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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

10 alimentos que não podem faltar no prato das crianças

Variedade é muito importante, mas com esses itens a chance de errar nas refeições é bem menor

A alimentação é importantíssima para o crescimento das crianças e quanto mais nutrientes, melhor! "Entre os nutrientes mais importantes nessa fase estão os carboidratos, proteínas, vitaminas A e C, ferro, zinco e cálcio", explica a nutricionista Helen Lopes, especializada em nutrição na infância e adolescência pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

No entanto, por mais que a variedade seja a chave, alguns alimentos sozinhos podem garantir esses nutrientes e são indispensáveis no cardápio dos pequenos. Conversamos com especialistas para entender quais são eles. Confira a lista abaixo:

Ovo
O ovo é uma ótima fonte de gorduras e proteínas. Na clara estão proteínas como a albumina, muito usada por atletas para o crescimento muscular. Já a gema tem diversas vitaminas lipossolúveis, como a A e um pouco de vitamina D e K.
Essa parte do ovo também é rica em colina, "um nutriente muito relacionado ao desenvolvimento das estruturas do cérebro, por participar da formação do neurotransmissor acetilcolina, que ajuda na transmissão de impulsos nervosos", explica Clarissa Fujiwara, coordenadora de Nutrição da Liga de Obesidade Infantil do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP).

Arroz e feijão
Esse combo é importante para a saúde em qualquer idade, principalmente na infância. "Há um equilíbrio nessa mistura, uma vez que o arroz é deficiente no aminoácido lisina e possui metionina, e o feijão é justamente o contrário", explica a nutricionista Paula Crook, membro da PB Consultoria em Nutrição e especialista em nutrição infantil.
Além disso, separadamente cada um deles traz características complementares: enquanto o arroz é uma ótima fonte de energia, o feijão traz proteínas e fibras. Tanto que mesmo quando você consome o arroz branco com a leguminosa, a absorção dos carboidratos na refeição se torna mais lenta, portanto, mais saudável.

Banana
A banana é uma das frutas mais bem aceitas entre as crianças e traz diversas características positivas para a saúde. Como enumera a nutricionista Alessandra Coelho, especialista em Nutrição Enteral e Parenteral (SBNPE), ela é rica em magnésio, potássio, vitaminas do complexo B e triptofano, que ajudam na saúde dos ossos, músculos, sistema nervoso e cardiovascular e na manutenção do bom humor.
Além disso, a fruta pode ajudar na escola! "Estudos recentes revelam que as crianças que comem banana de manhã mantêm um bom nível de atenção durante o dia", considera Helen Lopes. Portanto, vale a pena investir na fruta.

Abacate
O abacate costuma ser mal visto por causa da alta quantidade de gorduras. No entanto, é aí que está seu maior trunfo nutricional.
"A fruta contém gorduras monoinsaturadas, essenciais para o bom desenvolvimento do sistema nervoso central do bebê e para controlar o nível do colesterol", reforça Helen. O abacate não é a única fonte desse tipo de gordura, que também está presente no azeite e nas oleaginosas.
Para uma melhor aceitação, o abacate pode ser misturado com outras frutas em vitaminas, como a manga ou a banana.

Laranja
A laranja é uma das fontes mais conhecidas de vitamina C. "Essa vitamina é importante para a cicatrização, na formação dos ossos e do colágeno e ajuda na absorção do ferro", explica Clarissa Fujiwara.
Mas não é só desse nutriente que ela é composta: o bagaço da fruta é rico em fibras, que ajudam na saciedade e também alimentam as bactérias do intestino.
Outras frutas ricas nessa combinação são mexerica, mamão, acerola, limão, morango e outras frutas vermelhas, kiwi, abacaxi e maracujá.

Cenoura
A cor alaranjada da cenoura sinaliza que ela é um alimento rico em carotenoides. "Esses nutrientes são precursores da vitamina A, uma potente antioxidante que ajuda na saúde dos olhos e da pele", afirma a nutricionista Dyandra Loureiro, pós-graduada em nutrição pediátrica, escolar e na adolescência pela Universidade Gama Filho.
A cenoura também é rica em fibras e em potássio, sendo interessante para crianças em fase de crescimento. Além disso, ela é mais fácil de ser consumida por causa do gosto adocicado.

Brócolis
Nem sempre o brócolis é bem aceito pelas crianças. No entanto, ele possui diversos nutrientes importantes e vale a pena insistir que o pequeno prove o alimento.
"A verdura é uma boa fonte de vitamina C, carotenos e folato. Também apresenta boas quantidades de proteína, cálcio, ferro e alto teor de fibras", explica Paula Crook.
O ideal é apresenta-lo às crianças de formas diferentes, aproveitando seu formato em flor para montar pratos mais lúdicos. "Dá para inseri-lo em preparações que a criança goste, como tortas, preparado com o arroz ou até cozido com a carne", enumera Clarissa.

Oleaginosas
Aqui estamos falando de um grupo, mas que normalmente é oferecido em conjunto às crianças através de um mix com castanhas, nozes, amêndoas e outras. A vantagem desses alimentos é que são ricos em ácidos graxos insaturados.
"Eles têm alta concentração de ômega 3, 6 e 9, gorduras boas para o desenvolvimento cerebral e para dar mais energia aos pequenos", explica Helen.
Além disso, é muito fácil oferecê-los em lanches para crianças. Sua consistência crocante ajuda a torná-los mais aceitáveis. Só cuidado para não oferecer versões prontas e ricas em sódio!

Carne
Esse alimento é mais polêmico, mas traz uma série de benefícios para as crianças. As carnes, sejam de boi, porco, frango ou peixe, são ricas em proteínas, ferro, zinco e vitaminas do complexo B.
"A vitamina B12 é importante para o desenvolvimento cognitivo e neurológico. Já o ferro da carne é mais bem absorvido pelo corpo", explica Clarissa.

Disfarçar alimentos faz bem para a criança?
Para famílias que não consomem carne, existem opções para repor esses nutrientes em outros alimentos. Enquanto os ovo-lacto-vegetarianos podem consumir proteínas provenientes de leite, ovos e queijos, outros grupos de vegetarianos podem ter mais dificuldade por não ingerir esses alimentos.
Mas é possível contornar a situação: "As leguminosas são ricas em proteínas vegetais: não só a soja, como o feijão, a lentilha, o grão de bico, entre outras", considera a especialista, indicando as possíveis substituições.