quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Conheça sete tratamentos estéticos para derreter a gordura localizada



Criolipólise e ultrassom são algumas das técnicas eficazes no combate aos pneuzinhos

O acúmulo de gordura em algumas áreas específicas do corpo é tão comum que a busca por tratamentos que amenizem o problema é cada vez maior. "Tudo o que comemos além do necessário vai sendo estocado como gordura localizada", conta o dermatologista Cláudio Mutti, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. As áreas mais comuns de depósito de gordura nas mulheres são abdômen, flancos - os famosos "pneuzinhos" - e culotes. 

Há ótimas opções para amenizar essa gordura, mas vale lembrar que não tratam sobrepeso e obesidade. "Nada substitui uma vida regrada com boa alimentação e atividade física", afirma o médico. Associe esses bons hábitos aos melhores tratamentos estéticos e colha resultados mais rápidos.

Criolipólise
Desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard, essa técnica usa baixas temperaturas para acabar com a gordura localizada. O aparelho é colocado na superfície da pele e a camada gordurosa é congelada até temperaturas negativas. Cláudio Mutti explica que, em contato com a baixa temperatura, as células de gordura - chamadas de adipócitos - se rompem totalmente. Em consequência, o corpo entende que elas não fazem mais parte do organismo e as expele naturalmente.
Em até três meses após a sessão, entre 20 e 25% da área submetida ao tratamento estético será eliminada. Esse tratamento está contraindicado a gestantes, a quem tem alergia ao frio, caso exista tumores no local em que será aplicada a técnica ou se se houver flacidez. 

Ultrassom
O ultrassom emite ondas sonoras que promovem vibrações mecânicas nos tecidos subcutâneos. "Essas vibrações aumentam a circulação local e alteram a permeabilidade da membrana das células de gordura, favorecendo o extravasamento do seu conteúdo que será reabsorvido e eliminado pelo organismo", explica a fisioterapeuta Renata Klein, do Centro de Bem-Estar Levitas, de São Paulo.
É um tratamento muito eficaz, que pode ser associado a outros tratamentos e até mesmo utilizado juntamente com medicamentos lipolíticos (que auxiliam na quebra de gordura). A técnica é contraindicada para gestantes e portadores de próteses metálicas, marca-passo, tecidos neoplásicos ou diabetes. 

Carboxiterapia
"Costumo classificar a carboxiterapia como um tratamento que é bom para várias alterações estéticas, mas não é ótimo para nenhuma", conta Cláudio Mutti. A técnica é feita através da aplicação de injeções de gás (CO2) na área a ser tratada. Haverá um aumento da circulação local para eliminar o gás. Com aumento de chegada de sangue, haverá mobilização de gordura da área tratada, além do aumento da produção de colágeno.
O especialista recomenda aos pacientes interessados neste tratamento que recorram a locais que tenham ótimas condições de higiene e pessoas gabaritadas para fazer o procedimento. "Como se tratam de técnica feita com agulhas, devem ser tomados todos os cuidados com contaminação", explica.  

Endermologia
A endermologia faz uma espécie de sucção do tecido tratado, rompendo células de gordura ou provocando o seu remodelamento. Além disso, ela destrói as fibras endurecidas que caracterizam os nódulos de celulite em grau adiantado. Todo esse estímulo também melhora a drenagem de líquidos no corpo todo. "Os resultados são, quase sempre, muito bons", conta a fisioterapeuta Renata.
A técnica trabalha mais no remodelamento das células de gordura do que na sua destruição. Também é indicada para tratar celulite, gordura localizada, reafirmação cutânea, contornos da silhueta e intervenção pós-cirúrgica (amenizando fibroses decorrentes de lipoaspiração, por exemplo). É contraindicada para pessoas com varizes, pessoas com menos de 40 dias de pós-operatório e gestantes. Os resultados costumam ser observados após 10 sessões. 

Intradermoterapia
"A intradermoterapia pode ajudar no tratamento de gordura localizada, mas deve ser coadjuvante a outros tratamentos, já que seus efeitos são pobres", explica Cláudio Mutti. Ela é feita através de injeções com substâncias lipolíticas - que promovem a quebra da gordura - aplicadas com pequenas agulhas em múltiplos pontos na área de tratamento. Como contraindicações, temos: alergias aos medicamentos usados, tumores locais, lesões na pele, infecções locais e gestação. 

Lipocavitação
A lipocavitação é um ultrassom que produz ondas de baixa frequência que, como diz o nome, provocam cavitações, ou seja, cavidades dentro das células de gordura. Isso provoca o rompimento das células de gordura, que são eliminadas pelo sistema linfático.
O tratamento é contraindicado para gestantes e em casos de diabetes, alterações nos rins ou fígados, doenças cardíacas, tromboses, alterações importantes de colesterol ou triglicérides, histórico de tromboembolismos, próteses metálicas, febre, dermatites, entre outros. A fisioterapeuta Renata também lembra que é necessária uma avaliação criteriosa antes do início do tratamento. 

Radiofrequência
A radiofrequência é um tratamento indicado tanto para o rosto como para o corpo. Consiste no uso de um laser especial que eleva a temperatura da pele de 36 a 42º C, aproximadamente, atingindo as camadas de colágeno e fibras musculares. O resultado é uma pele mais saudável e vistosa, além da queima de gorduras localizadas que tanto incomodam.
"Aparelhos que trabalham com radiofrequência, que provoca uma compactação das células de gordura, ou seja, faz com que os adipócitos fiquem menores, diminuem os contornos corporais", explica Cláudio Mutti. Esse método é contraindicado para quem tem tumores locais, gestantes e quem usar próteses ou DIU de cobre. 

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Adote 12 medidas para proteger a saúde do coração



Mudanças muito simples mesmo fazem ele bater mais forte

O Ministério da Saúde estima que 31,5% dos óbitos no Brasil são provocados por doenças cardiovasculares, tornando-se a primeira causa de morte entre a população brasileira. A doença mata por ano, 7.6 milhões de pessoas no mundo todo, devido às suas complicações como AVC, infarto, entre outras.

A hipertensão arterial e obesidade são consideradas duas das maiores vilãs da saúde do coração. Segundo dados do Ministério, cerca de 30 milhões de brasileiros têm hipertensão e há outros 12 milhões de brasileiros que ainda não sabem que possuem a doença no Brasil. Quando não controlada, a pressão arterial causa lesões na artéria aorta e provoca a sobrecarga do coração, que fica com o músculo mais rígido, aumenta de tamanho e fica inchado. Já o excesso de peso, principal causador da hipertensão, exige um esforço maior não só do coração, mas também de todo o sistema circulatório, sendo a principal causa do aumento da pressão e podendo levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, ou seja, da diminuição da capacidade do coração de cumprir a sua função de bombear efetivamente o sangue, que corre por todo o corpo, alimentando órgãos e tecidos vitais. Por isso, manter hábitos saudáveis é fundamental para blindar o coração. A seguir, confira 12 maneiras de proteger esse órgão vital. 

Sono reparador
Estudos recentes apontam que cerca de 40% dos indivíduos hipertensos sofrem também de apneia obstrutiva do sono, alertando para uma relação entre as doenças. A apneia atinge aproximadamente sete em cada 100 pessoas e a incidência é maior no sexo masculino. Estima-se que 24% dos homens de meia-idade e 9% das mulheres são afetados pela apneia. A doença caracteriza-se pelo ronco que segue em um mesmo ritmo, vai ficando mais alto e, de repente, é interrompido por um período de silêncio. Neste momento, a pessoa fica totalmente sem respiração, mas, logo o ronco volta ao ritmo inicial. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), Artur Beltrame Ribeiro, quem sofre de apneia do sono apresenta mais variabilidade da pressão e o aumento está ligado à lesão dos órgãos-alvo, como coração, cérebro e rins. Além disso, uma noite bem dormida tem a ver com viver mais, de acordo com um estudo da Universidade de Warwick e da Universidade Federico II, na Itália. De acordo com os pesquisadores, quem dorme menos de seis horas ou mais de oito ao dia tem 12% a mais de chance de morrer. Com a qualidade do sono prejudicado, crescem os ricos de acidentes, por conta da sonolência, e de ataques cardíacos em função do estresse.

Combata o estresse
O colesterol alto, que causa a hipertensão e obstrui as artérias do coração, é um dos efeitos do excesso de estresse. A ansiedade aumenta a liberação de cortisol no organismo, hormônio que faz crescer a concentração de glicose no sangue, desencadeando problemas como diabetes, altos níveis de triglicérides e descontrole de colesterol. Cada vez que você fica ansioso, a quantidade de radicais livres que passam a circular no seu organismo aumenta. Com a ansiedade, a presença dos radicais livres no organismo aumenta, podendo gerar o agravamento de problemas cardíacos. Isso porque eles interagem com o colesterol em excesso no organismo, formando placas nas paredes dos vasos sanguíneos, além de piorar certas doenças inflamatórias e causar envelhecimento.

Prefira os óleos vegetais
Na luta para abaixar os níveis de colesterol, em vez de apenas restringir o consumo dos tradicionais vilões do coração (como as gorduras saturadas), você pode recorrer à ajuda de alguns mocinhos. O óleo de canola e o azeite de oliva são bons exemplos de alimentos que você deve incluir na dieta. Segundo a nutricionista Roberta Stella, as gorduras monoinsaturadas presentes nos dois tipos de óleos vegetais ajudam a reduzir as taxas de LDL, o mal colesterol. Já os óleos vegetais ricos em gorduras poliinsaturadas, como o de soja, girassol e milho, aumentam os níveis de HDL, considerado como bom colesterol. A dica da especialista, portanto, é, além de ficar de olho na quantidade de gorduras saturadas e trans, dar preferência aos alimentos com maior quantidade de gorduras mono e poli-insaturadas.

Maneire nas carnes
Principalmente a carne vermelha apresenta uma quantidade maior de colesterol. Ainda mais se conter capas generosas de gordura. Porém, isso não significa que elas devem ser totalmente excluídas do seu cardápio. "Controlando a ingestão dos outros alimentos fontes de colesterol, é possível ingerir carne vermelha até três vezes por semana", diz a nutricionista Roberta Stella. O fato de as carnes vermelhas oferecerem mais colesterol, no entanto, não faz com que os outros tipos de carnes possam ser consumidos à vontade. De acordo com Roberta, as carnes brancas e magras também possuem colesterol e, por isso, devem ser dosadas. "Os alimentos que contêm colesterol devem ser monitorados de uma forma geral. Leve em conta que o total da gordura obtido em um dia deve ser menor que 300 mg", completa. Uma dica: 100 gramas de contra-filé grelhado com gordura contêm 144 mg de colesterol. Sem a gordura, a quantidade diminui para 102 mg.

Até o açúcar?
Isso mesmo. Um estudo publicado no Journal of American Medical Association sugere que, assim como uma dieta rica em gordura pode aumentar os níveis de triglicerídeos e colesterol, a ingestão de açúcar também pode afetar as taxas de lipídios. Para a realização do estudo, foram analisados os níveis de lipídios no sangue em mais de seis mil homens e mulheres adultos. Os pesquisadores descobriram que pessoas que consumiam mais açúcar tinham maior propensão de ter uma doença cardiovascular. Os cientistas não sabem ao certo que processo está envolvido nessa ligação do açúcar com o colesterol, pois até hoje, o que se sabia era a associação entre o consumo de açúcar e o diabetes. No estudo, o grupo de maior consumo ingeria uma média de 46 colheres de chá de açúcares "escondidos" nos alimentos por dia. O grupo de menor consumo ingeria uma média de apenas cerca de três colheres de chá por dia.

Vegetais - sempre!
Um importante estudo científico divulgado no periódico americano Circulation demonstrou que o consumo de proteínas de origem vegetal está associado à redução da pressão arterial, ao mesmo tempo em que confirmou estudos anteriores de que o consumo total de proteínas não aumenta os níveis de pressão sanguínea. O ácido glutâmico, principal aminoácido encontrado nas proteínas vegetais, é um dos micronutrientes que ajudam a controlar a pressão arterial. Essa é uma das formas de se explicar a razão pela qual os vegetarianos têm menor tendência a desenvolver hipertensão arterial.

Vitamina D
Um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. Este nutriente pode ser encontrado em alimentos como a manteiga, gema de ovo, fígado, entre outros, mas sua principal fonte de absorção é a luz solar. Portanto, 15 minutinhos de exposição ao sol são mais do que recomendados. O nutriente também é importante no processo de absorção de cálcio e fósforo no intestino e na mineralização, ou seja, crescimento e reparo dos ossos.

Vinho sim!
Um estudo publicado no "Public Library of Science One", mostra que pequenas doses de resveratrol, um tipo de substância antioxidante presente nas uvas, em especial as tintas, protegem o coração contra o envelhecimento e reduzem os níveis de colesterol ruim, o LDL. No entanto, não vale exagerar: uma taça de vinho por dia é suficiente para dar proteger o coração sem maltratar o fígado, por conta do teor alcoólico.

Ouça a música do coração
Um estudo realizado pela Universidade de Maryland, nos EUA, com 10 participantes que não tinham nenhuma doença aparente constatou que quando eles ouviam por 30 minutos suas músicas preferidas ocorria a dilatação dos vasos sanguíneos. Esse gesto se equipara a reação de uma gargalhada, ao fazer atividades físicas ou quando tomavam medicações para o sangue. O diretor da cardiologia da instituição, Michael Miller, explica que ocorreu um aumento de 26% no diâmetro dos vasos, enquanto ao ouvirem uma música que não agradava ocorria uma redução de 6%. Dessa forma, o sangue flui mais facilmente, reduzindo as chances de formação de coágulos que causam infartos e derrames, além de reduzir os riscos do endurecimento dos vasos, característicos da aterosclerose.

Maneire no sal
Pesquisas científicas já comprovaram a relação direta entre o consumo de sódio e a hipertensão arterial. De acordo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o brasileiro consome em média 12 gramas de sal por dia, quando o recomendado seria limitar essa ingestão a 6 gramas. Em geral, a quantidade é alta porque, além do sal contido no alimento industrializado, as pessoas não dispensam apelar para o saleiro durante as refeições. De acordo com a nutricionista Eliane Cristina de Almeida, da Unifesp, o maior perigo do sódio é que ele está escondido nos alimentos. "Alimentos como fast-food, comida congelada, salgadinhos, biscoitos, refrigerantes, cereal matinal, embutidos, chocolate, carne bovina, leite e derivados contém boa quantidade de sódio que não costumamos perceber", diz a especialista.

Use fio dental
Uma pesquisa feita por cientistas da Itália e do Reino Unido, publicada no site do Jornal da Faseb (do inglês, "The Federation of American Societies for Experimental Biology"), mostra que gengivas infectadas podem ser um fator de risco para desenvolver problemas no coração. De fato, uma adequada higiene dental pode reduzir o risco de aterosclerose, derrame e doenças no coração, independentemente de outras medidas, como o controle do colesterol. "Há muito tempo se suspeita de que a aterosclerose é um processo inflamatório e que a doença periodontal tem um importante papel na aterosclerose", afirma Mario Clerici, pesquisador do estudo.

Dieta mediterrânea
A dieta típica da região banhada pelo Mar Mediterrâneo , ela é conhecida por seus benefícios ao coração. Os principais participantes dos pratos são as gorduras protetoras, que agem contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares , diz a nutricionista do Minha Vida, Roberta Stella. Ela aumenta o nível de colesterol bom (HDL) e diminuir as taxas do colesterol ruim (LDL) do sangue, além de evitar a obstrução das artérias. Dentre as principais características dessa dieta, estão o baixo consumo de carne vermelha, a ingestão de frutas, cereais e nozes, o alto consumo de peixes, o consumo moderado de vinho e o azeite de oliva como fonte de gordura saudável. Além disso, os peixes contêm ômega 3, reconhecido como um nutriente cardioprotetor, isto é, beneficia a saúde cardiovascular.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Siga as dicas que combatem a insônia e ajudam a dormir melhor



Evitar álcool, escolher um bom colchão e associar a cama ao sono são alguns dos segredos

Dormir é relaxante e ainda faz bem para a saúde. Tem coisa melhor? Tem sim, saber que ele ainda ajuda a viver mais. Um estudo realizado pela American Academy of Sleep Medicine provou que dormir bem é um dos segredos para a longevidade. A partir da análise de 2.800 pessoas, os resultados mostraram que cerca de 65% das pessoas relataram que sua qualidade de sono foi boa ou muito boa e o tempo médio diário de sono foi 7,5 horas, incluindo cochilos.

Porém, para algumas pessoas, uma boa noite de sono não é conquistada tão facilmente. A insônia pode ser decorrente de problemas de saúde. "O problema pode ser decorrente de transtorno ansioso, quadro depressivo, problemas neurológicos como a síndrome das pernas inquietas, apneia do sono ou mesmo um transtorno chamado de movimentos periódicos do sono, entre outros", enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Mas, antes de pensar que o problema é de saúde, vale cogitar: será que você está tendo hábitos saudáveis antes de dormir? "Alguns costumes como uso excessivo de computadores, alimentação pesada antes de dormir e situações de tensão podem sim prejudicar o sono", lista Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo. Para resolver o problema nesses casos, listamos alguns cuidados que podem ajudar a melhorar a qualidade do seu sono. Mas se nada disso funcionar, vale então procurar um médico.

Escolha o melhor travesseiro
Ao pensar em um bom travesseiro, é importante sempre levar em conta a posição em que você dorme. "Ao deitar-se de lado, é importante que ele seja mais alto, para que o pescoço fique alinhado com resto da coluna. Agora, se você deita de barriga para cima, o ideal é usar um travesseiro mais baixo, para que a cabeça não fique muito acima", considera o ortopedista Cássio Trevizani, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Agora, se sua posição favorita é de bruços, o ideal é não usar travesseiro nenhum.
Porém, essas regras se invalidam caso você tenha algum problema específico de saúde. "No caso de doenças associadas como o refluxo gastroesofágico e também algumas cardiopatias, a recomendação por travesseiros mais altos é feita", recomenda Daniel Inoue, médico especialista em Medicina do Sono do Hospital Santa Cruz de São Paulo.
Quanto ao material, vale escolher o que você preferir. Alguns conservam suas características por mais tempo, como o de viscoelástico, por exemplo. Mesmo assim, sempre que você perceber que o travesseiro está ficando mais baixo, o ideal é comprar outro. "A troca deve ser feita quando apresentarem deformidades ou algum tipo de incômodo para a pessoa dormir", alerta Inoue.

Colchão também é importante
Tão essencial quanto o apoio para a cabeça é a base em que ficará o resto do corpo. Por isso mesmo o colchão é um item fundamental para um sono de qualidade. "É sempre importante pensar que a sua coluna deve estar alinhada ao se deitar", pondera o ortopedista Trevizani. "Do ponto de vista prático, existem os modelos ortopédicos, com maior resistência e densidade, que normalmente são feitos com molas e com espuma de viscosidade mais alta", finaliza.
A regra principal, no entanto, é que ele seja confortável e que ao acordar você não sinta dores no corpo. E se com o tempo você começar a acordar com desconfortos, talvez já seja hora de trocar.

O valor de uma boa cortina
Ter uma cortina de boa qualidade pode não parecer, mas é tão importante quanto o colchão e o travesseiro. Isso porque a iluminação está diretamente relacionada com o sono, já que tudo isso é regido pelo ciclo circadiano, que leva em conta, entre outros fatores, o dia e a noite. "Um dos hormônios ligado ao sono é a melatonina, e ela é melhor produzida quando estamos no escuro. A luminosidade alta interfere em sua liberação", ensina enumera Stella Tavares, neurofisiologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
De acordo com a especialista, você pode até ter uma pequena luminosidade no quarto, até porque algumas pessoas não conseguem dormir sem ela. Mas quando a luz fica muito forte, o corpo sente como se não fosse o momento certo de adormecer. Além disso, a luz que entra de manhã pela janela favorece o despertar. Portanto, vale a pena ficar com as cortinas fechadas se você quer dormir um pouco mais.

Associe a cama ao sono
Usar a cama para outras atividades que não seja um belo cochilo podem piorar suas crises de insônia. "A cama deve ser restrita ao sono e as atividades sexuais", ressalta o médico do sono Inoue. Isso porque, quando seu cérebro entende que a cama é um local de dormir, fica mais fácil fazer com que o sono venha. Agora, se você costuma comer, usar o computador ou mesmo ler um livro na cama, a sonolência pode ser tornar mais difícil.

Cuidado com eletrônicos no quarto
Isso vale para o uso de objetos eletrônicos no quarto, que são muito estimulantes. "Assistir filmes de ação, navegar pela internet, utilizar redes sociais ou mesmo jogos online, podem aumentar o grau de excitação e isso pode ser prejudicial ao sono", considera Inoue. O ideal é que uma hora antes de dormir você se desconecte um pouco e relaxe. Para esse momento, vale diminuir a intensidade da luz, colocar uma música relaxante ou fazer uma leitura tranquila, nada que desperte muito a sua mente. 

Evite brigas no quarto
Não adianta limpar o ambiente apenas dos estímulos tecnológicos. Evitar brigas, estresse e discussões de problemas no quarto também é muito importante. "Em situações de tensão, encontramos aumento das catecolaminas, que são substâncias responsáveis pela excitação e responsáveis pelo aumento do nível de atenção", explica o médico do sono Inoue. Portanto, isso só vai dificultar que seu cérebro relaxe até o estado de subconsciência. 

Reduza a ansiedade
Quando a insônia bater por ansiedade, você pode usar algumas técnicas para reduzi-las. Experimente algo que você sabe que costuma relaxar vocês. Por exemplo, para pessoas mais tranquilas e que já tenham feito ioga, por exemplo, experimentar uma mentalização pode ser uma boa pedida. "Mas se você não está acostumado, isso pode piorar sua ansiedade em querer dormir logo", considera a neurofisiologista Stella. Melhorar a respiração, fazendo exercícios de inspirar e expirar lentamente, também pode ser uma boa pedida, mas treine fazer isso acordado!

Bebidas que ajudam
O conselho da vovó de beber um chá pode muito bem estar certo. "Chás calmantes como a camomila, erva doce e cidreira contribuem para dormir melhor, pois ajudam no relaxamento", considera o médico do sono Daniel Inoue. O leite morno pode ser uma pedida também, por conter triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, mesmo que em quantidades pequenas. Uma boa dica para potencializar essas bebidas é incluir o mel. Alguns tipos desse doce, como o silvestre, o de flor de laranjeira e o assa-peixe tem propriedades calmantes e ajudam corpo e mente a relaxarem, de acordo com a nutricionista Thais Souza, da Rede Mundo Verde.

Cuidado com o álcool
Mas uma bebida que você com certeza deve passar longe é o álcool. Apesar de ele também ser um relaxante, a qualidade do seu sono ao beber uma cerveja, vinho ou destilado não será das melhores. "Como ele relaxa a musculatura toda, inclusive do pescoço, ele deixa a via aérea aberta, o que favorece a apneia do sono, fazendo com que a pessoa durma de forma irregular ao longo da noite", explica Stella Tavares. Por isso que quando você bebe pode inclusive roncar mais!

Exercícios na hora certa
Além da luz, a temperatura corporal também ajuda a regular o sono: quando ela cai, ficamos mais sonolentos. Porém, quando fazemos atividades físicas, a tendência é que fiquemos mais quentes. "O ideal é não fazer exercícios à noite, pois isso acaba atrapalhando o sono", estatiza Stella. Mas, caso seja o único horário que você tem, o melhor é deixar para deitar-se até três horas depois. 

Fonte: http://www.minhavida.com.br/bem-estar/galerias/1722-siga-as-dicas-que-combatem-a-insonia-e-ajudam-a-dormir-melhor - POR NATHALIE AYRES

domingo, 1 de novembro de 2015

8 dicas da ciência na criação dos filhos



Sejam vocês pais de primeira viagem ou não, há muito o que aprender com as últimas descobertas científicas para ajudar na criação dos filhos, mas com moderação

Choro, quantidade de leite, muita roupa, pouca roupa, quando dar fruta, sopa ou banho, como fazer o curativo do cordão umbilical. As dúvidas em relação aos cuidados que se deve ter com um bebê são inúmeras. Trata-se de outra vida totalmente dependente dos pais e que requer muita atenção a qualquer choro ou sinal de desconforto.

Na hora do problema, a melhor consultoria diante das hesitações deve vir de ajuda especializada, no caso, o mais indicado é o médico pediatra. E com orientação extra: escolha o profissional antes de o bebê nascer, já na 32ª semana de gestação, aconselha Moises Chencinski, membro dos Departamentos de Aleitamento Materno e de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).

“Sempre acaba sendo uma orientação de alguém, da internet, tudo em cima da hora. Nasceu o bebê, não é hora de escolher o pediatra, é melhor escolher antes. Já nascendo com o pediatra ‘no bolso’, é melhor e mais tranquilo para a mãe”, diz o médico.

Dúvida comum
Entre as dúvidas mais comuns, a campeã disparada é sobre aleitamento. “Até por conta da má orientação que a mãe recebe na maternidade e no pré-natal”, diz Chencinski. “As maternidades dão alta em 48 horas, é difícil aprender algo nesse período”, explica Francisco Lembo Neto, coordenador do Centro de Especialidades Pediátricas do Hospital Samaritano (SP).

Fora do consultório
Em um mundo em que somos bombardeados de informações a todo momento, fica difícil não recorrer à internet para esclarecer alguma dúvida imediata. Muitos pediatras oferecem o celular e o e-mail para que os pais entrem em contato, no entanto, a resposta pode demorar a vir.
Nesse caso, os médicos orientam que as pessoas procurem dados em sites de instituições oficiais, como das sociedades de pediatria, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do próprio Ministério da Saúde. Chencinski fazuma ressalva à busca por grupos de mães na internet, já que ali circulam informações de fontes diferentes, nem sempre confiáveis, que podem mais atrapalhar do que ajudar. “Com várias orientações, os pais acabam se perdendo”, aponta Lembo Neto, que comenta as orientações familiares: “Os hábitos do passado acabam tentando influenciar a conduta atual. Um exemplo é a amamentação. Muitas avós não amamentavam, e estimulavam a ingestão do leite de vaca, pois havia a crença deque o leite materno não funcionava”.

Ciência como processo
Chencinski concorda e acrescenta que “quando se trata de compreender a saúde das crianças, muita informação pode chegar por meio do conhecimento das últimas pesquisas científicas, com o entendimento de que a ciência é um processo e que os estudos precisam ser replicados muitas vezes antes de se tornarem realidade nos lares”. A seguir, listamos descobertas recentes que podem ser de grande valia para os pais. Confira!

1. Mais cuidado com a medicação
Uma pesquisa do Centro Médico Langone (Nova York), mostrou que o uso repetido de antibióticos afeta o desenvolvimento das crianças. Outro levantamento, feito em 2014, com base no Sistema Nacional de Dados sobre Envenenamento dos Estados Unidos, mostra que a cada oito minutos uma criança com menos de 6 anos é vítima de um erro de medicação. “Se os pais são bem orientados, dá para medicar em casa, sem exagero. Hoje há procura excessiva dos hospitais, e isso é fruto de má orientação na área privada e pública”, afirma Lembo Neto.

2. Nada de cama compartilhada
Um estudo publicado na revista Pediatrics investigou os fatores ligados às mortes dos bebês durante o sono e constatou que a criança dormir na mesma superfície que a mãe foi o maior fator de risco para aqueles com idade de quatro meses ou menos. “A cama compartilhada é uma realidade útil, mas tem riscos. A criança pode ter febre, dificuldade respiratória, mas pode ser uma opção interessante para a mãe sentir-se mais confortável ao amamentar, por exemplo”, explica Chencinski. Já o médico do Samaritano não aconselha o compartilhamento do colchão com os pais, e indica que é melhor a criança ficar no berço ou no carrinho ao lado da cama.

3. Cobertores e travesseiros, com moderação
Nos EUA, mais da metade dos pais coloca seus bebês para dormir com cobertores ou outros objetos soltos, de acordo comum relatório oficial do governo. “A porcentagem de pais que coloca seus filhos para dormir com outros objetos na cama caiu desde a década de 1990. E aqueles que não adotaram as recomendações da Academia Americana de Pediatria podem estar sendo confundidos por revistas e catálogos de decoração, que retratam bebês em berços com objetos desnecessários – e potencialmente inseguros –, como cobertores e almofadas de pelúcia”, alerta Chencinski. “Protetor de berço deve sempre ter porque a criança pode entrar na grade. Não há necessidade do travesseiro até os 5 meses de idade. Se a casa tem boa temperatura, não há necessidade de cobertor, e se houver, tem que estar preso no colchão. A criança se movimenta muito e pode se enrolar”, explica Lembo.

4. Um melhor amigo desde pequeno
Muitas famílias tratam os pets como filhos. A relação funciona de modo semelhante ao que se dá entre mãe e filho, segundo um estudo publicado pela revista Science (abril de 2015). Comprovou-se que a troca de olhares entre o cachorro e seu dono dispara os níveis de ocitocina no cérebro de ambos. O hormônio é conhecido como "hormônio do amor" e é relacionado à conduta paternal e maternal. A ocitocina tem papel importante no reconhecimento e estabelecimento de vínculos sociais, assim como na formação de relações de confiança entre as pessoas. Mas será que faz bem ao bebê conviver desde pequeno com animais? “A não ser que a criança tenha alergia ao pelo. Do contrário, ter animal de estimação em casa é um estímulo”, fala Lembo Neto. “A convivência é ótima e pode ser feita. Já há dados que indicam uma incidência menor de quadros respiratórios em quem convive com animais”, explica Chencinski.

5. Passeios de carro seguros
Um estudo que se concentrou nos dados de um hospital de Oregon (EUA), descobriu que mais de 90% das mães, pais ou cuidadores cometeram pelo menos um erro importante na forma como instalaram o assento de carro do recém-nascido quando deixaram o hospital após o nascimento. “Os resultados demonstram a necessidade de mais informações para que os pais mantenham seus filhos em segurança”, afirma o médico da SPSP. Segundo a ONG Criança Segura, os sistemas de retenção reduzem a probabilidade de lesões fatais em cerca de 70% entre bebês e de 54% a 80% entre as crianças menores. Há diversos tipos de sistemas de retenção de acordo com o peso e a faixa etária. Em comparação aos cintos de segurança, estima-se que o uso de assentos de elevação reduz em 59% o risco de danos em crianças de 4 a 7 anos.

6. Vacinação é essencial
A Califórnia (EUA) teve um surto de sarampo em 2015, quando 99 pessoas contraíram a doença. Autoridades americanas disseram que isso ocorreu porque muitas famílias não vacinam os filhos por acreditar que a imunização faz mal ou por alguma crença religiosa, o que resultou em uma lei rigorosa que obriga a população a vacinar suas crianças, sob pena de não poderem frequentar escolas públicas. Em 1995, um pesquisador declarou que quem tomava a vacina de sarampo tinha maior incidência de autismo. Uma jornalista foi investigar e descobriu que os dados tinham sido falsificados.
Em 2010, uma retratação foi publicada. “Aí você tem uma informação inadequada gerando pânico. As vacinas são seguras e estudadas. Uma revisão de estudos sustenta a segurança das vacinas, revelando que as reações adversas graves com 11 vacinas comuns geralmente dadas a crianças com menos de seis anos são raras”, conta Chencinski. Já Lembo Neto é mais enfático: “Não vacinar é quase uma ignorância e falta de informação. Vacina é um avanço da medicina”.

7. Ler para cultivar laços
“Mãe, conta de novo.” Essa típica frase dita pelos pequenos faz bem à saúde. Em junho de 2014, a Academia Americana de Pediatria emitiu sua primeira declaração sobre a promoção da alfabetizaçãoinfantil, incitando os pediatras a falar com os pais, durante as consultas, sobre a importância da leitura em voz alta para seus filhos. “Os benefícios da leitura em conjunto vão além da promoção da alfabetização. A leitura para crianças ajuda a alimentá-los emocionalmente e fortalece laços familiares”, destaca Chencinski.

8. Brincar ao ar livre
Um recente estudo publicado no Jornal de Estudos da Religião informa que quem brinca ao ar livre fica mais sensível, realizado e espiritualizado. Os pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan (EUA) observaram os participantes para medir essa sensibilidade e descobriu-se que quem passa mais tempo fora de casa possui mais conexão espiritual com o planeta. As crianças que passaram de cinco a dez horas por semana brincando ao ar livre demonstraram ter mais imaginação, criatividade e curiosidade, e ainda uma estima maior pela natureza. Tais atividades previnem a obesidade infantil, um problema que já afeta 7,3% das crianças com menos de 5 anos no Brasil. Entre 5 e 9 anos, o percentual chega a 33,5%; na adolescência, o quantitativo é de 20,5%.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/familia/home/8-dicas-da-ciencia-na-criacao-dos-filhos/5626/ - por Marília Alencar - Texto Bárbara Louise / Foto: Shutterstock