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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Vacina de COVID-19: quais são os cuidados após a imunização?


Entenda as principais reações, se são necessários testes após a vacinação e as precauções contra o coronavírus.

 

Com a vacinação contra COVID-19 em vigência pelo mundo, inclusive no Brasil, algumas dúvidas sobre os imunizantes podem surgir.

 

Afinal, quais são as reações que a vacina pode trazer ao corpo? É preciso seguir fazendo testes de anticorpos? Posso beber? A seguir, esclarecemos essas e outras dúvidas sobre a vacina de COVID-19:

 

Vacina de COVID-19: principais dúvidas

 

Reações da vacina

Qualquer vacina, quando aplicada no corpo, pode trazer algum tipo de reação. A vacina da COVID-19 não é diferente.

 

Entre as reações da vacina de COVID-19, destacam-se:

dor no local da injeção

vermelhidão

febre

inchaço

fadiga

perda de apetite

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIM), as possíveis reações são sinais da resposta imune se formando e desaparecerão dentro de alguns dias.

"Porém, isso não significa que você foi infectado pelo coronavírus ou está desenvolvendo COVID-19. Além disso, o fato de várias pessoas não apresentarem reações também não significa que a vacina não tenha tido efeito, pois cada pessoa pode responder de forma diferente à vacinação", informa a SBIM.

Uma polêmica que girou em torno das reações possíveis das vacinas de COVID-19 foram os casos de trombose associados ao imunizante de Aztrazeneca.

De acordo com a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o risco para trombose é possível, mas muito raro. Ainda de acordo com a agência europeia (equivalente à Anvisa), "o risco-benefício permanece positivo".

 

Testes de anticorpos

Conforme a vacinação ocorre, um movimento tem ocorrido em paralelo: a realização dos testes de anticorpos IgG para verificar se o corpo permanece protegido contra o coronavírus.

O IgG é um anticorpo ativado pelo organismo contra um determinado antígeno - substância estranha ao organismo, que pode ser um vírus, bactéria ou toxina. Diferente do IgM, um outro tipo de anticorpo que surge na fase mais aguda de uma infecção, o IgG tende a ser produzido um pouco mais à frente, posteriormente ao contato do corpo com o antígeno.

De acordo com Martín Bonamino, pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Fiocruz, em artigo publicado na SBIM, não existe qualquer motivo para testar os níveis de IgG após a vacinação.

"Já ouvi relatos de pessoas que se frustram com os seus títulos de anticorpos que não aumentam após a vacinação, julgam não estarem imunes e até planejam se vacinar novamente com a outra vacina disponível, pois a primeira 'não funcionou'. Toda esta ansiedade está fundamentada em um grande desconhecimento do efeito da vacina e dos testes para detectar os anticorpos gerados por elas", escreve Bonamino.

Segundo o pesquisador, em vacinas baseadas na proteína S (a proteína spike), como é o caso da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, pode ocorrer que a quantidade de anticorpos voltados para a proteção contra o antígeno não aumente nos testes comerciais feitos para identificar a proteína N (um outro tipo de glicoproteína encontrada no SARS-CoV-2).

Ainda de acordo com o especialista, no caso da Coronavac, a maioria das pessoas não produz quantidades relevantes de anticorpos contra a proteína N.

"Percebam, portanto, que para as duas vacinas em uso no Brasil [até o momento da publicação do artigo], testar a presença de anticorpos contra a proteína N nos laboratórios de análises clínicas não faz sentido. A proteção será fornecida pelos anticorpos contra a proteína S e pela resposta celular - e nenhum destes aspectos é testado nesses exames", diz Bonamino.

Conforme explica o pesquisador, existem testes destinados a detectar anticorpos contra a proteína S, mas mesmo esses ensaios não nos dizem muito sobre a proteção efetiva. "As vacinas, portanto, funcionam, mas esses testes não são adequados para avaliar seu funcionamento."

 

Bebida alcoólica e vacina

O consumo de álcool após a aplicação da vacina é algo a ser evitado. Não é necessariamente obrigatório, mas sim uma recomendação.

De acordo com Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), a ingestão de álcool pelo corpo altera o número e a abundância relativa de micróbios no microbioma intestinal, uma extensa comunidade de micro-organismos no intestino que auxiliam no seu funcionamento normal.

Vale lembrar que são esses organismos que afetam a maturação e a função do sistema imunológico. Consequentemente, o álcool interrompe a comunicação entre esses organismos e o sistema imunológico intestinal, além de danificar as células epiteliais, células T e neutrófilos no sistema GI.

"Como o consumo pesado pode enfraquecer o sistema imunológico e limitar os benefícios da vacina, pessoas que bebem em excesso devem buscar ajuda para parar ou reduzir o uso de álcool enquanto o processo de imunização está ocorrendo", explica Guerra.

É importante destacar, porém, que essa é uma recomendação e que, durante os testes das vacinas de COVID-19 atualmente usadas no Brasil e no mundo, não houve qualquer orientação aos voluntários para que interrompessem o consumo de álcool.

Dessa forma, não existem dados suficientes que comprovem se o álcool exerce ou não efeito negativo durante a imunização contra o coronavírus.

 

COVID-19 após a vacinação: é possível?

A vacina não significa, atualmente, o fim definitivo da pandemia de coronavírus, mas um mecanismo de controle dos casos de COVID-19.

"O que a maioria dos cientistas acredita é que a primeira geração de vacinas não vai conferir imunidade esterilizante; isto é, não vai proteger da infecção. Mas vai proteger de formas graves, como acontece com a vacina da gripe, por exemplo", explicou Francisco Ivanildo de Oliveira Jr, gerente de Qualidade Assistencial e Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Sabará Hospital Infantil, em entrevista ao Minha Vida, quando as vacinas ainda estavam em desenvolvimento.

Desse modo, é importante seguir com os protocolos de segurança e de contenção da transmissão do coronavírus, como uso de máscaras, distanciamento social e higienização.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37560-vacina-de-covid-19-quais-sao-os-cuidados-apos-a-imunizacao - Escrito por Maria Beatriz Melero

domingo, 26 de abril de 2020

Não é só tosse: 8 sintomas menos conhecidos de coronavírus


Veja quais são as reações menos comuns causadas pelo novo coronavírus

A pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) exige atenção das pessoas especialmente para quadros gripais, como explica a infectologista Anelise Pezzi Alves. As manifestações mais comuns da doença são as respiratórias, como tosse e falta de ar, acompanhados de febre e bastante cansaço.

Segundo o infectologista Júlio Henrique Onita, uma pequena parcela dos pacientes (em torno de 5%) responde pela forma mais severa do quadro, em que há a necessidade de um suporte de UTI com intubação e auxílio de ventiladores. A maior parte dos infectados tem a forma leve ou moderada, não havendo a necessidade de irem para a unidade de terapia intensiva.

De fato, esses sintomas podem ter intensidade maior ou menor - o que leva a pessoa a uma condição mais ou menos grave. No entanto, existem outros indicativos que podem apontar para uma infecção de COVID-19. Conheça os sintomas menos conhecidos do novo coronavírus que já foram identificados por especialistas:

Sintomas menos conhecidos de coronavírus

Dores musculares (mialgia)
A mialgia (nome técnico para as dores musculares) também pode ser um sinal que aponta para a COVID-19, principalmente quando acompanhada de outros sintomas gripais, de acordo com Júlio Henrique Onita. Segundo um estudo publicado na revista Science Direct, 77 pacientes de um grupo de 278 foram identificados com mialgia.

Dores de cabeça
Um artigo publicado na revista científica The Lancet analisou 38 pacientes diagnosticados com COVID-19. Entre eles, 3 pessoas apresentaram dores de cabeça como sintoma clínico da doença. Outro estudo de casos na China também mostrou que 20 de 278 pacientes sofreram de dores de cabeça junto com tosse e febre.

Diarréia, náusea e vômito
Diarréia, vômito e náusea também aparentam ser indicativos do novo coronavírus. Um artigo publicado na revista JAMA Network apontou que 13 entre 138 pacientes analisados apresentaram os três sintomas entre um ou dois dias antes do aparecimento de sinais como falta de ar (dispneia) e febre, que são os principais sintomas da COVID-19.
De acordo com uma análise publicada na Wiley Online Library, o receptor viral do coronavírus foi encontrado nas células epiteliais do sistema gastrointestinal dos pacientes. Isso sugere que o SARS-CoV-2 possa efetivamente infectar e se replicar no trato gastrointestinal do indivíduo.

Conjuntivite e secreção ocular
De acordo com um alerta da Academia Americana de Oftalmologia, conjuntivite é potencialmente um sintoma de coronavírus, apesar de raro. Um dos pacientes analisados estava com a condição e apresentou resultado positivo para SARS-CoV-2 na secreção ocular, sugerindo que o vírus seja capaz de infectar os olhos.
Outro estudo, publicado no periódico científico Journal of Virology, analisou outros 30 pacientes. Todos eles apresentavam algum sintoma ocular, incluindo secreção nos olhos, enquanto a conjuntivite foi observada em apenas um caso.

Perda de olfato e paladar
Segundo o Ministério de Saúde da França, a perda de olfato e paladar pode ser mais um indício de coronavírus. Isso por conta de uma irritação provocada no nervo olfatório, que leva os cheiros até o cérebro, causando o quadro conhecido como anosmia.
De acordo com o diretor geral do órgão, todos os casos de anosmáticos isolados e sem causa local ou inflamação tiveram resultado positivo para o novo coronavírus, embora nem todos os pacientes de COVID-19 apresentem esse sintoma.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

7 reações do corpo que são mecanismos de defesa e você nem sabia

Acredite: quando você boceja, se espreguiça ou arrepia é o seu corpo tentando proteger o organismo de potenciais danos

O corpo humano é munido de vários mecanismos que visam barrar agentes que podem fazer mal ao organismo ou mesmo ameaçar a vida. Algumas dessas estratégias são bem conhecidas, como a febre e o aumento de gânglios no pescoço, mas outras – que acontecem com muito mais frequência – a gente nem imagina que estão relacionadas a uma forma de proteção. Está curiosa para saber quais são elas? O site americano Bright Side compilou algumas. Confira a seguir:

1. Bocejo
O ato de abrir a boca quando se está cansada não serve apenas para alertar o corpo que é preciso diminuir o ritmo. Ele também ajuda a cabeça a funcionar em pleno vapor – pelo menos segundo uma pesquisa de 2014 conduzida por austríacos e americanos. Eles constataram que o bocejo resfria o cérebro após a massa cinzenta sofrer uma elevação da temperatura – causada, entre outras coisas, pelo cansaço e pelo sono.

2. Espirro
O forte jato de ar que sai pelo nariz e a boca nada mais é do que o nosso corpo tentando expulsar vírus e bactérias que podem causar doenças ou mesmo partículas que provocam reações alérgicas. Ao detectar a presença desses invasores, o organismo logo se mobiliza para mandá-los embora.

3. Alongamento
Espreguiçar-se funciona como uma forma de preparo para as atividades que vamos encarar ao longo do dia. Além disso, o alongamento ativa os músculos, ajuda na circulação sanguínea e contribui para o bom humor.


4. Mioclonia noturna
Esse nome complicado nada mais é do que aquela contração muscular involuntária que às vezes sentimos quanto estamos prestes a cair no sono, sabe? Ela pode se dar por vários motivos, mas um deles é que, ao adormecer, a nossa frequência respiratória cai rapidamente, ao contrário do batimento cardíaco, que diminui aos poucos. O cérebro interpreta isso como um sinal de morte e, para impedir que ela aconteça, contrai os músculos para dar uma sacudida no corpo.

5. Pele dos dedos enrugada
Basta passar um dia inteiro nadando na piscina ou no mar para a pele das pontas dos dedos ficar parecida com uma uva-passa. Pois fique sabendo que esse fenômeno tem uma explicação – e é pelo seu bem. Quando permanecemos por muito tempo em um lugar úmido, o corpo entende que o ambiente pode ser escorregadio. Daí a pele da mão enruga para que possamos segurar com mais firmeza em superfícies lisas.

6.  Arrepios
Quando a pele fica cheia de bolinhas o objetivo é reduzir a perda de calor e contribuir para que a temperatura corporal se mantenha estável e a nossa saúde, preservada.





7. Choro
As lágrimas lubrificam os olhos, mas também servem como uma espécie de defesa emocional. Em situações estressantes, produzir esse líquido seria uma forma de distrair a pessoa daquilo que a está perturbando.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Entenda 10 reações do corpo humano em diferentes situações

Você sabe por que boceja? Ou por que os músculos ardem quando você pega pesado na malhação? Entenda como e porque as reações do corpo humano acontecem

Você está morto de cansaço e começa a bocejar; você passou horas sentado, quase imóvel, e, quando vai se levantar, o pé começa a formigar porque “dormiu”. Situações como essas são mais do que corriqueiras. Elas fazem parte do funcionamento do corpo humano e, por vezes, são um grito de alerta do nosso organismo. Entenda como e porque algumas dessas reações do corpo humano acontecem.

Coceira
Muitas coisas podem despertar aquela vontade de esfregar a unha: de alergias a infecções a até mesmo nervosismo. A coceira é um aviso de que o corpo entrou em contato com alguma substância estranha. Assim que uma planta, pulga ou mesmo um pernilongo entram em contato com o seu corpo, receptores localizados na camada mais superficial da pele (a derme) ficam irritados e passam a enviar um sinal de alerta para o cérebro. O reflexo natural de passar a unha sobre aquela região que está irritada aparece por uma razão bem simples: é o organismo tentando se livrar daquilo que o está incomodando. Isso alivia, não? Pois é o necessário para que o cérebro “desligue” o alerta e você pare de se coçar.

Quando o pé “dorme”
Geralmente, isso acontece quando você se senta por um tempo sobre o seu pé ou um peso é colocado sobre ele. Quando se aplica uma pressão por um período de tempo sobre uma parte do corpo (pode até ser o braço), interrompe-se a comunicação das fibras nervosas com o cérebro e ele não consegue enviar àquele pedaço do corpo informações sobre o que fazer. Daí você não conseguir mexê-lo. Além disso, os vasos sanguíneos também são pressionados, o que leva o sangue a não circular normalmente por ali. “Isso causa uma alteração circulatória”, diz Ricardo Cury, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho. Somadas, essas duas interferências geram a produção de sinais “desencontrados” e erráticos no cérebro: o formigamento. Essa sensação também é um aviso de que você deve mudar de posição. Afinal, se mantiver a circulação reduzida por muito tempo ali, você terá sérios problemas.

Ficar roxo de vergonha
Você já ouviu dizer que o estresse é a chave de partida para um tipo de reação (automática) chamada de lute ou fuja? Num momento de tensão, perigo, o corpo tem de se preparar para lutar contra o inimigo ou fugir dele. E isso vem desde milhões e milhões de anos, quando os ancestrais humanos ainda viviam na caverna e tinham de enfrentar uma série de ameaças para trazer comida para a caverna.
Ficar corado de vergonha também é controlado pelo mesmo sistema involuntário que faz você “dar no pé” quando vê risco iminente: o sistema simpático. Quando você fica embaraçado por algo que disse ou que alguém disse, o seu corpo libera adrenalina, hormônio que, entre outras coisas, acelera os batimentos do coração e dilata as pupilas, preparando o seu corpo para que você “se mande” o mais rápido possível. A adrenalina também faz os vasos dilatarem, para que mais sangue chegue aos músculos. Como mais sangue passa a circular por essas regiões, a pele fica avermelhada. Especialistas dizem que ficar roxo de vergonha é um fenômeno único, porque parece ser apenas nessa situação que as veias respondem à liberação de adrenalina.

Espirro só com os olhos fechados?
Você já tentou espirrar com os olhos abertos? Praticamente impossível, não? Ainda não se sabe ao certo porque isso acontece, mas uma hipótese é de que você fecha os olhos para protegê-los dos micróbios que saltam ao ar quando você espirra. Outra sugere que o “atchim” é uma reação tão poderosa que leva à contração de várias partes do corpo: músculos da face e do abdômen, diafragma, garganta etc. E os olhos entram no pacote.

Arrepio de frio
Quando a temperatura está baixa, os vasos sanguíneos próximos à pele contraem a fim de preservar o calor do corpo. Os pelos arrepiam para formar uma espécie de colchão de ar em torno da pele e “segurar” o calor. O mesmo acontece, por exemplo, com os animais, quando eriçam o pelo ou as penas.

Quando os músculos “ardem”
Você certamente já deve ter sentido isso quando fez um treino pesado ou pegou duro na musculação: uma sensação quase de queimação, de que os músculos ardem. Isso é resultado de um fenômeno conhecido como acidose. Em condições normais, o pH do corpo é neutro, mas algumas situações podem desequilibrá-lo, levando o pH a ficar mais ácido. É o que acontece, por exemplo, quando você faz um exercício intenso. A contração muscular é alimentada por um tipo de combustível chamado ATP.
Quando há oxigênio suficiente, o ATP que vai permitir a contração dos músculos é produzido por uma via chamada de aeróbia, e não leva à acidose. Mas quando a intensidade do exercício é muito alta, a necessidade das células por ATP cresce mais do que a capacidade de o corpo dar conta de fabricá-lo pelo caminho aeróbio. O resultado é que, além do ATP, é originado um outro subproduto: o ácido láctico. Esse composto acidifica o corpo, resultando no conhecido fenômeno de ardência. “É nesse momento, quando o músculo está em seu estágio máximo de trabalho, que o ácido láctico resultante faz com que surja essa sensação de queimação. E é preciso tomar cuidado, pois o excesso desse processo pode desencadear crises de cãibras”, comenta Cury.

Rouquidão
Gripe, resfriado e o fumo estão entre as coisas chatas que levam você a ficar rouco. As cordas vocais são músculos que ficam lado a lado, formando um V invertido no interior da laringe. Quando essas pregas se juntam para estreitar a saída de ar dos pulmões, elas geram um som que, modulado, dá origem a sua voz. Qualquer inflamação ou inchaço das cordas vocais que dificulte a passagem do ar produz a rouquidão.

Gases
Não se preocupe: nem todo gás que você elimina tem um odor desagradável. 98% deles são inodoros. “O odor ruim é proveniente da degradação de bactérias ou de uma deficiência enzimática do organismo, mas é algo que varia de pessoa a pessoa”, explica Maria do Carmo Passos, membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia e coordenadora do Fapege. Os gases entram no corpo junto com os alimentos ou pela respiração, e precisam ser expelidos. Uma forma de evitar que esse ar que sai do seu organismo incomode alguém é não exagerar na ingestão de feijão, repolho e couve-flor.

Porque vegetais como a beterraba deixam o xixi colorido?
“Alguns vegetais possuem maior concentração de pigmentos coloridos e eles acabam sendo eliminados pela urina e pelas fezes, deixando-os coloridos”, ensina Carlos Alberto Werutsky, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia. Já outros vegetais, como a cenoura e a abóbora, depositam esses pigmentos na pele. “Mas todos esses pigmentos são naturais e fazem parte dos alimentos. Não há nada tóxico”.

Por que vemos “estrelas” quando batemos forte a cabeça?
É claro que você não vê estrelas como as exibidas nas animações, mas pequenos pontos luminosos, que acabaram sendo popularmente associados a estrelas. O fenômeno é uma das várias maneiras de se perceber a luz sem que ela efetivamente tenha alcançado o olho. Chamadas de fosfenos, essas manifestações são causadas por algum estímulo que vem de fora e que avisa as células da retina para mandarem sinais elétricos ao cérebro – a maneira como as células nervosas se comunicam com ele. Como o cérebro não sabe do que se trata,
ele entende que o olho está no “modo normal” de atividade, por isso você vê esses pontinhos luminosos.
A pressão causada pela pancada que você acabou de dar também é capaz de disparar as células da retina, assim como apertar os olhos bem forte com as mãos ou, às vezes, até um espirro.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Alimentos e bebidas perigosas durante a medicação

Atenção aos alimentos, seus nutrientes e às bebidas alcoólicas durante a medicação

O próprio conceito de interação medicamentos a considera também as reações ocorridas entre drogas e alimentos ou bebidas. Por isso, a proibição ou incentivo do consumo desses itens, ou a definição de horário de administração próximo ou longe de refeições são medidas que podem ser necessárias no momento da prescrição da terapia. Assim como existem interações benéficas e maléficas entre elas, isso também ocorre com alimentos e bebidas, exceto as alcoólicas. Confira a seguir alguns exemplos:

ALIMENTOS QUE POSSUEM TIRAMINA (queijos envelhecidos, iogurte, chocolate, vinho tinto, cerveja, carnes e peixes embutidos ou defumados) podem potencializar os efeitos dos inibidores de monoaminooxidas e (classe de medicamentos utilizada para o tratamento de depressão e transtorno do pânico), causando crises hipertensivas.

ALIMENTOS RICOS EM VITAMINA K (couve, brócolis, espinafre, alface, repolho, chá-verde, fígado e miúdos de frango) interferem na ação de anticoagulantes orais.

 BEBIDAS ÁCIDAS (suco de frutas cítricas) ajudam na absorção do ferro, melhorando o tratamento de anemias.

BEBIDA ALCOÓLICA, se associada ao Dissulfiran (usado no tratamento de alcoolistas) acarreta vermelhidão facial,dor de cabeça, náuseas, vômitos, e palpitações. Outras medicações podem induzir reações símiles: analgésicos, antimicrobianos, antianginosos e hipoglicemiante oral.

ANESTÉSICOS GERAIS, analgésicos opioides, antipsicóticos, anticonvulsivantes, anti-histamínicos, hipnosedativos, antidepressivos e outros psicotrópicos podem apresentar interações sinérgicas com álcool, aprofundando sintomas do tipo sonolência excessiva, lentificação, letargia.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/nutricao/alimentos-e-bebidas-perigosas-durante-a-medicacao/4795/ - Texto Fernanda Almeida / Foto: Shutterstock - por Marília Alencar 

domingo, 16 de junho de 2013

6 maneiras naturais de diminuir as reações alérgicas

Algumas medidas simples e naturais garantem uma melhor qualidade de vida para quem sofre com as crises alérgicas

Quem sofre de distúrbios alérgicos sabe o quanto pode ser desagradável ter um corpo que reage às mais diversas substâncias de maneira tão incômoda. Pólen, poeira, diferentes odores, enfim, muitos fatores podem desencadear uma crise alérgica, mas é possível aumentar sua qualidade de vida por meio de algumas medidas simples e naturais.

1 – Use bactérias

Os probióticos são organismos vivos capazes de combater outros micro-organismos que estejam alojados em um determinado indivíduo. De acordo com uma pesquisa realizada na Escola de Medicina da Universidade de Osaka, os probióticos podem ser eficazes no tratamento de sintomas nasais e sinusites. O estudo, que foi publicado no International Archives of Allergy and Immunology, sugere que alguns tipos de probióticos são indicados, dentre eles os Lactobacilos casei, Lactobacillus paracasei, L. acidophilus e Bifidobacterium longum.

2 – Beba mais água

É impressionante a quantidade de funções benéficas que a água pode desempenhar sobre o organismo humano. Beber dois litros de água por dia estimula os sistemas de limpeza naturais do corpo e o mantém hidratado. Segundo alguns estudos, essa hidratação é fundamental para diminuir a incidência de alergias. Mas é importante salientar: a água precisa ser pura, o que quer dizer que deve ser alcalina ou, ao menos, ter sido filtrada.

3 – Beba chá verde

O fitonutriente presente no chá verde, chamado epigalocatequina galato (ou EGCG), é capaz de bloquear a ação de algumas substâncias responsáveis por desencadear as alergias, como a histamina e a imunoglobulina. A nutricionista Michelle Schoffro Cook indica de duas a três xícaras de chá verde por dia para quem quer se ver livre dos sintomas alérgicos.

4 – Aproveite as propriedades do abacaxi

O abacaxi contém uma enzima denominada bromelina que, quando extraída da fruta e ingerida, é eficaz no tratamento de sinusites, bronquites, pneumonias e outras doenças de ordem respiratória, além de atuar como anti-inflamatório e reduzir edemas pulmonares. Essa enzima pode ser encontrada em cápsulas e deve ser ingerida três vezes ao dia, segundo Cook.

5 – Purifique suas narinas

O “pote neti” ou “pote nasal” é um objeto especialmente desenvolvido para a limpeza das narinas. Ele se parece um pouco com um bule e pode ser usado na hora do banho ou sobre a pia do banheiro. Você vai precisar de cerca de 240ml de água morna e ¼ de colher de chá de sal não-iodado. Não acrescente muito sal, para não prejudicar a parte interna do nariz, e teste a temperatura da água antes de começar o procedimento. Incline a cabeça para um dos lados e introduza o pote nasal em uma narina, despejando a água de modo que ela escorra pela outra narina. Depois, repita o procedimento para o outro lado. Isso elimina micróbios e muco e é de grande ajuda, principalmente para quem sofre de congestão nasal.

6 – Consuma menos açúcar

Cook explica que o açúcar é altamente ácido e, por esse motivo, estimula a produção de muco pelo organismo, o que contribui para agravar quadros alérgicos. Infelizmente, diminuir o consumo de açúcar também significa não substitui-lo por adoçantes artificiais – então, um pouco de sacrifício será necessário. De acordo com a nutricionista, seus pacientes costumam notar melhoras após 30 dias com a nova dieta.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

O que causa alergias?


O que causa alergias todo mundo sabe: partículas de pólen, picadas de abelha, pelos de animais, certos tipos de alimentos (como frutos do mar, amendoim, etc).
Quando essas partículas ou comidas entram no nosso corpo, são chamadas de antígenos. Porém, se você ingerir uma substância da qual seu organismo tem sensibilidade, ela será confundida com um elemento invasor perigoso – nesse caso, embora inofensiva, ela se tornará o que chamamos de alérgeno. Vale lembrar que apenas a sensibilidade a uma substância não garante que você irá desenvolver uma alergia.
Alérgenos fazem com que o nosso corpo produza imunoglobulina E, ou anticorpos IgE. Os anticorpos são usados para identificar e destruir invasores perigosos. Infelizmente, os anticorpos IgE também liberam histamina e outras substâncias químicas que podem causar uma reação alérgica.
Tudo isso os cientistas já descobriram há um tempo. A pergunta crucial que ainda está sem resposta, no entanto, é porque certas pessoas se tornam sensíveis a esses antígenos, enquanto outras passam pela vida felizes com os olhos e narizes secos.
O que determina quais substâncias são potencialmente alergênicas e quais não são? O que torna algumas pessoas alérgicas a uma determinada substância, e outras não? Por que a resposta alérgica existe? Qual seu propósito evolutivo?

Fatores de risco e genética

A Dra. Christine Cole Johnson vem estudando alergias desde o início de 1980. Sua equipe de pesquisa no Hospital Henry Ford (EUA) foi a primeira a mostrar que ter um animal de estimação em casa durante o primeiro ano de vida de seu filho pode protegê-lo de desenvolver alergias, uma descoberta que já foi confirmada por outros estudos.
Sua mais recente pesquisa sugere que o desenvolvimento de alergias começa mesmo antes disso.
Johnson analisou dados de um grupo de mais de 1.200 recém-nascidos do Michigan (EUA) entre 2003 e 2007, avaliados pelos pesquisadores com 1 mês, 6 meses, 1 ano e 2 anos de idade.
Ela descobriu que bebês nascidos por cesariana têm seis vezes mais probabilidade de ser sensíveis a ácaros (alérgicos a poeira) do que bebês nascidos naturalmente. Resultados semelhantes foram vistos com a exposição à alérgenos de pelo de gato e cão.
Isso porque os bebês que nascem de cesariana têm um microbioma diferente em seu trato gastrointestinal. Microbioma são as comunidades de bactérias que residem em humanos, seja em nossas bocas, pele ou sistema digestivo. Essas células bacterianas superam as células humanas na proporção de 10 para 1, e podem ser muito úteis para nós.
No útero, os bebês são estéreis. Quando passam pelo parto natural, ficam expostos à população inteira de bactérias vaginais e gastrointestinais de sua mãe. Através desta exposição, seu próprio sistema imunológico aprende a diferença entre bactérias boas e más – ou seja, quais combater e quais usar.
Os bebês nascidos através de cesárea, por sua vez, têm bactérias que se assemelham mais ao microbioma da pele de sua mãe. Eventualmente, suas bactérias digestivas normalizam, mas esse atraso pode dar tempo para que a exposição à alérgenos se transforme em uma sensibilidade.
Claro, isso é apenas uma possível causa de alergias – ou apenas uma possível causa de muitas causas possíveis.
O Dr. Haejin Kim, também do Hospital Henry Ford, está investigando como a genética pode desempenhar um papel em alergias.
Seu estudo mais recente descobriu que crianças afro-americanas são três vezes mais sensíveis a alérgenos alimentares do que crianças caucasianas. Além disso, uma criança afro-americana com um pai alérgico é duas vezes mais propensa a um alérgeno ambiental do que um afro-americano sem um pai alérgico.
Como esses resultados não se alteram com a ordem de nascimento (outro possível fator de risco) nem com o sexo da criança, apenas com a raça, o Dr. Kim sugere que as alergias podem ser genéticas.
Mas a alergia não funciona da mesma maneira que uma doença genética, que é 100% herdada. “Não há um gene para alergias ou asma. Provavelmente é uma combinação de vários genes que interagem de alguma forma com o meio ambiente”, disse.

Meio ambiente: culpado

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 30% da população mundial sofrem algum tipo de alergia. Dados de 2004 do Ministério da Saúde revelam que entre 10% e 20% da população brasileira têm asma, e de 10% a 25% rinite alérgica.
50 milhões de americanos têm algum tipo de alergia. Jonathan Silverberg, dermatologista do St. Luke’s-Roosevelt Hospital Center, em Nova York (EUA), analisou recentemente dados de mais de 91.000 crianças para determinar se as nascidas fora dos Estados Unidos eram tão propensas quanto às americanas a desenvolver alergias.
Ele descobriu que os nascidos no exterior que residem nos Estados Unidos têm metade do risco de desenvolver alergias do que os que nasceram lá. Isso era verdade para todos os tipos de alergias, incluindo alergias alimentares, embora a associação tenha sido mais forte para a asma.
As crianças nascidas no estrangeiro que viviam nos Estados Unidos há mais de 10 anos tinham uma maior prevalência de alergias do que as crianças que estavam no país apenas por dois anos.
Os cientistas já sabiam que as exposições ambientais desempenhavam um papel na alergia, afinal, não se pode ser sensível a algo ao qual nunca se foi exposto.
Porém, as últimas pesquisas se concentraram em outros fatores ambientais, que podem estar relacionados ao clima, dieta ou geografia, que podem aumentar a probabilidade de alergias.
É difícil tirar conclusões práticas desses tipos de estudos, segundo Silverberg, mas, eventualmente, saber de onde vêm alergias poderia ajudar os cientistas a descobrir uma maneira de impedi-las, ou pelo menos tratá-las de forma mais eficaz.

Hipóteses

Como já falamos lá em cima, muitos dos elementos envolvidos na resposta alérgica também ajudam a defender o organismo contra vermes parasitas, chamados de helmintos.
Infecções helmínticas levam à produção de níveis elevados de imunoglobulina E (IgE), portanto, a sabedoria predominante tem sido a de que alergias resultam de um “erro de alvo” das respostas imunes que evoluíram para nos defender contra vermes parasitas. Em outras palavras, as alergias são o preço que pagamos para ter uma defesa eficaz contra parasitas multicelulares.
Porém, alguns cientistas questionam se esta hipótese é suficiente para explicar até mesmo os recursos mais básicos da resposta alérgica. Por exemplo, enquanto as infecções por helmintos induzem anticorpos IgE, os IgE por si só não são fundamentais para se livrar da maioria destas infecções.
Uma teoria alternativa para explicar a resposta alérgica foi proposta em 1991 por Margie Profet da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA). Ela especulou que a resposta alérgica evoluiu para permitir que o sistema imunitário nos protegesse de toxinas ambientais, como os fitoquímicos encontrados em plantas nocivas e venenos.
De fato, enquanto os alérgenos são considerados pela maioria como inofensivos, um olhar mais atento revela que muitos são na verdade tóxicos. Assim, em vez de visualizar a resposta alérgica como uma resposta “mal direcionada” a helmintos, ela pode ser vista como uma resposta intencional, e geralmente benéfica, que nos protege contra substâncias nocivas do ambiente.
A hipótese da toxina permanece em grande parte ignorada pela comunidade biomédica. Porém, os especialistas têm boas razões para confirmar sua validade, como o fato de reações alérgicas serem imediatas (uma resposta mais consistente com a defesa contra as toxinas, que podem causar danos imediatos, em comparação com a infecção por helmintos, que leva algum tempo para se desenvolver).
E por que o corpo, às vezes, cria uma resposta anafilática tão grave e potencialmente letal mesmo a apenas vestígios de um alérgeno no ambiente? Cientistas sugerem que essa resposta pode ter um propósito muito útil, especialmente para os nossos antepassados.
Como qualquer pessoa que sofre de alergias sabe, a melhor maneira de tratá-la é ficar longe do elemento ou ambiente que a causa. Então, se muitos alérgenos são tóxicos, em seguida, a resposta alérgica pode ser interpretada como o condicionamento de uma pessoa para evitar ambientes que contêm toxinas potencialmente prejudiciais a ela. Assim, as alergias podem ter evoluído para nos fazer sentir desagradáveis e nos encorajar a evitar ambientes, animais ou alimentos que contêm substâncias que podem nos fazer mal.[CNNBoehringer]