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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Quanto menor a aposentadoria, menor a expectativa de vida


Quanto menor a aposentadoria, menor a expectativa de vida. Trabalhadores com aposentadorias maiores vivem quase 5 anos a mais do que seus colegas que se aposentaram com valores menores.

Perda de renda = perda de vida

Nível de renda e status social têm um efeito direto na expectativa de vida das pessoas.

Em média, os homens com aposentadoria de baixo valor morrem cinco anos mais cedo do que aqueles em melhor situação financeira.

Em outras palavras, a pobreza encurta a vida, garantem Georg Wenau, Pavel Grigoriev e Vladimir Shkolnikov, do Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica (Alemanha).

Esse resultado não parece ser grande novidade, mas essa correlação é muito clara até mesmo em países desenvolvidos e de alta qualidade de vida, como a Alemanha.

Mais do que isso, a análise mostrou que a diferença na expectativa de vida entre ricos e pobres cresceu significativamente nos últimos 20 anos.

Homens de 65 anos de idade com benefícios de aposentadoria mais altos podem esperar viver por mais 19 anos, em média, enquanto os homens dos cinco estratos de renda mais baixos, em média, não viverão para ver o seu 80º aniversário. Esses homens têm menos de 15 anos de vida restante aos 65 anos, mais de quatro anos a menos do que seus colegas com aposentadorias maiores. Em 1997, essa diferença era de apenas três anos.

"Especialmente para os homens na base da hierarquia social e econômica, a expectativa de vida aos 65 anos subiu acentuadamente durante os anos mais recentes. Na Alemanha Ocidental, ela quase parou de crescer desde 2007," disse Wenau.

Retardar aposentadoria pode levar a uma vida mais longa
Fardo de uma vida mais difícil

Se os pagamentos de pensão por um dado direito fossem aumentados, isso tornaria todos mais tranquilos financeiramente na velhice, mas os pesquisadores acreditam que isso não seria suficiente para contrabalançar o fardo de saúde das histórias pessoais de desemprego e baixos salários, que encurtam as vidas das pessoas nos estratos mais baixos de renda.

Apenas homens foram incluídos no estudo, justificam os pesquisadores, porque as mulheres tiveram uma participação no mercado de trabalho comparativamente menor e os baixos pagamentos de pensões das mulheres foram muitas vezes compensados por uma renda relativamente maior de toda a família.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quanto-menor-aposentadoria-menor-expectativa-vida&id=13415 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: MPI for Demographic Research

sábado, 28 de janeiro de 2017

47% dos empregos vão desaparecer nos próximos 20 anos

A mecanização, até hoje, foi a maior razão para o desaparecimento de empregos. Essa tendência não foi estancada, no entanto. Ao invés de um futuro de crescimento de trabalhos, os economistas preveem mais perdas conforme a inteligência artificial, a robótica e outras tecnologias continuam a ser introduzidas.

De acordo com um estudo liderado por Michael A. Osborne e Carl Benedikt Frey, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, 47% dos empregos estão “em risco” de serem automatizados nos próximos 20 anos.

A pesquisa examinou mais de 700 tipos de ocupação, observando os tipos de tarefas que os trabalhadores desempenhavam e as habilidades necessárias. Ao ponderar esses fatores, bem como os obstáculos de engenharia que atualmente impedem a informatização, os cientistas avaliaram o grau em que essas ocupações podem ser automatizadas nas próximas décadas.

Aparentemente, ninguém está a salvo: desde trabalhos em transporte, logística e apoio administrativo até ocupações dentro da indústria de serviços, que só pareciam aumentar, são todos altamente suscetíveis de diminuírem.

Precisamos fazer alguma coisa
Um especialista da Escola de Negócios Wharton da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, Art Bilger, formou uma organização sem fins lucrativos chamada Working Nation para combater o “desemprego estrutural”.
Sua missão é alertar o público e ajudar a fazer planos para proteger as pessoas desta tendência preocupante. Não só o conceito de emprego está prestes a mudar de forma dramática, mas essa tendência é irreversível.

Raiva contra as máquinas ganha nova interpretação
O capitalista de risco convocou corporações, academia, governo e outras organizações sem fins lucrativos para cooperar na modernização de nossa força de trabalho.

A troca de profissão já não é tão fácil
A mecanização sempre nos custou empregos. O tear mecânico, por exemplo, acabou com os tecelões. Mas também criou empregos. Mecânicos eram necessários para manter as máquinas, maquinistas tinham que fazer peças para elas, trabalhadores tinham que cuidar delas, e assim por diante.
Muitas vezes, aqueles em uma profissão podiam simplesmente trocá-la por outra. No início do século 20, por exemplo, os automóveis estavam tirando negócios dos ferreiros. Ninguém mais precisava de ferraduras, mas de mecânicos sim. E eles já possuíam boas habilidades.
Não vai ser tão “fácil” com esta nova tendência. O desemprego hoje já é significativo na maioria das nações desenvolvidas, e só deve piorar. Até 2034, os trabalhos de nível médio serão, em grande medida, obsoletos. Até agora, os benefícios só foram para os ultra ricos, ou seja, os 1% detentores da maior riqueza do mundo.

Fim da classe média?
Em outras palavras, a revolução tecnológica pode acabar com toda a classe média. Não só os computadores serão capazes de executar tarefas de maneira mais barata do que as pessoas, como serão mais eficientes também.
Ninguém está a salvo: contadores, médicos, advogados, professores, burocratas e analistas financeiros podem perder espaço para computadores capazes de analisar e comparar dados para tomar decisões com muito menos chance de fraude ou erro de diagnóstico.
Não só estas pessoas estão em apuros, como a tendência também deve congelar os salários dos poucos que continuarem empregados, enquanto as diferenças de renda só aumentarão.
Não adianta tentar parar a mecanização e a informatização. Conforme os países usam essa tecnologia para ganhar uma vantagem competitiva, outros vão querer adotá-la para não ficar para trás. A bola de neve já começou a descer a colina.

Existem soluções?
Uma solução proposta é uma renda básica universal distribuída pelo governo, uma espécie de linha de base que as pessoas receberiam para sobreviver.
Depois disso, programas de reeducação podem ajudar o povo a encontrar novas atividades, como se dedicar a empreendimentos criativos. Poderia até ser uma época de florescimento da humanidade, quando, em vez de perseguir notas de cem, as pessoas perseguiriam suas verdadeiras paixões.
Soa utópico? De fato, pode ser. Mas algo ainda precisa ser feito.
Bilger crê que é necessário reformar o sistema de ensino em sua totalidade, incluindo a adição de classes que ensinem as habilidades que os trabalhadores precisarão para os empregos que estarão disponíveis no futuro. Ele também acha que adultos terão que ser mais flexíveis e reentrar nas salas de aula.

Começando agora
Hoje, o problema, como alguns afirmam, não é que não haja empregos suficientes, mas que não há trabalhadores qualificados para preencher as posições disponíveis.
Aprenda qualquer uma destas 16 linguagens de programação e você sempre terá um emprego
Se for mesmo assim, este problema só vai crescer. Por exemplo, será que motoristas profissionais de caminhões ou táxis vão realmente encontrar um lugar na nova economia voltando a estudar para se habilitar para outras atividades, uma vez que veículos autônomos se tornem a regra?
Ninguém realmente sabe. Como qualquer mudança importante na sociedade, provavelmente haverá vencedores e perdedores. [BigThink, Oxford]


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Reforma da previdência: poucos trabalhadores conseguirão a aposentadoria integral

O maior sonho do trabalhador é se aposentar depois de vários longos anos de trabalho, seja no setor privado ou no público, contribuindo com o engrandecimento da nação. Mas, com o passar dos anos, a realização deste sonho está ficando cada vez mais distante, já que os governos estão sempre mudando as regras das aposentadorias. Alega-se para tal, que vem ocorrendo o aumento da expectativa de vida do brasileiro, fazendo com que o trabalhador contribua por mais tempo e aumentando a idade para adquiri o benefício.

O governo federal enviou para o congresso nacional uma PEC com sugestões de mudanças nas regras previdenciárias, entre as quais idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres, e se aprovadas, irão atingir trabalhadores do setor público e privado, salvo as Forças Armadas, policiais militares, bombeiros, presidente da República e governadores, deputados e senadores atuais. O trabalhador que desejar se aposentar recebendo a aposentadoria integral deverá contribuir por 49 anos, ou seja, começar a trabalhar aos 16 anos, idade esta que o jovem deve estar na escola e posteriormente cursando a universidade. Caso, após sua formação acadêmica, o trabalhador assinar a carteira de trabalho aos 23 anos, que é o normal, só se aposentará com 72 anos. De acordo com as novas regras, quanto mais tarde ele começar a trabalhar, mais tarde se aposentará pela idade.

     A comissão de constituição e justiça da câmara dos deputados já aprovou o parecer pela constitucionalidade da proposta de Emenda à Constituição, PEC 287/16, que trata da reforma da previdência. A partir da segunda semana de fevereiro de 2017 será analisada e votada em plenário pelos deputados federais e depois pelos senadores. O governo apostará na distração do povo com o carnaval, Copa do Brasil, campeonatos regionais, campeonato brasileiro de futebol e os saques das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS para aprovar a reforma e acabar com o sonho da aposentadoria do trabalhador brasileiro.

     Com a reforma da previdência todos os trabalhadores serão prejudicados, alguns menos, a exemplo das mulheres com 45 anos ou mais e os homens com 50 anos ou mais na data da promulgação da Emenda Constitucional, que através da regra de transição vão pagar um pedágio de 50% do tempo que falta para se aposentar pelas regras atuais. Esta regra não se aplica aos deputados federais e senadores em exercício, que legisla em causa própria e que votarão a reforma contra o trabalhador, e sim para os eleitos a partir das eleições de 2018. Como sempre, os políticos continuam se protegendo e se beneficiando através do sacrifício do povo.

     Todos os trabalhadores terão que contribuir por 25 anos ou mais e trabalhar no mínimo até os 65 anos de idade, mas algumas categorias serão mais prejudicadas, a exemplo das mulheres que atualmente trabalham 5 anos a menos que os homens; os pensionistas que recebem a pensão por morte, que é integral, será reduzida para 50% e mais 10% por dependente até completar os 18 anos de idade, por no máximo a 5 deles; os trabalhadores rurais que se aposentam com a idade mínima de 60 anos para o homem e de 55 anos para a mulher; os funcionários públicos com a elevação da alíquota de contribuição de 11% para 14%; os professores que têm o direito a aposentadoria especial com 30 anos de contribuição e a idade de 55 anos, se for homem e 25 anos de contribuição e 50 anos de idade, se for mulher. Nenhum trabalhador deve aceitar essas mudanças, já que direitos adquiridos não devem ser retirados.

     O Brasil tem 12 milhões de desempregados e como o governo resolverá o problema do desemprego, se com a reforma, milhões de brasileiros terão que continuar no mercado de trabalho por mais de 5, 10 ou 15 anos. Caso a reforma seja aprovada nos moldes que o governo enviou, estará instaurada no Brasil a nova escravidão, pois a maioria dos trabalhadores não alcançará o benefício pela idade e os pouquíssimos que conseguirem se aposentar estarão doentes ou próximos da morte, como foi na Lei do Sexagenário, que garantia liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade e beneficiou poucos, pois eram raros os que atingiam esta idade, devido à vida sofrida que levavam, principalmente com o trabalho.

     O que deixa o trabalhador mais indignado e revoltado é saber que os Deputados Federais e Senadores da atual legislatura não serão atingidos por esta reforma e somente os eleitos a partir da eleição de 2018. Atualmente, os deputados se aposentam com salário integral após 3 legislaturas, ou seja, 12 anos de trabalho e os senadores após um mandato de 8 anos, e serão eles que vão votar a reforma da previdência. Inclusive na primeira semana de fevereiro de 2017, os deputados aprovaram uma lei que dá direito a eles de se aposentarem com apenas 1 ano de exercício na função, desde que faça averbações de outros mandatos ou contribuições ao INSS por 35 anos, enquanto o trabalhador terá que contribuir por 49 anos se quiser receber o benefício integral. Os Governadores e o Presidente também não serão afetados pela reforma atual, e continuam se aposentando após um mandato, ou seja, com 4 anos de “trabalho”, recebendo o salário igual ao Desembargador Estadual se for Governador e igual ao Ministro do Supremo Federal se for Presidente. Eles querem aprovar a reforma da previdência para os trabalhadores, mas a deles não, deve ser porque eles trabalham muito, ganham pouco e a expectativa de vida é baixa. Como diz o ditado popular: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”. Os políticos não têm compromisso com os trabalhadores e sim com eles mesmos, os empresários, banqueiros e a elite do Brasil.

     O governo alega que se não fizer a reforma da previdência não poderá no futuro pagar as pensões dos aposentados, mas não verdade só bastava cortar as gordas gratificações e mordomias incorporadas aos salários milionários dos poderes judiciário, legislativo e executivo acumuladas aos longos dos anos e cobrasse as dívidas bilionárias de grandes empresas com a previdência que resolveria o problema, mas ele prefere retirar os direitos adquiridos dos trabalhadores por décadas de lutas.

     Cabe aos trabalhadores ficarem atentos e pressionarem os deputados e senadores dos seus estados a votarem contra a PEC ou alterá-la retirando os pontos que vão massacrar a classe operária. O povo tem que ir às ruas com protestos pacíficos demonstrando a indignação por mais uma manobra dos políticos a favor deles e de uma elite golpista. Será que o povo ficará de braços cruzados esperando os políticos aprovarem uma lei que vai escravizar os trabalhadores? E qual será o futuro dos jovens brasileiros sem a perspectiva de adentrar ao mercado de trabalho, já que terão suas futuras vagas ainda preenchidas pelos atuais trabalhadores que serão obrigados a trabalhar até 70, 80, 90 anos de idade ou mais?

     Tendo em vista que a “Educação gera conhecimento, conhecimento gera sabedoria, e, só um povo sábio pode mudar seu destino.”, então que os trabalhadores conheçam e defendam seus direitos contra os ditadores do poder.


Por Professor José Costa

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Doenças que afetam a qualidade de vida no trabalho

A cada ano, cresce o número de profissionais afastados por doenças ocupacionais. Conheça as principais delas

O modo de organização do mundo moderno tem um efeito perverso em milhares de trabalhadores, que são vítimas das chamadas doenças ocupacionais, que em muitos casos podem ser incapacitantes. Segundo o vice presidente da associação nacional de medicina do Trabalho (anamT), Mário Bonciani, 10% das chamadas “doenças comuns” migraram para esse novo status, desde abril de 2007, quando houve a alteração da legislação previdenciária.

Com isso, as lesões por esforços repetitivos ou distúrbios osteomusculares (Ler/dort) relacionados ao trabalho passaram a somar-se a quadros de depressões e, inclusive, a diabetes e hipertensão, entre as doenças que mais acometem os empregados. Esse é um sinal de alerta para se apostar na prevenção, antes que a qualidade de vida no trabalho fique com os dias contados.

Doenças campeãs de afastamento do trabalho:

LER/DORT
O que é: é um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e membros superiores (antebraço, braços, dedos, mãos, pescoço, punhos), e estão relacionadas diretamente às condições de trabalho. São inflamações ocasionadas por movimentos repetitivos, freqüentes, rápidos e/ou vigorosos, durante um longo período de tempo.
Profissões com maior incidência: bancários, comerciantes, montadores de veículos, trabalhadores da indústria alimentícia, operadores de teleatendimento e vigilantes.


TRANSTORNOS MENTAIS E DE COMPORTAMENTO
O que é: entre as mais comuns estão demência, delírio, transtorno de personalidade, transtorno mental orgânico, episódios depressivos, reações ao estresse grave, transtornos de daptação e síndrome de fadiga.
Profissões com maior incidência: motoristas, atendentes hospitalares, trabalhadores da indústria têxtil, bancários, abatedores de suínos, aves e outros pequenos animais.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/doencas-que-afetam-a-qualidade-de-vida-no-trabalho/2633/ - Texto: Sucena Shkrada Resk / Foto: Shutterstock / Adaptação: Clara Ribeiro

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

No Brasil, quem paga os rombos das contas públicas?

No Brasil quem é penalizado quando os governos querem equilibrar as contas públicas ou cortar gastos são os trabalhadores e funcionários públicos, que não tem nenhuma culpa por administrações incompetentes, desvios de dinheiro, rombos no orçamento ou gastos excessivos em campanhas eleitorais. E isto vem acontecendo de tempos atrás aos dias atuais, através dos governos estadual e federal, quando são aprovadas leis que retiraram direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores.

     Ao longo dos anos, os trabalhadores e funcionários públicos, em especial os professores, classe a qual pertenço, vêm sendo penalizados com medidas provisórias e leis injustas impostas pelos governos, tais como:

     Em 1986, no governo de Sarney, a inflação no Brasil chegou a 225% ao ano. Em 1987, a inflação chegou a 366% e em 1988, 933%. Com esta situação, o governo federal criou o gatilho salarial, um reajuste automático que protegia os salários dos trabalhadores de ser corrompido pela inflação, quando atingisse ou ultrapassasse a casa dos 20%. No mesmo período em Sergipe, o governo Valadares não pagou o gatilho salarial aos professores, e só reajustou o salário dos servidores na data base e com o percentual abaixo da inflação, com isto, um professor graduado chegou a ganhar menos de um salário mínimo no seu vencimento, como nenhum funcionário poderia receber menos do que o mínimo, então o governo pagava um abono para equiparar ao salário.

     No governo de João Alves Filho foi retirada a gratificação de regência de classe dos professores, ficamos um mês sem receber, mas o Sintese (sindicato dos professores de Sergipe) entrou com uma ação na justiça, a qual determinou o governo a devolver o que tinha retirado e continuar pagando a mesma.

     O governo de Albano Franco seguiu a política neoliberal do governo federal de Fernando Henrique do PSDB não concedendo aumento salarial aos funcionários públicos durante o seu mandato. Em 1999, criou o FUNASERP/SE (Fundo de Aposentadoria do Servidor Público Estatutário do Estado de Sergipe), uma contribuição previdenciária, no salário de todos os funcionários públicos, mas que foi derrubado pela justiça, determinando a devolução do dinheiro retirado dos contracheques. Em 2001, enviou um projeto a assembleia que dividia o IPES em ipessaúde e ipesprevidencia com os percentuais de 4% e 13%, perfazendo um total de 17%. O índice de 13% pago pelos funcionários públicos sergipanos só é menor que o do  estado de Pernambuco de 13,5%, o da Bahia é de 12% e maior que os demais estados do Brasil e inclusive do INSS que é de  11%. Também em 2001, o governo criou o redutor salarial, onde os professores tiveram reduzidos parte de seus salários, e que foi também derrubado pela justiça e determinado o ressarcimento dos valores indevidamente descontados.

     Foi no governo de Fernando Henrique do PSDB, que os professores foram mais prejudicados em suas carreiras, quando da aprovação no congresso e sancionada pelo Presidente a Emenda Constitucional 20 de 15 de dezembro de 1998, onde o professor para obter o direito à aposentadoria precisava ter contribuído a previdência por 30 anos e a idade de 55, e a professora ter contribuído por 25 anos e a idade de 50. Esta lei prorrogou a aposentadoria de milhares de professores por todo o Brasil. A mesma emenda permitia aos professores, através da regra de transição, que estivessem próximos da aposentadoria até 15 de Dezembro de 1998, fossem aposentados com 53 anos de idade e 30 de contribuição e as professoras com 48 anos de idade e 25 de contribuição.

     Em 31 de Dezembro de 2003, o Presidente Lula do PT promulgou a Emenda Constitucional 41 que reduziu ainda mais os direitos previdenciários dos servidores públicos. A Emenda manteve a regra de transição, mas fixou pesado redutor de salário de 3,5% e 5% a cada ano de antecipação, se a aposentadoria fosse antes ou depois de 31 de Dezembro de 2005, respectivamente, para o sexo masculino e feminino. Esta lei obrigou os professores não optarem pela aposentadoria antes dos 55 anos e as professoras antes dos 50 anos, que eram as idades mínimas. Esta lei está em vigor até os dias atuais. As leis mudaram as aposentadorias dos servidores públicos, e em especial, aos dos professores, mas menos a dos políticos, que continuam especiais.

     O que mais me deixa indignado e revoltado é saber que Deputados Estaduais e Federais se aposentam com salário integral após 3 legislaturas, ou seja, 12 anos de “trabalho” e os Senadores após um mandato de 8 anos, e foram eles que aprovaram as mudanças nas leis. Os Governadores e o Presidente que promulgam as leis se aposentam após um mandato, ou seja, com 4 anos de “trabalho”, recebendo o salário igual ao Desembargador Estadual se for Governador e igual ao Ministro do Supremo Federal se for Presidente. Eles mudaram a Lei da aposentadoria dos professores e dos servidores públicos, mas a deles não, deve ser porque eles trabalham muito, ganham pouco e a expectativa de vida deles é baixa.

     Em 2008, no segundo mandato de Lula, foi aprovado pelo congresso e sancionado por ele, o piso nacional dos professores. A esperança que dias melhores viriam para os professores de todo o Brasil.  A princípio, alguns estados e municípios brasileiros não pagaram o piso alegando a falta de dinheiro, entre eles, os governos do PT de Jacques Wagner da Bahia e Tarso Genro do Rio Grande do Sul, este foi até Ministro da Educação no governo de Lula. E por falar em ministro, Dilma que declarou que o lema do seu governo será “Brasil Pátria Educadora”, nomeou Cid Gomes para a pasta da educação, que quando foi governador do Ceará também não pagou o piso aos professores. Em 2011, o STF reconheceu a constitucionalidade do piso e validou a partir de 27 de Abril de 2011 determinando que todos os professores tivessem direito ao mesmo. Atualmente, ainda tem estados e municípios que não pagam o piso, isso é Brasil.

      O governo de Marcelo Deda, pagou o piso em 2010, mas em 2011, com a prerrogativa de continuar pagando o piso aos professores sergipanos fez um acordo com o sintese congelando algumas gratificações e diminuindo a regência de classe de 60% para 40%, mas em 2012, alegando que não podia pagar os 22,22% aos professores graduados enviou um projeto a assembleia legislativa que determinava o pagamento do piso somente aos professores que não tinham o curso de graduação, prejudicando a carreira dos demais. Em 2013 e 2014, o piso dos professores foi pago pelo governo de Jackson Barreto, mas o de 2012 não foi pago até os dias atuais.

     No final do ano de 2014, os trabalhadores brasileiros receberam um presente do governo federal, um pacote de medidas que tira direitos previdenciários a partir de 2015, apesar de a candidata Dilma ter  prometido em campanha eleitoral que não mexeria nos direitos trabalhistas. Entre as medidas estão as restrições ao acesso do seguro-desemprego, abono salarial (PIS), auxílio-doença e mudanças nas regras das pensões.

     No dia 15 de Dezembro de 2014, o governo do estado na administração de Jackson Barreto enviou alguns projetos de lei a assembleia legislativa que retiravam direitos trabalhistas de todos os servidores públicos estaduais, os quais foram aprovados pela maioria dos deputados estaduais na reunião que perdurou até às duas horas da madrugada do dia 16. Entre os projetos, a extinção da gratificação do 1/3, que determina aos que já recebem, estando ativo ou aposentado o valor do adicional deixa de ser percentual (33,3%), e passa ser nominal, reajustado quando houver revisão geral dos servidores públicos e quem não recebe ainda, perde o direito. O Departamento Jurídico do Sintese entrou com um Mandado de Segurança solicitando a ilegalidade da aprovação do projeto.

     Há 35 anos sou funcionário público estadual exercendo a função de professor, e venho escutando promessas dos políticos de que a educação seria prioridade em seus governos e os professores valorizados. Pura ilusão, não me lembro do ano em que os professores não fizessem greve no Estado para que seus direitos trabalhistas fossem respeitados e garantidos.

     Não duvido de que no futuro os governos queiram acabar com o 13º salário, FGTS, licença prêmio, férias remuneradas, seguro-desemprego ou auxílio-doença, e com certeza vão aumentar a idade mínima para o trabalhador se aposentar, pois assim sobrará mais dinheiro e eles criarão milhares de empregos para os “companheiros” em cargos comissionados com altos salários que certamente não serão penalizados com leis citadas acima.

    Os políticos são todos farinha do mesmo saco, pois quando estão na oposição defendem os trabalhadores e criticam veemente os da situação, mas quando chegam ao poder fazem igual ou pior dos que lá estavam e vice-versa. “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, esta é a situação dos trabalhadores no Brasil.

     Por Professor José Costa

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Quais são as profissões que mais engordam os trabalhadores?

Várias profissões da modernidade não exigem muito movimento dos trabalhadores, a não ser a agilidade das mãos para digitar no computador. Passar o dia inteiro sentado em uma cadeira é a realidade de muitos empregos. O resultado de horas sem se movimentar todos os dias são quilinhos a mais.

Em uma nova pesquisa, foram entrevistados 3,6 mil trabalhadores norte-americanos, que revelaram seus hábitos alimentares e variações de peso no trabalho. Confira abaixo quem são os profissionais que mais estão engordando:

Auxiliares administrativos;
Professores;
Engenheiros;
Enfermeiros;
Assistentes médicos;
Tecnólogos em tecnologia da informação;
Administradores de redes.

Quase 70% dos auxiliares administrativos entrevistados na pesquisa da empresa CareerBuilder disseram que engordaram desde que começaram a trabalhar. No geral, mais da metade dos trabalhadores se consideram acima do peso, sendo que 41% engordaram em seu emprego atual.

O estudo descobriu que, entre os que estavam acima do peso, 59% ganharam mais de três quilos, e 30% engordaram mais de sete quilos. Apenas 16% dos trabalhadores afirmaram que perderam peso no atual emprego.

A pesquisa também mostrou que dois em cada cinco trabalhadores não se exercitam regularmente e um a cada dez é completamente sedentário. Maus hábitos alimentares são um dos piores inimigos para a saúde dos funcionários. Mais da metade dos trabalhadores saiam para comer fora no horário de almoço ao invés de levar comida de casa, quase todos os dias. Apenas 70% das pessoas entrevistadas faziam um lanche ao longo do dia.

Cuidados com o corpo

Para não engordar com a rotina do trabalho, confira as seguintes dicas:

Caminhe: Desça do ônibus ou estacione o carro mais cedo, um pouco mais longe do trabalho, e faça o resto do percurso a pé. Suba escadas ao invés de pegar o elevador, vá falar com seu colega de outra seção ao invés de mandar um e-mail. Tente aumentar a atividade física ao longo do dia em todas as oportunidades possíveis.

Hidrate-se: Beba água durante o trabalho. Além de te manter hidratado, você pode dispensar as bebidas açucaradas e calóricas.

Leve seu almoço de casa: Se o local de trabalho tiver cozinha para esquentar a comida, melhor ainda. Essa é uma maneira de escolher opções mais saudáveis e as porções ideais.

Escolha frutas e vegetais: Opte por opções saudáveis para o lanche da tarde e não deixe de comê-lo para não aumentar a fome nas outras refeições. [LiveScience]