quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cuidados na execução de exercícios evitam tendinite


Esforços prolongados e sobrecarga são algumas de suas causas

Conta a lenda que Aquiles, filho do rei Peleu e da rainha Tétis, tinha um único ponto vulnerável no corpo e ele ficava exatamente na altura do calcanhar, ao nível do tendão da parte posterior do tornozelo. Entretanto, para pessoas comuns, a dor e a inflamação neste local podem ter como causa frequente esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga.

A tendinite de Aquiles, inflamação no tendão do calcâneo, é um quadro frequente nos atletas, principalmente entre os corredores de longa distância. É uma típica lesão por excesso de uso e, normalmente, origina-se com aumento repentino da atividade esportiva, mudança de calçados ou piso de treinamento inadequado.

Em geral, é provocada por micro-rupturas das fibras de colágeno que constituem o tecido tendinoso, que é muito pobre em vascularização. Estas pequenas lesões, associadas ao excesso de esforço repetitivo, podem provocar uma inflamação ou degeneração do tecido tendinoso.

Em geral, origina-se com aumento repentino da atividade esportiva, mudança de calçados ou piso de treinamento inadequado.

Fatores que favorecem a tendinite de Aquiles:

1. Aumento não gradativo da distância ou velocidade percorrida;

2. Treinamento em aclive ou subidas de escadas;

3. Traumatismo causado pela contração vigorosa da musculatura flexora do joelho, como um aumento na velocidade final na corrida;

4. Sobrecarga de treinamento;

5. Tênis inadequado para a corrida;

6. Falta de equilíbrio muscular.

Muitas vezes o paciente pode sentir dor ao caminhar, ao subir e descer escadas ou quando começa a correr. Esta dor pode variar de intensidade e de frequência e, em casos avançados, levam a grande limitação com dor mesmo em repouso.

Ao realizar o exame, encontramos dor ao apalpara parte mais baixa do tendão, de três a cincocentímetros acima de sua inserção. Também são atestados inchaço local, limitação dos movimentos e dificuldade para o início da corrida, que pode ser claudicante.

A ultrassonografia pode ser indicada para confirmação diagnóstica, como método de baixo custo e rápido, embora a ressonância magnética possa dar com maior precisão detalhes do processo.

O tratamento da tendinite de Aquiles consiste, basicamente, no repouso relativo, no afastamento temporário das atividades físicas, no uso de antinflamatórios e analgésicos, nacrioterapia - aplicação de gelo no local por 20 minutos de três a quatro vezes ao dia - e reabilitação através da fisioterapia com medidas analgésicas e exercícios específicos.

Antes de se pensar em cirurgia, porém, alguns métodos alternativos poderão ser utilizados, como terapia por ondas de choque. Tratamento cirúrgico é uma exceção, uma vez que a maioria dos casos são resolvidos com um tratamento clínico adequado. Nos casos crônicos pode ocorrer ruptura total do tendão de Aquiles. Quando isso ocorre, o tratamento cirúrgico pode ser indicado.

Fonte: Minha Vida

Saúde e os seus porquês


Por que a estrutura dos fios de cabelo muda na adolescência?

A modificação no aspecto dos fios pode ocorrer devido a três fatores principais. O primeiro deles é gerado por uma tendência genética. O segundo é devido a alterações hormonais. Nessa fase da vida ocorrem mudanças importantes nos níveis de diversos hormônios que controlam o equilíbrio do corpo, e eles podem interferir na aparência dos fios. Já no terceiro caso, os fatores externos como os tratamentos químicos — tinturas, alisamentos etc. —, podem influenciar a estrutura dos cabelos das jovens.
Quem responde: Francisco Le Voci, dermatologista especialista em cabelos da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Por que a voz das mulheres é mais fina que a dos homens?

Até a puberdade a voz dos meninos e das meninas é bastante parecida. Na adolescência, por causa do aumento dos hormônios estrogênio (mulheres) e testosterona (homens) há um crescimento da laringe, que fica maior nas pessoas do sexo masculino. Esse fator, também associado ao tamanho do trato vocal, e a velocidade em que as pregas vibram por segundo é o que determina se a voz será mais aguda ou grave. Nos meninos, o timbre da voz desce uma oitava, e nas meninas, de dois a três semitons. Ou seja, a laringe humana é como um sino: quanto maior, mais grave — e seu tamanho é ditado sempre por características genéticas.
Quem responde: Keila A. B. Knobel e Ana Carolina Constantini, fonoaudiólogas da UNICAMP.

Por que um seio geralmente é maior que o outro?

A assimetria nessa região é bastante comum, estima-se que 40% das mulheres tenham essa característica. Ela acontece quando um dos botões mamários começa a se desenvolver antes do amadurecimento hormonal, fazendo com que a alteração fique visível quando ambos começam a crescer proporcionalmente (após a menarca). É importante ressaltar que a assimetria não é uma doença e não pode ser tratada com medicamentos. Nos casos em que há muita diferença a única alternativa é a cirurgia plástica. Quando a mulher tem assimetria e está amamentando, recomenda-se que ela use mais o seio menor – para que ele se desenvolva – caso contrário poderá aumentar essa diferença.
Quem responde: Denise Coimbra, ginecologista e membro da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo.

Por que preciso fazer jejum antes de uma cirurgia?

O jejum se dá quando o paciente não come nem bebe num determinado período antes da cirurgia. A principal razão dessa exigência é evitar que o ácido clorídrico do estômago volte pelo esôfago e adentre o pulmão, já que ele estará anestesiado e não conseguirá expeli-lo. Quando isso acontece é necessário terapia intensiva, já que aumenta a probabilidade de sequelas e morbidade — além do próprio risco à vida. No caso de uma cirurgia de emergência, onde a pessoa não está em jejum, a técnica do anestesiologista para proteger as vias aéreas do paciente é diferente. Uma das alternativas é a entubação traqueal com o paciente ainda acordado.
Quem responde: Adimilson Gonzaga, médico anestesiologista do Hospital Samaritano (SP).

Fonte: Revista Viva Saúde

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Como será seu corpo daqui a 100 anos?


Mais alto, mais precoce e mais tecnológico. Nos próximos 100 anos, a humanidade vai seguir um padrão que já foi identificado atualmente. Vamos viver melhor e por mais tempo (a expectativa de vida no Brasil será de 84,3 anos, contra 73,2 hoje). A altura média dos homens vai aumentar, dos atuais 1,75 m para 1,79 m. Nas meninas, a data da primeira menstruação (que foi de 15 anos, em 1900, para 12 anos, em 2011) vai acontecer aos 10 anos, e o organismo vai estar plenamente desenvolvido com 16 (hoje é aos 18). Quem nasceu com a pele clara vai dispensar o bronzeado de praia porque o sol mais forte será perigoso

Minúsculas revoluções
O futuro é da clonagem, da nanotecnologia e dos chips no corpo

NÓS, ROBÔS
Ainda vai demorar uns 30 anos, mas a nanotecnologia promete mudar para sempre nosso corpo. Robôs microscópicos prevenirão o câncer ao evitar a multiplicação das células que sofrerem mutações indesejadas. Também vão circular nas veias e artérias, minimizando casos de infarto e AVC. "A grande inovação dessa tecnologia é atuar no nível celular, em que toda doença começa", diz Robert Freitas Jr., do Institute for Molecular Manufacturing

O FIM DOS TRANSPLANTES
Além de braços e pés, peças fabricadas poderão substituir certos órgãos, como o coração (que nada mais é do que uma bomba bem sincronizada). Rins e pulmões, porém, têm uma estrutura muito mais complexa. Nesses casos, o problema será resolvido com uma impressora de órgãos em 3D, cujo protótipo já funciona no Instituto de Medicina Regenerativa da Universidade Wake Forest, nos EUA

PÍLULAS ESPERTAS
Você vive esquecendo aquele remédio que sua mãe mandou você tomar três vezes ao dia? No futuro, as cápsulas vão ficar no estômago e liberar o medicamento na dosagem e no horário certos. E nem vamos ter que esperar 100 anos para ver isso acontecer: já existem projetos em fases adiantadas de teste. Uma delas está sendo desenvolvida pela Philips

CONSTRUA SEU FILHO
Muita gente não vai aceitar, mas, daqui a 100 anos, a clonagem humana será uma realidade. "Em muitos países, certamente essas técnicas nem serão permitidas. Mas não há dúvida de que a tecnologia vai estar disponível", diz Paul Yock, pesquisador de biodesign de Stanford. Os pais terão a chance de selecionar, antes do nascimento, as características dos filhos - que poderão ser bem diferentes da geração anterior

BELEZA MAGRA
O conceito de beleza já mudou bastante - os antigos romanos, por exemplo, gostavam de pessoas cheinhas. Nas últimas décadas, o Ocidente passou a cultuar a magreza, e o mundo veio atrás. Tudo indica que o magro continuará sendo valorizado. A atual "epidemia de obesidade" será combatida como se faz atualmente com o cigarro: campanhas públicas e muitos impostos sobre alimentos doces e gordurosos

FAZENDO SUA CABEÇA
Hoje já é possível controlar o funcionamento do cérebro usando correntes elétricas que corrijam conexões falhas. No futuro, isso vai ser feito com o uso de chips implantados na cabeça, indicados principalmente para casos de epilepsia. Eles também estarão disponíveis para outras funções - recentemente um canadense sem noção inseriu no braço uma peça eletrônica que abre a porta de sua casa automaticamente

EM TERRA DE CEGO...
Em 2111, só países muito pobres ainda terão deficientes visuais. Isso porque, neste exato momento, já há versões iniciais de olhos biônicos, que capturam a luz e enviam as informações visuais para o cérebro. Nos próximos anos, elas estarão ainda mais avançadas, assim como as cirurgias a laser para correções oftalmológicas. Pode dizer adeus aos óculos de grau!

MUNDO CYBORG
Cadeiras de rodas também vão desaparecer. Próteses atuais já concedem um bom grau de mobilidade - daqui a um século, também serão capazes de simular perfeitamente a textura e a temperatura dos membros originais. Teremos dedos artificiais altamente articulados e chips que "ensinam" os músculos. "É possível até que esses implantes sejam adaptados para fins estéticos ou para dar mais força", diz a engenheira biomédica Jennifer Elisseeff, pesquisadora da Universidade Johns Hopkins

• Desodorante e talco antichulé vão ser coisa do passado. Com a nanotecnologia, as roupas (incluindo as meias) vão controlar a emissão de odores

FONTES Robert Freitas Jr., pesquisador do Institute for Molecular Manufacturing; Jennifer Elisseeff, engenheira biomédica da Universidade Johns Hopkins; Paul Yock, pesquisador de biodesign da Universidade Stanford; IBGE

Fonte: Revista Mundo Estranho - por Tiago Cordeiro

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Alimentação deve ser planejada de acordo com a atividade física


O exercício físico pode ser muito beneficiado pela escolha de alimentos consumidos. Os horários da ingestão da comida devem ser planejados de acordo com os horários dos exercícios. Essa atitude pode alterar significativamente a forma como a pessoa se sente durante o exercício e influencia também os benefícios que serão obtidos com a atividade.

“O momento (do consumo) do nutriente é muito importante. Você não consegue obter o melhor do exercício sem prestar atenção à sua dieta”, afirma o Dr. Shawn Arent, da Universidade Rutgers (EUA). A dieta não precisa ser especial, mas deve sempre ser constituída de alimentos saudáveis e porções de tamanhos adequados ao objetivo da pessoa.

A comida consumida por uma pessoa, assim como o tamanho das porções, variam para cada indivíduo de acordo com peso, objetivos específicos e exercício praticado. Por isso, o acompanhamento com um nutricionista é essencial e extremamente benéfico.

Fonte: Blog da Saúde

Aumento da massa muscular pode reduzir o risco de pré-diabetes


Estudo publicado no The Endocrine Society's Journal, publicação da Sociedade Americana de Endocrinologia e Metabolismo, constatou que uma maior massa muscular total reduz os riscos de a pessoa ter resistência à insulina, principal precursor do diabetes tipo 2.

A resistência à insulina pode elevar os níveis de glicose no sangue, fato que contribui para o desenvolvimento do diabetes. Estudos anteriores mostraram que a massa muscular muito baixa é um fator de risco para a resistência à insulina, mas até agora, nenhum estudo tinha examinado se aumento da massa muscular média e acima da média, independente dos níveis de obesidade, levaria a uma melhor regulação de glicose no sangue.

"Nossas descobertas representam um desvio do foco habitual dos clínicos e seus pacientes, em apenas perder peso para melhorar a saúde metabólica", diz Preethi Srikanthan, autor da pesquisa. "Em vez disso, esta pesquisa sugere que ganhar massa muscular pode ser o caminho", completa.

Os pesquisadores examinaram a associação da massa muscular esquelética com resistência à insulina e doenças metabólicas do sangue, em 13.644 indivíduos. O estudo demonstrou que maior massa muscular em relação ao tamanho do corpo está associada à melhor sensibilidade à insulina e menor risco de diabetes.

"Nossa pesquisa mostra que, além de monitorar as mudanças na circunferência da cintura ou o índice de massa corporal (IMC), a massa muscular também deve ser monitorada”, explica Srikanthan. "Agora, são necessárias mais pesquisas para determinar a natureza e duração do exercício e as intervenções necessárias para melhorar a sensibilidade à insulina e o metabolismo de glicose em indivíduos em risco", completa.

Fonte: EurekAlert! - Bibliomed