segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Talvez seja por isso que votemos em políticos corruptos


Políticos mentem o tempo todo. Mas, mesmo quando uma mentira facilmente desmascarada é revelada, vemos que os simpatizantes dificilmente passam a perceber o mentiroso como desonesto.

Por exemplo, ano passado, Donald Trump alegou falsamente que sua cerimônia de inauguração foi “a maior de todos os tempos”, apesar das evidências fotográficas em contrário – apenas uma de suas várias mentiras demonstráveis.

É claro que nenhum dos candidatos das eleições presidenciais americanas era visto como um modelo de honestidade. No entanto, isso pareceu prejudicar Hillary Clinton mais do que Trump. Por quê?

O maior perigo de contar mentiras
Uma nova pesquisa americana sugere que, às vezes, mentir pode realmente fazer um político parecer mais autêntico: seus seguidores veem mentiras descaradas como protestos simbólicos da oposição contra uma situação corrupta.

O método
Em um estudo online, 424 participantes leram sobre uma hipotética eleição para presidente de um corpo de estudantes universitários.

O candidato fictício concorrendo contra o titular não tinha experiência em governo estudantil. Durante um debate, ele mencionou pesquisas que apoiavam a proibição do álcool no campus.



Metade dos participantes do estudo leram que a pesquisa não estava em um periódico sério revisado por cientistas e que o candidato da oposição havia notado isso corretamente. A outra metade leu que a pesquisa havia sido publicada em um período científico revisado por cientistas, mas o candidato da oposição mentiu sobre isso e disse que não era – uma afirmação facilmente verificável. Além disso, o concorrente também fez uma observação sexista sobre os pesquisadores, violando outra norma social.

Dentro de cada um desses dois grupos, metade também leu que a legitimidade do titular estava em questão. A outra metade leu que ele era um bom representante de estudantes. Os participantes do estudo também completaram um teste de personalidade e foram informados aleatoriamente se o resultado correspondia ao do titular ou do concorrente. Finalmente, eles avaliaram a autenticidade do concorrente.

Como fazer uma mentira “se tornar” verdade
Resultados
Quando os participantes do estudo foram informados de que compartilhavam o tipo de personalidade do concorrente e a legitimidade do titular estava em questão, tanto homens quanto mulheres classificaram o concorrente descrito como mentiroso e sexista como mais autêntico do que o concorrente descrito como honesto.

Parece absurdo, mas é um bom ponto de partida para tentarmos entender por que políticos que mentem ainda podem fazer sucesso. Aparentemente, os seguidores de um candidato da oposição, quando se identificam com ele, não se importam que ele minta, inclusive percebendo-o como mais autêntico.

Isso pode explicar a popularidade de um candidato mesmo quando este é pego em flagrante em uma mentira, como ocorreu com Trump nos Estados Unidos. No contexto brasileiro, um candidato à presidência também fez uma alegação falsa facilmente verificável durante um debate no programa Roda Viva, na TV Cultura, quando afirmou que havia apresentado mais de 500 projetos em 27 anos (quando um dos entrevistadores o corrigiu dizendo que haviam sido 176, ele respondeu “Que seja”), mas isso não pareceu afetar sua confiabilidade como futuro presidente da nação.

Como os políticos respondem a questões sem verdadeiramente respondê-las
Ressalvas
Segundo Diana Mutz, cientista política da Universidade da Pensilvânia (EUA) que estudou os seguidores de Donald Trump e não esteve envolvida neste estudo, alerta que, embora ele seja interessante, governos estudantis hipotéticos estão muito longe de examinar o público americano e questões políticas reais, então é melhor não generalizar.

Os pesquisadores, no entanto, também pediram a participantes para avaliar a autenticidade de candidatos reais das eleições de 2016. Por exemplo, 402 indivíduos foram informados de que um dos tweets de Trump sobre o aquecimento global ser uma farsa havia sido definitivamente desmascarado. Os defensores de Trump eram mais propensos do que os defensores de Clinton a ver o tweet como não literal, e sim como um desafio para a elite. Eles também eram duas vezes mais propensos a classificar seu candidato preferido como altamente “autêntico”.

Oliver Hahl, pesquisador da Universidade Carnegie Mellon (EUA) e principal autor do estudo, argumenta que seus experimentos podem ajudar os cientistas a entender os defensores de Trump: “Isso me dá a sensação de que o mundo ainda é racional em algum grau”.

Nós preferimos políticos mais altos
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica American Sociological Review.


domingo, 26 de agosto de 2018

Ricos trapaceiam, mentem e roubam mais: estudo


Será que o dinheiro torna as pessoas ruins? Essa é uma pergunta justa, quando as manchetes são dominadas por más ações dos ricos e poderosos. Entre fraudes, corrupções e desvios, quanto mais as pessoas têm, parece que mais mentirosas e trapaceiras ficam.

“Para os pesquisadores que estudam riqueza e poder, é desanimador, mas não surpreendente, porque está alinhado com as nossas descobertas. O efeito do poder é, infelizmente, uma das leis mais confiáveis do comportamento humano”, explica Dacher Keltner, psicólogo da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA), que passou décadas estudando riqueza, poder e privilégio.

Nos últimos anos, Keltner e seu aluno de pós-graduação Paul Piff publicaram diversos experimentos que confirmam muitas de nossas piores suposições sobre o poder corruptor da fortuna.

Os estudos
Em um dos experimentos, por exemplo, os pesquisadores se posicionaram em um cruzamento movimentado e rastrearam o modelo de cada carro cujo motorista cortou os outros em vez de esperar sua vez. As pessoas que dirigiam carros caros – como um Mercedes novinho em folha – tinham quatro vezes mais chances de ignorar as leis de direito de passagem do que motoristas de carros baratos, como um velho Honda.

“Há algo sobre riqueza e privilégio que faz você se sentir como se estivesse acima da lei, que permite que você trate os outros como se eles não existissem”, disse Keltner.

Em outro experimento, um pesquisador se passou por um pedestre tentando atravessar a faixa, e observou quais carros paravam conforme a lei exigia, e quais passavam direto por ele. Todos os carros mais baratos pararam, enquanto metade dos carros caros ignorou o pedestre na faixa, mesmo depois de fazer contato visual.



Em um dos achados mais surpreendentes, Keltner e Piff descobriram que os ricos são mais propensos a literalmente tirar doces de crianças. Primeiro, eles pediram a 129 participantes que comparassem suas finanças com pessoas que tinham mais ou menos dinheiro. Em seguida, deram aos participantes um pote de doces e disseram que eles eram destinados a crianças em um laboratório próximo, mas eles poderiam pegar alguns, se quisessem. Aqueles que se sentiram mais ricos depois de comparar suas finanças com pessoas mais pobres pegaram muito mais doces para si mesmos.

Outros estudos
Nas últimas décadas, um crescente corpo de pesquisa tentou capturar e medir os efeitos exatos da riqueza sobre o comportamento e a moralidade.

Entre estudos realizados por outros cientistas, os resultados mostraram que os ricos sonegam mais impostos, traem mais seus parceiros românticos, são mais propensos a furtar, são mais propensos a trapacear em jogos de azar e são frequentemente menos empáticos.

Além disso, em pesquisas com doações para a caridade, muitas vezes as famílias de baixa renda doam maiores proporções de seu salário do que as famílias de renda média e alta.

Todos esses resultados sugerem que a riqueza e o poder tiram as inibições das pessoas, as fazem ter mais comportamentos de risco e sentimentos de direito e invulnerabilidade. Ao mesmo tempo, torna as pessoas menos empáticas e capazes de ver as perspectivas dos outros.

É melhor ser pobre?
Como grande parte da pesquisa psicológica sobre riqueza e poder é relativamente nova, muitos dos resultados ainda estão sendo testados e precisam ser confirmados por mais experimentos.



“Eu não diria que essas questões estão resolvidas. Há divergências sobre o exato efeito da riqueza sobre a ética e quão grande ele é”, disse Michael Kraus, psicólogo social da Universidade Yale (EUA).

Mas o tema é de grande interesse, especialmente com a crescente desigualdade social.
 “Há muitas razões para nos preocuparmos com a ética das pessoas ricas. Mesmo se a pesquisa descobrisse que elas não são mais antiéticas que qualquer outra pessoa, sua influência no mundo é muito maior. Há governos e bancos estrangeiros envolvidos. Você começa a entrar nessa área onde pode afetar todo o país e o curso da democracia”, esclarece Kraus. [ScienceAlert]


Futebol com efeito de remédio


Futebol com efeito de remédio

Pesquisa bota em campo os principais benefícios desse esporte à saúde

Que a prática de atividade física faz bem para o corpo todo mundo sabe. Mas uma revisão científica feita por estudiosos dinamarqueses exalta particularidades muito bem-vindas do esporte preferido dos brasileiros. De acordo com os novos achados, o futebol aprimora a capacidade cardiorrespiratória, os níveis de colesterol e pressão e a forma física dos praticantes amadores.

“Observamos que a modalidade tem amplos efeitos no organismo, além de melhorar o bem-estar social, a imagem corporal, a autoconfiança e a qualidade de vida”, conta Peter Krustrup, professor de Ciências do Esporte e Saúde da Universidade do Sul da Dinamarca.

Nos dados analisados pelo time de Krustrup, o aspecto competitivo do futebol foi deixado de lado — isso para evitar que o estresse e as jogadas mais agressivas resultassem em tensão e lesões.

Como o esporte impacta o corpo, segundo a revisão
Praticar 1 hora de futebol, 2 vezes na semana por ao menos três meses gera:

Redução de 6 batimentos cardíacos por minuto. Ponto positivo para a saúde do coração.
Redução de 1,72 kg de gordura. O gasto calórico do futebol facilita a manutenção de uma boa forma.
Ganho de 2 cm na altura do salto. Os músculos e ossos tornam-se mais fortes.
Redução de 8 mg/dl no colesterol ruim, o que ajuda a prevenir infartos.

Também tem riscos
Antes de decidir jogar bola toda semana, é preciso prezar pelo condicionamento. “O futebol é um esporte de explosão. Uma pessoa com problemas cardíacos pode sofrer uma parada cardiorrespiratória, por exemplo”, avisa Ricardo Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP).

Torça sem crise
É normal que, durante as partidas, as alterações nos níveis de hormônios mexam com a pressão e o ritmo cardíaco — o que demanda cuidados extras para quem já tem desordens no coração. “A ansiedade também pode fugir do controle e gerar náuseas, dor no peito, nos membros e nas costas”, diz o psicobiólogo Ricardo Monezi, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Para evitar perrengues, não se esqueça de beber água antes e durante os jogos e fazer refeições leves. Melhor evitar exageros nos comes e bebes.

Descubra agora o que acontece com o corpo quando a gente está na arquibancada ou na frente da TV:

Cabeça: Reagindo ao sistema nervoso, o corpo libera hormônios de acordo com os resultados — daí vem o estresse quando as coisas estão feias. Ou o prazer da vitória.

Axilas: A tensão na hora do jogo gera calor. Nós começamos a transpirar para manter a temperatura do corpo em equilíbrio.

Cordas vocais: Na hora do gol, o corpo libera uma quantidade absurda de adrenalina, o que nos leva a expulsar o ar em alta velocidade de maneira verbalizada.

Coração: Sob influência dos hormônios, o coração aumenta sua frequência de trabalho e começa a bater mais rápido.

Pernas: Não consegue ficar sentado vendo o jogo? É um instinto natural. Para o cérebro, é como se estivéssemos ajudando o time no campo.

Fonte: Ricardo Monezi, Psicobiólogo, Professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/futebol-com-efeito-de-remedio/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Filipe Frazão/iStock

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Bicicleta seria o meio de transporte mais saudável, para o corpo e a mente


Segundo um estudo, usar a bike nos trajetos diários seria até mais positivo do que caminhar. E deixa a cabeça bem mais tranquila do que carro, ônibus...

Um trabalho feito pelo Instituto de Saúde Global Barcelona (ISGlobal) sugere que a bicicleta é o meio de transporte que mais beneficia a saúde das pessoas – inclusive quando comparada à caminhada. Seu uso também aumenta o bem-estar, mantém a mente saudável e diminui a sensação de solidão.

Antes de abordar os benefícios em si, vale destacar que um diferencial dessa análise foi contemplar o uso de várias formas de locomoção de um indivíduo durante o dia. Por exemplo: talvez você precise pegar um ônibus e um trem para chegar ao seu trabalho. Ou utilizar a bicicleta e, depois, o metrô para ir até a faculdade.

Apesar de comum no dia a dia, essa interação entre diferentes meios de transporte era pouco considerada pela ciência. Dito de outra forma, os estudos anteriores costumavam comparar uma forma de se locomover com outra, isoladamente.

Segundo Ione Ávila Palencia, ambientalista e líder da pesquisa, a avaliação em conjunto desse mix foi feita para o artigo ser mais realista. “É a primeira vez que o uso de diversos meios de transporte é associado a efeitos no corpo, na mente e nas relações sociais”, afirmou, em comunicado à imprensa.

Como o estudo foi feito
Os cientistas recorreram a um banco de dados com 8 802 moradores de sete cidades europeias: Antuérpia (Bélgica), Barcelona (Espanha), Londres (Inglaterra), Örebro (Suécia), Roma (Itália), Viena (Áustria) e Zurique (Suíça). Todos responderam questionários sobre como se locomoviam e qual a percepção da própria saúde física e mental. Ao final de dois anos, 3 567 participantes voltaram a preencher os formulários.

Os meios de transporte considerados na pesquisa foram carro, moto, transporte público (ônibus, metrô etc), bicicleta, bicicleta elétrica e caminhada. Resultado: a bike foi associada às respostas mais positivas com relação à saúde. E também foi vinculada a sensação de mente sã, vitalidade e menos estresse e solidão.

Andar a pé ficou em segundo lugar na lista. Isso sinaliza como os chamados meios de transporte ativos podem contribuir para a qualidade de vida.

Por outro lado, o uso de questionários para reportar a própria saúde é uma limitação do levantamento. Às vezes, a pessoa se engana, ou não sabe que possui uma doença, ou tem o desejo de exaltar sua condição física…

De qualquer forma, os resultados mais positivos indicam ao menos que os voluntários estão se sentindo bem. E isso já é muita coisa.

Não é só uma questão de mobilidade
Normalmente, a magrela é lembrada por aliviar o trânsito das ruas cheias de carros ocupados por apenas uma ou duas pessoas. Mas, de acordo com Mark Nieuwenhuijsen, diretor da Iniciativa de Planejamento Urbano, Desenvolvimento e Saúde da ISGlobal, é preciso olhar também para os benefícios pessoais relacionados à saúde, tanto física como mental.

“É necessária integrar planejamento urbano, mobilidade e saúde pública a fim de desenvolver políticas para promover o transporte ativo”, conclui Mark.

E no Brasil?
De acordo com um relatório de 2013 do Sistema de Informações da Mobilidade Urbana, da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), apenas 4% das viagens cotidianas nas cidades brasileiras são realizadas de bicicleta. Para se ter uma ideia do quanto esse número é baixo, na Holanda ele corresponde a 34% da população.

Porém, as vias mais amigáveis para pedalar vêm se expandindo. O portal Mobilize Brasil fez um levantamento mostrando que, entre 2015 e 2017, a rede de ciclovias e ciclofaixas de 19 capitais avançou cerca de 21%, crescendo 453 quilômetros no total.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/bicicleta-transporte-ativo-saudavel/ - Por Maria Tereza Santos - Foto: Dulla/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Afrodisíacos funcionam?


Diversas receitas prometem dar um gás na hora H. Infelizmente, não existem muitas provas científicas da eficácia delas. De qualquer forma, conheça alguns itens que podem ajudar:

Açafrão: em camundongos, esse tempero elevou a atividade sexual dos machos.

Ginseng: parece ter efeito nos vasos sanguíneos de todo o corpo, o que facilitaria a ereção.

Maca peruana: seus dotes são relatados por séculos e agora são estudados com mais critério.

Oleaginosas: ricas em magnésio, mineral com papel em fatores que influenciam no sexo.

Ostras: são uma boa fonte de zinco, outro componente básico para uma boa saúde sexual.

Pimenta e cia: tudo que dá sabor e aroma diferentes numa refeição especial aumentaria o apetite na cama.


quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Ar-condicionado faz mal? Veja o que dizem os especialistas


Seja dentro do carro durante o verão ou nos escritórios, onde podem gerar polêmica pela diferença no nível de frio e calor que as pessoas sentem, o ar-condicionado é um personagem recorrente da vida moderna. Há quem goste e há quem odeie, e entre os seus inimigos, um dos argumentos é que estas máquinas podem causar doenças ou piorar condições já existentes, mas será que isso é verdade?

O portal Gizmodo, em sua sessão Giz Asks, em que faz a mesma pergunta para diversos especialistas, levantou este debate. O veredito é que sim, os ar-condicionados podem causar doenças, mas são casos muito raros. Veja as respostas:

“Isso é raro. A grande questão se resume à condensação e ao potencial de desenvolvimento de biofilmes (comunidades de bactérias) dentro do ar-condicionado, e do ventilador disseminar essas bactérias para o ar. Há também um problema por causa da umidade: alguns dos ar-condicionados mais antigos tinham panelas de condensação, onde a água apenas se acumulava e ficava ali. Outro problema é o mofo – a exposição a ele pode desencadear uma reação alérgica e, potencialmente, uma infecção respiratória. Mas a grande maioria dos casos documentados não são surtos: eles são isolamentos de bactérias ou biofilmes”, diz Scott Meschke, professor de Ciências do Trabalho e da Saúde da Universidade de Washington.

“Depende da doença e do ar-condicionado. Qual doença? E qual ar-condicionado? Em primeiro lugar, “ar-condicionado” é um termo bastante amplo. Estamos provavelmente mais conscientes dos ar-condicionados “secos”. Os ar-condicionados de ciclo reverso nas residências não usam água e liberam ar seco. Do ponto de vista da doença, isso dificulta a sobrevivência de microorganismos. Estes seres fazem tudo na água – por isso, as doenças bacterianas em ar-condicionados “secos” nunca acontecem. O sistema em si é muito hostil para eles sobreviverem. Portanto, os ar-condicionados secos não causam doenças.

Os ar-condicionados úmidos são menos conhecidos. Eles usam principalmente água para resfriar o ar por evaporação. Edifícios maiores usam um sistema mais complexo que recicla a água através de um dispositivo e usa a água resfriada para resfriar um refrigerador que, por sua vez, resfria o ar. É muito semelhante ao ar-condicionado do seu carro, que usa o radiador para resfriar o refrigerador que fornece ar frio. Estes são chamados de torres de resfriamento, e quase todos os grandes edifícios tem um (ou mais) que fornecem ar-condicionado.

Naturalmente, uma vez que você tenha um sistema “úmido”, as bactérias e outros seres crescerão. Isto é principalmente onde o problema ocorre. A água usada para resfriamento aquece e coleta a sujeira do ar externo (leia-se “alimento para germes”), o que a torna ideal para o seu crescimento. Como esses sistemas precisam ter exaustão, o ar úmido é soprado para o meio ambiente. Os germes são então transportados no ar úmido.

Dependendo do germe e da pessoa que respira o ar úmido, isso pode causar doenças. A doença do legionário (causada pela bactéria Legionella) é provavelmente o melhor exemplo disso. Ar de sistemas de ar-condicionado úmidos é inalado e causa infecção em pessoas suscetíveis. Nem todo mundo fica doente – apenas aqueles cuja saúde não é a melhor. Surtos de “torres de resfriamento” podem afetar centenas de pessoas porque o ar úmido e cheio de bactérias pode viajar quilômetros longe da fonte e ser inalado. Curiosamente, a maioria das pessoas que ficam doentes está fora do prédio. As pessoas com ar-condicionado dentro do prédio não são infectadas, porque não respiram a exaustão da torre de resfriamento. Portanto, a doença dos legionários é o problema de alto perfil que causa doenças em aparelhos de ar-condicionado úmidos”, respondeu Richard Bentham, professor de Biologia da Universidade Flinders.

Arthur Frank, professor de Saúde Ambiental e Ocupacional da Universidade Drexel, também cita a doença do legionário, mas diz que sistemas menores de ar-condicionado também podem fazer mal. “O clássico, claro, é a doença do legionário, que você obteria de grandes sistemas de ar-condicionado. (Um caso) foi descrito pela primeira vez na Filadélfia, no Hotel Bellevue – o sistema de água estava contaminado com organismos Legionella, muitas pessoas adoeceram e várias morreram.

Mas os aparelhos de ar-condicionado individuais também podem causar problemas às pessoas. Quando eu era estudante de medicina do quarto ano, fazendo uma aula eletiva no Instituto Nacional do Câncer, aprendi sobre um jovem com leucemia que estava sendo tratado lá. Ele chegava ao hospital com febre, haveria a preocupação de que ele tivesse uma infecção, eles o tratavam vigorosamente por alguns dias com antibióticos, e então sua temperatura baixava. Eles não conseguiam encontrar qualquer fonte de um organismo, então eles o mandavam para casa, e ele rapidamente adoecia novamente. Finalmente alguém fez uma visita à sua casa e descobriu que o sistema de ar-condicionado estava carregado de bactérias e fungos, e ele respondia a isso toda vez que ia para casa com um pico de febre.

Portanto, unidades individuais de quartos podem expelir bactérias e fungos com as quais as pessoas também podem ficar doentes, mas é bastante incomum. Se fosse comum, considerando todos os sistemas de ar-condicionado que temos nos Estados Unidos, muito mais pessoas ficariam doentes com isso.

E você tem que equilibrar os riscos. Há uma taxa de mortalidade normal e previsível nos Estados Unidos, mas as duas coisas que a aumentam são uma temporada de gripe particularmente ruim no inverno ou uma onda de calor prolongada no verão. Os ar-condicionados podem proteger as pessoas, além de deixá-las doentes”, pondera.

“Sim: sistemas de ar-condicionado podem deixar você doente. Principalmente por causa do crescimento de microorganismos, incluindo Legionella, nos sistemas de água que são usados ​​no ar de resfriamento. Isso pode ocorrer com outras fontes de água também – os surtos de Legionella foram associados a muitas fontes, incluindo spas e aquários.

A questão que realmente importa é: qual a probabilidade de você ficar doente com um ar-condicionado? Existem centenas de milhões de aparelhos de ar-condicionado residenciais e comerciais nos EUA. Pense em quantas vezes você entra em um prédio refrigerado. Em 2016, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) relataram cerca de 6.100 casos de doença do legionário (embora as autoridades de saúde pública acham que isso é provavelmente uma quantidade menor de casos reais) na população americana de cerca de 320 milhões de pessoas. Isso sugere que o risco de uma pessoa aleatória ficar doente é muito pequeno.

É importante notar que o CDC diz que o risco não é distribuído uniformemente, com pessoas com mais de 50 anos, fumantes atuais ou passados, e aqueles com sistema imunológico enfraquecido ou doença crônica tendo maior risco”, opina George Gray, professor de Saúde Ambiental e Ocupacional da Universidade George Washington. [Gizmodo]


terça-feira, 21 de agosto de 2018

O formato do seu umbigo pode revelar algo sobre a sua saúde


O umbigo nada mais é do que uma cicatriz do nosso corpo decorrente da cicatrização do corte do cordão umbilical – aquele cordão que liga a mãe ao bebê durante a gestação.

Ele não possui qualquer função em nosso corpo, porém segundo o site Healthy Tips World, ele pode nos avisar sobre alguns problemas que podemos ter com relação a nossa saúde.

Isso pode parecer estranho, mas analisando a aparência do seu umbigo, você pode saber se você sofre de alguma doença. Vamos descobrir quais são as formas mais comuns de umbigo, e quais doenças estas formas podem esconder.

1- Umbigo abaulado, como um botão
O umbigo um pouco abaulado pode ser normal, mas se você notar que ele está demasiadamente abaulado do que já é normalmente, e recentemente você levantou algo pesado, isso pode significar um risco de hérnia.

2- Uma pequena protuberância
Se seu umbigo tiver pequena protuberância indica que você provavelmente está propenso a gripe.

3- Umbigo fundo
Umbigo fundo pode significar que você normalmente tem problema com o seu peso e tem propensão a problemas digestivos e constipação.

4- Umbigo com formato de amêndoa
Isso significa que você deve ter cuidado com enxaquecas e dores musculares, mas você também está propenso a ter ossos fracos.

5- Umbigo em forma de “U”
Essa forma de umbigo indica que você pode ser propenso a ter doenças renais e de pele. Mas seu filho terá menor probabilidade de nascer com deformidades genéticas.

Se isso é uma verdade ou não, vamos prestar mais atenção ao nosso umbigo!

* Nota: As informações e sugestões contidas neste artigo têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.


segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Restrição de carboidrato é associada a redução na expectativa de vida


Estudo liga o corte desse nutriente - como na dieta low carb - e o abuso de fontes de proteína animal a menor longevidade. Mas o excesso também faria mal

Se tem um nutriente passando por maus bocados hoje em dia, é o carboidrato, presente em alimentos como pão, massas, arroz e tubérculos. Ele é acusado de ser o grande financiador de obesidade e os vários problemas de saúde ligados ao peso extra. Nesse cenário, surgiram muitas dietas cujo principal foco é fazer uma restrição severa de suas fontes na rotina, a exemplo da low carb e paleolítica. Mas um estudo publicado na prestigiada revista científica The Lancet mostra que esse comportamento pode abalar a expectativa de vida.

No trabalho, os pesquisadores analisaram questionários sobre hábitos alimentares de 15 428 pessoas de 45 a 64 anos. Durante um período médio de 25 anos, ocorreram 6 283 mortes. Em seguida, eles combinaram esses dados com o de outros estudos, totalizando 432 179 participantes – e 40 181 óbitos.

Ao cruzar todos os números, eles notaram que um consumo baixo de carboidratos (menos de 40% das necessidades calóricas diárias de uma pessoa) resultou em um maior risco de mortalidade. Mas, não se engane: o exagero também foi problemático. Quem compôs a dieta com mais de 70% de calorias provenientes de carboidratos viu a expectativa de vida cair.

Por outro lado, quando 50 a 55% das calorias são representadas pelo nutriente, a pesquisa mostrou que a longevidade sai ganhando. Cabe notar que se trata da quantidade da substância que a maioria dos nutricionistas considera ideal (muitos defendem, na verdade, que está tudo bem chegar até 60% nessa conta).

Não é só quantidade, é qualidade
Os autores da pesquisa observam, no entanto, que os resultados variam de acordo com outros alimentos escolhidos pelas pessoas. Por exemplo: quando os carboidratos eram trocados por proteínas e gorduras de origem animal, como a de carnes de vaca e porco, o risco de mortalidade subia. Mas a expectativa de vida aumentava se os substitutos fossem de origem vegetal – a exemplo de oleaginosas, abacate e leguminosas.

Outro recado: embora ninguém precise sair cortando carboidratos loucamente, faz bem prestar mais atenção nos tipos escolhidos. Em vez de investir em massas refinadas e sobremesas, o ideal seria optar por versões boas do nutriente, como arroz integral, grãos, cereais e frutas. Até porque esses itens fornecem fibras, que ajudam a baixar os níveis de colesterol e a manter a flora intestinal equilibrada.


domingo, 19 de agosto de 2018

4 hábitos tóxicos para o organismo que você não sabia


O simples ato de esquentar a marmita no micro-ondas ou a absorção de partículas decorrente da aplicação de desodorantes são hábitos que, embora pareçam inofensivos, oferecem riscos à saúde. Tais costumes fazem com que o organismo acumule toxinas que podem gerar desequilíbrio mental e físico, além de propiciar o surgimento de doenças a médio e longo prazo.

O naturopata Adoilto Chaves sinaliza quatro hábitos comuns do dia a dia que prejudicam o corpo sem que as pessoas tenham consciência da gravidade:

1. Desodorante aerossol
A maioria dos produtos contém cloridróxido de alumínio ou cloreto e cloridratos para inibir a sudorese. O problema é que essas micropartículas penetram no organismo e podem desencadear o desenvolvimento de câncer.

2. Cosméticos
Shampoos, protetores solares e esmaltes de unha contêm substâncias como parabenos e ftalatos, que são responsáveis pela espuma ou pelo brilho e fixação dos produtos. No organismo, porém, elas causam alterações hormonais, aparecimento de câncer e envelhecimento precoce da pele.

3. Plástico no micro-ondas
Muitos recipientes utilizados no cotidiano contêm Bisfenol-A (BPA), uma substância cancerígena que, quando aquecida a temperaturas elevadas, pode causar problemas cardíacos e hormonais.

4. Água
A sua indisposição eventual pode ser um sinal de problema com a água. Isso porque o PH recomendado para a água potável é acima de 6,5, porém o abastecimento hídrico das cidades não alcança esse patamar – além de conter produtos químicos como metais pesados, xenoestrógenos e cloro.


sábado, 18 de agosto de 2018

Cientistas calculam quantos amigos você tem


Outros detalhes interessantes da "ciência da amizade": são necessárias 200 horas para fazer um amigo de verdade, mas você irá perder metade dos seus amigos nos próximos sete anos.

Número de amigos por pessoa

Em média, há entre três e cinco pessoas em nossas vidas com as quais temos um relacionamento muito próximo (amigos íntimos e/ou família), cerca de 10 com quem temos amizades íntimas, um grupo maior de cerca de 30 a 35 pessoas com quem interagimos com frequência e, finalmente, cerca de 100 conhecidos com quem entramos em contato de vez em quando.

Em outras palavras, nós interagimos regularmente com cerca de 150 pessoas.

Esse número é conhecido como "número de Dunbar" e indica a quantidade de amigos com quem o nosso cérebro pode lidar, de acordo com uma teoria formulada na década de 1990 por Robin Dunbar, professor de antropologia da Universidade de Oxford.

Agora, o próprio professor Dunbar se uniu a colegas espanhóis para verificar sua teoria na prática. E eles concluíram que a organização das nossas amizades é guiada em grande parte por nossa capacidade cognitiva, ou seja, pela quantidade de tempo e esforço mental que podemos dedicar aos amigos.

"É a primeira vez, tanto quanto eu saiba, que uma teoria puramente matemática, baseada em um princípio físico básico (o da máxima entropia), prediz um fenômeno social ou estrutura que é posteriormente encontrada nos dados," disse Anxo Sánchez, da Universidade Carlos III de Madri.

Ter amigos aumenta expectativa de vida em 50%
Isso também pode acontecer em pequenas comunidades, onde há menos pessoas disponíveis para estabelecer um relacionamento, levando à ampliação do círculo de amizades próximas entre as pessoas disponíveis.

"O que a nossa teoria prevê, e o que agora conseguimos averiguar, é que pessoas com alta capacidade cognitiva poderiam expandir seu círculo de amizades íntimas," explica Sánchez.

Algo semelhante acontece ao contrário, segundo os pesquisadores.

"É impossível ter relações com 150 pessoas e ser íntimo de todas. Por isso, se se tem um grande número de relacionamentos, isso deve significar que são quase todos superficiais," disse Ignacio Tamarit, coautor do trabalho.