domingo, 30 de dezembro de 2018

12 filmes que você precisa assistir em 2019


Haja grana pra tanto ingresso. O ano que vem está cheio de continuações aguardadas, filmes que vão mexer com a sua nostalgia, e, é claro, muitos heróis.

The Irishman
Estreia: sem data anunciada
Famoso por filmes como Taxi Driver, Touro Indomável e Os Infiltrados, Martin Scorsese lançará mais um filme sobre a máfia, desta vez para a Netflix. A história é baseada na vida real do líder sindical Frank Sheeran, acusado de ter ligações com uma família criminosa, e conta com grandes atores de Hollywood: Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci.

Vingadores: Ultimato
Estreia: 26 de abril
Depois de acabar com metade da vida no universo, Thanos (Josh Brolin) se aposentou e foi viver numa fazenda. A sequência de Guerra Infinita encerra o primeiro ciclo da Marvel nos cinemas, que começou lá atrás, com Homem de Ferro, em 2008.
Além do longa, a Marvel marcará presença no cinema mais duas vezes em 2019. Capitã Marvel estreia em 9 de março e Homem-Aranha: Longe de Casa será lançado em julho.

Pokémon – Detetive Pikachu
Estreia: 9 de maio
A ideia de fazer uma versão em live action de Pokémon, um dos animes de maior sucesso dos anos 2000, pode parecer estranha. Colocar um Pikachu dublado por Ryan Reynolds no papel de um detetive particular, então, é mais estranho ainda. Mas o trailer é divertido, então quem sabe?

Rocketman
Estreia: 17 de maio
Se você gostou de Bohemian Rhapsody, que contou a história de Freddie Mercury, provavelmente vai querer conferir esse musical, que mostra o início da carreira de outra estrela da música: Elton John. O próprio cantor é um dos produtores do filme, que terá como protagonista o ator Taron Egerton. Difícil encarar um papel como esse? Pois já fique sabendo que Egerton canta de verdade no filme, sem dublagem.

Toy Story 4
Estreia: 20 de junho de 2019
Tem uma cobra na minha bota! Quase dez anos depois do último filme, os brinquedos da Pixar retornam para mais um longa.
Apesar do teaser não dar detalhes sobre a história, a sinopse divulgada fala da vida de Woody & Cia. após todos irem morar com uma nova criança, Bonnie – e os problemas que aparecem após a chegada de Forky, um novo brinquedo.

Turma da Mônica: Laços
Estreia: 27 de junho
Floquinho, bairro do Limoeiro e até o Louco. Pela primeira vez, o universo criado por Maurício de Sousa vai ganhar uma versão em carne e osso para o cinema. A trama é inspirada na graphic novel Laços, criada pelos artistas Victor e Lu Caffagi.

O Rei Leão
Estreia: 19 de julho
Seguindo a onda de versões live-action de seus desenhos clássicos, a Disney fez uma nova versão da animação de 1994. Desta vez, os personagens principais ganharão as vozes, exclusivamente, de artistas negros: Donald Glover, Chiwetel Ejiofor, Beyoncé e James Earl Jones (que também interpretou Mufasa no original – e dublou Darth Vader, é claro).
Outras duas novas versões também estão marcadas para esse ano. Dumbo estreia em 29 de março e Aladdin no dia 24 de maio.

Era uma Vez em Hollywood
Estreia: 26 de julho
O novo filme do diretor Quentin Tarantino vai misturar ficção com uma das histórias mais chocantes dos EUA: o assassinato da atriz Sharon Tate pela seita liderada por Charles Manson. O elenco traz nomes como Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie e Al Pacino.

It – Parte 2
Estreia: 5 de setembro
Depois do sucesso do terror de It – A Coisa, em 2017, o longa, baseado no livro homônimo de Stephen King, vai ganhar uma continuação. Ela se passará 27 anos depois do primeiro filme e será estrelada pelas versões adultas das crianças da primeira parte da história. Dentre eles estão atores como James McAvoy, Jessica Chastain e Bill Hader.

Joker
Estreia: 4 de outubro
O ator Joaquin Phoenix será o próximo Coringa dos cinemas, em um filme que vai explorar a origem do maior vilão do Batman (talvez, da história dos quadrinhos). Além dele, Robert De Niro fará uma participação no longa.

Frozen 2
Estreia: 22 de novembro
Achou que a história de Anna, Elsa e Olaf tinha acabado? A continuação ainda não possui uma sinopse, mas se tiver músicas tão legais quanto o primeiro, já está valendo.
Em 2017, a Disney lançou um curta especial de Frozen para o fim de ano. Olaf – Em uma nova aventura congelante de Frozen, disponível na Netflix, mostra o boneco de neve indo atrás de tradições natalinas para salvar o Natal das princesas.

Star Wars: Episódio XIX
Estreia: 19 de dezembro
O desfecho da nova trilogia vai se passar um ano após os conflitos de “Os Últimos Jedi” e ainda não teve seu título divulgado. Nele, haverá a volta de um dos personagens da trilogia original, Lando Calrissian, vivido pelo ator Billy Dee Williams.
Além disso, Carrie Fisher, morta em 2016, também voltará como Leia em cenas que não foram usadas na última produção.
Este será o retorno de J.J. Abrams na direção. Ele havia comandado o primeiro filme dessa nova leva em 2015, mas ficou apenas na produção durante o segundo.

Fonte: https://super.abril.com.br/cultura/12-filmes-que-voce-precisa-assistir-em-2019/ - Por Rafael Battaglia - Marvel Studios/Lucasfilm Ltd./Walt Disney Studios Motion Pictures/Bond/Montagem sobre reprodução

sábado, 29 de dezembro de 2018

6 grandes momentos da ciência em 2018 – e um não tão bom assim


Em 2018, os cientistas descobriram formigas enfermeiras, encontraram um lago em Marte e inventaram um novo jeito de observar o céu: neutrinos.

Vamos começar a retrospectiva de 2018 com uma história um pouquinho mais antiga. Em 1919, uma comitiva de astrônomos gringos se dirigiu à cidade de Sobral, interior do Ceará, para observar o céu durante um eclipse solar. A missão deles era avaliar se a luz de estrelas distantes era distorcida pela gravidade massiva do Sol quando passava perto dele.

É que alguns anos antes, em trabalhos publicados em 1905 e 1911, um cara levemente genial chamado Albert Einstein havia previsto que sim: gravidade é um negócio que distorce o tecido da realidade; dobra o espaço e o tempo e obriga até a luz a fazer curva. No limite, permite viagens no tempo – ainda que essa seja uma possibilidade teórica, essencialmente impossível de se realizar na prática.

Lembre-se: estamos em 1919. Isso é 40 anos antes da época em que se passa a série de TV Mad Men. E em Mad Men homens ainda andavam de terno e chapéu e mulheres usavam anáguas por baixo dos vestidos. Se você, de calça jeans no século 21, apanha para entender a Teoria da Relatividade, imagine o que foi para alguém da época inventá-la.

Pois é, calhou que era verdade. A comitiva de Sobral viu a luz ser distorcida da maneira exata que Einstein havia previsto. No dia seguinte, a notícia era capa de todos os jornais do mundo. É difícil para nós, da SUPER, imaginar a alegria dos repórteres que estavam de plantão naquele dia. Não é sempre que um jornalista de ciência pode dar uma bomba dessas – afirmar, na capa, que um cara, sozinho, mudou a história da civilização.

Isso é porque gênios são raros. Descobertas, normalmente, são feitas passo a passo. E os passos são minúsculos. Eles são o resultado do esforço colaborativo de centenas de pessoas (nem todas de avental branco), que organizam experimentos longos e complicados para tirar conclusões que, muitas vezes, um leigo sequer é capaz de entender. Os jornalistas tentam extrair, dessas conclusões, as que são mais interessantes ou simples de explicar – e, assim, transmitir um pouco do fascínio que move essa Sociedade dos Poetas Mortos chamada Ciência, com “C” maiúsculo.
Em 2018, como geralmente acontece, não houve nenhum Einstein. Mas teve muita Ciência do jeito que ela é: sangue, suor e lágrimas. Relembrando:

1. Formigas enfermeiras
Em fevereiro, a equipe de Erik Frank, biólogo da Universidade de Würzburg, publicou um artigo relatando como as formigas da espécie Megaponera analis agem como enfermeiras de guerra: resgatam as colegas feridas em combates com outros insetos, limpam os ferimentos e até aplicam substâncias de função antibiótica. As veteranas voltam para a linha de frente depois da cicatrização. Relembre aqui.
 Formigas africanas resgatam os feridos em expedições de caça – limpam os ferimentos, aplicam antibiótico e os carregam para casa. quase um terço da colônia é composta de veteranos de guerra salvos.
Formigas africanas resgatam os feridos em expedições de caça – limpam os ferimentos, aplicam antibiótico e os carregam para casa. quase um terço da colônia é composta de veteranos de guerra salvos. (Estevan Silveira/Superinteressante)
Frank e seus colegas sabem disso porque, entre 2013 e 2015, eles assistiram de camarote a 420 expedições de formigas, organizadas por 52 formigueiros. Pode parecer muito trabalho para uma conclusão simples. É muito trabalho para uma conclusão simples. Mas vale a pena porque o comportamento nossas amigas analis é exemplo de algo maior: como a seleção natural pode dar origem a comportamentos altruístas em sociedades animais (como a nossa).
Na teoria, a seleção natural deveria premiar seres vivos egoístas: como eles agem de maneira a beneficiar a si próprios, eles naturalmente sobrevivem mais tempo e deixam mais prole. Já os seres vivos bobos e prestativos, que gastam energia com os outros, perdem na luta pela vida. Por causa disso, sempre foi um desafio explicar a existência da bondade – seja entre formigas, seja entre nós.
A coisa muda de figura quando percebemos que um gene que te estimula a ajudar pessoas próximas acaba, por tabela, ajudando a preservar as cópias dele que moram no corpo dos seus parentes próximos: pais, irmãos, filhos… Assim, o altruísmo ganha uma explicação matemática: um gene que colabora com seus clones em outros corpos aumenta o número de si mesmo na população. Você pode entender o fenômeno nesta matéria da SUPER de junho.
As formigas, portanto, são uma pequena colaboração à grande aventura de entender o comportamento animal. Um exemplo lindo de ciência feita em 2018.

2. Bebês editados
Às vezes, cientistas abandonam a cautela dos pequenos passos no desejo de virar notícia. E aí erram. O pesquisador chinês He Jiankui afirmou, em novembro, que havia criado um par de gêmeas humanas com o DNA editado pela técnica CRISPR-Cas9. A ideia era torná-las resistentes ao vírus causador da AIDS, o HIV. Os pais das crianças eram soropositivos.
Ninguém sabe se Jiankui realmente fez isso – não há nenhum artigo científico que descreva a peripécia, e ninguém viu as cobaias recém-nascidas. Mas isso não torna a alegação menos grave.
O primeiro problema é prático: a técnica CRISPR-Cas9 (que você pode entender melhor aqui) nunca foi submetida à bateria de testes clínicos pelos quais qualquer medicamento e terapia sérios precisam passar antes de serem aplicados em humanos. Ninguém sabe ao certo quais são os riscos e efeitos colaterais de se copiar e colar trechos de DNA como se faz com textos no computador. Há evidências, por exemplo, de que genes sem relação com o gene-alvo podem ser modificados acidentalmente pela técnica.
O segundo é ético: editar DNA para curar doenças não é diferente de customizar genes para mudar características físicas ou comportamentais de um bebê. As ferramentas para fazer isso ainda precisam ser aperfeiçoadas, mas já estão nas mãos dos cientistas.
Crianças produzidas sob encomenda, de acordo com as especificações dos pais, são uma assustadora versão século 21 da eugenia – a ideia de “melhoramento genético” da espécie humana por meio da reprodução seletiva de indivíduos mais aptos e a castração dos supostamente incapazes.

3. Lago de gelo em Marte
Em julho, dados de radar de uma sonda não-tripulada da Agência Espacial Europeia (ESA) revelaram um corpo de água salgada com 20 quilômetros de extensão oculto sob uma calota de gelo no extremo sul de Marte. Essa foi a primeira vez que um acúmulo de H2O estável e razoavelmente grande foi encontrado no Planeta Vermelho – e reacendeu as esperanças de que nosso vizinho planetário possa abrigar formas de vida simples.

4. Sons de Marte
A sonda inSight, da Nasa, chegou ao planeta vermelho em 26 de novembro com a missão de estudar os terremotos marcianos – “martemotos”, para os bem-humorados. Mas veio com um bônus: conseguiu usar seus sismógrafos para registrar o som do vento do planeta. Conclusão? Sons graves se propagam melhor na atmosfera rarefeita de gás carbônico. Os baixistas agradecem. Ouça abaixo:

5. Neutrinos antárticos
Até 2017, havia basicamente dois jeitos de se observar o Universo.

1. Um era o que você já conhece: luz. Luz, para um astrônomo, não é só a luz que os olhos podem ver diretamente – do tipo que permitiu a Galileu descobrir as luas de Júpiter com uma pequena luneta, em 1610. Outros tipos de radiação eletromagnética, como as ondas de rádio e as micro-ondas, podem ser captadas e interpretadas por equipamentos com um alcance muito maior que o do olho humano – e são uma fonte de informação valiosa para estudar objetos distantes.

2. O outro método de observação, bem mais recente, são as ondas gravitacionais: perturbações no próprio tecido do espaço-tempo, que se propagam após colisões violentas entre corpos extremamente densos, como estrelas de nêutrons e buracos negros. Elas são captadas pelo observatório LIGO. Você pode entender melhor o que o LIGO faz aqui.
Em 2018, o observatório IceCube, na Antártica, inaugurou um terceiro jeito de observar o céu. Bem diferente dos dois anteriores, ele funciona por meio da detecção de partículas subatômicas muito discretas chamadas neutrinos.
Neutrinos – ao contrário de quarks e elétrons, que compõem seu corpo, ou de fótons, que compõem a luz – são bastante discretos. Raramente interagem com as coisas. Há 65 bilhões de neutrinos atravessando cada centímetro quadrado do seu corpo neste exato momento.
Nas raras ocasiões em que interagem, porém, causam um rebuliço. Se um neutrino tromba com outra partícula dentro da água – ou do gelo, o que dá na mesma –, ele dá origem a uma porção de outras partículas. Essas partículas são jogadas longe pelo impacto, como bolas de sinuca atingidas pela bola branca. Aceleram tanto, de fato, que vão mais rápido do que a velocidade da luz na água (que é um quarto menor que a velocidade da luz no vácuo – só por isso é possível ultrapassá-la).
Da mesma maneira que um avião gera uma onda de choque quando cruza a barreira do som no ar, uma partícula emana uma luminosidade azulada muito particular quando cruza a barreira da luz na água: a radiação Cherenkov. O que o IceCube é capaz de detectar, portanto, não são os neutrinos em si, e sim a radiação Cherenkov gerada quando eles, por sorte, colidem com alguma coisa.
Com os dados dos 5160 sensores de luz que compõem o IceCube, é possível calcular com precisão de que direção do céu veio cada neutrino. E assim, estabelecer qual foi a estrela (ou até quasar) distante que os produziu. Esses sensores ficam encravados em um pedaço de gelo com um quilômetro cúbico de volume no Polo Sul. Ou seja: o IceCube é uma espécie de Facebook do céu. Envia uma notificação sempre que recebe uma mensagem de um lugar distante.

6. Exoluas?
Da série “legal, mas ainda precisa de confirmação”: em outubro, astrônomos detectaram pela primeira vez um corpo na órbita de um planeta de outra estrela. Em outras palavras, uma lua em outro Sistema Solar. A dita cuja gira em torno do planeta gigante gasoso Kepler 1625b, que é maior que Júpiter. A dupla fica a 8 mil anos-luz da Terra, na direção da constelação de Cisne.
A presença de luas nos planetas de outras estrelas não é uma surpresa: elas são extremamente comuns no Sistema Solar, e não há motivos para pensar que não apareçam em outros lugares. Mas a detecção de uma é um feito técnico notável: atestado na nossa capacidade de observar lugares tão distantes que jamais poderemos visitar.

7. O animal mais antigo
A explosão do Cambriano é o nome dado pelos geólogos ao momento em que animais grandes e complexos surgem repentinamente no registro fóssil, há 541 milhões de anos. Foi um capítulo de evolução acelerada na história natural, em que formas de vida grandes e cheias de truques — como lesmas, caramujos e insetos — pipocaram após bilhões de anos de tédio microscópico e sexo nada entusiasmado entre bactérias.
O bichinho que você na foto acima, batizado de Dickinsonia, é o fóssil animal mais antigo já encontrado: viveu há 558 milhões de anos, 17 milhões de anos antes desse marco zero. E você teve o prazer de acompanhar sua descoberta em 2018. Diga olá para seus ancestrais, humano.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Saúde high-tech: exames que podem ser feitos pelo celular ou smartwatch


Não é mais necessário ligar na pizzaria para pedir uma redonda, certo? Ou ir até o supermercado fazer as compras da semana. Hoje, atividades tão rotineiras como essas podem ser feitas pelo celular. E acredite: o mesmo vale para alguns daqueles exames de saúde que todo ano seu médico pede.

Imagine realizar pelo celular ou smartwatch procedimentos como eletrocardiograma e ultrassom. Ou poder conferir a glicemia de uma forma tão simples quanto o número de passos que você deu em um dia. Isso já é realidade.

É claro: não significa que qualquer um poderá fazer papel de médico. Mas esses avanços prometem tornar muito mais práticos e acessíveis os cuidados com a saúde. Saiba mais sobre eles:

1. Eletrocardiograma
Em setembro de 2018, a Apple anunciou que a quarta geração do Apple Watch, lançada em 21 de novembro, traria uma funcionalidade bem importante para quem precisa ficar de olho na saúde cardiovascular: agora o relógio inteligente também é capaz de fazer uma espécie de eletrocardiograma, exame que mede a atividade elétrica do coração e indica se há arritmia ou algum outro problema com os batimentos cardíacos.

Além de medir a frequência durante e logo após o exercício, o app do smartwatch também consegue aferir a pulsação quando você está em repouso – justamente como faz o eletro. O relógio conta com uma tecnologia que realiza a chamada fotopletismografia, que dispara luz infravermelha e/ou luz de LED verde para detectar a quantidade de sangue que está circulando. O líquido que corre em nossas veias e artérias é avermelhado porque reflete a luz infravermelha e absorve todas as outras.

Quando o ritmo cardíaco acelera, o fluxo sanguíneo aumenta e, portanto, uma quantidade maior de luz verde é absorvida. Os dispositivos luminosos atuam junto com condutores que convertem luz em corrente elétrica e monitoram, constantemente, quanto sangue está passando pelo pulso. A variação da frequência que os sensores do relógio são capazes de medir é de 30 a 210 batimentos por minuto.

O novo Apple Watch também traz eletrodos na parte traseira e na coroa (aquela rodinha na lateral), que identificam sinais elétricos do coração e calculam a pulsação. Basta abrir o app que mede os batimentos cardíacos e colocar o dedo por alguns segundos na coroa.

A má notícia é que, por questões regulatórias, essa função só está disponível nos Estados Unidos, por enquanto – ainda que o Apple Watch Série 4 já esteja à venda no Brasil. Também vale destacar que ele não substitui o exame feito por um médico. O grau de precisão das medidas feitas pelo relógio pode variar de pessoa para pessoa, e fatores como tatuagens e temperatura do corpo e do ambiente podem interferir na leitura dos batimentos.

2. Ultrassom
Um aparelho de ultrassom que se conecta com o celular, investiga com precisão várias partes do corpo e ainda permite que médicos em localidades diferentes analisem, pela internet, as imagens registradas. Ficção científica? Que nada!

Estamos falando do Butterfly IQ, criado pelo cientista e empresário americano Jonathan Rothberg, fundador da empresa de tecnologia Butterfly Network. O aparelho, disponível apenas para iPhone, funciona de uma forma bem simples: um pequeno transdutor se conecta com o smartphone por um fio e, via aplicativo, permite fazer 13 tipos diferentes de exames de ultrassom. Na lista estão procedimentos ginecológicos, musculoesqueléticos, de órgãos pequenos, como a tireoide, e até obstétricos.

O Butterlfy também conta com a Buttlerfly Cloud, um sistema que permite aos médicos – os únicos que podem adquirir o aparelho – cadastrar na nuvem as imagens que registram, além de compartilharem estudos científicos, de modo que todos os usuários do app tenham acesso a esse grande banco de dados online. Os uploads são ilimitados e podem ser compartilhados de forma anônima.

Por enquanto, o Buttfly IQ está disponível apenas no mercado americano, mas é possível fazer uma reserva pelo site porque, em breve, ele estará disponível em outros países.

3. Medição de glicose
Num futuro próximo, os diabéticos não vão mais precisar fazer picadas no próprio dedo para saber como está a glicemia ou andar para cima e para baixo com o aparelho medidor de glicose. Novos recursos estão sendo desenvolvidos para que esses pacientes possam monitorar o diabetes de uma forma muito mais precisa e prática – inclusive pelo smartphone.

Um exemplo são os aparelhos desenvolvidos pela Dexcom, empresa americana especializada em tecnologias para diabetes. Tanto o Dexcom G5 Mobile CGM System quanto a nova geração, o Dexcom G6 CGM, contam com um pequeno sensor que analisa os níveis de glicose pela superfície da pele e um transmissor que se acopla ao sensor e envia as informações via bluetooth para um aparelhinho da própria Dexcom ou para um celular ou smartwatch compatível (há opções tanto no sistema Android quanto no iOS).

A empresa foi pioneira em conseguir a aprovação da FDA (Food & Drug Administration, agência do governo americano que regula alimentos e bebidas) para um monitor contínuo de glicose que não exige picadas nos dedos. O sensor – que pode ser colocado na barriga ou na lombar – dura dez dias, é resistente à água e à movimentação intensa (dá para se exercitar tranquilamente, segundo o fabricante).

Ao contrário de um medidor comum de glicose, que faz a dosagem apenas quando utilizado, esse novo sistema monitora o açúcar no sangue a cada cinco minutos durante todo o período de uso. Para ter ideia, o número de aferições pode chegar a 288 em 24 horas. O sistema também permite criar alarmes para quando a glicose atinge níveis muito altos ou baixos. E o melhor de tudo: no mesmo aparelho que você usa para realizar todas as outras atividades do dia a dia.

Além dos Estados Unidos, os produtos da Dexcom estão disponíveis em diversos países da Europa e da Ásia. Não há previsão de chegada ao Brasil.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Doença cardiovascular: pra evitar, o que importa é alimento, não nutriente


Especialista mostra como não há um herói ou vilão na dieta. A proteção do coração depende de uma dieta balanceada, com certas características gerais

A nutrição desempenha papel importante tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças crônicas, em especial das cardiovasculares. Durante grande parte do século 20, as recomendações nutricionais eram baseadas na prevenção da desnutrição e das deficiências de nutrientes específicos. Foi apenas a partir de 1980 que elas mudaram o foco para as doenças crônicas, como obesidade, diabetes, hipertensão…

Veja o caso da diretriz norte americana de 1980, que, entre outras coisas, sugeria: “evite muita gordura, gordura saturada e colesterol; ingira alimentos com mais amido e fibras; evite muito açúcar e muito sal”. Entretanto, é interessante observarmos que esse guia ainda era baseado em restrição de determinados macro e micronutrientes, o que é bastante difícil de ser adotado pelas pessoas.

Além disso, novos estudos mostraram que, mais importante do que se concentrar em nutrientes específicos, era atentar para a ingestão de alimentos e a adoção de padrões alimentares específicos. Padrões alimentares caracterizam-se pela combinação de comidas habitualmente consumidas que, em conjunto, apresentam efeitos benéficos à saúde.

Exemplos desses padrões são a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) e a do mediterrâneo. Elas são ricas em alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, castanhas, vegetais, legumes, grãos integrais, peixes, iogurte e óleos vegetais. E são restritas em carnes processadas, carne vermelha, grãos refinados, amido e açúcar. Todas essas escolhas – não um ou outra isoladamente – conferem um alto teor de fibras, vitaminas, antioxidantes, minerais, compostos fenólicos, além de baixa quantidade de sal, açúcar e gordura trans.

Essa mudança do foco de nutrientes para alimentos específicos e o cardápio como um todo já era sugerida pelo estudo Women’s Health Initiative, publicado em 2006 no periódico científico JAMA. Nesse trabalho, 48 835 mulheres na pós-menopausa, entre 50 e 79 anos, foram divididas em dois grupos:

1) Um teria que reduzir a gordura na dieta para menos de 20% do total de calorias e aumentar a ingestão de frutas, vegetais e grãos.

2) O outro serviria como grupo controle, recebendo apenas materiais informativos relacionados a nutrição saudável.

Após uma média de acompanhamento de 8 anos, não houve diferença significativa na redução de doenças cardiovasculares e AVC entre os dois grupos. E apenas uma modesta queda no índice dos fatores de risco cardiovasculares (colesterol alto, por exemplo).

Uma hipótese para explicar esses resultados é que grande parte da gordura tirada do cardápio foi substituída, a longo prazo, por carboidratos refinados. E, em excesso, eles também podem provocar repercussões negativas.

Outro estudo interessante, veiculado no periódico The Lancet, mostrou que altas e baixas quantidades de carboidratos na dieta foram associadas com maior mortalidade. O menor risco foi encontrado justamente quando a concentração desse nutriente estava entre 50 e 55% da composição da dieta.

No entanto, houve redução da mortalidade quando os carboidratos foram substituídos por fontes de proteínas e gorduras de origem vegetal, ao invés das animais (fonte: Seidelmann SB, et al. Dietary carbohydrate intake and mortality: a prospective cohort study and meta-analysis. Lancet Public Health. 2018;3:e419-428). Esses dados sugerem que a fonte dos macronutrientes pode influenciar na mortalidade. De novo, estamos falando de comida, e não de um ou outro nutriente.

Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019
O estudo PREDIMED veio reforçar a ideia de que padrões alimentares saudáveis são mais importantes. Na investigação, 7 447 pacientes com alto risco cardiovascular foram divididos em três grupos e acompanhados por 4,8 anos. O primeiro recebeu a dieta do mediterrâneo com 30 gramas de castanhas por dia. O segundo adotou a dieta do mediterrâneo suplementada com 1 litro de azeite de oliva extra-virgem por semana. Já o terceiro grupo foi orientado a fazer dieta com baixa quantidade de gordura.

Apesar das limitações da pesquisa, os dados finais indicaram que os dois grupos que receberam a dieta do mediterrâneo apresentaram redução do número de infarto, AVC e morte de origem cardiovascular (fonte: Estruch R. Primary prevention of cardiovascular disease with a mediterranean diet supplemented with extra-virgin olive oil or nuts. N Engl J Med. 2018;378:e34)

Logo, as recomendações nutricionais mais recentes enfatizam a importância de dietas saudáveis como estratégia contra as doenças crônicas não transmissíveis, em especial as cardiovasculares. Outros exemplos desses padrões alimentares podem ser encontrados no Guia Alimentar da População Brasileira e em iniciativas como o Meu Prato Saudável.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/alimente-se-com-ciencia/doenca-cardiovascular-pra-evitar-o-que-importa-e-alimento-nao-nutriente/ -  Por Dr. Marcos Ferreira Minicucci, médico - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Por que não emagreci em 2018 e como finalmente cumprir essa meta em 2019?


Especialista ensina métodos para criar metas de perda de peso saudáveis que você realmente vai conseguir cumprir

Todo final de ano fazemos promessas para nós mesmos – como a de emagrecer. Mas os projetos e compromissos de Ano Novo, na maioria das vezes, não alcançam o carnaval. Por que isso acontece? Como fazer diferente?

Comecemos pelo problema. Nossas resoluções de Ano Novo, tomadas em ambiente de férias, descanso ou pausa da rotina diária, perdem o fôlego quando voltamos para a rotina normal. Digamos que elas disputam espaço com os compromissos diários.

Aquela lista de mudanças no estilo de vida para os próximos 12 meses é projetada em condições ideais – longe, bem longe da realidade. Quem de nós não presenciou um amigo sedentário que queria emagrecer dizendo: “Ano que vem vou caminhar e comer frutas todos os dias”.

Pois o ano começa e, na primeira semana, tudo vai como programado. Ele anda bastante e, no final do exercício, ainda dá um pulo na feira para encher a fruteira. Aí, na terceira semana, pula uma sessão de caminhada. “Ah, estou estressado e cansado. Hoje eu mereço”.

Quando chega fevereiro, a atividade física e as frutas perdem espaço para o chope e o salaminho: “O calor anda insuportável, estou cansado… e o carnaval está logo ali”.

Eis que, depois da folia, ele já abandonou por completo as promessas que fez na virada do ano. E lá se foi o projeto de mudança de hábitos. Até que, dali a dez meses, chega o Ano Novo e tudo se repete.

Esse padrão de comportamento é bem descrito na literatura científica e tem base nos chamados motivadores intrínsecos e extrínsecos. Falamos disso no livro O Fim das Dietas.

Quando os motivadores para um estilo de vida saudável são extrínsecos, ou seja, não possuem uma forte ligação com seus valores, você fica muito tentados às recompensas imediatas. Nesse cenário, é até injusta a competição entre um projeto de longo prazo (perder a gordurinha que saltava do biquíni ou da sunga e não voltar a tê-la) versus o prazer instantâneo de aproveitar o chocolate, o chope e o churrasco.

Cá entre nós, o vencedor dessa disputa está definido desde dezembro, antes do início do próximo ano. Nós já sabemos que, dentro do cérebro, esses prazeres mais imediatos favorecem a produção de neurotransmissores associados ao bem-estar, que estimulam a repetição desses comportamentos. Diante disso, a busca pela recompensa mais distante do “verão sem canga” fica sempre para outro momento.

Ok, já entendemos que precisamos buscar anseios intrínsecos profundos que justifiquem projetos de longo prazo, mudar de atitude e quebrar o círculo vicioso. Mas como?

O primeiro passo é identificar o padrão de desequilíbrio. Se você reconhecer o gatilho que promove o desvio do projeto FFNV (Fique em Forma No Verão) para o comportamento tradicional e imediatista, crie um lembrete que o traga de volta para a racionalidade.

Segundo, comece por mudanças sustentáveis e exequíveis. Nosso amigo fictício do começo da história já tentou caminhar todos os dias. Para quem não tem o hábito, esse desafio é imenso! Programe algo que se encaixe na sua agenda.

Terceiro, pense na tarefa inteira. Se você pretende comer frutas todos os dias, quem vai comprar essa frutas? Quando? Em qual mercado ou feira? O que você precisa para lembrar de levar a fruta consigo? Com uma programação prática, tudo fica mais fácil.

Quarto, lembre do prazer que essa nova experiência trouxe. Por exemplo: “Ao final da caminhada, me senti mais tranquilo”. Ou “depois de comer a fruta, fiquei com menos fome e mais atento às minhas tarefas profissionais”.

E quinto e último, reserve tempo para se alimentar com calma e se conecte ao momento da refeição. Falamos disso também no livro O Fim das Dietas. Em outras palavras, coma comendo.

Esses cuidados simples podem ajudá-lo a tirar o projeto FFNV dos sonhos e trazê-lo para sua realidade.


terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Dicas simples para buscar uma vida mais saudável em 2019


Preparar a lista de resoluções pouco antes do Réveillon é um ritual que ajuda a fazer o inventário do ano que passou e renovar a esperança e busca por conquistas e mudanças positivas no que está se iniciando.

Então, vá em frente, elabore a sua e acredite na importância de cada um dos itens. Só não se esqueça de que, para ter energia para buscar suas metas, vale incluir também atitudes para garantir sua saúde física e mental.

Aproveite aqui as dicas de especialistas e busque mais qualidade de vida e equilíbrio em 2019:

Em busca do sono perfeito
OK, não vai ser bem na festa da virada do ano que você vai se planejar para dormir, mas ir para a cama sempre no mesmo horário faz muita diferença na qualidade do sono, senão o cérebro fica em estado de alerta, dificultando emplacar uma sequência de noites repousantes. Experimente também desligar os aparelhos eletrônicos e evitar bebidas estimulantes uma ou duas horas antes de dormir. “A chamada higiene do sono inclui ainda atividades neutras e relaxantes no dia a dia. Seja fazer meditação, cantar no chuveiro, plantar uma horta ou interagir com alegria com a família e os amigos”, diz Monica Andersen, diretora do Instituto do Sono e professora de biologia do sono da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Dormir bem traz como consequência uma pele mais bonita, defesas mais aguçadas, peso em ordem e melhor desempenho sexual”, assegura. A saúde cardiovascular também agradece, uma vez que a privação de sono é responsável, por exemplo, pelo aumento na pressão arterial.

Busque o convívio social e os bons relacionamentos
O psiquiatra Alexandre Saadeh, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e médico do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, sugere atitudes simples que têm o poder de transformar o dia e as emoções ao redor. “Ser educado, polido, cumprimentar as pessoas, dar bom dia, boa tarde, pedir licença e desculpas. Além de facilitarem o convívio social, essas ações predispõem as pessoas ao contato humanizado e mais gentil”, afirma. Saadeh sugere, ainda, cuidar da aparência: “Sentir-se atraente e envolvente facilita o contato humano e propicia relacionamentos”.

Busque o melhor da vida
“Tenho uma série de decisões que vão me ajudar a buscar um 2019 mais saudável”, conta Carlos Eduardo Barra Couri, endocrinologista e pesquisador da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. “Apesar de contar com todas elas, já adianto: eu faria exames de saúde frequentes, pois, mesmo com toda a prevenção, podemos ter algumas surpresas silenciosas, daquelas que o corpo não nos avisa – mas que os exames mostram.” Dado o conselho para não pular as consultas de rotina, anote aí, e adapte à sua vida, o plano de Barra Couri por um ano com mais bem-estar: “Eu teria mais momentos para mim mesmo, como leitura, exercícios, cinema. Pensaria muito antes de comer, promovendo uma boa discussão entre meu cérebro e meu estômago a cada refeição. Dormiria mais, beberia uma taça de vinho da Serra Gaúcha com minha esposa em vários dias da semana. Procuraria, enfim, ver o lado positivo e alegre das coisas”.

Em busca de mudanças de hábito
É possível, sim, driblar as dificuldades e se engajar no compromisso de comer melhor e fazer exercícios físicos regularmente. “A principal razão para não transformar os planos em ações é que, na maioria das vezes, a pessoa faz um planejamento de um mundo ideal. Quando parte para a vida real, as coisas dependem de etapas anteriores para que possam acontecer”, frisa Antonio Lancha Jr., profissional de educação física e expert em alimentação. “Um exemplo bem simples: você decide que no ano novo vai passar a comer três frutas por dia. Ótimo, mas precisa organizar quando comprar a fruta, estabelecer o horário em que vai consumir, deixar o alimento preparado para comer – e lembrar-se de fazer isso”, ele instrui. “Da mesma forma acontece quando o sujeito parte do sedentarismo direto para a resolução de correr todo dia. Diante de decisão tão desafiadora, o risco de insucesso é grande e ele pode retroceder na ideia”, analisa. Comece buscando metas exequíveis, vendo se é possível chegar mais tarde ao trabalho ou acordar mais cedo alguns dias por semana. E parta para a ação, deixando em ordem camiseta, tênis, bermuda… “Tudo de forma realizável e sustentável”, sugere Lancha Jr.

Em busca de boas escolhas
“Do ponto de vista nutricional, existem várias escolhas que permitem uma vida com menor risco de doenças, previnem complicações clínicas, resultam em maior longevidade e, ao mesmo tempo, trazem o prazer, o sabor, o apetite e a qualidade de vida”, reflete o nutrólogo Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Nutrologia e Dificuldades Alimentares do Instituto Pensi, em São Paulo. O médico elenca, então, suas principais dicas: “Seja equilibrado, coma de tudo, sem exageros. Consuma menos proteína de origem animal e mais lácteos. Menos açúcar e mais carboidrato complexo, de massas, cereais e grãos integrais. Doces, refrigerantes e gorduras não são proibidos, mas deveriam ser consumidos apenas ocasionalmente. Comida saudável não é comida sem sabor, ela sempre pode ser incrementada com temperos, combinações de alimentos e experimentação”. Por fim, Fisberg aconselha: “Reserve tempo para as refeições em família, divirta-se comendo, não creia em modismos e busque orientação com gente especializada”.

Busque alimentar o corpo e também a alma
A aproximação do fim de ano potencializa a preocupação em como manter os pilares de um estilo de vida com alimentação equilibrada, atividade física, controle do estresse, felicidade e sono. Para começo de conversa, diz a nutricionista Bianca Naves, de São Paulo, dá para aproveitar sem medo as festividades de fim de ano. “Se você quer obter peso saudável e saúde, os eventos sociais podem, sim, fazer parte da vida sem que haja nenhum prejuízo nos resultados finais”, garante. “Cozinhar é o que diferencia os seres humanos de outros seres vivos. Por isso, aproveitar as festas para preparar receitas de família ajuda a amenizar a ansiedade, contribuindo também para a nutrição do corpo e da alma”, ensina. “Procure comer devagar e saboreie o prato que montou, aproveite o momento e vivencie sem culpa as suas escolhas. Procure se reconectar com os alimentos e buscar equilíbrio e saúde todos os dias, e não só quando o calendário avisa que vai começar um novo ano.”

Busque exercitar-se. E boas companhias
Não é segredo: entre as mudanças possíveis em busca de mais energia, força e bem-estar, a adoção e manutenção de um estilo de vida ativo não ficam fora de nenhuma lista de propósitos. “Não existe atividade ideal. Diferentes combinações geram benefícios semelhantes”, já avisa Tony Meireles, coordenador do programa de pós-graduação em educação física da Universidade Federal de Pernambuco. Por isso, a recomendação é se entregar a um mix de práticas que estimulem os sistemas cardiovascular e muscular, com treinos de força e de potência. “Se elas forem feitas em grupo, em condições de baixo risco de lesão e alto nível de divertimento, é muito, mas muito, melhor. A dica é começar 2019 descobrindo que tipo de prática cabe no seu bolso e que pode ser compartilhado com pessoas legais”, propõe Meireles. E que não seja complexo demais, afinal, diversão faz parte da experiência.

Em busca da ida ao dentista sem sofrimento
Visitas frequentes ao dentista podem salvar muito mais do que apenas os dentes. Afinal, não param de sair estudos mostrando o elo entre a higiene bucal e a saúde como um todo. Então, para se preparar para um ano longe de encrencas no organismo, não dá para menosprezar a importância da escova e do fio dental. “Sem os devidos cuidados, as bactérias tomam conta da boca, e elas não vão apenas causar gengivite e periodontite. O produtos dessas inflamações passeiam pela corrente sanguínea e podem prejudicar o controle de problemas cardíacos e diabetes”, diz Giuseppe Romito, professor de periodontia da Universidade de São Paulo. Se não der para abrir sua agenda de 2019 com uma visita ao dentista, pelo menos reserve um espaço para o checkup bucal assim que for possível. Afinal, a ideia é também sorrir mais ao longo do ano, certo?

Busque os seus propósitos
“Perceber que sua vida tem sentido faz toda diferença para a saúde física e mental”, diz a bióloga Elisa Harumi Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Há estudos comprovando uma maior longevidade entre pessoas que se sentem participativas, seja numa carreira bem-sucedida ou se envolvendo na educação dos filhos ou netos. Outro ponto importante é “apagar os incêndios emocionais”. Kozasa explica: “Por exemplo, se dermos atenção aos sinais que antecedem uma explosão de raiva, poderemos mudá-la para um rumo mais construtivo, escolhendo como reagir e melhorar significativamente nossa qualidade de vida emocional”.

Acalme sua mente e busque o controle do estresse
O ideal é colocar o plano em ação já antes da virada: “Procure minimizar as exigências que esteja se impondo. As expectativas, por um lado, são nossa força motora, mas, por outro, podem causar ansiedade e afetar o bem-estar”, analisa a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil. Para engrenar um bom início de ano e estender a energia física e emocional ao longo dos meses, preste menos atenção naquilo que deixou de cumprir e foque sua mente no aqui e agora, para as coisas que de fato dependam de você. “Práticas meditativas e atividades como ioga são bem-vindas para relaxar e acalmar a mente nos momentos em que as cobranças exageradas desencadeiam o estresse. Com elas, é possível focar no que temos e no que somos, e não no que nos sentimos obrigados a ter. E isso se reflete em empoderamento, autoestima, prazer e felicidade”, orienta a psicóloga.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/dicas-simples-para-buscar-uma-vida-mais-saudavel-em-2019/ - Por Abril Branded Content - iStock/Abril Branded Content

segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Com esta mensagem, desejo Feliz Natal aos amigos e leitores de todos os dias


E se todos os dias do ano fossem Natal?

A maior festa dos cristãos em todo o mundo é comemorada no dia 25 de Dezembro, o nascimento de Jesus Cristo, o Natal. Durante o mês de dezembro, as pessoas começam a se preparar para este grande dia montando árvores, enfeites e presépios; enviando cartões de natal e mensagens natalinas por telefone, email, facebook, instagram ou whatsapp; declarações de Feliz Natal com abraços e apertos de mãos e troca de presentes. O espírito natalino contagia a todos e em toda parte, porque o Natal é celebração, comemoração, magia, alegria e festa.

Nesta época, as pessoas desejam amor, paz e saúde a familiares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e até aos desconhecidos. As atitudes de solidariedade, boa vizinhança, caridade, bondade, cumprimentos são bem atenuantes neste período mais do que em qualquer outro. Ficamos mais humanos, felizes, solidários, unidos, amigos e mudamos a nossa maneira de ser do restante do ano.

Alguns dias após o Natal vêm o início de um ano novo e as esperanças florescem em todos com a perspectiva de dias melhores com saúde, paz, amor e dinheiro no bolso. Passado as festas, tudo volta ao normal, à correria do dia a dia, o trabalho estafante, o estudo puxado, as discussões normais, o estresse e, aos poucos, o espírito natalino vai sendo esquecido e voltamos a ser os humanos normais.

Agora, imagine se em todos os dias do ano as pessoas vivessem o espírito natalino, como o mundo seria diferente. Teríamos mais paz, solidariedade, amor, esperança e assim poderíamos afirmar que Jesus vive em nossos corações todos os dias e não apenas no Natal.

Sei que é um sonho, mas se este sonho for compartilhado por muitos, estaremos dando um grande passo para transformar a humanidade para melhor, menos individualista, egocêntrica e hipócrita.

Que o espírito de Natal esteja sempre conosco em todos os dias do próximo ano e com certeza, a nossa passagem por este mundo será mais agradável, feliz e harmoniosa.

Feliz Natal em todos os dias do ano vindouro para você e sua família!

Professor José Costa

Como evitar ou tratar a depressão? Com exercício físico, oras


A ciência confirma o papel da atividade física na prevenção e no controle da depressão, um mal que se alastra em proporções epidêmicas

É triste dizer, mas a depressão está no ar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas sofrem com o problema atualmente – houve um aumento de 18% entre 2005 e 2015. E a tendência é que esse número não pare de crescer. Alarmada, a própria OMS lançou um apelo aos países: é hora de todos incluírem o tema em suas políticas públicas de saúde. Acontece que não basta dar remédio a esse montão de gente que está com a mente em apuros. A solução, tanto em matéria de prevenção como no tratamento, engloba outros ajustes, como mudanças de hábito. Nesse sentido, pode apostar: teremos de suar a camisa para reverter a situação. Literalmente.

Novos estudos reforçam o poder da atividade física para o bem-estar psicológico. A ponto de o exercício virar prescrição para pessoas deprimidas (ao lado da psicoterapia e dos medicamentos). “Hoje, em toda especialidade, qualquer médico vai listar uma série de benefícios das atividades esportivas. Na psiquiatria, isso se aplica à depressão”, diz o psiquiatra Marcelo Fleck, chefe do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Embora os impactos do esforço físico na esfera mental sejam um campo de pesquisa novo, multiplicam-se evidências de que caminhar, pedalar e malhar melhoram a qualidade de vida de quem anda pra baixo. “É provável que o efeito do exercício se aproxime muito ao dos antidepressivos”, conta Fleck.

Sabe-se que os esportes promovem a liberação de endorfina, o hormônio do prazer, e de outros neurotransmissores por trás da sensação de bem-estar. Experimentos recentes mostram que suar a camisa também estimula o crescimento de células nervosas no hipocampo, região do cérebro que rege a memória e o humor. Um alento e tanto se você pensar que essa estrutura costuma ser menor entre os sujeitos deprimidos.

Esse estímulo aos neurônios é o que ajuda a entender os reflexos positivos de longo prazo – vai muito além, portanto, da sensação imediata de prazer e dever cumprido após a academia. “A liberação de hormônios não é o que faz a pessoa melhorar. A superação da doença tem a ver com a regeneração neuronal”, revela o educador físico e doutor em psiquiatria Felipe Schuch, do Centro Universitário La Salle, em Canoas (RS). Só que esse efeito terapêutico depende de regularidade.

Atividades do dia a dia que também afastam a depressão
Volta no parque: existem indícios de que o contato com a natureza aprimora o bem-estar mental. Que tal caminhar sob as árvores?

Hora da limpeza: até uma vassoura pode ajudar quem não curte exercícios. Um estudo diz que fazer faxina melhora em até 23% o humor no dia.

Estica-e-puxa: alongar-se com frequência faz o oxigênio circular melhor pelo corpo e traz alívio à mente por um momento.

Jardinagem: cuidar de uma horta ou de plantas ornamentais ocupa a cabeça e nos obriga a abaixar, levantar… A cuca agradece.

Remédios mais exercício físico no tratamento da depressão
Um estudo do professor Felipe Schuch realizado com pacientes com depressão severa internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre constatou que pessoas submetidas a um pacote que combinava medicações e atividade física apresentavam melhores resultados do que aquelas que só utilizavam comprimidos.

A mudança de hábitos e o combate ao sedentarismo já ganharam tamanha relevância nesse contexto que o próprio psiquiatra deve ficar atento para dosar (ou evitar) o uso de fármacos capazes de levar à indisposição. “Na maioria das situações, porém, o exercício tem uma sinergia com os medicamentos”, tranquiliza Fleck.

Dentro e fora do Brasil, as vantagens da malhação são exploradas não só no tratamento mas também na redução do risco de desenvolver a doença. Nos Estados Unidos, um levantamento do Instituto Black Dog – o termo significa “cão negro”, um dos apelidos do problema por lá – englobando quase 34 mil adultos ao longo de 11 anos concluiu que os praticantes regulares de atividade física enfrentam uma menor probabilidade de ter manifestações da deprê com o passar do tempo.

A análise indica que 12% dos casos de depressão poderiam ser prevenidos se todos os participantes tivessem feito pelo menos uma hora de exercício por semana. Ignorar esse conselho esteve associado a um risco 44% maior de apresentar a condição. Sim, sedentarismo parece chamar a tristeza profunda.

Uma boa notícia é que ninguém precisa virar superatleta para tirar proveito dessa proteção. “É sempre mais fácil começar com uma modalidade com a qual já se tem familiaridade”, afirma Schuch. “E lembrar que o melhor tipo de esporte é aquele que a pessoa faz e de que gosta”, complementa.

Ora, de que adianta ir para a academia se seu negócio não é pegar peso em ambiente fechado? Vá pro parque, pule na piscina… O primeiro passo é começar a se mexer, dentro das suas possibilidades, para que a atitude vire um hábito. Daí, com o suor também vem a alegria.

À procura do treinador ideal contra a depressão
O principal objetivo ao montar o plano de exercícios de alguém que encara a depressão não é definição ou perda de peso. O crucial é fazer o indivíduo ter novas metas e sentir-se bem. Por isso, o professor precisa conhecer as condições e as limitações do aluno e estimulá-lo na medida, sem forçar a barra.

“O treinador não deve criar a expectativa de que vai dar tudo certo. E não se pode cobrar que o paciente esteja sempre motivado”, diz o educador físico Felipe Schuch.

Exercitar-se com amigos ou familiares é outra boa opção. “Assim como as caminhadas com o cachorro“, aconselha Schuch.

O profissional de educação física também tem que trabalhar junto ao psicólogo ou psiquiatra para saber como lidar com as situações adversas.

Como tirar proveito do exercício
Na agenda: monte suas metas e inclua dias para descanso. Aos poucos, o ritmo pode aumentar ou diminuir. Avalie seus avanços.

No seu nível: dê início devagar, até para não se machucar. Conhecer e respeitar seu limite é importante para evoluir e evitar frustrações.

A recompensa: bateu seu próprio recorde? Conte para alguém que ficará contente por você. É um incentivo para manter o foco e continuar sua jornada.

Sem competição: deixe de lado a comparação com outras pessoas e foque no seu próprio desempenho ao longo dos exercícios. Quem ganha é você.

Boa companhia: quem se exercita com um amigo se beneficia de uma redução do estresse até 26% maior do que quem malha sozinho.

Fracione: lembre-se de que regularidade é tudo. Melhor blocar os exercícios na semana do que concentrar tudo para um dia e ficar extenuado.

Menos cobrança: se não conseguir cumprir uma meta, não se culpe nem desista. Passe para o dia seguinte e siga adiante. O essencial é você se sentir feliz.

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/como-evitar-ou-tratar-a-depressao-com-exercicio/ - Por Maurício Brum, Juan Ortiz e Henrique Kanitz - Foto: Bruno Marçal/SAÚDE é Vital

Mensagem de Natal aos leitores do Blog Professor José Costa


Que o Deus Menino ilumine, abençoe e proteja suas vidas e de seus familiares no Natal e sempre.


Professor José Costa e família.

Neste Natal indiquei sua casa para um Amigo


"Desculpe te incomodar, é muito urgente. Tenho um amigo que vem de muito longe e precisa ficar em algum lugar. Sendo assim, indiquei sua casa. Peço-te que o receba e o ame. O nome dele é Jesus Cristo.
Agora diga bem baixo: Pode entrar Senhor, eu preciso de Ti, limpa meu coração com Teu sangue e abençoe a minha família."

Fique com Deus e tenha um Feliz Natal!

Professor José Costa