sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Você consegue resolver os 10 enigmas de lógica mais difíceis do mundo?

Você gosta de desafios? Então vai gostar desta lista: são 10 exercícios criados para exercitar o cérebro, entre quebra-cabeça, Sudoku e outros menos conhecidos, como Bongard e Fill-a-Pix. Alguns desses enigmas podem ser resolvidos direto na página, outros precisam ser baixados. Mas todos prometem testar suas habilidades e ocupar seus dias.

1. O Sudoku mais difícil do mundo
Sudoku é facilmente o quebra-cabeça mais jogado e analisado do mundo; logo, achar um que seja o mais difícil não é tarefa fácil. Mas o matemático finlandês Arto Inkala afirmou ter criado um. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, na escala de dificuldade pelo qual os Sudoku são classificados, com uma estrela significando mais simples e cinco estrelas o mais difícil, o enigma acima seria classificado com onze.



2. Lógica para quebrar a cabeça
Três deuses – A, B, e C -, em nenhuma ordem particular, são Verdadeiro, Falso e Aleatório. Verdadeiro sempre diz a verdade, Falso sempre fala falsamente, mas se o Aleatório fala verdadeiramente ou falsamente é um assunto completamente aleatório. Sua tarefa é determinar a identidade de A, B, e C fazendo três perguntas de “sim ou não”, e cada questão deve ser dita a exatamente um deus. Os deuses falam inglês, mas vão responder a todas as perguntas em suas próprias línguas, em que as palavras para o sim e não são da e ja, em alguma ordem. Você não sabe qual palavra significa o que.
O lógico e filósofo americano George Boolos inventou o enigma acima, publicado na Revista Harvard de Filosofia, em 1996, e chamou-lhe “o exercício de lógica mais difícil já inventado”. O artigo original pode ser baixado aqui.

3. Outro modelo de Sudoku
O Killer Sudoku é muito semelhante a um Sudoku, exceto que as pistas são dadas como grupos de células mais a soma dos números dessas células. Você pode resolver este enigma aqui.






4. O problema de Bongard
Este tipo de quebra-cabeça apareceu pela primeira vez em um livro do cientista de computação russo Mikhail Moiseevich Bongard em 1967. Para resolver o enigma, você tem que encontrar uma regra em que os 6 padrões do lado esquerdo se adaptem. Os seis padrões a direita não trabalham com esta regra. Por exemplo, o primeiro problema desta página tem como solução: todos os padrões da esquerda são triângulos.

5. CalcuDoku
Um CalcuDoku é semelhante a um Killer Sudoku, exceto que (1) qualquer operação pode ser usada para calcular o resultado de uma “gaiola” (não só a adição), (2) o enigma pode ser de qualquer tamanho de quadrado, e (3) a regra do Sudoku que exige os números de 1 a 9 em cada conjunto de células 3 × 3 não se aplica. CalcuDoku foi inventado pelo professor de matemática japonês Tetsuya Miyamoto, que o chamou de “Kashikoku naru” (esperteza).
Você pode experimentá-lo aqui. Se você não estiver a fim de resolvê-lo sozinho, confira este passo-a-passo.

6. Para refletir
O mais difícil exercício “para refletir”: Criar um sistema de armazenamento que codifica 24 bits de informação em oito discos de 4 bits cada, de tal modo que: combinando 8 * 4 bits para um número de 32, a partir de uma função f de 24 bits para 32, pode ser calculado usando apenas cinco operações, cada uma dos quais está fora do conjunto {+, – * , /,%, &, |, ~} (adição, subtração, multiplicação, divisão inteira, modulo, bit a bit e, bit a bit ou e-bit a bit não) em números inteiros de comprimento variável. Em outras palavras, se cada operação leva um nanossegundo, a função pode ser calculada em 5 nanosegundos; e pode-se recuperar os originais de 24 bits, mesmo depois de 2 dos 8 discos falharem.

7. Enigma de Kakuro
Kakuro combina elementos de Sudoku, palavras cruzadas, lógica e matemática básica em um único exercício. O objetivo é preencher todos os espaços vazios, utilizando números de 1-9 para a soma de cada bloco horizontal igual a pista à sua esquerda, e a soma de cada bloco vertical igual a pista no seu topo. Além disso, nenhum número pode ser utilizado no mesmo bloco mais do que uma vez.






8. Enigma de Martin Gardner
Persistência de um número é o número de passos necessários para reduzi-lo a um único dígito multiplicando todos os seus algarismos para obter um segundo número, depois multiplicando todos os dígitos deste número para se obter um terceiro número, e assim por diante, até que um número de um dígito é obtido. Por exemplo, 77 tem uma persistência de quatro, porque requer quatro etapas para reduzi-lo a um dígito: 77-49-36-18-8. O menor número de persistência 1 é 10, o menor de persistência 2 é 25, o menor de persistência 3 é 39, e o menor de persistência 4 é 77. Qual é o menor número de persistência cinco?
Martin Gardner (1914-2010) foi um popular matemático e escritor americano especializado em ciência matemática recreativa, mas com interesses que abrangiam micromágica, magia de palco, literatura, filosofia, ceticismo científico e religião. Em seu livro “O Livro Colossal de Enigmas Curtos e Problemas”, muitas categorias estão listados em ordem de dificuldade. A descrição acima é do enigma mais difícil do capítulo “Números”.

9. Go
Go é um jogo de tabuleiro para dois jogadores que se originou na China mais de 2.500 anos atrás. O jogo é conhecido por ser rico em estratégia, apesar de suas regras relativamente simples. O problema acima é considerado o mais difícil, que tomou 1.000 horas de um grupo de estudantes de alto nível para resolver.





10. Fill-a-Pix
Fill-a-Pix é um enigma parecido com Campo Minado, baseado em uma grade com uma imagem pixelada escondida dentro. Usando a lógica por si só, você determina quais espaços são pintados e quais devem permanecer vazios até que a imagem oculta seja completamente exposta. Lógica avançada do Fill-a-Pix, tais como o exercício acima, contém situações onde duas pistas simultaneamente afetam uma a outra, assim como os quadrados em torno dela, tornando estes enigmas extremamente difíceis de resolver.
Fill-a-Pix foi inventado por Trevor Truran, um professor de matemática do ensino médio e ex-editor da Hanjie e várias outras revistas britânicas famosas publicadas pela mídia de enigmas. Você pode jogá-lo online aqui[Gizmodo]

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

12 sinais de que você está prestes a ter um ataque cardíaco

Ao contrário do que normalmente é mostrado em filmes e seriados, um ataque cardíaco nem sempre é rápido e intenso: na verdade, a maioria começa devagar, e os sinais podem aparecer horas ou até mesmo dias antes do ataque propriamente dito.

Se você tem algum fator de risco para doenças cardíacas (colesterol ou pressão altos, obesidade, diabetes, uso de tabaco ou histórico familiar) é bom conhecer os possíveis indícios.

“As pessoas normalmente não querem admitir que estão velhas ou doentes o bastante para terem um problema no coração”, lamenta o cardiologista David Frid.

Dieta balanceada, rotina de exercícios, acompanhamento regular com um especialista e conhecimento de indícios são excelentes ferramentas para evitar (ou sobreviver a) um ataque cardíaco.

Nota: “cautela” não deve ser confundida com “paranoia”; é importante entender que esses sintomas podem surgir por conta de outras situações.

1. Ansiedade
Um ataque cardíaco pode fazer com que a pessoa se sinta extremamente ansiosa.

2. Desconforto no tórax
Nem todo ataque cardíaco causa dor no tórax (e, claro, nem toda dor no tórax é causada por um problema no coração), mas esse é um sintoma possível. Além disso, a sensação pode não ser necessariamente de dor, mas também de pressão ou de “queimação” – mais comum em mulheres do que em homens.

3. Tosse
O ataque cardíaco pode levar a um acúmulo de líquido no pulmão e, por consequência, causar tosse ou ruído.

4. Vertigem
Se o coração não bombear sangue suficiente para o organismo (um possível sintoma tanto de ataque cardíaco como de arritmia), a pessoa pode sentir vertigem e até mesmo perder a consciência.

5. Fadiga
Esse sintoma é mais comum entre mulheres e pode ocorrer tanto na hora do ataque como dias ou semanas antes.
É normal se sentir cansado depois de fazer esforço físico, claro, mas no caso de um ataque cardíaco o cansaço é intenso, repentino e não tem motivo aparente.

6. Náusea ou falta de apetite
Um dos sintomas de ataque cardíaco é o inchaço abdominal, que pode fazer com que a pessoa se sinta enjoada ou sem fome.

7. Dor em outras partes do corpo
Além do tórax, outras regiões podem apresentar dor por conta de um ataque cardíaco: ombros, braços, mandíbula, pescoço e abdômen. Entre homens, é comum que a dor seja no braço esquerdo; entre mulheres, é comum que seja nos dois braços.

8. Pulsação rápida ou irregular
De vez em quando, é normal sentir o coração acelerar. Contudo, se a aceleração for acompanhada por fraqueza, tontura ou respiração curta, pode ser indício de um problema cardíaco (ataque, arritmia).

9. Respiração curta
Comum entre pessoas com problemas pulmonares, como asma, pode ser um sintoma de um ataque do coração.

10. Suadouro
Começar a suar sem motivo é um possível indício de ataque cardíaco.

11. Inchaço
Problemas no coração podem causar retenção de líquido no organismo e, portanto, inchaço em algumas regiões do corpo (normalmente nos pés, nos tornozelos, nas pernas ou no abdômen).

12. Fraqueza
Durante o ataque (ou mesmo dias antes), a pessoa pode sentir uma fraqueza intensa, repentina e sem motivo aparente. [WebMDHeart.org]

20 melhores exercícios para perder peso

Natação, corrida, ciclismo e caminhada são algumas das opções

Perder peso é o desejo de quase todas as mulheres que estão (ou consideram estar) com uns quilinhos a mais. Porém, a tarefa nem sempre é fácil. Emagrecer exige disciplina e persistência. Uma boa alimentação é a base de tudo, mas não é segredo para ninguém que as atividades físicas podem dar uma forcinha nesta batalha contra a balança!

De acordo com Leandro Galende, bacharel em Esporte pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), o procedimento mais indicado para provocar impacto positivo no controle de peso corporal é praticar os chamados exercícios aeróbicos, com esforços de média a longa duração, de caráter dinâmico, em ritmo constante e de intensidade moderada. “Neste sentido, a caminhada, a corrida, o ciclismo e a natação são grandes aliados para as mulheres que desejam reduzir a quantidade de gordura corporal”, destaca.

Abaixo você confere uma lista com essas e outras atividades excelentes para perder peso:

1. Corrida
A corrida é uma modalidade de exercício físico muito conveniente aos programas de controle de peso corporal, conforme explica Leandro Galende. “Uma das vantagens é a maior demanda energética para a prática da corrida, diminuindo, assim, o tempo para se alcançar os resultados desejados, se comparada a outras formas de exercício físico”, diz. Com a corrida, dependendo da intensidade, é possível gastar cerca de 500 calorias por hora.

2. Natação
A natação é, sem dúvida, um exercício ótimo para perder peso, especialmente no verão, quando as pessoas se sentem mais motivadas a ir às aulas que, além de tudo, refrescam. “A natação traz como fator positivo a flutuabilidade que, no meio aquático, reduz a sobrecarga articular. Como a água oferece mais resistência do que o ar, a natação ainda provoca um bom ganho na massa muscular”, destaca Leandro Galende. É possível gastar até 800 calorias em uma hora de aula.

3. Ciclismo
O ciclismo pode ser praticado de forma tradicional ou em bicicletas indoor, destaca Leandro. “Nesse tipo de atividade, a sobrecarga imposta nas articulações de sustentação do peso corporal é mínima, minimizando o risco de lesão”, diz o profissional. Andar de bicicleta ao ar livre é, além de tudo, uma ótima opção de lazer. E a boa notícia é que, dependendo da intensidade em que se pedala, é possível queimar de 500 a 1000 calorias por hora.

4. Spinning
Ainda dentro da proposta de pedalar, as aulas de Spinning, realizadas hoje na maioria das academias de todo o Brasil, são ótimas para quem quer perder peso. “Um lado positivo das aulas de bike indoor é o fato do aluno poder ter o controle de carga e intensidade ajustado às suas necessidades”, destaca Leandro Galende.

5. Caminhada
Embora algumas pessoas duvidem, a caminhada é, sim, uma grande aliada para pessoas que querem perder peso. “A caminhada é recomendada para as mulheres que procuram sair do sedentarismo ou para aquelas com excessiva quantidade de peso corporal e que não toleram esforços físicos mais intensos. Por gerar menor impacto articular, diminui o risco de lesões”, diz o profissional Leandro.
Se for feita de forma moderada (não muito devagar), pode proporcionar um gasto de, aproximadamente, 350 calorias por hora.

6. Step
O step é uma atividade aeróbica que se utiliza de uma plataforma (chamada step; em português, degrau), na qual a praticante pode fazer diversos movimentos, de modo geral, subindo e descendo dela. O exercício tonifica especialmente as pernas, quadris e bumbum. Pode queimar até 800 calorias em uma hora, dependendo do ritmo da atividade.

7. Tênis
É um esporte que, além de queimar calorias, ajuda a tonificar coxas e pernas. Exige movimentos rápidos, bastante atenção e ainda proporciona socialização entre os jogadores. Pode queimar até 800 calorias por hora.

8. Elíptico
O Elíptico pode ser definido como um simulador de caminhadas sem impacto, mas, além de proporcionar movimentação das pernas, o aparelho possui braços que podem proporcionar um trabalho de membros superiores simultaneamente aos inferiores. Com o Elíptico, fica a seu critério a intensidade do exercício, assim, é possível alcançar um treino com grande ganho de resistência e alto índice de queima calórica (até 600 calorias por hora).

9. Remo
O remo é uma excelente maneira de tonificar os braços e, também, uma atividade muito prazerosa. Queima até 600 calorias por hora, melhora a postura, alivia o estresse e aumenta massa muscular. Pode ser feito em locais abertos ou simplesmente com a máquina de remo na academia.

10. Dança
Talvez essa seja uma das maneiras mais divertidas de se perder peso. A dança trabalha com todo o corpo e ajuda a aliviar e/ou evitar o estresse. Mas atenção, a atividade deve ser feita por pelo menos uma hora, em ritmo intenso (nada de enrolação!). Assim é possível queimar entre 600 e 800 calorias.

11. DVD de exercício
Assistindo e seguindo corretamente as instruções de um DVD de exercícios físicos é possível queimar cerca de 300 calorias em uma hora. O lado positivo da atividade é que pode ser feita no conforto do lar.

12. Andar a cavalo
Não é todo mundo que tem um cavalo à disposição. Mas andar a cavalo uma vez por semana é uma boa maneira de se manter em forma e também de fazer um passeio agradável, observando a natureza. A atividade pode proporcionar o gasto de mais de 200 calorias por hora, além de ajudar na tonificação do bumbum, abdômen e coxas.

13. Jump
As aulas de Jump (em que a praticante pula/dança sobre uma cama elástica) têm feito muito sucesso nas academias, inclusive pelo alto gasto calórico que proporcionam. Em uma hora de atividade é possível queimar de 300 a 600 calorias, dependendo do ritmo das coreografias.

14. Zumba
Esta é uma atividade recente que têm feito muito sucesso entre as mulheres que querem perder peso ou, simplesmente, gostam de se exercitar. A aula de Zumba mistura diversos movimentos e ritmos, tornando-se uma atividade prazerosa e que pode queimar cerca de 500 calorias por hora.

15. Lutas
As lutas, como Boxe, Muay thai e Jiu jtisu, já se tornaram febre na maioria das academias. Além de promoveram algo gasto calórico (cerca de 600 calorias por hora), ajudam a definir o corpo e a aliviar o estresse.

16. Ioga
O alongamento é bom para o corpo e para a alma. O que pouca gente sabe é que praticar Ioga também pode ajudar as pessoas que querem perder peso! Além de melhorar a flexibilidade, diminuir dores musculares, é possível queimar cerca de 180 calorias por hora nessas aulas.

17. Futebol
Jogar futebol, ainda que informalmente, é uma maneira maravilhosa de queimar calorias (cerca de 400 por hora) e, logo, perder peso.

18. Musculação
As atividades de força feitas na academia, associadas a exercícios aeróbicos, são essenciais para perder peso, além de aumentarem a massa magra e modelarem todo o corpo da mulher.

19. Jardinagem
Pouca gente sabe, mas cuidar do jardim pode queimar cerca de 200 calorias por hora. Mas é preciso se proteger do sol e se manter hidratada, tomando muita água!

20. Limpar a casa
Que tal unir o útil ao agradável? Limpando a casa você pode gastar cerca de 200 calorias por hora. Para dar um ânimo a mais à atividade, faça uma seleção de músicas agradáveis e dance enquanto varre, tira o pó etc. A tarefa tende a se tornar mais divertida.

Fonte: http://www.dicasdemulher.com.br/20-melhores-exercicios-para-perder-peso/ - Por Tais Romanelli - Foto: Thinkstock

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que a falta de ar pode esconder

Uma série de problemas — alguns deles graves e nem sempre ligados ao aparelho respiratório — é capaz de sabotar o fôlego nosso de cada dia. Saiba em que situações é preciso ficar esperto

Oxigênio é uma daquelas coisas às quais a gente só dá valor quando sente falta. E, embora isso possa ocorrer ao subirmos alguns lances de escada ou praticarmos esporte, convém ter em mente, sobretudo com a chegada do inverno, que uma porção de doenças atinge direta ou indiretamente a capacidade de respirar. É propício fazer esse aviso quando a temperatura cai por diversas razões, que afetam tanto pessoas saudáveis como quem já tem um distúrbio no sistema respiratório, caso de asma, rinite ou bronquite. "No frio, costumamos ficar mais em ambientes fechados, que favorecem a contaminação por micróbios, e o ar gelado e seco agride as vias aéreas, facilitando a ação de bactérias e vírus", explica o médico Jairo Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Não é à toa que, antes de a estação dos termômetros baixos começar, são realizadas campanhas de vacinação contra gripe e pneumonia, bem como alertas para o controle da asma. No Brasil, a infecção pelo vírus influenza H1N1, por exemplo, esteve por trás de 2 614 internações no ano passado, sendo que 351 casos terminaram em morte. O cenário para os asmáticos, então, é de perder o fôlego. Com base em levantamentos dos últimos anos, a SBPT estima que a asma mate seis pessoas por dia no país. "Isso reflete o fato de que mais de 90% dos indivíduos com o problema não seguem rigorosamente as orientações do médico", justifica Araújo. Como as crises são mais frequentes em período de frio e ar seco, esse é o momento para não hesitar em adotar o tratamento a fim de prevenir falta de ar e outras complicações.

Apesar de entrarmos na temporada mais perigosa para o aparelho respiratório, é nosso dever informar que o sufoco para obter oxigênio pode estar relacionado a falhas em outros cantos. "Diagnosticar a origem da falta de ar deve ser uma preocupação constante nos hospitais, até porque alguns casos refletem doenças graves. Embora as causas mais comuns sejam problemas pulmonares, ela pode ser sintoma de males cardíacos e refluxo", diz o cardiologista João Fernando Ferreira, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, a Socesp. É claro que, se você é sedentário e quer apostar uma corrida, vai sofrer as consequências ao peito. Mas, se o fôlego for desaparecendo sem motivo, é preciso correr, só que para o médico. Rastreamos, a seguir, 12 problemas que, em comum, acarretam boicotes ao entra e sai de ar.

Infecções respiratórias
Quando a gripe nos pega, a falta de ar pode aparecer junto a outros sintomas nada agradáveis: febre, tosse, secreção nasal, cansaço, dor de cabeça... O vírus influenza invade o corpo e se instala nas vias aéreas, provocando uma reação inflamatória. O aumento de muco na região e a diminuição do calibre de brônquios e bronquíolos — tubos que levam o ar para as profundezas dos pulmões — respondem pela baixa no fôlego. "Por isso, ao primeiro sinal da gripe, procure atendimento médico", aconselha o pneumologista André Albuquerque, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para preveni-la, recomenda-se tomar a vacina e lavar as mãos constantemente. Se a gripe é mal tratada, assim como outras infecções respiratórias, podem se abrir as portas à pneumonia, geralmente deflagrada por bactérias que chegam aos pulmões. Ela é uma das principais causas de internação no país e, muitas vezes, difícil de ser controlada. Diante de falta de ar e incômodos no peito, o pronto-socorro é bem-vindo.

Bronquite crônica
A inflamação dos brônquios costuma ser causada por reações alérgicas a poeira, ácaros ou fungos. Ao entrarem em contato com eles, as estruturas pulmonares ficam mais contraídas e emperram o trânsito de oxigênio. Além disso, há um aumento na secreção de muco, que pode entupir a passagem de ar pelos brônquios. Bronquites tendem a acompanhar o indivíduo ao longo da vida e as crises são mais frequentes na infância e na adolescência. Além da falta de ar, geram tosse, expectoração, dor e chiado no peito. "Em tempos de frio e baixa umidade, é importante hidratar as vias respiratórias com inalação e soro fisiológico", sugere Albuquerque. Para os períodos críticos, os especialistas receitam anti-inflamatórios, broncodilatadores e, caso bactérias se aproveitem da confusão nos pulmões, antibióticos.

Asma
Segundo cálculos da SBPT, cerca de 20 milhões de brasileiros teriam o problema, também marcado por inflamação nos brônquios e presença de muco ali. O chiado no peito, um de seus sinais, significa que o ar está percorrendo um tubo estreito demais. Se esse caminho se fecha, vem a falta de ar. "Temperaturas baixas,  clima seco, infecções e contato com ácaro e pelos de animais são os gatilhos das crises", alerta a pneumologista Marcia Pizzichini, coordenadora da Comissão de Asma da SBPT. O segredo para o fôlego não deixar o asmático na mão nem impor hospitalizações — foram 174 500 no Brasil em 2011 — é seguir à risca o tratamento, que prevê anti-inflamatórios inaláveis diariamente. "São remédios seguros e que permitem ao indivíduo ter uma vida normal", garante Marcia.

DPOC
A doença pulmonar obstrutiva crônica reúne duas encrencas derivadas da inalação de fumaça: a já citada bronquite e o enfisema pulmonar, que é a morte dos alvéolos, encarregados das trocas gasosas. "Noventa por cento dos casos estão associados ao tabagismo, sendo que, em média, demoram 20 anos para o problema aparecer", diz o pneumologista Oliver Nascimento, vice-presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. A grande questão que cerca a DPOC é o fato de o fumante pensar que tosse, pigarro e falta de ar são aspectos inerentes ao vício. Quanto mais tarde é feito o diagnóstico, menor a chance de minimizar a situação — já que não dá para reverter totalmente os estragos. "O principal tratamento é parar de fumar, seguido de condutas como vacinação e atividades físicas. Também entramos com medicamentos que dilatam os brônquios", explica Nascimento. Prevenir a DPOC não tem mistério: fuja do cigarro, inclusive se for só nos finais de semana, e dos fumantes.

Câncer de pulmão
Eis outro mal estreitamente ligado ao tabaco — oito em cada dez pessoas com a doença fumaram ou tinham contato assíduo com a fumaceira. "Ele é o terceiro tipo mais comum de câncer e um dos mais agressivos, daí sua alta mortalidade", diz o oncologista Jefferson Luiz Gross, diretor do Núcleo de Pulmão e Tórax do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo. Ainda se suspeita que outros agentes, como poluentes, elevem seu risco. Não é fácil diagnosticá-lo precocemente porque seus indícios, caso da tosse e da falta de ar, são encarados como manifestações comuns ao ato de fumar. Assim, o indivíduo só procura ajuda quando vive sem fôlego ou expele sangue nas tossidas. "De uns anos pra cá, estudos sugerem a realização anual de tomografias do tórax a toda pessoa acima de 50 anos que fuma ou já fumou", conta Gross. É um jeito de identificar cedo o tumor para derrotá-lo.

Hipertensão pulmonar
Essa é uma doença rara, que compromete muito a qualidade e a expectativa de vida. Ela nada tem a ver com a pressão alta sistêmica. Aqui, o aperto acontece só nos vasos pulmonares. Problemas cardíacos, respiratórios e infecções podem estar por trás dele, e uma de suas principais versões, a hipertensão arterial pulmonar (HAP), não costuma ter causa definida. "O aumento da pressão nas artérias dos pulmões sobrecarrega o coração. Com o tempo, o órgão se cansa e o paciente pode desenvolver insuficiência cardíaca", explica o pneumologista Daniel Waetge, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por isso que o ecocardiograma é uma das formas de rastrear a doença. A HAP rende falta de ar, cansaço, palpitações, inchaços nos pés ou na barriga e até lábios roxos. Bem limitante, se o tratamento demora, pode cobrar uma vida curta ligada a um aparelho de oxigênio. "A terapia dispõe de algumas classes de remédios, mas ainda não temos todas elas no Brasil", diz Waetge.

Rinite
Se você nunca passou por isso, acredite: uma das piores sensações do mundo é não conseguir respirar e dormir por causa de um nariz entupido. A famigerada rinite é bem mais popular entre indivíduos alérgicos, mas pode pintar também em função de gripes e resfriados. Além de tampar as narinas, costuma desatar coriza e coceira na região — daí a imagem do nariz todo vermelho. "Ocorre uma inflamação no tecido que reveste lá dentro, acompanhada de um aumento no volume de sangue, o que dificulta ou corta a passagem do ar", explica o otorrinolaringologista Reginaldo Fujita, da Universidade Federal de São Paulo. Para escapar dela, lave o nariz com soro fisiológico diariamente e tome cuidado com mudanças bruscas de temperatura. "E nunca use sem orientação médica soluções nasais com vasoconstritores, porque elas podem provocar aumento da pressão e arritmia", avisa Fujita.

Transtornos psiquiátricos
Desordens como síndrome do pânico, ansiedade e claustrofobia costumam travar a entrada e a saída de ar do organismo. "Isso está relacionado a uma reação de defesa natural. Uma descarga de neurotransmissores faz o coração bombear mais sangue, preparando o corpo para as duas decisões cabíveis num momento de perigo: fugir ou lutar", diz o psiquiatra Sérgio Tamai, da Associação Brasileira de Psiquiatria. A consciência de uma situação ameaçadora estimula algumas regiões do cérebro, como a amígdala, que faz as escolhas, e o sistema nervoso autônomo, responsável por ações automáticas, como a respiração. Por isso, além de propiciar falta de ar, é comum que haja o aumento da pressão arterial, taquicardia e excesso de transpiração, assim como vontade de urinar ou evacuar. "Em alguns quadros psiquiátricos, a amígdala está descalibrada e pequenos estímulos já são capazes de gerar reações mais intensas", conta Tamai. Para controlar tais distúrbios, que costumam impactar no comportamento, os médicos prescrevem antidepressivos e ansiolíticos, além de sugerir psicoterapia e até mesmo meditação.

Panes no coração
A insuficiência cardíaca é a segunda causa mais comum de falta de ar — só fica atrás dos problemas respiratórios em si. Ela se caracteriza pela incapacidade de o órgão bombear sangue para o resto do corpo. Com o tempo, o músculo cardíaco fica flácido e uma parte do líquido vermelho acaba represada lá nos pulmões. "Os brônquios e bronquíolos ficam úmidos e isso dificulta a troca de gases, o que leva a uma dificuldade de difundir oxigênio no sangue e retirar gás carbônico", explica o cardiologista João Fernando Ferreira, da Socesp. Como os problemas no coração são os maiores causadores de mortes no mundo todo, o conselho é fazer o checkup anual e ficar atento a manifestações que podem aparecer junto com a falta de ar, como pressão alta, palpitação e dor no peito. "A primeira coisa a fazer é detectar e tratar a disfunção que está causando os sintomas. O problema pode estar nas válvulas, nos vasos ou no próprio músculo cardíaco", orienta Ferreira.

Excesso de peso
Para quem ainda resiste em tachar a obesidade de doença, leia esta: pesquisas mostram que ela acaba com o fôlego por motivos bem fisiológicos. "A barriga espreme os pulmões, limitando sua capacidade de trabalho", diz Marcia Pizzichini, professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Pior: há indícios de que o tecido gorduroso que fica no ventre fabrica substâncias inflamatórias capazes de agravar problemas respiratórios, como a asma. Sem falar que quilos a mais baixam a imunidade, colaborando, sem querer, para infecções. A mensagem é curta: busque emagrecer ou se manter no peso ideal.

Refluxo gastroesofágico
Ele é motivado pela volta constante de comida do estômago para o esôfago e seus
principais sintomas são regurgitação, queimação e uma forte dor no peito — muitas vezes, esse incômodo é confundido até com infarto, dada a sua intensidade. A falta de ar, bem como pigarro, rouquidão e tosse, são algumas das manifestações mais atípicas do refluxo. "O retorno da massa alimentar irrita as paredes do esôfago. Um dos reflexos disso são espasmos involuntários nos pulmões, capazes de tirar o fôlego", conta o gastroenterologista Ary Nasi, do Fleury Medicina e Saúde. Em crianças e idosos, o conteúdo regurgitado pode até vazar para a dupla de órgãos que capitaneiam o sistema respiratório. "E isso, por sua vez, atrapalha o trabalho dos brônquios", complementa Nasi, que também é membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia. O tratamento do refluxo atua em três frentes: diagnóstico adequado, por meio de endoscopias, mudanças alimentares, como o menor consumo de comidas gordurosas, e medicamentos. Se todas as etapas forem cumpridas, é bem provável que o refluxo — e a falta de ar — desapareça.

Problemas no diafragma
Um dos principais responsáveis pela respiração, o músculo que faz a divisão do peito e do abdômen também pode ficar com defeitos, embora isso seja bem raro. Na chamada eventração, o diafragma invade o tórax e deixa de realizar sua função, cortando o fôlego. Tumores, hérnias, lesões nos nervos e rupturas do tecido muscular também repercutem no diafragma, pressionando os pulmões. Por serem situações não tão frequentes, quando alguém chega ao hospital com falta de ar, os médicos investigam primeiro as causas mais habituais, como doenças respiratórias e cardíacas. "Descartados os principais suspeitos, começamos a investigar esses outros motivos", esclarece Nasi.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0365/medicina/problemas-falta-ar-747873.shtml?origem=home - por André Biernath e Diogo Sponchiato | fotos Deborah Maxx

Alimentação correta ajuda a preservar a memória e o aprendizado

O consumo de certos nutrientes, associado à prática de atividade física, ajuda o cérebro a funcionar melhor

Por mais que a ciência evolua, não tem jeito, o processo de envelhecimento dos seres humanos continua sendo, até agora, irreversível. Enquanto tratamentos estéticos e produtos de beleza têm conseguido ao menos retardar os efeitos do tempo externamente, como fazer para conseguir evitar a deterioração do cérebro e da memória, por exemplo? Uma das estratégias é ter uma alimentação saudável.

"Recentemente, um grande estudo publicado em uma revista de neurologia mostrou que indivíduos que tinham como hábito fazer a dieta do mediterrâneo, que basicamente consiste em consumir peixes de águas frias, frutas frescas e azeite de oliva in natura, tiveram um declínio das funções cognitivas significativamente menor quando comparados com pessoas que consumiam outras dietas", conta o neurologista André Felício, com pós-doutorado na University of British Columbia, no Canadá.

Segundo a pesquisa, a dieta mediterrânea pode reduzir os riscos de os indivíduos virem a sofrer de problemas de memória com o passar do tempo. A pesquisa foi descrita como "o mais amplo estudo do tipo feito até agora" e se baseou na informação dietética de 17.478 afro-americanos e caucasianos com média de idade de 64 anos. Os adeptos da dieta mediterrânea foram 19% menos propensos a desenvolver problemas em suas habilidades de memória e raciocínio do que pessoas que não comem estes alimentos.

A nutricionista Ariane Machado Pereira, da Naturalis, também defende o consumo de peixes, pela presença do ômega 3 em sua composição. Trata-se de um ácido graxo poli-insaturado adquirido por meio da alimentação que é precursor do ácido docosa-hexaenóico (DHA).

"O DHA é um ácido graxo ômega 3 com participação ativa na formação e manutenção do sistema nervoso e na constituição dos neurônios (células responsáveis pela transmissão de informações no cérebro). Além disso, com o envelhecimento do indivíduo, há um aumento do estresse oxidativo, que atua reduzindo os níveis do DHA no cérebro. Esse processo resulta em uma diminuição desses ácidos graxos, assim como ocorre em maior intensidade nas doenças como alzheimer, parkinson e na esclerose lateral amiotrófica. Por isso, o peixe é ótimo para ser inserido na alimentação", afirma a nutricionista.

Ela acrescenta que a suplementação com óleo de peixe, que contém alta concentração de DHA, pode ajudar na memória porque o ácido é um dos maiores constituintes do tecido nervoso.

"O aumento do seu consumo é importante para a formação e na função do sistema nervoso, particularmente do cérebro. Ele participa da comunicação entre os neurônios por meio da geração de impulsos nervosos. Já os fosfolipídios (principais componentes das membranas celulares) também estão relacionados com uma melhora na memória, pois desempenham inúmeras funções benéficas no organismo e mantêm a integridade das células."

Funções cognitivas

Um outro alimento destacado por Pereira é a lecitina de soja,  por ser fonte de fosfolipídios, dentre eles a fosfatidilcolina, a fosfatidiletanolamina, o fosfatidilinositol e a fosfatidilserina. "Esta última é encontrada em grande quantidade nas células do cérebro, onde está relacionada à função das células cerebrais. Diversos estudos mostram que essa substância melhora as funções cognitivas, como o aprendizado, a memória, a atenção e o raciocínio", afirma.

A fosfatidilcolina, frisa a nutricionista, fornece a colina, uma vitamina essencial do complexo B que participa da formação da acetilcolina, um neurotransmissor (mensageiro do cérebro).

O neurologista é mais comedido: "Além de suplementos 'naturais', como o óleo de peixe, óleo de coco e lecitina de soja, existem diversos outros compostos que associam vitaminas, ômega 3, outros antioxidantes, aminoácidos, etc., e que teriam o potencial de melhorar as conexões nervosas em indivíduos com problemas como a doença de Alzheimer. Embora do ponto de vista teórico esses suplementos façam bastante sentido, do ponto de vista prático, além da barreira econômica (são caros) faltam ainda estudos que comprovem sua real eficácia ao longo do tempo, doses e segurança", diz.

Num item ambos concordam: as vitaminas ajudam muito. "De um modo geral, elas são essenciais para o organismo, em particular para o adequado funcionamento do cérebro. Participam de diversos processos intracelulares, são antioxidantes e cofatores de reações químicas", fala Felício. Pereira acrescenta: "A vitamina D, por exemplo, auxilia na regeneração dos neurônios e regula a fixação do cálcio em receptores importantes para a formação da memória. Alimentos que são fontes: óleo de fígado de bacalhau, peixes e leite fortificado".

O que evitar

Gorduras saturadas, açúcar e carne vermelha em excesso e o consumo de álcool são grandes vilões quando se trata do cérebro e, em particular, da memória. Felício afirma que, além do efeito deletério para a saúde de um modo geral, levando a dislipidemia (aumento do colesterol e triglicérides), obesidade, diabetes e um significativo aumento do risco de acidentes vasculares encefálicos, esses itens aceleram o envelhecimento, uma vez que criam um microambiente tóxico para o tecido nervoso.

A nutricionista afirma que a gordura saturada proveniente do consumo excessivo de alimentos industrializados pode acelerar a perda de memória por processo inflamatório, afetando o funcionamento das células nervosas. Já o consumo exagerado de açúcar, através de alimentos ricos em carboidratos simples (de fácil absorção), eleva rapidamente a produção de insulina, desencadeando reações químicas que agridem as células cerebrais.

Ela lembra que a carne vermelha ajuda a memória, mas seu consumo excessivo pode estimular a produção de substâncias tóxicas para os neurônios. É o caso da homocisteína, um composto que aumenta significativamente a oxidação por radicais livres, podendo ser um fator de risco a longo prazo para o desenvolvimento de doenças como o alzheimer. Já o consumo excessivo do álcool pode causar um deficit temporário de memória, atenção e aprendizado, levando à morte de neurônios e prejudicando a formação de novas células cerebrais.

"Uma alimentação equilibrada, composta por nutrientes que atuam no bom funcionamento cerebral, associada à prática de atividade física, com certeza ajudará positivamente na memória, na concentração e na prevenção de doenças degenerativas progressivas do cérebro, levando em consideração os aspectos genéticos de cada individuo", finaliza a nutricionista.
Idosos

As principais causas da perda de memória são as doenças neurodegenerativas (em que ocorre a destruição progressiva e irreversível de neurônios, as células responsáveis pelas funções do sistema nervoso).  "As doenças ocorrem normalmente em indivíduos idosos, acima de 65 anos. Mas existem outras causas potencialmente tratáveis, como hipotireoidismo descompensado, hematoma subdural crônico, deficiência multivitamínica, entre outras", afirma Felício.

É bom lembrar que problemas de memória não afetam apenas pessoas mais velhas. E Felício comenta que, em idosos, nem sempre a perda de memória pode significar sinais do mal de Azheimer, por exemplo. Embora a doença seja a principal causa de perda de memória em indivíduos desta faixa etária, é preciso uma cuidadosa avaliação médica desses casos a fim de se buscar diagnósticos diferenciais. Já em pessoas jovens, devem ser pesquisados transtorno do deficit de atenção e hiperatividade, transtorno de ansiedade e depressão.

O neurologista alerta que, quando a perda de memória interfere nas atividades cotidianas da pessoa e é percebida como um problema por seus familiares e amigos próximos ou pelo próprio paciente, é fundamental procurar ajuda médica. "Obviamente, muitos procuram auxílio antes disto e neste momento o médico tem uma função especial de esclarecer e orientar", encerra.