quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Saúde da mulher: saiba quais exames você precisa fazer todo ano


É importante verificar a integridade do útero e das mamas e o funcionamento do organismo como um todo – para isso, conte com a ajuda de um/a ginecologista.

Por mais que você se sinta ótima e plena, sem nenhuma dor ou incômodo físico (um corrimento, por exemplo), é preciso contar com a confirmação médica periódica de que está tudo bem com sua saúde para seguir tranquila.

Para nós, mulheres, o especialista mais importante é o ginecologista: é ele que solicita os exames de rotina que checam o estado geral do organismo e aspectos pontuais femininos – a integridade do útero e das mamas, por exemplo – e analisa seus resultados.

“Como vários exames precisam ser repetidos anualmente independentemente dos resultados anteriores, a recomendação é que as consultas sejam uma vez por ano”, afirma a ginecologista e obstetra Ana Maria Ribeiro. Ela também destaca a importância de fazermos a consulta de retorno com os resultados em mãos – mesmo que já tenhamos espiado a papelada e visto que está tudo aparentemente ok: “Muitas vezes, mesmo dentro dos parâmetros esperados, há alguma alteração de um ano para o outro que chama a atenção do médico, mas a paciente nem tem ideia.”

Com a ajuda de Ana Maria e dos também ginecologistas e obstetras Alberto Guimarães e Vamberto Maia Filho, trazemos aqui a lista dos exames que você deve fazer todos os anos.

Não importa se sua vida está corrida: reserve um espaço em sua agenda, marque as consultas, faça os exames solicitados, realize o retorno e siga todas as orientações de seus médicos. Encare tudo isso como investimento, e não como “tempo desperdiçado”, pois sua saúde é importante!

Papanicolau
Também chamado de preventivo ginecológico ou citologia oncótica do colo uterino. É o exame que verifica a saúde do colo do útero (se tem infecções ou alterações na região) e também busca sinais de infecções por fungos e vírus, herpes e verrugas na região genital feminina.
A coleta é realizada no consultório ginecológico com o auxílio de um espéculo (o “bico de papagaio”), que deixa o colo do útero bem exposto para o médico. É feita uma leve raspagem no colo do útero e em seu entorno e esse material é colocado em uma lâmina que é encaminhada para um laboratório para a análise. O resultado costuma ser enviado diretamente para o consultório, ou seja, para este exame estar completo você terá que fazer a consulta de retorno, sim. 😊
Embora a recomendação mais comum seja pela realização anual do papanicolau após o início da vida sexual, alguns médicos optam por realizá-lo a cada três anos depois de dois resultados negativos seguidos. Não estranhe, portanto, se seu médico “pular” essa solicitação. E claro: se ficar em dúvida quanto a isso, pergunte na consulta.

Colposcopia
É um exame complementar ao papanicolau para a biópsia de lesões causadas por infecções sexualmente transmissíveis, como verrugas. O material é retirado da mesma forma que para o papanicolau, mas colocado em reagentes líquidos; em seguida, é enviado para um laboratório, que retornará o resultado para o consultório médico (não para você).
Esta é uma das formas mais certeiras de diagnosticar o HPV e seus subtipos – e, assim, determinar como deve ser o tratamento para evitar o risco de surgimento de câncer de colo de útero.

Ultrassom transvaginal
Detecta miomas, pólipos no endométrio, endometriose, nódulos na cavidade ou na parede uterina e analisa o ovário (volume, posição e presença de cistos). É especialmente importante para as mulheres que usam DIU, pois é este exame que verifica se ele está bem posicionado – se não estiver, a eficácia do contraceptivo cai drasticamente.
O aparelho é colocado pelo canal vaginal ao lado do útero, normalmente envolto em uma camisinha com gel lubrificante, para evitar lesões na introdução. Ao longo do exame, são feitas capturas de tela para demonstração e análise da saúde e dos sinais da região. Os resultados costumam ser entregues para a própria paciente.

Ultrassom das mamas
Identifica possíveis cistos, nódulos e tumores na região mamária de mulheres mais jovens (até os 40 anos) e/ou com mamas mais densas (independentemente da idade).
Deitada e com os braços levantados, a paciente tem as mamas e as axilas investigadas pelo ultrassom em movimentos circulares. Ao longo do exame, são feitas capturas de tela para demonstração e análise das características e dos sinais da região. Os resultados costumam ser entregues para a própria paciente.

Mamografia
A partir dos 40 anos, é preciso fazer a mamografia complementarmente ao ultrassom das mamas. Trata-se de uma avaliação das mamas por meio de raio-X para detectar tumores cancerígenos ou sinais que possam indicar algum risco e, assim, permitam um acompanhamento mais cuidadoso e um diagnóstico super precoce da doença.
Se houver histórico de câncer de mama na família, este exame pode ser pedido antes dos 40 anos de idade e com intervalos menores que um ano.
O procedimento é feito com a paciente em pé, sem blusa, sutiã ou qualquer interferência metálica (correntes, brincos e piercings). A mama é colocada no aparelho mamógrafo e “comprimida” por suportes inferior e superior para a captura de imagens. Os resultados costumam ser entregues para a própria paciente.

Ultrassom de tireoide
Detecta anormalidades, como nódulos ou tumores, na glândula tireoide. Também auxilia no diagnóstico de hipertireoidismo, hipotireoidismo, nódulos e bócio benignos e câncer da tireoide. É importante realizar este exame anualmente porque as alterações nesta região podem ocorrer em mulheres de todas as idades. Quando mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil será determinar o tratamento e maiores serão as chances de normalização e cura.
Os hormônios produzidos pela tireoide são responsáveis pelo metabolismo basal, o que significa que são eles que garantem o funcionamento correto do organismo; se algo estiver errado ali, haverá alteração significativa na vida da paciente, como ganho ou perda significativo de peso, queda na disposição, alterações na pressão arterial, tremedeiras e outros incômodos.
O exame é feito como qualquer outro ultrassom, na região frontal do pescoço, onde fica a tireoide. Ao longo do exame, são feitas capturas de tela para análise dos sinais da região. Os resultados costumam ser entregues para a própria paciente.

Hemograma completo
Para verificar como está o funcionamento do organismo como um todo. Costumam ser solicitadas as análises de hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas, além de outros aspectos pontuais que o médico considerar pertinentes de acordo com a saúde da paciente. É por meio dele que são detectadas, por exemplo, anemia e doenças autoimunes.
É feita a coleta do sangue necessário em laboratório e as análises são realizadas em um período de um a cinco dias úteis. Os resultados costumam ser entregues para a própria paciente.


quarta-feira, 2 de outubro de 2019

10 alimentos capazes de prevenir o câncer


Pesquisas revelam que vários alimentos encontrados na sua cozinha contêm componentes que podem manter a doença bem longe

Não é segredo: uma alimentação adequada é parte essencial de um estilo de vida saudável. Os alimentos que você ingere podem ajudar a proteger o organismo inclusive contra doenças como o câncer.

Embora o aparecimento da doença esteja em parte ligado à herança genética, sabe-se hoje que alguns hábitos aumentam as chances de aparecimento do câncer. Entre estes comportamentos de risco, os principais são o tabagismo, exagero no consumo de álcool, vida sedentária e alimentação pouco saudável. “A alimentação é um fator modificável, daí a importância de alertar e orientar as pessoas sobre algumas mudanças potencialmente benéficas”, aconselha a nutróloga Dra. Fernanda Schettino, do Hospital Oncomed, especializado no tratamento de câncer.

A lista abaixo foi feita para ajudar você a decidir melhor o que colocar no prato e contêm 10 alimentos capazes de prevenir diversos tipos de câncer, conforme levantamento feito pela fundação americana Curar o Câncer.

1. Abacate
O abacate contém um nutriente chamado glutatoína, um poderoso antioxidante que ataca os radicais livres – os quais têm sido apontados como um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento do câncer e de doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores acreditam que o abacate pode proteger contra o câncer oral e de garganta, além de também ser útil no tratamento das hepatites.

2. Uvas
Uvas vermelhas contêm poderosos antioxidantes que protegem o organismo contra o câncer e, de quebra, combatem o envelhecimento. As uvas são também uma fonte rica de resveratrol, que inibe as enzimas que podem estimular o crescimento de células cancerosas.
Mas, lembre-se: para aproveitar todos os benefícios, é preciso comer a casca e, se possível, a semente também.

3. Soja
A soja e seus produtos derivados contêm proteína, baixo teor de açúcar, óleo nutricional, fibras e muitos outros nutrientes importantes para o funcionamento do organismo. Isto, por si só, já seria suficiente para você decidir incluir este alimento no seu cardápio.
Mas há outros benefícios! Estudos indicam que alimentos à base de soja integral ajudam na prevenção de vários tipos de câncer, como os do pulmão, do colo do útero, dos intestinos, do estômago e da próstata. As isoflavonas da soja, classificadas como fitoestrógenos, são apontadas como os principais compostos presentes na soja capazes de prevenir o aparecimento de vários tipos da doença.

4. Batata doce
As batatas doces contêm muitas propriedades anticancerígenas. Uma delas é o beta-caroteno, antioxidante capaz de prevenir o dano a membranas celulares quem favorecem o desenvolvimento da doença.

5. Brócolis
O brócolis contém bioflavonóides e antioxidantes que bloqueiam a ação de hormônios que estimulam a evolução de tumores. Ele também é capaz de melhorar a ação de enzimas protetoras, prevenindo contra o câncer.
O vegetal é rico em sulforano, uma substância química com capacidade cientificamente comprovada de eliminar toxinas que originam células cancerosas. Outro vegetal que também produz esse efeito é a couve-flor.

6. Tomate
Especialistas apontam o tomate como um dos melhores alimentos para combater o câncer de próstata. Isso acontece porque o tomate é rico em licopeno, uma substância que atua como antioxidante e combate os radicais livres que alteram o DNA das células. Melancias, e pimentas também contêm esta substância, mas em quantidades menores.

7. Cenoura
A cenoura é outro alimento importante na luta contra o câncer. Os pesquisadores descobriram que o falcarinol presente na cenoura é capaz de reduzir as chances de um indivíduo desenvolver a doença. No entanto, os testes foram realizados com o alimento cru e, portanto, ele dever ser consumido preferencialmente assim.
Além disso, a cenoura também é fonte de beta-caroteno, o que pode ajudar a reduzir as chances de desenvolvimeno de vários tipos de tumores no pulmão, boca, garganta, estômago, intestino, bexiga, próstata e mama.

8. Alho
O alho contém, com comprovação científica, uma riqueza de nutrientes como vitaminas (A e C), potássio, fósforo, enxofre e 75 diferentes compostos sulfurados. Com tantos nutrientes, ele fortalece o sistema imunológico, aumentando a atividade das células de defesa (os leucócitos). Assim, ele pode inibir diretamente o metabolismo da célula cancerosa, prevenir a ativação e a reprodução das mesmas.
Também há estudos indicando que o alho é capaz de aumentar os níveis de glutationa S-transferase, uma enzima que auxilia o fígado no processamento de substâncias tóxicas que são agentes cancerígenos. Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional do Câncer estabelece uma relação entre o consumo de alho e a diminuição do risco de câncer de estômago, esôfago, pâncreas e mama.

9. Açafrão-da-terra
Também conhecido como cúrcuma, é uma planta da família do gengibre muito utilizada na culinária – é o componente que dá ao tempero curry sua cor amarelada. Estudos têm demonstrado também aplicação medicinal na prevenção e cura do câncer.
A responsável por isso é a curcumina, princípio ativo do açafrão. Ela inibe a proliferação das células doentes, impedindo o crescimento do tumor. Além disso, ajuda o organismo a destruir células cancerosas.

10. Alecrim
Seja usado como tempero ou chá, o alecrim ajuda a aumentar a atividade das enzimas de desintoxicação. Suas folhas são ricas em antioxidantes, que protegem as células contra radicais livres – responsáveis pelo aparecimento do câncer.

É importante alertar que a ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui a boa alimentação. “Os nutrientes exercem papel protetor quando consumimos através dos alimentos”, adverte a médica Fernanda Schettino.

Se você não ainda não incluiu estes itens no seu cardápio, pode fazer isso hoje mesmo. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades como colesterol e diabetes.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/10-alimentos-capazes-de-prevenir-o-cancer/ - Escrito por Priscila Domingos - FOTO: THINKSTOCK

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Outubro Rosa: saiba como prevenir o câncer de mama


Todos os anos, milhares de novos casos de câncer de mama são descobertos no Brasil. A estimativa para 2016 era de 57.960 novos casos da doença no país, sendo que 99% dos casos acometem as mulheres. Os números assustam e a realidade é árdua, mas ainda assim há razões para ser otimista.

As chances de cura para os casos descobertos precocemente são em média de 88.3% e aproximadamente 30% dos casos podem ser evitados com hábitos saudáveis. Uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas regulares são fatores determinantes para se proteger contra qualquer tipo de câncer. O excesso de gordura abdominal também é outro fator de risco que aumenta em 74% o risco de desenvolver a doença.

Felizmente, a cada ano que passa aumentam as ações que visam a conscientização desse tipo de câncer. Nos Estados Unidos, a campanha Outubro Rosa existe desde 1990 e no Brasil as ações começaram a ser praticadas em 2002. Essas iniciativas são importantes para alertar sobre os perigos, incentivar o autoexame e aproximar pessoas que já tiveram o problema, criando comunidades e laços com instituições que fomentam pesquisas e arrecadam doações.

Vale lembrar mais uma vez que quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura. Saber realizar o autoexame e estar ciente de quais ações podem diminuir os riscos de desenvolver esse tipo de câncer são práticas fundamentais. E é exatamente por isso que a conscientização e a educação são tão importantes.

10 coisas que você precisa saber sobre o câncer de mama

Temos acesso a muitas informações o tempo todo que podem nos deixar assustados sem motivo nenhum. Será que todas elas são verdadeiras? Fique atenta aos mitos e verdades sobre o câncer de mama que ouvimos por aí:


Estar bem informada e ciente sobre qualquer coisa é o primeiro passo para evitar maiores preocupações, ainda mais se tratando de um assunto tão sério como o câncer de mama.

12 sinais indicativos de câncer de mama
A mamografia é, sem dúvidas, o método mais seguro para saber se há a presença de nódulos que podem ser malignos. Porém, existem alguns sinais que que podem indicar se há alguma coisa errada com suas mamas. A organização Worldwide Breast Cancer elencou os 12 sintomas comuns que se manifestam nos pacientes de câncer de mama. Confira:

Pele grossa e presença de nódulos: Se você notar que sua pele está mais grossa e você consegue sentir algum nódulo, fique atenta. Pode ser apenas uma característica do período menstrual ou da amamentação, mas se eles permanecerem ou aumentarem, procure um médico.
Covinhas nas mamas: “Covinhas” nos seios são outro sinal que se deve dar atenção. Elas podem aparecer durante o período menstrual ou quando usamos roupas muito apertadas. Caso elas persistam por mais tempo, pode ser um sinal de câncer de mama.
Mamilos e aréolas com aspecto rugoso: A Doença de Paget é um tipo de câncer que acomete os mamilos e aréolas. Ela se caracteriza por uma crosta e um aspecto rugoso e áspero nessas regiões. Em alguns casos também pode haver secreção com sangue. Esses sintomas podem indicar câncer de mama.
Mamas vermelhas e quentes: Isso é normal na amamentação, mas em outras situações é preocupante. O câncer de mama inflamatório tem essas características, pois ele dificulta o fluxo de sangue na região.
Secreções: Fluidos aquosos, leitosos e até mesmo com sangue são comuns quando os seios estão se desenvolvendo e principalmente no período da amamentação. Se seus seios expelirem alguma secreção e você não estiver passando por nenhuma dessas situações, fique atenta e procure um médico.
Feridas na pele: Nem sempre feridas são sinal de câncer de mama, mas elas sempre merecem atenção. Se elas começarem a crescer e ter mau cheiro, vá até um médico de sua confiança.
Caroços elevados: Alguns nódulos podem aparecer na superfície da pele e, conforme vão crescendo, ficam visíveis nas mamas. É importante lembrar que nem todo nódulo significa um tumor maligno, mas somente um médico pode dar o diagnóstico correto.
Mamilo retraído: Algumas pessoas já tem os mamilos para dentro por natureza. Se esse for seu caso não há motivo para preocupações. Já se você notar que seus mamilos estão tomando esse formato, fique atenta.
Veias crescentes: Veias com aspecto inchado nas mamas pode ser um indicativo de tumores. Geralmente, os tumores exigem que o sangue seja bombeado para eles, o que aumenta o volume de sangue nas veias.
Mudança no formato ou tamanho: Qualquer mudança de formato ou tamanho nas mamas fora do período da amamentação é preocupante. Se essas mudanças persistirem também fora do período menstrual, é melhor visitar um médico.
Aspecto de casca de laranja: Mamas inchadas e com várias covinhas pequenas com aspecto celulítico podem ser um indicativo de câncer de mama. Como o fluxo de sangue torna-se irregular, as células da pele podem sofrer essas alterações.
Nódulos: O sinal mais comum de um tumor nas mamas é o nódulo. Ele pode ser pequeno ou grande, mas sempre merece sua atenção. Se encontrar qualquer tipo de caroço nas mamas, procure um médico.
Vale reforçar que, muitos dos sintomas podem aparecer e não estarem ligados ao câncer de mama. Procure ajuda médica em caso de recorrência de um ou mais sinais.

Como é feito o diagnóstico
Para um diagnóstico seguro, algumas etapas são necessárias para que o tratamento indicado seja o mais adequado e eficiente. Confira o passo a passo do diagnóstico:

Segundo a Dra. Livia Daia, ginecologista e mastologista, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mamografia deve ser feita anualmente nas mulheres com mais de 40 anos sem antecedentes familiares de câncer de mama. Com o exame, pode-se detectar possíveis lesões, como nódulos de aspectos irregulares ou microcalcificações agrupadas, que podem ser indícios de câncer de mama.

Após isso, é feita a biopsia, que consiste em retirar um pequeno pedaço da lesão para ter um diagnóstico correto. Se o resultado da biopsia for positivo para câncer, os médicos estudam o perfil do câncer para indicar o tratamento adequado, que pode ser iniciado com uma cirurgia para retirada do tumor ou com quimioterapia.

Consultar um médico logo após a constatação de qualquer irregularidade com as mamas é imprescindível. Quanto mais tardio o diagnóstico, menores são as chances de cura.

E como você pode se prevenir?
Segundo dados da Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer, 30% do casos podem ser evitados com hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares e alimentação balanceada. Além disso, as mulheres de todas as idades devem realizar o autoexame uma vez por mês fora do período menstrual. A Dra. Livia Daia diz que ele pode causar um certo desconforto e dar a falsa sensação de nódulos, mas ele é de extrema importância.

Além de realizar o autoexame apalpando as mamas, dê uma atenção especial aos seus seios. Qualquer alteração que seja estranha, pode ser um indicativo de problemas mais graves. Olhe-se mais no espelho, conhecer seu próprio corpo é fundamental.

A mamografia, principalmente depois dos 40 anos, é obrigatória. O autoexame é essencial, mas só detecta nódulos com pelo menos 1 centímetro, o que pode indicar um estágio mais avançado da doença. Caso o nódulo seja muito pequeno, somente a mamografia poderá identificá-lo. É comum dizerem que a mamografia dói, o que não é verdade. Ela pode causar incômodos que são necessários para cuidar da saúde das suas mamas. Pense nisso!

Veja como fazer o autoexame no banho:
Separe alguns minutos do banho para cuidar da saúde das suas mamas. É rápido, simples, fácil e essencial para a sua saúde.

Você sabe qual o seu risco de desenvolver o câncer de mama?
Embora o câncer de mama seja uma doença que pode acometer qualquer pessoa, existem alguns fatores que aumentam o risco e também alguns que podem auxiliar na prevenção. Confira qual é o seu risco de desenvolver câncer de mama:

A campanha do Outubro Rosa traz várias ações que auxiliam na prevenção da doença e que acolhem pessoas que estão passando por esse momento ou que já se curaram. Divulgar a campanha dá força ao movimento e leva ao conhecimento de cada vez mais pessoas informações que podem salvar vidas.

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/outubro-rosa/ - Escrito por Beatriz Castells - ISTOCK

Outubro Rosa: saiba o que é e entenda a sua importância


O movimento ocorre durante o mês de outubro e tem como objetivo ressaltar a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

Outubro Rosa é um movimento que ocorre internacionalmente durante todo o mês de outubro. Ele tem como objetivo principal ressaltar a necessidade da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

O Outubro Rosa começou na década de 1990, nos Estados Unidos, onde os estados faziam ações isoladas referentes ao assunto. Com a posterior aprovação do Congresso Americano, o mês de outubro se tornou o mês nacional de prevenção contra o câncer de mama no país.

Para mobilizar a população americana sobre a importância da ação, as cidades começaram a se enfeitar com laços rosas. Inicialmente, a ideia foi lançada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e os laços foram dados aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova Iorque, em 1990. Depois disso, o objeto passou a ser distribuído em locais públicos, corridas, desfiles de modas, entre outros eventos.

O mês de outubro foi escolhido para representar a causa ao redor do mundo. Durante todo o período, é comum ver espaços e monumentos decorados e/ou iluminados com a cor.

No Brasil, o primeiro sinal de envolvimento com o Outubro Rosa aconteceu em outubro de 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor. Em outubro de 2008, o movimento ganhou ainda mais força e várias cidades brasileiras abraçaram o movimento.

O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo. No Brasil, as taxas de mortalidade por esse tipo de câncer continuam elevadas, especialmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Por isso, o autoexame das mamas e a mamografia são essenciais.

Fonte: https://mdemulher.abril.com.br/saude/outubro-rosa-o-que-e-importancia/  - Por Priscila Doneda - LenaSkor/lianella/J??n Helgason/Thinkstock e Ile Machado/MdeMulher

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Banhos em pet shops podem estressar o animal


Alguns bichos entram na maior tensão - e isso pode abalar pra valer seu bem-estar

Tem gente que só descansa mesmo depois de uma chuveirada. Mas, no mundo animal, o hábito muitas vezes está longe de ser relaxante – parece sessão de tortura. Em tese de doutorado pela Universidade de São Paulo, a veterinária Anna Carolina Barbosa Esteves, do Instituto Cimas de Ensino (SP), analisou os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, em 33 cães de dois pet shops. Os resultados apontaram que a presença da substância no sangue subiu 61% logo após o banho e a tosa. “Passar dez minutos assim pode até levar à morte”, alerta Anna. Para evitar desfechos traumáticos, o dono precisa ficar atento a algumas características do estabelecimento. Segundo a pesquisadora, os funcionários devem ter treinamento específico e saber identificar quando o bicho não está legal. Como ele pode necessitar de atendimento, também é bom contar com um veterinário por perto. Agora, para cachorrinhos sensíveis, como os de idade avançada, talvez seja melhor dar o banho em casa.

Dicas para dar banho no pet no seu próprio lar

Verifique a temperatura:  a água deve estar morninha, mais agradável para o animal.

Tenha cuidado com o xampu:  é preciso prestar atenção para que o produto não caia nos olhos do bicho.

Proteja bem os ouvidos: tampe-os com algodão e abaixe as orelhas na hora de enxaguar a cabeça.

Use com cautela o secador: feche os olhos do cão com as mãos para o ar quente não machucá-los.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/banhos-em-pet-shops-podem-estressar-o-animal/ - Por Thiago Nepomuceno -  Foto: Dorottya Mathe - iStock/)

Exercício matinal ou à noite? Ambos têm vantagens


Melhor horário para se exercitar

Os benefícios dos exercícios físicos podem variar dependendo da hora do dia em que você os pratica.

Este é mais um efeito do relógio biológico - ou ritmo circadiano - do corpo afetando nossa saúde.

Experimentos com animais de laboratório mostraram que o efeito do exercício realizado no início da fase escura e ativa dos camundongos - correspondente à nossa manhã - difere do efeito do exercício realizado no início da fase de luz e repouso - correspondente à nossa noite.

"O exercício matinal dispara programas genéticos nas células musculares, tornando-as mais eficazes e capazes de metabolizar açúcar e gordura. O exercício noturno, por outro lado, aumenta o gasto energético de todo o corpo por um período prolongado," detalhou Jonas Thue Treebak, professor da Universidade de Copenhague (Dinamarca).

Benefícios diurnos e noturnos

O exercício matinal parece aumentar a capacidade das células musculares de metabolizar açúcar e gordura. Esse tipo de efeito é interessante por sua relação com a saúde das pessoas com sobrepeso grave e diabetes tipo 2.

Por outro lado, o exercício noturno aumenta o gasto energético nas horas após o exercício.

Portanto, os pesquisadores não podem necessariamente concluir que o exercício pela manhã é melhor do que o exercício à noite, diz Treebak - eles trazem diferentes benefícios.

A equipe de Treebak mediu uma série de efeitos nas células musculares, incluindo a resposta transcricional e os efeitos sobre os metabólitos.

Os resultados mostram que as respostas são muito mais fortes em ambas as áreas após o exercício pela manhã. Um mecanismo central envolvendo a proteína HIF1-alfa, que regula diretamente o relógio circadiano do corpo, provavelmente controla isso, dizem os pesquisadores.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicio-matinal-ou-noite-ambos-tem-vantagens&id=13505 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

domingo, 29 de setembro de 2019

Encerrados com sucesso os jogos internos do Colégio O Saber 2019


Foram encerrados com sucesso os XV JICOS – Jogos Internos do Colégio O Saber, um dos grandes eventos que a escola realiza com seus alunos do ensino fundamental e médio, enaltecendo a importância da educação física e do esporte no processo educacional. Mais uma vez, O Saber realizou os jogos em duas etapas, a primeira de 26 de abril a 10 de maio e a segunda de 20 a 28 de setembro, com os alunos disputando 11 modalidades esportivas. Os alunos serão premiados com medalhas de ouro, prata e bronze de acordo com a classificação final da sua turma. Os jogos foram organizados pelos professores John Brito e José Costa.

Classificações finais dos JICOS por categorias:

Categoria Pré-mirim
Campeão – 1º ano A                        36 pontos
                   1º ano B                        36 pontos                          

Categoria Mirim
Campeão – 3º ano A/B                    50 pontos                          
Vice-campeão – 2º ano A/B            44 pontos                           

Categoria Infantil
Campeão – 5º ano A                        66 pontos                           
Vice-campeão – 4º/5º ano B           56 pontos                          
3º lugar – 4º ano A                          46 pontos                          

Categoria A
Campeão – 7º ano B                       194 pontos
Vice-campeão – 7º ano A               166 pontos
3º lugar – 6º ano B                          144 pontos
4º lugar – 6º Ano A                         110 pontos

Categoria B
Masculino
Campeão - Equipe A                       104 pontos
Vice-campeão - Equipe C                 88 pontos
3º lugar - Equipe B                            62 pontos

Feminino
Campeão - Equipe F                          98 pontos
Vice-campeão - Equipe D                 98 pontos
3º lugar - Equipe E                            62 pontos

A escola que promove o esporte está oferecendo meios ao aluno de adquirir não apenas saúde, desenvolvimento físico e intelectual, mas também a aquisição de valores que serão úteis no ambiente escolar e por toda a vida.

Por Professor José Costa

Cuide da saúde mental do seu bichinho


Ansiedade, automutilação, agressividade... Entenda os principais problemas de comportamento animal — e saiba como lidar com as emoções deles

Chegava perto do meio-dia de uma sexta-feira e o antropólogo Jean Segata estava prestes a encerrar o expediente na clínica veterinária onde fazia seu trabalho de campo para o doutorado. Localizado no município catarinense de Rio do Sul, no Vale do Itajaí, o estabelecimento também funcionava como pet shop. O objetivo do estudo era investigar o uso de tecnologias voltadas à saúde e à estética dos animais. Porém, naquele verão de 2009, a tese de Segata tomou um novo rumo.

Uma mulher entrou na sala de espera com uma poodle de 9 anos bastante fraca e desidratada. Pink (nome fictício atribuído na pesquisa) não comia nem bebia água direito, gemia a noite toda, se coçava constantemente e andava meio acanhada. “Outro doutor me disse que ela está com depressão, mas eu não acredito nisso. Minha amiga na contabilidade é depressiva e não se comporta assim”, antecipou a contadora e tutora.

Após avaliar o estado de saúde da cadela, o veterinário responsável recomendou que ela ficasse o fim de semana internada na clínica. Segata acompanhou atentamente a bateria de exames e a aplicação de soro. Feitos os testes de laboratório e descartadas possíveis doenças, o veterinário confirmou as suspeitas iniciais: Pink estava mesmo deprimida.

Mais tarde, o antropólogo descobriria que esse não era exatamente o diagnóstico. Diferentemente da complexa depressão humana, o comportamento depressivo dos animais não configura um transtorno mental em si. Ele é um nome genérico para uma estratégia de proteção, uma reação do corpo a algo que não vai bem.


“Quando o animal fica doente, a depressão é necessária para deixá-lo mais quieto, menos vulnerável. Também é acionada para problemas que, cognitivamente, ele não consegue resolver”, explica o veterinário especialista em comportamento animal Mauro Lantzman, que atua em São Paulo.

Na maior parte do dia, Pink ficava sozinha no apartamento e saía pouco para passeios ao ar livre. Os maus hábitos da cuidadora estavam, assim, se refletindo na cadela. Segala percebeu que os laços entre pessoas e bichos domésticos eram muito mais profundos do que julgava, pelo menos do ponto de vista antropológico. “Nós e os Outros Humanos, os Animais de Estimação” foi o título de sua tese de doutorado, defendida em 2012.

Ainda que a depressão animal seja diferente do transtorno que acomete a nossa espécie, os bichos também podem sofrer de um distúrbio com sintomas parecidos com os do nosso quadro depressivo. É a síndrome de ansiedade da separação em animais (Sasa). Ela afeta 17% dos cães, segundo um estudo da Universidade de Helsinque, na Finlândia, que analisou 3 824 casos de 192 raças diferentes.

Só que, entre os cachorros de apartamento, a prevalência fica acima de 55%, acusa uma pesquisa brasileira, da Universidade Federal Fluminense. A síndrome também maltrata gatos, pássaros, ovelhas, cabras, cavalos e porcos — uma vasta fauna. E era o que a Pink tinha quando chegou ao consultório naquela sexta.

A Sasa consiste em um conjunto de reações que os bichos exibem ao ficar sozinhos ou separados de alguém querido. Seus sinais mais comuns são as vocalizações excessivas, a atitude destrutiva e o comportamento depressivo — ou seja, a depressão em si é mais um sintoma da síndrome.

A confusão também vem do fato de que os medicamentos prescritos tanto para a Sasa quanto para a depressão humana são os mesmos: os antidepressivos.

Embora incorreto clinicamente, o uso do termo “depressão” pelos veterinários tinha um fim prático: servia para explicar às pessoas a causa da apatia de seus animais. “A depressão canina poderia ser considerada, assim, uma espécie de ficção útil”, concluiu Segata em sua tese.

Papagaios em prantos
Pássaros também podem apresentar sinais de ansiedade resultante da separação dos donos. É o que ocorre com espécies de papagaios e as calopsitas, por exemplo. Como são animais altamente sociáveis, a saída de outra ave ou do tutor pode desencadear uma sucessão de “gritos”.

As vocalizações começam como simples chamados e, se não forem atendidas, progridem para barulhos cada vez mais nervosos. Para reverter isso, o tutor pode tentar acostumar o pássaro à sua ausência, começando com saídas breves e, gradativamente, seguindo com outras mais longas.

Quais são os outros transtornos mentais dos bichos
A Sasa é o transtorno que mais afeta a saúde mental dos bichos de estimação. Mas não é o único. Muitos pets passam, a rigor, a vida fora de seu habitat. Separados do bando, vivem trancados em casas, estábulos, gaiolas ou aquários. Coibimos seu comportamento instintivo em nome das nossas regras de convivência.

Como reação à sua natureza reprimida, podem desenvolver um leque de comportamentos estranhos ou, digamos, desagradáveis — pelo menos aos nossos olhos. “Gatos, por exemplo, gostam de explorar o ambiente. Se vivem presos, ficam irritados, entediados. Com certeza isso afeta o estado emocional deles”, diz o veterinário Renato Pulz, professor da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, no Rio Grande do Sul.

O isolamento — pense aqui em um bicho que fica o dia inteiro sozinho em um apê — não só deixa nossos companheiros ansiosos como pode torná-los mais violentos. É por meio da agressividade que animais inseguros tentam controlar seu ambiente. Essa, aliás, é a principal causa das queixas de agressividade por parte dos cuidadores.

Outros motivos possíveis são a defesa territorial, histórico de maus-tratos ou até disfunções hormonais. Há, claro, predisposições genéticas que devem ser levadas em conta. Por exemplo: cachorros das raças pit bull e rotweiller foram selecionados artificialmente para atuar como cães de guarda e, via de regra, têm traços mais territorialistas. O oposto vale para labradores ou golden retrievers, que, geralmente, são animais de companhia.

Mas nada impede um pit bull de ser dócil; e um golden, agressivo. Vai depender da hostilidade ou da afabilidade do ambiente de criação. Bichos de estimação dificilmente são violentos a troco de nada, ao contrário do que ocorre com humanos. “Em animais, é muito raro uma agressividade pura”, afirma Ceres Faraco, diretora científica do Instituto de Saúde e Psicologia Animal, o Inspa, em Porto Alegre.

Entre os hábitos bizarros, um dos mais comuns é a chamada coprofagia — em bom português, comer cocô. Embora soe nojento, nem sempre isso é sinônimo de problema. Filhotes ingerem fezes para equilibrar a microbiota intestinal, assim como as mães de algumas espécies fazem a mesma coisa para manter o ninho limpo.

Cerca de 50% dos cães tentam consumir seus resíduos em algum momento da vida, e 28% são efetivamente coprofágicos, segundo uma pesquisa da Universidade do Estado do Colorado, nos Estados Unidos.

Além de comerem a própria caca, cachorros são atraídos pelas fezes de gato, ricas em proteínas, e as de cavalo, que contêm matéria vegetal com celulose quebrada. O motivo da comilança fedorenta costuma ser a má digestão de nutrientes ou a falta deles na alimentação regular. Como, em tese, os pets são bem alimentados no contexto doméstico, a coprofagia tantas vezes é sinal de compulsividade e falta de atenção.

Ainda no catálogo de comportamentos estranhos, entram as feridas por lambedura. Basicamente, alguns bichos, como cães e gatos, compensam sua inquietação passando a língua incessantemente em partes do corpo, como as patas. A ponto de, infelizmente, machucá-las.

As lambidas que viram lesões lembram muito o nosso hábito ansioso de roer as unhas. Só que têm consequências mais graves entre os pets, porque podem abrir alas a dermatite e infecções. Alguns bichos ficam no lambe-lambe, outros chegam a se morder…

As veterinárias americanas Valarie Tynes e Leslie Sinn publicaram um estudo de referência sobre os comportamentos repetitivos de cães e gatos e identificaram que esse tipo de automutilação estava presente principalmente em cachorros de porte grande e gatos-de-bengala — raça criada pelo cruzamento de felinos domésticos e outros selvagens com manchinhas de leopardo. Atenção à lambedura, portanto. Ela nem sempre é inofensiva e, não raro, soa o alarme de uma aflição mental.

Cavalos masoquistas
Cavalos também praticam automutilação. Cerca de 70% dos casos ocorrem com os garanhões, os equinos não castrados que são separados do resto da manada, segundo a Enciclopédia de Comportamento Animal (Elsevier). Geralmente, o animal olha para o lado, belisca partes do peito ou da lateral do abdômen, gira 180º graus e dá um chute com uma das patas traseiras.

Os cientistas ainda não sabem se o comportamento tem origem genética ou se é apenas resultado da inquietação típica da situação de isolamento. A orientação dos veterinários é não deixar o cavalo sozinho. Caso não seja possível mantê-lo junto com outros equinos, cães ou cabras podem auxiliar na socialização.

A saúde mental dos bichinhos idosos
Conforme a idade avança, comportamentos inusuais podem indicar outro problema, a síndrome da disfunção cognitiva (SDC), doença degenerativa semelhante ao Alzheimer humano. “Os animais podem ter andar errante, sair de casa e não saber como voltar, se esquecer do tutor, desaprender a fazer suas necessidades no lugar certo”, ilustra Gisele Fabrino, professora de veterinária da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araçatuba.

De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, até 30% dos gatos entre 11 e 14 anos sofrem da doença. Nos cães, ela teria a mesma prevalência, mas parece chegar antes — em média entre os 7 e os 9 anos, conforme revisão da Universidade Regional de Blumenau, em Santa Catarina. Nas duas espécies, a disfunção cognitiva afetaria 50% dos animais acima dos 14 anos.

Apesar de não ter cura, a SDC pode ser tratada para amenizar os sintomas. Estímulos mentais e alguns suplementos alimentares parecem ajudar. Mas, como em outras situações, é fundamental consultar o veterinário para diferenciar um transtorno de uma esquisitice comportamental resultante de uma dificuldade de adaptação à vida que demos aos pets. Às vezes, pequenos ajustes na rotina já trazem mais conforto, segurança e alívio para eles.

Conselhos para que seu pet não pene com ansiedade e depressão
Não o separe da mãe antes da hora: um animal retirado do convívio com a genitora muito cedo pode desenvolver uma série de distúrbios comportamentais, como medo e compulsividade. No caso dos cães, o recomendado é esperar, no mínimo, 55 a 60 dias para levá-lo para casa. “Depois disso, ele transfere o vínculo que tinha com a mãe para o tutor”, esclarece Mauro Lantzman.

Outra dica para acostumar o bichinho ao novo ambiente é colocar um relógio analógico na cama dele. O tic-tac simula a batida do coração da mãe e dos irmãos.

Ofereça passeios e brinquedos: seu bicho tem que gastar energia. Cães, por exemplo, costumam pedir de duas a três caminhadas por dia, além de brincadeiras com cordas, bolas pequenas e objetos em forma de osso. No caso dos gatos, tem raças naturalmente mais quietas, como os persas, e outras mais enérgicas, como os siameses. Mas todas precisam de estímulos contra o tédio, como arranhadores e bolas felpudas.

Para periquitos e cacatuas, dá pra oferecer cordas e pedras para que eles exercitem o bico.

Adote mais de um pet: “Eu sempre recomendo que as pessoas tenham dois animais para que eles se entretenham”, aconselha a professora Gisele Fabrino. Embora não seja uma opção para quem tem orçamento limitado, cuidar de mais de um bicho ajuda a afastar os distúrbios causados pela solidão. E isso é fundamental para espécies e raças mais sociáveis.

Se você já tem um pet que manda no pedaço há bastante tempo, o ideal é inserir o novo animal aos poucos para evitar conflitos.

Experimente deixá-lo na creche: para quem fica longe do seu cão por longas horas, alguns estabelecimentos oferecem o serviço de creche. Neles, o bicho interage com outros animais, recebe atenção e tem brinquedos e água à disposição.

Outra alternativa são os passeios ou hospedagem oferecidos por aplicativos. O tutor pode acompanhar a situação do animal a distância. Gatos, porém, não são muito adeptos a mudanças abruptas de ambiente e ficam mais à vontade em casa mesmo, com rostos conhecidos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/cuide-da-saude-mental-do-seu-bichinho/ - Por Juan Ortiz - Foto: GlopaIP / Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital

Mercado de trabalho vai valorizar mais comunicação do que capacidade técnica


Habilidades interpessoais são complexas. Por exemplo, você sabia que só deve ajudar seus colegas de trabalho se eles pedirem? Ou então que uma equipe conectada demais perde para uma equipe com conexões intermitentes?

Mudanças no mercado de trabalho

Menos treinamento e mais relacionamento: O mercado de trabalho vai tender a valorizar mais as habilidades interpessoais do que as habilidades técnicas.

Esta é uma das conclusões de um estudo feito por especialistas da IBM.

Segundo a publicação, nos próximos três anos, 120 milhões de trabalhadores nas dez maiores economias do mundo precisarão de recapacitação profissional como resultado do impacto da utilização da inteligência artificial e da automação inteligente no mercado de trabalho.

E essa recapacitação não deverá ser necessariamente técnica.

A parte dos 120 milhões de trabalhadores que tem mais chance de despontar na carreira deverá investir não apenas na formação técnica, mas também nas habilidades interpessoais, que dizem respeito à personalidade, ao comportamento e à capacidade de interagir harmoniosamente com as outras pessoas.

Só no Brasil, 7,2 milhões de profissionais terão que ser treinados em novas habilidades. E parte desse treinamento terá que vir do próprio empregador. "O mercado de talentos está saturado, há uma necessidade da empresa de olhar para a própria força de trabalho," disse Christiane Berlinck, diretora de RH da IBM Brasil.

Habilidades interpessoais

A escola, a universidade, o grupo de amigos, e como se relacionar com todos esses agentes, fazem parte do pacote das habilidades interpessoais. Embora comecem a se desenvolver já na infância, essas características requerem atenção durante toda a vida, em especial para quem quer trabalhar em um ambiente corporativo.

A pesquisa também concluiu que, enquanto novas aptidões estão surgindo rapidamente, outras estão se tornando obsoletas. No caso do Brasil, em 2016 habilidades críticas eram "capacidade de se comunicar efetivamente em um contexto de negócios" e "recursos técnicos em ciência, tecnologia, engenharia e matemática". Já em 2018, as duas principais habilidades procuradas foram as comportamentais "gerenciamento de tempo e capacidade de priorizar" e "disposição de ser flexível, ágil e adaptável às mudanças".

Para Daniel Goleman, autor do livro Inteligência Emocional, as habilidades comportamentais mais importantes são: colaboração, flexibilidade, trabalhar sob pressão, comunicação eficaz, orientação para resultados e liderança de equipe.

O autor sugere ainda características que profissionais precisam ter para desenvolver a inteligência emocional como "método emocional de autogerenciamento" (por exemplo, meditação), gerenciamento do tempo (saber priorizar) e apostar na cultura do feedback (permitir que as pessoas avaliem suas habilidades).

Para Christiane, da IBM, desenvolver as habilidades técnicas e as interpessoais é também trabalho das empresas pois isso significa criar um ambiente de trabalho mais flexível, colaborativo e empático. "Esse mapa de talentos é limitado, se as empresas não fizerem nada para cobrir essa necessidade de mão de obra existe o risco da própria organização não conseguir crescer o seu negócio por falta de pessoas qualificadas", comenta.

Hiato da formação

A pesquisa feita com quase 6 mil diretores executivos de empresas de 48 países. Cerca de 59% deles reclamou por não contar com pessoas, habilidades ou recursos necessários para executar suas estratégias de negócios.

Segundo o estudo, o tempo investido para capacitar um profissional em uma nova habilidade aumentou 10 vezes em apenas 4 anos. No Brasil, por exemplo, o tempo passou de quatro para 40 dias.