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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Você não precisa se matar na academia para ficar em forma


Treinamentos simples e menos cansativos do que os que estão na moda também deixam o corpo em ótima forma

Não é só a malhação intensa que rende resultados

O crossfit e outros treinos intervalados de alta intensidade estão bombando. Por outro lado, nem todo mundo consegue ou tem disposição para fazê-los. Mas isso não é motivo para desistir da malhação. Um estudo brasileiro publicado no periódico Journal of Exercise Physiology testou o potencial de um treinamento, digamos, convencional.

Após 12 semanas, os participantes perderam gordura e ganharam massa muscular – isso sem sacrifícios hercúleos. “Esses exercícios podem ser feitos em qualquer academia e não gastam mais de 45 a 60 minutos, três vezes por semana”, assegura o educador físico Antonio Martins, autor do trabalho e membro do Laboratório de Fisiologia Translacional da Universidade São Judas, em São Paulo. Fora que são ideais para iniciantes.

Os detalhes do treino

– 15 homens e mulheres participaram do experimento.

– Foram 9 exercícios, um para cada grupo muscular.

– Cada exercício tinha 3 séries. E cada uma possuía oito repetições e um descanso de 40 segundos entre elas.

– 3 sessões por semana e elas não duravam mais do que uma hora.

A hora de evoluir
O momento de mudar o treino varia de pessoa pra pessoa. Ele depende inclusive de experiências anteriores, força de vontade, alimentação equilibrada e boas noites de sono.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/voce-nao-precisa-se-matar-na-academia-para-ficar-em-forma/ - Por Thiago Nepomuceno - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

sábado, 10 de dezembro de 2016

Apuro para viajar e competir pode levar 67% dos atletas olímpicos a pararem

Até 67% dos atletas olímpicos brasileiros podem parar e largar suas modalidades por dificuldades financeiras na hora de conseguir viajar e participar de competições no país ou no exterior. Apenas 5% deles não enxergam nenhum problema ou dificuldade para dedicar-se ao esporte. É o que revela pesquisa por amostragem feita pelo TCU (Tribunal de Contas da União) com 453 atletas, de diversas modalidades olímpicas, que recebem a bolsa-atleta do Ministério do Esporte. A pesquisa foi feita em 2015 mas não havia sido divulgada, e reflete o estado de ânimo da delegação brasileira na véspera dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

No estudo, os atletas responderam quais os motivos que estavam dificultando a evolução de suas carreiras e que poderiam fazer com que parassem de dedicar-se às suas modalidades. O principal problema apontado é a dificuldade de pagar viagens e participação em competições longe de casa no Brasil e no exterior. Os atletas listaram mais de um motivo que atrapalha o desenvolvimento de suas carreiras e que poderia encerrá-las precocemente, assim a soma dos resultados da pesquisa dá mais de 100%.

A dificuldade de comprar materiais e equipamentos esportivos é um problema crucial para 62% dos atletas, e 53% deles reclamam de problemas para realizar intercâmbios de atualização. Mais da metade dos atletas, 52%, relatam a falta de centros de treinamento adequados e a falta de valorização dos atletas olímpicos dentre os principais problemas que fazem eles pensar em desistir.

Não veem boas perspectivas profissionais para si 42% dos entrevistados, e 38% não consegue acompanhamento médico, nutricional ou fisiológico.

Investimento público vem caindo e vai diminuir ainda mais
No que depender de investimento do governo federal, este quadro não vai mudar imediatamente. Para o ano que vem, está previsto para ser investido no esporte nacional pela União metade do orçamento deste ano. Que por sua vez é metade do que era três anos antes, em 2014.

O dinheiro público investido pelo governo federal em programas esportivos caiu 53% de 2014 a 2016. O período de redução coincide com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro neste ano, eventos que concentraram a maior parte dos recursos da área.

Para o orçamento do ano que vem, está prevista uma diminuição de cerca de 50% de tudo o que a União investe no esporte brasileiro.

É o que aponta relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) finalizado na quarta-feira (7). Em 2014, foram investidos pelo governo federal R$ 3,9 bilhões ao todo em esporte. Em 2015, a redução foi pequena e o total foi de R$ 3,8 bilhões. Neste ano porém, o corte foi de mais da metade e a União colocou R$ 1,8 bilhão nos esportes de todos os níveis, do escolar ao de alto rendimento.


domingo, 14 de fevereiro de 2016

10 mitos sobre treinamentos

Tome cuidado para não acreditar nos mitos e prejudicar seu corpo!


Conversando sobre treinamentos e academia, é muito comum surgirem afirmações ou teorias sobre esses assuntos. Essas informações podem ser repassadas e tomadas como verdade, mas muitas delas não possuem nem comprovação cientifica. 

Para isso, conversamos com Giulliano Esperança, personal trainer pós-graduado em fisiologia do exercício, de Rio Claro (SP), Diego Zanon, educador físico pós-graduado em fisiologia do exercício, de Vitória (ES), Rodrigo Rotta, professor da academia Reebok Sport Club, em São Paulo (SP), e Eduardo Netto, diretor técnico da rede Bodytech. Todos comentaram e esclareceram sobre 10 grandes mitos sobre treinamentos. Confira!

1 –  O ácido láctico está por trás da fadiga muscular
A fadiga muscular não tem causa única, envolve também questões ligadas ao sistema nervoso central, ao esgotamento dos estoques de nutrientes geradores de energia para a contração dos músculos e até à oferta de oxigênio. Mas a sua causa mais direta é o aumento da acidez muscular. O ácido láctico é um dos resultados dessa acidez e, por isso, por muitos anos foi relacionado diretamente à fadiga. A melhor maneira de diminuir a dor e o cansaço muscular extremo é fazer um aumento gradual e coerente no volume e na intensidade do treino, com a ajuda de um profissional.

2 – Exercícios aeróbios devem vir antes dos de força
Isso depende muito do objetivo de cada um. Se a ideia é melhorar o condicionamento cardiopulmonar, os aeróbios devem, sim, vir antes. Por outro lado, se o objetivo é aumentar a força e a resistência muscular ou promover hipertrofia, o ideal é trazer a musculação em primeiro lugar. Isso ajuda a preservar os substratos que são consumidos durante a prática da atividade física, evita os componentes ligados à fadiga muscular e melhora a performance no tipo de treino.

3 – Alongar antes do treino reduz as chances de lesões
Não existe nenhuma evidência científica que relacione as duas coisas. Na verdade, alguns pesquisadores já encontraram indícios de que alongar os músculos antes de suar a camisa pode desestabilizá-los, fazendo com que eles fiquem menos preparados para treinos intensos, especialmente os que envolvem pesos.
O objetivo desse tipo de exercício é melhorar a flexibilidade e nisso ele é, sim, um grande aliado de quem pratica atividades físicas, pois ajuda a evitar encurtamentos musculares que podem levar a compensações mecânicas dos movimentos e, por tabela, a lesões.

4 – Tomar banho de água quente ajuda a aliviar a dor muscular
Assim como no item anterior, não existe uma relação entre as duas coisas.  O desconforto é provocado por microlesões que acontecem nas fibras musculares durante a malhação e que geram um processo inflamatório. Como qualquer inflamação, é preciso um tempo para que ela seja tratada, e o banho quente não tem ação nenhuma sobre esse quadro.

5 –  Cãibra é causada pela perda de eletrólitos
Essa é apenas uma das causas da cãibra. Ela pode ser provocada também por falta de preparo físico, deficiências circulatórias, hipotermia, uso exagerado da musculatura e falta de hidratação ou de reservas energéticas provenientes da alimentação.

6 – Suar bastante é sinal de que a pessoa está treinando direito
O suor é apenas um sinal de que o corpo está fazendo a sua termorregulação, ou seja, está equilibrando a sua temperatura por meio da eliminação de parte do calor produzido durante os exercícios na forma de líquido. Suar mais ou menos não significa que você malhou da forma correta ou que está queimando uma quantidade diferente de calorias, pois isso depende de vários fatores, como a umidade do ar, o nível de condicionamento, a vestimenta, a aclimatização, entre outros.

7 –  Usar aparelhos de musculação é melhor do que trabalhar com peso livre
Depende de quem está treinando. Se for uma pessoa que está começando a praticar musculação ou não tem muita coordenação motora ou força muscular – adolescentes e idosos, por exemplo –, as máquinas são mais indicadas, já que elas oferecem mais suporte para a realização dos movimentos e ainda facilitam o aprendizado da execução dos exercícios.
A turma que já está acostumada a fazer esse tipo de treino pode optar por qualquer um dos dois, mas com os pesos livres acaba levando vantagem, pois trabalha mais os músculos sinergistas (que participam de maneira secundária do movimento, ajudando a estabilizar as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal) e os estabilizadores (aqueles que ajudam a manter o corpo todo firme e alinhado durante o exercício).

8 –  É bom fazer massagem depois do treino
Por muito tempo, acreditou-se que a massagem era uma boa opção para ajudar a recuperar a musculatura. No entanto, estudos recentes mostraram que não é qualquer tipo de massagem que é bem-vinda após o treino.
Uma pesquisa realizada na Ontario’s Queen’s University (Canadá) revelou que os movimentos feitos com as mãos após o treino, mesmo que por um profissional, podem comprimir pequenas veias e piorar a circulação, ao invés de melhorá-la. Outro trabalho, esse feito na Ohio State University (EUA), mostrou que, se os movimentos forem feitos com a ajuda de aparelhos que realizam uma pressão uniforme, o benefício é real.
Além disso, existem especialistas que apostam em um tipo específico de massagem chamado liberação miofascial. Ela age sobre as fáscias, uma espécie de envelope feito de tecido conjuntivo que envolve todas as estruturas do corpo. A massagem atua para ativar o movimento muscular, melhorar a sua flexibilidade e estimular a circulação sanguínea na região, o que acaba melhorando também a recuperação.

9 –  Fazer exercícios aeróbicos em jejum ajuda a emagrecer
Esse tipo de treino, batizado de AEJ, tem sido cada vez mais utilizado nas academias. E isso é um perigo, pois, além de já ter sido demonstrado por meio de estudos que essa estratégia ajuda a diminuir o peso, já foi também comprovado que o AEJ pode ter até mesmo efeitos negativos sobre o metabolismo. Também pode fazer com que a pessoa passe mal e ainda levar à perda de massa muscular, já que o organismo vai procurar outras fontes de energia durante a malhação.

10 –  Quem malha com frequência deve investir em suplementos
Algumas dessas substâncias são bem-vindas na rotina de quem realmente pega pesado na hora de suar a camisa, como os atletas. O resto das pessoas não deve de forma nenhuma fazer uso desses produtos sem a orientação de um nutricionista, mesmo que seja uma inocente whey protein.
Quando consumidos em excesso ou indiscriminadamente, esses produtos podem provocar danos à saúde e até levar ao ganho de peso, já que podem acabar aumentando a soma de calorias ingeridas durante o dia. De forma geral, quem tem uma alimentação equilibrada e diversificada e pratica atividades físicas regulares e moderadas não precisa lançar mão de suplementos, a não ser que eles tenham sido indicados por um especialista.


Fonte: http://www.sportlife.com.br/fitness/10-mitos-sobre-treinamentos - Texto: Thais Szego - Foto: Shutterstock