domingo, 15 de setembro de 2019

Como tratar a celulite sem cair em furadas?


Vira e mexe aparece um novo tratamento contra a chateação. Fomos atrás do que realmente vale a pena pagar — nas farmácias e nas clínicas

Popular e democrática que só, a celulite dá as caras, segundo estimativas, em nada menos que 95% das mulheres. Não é à toa que a indústria cosmética investe pesado em tratamentos para amenizar o aspecto de casca de laranja que pode estampar regiões como coxas, bumbum e companhia. São princípios ativos para cremes, injeções aplicadas em consultório médico, aparelhos que emitem ondas usados em clínicas de estética, e por aí vai.

No último congresso da Academia Americana de Dermatologia, uma das sensações foi uma fórmula testada com sucesso em quadros moderados e severos: as aplicações de uma enzima chamada Clostridium histolyticum collagenase.

“Falamos de uma substância ainda em fase de pesquisa e que já tinha sido liberada para uma doença que acomete as mãos. Agora, ela apresentou bons resultados contra a celulite”, contextualiza o cirurgião plástico Paolo Rubez, de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Há todo um caminho que novos produtos ou tecnologias têm de percorrer dos laboratórios até o mercado. E, embora a promessa das novidades seja quase sempre tentadora, os especialistas deixam claro que nenhum tratamento faz o trabalho sozinho. Isso porque existem vários fatores por trás da celulite.

“Ela é causada por acúmulo de gordura, prejuízo na drenagem linfática e deterioração do colágeno que sustenta o tecido gorduroso”, expõe a dermatologista Kédima Nassif, que atua em Belo Horizonte e é membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.

Por isso, eliminar ou minimizar os furinhos costuma depender de ações em todas essas frentes. “Não adianta, por exemplo, utilizarmos um aparelho que ajuda a remover a gordura se não tratarmos a pele em si. Se isso não for feito, haverá flacidez depois”, exemplifica a farmacêutica e cosmetóloga Mika Yamaguchi, diretora científica da Biotec Dermocosméticos, empresa fornecedora de matérias-primas para cosméticos.

Mesmo quem torce o nariz para as novidades da indústria e prefere uma solução mais natural deve ter cautela. Os experts alertam que receitas caseiras quase nunca são eficazes e ainda podem render irritações à pele.

O ponto é que não adianta investir no creme mais moderno ou na última tecnologia de ponta se você não fizer sua parte mudando alguns hábitos. “Isso envolve evitar o ganho de peso, se exercitar regularmente, tomar bastante água, comer fibras, evitar o cigarro e não exagerar na bebida alcoólica“, resume a dermatologista Paola Pomerantzeff, da capital paulista.

E ainda tem a questão hormonal, que às vezes precisa ser investigada com o médico. “Os hormônios influenciam bastante no aparecimento da celulite”, ressalta o dermatologista Abdo Salomão Jr., de Guaxupé, em Minas Gerais, que é membro da SBD e da Academia Americana de Dermatologia.

Fazendo esses ajustes na rotina, aí, sim, dá para lançar mão dos tratamentos desenhados para melhorar o aspecto da pele. Mas em quais investir? Dá para resolver com produtos na farmácia ou é preciso ir a uma clínica de estética? SAÚDE ouviu os profissionais da área para mostrar o que funciona mesmo. Vamos lá?

Na farmácia
Conheça três ativos que, segundo evidências, ajudam a combater a celulite quando incorporados a cremes

Cafeisilane C: esse ingrediente é uma versão modificada da cafeína — substância empregada há tempos contra os furinhos. “Ela tem penetração maior do que a cafeína convencional, sendo mais eficaz na quebra da gordura e no aumento do metabolismo”, explica a cosmetóloga Mika Yamaguchi.

Alvo de um experimento na Faculdade de Farmácia da Universidade de São Paulo, o ativo apresentou ótimos resultados.

Centella asiática: essa planta é utilizada na medicina indiana há mais de 3 mil anos e a ciência moderna deu seu aval para tratar a celulite. “Ela melhora a circulação sanguínea, reduz a inflamação da região e estimula a síntese de colágeno”, conta Kédima Nassif.

Essa atuação favorece a quebra da gordura, combate a retenção de líquido que leva ao inchaço e melhora a firmeza e o aspecto da pele. Tripla ação para diminuir a aparência de casca de laranja.

Exsynutriment: o princípio ativo é obtido do silício e concebido para ser usado na forma de cápsulas. “Ele é indicado para estimular a produção de colágeno, melhorando a resistência da pele e preenchendo os espaços que se encontram vazios, o que não só potencializa o efeito contra a celulite como ajuda a evitar a flacidez após a eliminação da gordura”, diz Mika. As cápsulas são indicadas para complementar a ação dos cremes.

Na clínica de estética
Equipamentos com diferentes tecnologias tratam o problema — eles podem ser utilizados sozinhos ou combinados

Radiofrequência: trata-se de uma máquina que produz um calor intenso, capaz de penetrar profundamente na pele, levando à ruptura das membranas das células de gordura e estimulando a remodelação do colágeno. Assim, melhora a flacidez e a textura da pele e ainda ajuda a redefinir o contorno corporal.

Além disso, os especialistas afirmam que ela estimula a fabricação de novas fibras de sustentação — por isso é possível notar resultados até seis meses depois da aplicação.

Vacuoterapia: também conhecida como endermologia, a técnica se vale de um aparelho que promove o tratamento da celulite com a ajuda de ventosas que sugam a pele, promovendo uma massagem que mobiliza o tecido cutâneo profundamente.

Com isso, realinha a produção das fibras de sustentação da pele, além de instigar um processo de drenagem linfática — é nos vasos linfáticos que são recolhidas impurezas e toxinas relacionadas a inchaço e inflamação da pele. Quanto menos tempo ficam no corpo, melhor.

Ultrassom: outro aparelho famoso nas clínicas de estética, ele exerce efeitos térmicos e mecânicos que podem diminuir a gordura localizada e a flacidez, de acordo com a dermatologista Paola Pomerantzeff.

Isso acontece porque a carga de energia da máquina penetra até a hipoderme, a camada onde se concentram as células de gordura, e provoca a sua ruptura sem danificar as outras estruturas, como os vasos e os tecidos próximos. Além disso, a máquina melhora a oxigenação da pele — um trunfo contra a celulite.

No consultório médico
Tem procedimento que só pode ser prescrito e aplicado pelo dermatologista ou cirurgião plástico

Injeção de enzimas: o médico introduz, por meio de injeções na área atingida pelo problema, substâncias que combatem a gordura localizada, estimulam a circulação local e, assim, dispersam a retenção de líquido.

A quantidade de sessões dessa técnica, que também é conhecida como mesoterapia, e o intervalo entre elas são determinados pelo profissional depois de uma análise individualizada.

Bioestimuladores de colágeno: são moléculas também injetáveis — caso do ácido L-poliláctico e da hidroxiapatita de cálcio — que tornam a pele mais rígida. “Isso é importante porque o tecido de gordura é flácido e necessita que as fibras de sustentação da pele estejam bem firmes para que ele tenha um bom suporte e não fique com o aspecto irregular, característico da celulite”, explica Paola.

Costumam ser indicadas de duas a três sessões, com um intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

Subcisão: Essa é opção para os casos mais graves de celulite. Depois de uma anestesia local, o médico se vale de uma agulha cortante ou um bisturi para fazer movimentos de vai e vem na pele que causam uma ruptura nas estruturas que a puxam para baixo, formando aqueles buraquinhos.

Além disso, como acontece um sangramento na região, forma-se um novo tecido de sustentação, que ajudará a preencher o espaço onde estavam as depressões.

8 mitos e verdades sobre a celulite

Roupa apertada influencia?
VERDADE. Sim, essas peças prejudicam a circulação do sangue e a eliminação das toxinas.

Só mulher tem celulite?
MITO. Não, mas ela é, de fato, bem mais comum nelas devido ao acúmulo de líquido e gordura.

Pílula agrava?
VERDADE. Pode acontecer, porque o anticoncepcional interfere nos hormônios e na retenção de líquido.

Massagem acaba com ela?
MITO. Algumas são coadjuvantes por atuarem na drenagem linfática. Mas não há milagre.

Refri piora o quadro?
VERDADE. Quem exagera pode encarar a celulite por causa do açúcar e do sódio, este também na versão light.

Só aparece depois dos 25?
MITO. Não é bem assim. Ainda mais com os quilos extras, pode dar as caras a partir da puberdade.

Fumar piora as coisas?
VERDADE. Pode apostar. O cigarro afeta a circulação e o colágeno da pele, contribuindo para os furinhos.

Cremes são melhores após o banho?
VERDADE. Sim, depois de uma ducha quente ou do exercício, o corpo está mais apto a absorver os ativos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/como-amenizar-a-celulite/ - Por Thais Szegö - Ilustração: Celso Bastos/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Pessoas otimistas vivem mais - bem mais


Outras pesquisas da "medicina da saúde" já haviam indicado que o otimismo fortalece o sistema imunológico e, por decorrência, que os otimistas vivem mais.

Medicina do bem-estar

Parece quase natural que a Medicina se concentre nas doenças, o que explica porque há tão poucas pesquisas sobre o bem-estar.

Por exemplo, embora já se conheçam muitos fatores de risco que aumentam a probabilidade de doenças e morte prematura, muito menos se sabe sobre fatores psicossociais positivos que podem promover um envelhecimento saudável.

A boa notícia é que, embora poucas, essas pesquisas já existem.

A mais recente delas mostrou que pessoas com maior otimismo têm maior probabilidade de viver mais e alcançar uma "longevidade excepcional" - viver até os 85 anos de idade ou mais.

O otimismo refere-se a uma expectativa geral de que coisas boas vão acontecer, ou acreditar que o futuro será favorável porque podemos controlar questões importantes.

Otimistas vivem mais

O estudo foi baseado em 69.744 mulheres e 1.429 homens. As mulheres foram acompanhadas por 10 anos, enquanto os homens foram acompanhados por 30 anos. Ambos os grupos responderam questionários para avaliar seu nível de otimismo, bem como sua saúde geral e hábitos de saúde, como dieta, tabagismo e uso de álcool.

Quando os indivíduos foram comparados com base em seus níveis iniciais de otimismo, os pesquisadores descobriram que os homens e mulheres mais otimistas demonstravam, em média, uma vida de 11% a 15% mais longa, e tinham chances de 50% a 70% maiores de atingir 85 anos, em comparação com os grupos menos otimistas.

Os resultados se sustentaram mesmo após se levar em conta as diferenças de idade, fatores demográficos, como escolaridade, doenças crônicas, depressão, e também comportamentos de saúde, como uso de álcool, exercícios, dieta e consultas de atenção primária.

"Embora a pesquisa tenha identificado muitos fatores de risco para doenças e morte prematura, sabemos relativamente menos sobre fatores psicossociais positivos que podem promover um envelhecimento saudável," comentou a pesquisadora Lewina Lee, da Universidade de Boston (EUA). "Este estudo tem forte relevância para a saúde pública, porque sugere que o otimismo é um desses ativos psicossociais que tem o potencial de prolongar a vida humana. Curiosamente, o otimismo pode ser modificável usando técnicas ou terapias relativamente simples".

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=pessoas-otimistas-vivem-mais-bem-mais&id=13652&nl=nlds -   Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

10 alimentos que não são o que você imaginava

Cuidado! Algumas comidas podem nos enganar quanto à sua composição e não serem bem aquilo que parece; confira quais

Você sabe do que realmente é feito o que você está comendo? Às vezes, os alimentos que compramos em mercados ou comemos em restaurantes nem sempre são o que pensamos.

Eles podem ser misturas de outros produtos, podem ter substâncias nocivos ou até mesmo serem falsos. O site WebMD listou alguns alimentos que não são exatamente o que aparentam. Confira:

1. Azeite
Nem todo azeite é azeite de verdade, com 100% óleo de oliva. Muitas vezes, estes óleos são misturados com outros, como o óleo de amendoim. Vale à pena ficar atento ao rótulo, porque isso prejudicar quem possui alergia.
Lembrando que o azeite de oliva pode ser muito saudável ao organismo. É um aliado ao combate a doença cardíaca, previne o câncer e a diabetes, fortalece os ossos e melhora o funcionamento do cérebro.

Azeite falso
Entretanto, em 2019, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), proibiu a venda de seis marcas de azeite. Isso porque, após a fiscalização, descobriram que os alimentos estavam fraudados e impróprios ao consumo. Em 2018, foram 46 marcas reprovadas por vender o produto adulterado.
A proibição das seis marcas veio da operação realizada pela polícia de Guarulhos (SP), que descobriu fábricas clandestinas que produziam azeites falsificados, misturados com outros tipos de óleos e sem a presença da oliva.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) da época, Glauco Bertoldo, o azeite de oliva é o segundo produto mais falsificado do mundo, perdendo apenas para os pescados, de acordo com nota ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

2. Lagosta
Ao pedir uma lagosta num restaurante, por exemplo, você pode acabar recebendo um lagostim, que possui gosto e textura similar. Na verdade, o lagostim é um animal diferente, e custa metade do preço de uma lagosta. O lagostim, diferente da lagosta, não possui antenas e é bem menor, porém, também possui pinças.
A matéria da WebMD afirma que restaurantes americanos acabam vendendo pratos que no cardápio constam como lagosta, mas ao serem submetidos à testes, tais pratos são feitos, na verdade, com carne de lagostim.
Além do preço, há diferenças nutricionais entre os dois alimentos. Em 85 gramas de cada, há mais colesterol no lagostim, cerca de 115mg, do que na lagosta, que possui cerca de 80 mg. A lagosta também apresenta maior quantidade de calorias, 76 cal, enquanto que o lagostim possui 51 cal. Entretanto, ambos possuem quantidades semelhantes de proteínas.

Benefícios dos frutos do mar
Os frutos do mar são muito benéficos à saúde, por serem ricos em proteínas, principalmente a lagosta, camarão e siri. Eles oferecem aminoácidos responsáveis por construir novos tecidos, formar enzimas, anticorpos e hormônios.
A nutricionista Roberta Stella afirma que, em excesso, os frutos do mar podem fazer mal, uma vez que possuem altas taxas de colesterol, que precisam ser controladas. Tal substância está relacionada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

3. Mel
Apesar de ser um adoçante natural muito utilizado, o mel pode possuir resquícios de antibióticos utilizados pelos apicultores em suas abelhas. Isso não causa doença, mas pode agravar problemas de saúde pública relacionados com a resistência à antibióticos.
Inclusive, o mel em sua forma pura, possui propriedades interessantes ao combate de doenças, pois é um potente antioxidante e possui ação antimicrobiana por si só. Ainda conta com nutrientes como potássio, magnésio, sódio, cálcio, fósforo, ferro, manganês, cobalto e outros minerais.

Riscos do consumo
Porém, o alimento também possui outros riscos à saúde. Existe uma toxina que pode estar presente no mel e que é responsável pelo botulismo, uma forma de intoxicação alimentar rara, mas que pode ser fatal.
Por isso, o mel industrializado pode ser mais seguro nesse sentido. Mas isso se ele tiver passado pelo processo de pasteurização, que garante menor risco de intoxicação por bactérias.

4. Enlatados
Tem costume de comprar comidas enlatadas de supermercado, que dizem possuir sabor natural? Fique atento porque não há nada de natural neles. Segundo a Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos (FDA), vinculada ao Departamento de Saúde, já proibiu alguns aromas sintéticos que mostraram ter efeito negativo em animais de laboratório.
Os efeitos destes tipos de químicos de alimentos industrializados, corantes e conservantes, ainda são desconhecidos ao sistema digestivo. Porém, é comprovado que o consumo excessivo sobrecarrega o fígado e está diretamente ligado com agravamento de quadros de TPM, enxaqueca e gastrite, já que muitos irritam a mucosa do estômago.

5. Temperos
Também segundo a FDA, Administração de Alimentos e Drogas dos Estados Unidos, existe uma quantidade de resquícios de insetos ou pêlos de roedores que são permitidas em temperos. Seus padrões são de até 1250 pedacinhos de inseto para cada 10 gramas de tempero. A boa notícia é que a maioria dos produtos estão bem abaixo deste padrão.
Outro perigo é a utilização de temperos prontos. Muitos deles possuem excesso em sódio, gordura trans e saturada, e componentes como glutamato monossódico, que é um realçador de sabor e em excesso, pode trazer prejuízo à saúde. Por isso, invista em temperos naturais, que possuem diversos benefícios.

6. Chocolate branco
O chocolate branco, apesar de ser delicioso, não é exatamente chocolate. Segundo a FDA, para ser considerado chocolate, o produto tem que possuir pelo menos 10% de licor de chocolate, que é obtido quando o grão é moído. Mas o chocolate do tipo branco, na verdade, é feito com manteiga de cacau, leite e açúcar, sem licor de chocolate.

Chocolate faz bem à saúde?
Outros chocolates, como o amargo, proporcionam diversos benefícios à saúde, se consumido em quantidades moderadas. Protege o sistema cardiovascular, controla o colesterol, reduz a pressão arterial, tem ação antioxidante e proporciona sensação de bem estar.
Entretanto, o oposto também é verdade. O excesso de chocolate pode trazer malefícios. Pode causar reações alérgicas, contribui ao ganho de peso não-intencional, acne, doença do refluxo gastroesofágico e até diarreia para quem passa do limite.

7. Suco de fruta
Muitas vezes, o suco de fruta também não é 100% suco de fruta. Cheque a lista de ingredientes e, se ela for longa, pode ser uma dica de que o suco em questão não é exatamente o que você espera. Mesmo os que possuem "100% de suco" podem não ser verdadeiros e podem conter outros sucos mais baratos como de maçã e uva verde.
Além disso, a frutose, presente em alguns sucos industrializados, pode ser prejudicial à saúde. Este tipo de açúcar pode causar obesidade, hipertensão e diabetes, por exemplo. Sucos como os de maçã e pêra são ricos em frutose e pobres em vitamina C. Por isso, antes de comprar, analise os rótulos e evite os que possuem frutose de xarope de milho.

8. Baunilha
O aroma de baunilha é muito diferente do extrato de baunilha, então é importante ficar atento. Enquanto o extrato é feito com vagens de baunilha e um álcool simples - o etanol, o aromatizante é quase sempre feito com extratos de petroquímicos ou polpa de madeira.
Outra diferença entre esses produtos é que o extrato de baunilha não possui data de validade, enquanto que o aromatizante sim. Como se trata de um produto sintético, ele possui qualidade inferior que o extrato puro, por isso, a conservação é diferente.

9. Suco de laranja
O suco de laranja que não é concentrado acaba sendo pasteurizado, um processo que tira o oxigênio da bebida. Porém, este mesmo processo também tira muitas substâncias naturais que dão o sabor.
Além disso, o produtor pode armazenar este suco por mais de um ano, por isso, eles contratam empresas para fazer pacotes de sabores e adicioná-los para parecerem frescos. Entretanto, eles não são listados como ingredientes porque muitas vezes são feitos a partir da essência de laranja ou óleo.
Já a laranja in natura, por sua vez, é grande aliada para o organismo. É fonte de vitamina C, potássio, magnésio e betacaroteno, nutrientes que ajudam a prevenir problemas cardiovasculares e também o câncer.
O suco de laranja também possui tais propriedades e não é tão calórico como muitas pessoas pensam. Um copo de suco de 200ml possui 86 kcal para 20 gramas de carboidrato. Então, se está fazendo dieta, não é preciso cortar, mas ele precisa ser contabilizado.

10. Wasabi
Muitos restaurantes servem wasabi, porém, algumas vezes ele pode ser falso. Alguns podem servir uma mistura de rabanete e raiz de wasabi com farinha de mostarda, óleo, vinagre, xarope de milho rico em frutose e corante alimentício.
O wasabi real vem da raiz da planta wasabia. Cresce naturalmente em lugares frescos e úmidos e pode ser muito difícil de encontrar e colher. É preciso ralar a raiz na hora de comer, porque o sabor geralmente só dura cerca de 15 minutos após ralado.

Benefícios do wasabi
A culinária japonesa é muito saudável e traz benefícios à saúde. O wasabi verdadeiro é rico em nutrientes como potássio, cálcio, magnésio, fósforo e vitamina C. É considerado um alimento termogênico, que acelera o metabolismo, por isso ajuda na digestão, explica a nutróloga Paula Cabral.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/listas/35188-10-alimentos-que-nao-sao-o-que-voce-imaginava - Escrito por Lidia Capitani

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

7 alimentos que são saudáveis e você não sabia!


Nutróloga mostra opções de alimentos que você torcia o nariz, mas fazem parte, sim, de uma dieta equilibrada

Quando você come um X-burger já fica com peso na consciência por conta da balança? Pois saiba que o hambúrguer com queijo pode ser um aliado à dieta, sim. A nutróloga Paula Vasconcelos desmistifica alguns alimentos saudáveis, mas que achamos que fazem mal à saúde.

Mas atenção: todos os alimentos abaixo devem ser consumidos com moderação.

1. Hambúrguer
O hambúrguer pode ser um ótimo alimento se estiver dentro de uma dieta saudável. Apenas vai depender dos acompanhamentos e do tipo da carne.
Por isso, "prefira carnes mais magras, como a carne do tipo patinho. Além disso, procure assar o hambúrguer em vez de fritá-lo. Opte também por molhos com menor teor de gordura e procure evitar o pão", aconselha a nutróloga.
Uma excelente opção para refeições é a carne de hambúrguer acompanhada de uma salada. Se quiser acrescentar um queijo ao hambúrguer, é só seguir a dica abaixo.

2. Queijo
Dizem que o queijo é rico em gordura, o que pode fazer mal à saúde. Mas existem opções saudáveis e que contribuem com a dieta por serem fontes ricas em cálcio e proteínas.
Então prefira queijos com menos gordura, como queijo minas e cottage, ou curados, como o parmesão. Quanto mais amarelo for o queijo, mais calorias ele terá (como o cheddar, por exemplo, que é rico em gorduras ruins).

3. Ketchup
O ketchup é considerado um alimento com muito sal e açúcar. Entretanto, há algumas versões mais saudáveis no mercado. E, ainda, se fizer um ketchup caseiro, poderá controlar a quantidade de açúcar da receita.
Vale lembrar que a base do ketchup é o tomate, que é rico em licopeno. O licopeno é um antioxidante poderoso contra o câncer, especialmente o câncer de próstata.

4. Pipoca
Quem não curte uma pipoca durante um filme, não é mesmo? Porém, nada de comprar aquelas prontas em supermercado ou de cinema. A opção mais saudável é fazer pipoca em casa: simples e prático.
A pipoca pode ser uma aliada à dieta devido às fibras e vitaminas do complexo B. Porém, uma xícara de pipoca já é uma boa porção.
O milho de pipoca pode ser esquentado no azeite ou óleo de coco. Ou, ainda e mais fácil, ser estourado em um saco de pão no microondas.

5. Manteiga
Se você está na dúvida entre manteiga e margarina para cozinhar ou temperar seus pratos, prefira sempre a segunda opção.
Isso porque a margarina contém muita gordura trans, aumentando o colesterol ruim e diminuindo o colesterol bom.
Porém, todo excesso pode fazer mal e com a manteiga não é diferente. Por isso, não exagere na quantidade do alimento.

6. Trigo
Quando pensamos em trigo, é comum associarmos à farinha de trigo - o que, por sua vez, remete a bolos, doces e tortas. Opções que não soam como saudáveis, certo? Porém, há formas de consumir que estão liberadas na dieta.
O trigo em si é um cereal com uma ótima quantidade de proteínas e carboidratos, sendo bom para a saúde.
Já na versão em farinha, prefira as farinhas de trigo integrais. Afinal, elas elevam menos a quantidade de insulina (ou seja, não aumentam tanto a quantidade de açúcar no sangue).

7. Manteiga de amendoim
A manteiga de amendoim costuma ser associada à ideia de doce rico em gorduras. Contudo, o alimento é uma fonte de gorduras boas e que dá bastante saciedade.
Ela também aumenta o colesterol bom e pode ser usado em diversas receitas, diversificando a dieta. Por isso a manteiga de amendoim é tão querida entre os famosos.

Banana e abacate: aliados ou inimigos da dieta?
A banana geralmente é combinada com sorvetes, tortas, doces e bolos. Além disso, possui um valor considerável de calorias e carboidratos.
Só que há formas mais saudáveis de consumir esta fruta, como in natura, com manteiga de amendoim ou com iogurte natural.
É uma das frutas mais benéficas ao organismo se consumida sem excesso, pois tem muitas fibras.
Outro alimento bastante presente em muitas dietas é o abacate. De fato ele é uma boa opção, pois é uma fruta rica em gordura boa e causa saciedade.
Apesar de ser um alimento visto como calórico devido a suas gorduras, ele não interfere no ganho de peso e, como falado, é rico em gorduras boas ao organismo.
Além disso, é fonte de ômega-3. Ou seja, o abacate tem ação anti-inflamatória, diminui risco de doenças cardíacas e AVC.


terça-feira, 10 de setembro de 2019

5 hábitos do dia a dia que ajudam a recuperar o bem-estar


Rotina agitada e estresse comprometem a saúde; veja como reverter este cenário

Uma boa nutrição não diz só respeito à saúde do corpo - também é sobre a alma. Este foi o tema de um encontro oferecido por Molico na última sexta-feira, 2 de agosto, em São Paulo, com a participação da coach de vida e carreira Ana Raia e Mônica Salgado, Rayza Nicácio, Lara Natacci e Fabiana Scaranzi.

O bate-papo trouxe dicas e muita inspiração para quem deseja conquistar uma vida mais plena, feliz e verdadeiramente nutrida. Autoconhecimento, relacionamentos verdadeiros e tranquilidade foram apontados como elementos-chave para recuperar o bem-estar.

1 - Praticar o autocuidado
Qual foi a última vez que você se colocou em primeiro lugar? Em meio à rotina agitada, muitas vezes acabamos nos esquecendo de praticar o autocuidado. Para a youtuber Rayza Nicácio, este é o primeiro e mais importante hábito do dia: cuidar de si, sem pressa e sem cobrança.
"Antes de começar a trabalhar, faço uma oração, coloco um podcast para tocar, com alguma palestra, e vou fazer a minha rotina de pele e beleza. Só começo meu dia assim", conta ela. É uma forma de começar um novo dia com mais calma e prazer, na medida certa.
Esta é a rotina de autocuidado da Rayza, mas cada um pode criar um momento só seu! Pode envolver skincare, atividades físicas, um hobbie ou qualquer outra atividade prazerosa e só sua.

2 - Ficar em "off"
Acordar, ir para o trabalho, almoçar, marcar reuniões, estudar, ir à academia, cuidar da família? Hoje em dia, cumprir diferentes papéis ao mesmo tempo é de praxe em nossa sociedade. Para recuperar o bem-estar, porém, é preciso colocar o pé no freio e aproveitar o momento presente. Pode ser de muitas formas: passando momentos com a família, uma tarde no parque ou mesmo durante a leitura de um livro.
"Tenho uma atividade mental intensa, e para me nutrir de verdade tenho que desligar um pouco, ficar sem fazer nada, nada mesmo. É me conectar com meu filho e meus cachorros. Descobri que eu era viciada em trabalho, saboreava as coisas com menos tempo", conta a jornalista Monica Salgado.

3 - Cultivar bons pensamentos
Parece fácil falar em bons pensamentos e sentimentos, não é mesmo? Na prática, nem sempre é assim. A coach de vida e carreira Ana Raia alerta para um vício muito comum a todos nós: "ficamos obcecados com algum pensamento negativo, e isso baixa a nossa frequência, a nossa energia", diz.
Por isso, a mentalização positiva é uma forma de combater o estresse e, consequentemente, garantir mais bem-estar ao dia a dia. Sempre que se sentir confrontado por uma emoção negativa, portanto, tente respirar fundo, meditar por alguns instantes e mudar a perspectiva para o que está dando certo em sua vida, tirando o foco dos pensamentos pessimistas.
Também vale a pena agradecer pelas pequenas conquistas. "Não precisamos de grandes vitórias. Basta celebrar algo simples, ou até mesmo a conquista de outra pessoa, ficar feliz por ela. Isso nutre a alma", comenta Fabiana Scaranzi.

4 - Nutrir relacionamentos
Estar com quem a gente gosta é algo que, de fato, pode nutrir a nossa alma. Para a jornalista e apresentadora Fabiana Scaranzi, este é um cuidado essencial que devemos trazer à nossa rotina. Em vez de ficarmos conectados apenas através das telas e redes sociais, Fabiana reforça a importância do encontro no dia a dia.
"Temos que nutrir os nossos relacionamentos e valorizar os encontros reais", acredita a jornalista. Por isso, não perca tempo e marque aquele jantar com as amigas ou mesmo com a sua cara-metade. Os relacionamentos beneficiam tanto a nossa saúde física como a emocional.

5 - Se alimentar com mais calma
Pode não parecer, mas a correria do dia a dia está presente em cada gesto nosso, mesmo os mais imperceptíveis e automáticos. Até na hora de comer, por exemplo, mastigamos com pressa e desatenção, o que prejudica a absorção de nutrientes, afetando a saúde como um todo. A correria também afeta as escolhas alimentares que fazemos, por isso, é fundamental pensar nas refeições com mais calma e tranquilidade.
Uma boa aliada é a meditação mindfulness, que estimula o mindful eating, o ato de comer com atenção e consciência. Nessas horas, é fundamental se sentar à mesa da refeição sem o celular ou outras distrações, aproveitando cada garfada. A dica é prestar atenção ao cheiro, temperatura e textura da comida, sem julgamentos e sem pressa.


segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Caminhar emagrece, reduz desejo por doce, combate depressão e mais: veja benefícios


Simples de realizar, de impacto quase zero e sem custos, a caminhada é uma das melhores atividades para garantir proteção contra doenças e até mesmo perder peso. Conheça os benefícios para a saúde física e mental que você pode conquistar se caminhar regularmente:

1. De acordo com um estudo feito com 33 mil pessoas e publicado pela revista Stroke, mulheres que caminharam mais de três horas por semana apresentaram 43% menos riscos de ter um derrame em comparação com aquelas que não praticavam nenhuma atividade.

2. Uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia, EUA, com 6 mil voluntários, descobriu que uma simples caminhada já pode reduzir substancialmente o risco de Alzheimer, já que atividade física tem sido associada a uma melhor capacidade mental em pessoas mais velhas.

3. A prática regular da caminhada pode funcionar até mesmo como um remédio natural contra os sintomas de depressão, uma vez que, durante a atividade, ocorre liberação de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento.

4. Caminhar pode ainda ajudar a controlar diabetes, pois a insulina (substância responsável pela absorção de glicose) é produzida em quantidade maior durante a prática. Isso ocorre porque o esforço físico estimula a circulação sanguínea e a atividade do pâncreas e do fígado.

5. Ao contrário do que muita gente imagina, quem sofre de osteoporose só não pode como deve praticar caminhada. A movimentação do corpo e o impacto dos pés no solo promovem estímulos elétricos que aumentam a absorção de cálcio e, consequentemente, fortalecem os ossos. Neste caso, no entanto, a atividade deve ser orientada por um profissional.

6. Segundo um trabalho científico da Universidade de Exeter, Inglaterra, caminhar por apenas 15 minutos por dia diminui drasticamente a vontade de comer chocolates e controlar a compulsão alimentar. Isso porque a atividade provoca sensação de bem-estar parecida com a que o doce libera no organismo.

7. Além de melhorar a capacidade respiratória, reduzir problemas cardiovasculares e combater compulsão por doces, andar ainda pode ajudar a emagrecer. Porém, a caminhada só contribui para a perda de peso quando respeitadas regras relacionadas a velocidade, tempo e regularidade.

8. A caminhada ainda pode ajudar a parar de fumar. Segundo um estudo feito pela Universidade de Exeter com 140 pessoas viciadas em cigarro, um curto período de atividade física de intensidade moderada, como caminhar, reduz os sintomas de abstinência, fator que mais dificulta o abandono do tabagismo.


domingo, 8 de setembro de 2019

7 danos que apenas uma noite mal dormida já traz ao cérebro


Dormir menos do que o necessário em uma noite afeta concentração e sistema imunológico



Os malefícios de dormir mal são muitos. A privação de sono crônica pode aumentar os riscos de você ter uma hipertensão, AVC, diabetes, depressão ou mesmo engordar. Mas quantas horas de sono, afinal, cada pessoa precisa?

Isso, na verdade, é muito relativo: para alguns pode ser seis horas, para outros dez. "A média na população seria de sete horas e meia de sono ao dia, mas o ideal seria acordarmos com a sensação de que dormimos o suficiente, ou seja, descansados", explica a otorrinolaringologista e médica especialista em sono, Angela Beatriz Lana.

O problema é que apenas uma noite mal dormida já pode ocasionar uma série de problemas e, de acordo, com a especialista, um terço da população está dormindo 2 a 3 horas a menos do que precisa.

Quer saber mais? Veja alguns dos malefícios da restrição de sono, mesmo por uma noite.

1 - Aumenta a chance de acidentes
Pode parecer óbvio, mas sabia que com apenas um pouco de redução do sono já aumentam os problemas com concentração? Aí seu problema no trânsito não será apenas o sono...
"Com apenas uma hora a menos de sono já é possível sentir efeitos do cansaço no dia seguinte e dificuldades de concentração: erros pequenos no trabalho, esquecimento de palavras ou tarefas, desconcentração no trânsito...", enumera a otorrinolaringologista e médica especialista em sono, Angela Beatriz Lana. Portanto, vale separar uma horinha mais para passar entre os travesseiros!

2 - Detona o sistema imunológico
O sistema de defesa do nosso corpo está intimamente ligado ao ciclo do sono e, mesmo tendo ele ruim por uma noite, já é possível sentir as consequências. "Muitos estudos têm mostrado que a privação de sono mesmo que por um dia faz nossas células de defesa (células T) e natural killers (NK) caírem", considera Angela.
As relações do sono com a imunidade ainda vão além: "alguns trabalhos mostram, por exemplo, que quem está privado de sono produz menos anticorpos ao tomar uma vacina do que quem dormiu bem", expõe o médico do sono Geraldo Lorenzi Filho, coordenador da Residência Médica em Medicina do Sono do Incor e do Laboratório do Sono do Hospital Santa Cruz.

3 - Aumenta os problemas de memória
Há algum tempo os médicos já sabem que é durante a noite que nós fixamos a memória: as lembranças do dia se fixam nesse momento. Por isso mesmo, com uma noite mal-dormida, já é possível sentir diferenças.
"A fase das ondas lentas (em que dormimos sem pensamentos) e o sono REM são fundamentais para essa assimilação, e ambas só são atingidas quando chegamos ao sono mais profundo, o que se reduz quando dormimos pouco", explica Lorenzi.

4 - Descontrola o apetite
Nosso organismo se organiza nos ciclos circadianos (palavra latina que significa "cerca de um dia"), ou seja, os hormônios são todos regulados para estarem em diferentes quantidades durante as 24 horas do dia. Se dormirmos pouco, há uma alteração nessa ordem toda, inclusive na grelina e leptina, os hormônios relacionados à saciedade.
"De acordo com pesquisas, as pessoas que dormem poucas horas de sono (menos de seis horas) têm índice de massa corporal (IMC) maior do que aqueles que dormem entre 7 a 8 horas", considera Angela Lana.
Normalmente, os efeitos maiores da obesidade são percebidos após longos períodos de dormir, mas mesmo após uma noite com menos horas de sono já é possível perceber algumas alterações no apetite, como uma maior vontade de consumir açúcar, como aponta Lorenzi.

5 - Prejudica a aparência
Alguns estudos têm mostrado que pessoas que dormem menos são consideradas menos atraentes. E a culpa não é somente das olheiras... Há também o fator hormonal.
"Pouco sono ou sono de má-qualidade esta relacionado a uma redução na produção do hormônio de crescimento GH, que é fundamental para a renovação celular, prevenindo o envelhecimento precoce da pele e o acúmulo de tecido adiposo", considera a especialista em sono Angela.
Além disso, a liberação de cortisol, devido à redução de tempo dormindo, ocasiona uma deterioração mais rápida do colágeno. Portanto, a história do sono de beleza realmente está valendo.

6 - Deixa você mais emocional
Pode parecer estranho, mas o sono ativa mais áreas emocionais no nosso cérebro.
"Uma pesquisa publicada junho de 2013 mostrou a hiperativação do sistema límbico, de áreas cerebrais relacionadas ao estresse e ansiedade em pessoas privadas de sono. Isso significa menos controle emocional quando se dorme pouco", explica Angela Lana.
Na prática, isso significa mais ataques de raiva e tristeza no dia a dia, mesmo após apenas uma noite pouco dormida. "Essa pessoa será mais instável, explodindo a qualquer momento", traduz Lorenzi.

7 - Reduz o tecido cerebral
Um estudo pequeno, feito com 15 homens e publicado na revista científica Sleep, mostrou que apenas uma noite mal dormida estava ligada a sinais de perda do tecido cerebral.
Os cientistas constaram isso por meio dos níveis no sangue de duas moléculas do cérebro, que normalmente aumentam após algum dano neste órgão. "Claro que esse é um estudo inicial, com marcadores que parecem indicar esse dano", ressalta Lorenzi.

Ainda assim, com tantos outros problemas associados à qualidade, melhor não arriscar, não é mesmo?


sábado, 7 de setembro de 2019

Quer viver bastante? Então é melhor se livrar dessas bebidas


Querido leitor que pre-ci-sa tomar refrigerante todos os dias, você não vai gostar nem um pouco desta nova e robusta pesquisa sobre consumo de bebidas açucaradas. O novo estudo acompanhou mais de 450 mil pessoas de 10 países europeus por 16 a 19 anos e constatou que aqueles que bebiam dois ou mais copos de refrigerante por dia tinham um maior risco de morte em geral do que quem bebia manos do que um copo por mês.

O estudo foi publicado nesta semana na revista JAMA Internal Medicine.

No início do acompanhamento, nenhum participante da pesquisa tinha câncer, diabetes, problemas cardíacos ou derrame. O estudo mostrou que quem consumia dois ou mais copos de refrigerante não-diet por dia tinha maior risco de morrer de problemas digestivos, enquanto aqueles que tomavam a mesma quantidade de refrigerante diet tinha maior risco de morrer de doenças cardíacas.

Qual a relação entre refrigerante adoçado com açúcar e problemas digestivos? Segundo explica à CNN a professora do curso de medicina da Emory University (EUA), Sharon Bergquist, “evidências experimentais sugerem que alto açúcar no sangue e alto consumo de açúcar podem prejudicar a barreira intestinal”. Isso causa inflamação no intestino, altera a flora intestinal e aumenta a chance de infecções no órgão.

Já a alta quantidade de refrigerante consumida, independente do tipo, está associada com um aumento de risco de doença de Parkinson, mas não Alzheimer ou câncer.

Copos de refrigerante por mês
O estudo não só contabilizou a ingestão de refrigerantes tradicionais com sabores cola, laranja e uva, mas também refrescos e xaropes de frutas, como o xarope de groselha e outros sabores.  Neste estudo, cada copo foi considerado como 250 ml. Uma lata normal de refrigerante costuma ter 355 ml.

Aqueles que consumiram mais do que um copo de refrigerante por mês mas menos do que dois por dia pareceram ter um efeito proporcional: quanto mais eles bebiam, maior o risco.

Substituir a bebida adoçada com açúcar pela que contém adoçante parece diminuir o risco de morte prematura, mas beber quatro ou mais copos de bebidas adoçadas artificialmente aumentou o risco de morte prematura por doenças cardiovasculares em mulheres. O mesmo não foi observado em homens.

Associação, e não causa e efeito
Este estudo mostrou apenas uma associação entre o hábito de consumir refrigerante com a morte precoce, e não uma relação de causa e efeito. É possível que quem consome muito refrigerante tenha outros hábitos que não sejam saudáveis e que causam o resultado observado no estudo. Esses hábitos podem ser fumar e ter uma dieta ruim em geral.

Como diminuir o consumo
Se você chegou até aqui e decidiu diminuir ou cortar o seu consumo de refrigerante e refresco, aqui vão algumas dicas:

Diminua aos poucos – ao invés de cortar drasticamente o consumo, você pode diminuir um copo por dia até chegar a um copo por dia. Neste momento você pode passar a tomar a bebida dias alternados. A terceira fase é ir aumentando esses intervalos até tirar o consumo completamente.

Troque por água com gás – para muita gente, o prazer está na sensação das bolhas fazendo cócegas na língua e na garganta. Se a sua paixão é pelo gás da bebida, você pode trocar o refrigerante por água com gás pura ou então misturar com suco de limão ou de uva, para dar um “tchan”. Só lembre-se de não exagerar no açúcar ou adoçante que acompanham o suco. Também é importante não confundir água gaseificada com água tônica. Enquanto a primeira não tem açúcar, a segunda tem tanto açúcar quanto o refrigerante comum.

Suco de fruta não é a solução – Se você está pensando em trocar o refrigerante por suco de fruta, lembre-se que mesmo sucos naturais contêm muito açúcar livre, que aumentam rapidamente o o nível de açúcar no sangue. O ideal é consumir a própria fruta, para que as fibras presentes tornem a liberação de açúcar mais lenta durante a digestão.

Cafeína – Se o que você gosta no refrigerante é a cafeína, troque a bebida por chá verde, preto ou mate, mas chá feito em casa. O chá industrializado também contém bastante açúcar.

Mergulhe na água – A melhor bebida de todas continua sendo a maravilhosa e barata água. Mantenha uma garrafa de água fresca ou com infusão de frutas perto da mesa de estudos ou trabalho, de forma que ela fique acessível para você. Quando você sentir desejo de tomar uma bebida açucarada, tome um copo de água ou coma uma fruta, e você vai ver que a vontade imediata vai passar.

Beba com moderação – Tomar refrigerante ou refrescos de vez em quando não traz nenhum efeito adverso. A chave está na moderação. Aproveite a bebida de forma consciente, reservando-a para dias especiais. Mas como o paladar se acostuma rapidamente com a diminuição de consumo de açúcar, é provável que nessas raras ocasiões que você vai beber refrigerante, você acabe estranhando o sabor e prefira uma bebida menos açucarada. 


sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mitos que matam do coração


Um especialista aborda as notícias falsas do momento sobre doenças cardiovasculares. O colesterol e os remédios contra ele são um alvo preferencial

A informação correta é uma das mais importantes aliadas da medicina, contribuindo para a orientação das pessoas e as ações preventivas. Em sentido contrário, as numerosas fake news veiculadas livremente prestam um desserviço à saúde. Na área cardiovascular, as notícias falsas são ainda mais graves, dada a letalidade dessas enfermidades.

Um desses mitos danosos refere-se às estatinas, comprovadamente os medicamentos mais eficazes para a redução das taxas de LDL (liproteína de baixa densidade), o colesterol ruim — uma das principais causas das doenças cardiovasculares. Segundo essas notícias falsas, as estatinas representariam um enorme risco à saúde. Isso é falso e coloca em risco a vida de pacientes que não podem ficar sem o remédio.

Há pessoas que, ao lerem esses conteúdos inverídicos, não iniciam ou até mesmo paralisam o tratamento, o que aumenta o risco de sofrerem um infarto ou derrame. É imprescindível que os pacientes com colesterol ruim acima dos níveis normais sejam devidamente tratados.

As estatinas, como todo remédio, podem apresentar efeitos colaterais em algumas pessoas. No caso, principalmente uma sensação de desconforto muscular. Quando ocorrer, o médico presta orientação e adota as medidas necessárias. Porém, a relação custo-benefício é imensa, pois elas ainda são os únicos fármacos eficazes contra o colesterol ruim mais acessíveis à população.

Outra fake news perigosa relacionada ao mesmo tema afirma que o colesterol ruim não faz mal. Isso simplesmente contraria o que já está comprovado há muito tempo por inúmeras pesquisas sérias. A elevação no LDL é uma das principais causas de graves doenças cardiovasculares, devido ao seu efeito no entupimento de veias e artérias.

E parece que o colesterol realmente é um alvo preferencial dos divulgadores de notícias falsas. Como se as outras mentiras não fossem o suficiente, foi disseminado que o óleo de coco diminui o LDL e auxilia no emagrecimento. Porém, não há quaisquer evidências científicas contundentes sobre isso.

Infelizmente, pessoas com colesterol alto que acreditam nesse mito acabam não adotando a alimentação correta e os procedimentos médicos adequados para resolver o problema. Quanto mais tempo permanecerem sem o tratamento certo, mais expostas estarão aos riscos.

Algo que também pode prejudicar as pessoas é o falso conceito de que apenas os obesos apresentam alto risco cardiovascular. É verdade, sim, que o excesso de peso favorece a ocorrência da hipertensão, diabetes e colesterolemia. No entanto, magros fumantes, sedentários, consumidores de álcool de modo inadequado e com hábitos alimentícios errados também apresentam alto risco de manifestarem uma cardiopatia. Ou seja, quem não é gordo também precisa se cuidar.

Em meio a essas desinformações, há verdades que se aplicam a todas as pessoas. É crucial pensar em check-ups e em um periódico controle dos níveis sanguíneos de colesterol. Também precisamos comer de maneira saudável, fazer exercícios físicos (sempre com orientação), não fumar e manter bons hábitos cotidianos. É assim que, responsavelmente, se preserva a vida.

Em caso de dúvida sobre qualquer assunto ligado à saúde, procure um médico. A melhor resposta encontra-se na ciência!

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/guenta-coracao/mitos-que-matam-do-coracao/ - Por José Luiz Aziz - Foto: Alex Silva/A2 Estúdio

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Açúcar ou adoçante? Entenda por que evitar o consumo excessivo dos dois


Não é só porque a segunda opção tem menos calorias que o açúcar que ela é saudável, viu?

Açúcar ou adoçante? Todo mundo já ouviu essa pergunta pelo menos uma vez na vida. E muita gente geralmente escolhe a segunda opção por imaginar que é mais saudável, o que pode não ser verdade. “Adoçante é uma substâncias de baixo ou nenhum valor calórico que fornece um gosto doce aos alimentos. Ele foi criado para substituir o açúcar, que sempre foi considerado o vilão da obesidade”, explica a nutricionista Bruna Lyrio, responsável técnica da Clínica Nutrindo Ideais.

Ou seja, ao optar por ele, você realmente vai estar consumindo menos calorias do que estaria com o açúcar. Mas isso não significa que o adoçante é o grande herói da sua dieta. “Ele pode alterar a microbiota intestinal – as bactérias boas que ficam no nosso órgão e que estão relacionadas à saúde do corpo, ao sistema imunológico, nervoso, e até mesmo à perda de peso”, afirma Bruna.

Quer preparar uma receita de salmão fit e deliciosa?
Portanto, pode até ser que a substância ajude pessoas que precisam focar em dietas com restrição de açúcar. Mas é preciso ficar atenta ao consumo excessivo. Ter um acompanhamento profissional e substituir, sempre que puder, alimentos que precisam ser adoçados por coisas mais naturais (frutas e verduras!), são hábitos mais indicados, defende a nutricionista. “O paciente tem que sentir o paladar real dos alimentos, visto que quanto mais doce consumimos, mais temos vontade de comer.”

E estudos recentes apontam que o exagero no adoçante pode não ser a melhor opção até para diabéticos. Isso porque ele foi relacionado com a resistência insulínica, uma vez que estimula a produção de hormônios que desregulam a quantidade de açúcar no sangue. “De uma forma mais simplificada, podemos dizer que isso ocorre porque o sabor doce percebido na boca estimula a produção de insulina.  Logo, o consumo de adoçantes pode favorecer o quadro de resistência insulínica, ganho de gordura no fígado e aumento de peso. Isso favorece um quadro inflamatório, a obesidade e até mesmo o diabetes do tipo 2.”

Existem diferenças até no tipo deles. Os naturais, como estévia e xylitol, são feitos com raízes de plantas, vegetais e cogumelos. E são os mais recomendados. Já os artificiais são produzidos por meio de processos químicos. Alguns exemplos deles são o ciclamato, acessulfame de potássio, aspartame e sacarina.

Quando você for ler o rótulo de algum produto, preste atenção se ele contém: sacarose, sorbitol, eritritol, maltitol, sacarina ou sucralose. Eles também são adoçantes, que muitas vezes passam despercebidos por quem não conhece. A nutricionista Bruna Lyrio nos ajuda com alguns tipos de adoçantes:

Estévia
“Feito da stevia rebaudiana, uma planta nativa da América do Sul. Ou ainda da beterraba, cana de açúcar ou frutas.”

Xylitol
“Encontrado nas fibras de muitos vegetais. Incluindo milho, framboesa e ameixa. Também pode ser extraído de alguns tipos de cogumelo.”

Sucralose
“Sacarose quimicamente modificada, onde o cloro é um dos seus componentes. Sendo assim, pessoas com distúrbios nos hormônios ligados a tireóide devem evitar esse adoçante.”

Aspartame
“É uma combinação de fenilalanina e ácido aspártico, possui alto índice de reações alérgicas e está associado a dores de cabeça.”

Ciclamato de sódio
“Derivado do petróleo, ele possui alto teor de sódio, como o próprio nome já indica. Logo, não é indicado para hipertensos.”