vezes, no entanto, basta tirar uns dias de folga ou balancear a alimentação para que o humor volte à normalidade.

 

Aumento de peso

Além de ser reflexo do sedentarismo e de uma alimentação desregrada, o ganho de peso súbito pode ser consequência da retenção de líquidos. O problema é comum em pacientes que sofrem com insuficiência cardíaca, renal ou hepática e também pode ser efeito colateral de algum medicamento. Por isso, jamais tome qualquer remédio sem orientação médica e avise o seu clínico caso note alguma reação estranha no organismo.

 

Falta de sono

Tanto a dificuldade para dormir quanto o sono que não satisfaz são sinais de algum problema. Estresse, ansiedade e depressão são alguns dos mais corriqueiros e que demandam atenção imediata. Se não forem tratados adequadamente, esses males podem ter repercussões cardiovasculares, como aumento da pressão arterial e até problemas mais graves, como um infarto.

 

Preocupação que não passa

Os problemas acumulam-se e você não consegue se desvencilhar deles, mesmo quando o expediente termina ou nos finais de semana. A situação é comum e, ao contrário do que você pensa, não tem nada de produtiva. "O estresse crônico pode levar à hipertensão arterial, a problemas cardiovasculares e cerebrovasculares agudos, além de distúrbios digestivos (cólicas e diarreias) e psiquiátricos", alerta o especialista em check-up.

 

Apetite desregulado

Num momento, você é capaz de comer um buffet inteiro, sozinho. No dia seguinte, passa as horas com uma bolachinha salgada. Essa pode ser sinal de ansiedade demais e da carência de algum nutriente. Mas nem pense em compensá-la tomando suplementação vitamínica por conta própria. Há o risco de errar nas doses, prejudicando o metabolismo e sobrecarregando as funções de alguns órgãos, como os rins , explica o médico. Uma dieta balanceada é essencial para manter o pique e conseguir dar conta das atividades do dia a dia sem passar mal.

 

Envelheça com saúde

A partir dos 40 anos, seu corpo passa a experimentar os efeitos da diminuição de testosterona. Trata-se do que os especialistas chamam de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), uma alteração pouco diagnosticada. "O DAEM se caracteriza pela redução de testosterona no sangue, o principal hormônio masculino, o que pode provocar alterações de humor associada à diminuição da atividade intelectual, depressão e irritabilidade" , afirma o urologista do check-up Fleury Medicina e Saúde, Jorge Fragoso.

Segundo o especialista, também pode haver redução da massa e da força muscular, diminuição dos pelos, da densidade mineral óssea, alterações na pele e aumento da gordura visceral. "O quadro clínico envolve fatores físicos, que se refletem também em aspectos psicológicos, causando impacto direto na saúde sexual masculina como a diminuição da libido e da qualidade das ereções", explica o especialista.

Para se prevenir, é importante visitar o médico pelo menos uma vez por ano. Ele vai pedir os exames necessários para identificar eventuais alterações no colesterol, nos triglicérides, na pressão arterial e, como não poderia deixar de ser, alterações na próstata.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/bem-estar/listas/2371-7-sinais-que-seu-corpo-da-quando-esta-no-limite?utm_source=news_mv&utm_medium=BE&utm_campaign=9523050 - Escrito por Redação Minha Vida


Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.

2 Coríntios 3:17


quinta-feira, 4 de julho de 2019

Existe limite seguro para o consumo de álcool?

Novas evidências científicas sinalizam que não. E os motivos para no mínimo moderar vão além do que já se falava por aí

Se depender de um dos maiores estudos globais já feitos para mensurar o impacto do álcool na saúde humana, até mensagens como “aprecie com moderação” estão com os dias contados. Após analisar o consumo e suas repercussões em mais de 100 mil pessoas de 195 países entre 1990 e 2016, pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, concluem: não há limite seguro para a ingestão de bebidas alcoólicas. E fazem outro alerta: mesmo eventuais vantagens, como aquela taça de vinho prescrita pelo bem do coração, não superam os malefícios, caso do aumento no risco de câncer e outros males.

“Sabe quem inventou essa história de que beber moderadamente faz bem? A indústria do álcool, baseada em estudos pouco controlados”, afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “O mais saudável é não beber. Mas, se beber, o ideal é não passar de uma ou duas doses por semana”, diz. Perceba: tomar algo todo dia, ainda que só um pouco, está fora de cogitação — pelo menos se você quer ter saúde.

Para dar seu veredicto, os cientistas americanos dividiram o público em dois grupos: os que bebiam e os abstêmios. Notaram, então, que a propensão a problemas (câncer, infarto, AVC, cirrose, violência doméstica…) aumenta à medida que se elevam a quantidade e a frequência de consumo.

O risco de adoecer crescia 0,5% entre quem tomava uma única dose por dia (como uma lata de cerveja ou taça de vinho). Subia para 7% diante de duas doses. E decolava para 37% na ingestão de cinco.

“Ainda que haja pesquisas indicando potenciais benefícios com o consumo leve ou moderado, isso não pode ser generalizado porque os efeitos do álcool também dependem do histórico médico e de riscos individuais”, explica o psiquiatra Arthur Guerra, presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa). “Por essa razão, pensando em minimizar riscos à população, a recomendação mais segura mesmo é não beber.”

O sono sofre com as bebidas alcoólicas
Se você é daqueles que, antes de dormir, gostam de tomar uma taça de vinho para relaxar, esqueça: seu método pode até soar eficaz, mas é prejudicial à qualidade do sono. “À medida que o álcool é processado pelo corpo, o sono se torna superficial. Aí o indivíduo acorda pela manhã com a sensação de que não dormiu o suficiente”, esclarece a neurologista Andrea Bacelar, presidente da Associação Brasileira do Sono.
Um estudo finlandês, realizado com mais de 4 mil pessoas com idade entre 18 e 65 anos, atestou que a recuperação fisiológica durante o repouso à noite sofre uma redução significativa na presença do álcool — quanto mais se bebe, pior.
Já de Londres, na Inglaterra, veio outra descoberta: a bebida desregula os ciclos naturais do sono e, mesmo com moderação, incentiva roncos e insônia. O ideal é que, se for tomar uma taça no jantar, isso aconteça de três a quatro horas antes de dormir. E olhe lá.

Álcool engorda?
Sim. A médica Marisa Helena César Coral, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, já perdeu as contas de quantos pacientes, ávidos por entrar em forma, reclamaram: “Doutora, não sei por que não emagreço. Eu não como praticamente nada”.
O problema, explica, é que o indivíduo pode até fazer dieta e praticar exercícios, mas, se não cortar ou moderar o álcool, vai ser difícil.
Uma pesquisa da Universidade Federal de Ouro Preto (MG) com 178 universitárias investigou a relação entre bebida alcoólica e gordura corporal. O valor médio da gordura concentrada ao redor da cintura foi maior entre as que relataram beber socialmente.
“O álcool é muito calórico. Cada grama tem 7 calorias. Para ter ideia, cada grama de carboidrato tem 4″, compara Marisa. Na ponta do lápis, uma latinha de cerveja (350 ml) corresponde a 150 calorias e uma tulipa de chope (300 ml), 180 calorias. E ainda tem os acompanhamentos, né?

Malefícios dos drinques para a pele
Digamos que o álcool tem um efeito tóxico para o tecido que reveste o corpo. De acordo com a médica Sylvia Ypiranga, do Departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a ingestão frequente instiga um processo inflamatório que piora quadros de acne, dermatite e psoríase. Sem falar que anos de bebedeira abrem alas ao envelhecimento precoce, que se manifesta por manchas e rugas.
Se não bastasse, uma bomba foi noticiada por estudiosos do Instituto Karolinska, na Suécia, e da Universidade de Monza, na Itália. Mesmo o consumo moderado de bebida alcoólica foi associado a um aumento de 20% no risco de melanoma, o câncer de pele mais agressivo.
Os cientistas se aventuram em algumas hipóteses para elucidar o achado. Uma delas é que, além de mexer com o controle da inflamação no corpo, o álcool potencializa a sensibilidade da pele aos raios solares — vilões por trás do tumor.

O rival do esporte
Não importa se você é atleta ou malha de leve pensando no seu bem-estar, o consumo de álcool e a prática de exercícios definitivamente não combinam. Nem antes nem depois de suar a camisa. A bebida interfere na força, na velocidade e no equilíbrio, acarretando pior desempenho e mais lesões.
Quem toma umas antes de jogar ou malhar, então, fica mais sujeito à hipoglicemia, quando o açúcar no sangue despenca. Um perigo!
E sabe aquela rodada de cerveja que costuma fechar a pelada de futebol? Reconsidere. “O álcool é o inimigo número 1 da hidratação. Se o sujeito já está desidratado, vai ficar ainda mais depois de beber”, avisa o fisiologista Turíbio de Barros, da Unifesp. “Por ter efeito diurético, quanto maior o consumo, maior a perda de líquidos e eletrólitos como sódio e potássio.”
Vai se exercitar? Então é melhor suspender a bebida alcoólica por 72 horas antes ou 24 horas depois da atividade.

Fertilidade em xeque
Ao que tudo indica, o álcool atrapalha o sonho de ser pai e mãe. Um estudo americano indica que mesmo meras três taças de vinho por semana já podem reduzir a capacidade de mulheres engravidarem.
Para os homens, o cenário não é tão diferente. E, quanto maior a ingestão, mais dificuldades à vista. Segundo a pesquisadora Tina Kold Jensen, da Universidade do Sul da Dinamarca, a bebida afeta a qualidade dos espermatozoides. “O consumo crônico pode impactar na forma e na função dessas células, diminuir a libido e até levar à atrofia dos testículos”, alerta.
Pensando em fazer tratamento para ter filhos? A recomendação do ginecologista e obstetra Isaac Yadid, da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, é não ingerir álcool pelo menos um mês antes. “Estudos demonstram tendência de pior resultado com a ingestão diária”, diz.

Quer ser produtivo?
Quem bebe com frequência vê ou verá o rendimento no emprego naufragar. Mas não para aí. O consumo de álcool já se tornou a principal causa de afastamento do trabalho por uso de substâncias psicoativas no Brasil. Entre 2010 e 2014, o número de brasileiros nessas condições que precisaram parar de trabalhar e pediram auxílio-doença registrou um aumento de 19%.
“O álcool provoca efeitos físicos e cognitivos que impactam no desempenho do trabalhador, o que traz riscos para si e para terceiros”, observa João Silvestre da Silva Júnior, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
Dados do último Levantamento Nacional de Álcool e Drogas indicam que 4,9% da população (cerca de 4,6 milhões de cidadãos) admitiram já ter perdido o emprego por causa do álcool e 8% (7,4 milhões) relataram que o uso de bebidas alcoólicas teve repercussão em sua rotina de trabalho.

Dependência por álcool na família
Vinte e oito milhões. Eis o número de brasileiros que, segundo o Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos, da Unifesp, têm algum dependente químico na família. “Para cada usuário de drogas, existem outras quatro pessoas afetadas”, estima Laranjeira.
As mulheres são as que mais padecem: 80% delas sofrem os impactos negativos, psicológicos ou financeiros, do vício dentro de casa (seja do filho, seja do marido).
Um dos desafios apontados na pesquisa é o tempo para busca de apoio: no caso dos dependentes de álcool, uma média de sete anos até procurar um serviço especializado — entre dependentes de cocaína, essa janela não passa de dois anos.
Nesse ínterim, o lar pode virar refém inclusive da violência. “O álcool é um veneno. Ao menor sinal de dependência, o indivíduo ou a família devem buscar ajuda”, ressalta o psiquiatra Jorge Jaber, presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas.

Os problemas do álcool em números e quem precisa ficar longe dele
“Cerveja? Só faz mal quando falta”, “Evite ressaca: mantenha-se de porre”… Frases do tipo, a estampar paredes de bar ou para-choques de caminhão, seriam cômicas se não fossem trágicas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de álcool causa problemas a 10% da população do planeta — são 753 milhões de pessoas.
No ano de 2016, cerca de 2,8 milhões (100 mil delas só no Brasil) perderam a vida em decorrência dele. O motivo? De acidente de trânsito a falência do fígado. E não pense que o prejuízo se restringe a quem bebe demais.
No Brasil, o último Relatório Global sobre Álcool e Saúde da OMS revela que, entre 2010 e 2016, a média de consumo per capita caiu 11% e passou de 8,8 litros para 7,8 litros ao ano por cidadão. “É um avanço. Apesar de estar acima da média mundial de 6,4 litros, o país alcançou valor inferior à média das Américas, de 8 litros”, analisa Guerra.
Se a ingestão per capita caiu, o consumo de grande quantidade de álcool em curto espaço de tempo aumentou de 12,7% para 19,4% entre mulheres e jovens, revela o estudo Álcool e a Saúde dos Brasileiros – Panorama 2019 do Cisa.
“A situação é preocupante porque, biologicamente, o organismo feminino é mais suscetível aos efeitos do álcool e o cérebro adolescente pode sofrer danos irreversíveis”, avalia Guerra.
Jovens e gestantes estão entre aqueles que em nenhuma hipótese deveriam tomar bebida alcoólica. O grupo do “álcool zero”, por orientação da OMS, inclui, ainda, quem vai dirigir ou trabalhar com máquinas, faz uso de remédios que interagem com a bebida ou tem histórico de dependência química.
Para especialistas, porém, não basta ficar nas recomendações. É preciso proibir e fiscalizar a venda para menores de 21 anos e elevar o preço do produto. “O mercado no Brasil é completamente desregulado. Quem domina a política de álcool é a própria indústria. O governo, federal, estadual ou municipal, pouco faz”, critica Laranjeira.
Que as novas evidências ajudem a rever e a mudar essa situação, para o nosso próprio bem e de toda a sociedade.

Problemas clássicos que o álcool causa ou amplifica
Cirrose e falência do fígado
Câncer
Hipertensão
Vício
Infarto e AVC
Transtornos psiquiátricos
Acidentes de trânsito
Violência dentro e fora de casa
Prejuízos ao feto

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/existe-limite-seguro-para-o-consumo-de-alcool/ - Por André Bernardo - Foto: Francesco Carta/Getty Images

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Limite da resistência humana encontrado


Pesquisadores da Universidade de Duke (EUA) descobriram qual o limite da resistência humana analisando uma corrida de 5.000 quilômetros, o Tour de France e outros eventos de elite.

O resultado? 2,5 vezes a taxa metabólica de repouso do corpo, ou 4.000 calorias por dia em média. Qualquer coisa acima disso não é sustentável a longo prazo.

A pesquisa ainda mostrou que mulheres grávidas são especialistas em resistência, vivendo quase no limite do que o corpo humano pode suportar.

Uma maratona por dia durante meses = resistência humana
O estudo começou analisando a “Race Across USA”, uma ultramaratona na qual os atletas percorrem 5.000 quilômetros da Califórnia até Washington DC em 140 dias. Isso significa que os competidores realizam seis maratonas por semana durante meses.

Os cientistas investigaram o efeito de tal desgaste nos participantes, registrando as calorias queimadas no evento de extrema resistência. A taxa metabólica de repouso – as calorias que o corpo queima quando está relaxado – foi medida antes e durante a corrida.

Os resultados indicaram que o uso de energia começou alto, mas acabou se estabilizando em 2,5 vezes a taxa metabólica de repouso.

Picos
O estudo também encontrou um padrão entre a duração de um evento esportivo e o gasto de energia – quanto mais longo o evento, mais difícil era queimar as calorias.

Em outras palavras, as pessoas podem ir muito além de sua taxa metabólica básica enquanto fazem um breve exercício, mas isso se torna insustentável ​​a longo prazo.

Por exemplo, corredores realizando apenas uma maratona usaram 15,6 vezes a taxa metabólica de repouso. Ciclistas durante os 23 dias do Tour de France usaram 4,9 vezes a taxa metabólica de repouso. Já um atleta fazendo um trekking de 95 dias pela Antártica usou 3,5 vezes a taxa metabólica de repouso. E, durante a gravidez, o uso de energia das mulheres atinge um pico de 2,2 vezes a taxa metabólica de repouso.

“Você pode fazer coisas realmente intensas por alguns dias, mas se quiser durar mais tempo, é preciso baixar a bola”, explicou o médico Herman Pontzer, da Universidade de Duke, à BBC News.

Cheguei no meu limite
Os pesquisadores argumentam que o número limite de 2,5 pode estar relacionado ao sistema digestivo humano, e não ao coração, pulmões ou músculos.

Eles descobriram que o corpo não pode digerir, absorver e processar calorias e nutrientes suficientes para sustentar um nível mais alto de uso de energia.

O corpo pode usar seus próprios recursos queimando gordura ou massa muscular – que podem ser recuperados posteriormente – em eventos mais curtos. Mas em eventos extremos, nos limites do esgotamento humano, o corpo precisa equilibrar seu uso de energia.

De acordo com o Dr. Pontzer, as descobertas podem eventualmente ajudar os atletas. “No Tour de France, saber qual é o seu teto permite que você pedale de forma inteligente. Depois, estamos falando de resistência ao longo de dias, semanas e meses, por isso os resultados são mais aplicáveis para pensarmos como os regimes de treinamento se encaixam com os limites metabólicos de longo prazo do corpo”.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Science Advances. [BBC]


domingo, 22 de setembro de 2013

Qual é o limite diário para o trabalho?

Chegar cedo e sair tarde do escritório pode elevar a sua moral com o chefe e ajudar na suas perspectivas de carreira, mas pode prejudicá-lo de outra maneira. Pode não ser uma descoberta surpreendente, mas uma nova pesquisa confirmou o que já sabemos na prática: existe uma ligação entre o excesso de trabalho e a redução do bem-estar dos trabalhadores.

A pesquisa constatou que os funcionários que trabalhavam mais de 50 horas em uma semana sofreram um declínio na saúde física e mental. “Observamos essa associação entre o vício em trabalho e a saúde física e o bem-estar mental”, conta a pesquisadora Sarah Asebedo, estudante de doutorado na Kansas State University (EUA).

 “Descobrimos que os ‘workaholics’ – aqueles que trabalham mais de 50 horas por semana – eram mais propensos a ter um reduzido bem-estar físico, medido pela quantidade de refeições puladas. Além disso, encontramos uma relação entre o vício em trabalho e a redução do bem-estar mental, constatada por meio de uma autoavaliação de depressão”.

O problema torna-se ainda mais complicado quando se analisa por que os trabalhadores optam por fazer horas extras. Asebedo e sua equipe de pesquisa de colegas doutorandos, Sonya Britt e Jamie Blue, buscaram descrever por que os trabalhadores trabalham tanto baseando-se na Teoria da Alocação do Tempo, proposta pelo economista estadunidense Gary Becker.

“Esta teoria sugere que, quanto mais dinheiro você ganha, mais propenso você é a trabalhar ainda mais”, explica Asebedo. “O tempo é interpretado como se fosse um bem de mercado e tivesse um custo. Se você não está envolvido em atividades relacionadas com o trabalho, então há um custo que se deve pagar por esse caminho alternativo, no qual você está gastando seu tempo. Mesmo que você entenda as consequências negativas que o vício em trabalho traz, você ainda pode se sentir suscetível a continuar trabalhando porque o custo de não fazê-lo é ainda maior”, completa.

Quando os trabalhadores começam a pensar dessa forma, os pesquisadores descobriram que eles passam a correr o risco de ser vítima dos efeitos negativos para a saúde que as horas extras causam. Para ajudar a minimizar esses sentimentos, os trabalhadores devem entender as limitações do trabalho. Além disso, eles precisam compreender o papel que o trabalho desempenha em suas vidas pessoais, dizem os pesquisadores. [Live Science]