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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Chegada da primavera aumenta risco de doenças alérgicas e virais


Junto às alterações climáticas da mudança de estação, há o surgimento ou agravamento de quadros relacionados a doenças alérgicas, respiratórias e virais

 

Nessa época, todavia, o pólen das árvores, flores e gramíneas viaja mais facilmente no ar e pode trazer consequências negativas à saúde. Junto às alterações climáticas da mudança de estação, há o surgimento ou agravamento de quadros relacionados a doenças alérgicas, respiratórias e virais.

 

 "Os ácaros são pequenos animais que convivem no meio ambiente que também convivemos. Nesta época do ano, eles se proliferam com mais facilidade, já que a baixa umidade do ar propicia que eles permaneçam em dispersão por mais tempo", diz Fátima Rodrigues Fernandes, coordenadora do departamento de Alergia e Imunologia do Sabará Hospital Infantil.

 

A médica esclarece que alergias são as reações exageradas do sistema imunológico a certas substâncias estranhas ao organismo, chamadas alérgenos. Dentre estes, estão os ácaros, pólens e pelos de animais.

 

Uma das mais comuns reações do corpo é a rinite alérgica, uma inflamação das mucosas nasais. "Ela se manifesta com espirros, coriza, entupimento ou congestão nasal e muita coceira no nariz", relata Mauro Karl, alergologista do Hospital Santa Teresa (RJ).

 

A resposta aos alérgenos também pode aparecer nos olhos. São os quadros de conjuntivite alérgica, explica o médico, uma inflamação na mucosa ocular. "É aquele tecido vermelho do olho, que vemos ao puxar a pálpebra para baixo. O tecido inflama e causa irritação, coceira, lacrimejamento e uma sensação de incômodo com a luz", diz.


A diferença para outros tipos de conjuntivite, como as causadas por bactérias ou vírus, é que a alérgica costuma atingir os dois olhos simultaneamente. "Ela também não causa aquela secreção purulenta e causa menos dor, tem um incômodo menor que a infecciosa", esclarece Karl.

 

Segundo o médico, os dois quadros, de rinite e conjuntivite, podem manifestar-se juntos. Da mesma forma, a rinite alérgica pode estar associada a quadros de asma, outra doença comum na primavera.

A asma é uma condição respiratória crônica que pode ser causada ou desencadeada por fatores ambientais como poeira, ácaros, mofo, pólen e cigarro, conta a médica do Sabará Hospital Infantil. Tosse persistente, chiado no peito, falta de ar e cansaço são sintomas da doença.

 

Com a chegada da nova estação, os médicos recomendam medidas que podem evitar que os alérgenos entrem em contato com as vias respiratórias. Arejar os ambientes, utilizar capas antialérgicas nos colchões e travesseiros, limpar a casa adequadamente, sem o uso de vassoura, são exemplos de ações preventivas.

 

"Também é preciso diminuir a exposição ao pólen, que fica na atmosfera principalmente no período da manhã. Para quem já é alérgico ao pólen, recomenda-se não fazer caminhada em ambientes que tenha muita vegetação", indica Karl.

 

O alergologista acrescenta que há ferramentas de previsão de clima e tempo que, além da temperatura e precipitação, mostram também a previsão da quantidade de pólen nos locais, como o The Weather Channel. "Assim como se prevê o clima, é interessante que a pessoa consulte a ferramenta para ajudar nessa prevenção", diz.

 

Na primavera, a incidência de quadros infecciosos causados por vírus aumenta, principalmente entre crianças. A catapora, por exemplo, é uma doença altamente contagiosa, cuja maior ocorrência se dá no período de transição entre o inverno e a primavera.

 

"Os vírus têm uma circulação maior na primavera e verão, por causa do ambiente seco, da falta de vacinação adequada e do aumento de número de casos nessa época", explica Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or.

 

Além da catapora, que causa lesões avermelhadas na pele e coceira, outras doenças devem acender o alerta nessa época do ano. Dentre elas, o sarampo, a rubéola e a caxumba.

 

O sarampo é um dos quadros mais graves e pode ser fatal. Seus sintomas incluem febre, tosse, coriza ou congestão nasal, irritação nos olhos e manchas vermelhas na pele. Por sua vez, a rubéola causa febre baixa e lesões avermelhadas na pele.

 

O principal sinal da caxumba é o inchaço das glândulas salivares, que ficam na região do pescoço, o que gera dificuldade para engolir e mastigar, além de dor. Todavia, cerca de 30% das infecções não apresentam inchaço dessa área, o que faz com que as pessoas possam demorar para identificar a doença.

 

Todas as doenças citadas são evitadas com vacinação. "A vacinação de catapora é com a quádrupla viral, com duas doses, que protege também contra sarampo, rubéola e caxumba", explica a infectologista da Rede D'or.

 

Muarrek relembra que, se a pessoa não lembra se tomou as vacinas, há exames para verificar se tem defesa para aquelas doenças ou a possibilidade de revacinação. Por isso, é importante consultar um médico. "A principal conversa em relação às doenças de primavera é: atualize sua carteira de vacinação", complementa.

 

Principais doenças relacionadas à estação:

 

Asma: doença respiratória crônica que causa inflamação dos brônquios

Sintomas:

Falta de ar

Tosse seca

Chiado no peito

Respiração curta e rápida

 

Rinite alérgica: doença inflamatória da mucosa do nariz

Sintomas:

Coceira no nariz, olhos ou garganta

Coriza

Espirros

Congestão nasal

 

Conjuntivite alérgica: inflamação do olho causada por um alérgeno, como poeira, ácaro ou pólen

Sintomas:

Coceira nos olhos

Lacrimejamento

Olhos vermelhos e/ou inchados

Sensibilidade à luz


Catapora: doença infecciosa e altamente contagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster

Sintomas:

Lesões (bolhas e erupções) 

vermelhas na pele

Coceira

 Febre 


Sarampo: doença infecciosa grave causada pelo vírus do sarampo (Morbillivirus)

Sintomas:

Febre

Tosse

Irritação nos olhos

Coriza ou congestão nasal

Manchas vermelhas na pele

 

Rubéola: doença infectocontagiosa causada pelo Rubivirus

Sintomas:

Febre baixa

Lesão avermelhada na pele

 

Caxumba: doença infectocontagiosa causada pelo vírus Paramyxovirus

Sintomas:

Aumento das glândulas na região do pescoço

Febre

Dor ao mastigar ou engolir

Perda de apetite

 

Medidas preventivas: 

Estar com a vacinação em dia

Deixar os ambientes ventilados

Lavar roupas de cama e toalhas com frequência

Fazer a limpeza da casa com aspirador de pó ou pano úmido

Evitar varrer a casa para não levantar a poeira

Evitar exposição à fumaça de cigarro, poeira e poluição

Utilizar umidificador de ar

Realizar lavagem nasal com soro fisiológico

 

Fontes: Fátima Rodrigues Fernandes, coordenadora do departamento de Alergia e Imunologia do Sabará Hospital Infantil; Mauro Karl, alergologista do Hospital Santa Teresa (RJ); Raquel Muarrek, infectologista da Rede D'or; Ministério da Saúde.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/1846037/chegada-da-primavera-aumenta-risco-de-doencas-alergicas-e-virais - © iStock

quarta-feira, 28 de março de 2018

Como evitar doenças respiratórias no outono

Os casos de doenças respiratórios aumentam em até 40% nessa época do ano

O outono costuma ser uma época com temperaturas mais baixas e também com tempo seco. Por causa disso, as doenças respiratórias, como: sinusite, rinite, gripe, asma, resfriado, amigdalite, entre outras, ficam em maior evidencia.

Eduardo Landini Lutaif Dolci, otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, dá dicas práticas para evitar as doenças respiratórias no outono, confira! 

Beba bastante água para evitar a desidratação e o ressecamento das vias respiratórias;

Aproveite os dias de sol e abra as janelas para o ar circular no ambiente;

Evite permanecer por muito tempo em locais fechados e com excesso de pessoas;

Lave as narinas com água ou soro fisiológico várias vezes ao dia;

Use umidificadores de ambientes ou bacias de água em escritórios e quartos de dormir;

Lave as roupas de inverno de toda a família que estão guardadas: pijamas, moletons, casacos e edredons.


terça-feira, 20 de junho de 2017

Como controlar as alergias respiratórias

Para muitas famílias, é quando o clima esfria que vem a preocupação com rinite, asma... Especialistas indicam cuidados essenciais para prevenir chateações

As alergias respiratórias mais comuns em crianças e adolescentes são a rinite alérgica, caracterizada por entupimento nasal, coceira, espirro e sensação de nariz escorrendo, e a asma, que se manifesta com chiado no peito, tosse e falta de ar. Às vezes, a criança com asma só apresenta tosse persistente ou um aperto no peito após a prática de exercícios.

As doenças alérgicas ocorrem principalmente em pessoas com predisposição genética. Elas apresentam vários sintomas ao entrar em contato com determinadas substâncias no ambiente, caso da poeira. Como pode ser difícil diferenciar as manifestações de uma alergia respiratória daquelas decorrentes de um resfriado, em algumas ocasiões é necessária uma avaliação médica.

Na realidade, alguns fatores podem causar ou piorar as reações alérgicas, como viroses, pó (contendo substâncias liberadas por ácaros, baratas e animais domésticos) e bolor. A fumaça e os odores do cigarro também têm um papel prejudicial aqui.

Poucas regiões do Brasil apresentam estações do ano bem definidas. Mesmo assim, entre março e setembro, nas regiões Sul, Sudeste e em parte do Centro-Oeste, as temperaturas médias ficam mais baixas. O frio, por sua vez, faz com que as pessoas permaneçam mais tempo em ambientes fechados, o que eleva a circulação de vírus e o contato com substâncias potencialmente nocivas.

Alguns procedimentos simples ajudam a evitar a ocorrência ou a piora de sintomas de alergia nos dias mais frios. São eles: evitar aglomerações excessivas e lavar as mãos com frequência, principalmente após o contato com pessoas em lugares públicos. Também é fundamental consultar o pediatra sobre a indicação da vacina da gripe, sobretudo no caso de portadores de asma.

Nas residências com crianças alérgicas, sugerimos evitar carpetes ou cortinas de pano que acumulam poeira, especialmente nos quartos. Como os ácaros se multiplicam no interior dos colchões, devemos promover uma espécie de barreira, usando capas plásticas impermeáveis — o mesmo cuidado vale para os travesseiros.

As roupas de cama devem ser lavadas semanalmente com água quente (acima de 56 ºC). É prudente evitar cobertores de lã.

Remover lixos, não deixar papéis acumulados e dedetizar a residência para o controle de insetos, principalmente baratas, são outras medidas a serem tomadas. Também não recomendamos que animais domésticos frequentem os quartos. Por falar neles, é imprescindível que sejam mantidos limpos, com banhos semanais. A exposição ao cigarro ou à sua fumaça precisa ser vetada.

As oscilações da umidade de ar também representam um problema. No tempo seco, as defesas naturais das vias aéreas ficam prejudicadas. Daí a importância de mantê-las umidificadas e desobstruídas. Para tanto, devemos beber bastante líquido e usar o soro fisiológico nasal.

Domicílios com aquecimento tendem a diminuir a umidade do ar. Nesse caso, indicamos o uso de um umidificador por períodos curtos e sempre observando a presença de bolores. Se houver aparelho de ar-condicionado, é preciso verificar, de tempos em tempos, a manutenção dos filtros. Nos locais mais úmidos, por sua vez, há o risco do aumento dos bolores. Portanto, devemos inspecionar as paredes e corrigir eventuais vazamentos e áreas de infiltração de água.

Em resumo, os princípios gerais de higiene e bem-estar no domicílio são especialmente válidos no contexto de temperaturas mais baixas, época em que necessariamente as pessoas ficam mais tempo em ambientes fechados. Com esses cuidados, o convívio e o aconchego familiar poderão ser desfrutados por todos.


Fonte: http://saude.abril.com.br/blog/experts-na-infancia/como-controlar-as-alergias-respiratorias/ - Por Dra. Vera Rullo e Dr. Marcos Nolasco - SAÚDE/SAÚDE é Vital