quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

7 coisas que você deve saber antes de doar sangue

Seu sangue pode salvar a vida de bebês que ainda nem nasceram, você sabia?

A doação de sangue é um tema que costuma se tornar mais frequente em nossas vidas quando ocorre um grande desastre com muitas vítimas ou quando alguém do nosso convívio precisa de uma transfusão.

Porém, a necessidade dos bancos de sangue é permanente: todos os dias, muitas pessoas precisam de transfusões porque sofreram acidentes, passaram por cirurgias complexas, estão enfrentando doenças como a leucemia e linfomas ou fazem tratamento quimioterápico.

Por isso, se você atende aos requisitos, é muito importante fazer doações frequentes (até 4 doações por ano para homens e 3 para mulheres) e incentivar as pessoas ao seu redor a fazer o mesmo. Confira 7 informações que você deve saber antes de se dirigir ao banco de sangue mais próximo:

1. Você vai passar por uma triagem para sua própria segurança
Depois de fazer seu cadastro no banco de sangue, você vai passar por uma triagem para avaliar dados como peso, altura, temperatura, pulsação e pressão arterial e determinar se você tem boas condições gerais de saúde.
Além disso, é feita uma dosagem da hemoglobina para verificar se você não tem anemia – caso você esteja anêmica, a doação não será realizada para proteger a sua saúde. Nos bancos de sangue mais modernos, estão disponíveis aparelhos que permitem fazer essa dosagem sem a punção digital – que pode ser um pouco dolorida.

2. Você vai responder a perguntas um tanto íntimas
Na triagem, você também vai passar por uma entrevista confidencial sobre seus hábitos em relação ao uso de medicamentos, drogas ilegais e comportamento sexual. É muito importante ser o mais honesta possível para proteger você mesma e também um possível receptor.
Por exemplo, pessoas que já fizeram uso de drogas injetáveis ou que tenham doenças como hepatite B e C, AIDS e Sífilis, entre outras, não podem doar sangue definitivamente. Já quem fez uma tatuagem precisa esperar 12 meses para fazer a doação. Pessoas que têm piercings na cavidade oral ou genital só podem doar um ano depois de removê-los.

3. Você pode declarar anonimamente que seu sangue não deve ser utilizado
Se você sabe que seu sangue não deve ser utilizado por algum motivo ou se você tem dúvidas sobre a viabilidade dele, o mais indicado é ser honesta com o entrevistador. Porém, caso você fique com vergonha, ainda existe uma oportunidade final e anônima de alertar o banco de sangue.
Trata-se do voto de autoexclusão, que é feito em uma máquina. Na tela, você lerá uma mensagem com as condições que inviabilizam a utilização do sangue, como abuso de álcool, uso de drogas, passagem pelo sistema prisional e comportamento sexual de risco. Em seguida, você deverá escolher o botão que indica se seu sangue pode ser utilizado para transfusão ou não.
Como essa informação só é vinculada ao seu sangue em uma etapa futura, quando você já está bem longe do banco de sangue, o procedimento de doação ocorre normalmente. Dessa forma, não há risco de você ser exposta diante de seus acompanhantes ou dos funcionários do local.

4. Não vai doer tanto assim, mas você vai sentir uma picadinha
Vamos ser sinceras: sim, você vai sentir uma picadinha quando a agulha para coletar sangue for colocada no seu braço, mas esse desconforto é passageiro. Depois disso, a doação em si é indolor.
Se você tem problemas em ver sangue, peça ao técnico para cobrir o local onde a agulha está inserida, assim você evita qualquer mal-estar.

5. É importante fazer um lanche depois da doação
Os lanchinhos que estão disponíveis para os doadores não são apenas um agrado, mas sim uma forma de ajudar seu organismo a repor o volume que foi retirado. Como a doação é de cerca de 450 ml de sangue, é necessário se hidratar muito bem para compensar essa redução.
Tome bastante água, chás e sucos e aceite os biscoitinhos salgados – eles são importantes para ajudar seu organismo a reter os líquidos nesse primeiro momento.

6. Seu sangue pode ajudar pessoas que ainda não nasceram
O sangue que você está doando hoje pode ser destinado a uma transfusão intrauterina para bebês que ainda nem nasceram, mas que já apresentam uma grave anemia fetal causada por uma infecção pelo parvovírus ou incompatibilidades com o fator RH da mãe, entre outros motivos.
Nesse caso, seu sangue será transferido diretamente no cordão umbilical do bebê, que é puncionado com o auxílio de imagens ultrassonográficas.

7. Menores de idade podem doar a partir dos 16 anos
Se você tem 16 ou 17 anos e gostaria muito de doar sangue por algum motivo especial, saiba que esse procedimento é permitido na presença de seus pais ou responsáveis legais. Existe uma lista de documentos e exigências que vocês devem atender, por isso vale a pena consultar o hemocentro antes de ir até lá.
Por exemplo: caso um deles não possa comparecer, é necessário ter em mãos um termo de autorização assinado com firma reconhecida em cartório e cópia simples de seus documentos. Embora haja certa burocracia, esse gesto sempre será muito bem-vindo e pode salvar muitas vidas.


Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/antes-de-doar-sangue/ - Escrito por Raquel Praconi Pinzon - FOTO: ISTOCK 

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Saiba 10 dicas para mandar a preguiça embora sem precisar de cafeína

Já imaginou deixar o cansaço de lado apenas usando a mente, o corpo e elementos simples do dia a dia?

Só quem já passou manhãs inteiras no trabalho ou na faculdade bocejando incessantemente, sem ser capaz de conseguir executar tarefas rotineiras ou prestar atenção, sabe como uma xícara de café é capaz de salvar o dia. Ou ainda mesmo depois do almoço, quando bate aquela preguiça. Quiçá de noite, quando os olhos insistem em fechar enquanto há uma pendência para ser feita e entregue no dia seguinte.

É, a cafeína salva. Porém, já imaginou deixar o cansaço de lado apenas usando a mente, o corpo e coisas simples do dia a dia? Cientificamente, há várias práticas que podem te deixar acordado sem ser necessário recorrer a uma dose de cafeína. Conheça?

Afaste-se das telas
Ficar olhando para um único ponto por muito tempo, como uma tela de computador, pode machucar os olhos e dificultar que eles permaneçam abertos.
Segundo pesquisas, 95% dos norte-americanos estão na faixa de risco de adquirir a “Síndrome da Visão do Computador (CVS, em inglês) – especialmente aqueles que trabalham em escritórios. Muito tempo em contato com as telas pode deixar os olhos irritados, embaçados, secos e causar dores de cabeça, nos ombros e no pescoço.
Para evitar esses problemas, utilize telas de LCD, diminuia o brilho de suas telas, pisque frequentemente, corrija sua postura e foque sua visão em objetos distantes e diferentes da tela a cada 20 minutos.

Coma lanches (saudáveis)
Uma baixa concentração de açúcar no sangue pode causar uma sensação de letargia e sonolência. Grandes refeições, entretanto, também possuem o mesmo efeito, já que digerir alimentos exige energia.
Se a resposta ao cansaço for uma xícara de café ou docinhos, o organismo “acorda” rapidamente, mas volta a ficar lento na mesma velocidade. Já lanchinhos menores com bons nutrientes e gorduras são uma ótima maneira de evitar que a preguiça acometa seu corpo.
Fazer um café da manhã com fibras e proteínas de alta qualidade (ovos, por exemplo) também possibilita uma injeção de atenção. Há uma variedade de alimentos que capazes de elevar seus níveis de energia ao longo do dia, como abacate, manteiga de amendoim, aipo, cenoura e homus.
Alimentos como espinafre, feijão e lentilha são boas fontes de ferro – e insuficiência de ferro é uma das causas de fadiga. Consumi-los na companhia de opções ricas em vitamina C ampliará a absorção de ferro pelo organismo.

Hidrate-se
A desidratação ocasiona em muita perda de energia. Ela pode causar fadiga, palpitações no coração, confusão e até desmaios. Isso porque a maior parte  do corpo humano é formado por água e a corrente sanguínea utiliza o líquido para distribuir oxigênio e carboidratos ao corpo, incluindo o cérebro. Quando a água está em falta, o corpo não funciona direito.
Até níveis leves de desidratação (como a perda de 1 a 2% de água no corpo) trazem sintomas de fadiga. Por isso, fique hidratado.

Tome um ar fresco
Se você está se arrastando para fazer qualquer tarefa, dê uma rápida volta pela rua e vá ver o sol – talvez tudo o que você precisa seja de uma recarga.
A exposição à luz azul clara durante o dia – um tipo de iluminação que vem do sol e também de fontes artificiais de telas digitais, como celulares e luzes de LED – tem um efeito positivo no estado de atenção e de alerta humano. Essa luz pode causar menos cansaço e ela também é capaz de ativar o hipotálamo, parte do cérebro que controla os batimentos cardíacos.
Porém, para aguentar firme ao longo do dia, é necessário mais do que as luzes artificiais. É por isso que uma luz solar é ideal, pois as iluminações nos ambientes fechados não são o suficiente para manter-se acordado.

Exercite o corpo
Sair para correr ou até andar pelas escadas do prédio é uma boa opção para quem quer se manter acordado. Quando nos exercitamos até em níveis máximos de sonolência, a fadiga é parcialmente atenuada.
Movimentar-se também colabora para a movimentação da endorfina no corpo, neurotransmissores que ajudam a afastar o estresse a sensação de cansaço.
Tente acrescentar música ao realizar os exercícios: elas dão um gás à prática física.

Respire, inspire, respire
Respirar profundamente garante que o oxigênio chegue a diferentes partes do corpo, o que pode aumentar os níveis de energia e trazer uma sensação de calmaria.
Além disso, exercitar uma respiração devagar e profunda afasta as sensações de estresse e ansiedade.

Escute músicas
Ouvir às suas bandas favoritas libera sensações boas no corpo e pode lhe dar um ânimo. Um estudo analisou que quando escutamos músicas que nós causam ‘arrepios’ durante 15 minutos, nosso cérebro é invadido pela dopamina, neurotransmissor associado à sensação de prazer e de recompensa. Escutar música também pode ativar a atuação de serotonina e oxitocina.
Quando colocada em volume elevado (com fone de ouvido, por favor), a música pode ajudar trazendo sensações de alerta, ainda que o efeito não dure muito tempo.

Mastigue um chiclete
Manter sua boca ocupada com algum movimento é uma alternativa para manter a mente acordada. É por isso que mascar chiclete ajuda a diminuir a sonolência diurna, talvez porque o ato de mastigar aumenta, de alguma forma, a circulação sanguínea e ativa certas áreas cerebrais.
Há estudos que comprovam que chicletes são opções para quem precisa se concentrar em exames e provas, pois reduz a ansiedade e ajuda na compreensão de leitura.

Veja vídeos de gatinhos
Ou de quaisquer outros animais fofinhos de sua preferência: assistir a vídeos de bichinhos pode ajudar a combater a sonolência.
Alguns participantes de um estudo disseram que ficar vendo as brincadeiras dessas criaturinhas aumenta seus níveis de energia e de emoções positivas, ao passo que afasta sensações negativas. Isso não foi comprado pela pesquisa, no entanto.
Porém, de fato, a interação com animais dá um boost de ocitocina em nosso organismo e diminui os níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse. Então pode ser que haja um efeito similar ao assistir a vídeos de animaizinhos no YouTube.

Se nada der certo, cochile
Cochilar por 5 a 25 minutos com um intervalo de tempo de 6 a 7 horas antes de ir dormir é uma forma de recarregar as energias.
Dormir mais do que esses minutinhos irá te deixar em um estado de “inércia do sono”, o que significa que você vai ficando mais lento e sonolento. Cochilos maiores de até 1 hora, às vezes, podem funcionar, desde que você aguente a sensação “grogue” depois de levantar.
Segundo estudo, cochilos durante a tarde funcionam melhor do que adicionar mais horas de sono à noite ou consumir cafeína. Outras pesquisas mostram que tirar uma soneca traz efeitos positivos no aprendizado, na memória e no pensamento criativo.


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

10 benefícios do chá para sua vida

Quente, frio, de ervas ou flores, o chá é um ótimo companheiro para um bom livro, para preceder uma boa noite de sono ou até como um remédio natural para o organismo

O chá é a bebida típica dos ingleses, mas ele já caiu no gosto dos brasileiros há tempos. Quente, frio, de ervas ou flores, o chá é um ótimo companheiro para um bom livro, para preceder uma boa noite de sono ou até como um remédio natural para o organismo.

Frequentemente, a ciência se debruça sobre os princípios da bebiba para descobrir os benefícios e suas propriedades. A GALILEU separou dez motivos para incluir a bebida em sua rotina diária:

1. Bom para o fígado
Pesquisadores do Hospital Universitário de Zhujiang, associado à Universidade de Medicina do Sul da China, descobriram que beber chá pode ter implicações positivas para a saúde do corpo. Um estudo avaliou que as pessoas que consomem chá têm menores chances de desenvolver câncer de fígado, esteatose hepática (gordura no fígado), cirrose e doença hepática crônica.

2. Três xícaras para uma saúde melhor
Diferentes pesquisas demonstram que três xícaras diárias da bebida podem diminuir a chance de desenvolvimento de diferentes doenças. Por exemplo, consumir três xícaras é o suficiente para reduzir a probabilidade de desenvolver câncer de fígado, esteatose hepática (gordura no fígado), cirrose e doença hepática crônica.

A mesma quantidade é o necessário para abaixar em 21% a chance de sofrer um AVC, além de garantir uma redução no desenvolvimento de doença arterial coronariana, morte cardíaca, infarto cerebral e hemorragia intracerebral.

3. Benefício para a saúde mental
O chá também aparece associado como um fator de diminuição de chances de desenvolver depressão. Três xícaras por dia são o suficiente para reduzir em 37% os riscos de apresentar a doença.

4. Hortelã para não esquecer
Se está precisando ficar alerta e com a memória afiada, beba chá de hortelã. Pesquisadores da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, analisaram que o consumo da bebida desperta o humor, a cognição e ajuda a melhorar a memória de longo prazo.

5. Quer emagrecer?
Se você está querendo tirar alguns quilinhos da balança, aposte no chá verde solúvel (e também em exercícios físicos). Segundo estudo, quando consumido dez minutos antes da prática de atividades física, a bebida ajuda a promover maior oxidação da massa de gordura corporal, auxilia na redução do triglicérides e ajuda no ganho de força muscular.

6. Con-cen-tra-ção
Em diversos estudos, a bebida aparece associada com um fator de aperfeiçoamento de funções cognitivas. Graças à presença de cafeína e do aminoácido teanina, chás podem ajudar na concentração e na capacidade de aprendizagem.

7. Para cair no sono
Aposte na camomila! A planta é rica em antioxidantes flavonoides, sendo que a principal é a apigenina, a responsável por criar um efeito calmante e sedativo que adquirimos ao consumir o chá de camomila.

8. Xô,TPM
Chás de erva-doce e sálvia funcionam aliviando dores abdominais e o de camomila ajuda diminuindo efeitos de irritação e ansiedade. Já o de canela tem propriedades que aumentam o fluxo menstrual.

9. Sorria!
Um estudo sugeriu que chás verdes e pretos ajudam a reduzir inflamações dentárias e também funcionam como preventivos do crescimento e adesão de bactérias na boca. Isso acontece porque as bebidas contém flavonoide e catequina, antioxidantes que têm propriedades antimicrobianas.

10. Cansado do calor?
Durante o verão, o chá pode ser tanto consumido frio ou também utilizado como um hack para combater o tempo abafado. Faça um chá de menta, guarde-o na geladeira e quando o líquido estiver gelado, coloque-o em um spray e borrife-o em seu corpo. Caso queira um boost no efeito refrescante, fique na frente do ventilador.

​Ficou interessado?
A melhor forma de se preparar o chá é pelo método de infusão, pois assim as propriedades e benefícios das folhas e ervas são melhores aproveitadas. Coloque a erva em uma xícara de porcelana ou de vidro, adicione água fervente e deixe a mistura em repouso de 5 a 10 minutos. O ideal é adicionar 1 colher de sobremesa de açúcar para cada xícara de água.


domingo, 14 de janeiro de 2018

É assim que você perde o máximo de peso com o mínimo de esforço

Depois de realizar diversos estudos, os cientistas chegaram a uma conclusão bastante inequívoca: o jeito mais eficaz de perder peso é fechando a boca.

Não parece uma grande novidade, mas, na verdade, os dados são importantes quando se trata de analisarmos os benefícios e vantagens de dietas e exercícios.

Dieta > Exercício
Segundo Philip Stanforth, professor de ciência do exercício da Universidade do Texas e diretor executivo do Instituto Fitness do Texas, nos EUA, a pesquisa científica tende a mostrar que, em termos de perda de peso, a dieta desempenha um papel muito maior do que o exercício físico.
E quando falamos “muito maior”, é isso mesmo que queremos dizer. Praticar exercício requer tempo e esforço consistente, leva mais tempo para ver resultados, e queima muito menos calorias do que a maioria das pessoas pensa.
Alternativamente, existem vários alimentos de alto teor de açúcar, gordura e caloria que podemos cortar de nossas dietas para ver uma grande mudança na nossa cintura, às vezes em um período de tempo bastante curto.
Por exemplo, enquanto algumas barras de chocolate chegam a ter 500 calorias, você teria que caminhar cerca de 8 quilômetros para queimar o mesmo tanto. Não comer um chocolate parece muito mais viável do que andar tudo isso todos os dias, certo?

Mantendo o peso
Uma revisão de 20 estudos envolvendo mais de 3.000 pessoas publicado na revista American Journal of Clinical Nutrition em 2014 descobriu que dietas ricas em proteínas e substituições de baixa caloria para refeições mais pesadas estavam ligadas a melhores resultados em termos de ajudar as pessoas a manterem peso após um período de dieta com redução de calorias quando comparadas com o exercício físico.
E uma revisão de 2011 que analisou a relação entre massa gorda e atividade física em crianças concluiu que ser ativo provavelmente não é o fator determinante no peso.

 Faça exercícios, sim!
Ainda assim, o exercício não deve ser descartado totalmente. Ele é importante para a saúde em diversos outros aspectos, e pode sim ajudar a mantermos um peso saudável. Alguns estudos, por exemplo, sugerem que as pessoas que perdem peso e mantêm-se em forma são as que comem direito e se exercitam regularmente.
A atividade física também comprovadamente ajuda a melhorar o humor, a proteger nossos corpos contra os efeitos prejudiciais do envelhecimento, a gerenciar os sintomas de estresse, depressão e ansiedade e a construir e manter músculos. [ScienceAlert]


sábado, 13 de janeiro de 2018

Vício em videogames entrará oficialmente para catálogo de doenças mentais

A nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, do inglês Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), que será publicada em 2018, deverá incluir pela primeira vez o vício por jogos de videogame. A última versão do documento, originalmente publicado em 1952 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 2013.

De acordo com a “New Scientist”, a nomenclatura oficial do distúrbio mental provocado por jogos de videogame ainda não foi divulgada, mas deve ser classificado como uma condição de saúde séria a ser monitorada. O manual definirá, assim como faz com os outros distúrbios, quais características o paciente deve apresentar para se encaixar na condição.

Não são todos os gamers

Em entrevista à “New Scientist”, um membro do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS, Vladimir Poznyak, apontou a importância de reconhecer o vício em jogos eletrônicos como uma doença. “Os profissionais de saúde precisam reconhecer que o vício em jogos eletrônicos pode ter sérias consequências para a saúde”, disse.

“A maioria das pessoas que jogam videogames não tem um transtorno, assim como a maioria das pessoas que bebem álcool também não têm um transtorno. No entanto, em determinadas circunstâncias, o uso excessivo pode levar a efeitos adversos”, afirma.

Segundo o Independent, um estudo de 2016, realizado por pesquisadores da Universidade Oxford e publicado no “American Journal of Psychiatry”, descobriu que, entre os 19 mil gamers entrevistados, apenas 2 a 3% sofriam de cinco ou mais dos sintomas que poderiam indicar um distúrbio. A lista com os sintomas era baseada em características que a Associação Americana de Psicologia afirma que podem indicar que o indivíduo sofrem com o vício em videogames. Entre eles estão ansiedade, sintomas de abstinência e comportamento antissocial.

“Ao contrário do previsto, o estudo não encontrou uma ligação clara entre o potencial vício e efeitos negativos sobre a saúde”, contou, à época, Andrew Przybylski, autor principal do estudo. “No entanto, mais pesquisas baseadas em práticas científicas abertas e robustas são necessárias para saber se os jogos são realmente tão viciantes como muitos temem”. [Independent, New Scientist]


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

7 órgãos que podemos viver sem - alguns vão surpreender você

O corpo humano é uma máquina forjada pela evolução para sobreviver. Resistente, ele é capaz de sobreviver mesmo quando órgãos vitais, como nosso próprio cérebro, são danificados e passam a funcionar em partes. Mas isso todo mundo sabe. O que talvez nem todo mundo saiba é que nosso corpo é capaz de sobreviver mesmo sem alguns órgãos que parecem bastante essenciais. Aqui está uma lista de 7 órgãos que, mesmo muito importantes, em última instância, são opcionais para nossa sobrevivência.

7. Baço
O baço é o maior órgão linfático do corpo humano e desempenha uma importante função imunológica, produzindo anticorpos e destruindo células velhas. Ele fica no lado esquerdo do abdômen, em direção à parte de trás do corpo, sob as costelas. Por ser um órgão muito frágil, ele é comumente removido como resultado de uma lesão – sua localização perto das costelas o torna vulnerável a traumas abdominais.
O baço é envolvido por uma cápsula parecida com papel de tecido, que facilmente rasga, permitindo que o sangue escape do baço danificado. Se este problema não é diagnosticado e tratado, pode resultar em morte.
Dentro do baço há duas cores notáveis. Uma cor vermelha escura e pequenos bolsos de branco, e elas estão vinculadas às funções do órgão. O vermelho está envolvido no armazenamento e reciclagem de glóbulos vermelhos, enquanto o branco está ligado ao armazenamento de células brancas e plaquetas.
É possível viver confortavelmente sem um baço. Isso ocorre porque o fígado também desempenha um papel na reciclagem de glóbulos vermelhos e seus componentes. Da mesma forma, outros tecidos linfóides no corpo ajudam com a função imune do baço.

6. Estômago
Parece loucura viver sem um estômago, mas é possível. O estômago desempenha quatro funções principais: digestão mecânica, quando ele se contrai para destruir os alimentos; digestão química, liberando ácido para ajudar a quebrar quimicamente os alimentos; e, em seguida, absorção e secreção.
Às vezes, algumas pessoas precisam ter o estômago completamente removido devido a um câncer ou um trauma. Em 2012, uma mulher britânica teve que remover seu estômago depois de ingerir um coquetel que continha nitrogênio líquido.
Quando o estômago é removido, os cirurgiões anexam o esôfago diretamente ao intestino delgado. Com uma boa recuperação, e com algumas adaptações – a quantidade de alimentos ingeridos, por exemplo, diminui, já que o espaço de armazenamento também diminuiu – as pessoas podem comer uma dieta normal, ao lado de suplementos vitamínicos, e ter uma vida saudável.

5. Órgãos reprodutores
Os órgãos reprodutores primários do sexo masculino e feminino são os testículos e os ovários, respectivamente. As pessoas ainda podem ter filhos com apenas um testículo ou um ovário em funcionamento.
Se ambos são removidos isso já não é possível, mas eles não são essenciais para a nossa sobrevivência. A remoção de um ou ambos testículos ou ovários são geralmente o resultado de câncer. Nos homens, a remoção pode ocorrer também após um trauma, muitas vezes como resultado de violência, esportes ou acidentes de trânsito.
 Nas mulheres, o útero também pode ser removido. Este procedimento, chamado de histerectomia impede as mulheres de ter filhos e também interrompe o ciclo menstrual em mulheres que ainda não chegaram na menopausa.
Pesquisas sugerem que as mulheres que têm seus ovários removidos não têm uma expectativa de vida reduzida. Curiosamente, em algumas populações masculinas, a remoção de ambos os testículos pode levar a um aumento da expectativa de vida.

4. Intestino grosso
O intestino grosso é um tubo com quase dois metros de comprimento que possui quatro partes: ascendente, transversal, descendente e sigmóide. As principais funções são a absorção de água e o preparo das fezes, compactando-as.
Novamente, o câncer ou outras doenças podem resultar na necessidade de remover uma parte ou todo o órgão.
A maioria das pessoas recupera-se bem após esta cirurgia, embora notem uma alteração nos hábitos intestinais. Uma dieta de alimentos macios é inicialmente recomendada para ajudar o processo de cicatrização, e pode ser preciso que um compartimento seja anexado ao corpo para a coleta das fezes.

3. Vesícula biliar
A vesícula biliar fica sob o fígado no lado superior direito do abdômen, logo abaixo das costelas. Ele armazena a bile, um líquido constantemente produzido pelo fígado para ajudar a quebrar gorduras. Quando não é necessário na digestão, a bile é armazenada na vesícula biliar.
Quando os intestinos detectam gorduras, um hormônio é liberado fazendo com que a vesícula biliar se contraia, forçando a bile nos intestinos a ajudar a digerir a gordura. No entanto, o excesso de colesterol na bile pode formar cálculos biliares, o que pode bloquear os pequenos tubos que se movem para a bile.
Quando isso acontece, as pessoas podem precisar remover sua vesícula biliar. A cirurgia é conhecida como colecistectomia. Quando uma pessoa passa a viver sem a vesícula biliar, é obrigada a ter uma dieta livre de gorduras, já que o organismo perde a capacidade de quebrar muitas gorduras, já que, apesar do fígado continuar produzindo a bile, o organismo não tem mais onde armazená-la. Em 2015, uma mulher indiana tirou 12 mil cálculos – um recorde mundial.

2. Apêndice
O apêndice é provavelmente o órgão “removível” mais famoso. Ele é uma pequena estrutura fechada localizada na junção dos intestinos grosso e delgado.
Enquanto alguns ainda acreditam que o apêndice é um órgão vestigial, que não possui nenhuma função no corpo humano, outros especialistas apontam que ele pode ser uma espécie de “cofre” para as boas bactérias do intestino, permitindo que elas o repovoem quando necessário.
Devido à natureza fechada do apêndice, quando conteúdos intestinais entram nele, fica difícil de sair, o que pode fazer com que o apêndice inflame. Isso é chamado de apendicite. Em casos graves, o apêndice precisa ser removido cirurgicamente.
Mas só porque você teve seu apêndice retirado, não significa que ele não pode voltar a causar dor. Existem alguns casos em que o apêndice não pode ser completamente removido, e a parte que sobrou pode inflamar novamente.
As pessoas que tiveram o apêndice removido não notaram diferença em suas vidas.

1. Rins
A maioria das pessoas tem dois rins, mas você pode sobreviver com apenas um – ou mesmo nenhum (com a ajuda de diálise).
O papel dos rins é filtrar o sangue para manter a água e o equilíbrio dos eletrólitos, bem como o equilíbrio ácido-base do corpo.
Ele faz isso agindo como uma peneira, usando uma variedade de processos para manter as coisas úteis, como proteínas, células e nutrientes que o corpo precisa. Mais importante ainda, ele se livra de muitas coisas que não precisamos, deixando-as passar pela sua peneira biológica na forma de urina.
Há muitas razões pelas quais as pessoas têm que ter um rim – ou ambos os rins – removidos: condições hereditárias, danos causados ​​por drogas e álcool, infecções, etc. Se ambos os rins falharem, a pessoa precisa fazer diálise. Existem dois tipos de diálise: a hemodiálise e a diálise peritoneal.
A hemodiálise usa uma máquina contendo solução de dextrose para limpar o sangue, enquanto a diálise peritoneal usa um cateter especial inserido no abdômen para permitir que a solução de dextrose seja passada para dentro e para fora manualmente. Ambos os métodos extraem as coisas que não precisamos do corpo.
Se uma pessoa é colocada em diálise, sua expectativa de vida depende de muitas coisas, incluindo o tipo de diálise, seu sexo, outras doenças que a pessoa pode ter e sua idade. Pesquisas recentes mostraram que alguém colocado em diálise aos 20 anos pode ter uma expectativa de vida de mais 16 a 18 anos, enquanto que alguém em seus 60 anos só pode viver por cinco anos com diálise. O transplante de rim é necessário para evitar a morte em casos em que a diálise já não é mais possível. [Science Alert]


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

É por isso que algumas pessoas são alérgicas a exercícios físicos

Existem dois casos que exercícios físicos podem causar reações alérgicas em alguém: a urticária colinérgica e a anafilaxia induzida pelo exercício. Na primeira, aparecem pequenas erupções na pele que são causadas pelo aumento de temperatura do corpo. Elas aparecem alguns minutos depois do exercício, normalmente na região do pescoço e tórax, espalhando-se pelo corpo depois. Uma simples compressa fria ajuda a aliviar a coceira. Esta reação é mais comum e raramente evolui para algo mais sério como queda da pressão e alteração respiratória, segundo a BVS APS Atenção Primária à Saúde.

Já a anafilaxia induzida pelo exercício é muito mais grave, mas apenas 2% da população mundial sofre com o problema. Nele, acontece coceira generalizada, inchaço nos lábios, olhos ou região genital, sintomas gastrointestinais, falta de ar, chiado no peito. Quem sofre com essa reação alérgica pode chegar ao choque anafilático.

Na anafilaxia causada pelo exercício, os sintomas também aparecem poucos minutos da movimentação, e podem durar até três horas. Adultos jovens sofrem mais com ela, e alguns pacientes só têm a reação depois de ingerir algum alimento específico, geralmente o aipo, trigo e frutos do mar. Nesses casos, a pessoa deve evitar esses alimentos entre quatro e seis horas antes do exercício.

Confira sintomas leves da anafilaxia induzida pelo exercício:
– pele avermelhada
– urticária
– inchaço da pele em qualquer parte do corpo
– inchaço dos lábios
– dor abdominal, náusea ou vômito

Sintomas severos:
– inchaço da língua
– voz rouca
– dificuldade em engolir
– dificuldade em respirar, chiado ou tosse persistente
– sensação de fraqueza ou tontura

Veja algumas combinações que podem desencadear a anafilaxia induzida pelo exercício, segundo dados da Campanha Anafilaxia, do Reino Unido:

Alimento + exercício
Este tipo de reação se chama anafilaxia induzida pelo exercício dependente de alimento (FDEIA). Os sintomas acontecem quando um alimento ao qual a pessoa é alérgica é ingerido antes do exercício, normalmente trigo ou frutos do mar. Pessoas diagnosticadas com FDEIA devem evitar exercícios quando ingerem esses alimentos.

Aspirina + exercício
Sintomas acontecem quando aspirina é tomada no mesmo dia que os exercícios acontecem.

Alimento + exercício + aspirina (ou anti-inflamatório não-hormonal)
A combinação de aspirina, alergia a alimento e exercício pode causar sintomas severos. Um estudo analisou um paciente que tinha reações alérgicas quando ingeria alimentos feitos com trigo e tomava aspirina, e essa reação se tornava ainda pior se ele se exercitasse no mesmo dia. Apenas a ingestão do trigo não causava problemas ao paciente. Em outros casos, anti-inflamatórios não-hormonais causavam a mesma reação.

Exercício + exposição ao frio ou calor extremos
Pesquisadores relatam um caso de um menino japonês de 16 anos que sofria há 4 anos com reações alérgicas toda vez que se exercitava no inverno. Testes mostraram que a combinação de frio e exercício causavam os sintomas.

Como é o tratamento?
É muito importante que quem suspeite tenha anafilaxia induzida pelo exercício procure um médico o quanto antes.

Quem sofre com esse tipo de alergia normalmente tem que carregar uma EpiPen, injeção de adrenalina que ajuda a controlar os sintomas de fortes reações alérgicas. Depois da aplicação da adrenalina, a pessoa deve ser levada rapidamente ao hospital.

Como a reação tem sido estudada há apenas 30 anos, ainda não se sabe se os pacientes superam o problema naturalmente conforme ficam mais velhos ou se sofrem com ele a vida toda.

O ideal é que quem sofre com a alergia nunca se exercite sozinho, e que faça exercícios mais leves.

[BVS APS Atenção Primária à Saúde, Anaplylaxis Campaign, Science Alert]


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

3 etapas simples para dominar qualquer assunto, de acordo com um físico vencedor do Prêmio Nobel

Dominar um assunto nunca é fácil. E envelhecer não ajuda, certo?
Mas, caso você queira ou precise dominar algum tema, não precisa se desesperar. Você pode simplesmente aproveitar o método do físico vencedor do Prêmio Nobel, Richard Feynman. Ele criou uma fórmula de três etapas que pode lhe auxiliar a aprender algo não apenas mais rápido, mas em um nível mais profundo.

Saber x entender
Richard Feynman já falou sobre a diferença entre “conhecer algo” e “conhecer o nome de algo”.
Por exemplo, alguém pode mostrar-lhe um pequeno pássaro dourado e dizer-lhe que é um tordo marrom. Também poderia dizer-lhe que é chamado de “halzenfugel” em alemão, e de “chung ling” em chinês. Você pode se lembrar desses fatos para o resto de sua vida, mas você ainda não sabe nada sobre o pássaro – onde ele vive, como migra, qual seu canto etc.
Embora seja uma evidência muito óbvia do argumento de Feynman, o mesmo se aplica a assuntos muito mais complexos. Quer ver?
Nós sabemos que a água conduz eletricidade há muito tempo. Esse fato é uma parte fundamental do mundo que nos rodeia. Mas somente depois de 200 anos de busca que os cientistas finalmente descobriram como esse processo realmente acontece.
Logo, para entender algo de uma forma mais completa, aprenda com o gênio Feynman:

Etapa 1: Escreva o assunto como se estivesse ensinando-o a uma criança
Pegue um caderno, escreva o tópico que está aprendendo no topo da página, e explique-o, do início ao fim, como se estivesse ensinando-o a uma criança.
E, não, não existe um assunto sequer – nem mesmo mecânica quântica – que não possa ser ensinado para uma criança, usando palavras simples. O portal xkcd uma vez explicou a ciência por trás de foguetes espaciais usando apenas 1.000 palavras comuns da língua inglesa (por exemplo, eles usaram a frase “aquele tipo de ar que deixa as vozes engraçadas” para dizer “gás hélio”).
E essa é justamente a chave – quando você está tentando explicar algo a uma criança de oito anos, não pode se esconder por trás de um jargão complicado que nem você realmente entende. Logo, você se força a compreender o conceito em um nível mais profundo, a fim de simplificar relacionamentos e conexões entre ideias.
Se tiver alguma dificuldade… Bom, daí você terá uma noção clara de onde você tem uma lacuna de conhecimento.

Etapa 2: Reveja suas lacunas de conhecimento
Agora que você identificou quais partes do assunto você não entende direito, você pode estudá-las especificamente, e obter as respostas que precisa.
Em seguida, repita a etapa 1 até que você consiga explicar tudo de maneira simples, do começo ao fim.

Etapa 3: Organize e simplifique
Você agora deve ter uma explicação completa do assunto que quer dominar, simples e abrangente o suficiente para que mesmo uma criança possa entendê-la.
Tente diminui-la e simplificá-la, e leia-a em voz alta – isso irá ajudá-lo a identificar qualquer fragmento instável e pouco convincente.

Etapa 4 (opcional): Experimente realmente ensinar o assunto a alguém
Você poderia recrutar uma pessoa real para testar o seu conhecimento. Uma criança de verdade talvez não seja a melhor opção – provavelmente haverá problemas de atenção envolvidos.
Mas você pode ensinar o assunto a um amigo ou alguém interessado. Se a pessoa não compreender algum aspecto de sua explicação e você não puder esclarecê-lo, significa que ainda existe uma lacuna no seu conhecimento.

Pronto!
Essa é a técnica de Feynman. Não é uma solução rápida, muito estudo ainda é necessário, mas, se você segui-la bem certinho, certamente terá uma compreensão profunda do assunto que você está tentando aprender.
Dominar algum novo assunto é sempre crucial – seja para fazer algum exame, para usar na vida profissional ou até para seu próprio benefício. E, com essa estratégia, você não vai esquecer o tema logo depois de tê-lo utilizado a seu favor. [ScienceAlert]


terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Especialistas dizem que o segredo da longevidade está nestes 9 hábitos

Qual é o segredo da longevidade? Nos acostumamos a ver pessoas com 90, 100 ou até mesmo 110 anos contando na televisão como chegaram a essas idades, mas normalmente cada uma delas tem um “segredo” diferente: comer isso, não comer aquilo, caminhar todos os dias, tomar sol na medida certa etc.

Mas o que explica que certas regiões do mundo tenham tantos octagenários, nonagenários, centenários e supercentenários – aquelas pessoas que atingem os 110 anos? Pesquisando o assunto, o demógrafo belga Michel Poulain e o médico italiano Gianni Pes descobriram uma população com tais características na região da Barbaglia, na Sardenha, Itália. Desde então, as áreas do mundo onde as pessoas vivem vidas consideravelmente mais longas são conhecidas como “zonas azuis”.

Mais tarde, o pesquisador americano Dan Buettner começou a trabalhar para identificar outras áreas com altas taxas de longevidade e encontrou outras quatro zonas azuis:. Okinawa, no Japão; Icaria, na Grécia; Loma Linda, na Califórnia; e Península de Nicoya, na Costa Rica. Em todos esses lugares, há uma grande proporção de pessoas com idades avançadas, e cada área é caracterizada por características específicas que se relacionam com essa condição.

Na região de Barbaglia, localizada na região montanhosa da Sardenha, por exemplo, está a maior concentração mundial de centenários. Já a Ilha de Okinawa é habitada pelas mulheres mais velhas da Terra, enquanto a ilha de Icaria tem a população mais velha com os níveis mais baixos de demência senil. Loma Linda é o lar de uma comunidade de adventistas do sétimo dia cuja expectativa de vida é 10 anos maior em relação à média nos Estados Unidos, e em Nicoya está a segunda maior comunidade de centenários do mundo.

Para descobrir o segredo das zonas azuis, uma equipe composta por vários especialistas (médicos, antropólogos, demógrafos, nutricionistas, epidemiologistas) – e liderada pelo próprio Dan Buettner – viajou muitas vezes a estes lugares. Eles identificaram nove fatores gerais que explicam a longevidade, todos relacionados à dieta e ao estilo de vida:

9. Atividade física intensa e regular no desempenho das tarefas diárias. As pessoas que vivem nessas regiões não possuem o termo sedentário em seus dicionários

8. Ter um “ikigai” – uma palavra japonesa que é usada para definir nossas próprias “razões para ser” ou, mais precisamente, as razões pelas quais acordamos todas as manhãs

7. Redução do estresse, um fator que está intimamente ligado a quase todas as doenças relacionadas ao envelhecimento. Nas regiões estudadas, a redução do estresse significa interromper o ritmo normal da vida diária para dedicar tempo para outras atividades que fazem parte de hábitos sociais normais. Por exemplo, tirar uma soneca nas sociedades mediterrânicas, rezar no caso dos adventistas, a cerimônia do chá das mulheres em Okinawa, e assim por diante.

6. “Hara hachi bu” – um ensinamento confuciano que significa que não devemos continuar a comer até ficarmos cheios, mas apenas até 80% da nossa capacidade alimentar

5. Priorizar uma dieta rica em produtos à base de plantas. Carne, peixe e produtos lácteos podem ser consumidos, mas em quantidades mais baixas

4. Consumo moderado de bebidas alcoólicas, o que confirma a crença de que os bebedores moderados vivem vidas mais longas do que os não-bebedores

3. Participar de grupos sociais que promovam hábitos saudáveis

2. Participar de comunidades religiosas com práticas religiosas comuns

1. Construir e manter relacionamentos sólidos entre os membros da família: pais, irmãos, avós e outros.

É possível dizer que os 9 fatores de longevidade se enquadram em duas categorias: em primeiro lugar, manter um estilo de vida saudável – prtaicar exercícios de intensidade regular, incluir hábitos para “quebrar” o estresse diário, incluir plantas em nossas dietas, comer até estar satisfeito, e não cheio, e não beber excessivamente.

Em segundo lugar, integrar-se a grupos que promovam e apoiem essas “boas práticas”: família, comunidades religiosas, grupos sociais, etc. – tudo isso baseado em seu próprio “ikigai”, ou seja, sua própria “razão para viver” – os especialistas dizem que há também um “ikigai” coletivo que define os objetivos para cada comunidade, bem como os desafios a superar para alcançá-los.

A longevidade pode ser determinada pela genética, mas também é algo que pode ser alcançado através de práticas que nos fazem bem e podem nos levar não só a uma vida mais longa, mas também melhor. [Science Alert]