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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Quais são os esportes mais sedentários?

O bilhar é o esporte que gasta menos calorias, de acordo com o livro Fisiologia do Exercício, de William McArdle, mas é impossível definir um ranking oficial. Existem centenas de variáveis envolvidas. 
Um mesa-tenista pode gastar mais calorias em uma partida do que um jogador de futebol em um jogo inteiro, diz o médico Samir Daher, da Confederação Brasileira de Handebol. 
O ritmo com que o esporte é praticado, a frequência, o biótipo do praticante e o deslocamento exigido pelo jogo são alguns dos fatores que devem ser levados em consideração. Assim, não há uma lista definitiva dos esportes mais e menos sedentários, e sim estimativas. 
A lista abaixo, por exemplo, estima quanto um indivíduo com 70 quilos gasta de calorias durante uma hora de atividade. Aliás, nem o conceito de esporte é consenso: aqui, consideramos esporte toda atividade física sujeita a regulamentos e que geralmente visa a competição. No futuro, quem sabe até jogar videogame vá ser considerado um esporte. Se isso acontecer, o Nintendo Wii pode entrar para a lista dos sedentários: em uma hora, ele queima 150 calorias, de acordo com um estudo da Universidade John Moores, na Inglaterra.

MOLEZA F.C.
Os esportes mais sedentários...

BILHAR (176 kcal)
É um esporte que requer mais concentração do que força física. Como há poucos deslocamentos - e, quando existem, são curtos e lentos -, não acelera muito o metabolismo.

CANOAGEM por lazer (185 kcal)
Na canoagem amadora, não é preciso lutar contra correntezas fortes - o esportista apenas segue o fluxo da água, sem contrações muito vigorosas para executar o movimento.

DANÇA LIVRE (214 kcal)
Por não ser profissional, requer só movimentos suaves, sem grandes deslocamentos ou movimentos complexos. Com isso, acaba gastando menos calorias.

VÔLEI (245 kcal)
Apesar de exigir saltos e movimentos intensos, tem deslocamentos extremamente curtos, de 2 a 3 metros, que reduzem o consumo calórico.

ARCO-E-FLECHA (273 kcal)
O esporte depende mais da parte psicológica. O esforço físico fica concentrado nos braços, que precisam segurar o arco corretamente e aguentar o tranco da flechada.

DUREZA F.C.
... e os que mais fazem suar

BOXE (932 kcal)
O esporte exige que o atleta se desloque bastante e dê vários pulinhos de um lado para outro para desviar do adversário, fora a energia gasta com os golpes.

SQUASH (890 kcal)
Bater a bolinha contra a parede parece brincadeira de criança, mas envolve muito deslocamento, velocidade, flexibilidade, força e resistência.

JUDÔ (819 kcal)Assim como as outras artes marciais, é um esporte que exige força, daí sua queima calórica. Sua prática também requer flexibilidade e coordenação motora.

NATAÇÃO - CRAWL (655 kcal)
Ao nadar nesse estilo, também conhecido como nado livre, o esforço maior fica por conta das pernas, dos braços e das costas, apesar de o esporte trabalhar o corpo todo.

BASQUETE (580 kcal) A queima de calorias é beneficiada principalmente pelo deslocamento em quadra. Cada atleta percorre, em média, 8 quilômetros durante uma partida.

Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-os-esportes-mais-sedentarios - por Victor Bianchin | Edição 83

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Você quer viver até os 150 anos?

Delírios

O professor George Church, da Universidade de Harvard, teve seus quinze minutos de fama esta semana ao afirmar que os humanos viverão de 120 a 150 anos.

Ele não foi o primeiro a dizer isto, e certamente não será o último.

O geneticista Aubrey de Grey, por exemplo, diz não apenas que o homem viverá 150 anos, mas que o primeiro humano que viverá 150 anos já nasceu.

E ele vai além: para Grey, a primeira pessoa que viverá 1.000 anos nascerá nos próximos 20 anos.
Em alguns casos, como no de Church, é difícil separar o que é previsão científica daquilo que é entusiasmo adolescente - em um homenzarrão de quase dois metros de altura e mais de 50 anos - ou daquilo que é simples anseio de fama.

No caso de Grey, a separação do joio do trigo é bem mais fácil, porque é difícil enxergar algum trigo.

Expectativa de vida

Mas a discussão encerra temas interessantes, de grande interesse para toda a sociedade.

A expectativa de vida do homem moderno é cerca do dobro da expectativa de vida de um europeu durante a Idade Média. De 1970 a 2005, duplicou a probabilidade de uma pessoa com 65 anos chegar aos 85 anos.

Os progressos no campo da higiene, da alimentação e dos tratamentos médicos têm tido resultados entusiasmantes, o que nos faz ver a afirmação de que o homem viverá 150 anos no futuro como algo quase óbvio.

Contribuições da genética

Apesar do grande apelo na mídia, contudo, a genética ainda não produziu resultados nesta área.

A anunciada descoberta de um "gene da longevidade", por exemplo, já foi devidamente desmentida.

Mas isto é temporário e, de fato, espera-se que a genética dê resultados na área da longevidade, embora já se saiba que o DNA não tem todas as respostas.

Mas a discussão principal não é quantos anos a mais viveremos, mas como os viveremos.

Viver mais doente

A onda de privatizações que dominou o mundo nos anos 1980 e 1990 praticamente deixou todo o desenvolvimento de medicamentos nas mãos de empresas privadas. Exemplos como os da Fiocruz no Brasil são cada vez mais raros.

Como empresas privadas precisam de lucros constantes, nos anos recentes a chamada "Big Pharma" centrou todos os seus esforços em medicamentos de uso contínuo, porque medicamentos para doenças crônicas garantem lucros continuados.

Desta forma, o foco do desenvolvimento de medicamentos atualmente não está em "curar doenças", mas em fazer o paciente viver mais, ainda que seja em uma cama de hospital ou em uma vida parcial dentro de casa.

Uma pesquisa recente, realizada nos Estados Unidos, onde o acesso à saúde é muito mais homogêneo entre a população, mostrou que, apesar de estarem vivendo mais, as pessoas estão passando um percentual maior de suas vidas doentes.

"Nós temos assumido que cada geração será mais saudável e viverá mais do que a anterior. No entanto, a pressão da morbidade pode ser tão ilusória quanto a imortalidade," afirmou o Dr. Eileen Crimmins, da Universidade da Califórnia.

E isto nem vale para toda a população porque restou um monte de doenças negligenciadas pelas grandes empresas farmacêuticas, para as quais sobra o esforço de um grupo de cientistas abnegados, que nunca conseguem colocar suas descobertas no mercado porque as instituições públicas das quais fazem parte não têm a estrutura necessária para a comercialização.

Mas, ao menos estes grupos fazem um trabalho de verdadeiros cientistas, em busca de curas para os doentes, em vez de repetidos lucros para suas empresas à custa de decisões eticamente discutíveis.

Um trabalho bem mais digno do que simplesmente ficar tentando chamar a atenção para si próprios, como os "divulgadores da imortalidade" fazem.

É esta classe de cientistas que nos permitirá, no futuro, viver 150 anos de fato, como pessoas ativas e com qualidade de vida.

Fonte: Diário da Saúde