segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Exercício é fundamental para prevenir e superar vários tipos de câncer


Nova diretriz traz mais evidências sobre o assunto e recomenda treinos personalizados para melhorar a vida depois do câncer

Fazer exercícios físicos regulares pode melhorar a expectativa de vida de quem teve um câncer e até evitar que ele apareça. É o que afirma uma nova diretriz assinada por 17 instituições do mundo, entre elas o Colégio Americano de Medicina do Esporte e a Sociedade Americana de Câncer.

Durante dois dias, cerca de 40 especialistas se reuniram nos Estados Unidos para revisar e discutir a literatura científica sobre câncer e atividade física. O esforço foi condensado em três artigos.

O primeiro deles é focado em prevenção, e mostra indícios sólidos de que malhar ajuda a evitar sete tumores comuns: cólon, mama, endométrio, rins, bexiga, esôfago e estômago. Para ter ideia, o risco de ser diagnosticado com certos tipos de câncer é 69% menor entre os fisicamente ativos.

“E ainda existem evidências limitadas para câncer de pulmão, cabeça e pescoço, pâncreas, ovário e mieloma múltiplo”, aponta Daniel Galvão, diretor do Instituto de Pesquisa em Medicina do Exercício da Universidade Edith Cowan, na Austrália, que participou da mesa redonda e assina um dos trabalhos resultantes da reunião.

Exercícios após o câncer
O segundo trabalho da série de recomendações é focado no que acontece depois do diagnóstico. Ele mostra um avanço considerável e bem-vindo nessa área, uma vez que a população de sobreviventes do câncer não para de crescer – hoje, ela está estimada em 43 milhões de pessoas no planeta.

A primeira diretriz publicada pelo mesmo grupo, em 2010, dizia em linhas gerais que se exercitar era aparentemente seguro para essa turma. A nova publicação confirma a suspeita, além de destacar um aumento de 261% nos estudos disponíveis sobre o impacto do exercício físico regular e controlado em diversos aspectos da vida pós-câncer.

“Cada tipo da doença tem um comportamento e, muitas vezes, o paciente conviverá por anos com a neoplasia em si ou as suas consequências”, comenta a patologista Ana Luisa Gomes Mendes, do Núcleo de Estudos em Oncologia da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Entre elas estão fadiga, depressão, perda de massa muscular, sequelas cirúrgicas, dores crônicas e perda de massa óssea.

“Assim, é impossível fazer uma prescrição para todos. O ideal é olhar para essas condições específicas e criar um treino individualizado”, aponta Galvão. A diretriz mundial elenca algumas dessas condições e as melhores condutas para cada uma delas. O grupo de Galvão assina ainda outro trabalho, publicado recentemente no Journal of Science and Medicine in Sport, que detalha treinos para 30 consequências do câncer.

Além de atuar contra essas marcas, suar a camisa diminui a probabilidade de tumores de cólon, mama e próstata voltarem, e aumenta a sobrevida de indivíduos com esses tipos de câncer.

Tipos de atividade, frequência e intensidade
Apesar da necessidade de individualização, um esquema é muito citado no documento: três sessões de exercícios na semana em intensidade moderada, de preferência combinando atividades aeróbicas (como correr e pedalar) ao treinamento de força. Os benefícios começam a aparecer geralmente depois de 12 semanas de prática constante.

Treinos supervisionados parecem ser mais eficazes. “Na fase de combate, a supervisão ajuda a garantir segurança e aproveitar ao máximo o exercício. Depois do tratamento, o ideal é obter ao menos uma orientação inicial com um especialista”, informa Christina May Moran de Brito, Coordenadora Médica do Serviço de Reabilitação do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em São Paulo.

Por que faz bem?
Há muitos motivos para justificar a importância do exercício no combate ao câncer. “Ele melhora a imunidade, reduz a inflamação sistêmica, equilibra o hábito intestinal, o que é importante no caso dos tumores de cólon, além de promover uma composição corpórea adequada”, resume Christina.

Vale destacar o último item, já que a obesidade, uma das consequências da inatividade, está associada a nada menos do que 13 tipos de câncer. Quando o tumor já se instalou, o movimento constante parece inibir sua progressão e favorecer a resposta do corpo ao tratamento – inclusive em situações mais sérias, como a presença de metástase em outros locais.

Linfedema não piora com exercício
Até pouco tempo atrás, se pensava que malhar poderia piorar o linfedema, uma retenção de líquidos que causa inchaço em um membro do corpo – essa é uma consequência comum em mulheres que passam por cirurgia para tratar o câncer de mama. A nova diretriz mostra que isso não ocorre. A novidade é importante, porque o exercício é vital para elas.

E a mulher deve se movimentar mesmo quando já tem o linfedema. “O treino de força progressivo, com cuidado, é seguro, e o tônus muscular colabora com a drenagem linfática na região”, explica Christina. “Nesse caso, o linfedema deve ser tratado e estar estabilizado há três meses, e os exercícios não podem ser realizados sob sol forte ou muito calor”, acrescenta.

Implicações práticas
Por fim, o terceiro artigo produzido pelo grupo, e publicado no periódico CA: A Cancer Journal for Clinicians, fala diretamente com o oncologista. “Nele, mostramos que o exercício deve ser prescrito junto com o tratamento medicamentoso”, comenta Galvão. A ideia é que, já nas primeiras consultas, o assunto seja trabalhado em três etapas: conhecer a capacidade física do indivíduo, aconselhar e, por fim, encaminhar para um especialista na área.

Espera-se que um compêndio tão robusto de evidências eleve a importância do tópico entre as autoridades. Trata-se, afinal, de uma estratégia barata e eficaz contra uma doença desafiadora e onerosa. Segundo os especialistas, a conclusão é de que o exercício é parte do tratamento, mas não existe uma estrutura mundial para que isso se concretize de maneira uniforme.

Por ora, manter-se ativo antes e depois do câncer depende muito da iniciativa própria, que sofre com os estigmas associados à doença. “Observamos que grande parte das pessoas recebe o diagnóstico e interrompe as atividades físicas, sendo que a maioria das contraindicações é pontual e temporária”, diz Christina. Uma pena. “O exercício seria muito benéfico para elas”, conclui.


domingo, 3 de novembro de 2019

Estudos mostram que cachorros podem aumentar sua expectativa de vida


Que os animais de estimação podem trazer alegrias, seus donos já sabem. Mas para quem ainda tem alguma dúvida dos benefícios que os cachorros podem trazer à vida de seus tutores, a ciência mostra algumas vantagens nas suas presenças: os animais de estimação podem contribuir para que seus tutores vivam mais tempo.

De acordo com uma revisão realizados sobre o assunto, divulgado na publicação da American Heart Association (Associação Americana do Coração), ter um cachorro tem sido associado com a diminuição de risco cardiovascular. A revisão bibliográfica abrange quase 70 anos de pesquisas, envolvendo aproximadamente 4 milhões de pessoas nos Estados Unidos, Canadá, Escandinávia, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido.

O que foi descoberto

Certo, se a questão vem sendo pesquisada há tanto tempo, o que essa análise traz de novo?

A publicação associa a presença desses animais na vida dos tutores com a redução de 24% no risco de todas as causas de mortalidade, quando comparado com pessoas que não tem cachorro. Seis estudos demonstram significante redução no risco de morte.

Em especial, pessoas que já tiveram problemas coronários e vivem em casa com cachorro, tiveram uma redução ainda maior na mortalidade. Quando foram analisados apenas os estudos que avaliam a mortalidade devido a problemas cardiovasculares, a redução no risco foi de 31%.

Todas essas questões podem estar associadas com o fato de que, de acordo com a sugestão de uma série de estudos, ter um cachorro está associado com níveis mais baixos de pressão arterial, um perfil lipídico melhor e menor reação ao estresse.

A pesquisa destaca a presença de resultados conflitantes entre os estudos relacionando a presença do cachorro e a redução da mortalidade. Embora essa questão seja explorada desde a década de 1980, alguns estudos associam a convivência com o cachorro a maior longevidade, enquanto outros consideram que o efeito seja neutro.

A pesquisa apresentada relaciona ter um cachorro com menor risco de morte à longo prazo o que, de acordo com os autores, pode estar ligado à redução na possibilidade de morte por problemas cardiovasculares. Esses resultados indicam a necessidade de realizar mais estudos sobre a influência do estilo de vida das pessoas pesquisadas.

Os cachorros e a recuperação de doenças
Outro estudo realizado com mais de 336 mil suecos, divulgado na mesma publicação, associa os cachorros a melhores respostas na recuperação de problemas cardiovasculares. Esses resultados ganham relevância quando pensamos que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, infartos e derrames são as principais causas de morte no mundo.

Nesses casos, a pesquisa destaca o fato de que ser tutor de um cachorro está associado a aumento da atividade física e do apoio social. Esses dois fatores podem ajudar na recuperação de pessoas que passaram por graves problemas cardiovasculares. Além disso, a presença de um cachorro pode ser especialmente importante para pessoas que moram sozinhas, pois além de oferecer companhia, serão uma motivação para a realização de atividades físicas.

Embora o estudo leve em consideração diversos fatores, além da presença do cão, há elementos não considerados, como o habito de fumar. Portanto, não é possível apresentar conclusões sobre possíveis efeitos causais.

A afetividade tem dois lados
Outros estudos mostram que os cachorros conferem companhia e afeto, que podem reduzir a ansiedade e depressão. Esses são elementos importantes para pessoas que passaram por doenças graves. Ainda há estudos que mostram que os cachorros podem reduzir o estresse e ajudar as pessoas no momento de relaxar. Assim, eles auxiliam em todas as etapas da vida, desde a infância, porque podem influenciar o desenvolvimento social, emocional e cognitivo.

Diante de todos os benefícios que os cachorros podem conferir à vida dos humanos, é importante destacar que ter um cachorro inclui responsabilidades. Assim como eles são afetivos com seus tutores, também precisam de atenção. Um cachorro vem com responsabilidades e gastos dos quais as pessoas precisam estar cientes no momento em que optam por ter um em casa.

As duas pesquisas apresentadas foram observacionais. Portanto, os pesquisadores não podem provar que a presença do cão seja a causa direta do aumento na expectativa de vida, ou da melhor recuperação de problemas de saúde. Apenas um ensaio clínico randomizado poderia responder a essas questões. [CNN, AHA Journal, AHA Journal, OMS]


sábado, 2 de novembro de 2019

Exercício antes do café queima mais gordura, diz estudo

Especialistas afirmam praticar atividades antes da quebra do jejum pode queimar 2 vezes mais gordura; entenda

O café da manhã de fato é muito importante ao organismo. Mas, será que ele precisa necessariamente ser a primeira coisa a se fazer no dia? Pesquisadores britânicos realizaram um estudo e perceberam que este hábito pode prejudicar os resultados de atividades físicas.

De acordo com o estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, a relação entre comer e se exercitar é maior do que pensávamos. E a ordem em que estes são feitos pode influenciar em como o organismo trabalha, podendo aumentar ou diminuir o controle do nível de açúcar no sangue

1º grupo: Os que faziam exercícios antes de quebrar o jejum matutino
2º grupo: Os que faziam exercícios depois do café da manhã
3º grupo: Não realizaram nenhuma mudança no seu estilo de vida

Treinar em jejum

No entanto, os resultados da análise apontaram que o grupo destinado a praticar atividades antes do café da manhã teve a queima de gordura duas vezes maior que o grupo 2. Segundo os pesquisadores, isso acontece devido a atividade da insulina, hormônio responsável por regular a quantidade de glicose no sangue.

Quando acordamos o nível de insulina está baixo devido ao tempo que passamos sem ingerir qualquer tipo de alimento durante a noite. Dessa forma, os especialistas apontam que ao praticarmos atividades com o nível de insulina ainda baixo, o corpo precisa utilizar o estoque de gordura do corpo como fonte de energia.

Porém, os estudiosos alertam que isso não significa maior perda de peso. Entretanto, de acordo com Javier Gonzalez um dos autores da pesquisa, os benefícios foram mais profundos e positivos para a saúde. As próximas tarefas dos autores serão avaliar os efeitos a longo prazo e se os resultados também serão válidos para mulheres.


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

10 melhores esportes para emagrecer


Confira ranking com dez atividades que mais queimam calorias

Nos dias de calor, a ordem é torrar sem dó nem piedade toda a energia extra acumulada pelo organismo. E mais: fazer isso num piscar de olhos e, se possível, com muita diversão. Sim, a gente entendeu o pedido e, com uma mãozinha dos médicos Marcelo Ortiz e Carlos Polazzo, do Instituto BR Esportes, ele foi atendido. Confira os 10 melhores exercícios para emagrecer.

Montamos um ranking com as dez atividades que mais queimam calorias. Para a ficha ficar completa, ainda investigamos os prós e os contras de cada exercício. Afinal, não adianta nada ficar com uma barriguinha linda se você for obrigado a ficar de molho em casa, com dores pelo corpo todo.

1. Corrida
Com uma hora de corrida, você gasta 900 calorias. Além de ajudar no emagrecimento, melhora a capacidade respiratória e traz benefícios cardiovasculares.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: cuidado com o impacto do joelho e na coluna ao correr. Escolha um tênis com bons amortecedores (acerte na escolha do tênis).

2. Andar de bicicleta
Sair pedalando pelas ruas é sinônimo de 840 calorias a menos no corpo. Além disso, trabalha os membros inferiores e melhora a frequência cardíaca.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco.
Contra: Cuidado com o desgaste da coluna e com o joelho. Antes de começar a pedalar, não deixe de ajustar o banco de modo que você nunca estique completamente a perna.

3. Tênis
Trata-se de um esporte completo: você precisa de força para arremessar a bolinha e muito fôlego para percorrer a quadra. Mas tanto esforço é bem recompensado com a despedida de 800 calorias numa partida de uma hora.
A favor: melhora a coordenação motora, fortalece os músculos (principalmente dos braços) e aumenta a agilidade
Contra: lesões nos ombros e nos punhos, caso você se esforce demais. Se nunca praticou, procure um professor pelo menos no mês inicial.

4. Futebol
Uma hora de uma boa pelada consome 780 calorias!
A favor: fortalece as pernas e melhora o condicionamento
Contra: tome cuidado com os esbarrões e com as divididas, que podem exigir um pouco de força e jogo de cintura

5. Boxe
Treinando boxe, você queima até 660 calorias e ainda define os braços.
A favor: pique de campeã e músculos dos braços muito bem torneados.
Contra: exige bastante preparo. Quanto aos socos, eles são feitos em sacos

6. Musculação
Pode ser em casa, com pesinhos, ou na academia. Para cada hora de treino, você pode perder, em média, 500 calorias.
A favor: melhora a resistência articular e muscular, fortalece os ossos e ainda acelera a queima de calorias.
Contra: pode danificar músculos e tendões se não for feita com orientação adequada (saiba como evitar lesões).

7. Remar
Uma hora de remo eliminam 600 calorias do corpo.
A favor: melhora o condicionamento cardíaco e muscular, define todo o peitoral e os braços rapidinho. É o segundo exercício mais completo que existe (depois da natação).
Contra: o esporte pode causar tendinite nos braços. Para evitar, tome cuidado com a postura e a força aplicada.

8. Natação
Uma hora de natação queima 540 calorias.
A favor: trabalha todos os músculos e melhora o condicionamento.
Contra: cuidado com os choques térmicos, caso treine numa piscina aquecida. Não se esqueça de alongar, evitando cãibras.

9. Basquete
Dar uma corridinha para um e outro lado da quadra e tentar jogar a bola na cesta pode te fazer perder 480 calorias.
A favor: trabalha braços e pernas, praticamente na mesma proporção, além de desenvolver o condicionamento físico
Contra: cuidado com impactos bruscos no joelho e na coluna e com as trombadas na quadra.

10. Vôlei
Uma hora praticando vôlei elimina 420 calorias.
A favor: braços e abdômen definidos
Contra: cuidado com as lesões nos dedos das mãos. Elas costumam ser frequentes.


quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Lagoa do Forno sagrou-se campeã da 8ª Copa O Saber de Futsal 2019


No período de 21 de março a 31 de outubro, o Colégio O Saber realizou a 8ª Copa de futsal masculino envolvendo os alunos do 8º ano do ensino fundamental a 3ª série do ensino médio. Quatro equipes disputaram a competição em dois turnos: Lagoa do Forno, Taboca, Bom Jardim e Ribeira. A equipe Lagoa do Forno venceu os dois turnos e sagrou-se campeã invicta, vencendo sete jogos e empatando um jogo. Na disputa do 3º e 4º lugar, a equipe do Bom Jardim venceu a da Ribeira por 4 a 1.

A equipe campeã é formada por: João Vitor, Cleverton, Cândido, Vinícius, Glauber, José Vitor e Celso.

João Neto, da equipe Bom Jardim, foi o Artilheiro da copa com 15 gols. Guilherme Machado, da equipe Ribeira, foi o Goleiro Destaque da competição.

A escola que promove o esporte está oferecendo meios ao aluno de adquirir não apenas saúde, desenvolvimento físico e intelectual, mas também a aquisição de valores que serão úteis no ambiente escolar e por toda a vida.

Por Professor José Costa

Como melhorar sua capacidade de tomar decisões?


Embora cientes de que as memórias servem como ferramenta para tomada de decisão, outros pesquisadores foram por outro caminho, sugerindo que ao tomar uma decisão, é melhor não pensar muito.

Estratégia de escolha ideal

Estamos constantemente confrontados com diferentes opções: Devo comer chocolate ou biscoito? Devo pegar o ônibus ou ir de carro? Devo vestir uma roupa leve ou um agasalho?

Quando a diferença de qualidade entre duas opções é grande, a escolha é feita muito rapidamente. Mas, quando essa diferença é insignificante, podemos ficar presos por alguns minutos - ou até mais - antes de sermos capazes de tomar uma decisão.

Por que é tão difícil decidir quando confrontados com duas ou mais opções? Será que nosso cérebro não está otimizado para tomar decisões?

Na tentativa de responder a essas perguntas, neurocientistas da Universidade de Genebra (Suíça) e Harvard (EUA) desenvolveram um modelo matemático da estratégia de escolha ideal.

Tipos de tomada de decisão

Satohiro Tajima e seus colegas demonstraram que as decisões ótimas devem se basear não no valor real das escolhas possíveis, mas na diferença de valor entre elas. Segundo a equipe, essa estratégia de tomada de decisão maximiza a quantidade de recompensa obtida com a decisão.

O trabalho parte do pressuposto da existência de dois tipos de tomada de decisão: Primeiro, há a tomada de decisão perceptiva, baseada em informações sensoriais: "Tenho tempo para atravessar a rua antes que o carro se aproxime?", por exemplo. Segundo, há uma tomada de decisão baseada em valor, quando não existe uma decisão boa ou ruim, mas é necessário fazer uma escolha entre várias propostas: "Eu quero comer uma maçã ou uma pera?"

Ao tomar decisões baseadas em valor, as escolhas são feitas muito rapidamente se houver uma grande diferença de valor entre as diferentes possibilidades. Mas, quando as possibilidades são semelhantes, a tomada de decisão se torna muito complexa, embora, na realidade, nenhuma das opções seja realmente pior que a outra.

Decisões matemáticas

O modelo matemático desenvolvido por Tajima demonstra que a estratégia ideal, quando alguém se confronta com duas proposições, é somar os valores associados às memórias que você tem de cada escolha e então calcular a diferença entre essas duas somas.

A decisão é tomada quando essa diferença atinge um valor limite, previamente fixado, que determina o tempo gasto na tomada da decisão.

Esse modelo leva a uma tomada de decisão mais rápida quando os valores das duas possibilidades estão muito distantes. Mas, quando duas opções têm quase o mesmo valor, precisamos de mais tempo, porque precisamos juntar mais memórias para que essa diferença atinja o limiar de decisão.

O modelo matemático ficou elegante e exato, e talvez até possa ser usado na prática em grandes decisões, como na compra de um apartamento ou casa. Mas certamente não servirá para você decidir se vai sair de camiseta ou de casaco, a menos que você queira ficar fazendo contas até muito tempo do horário do seu compromisso ter passado.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=como-melhorar-sua-capacidade-tomar-decisoes&id=13709 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Como combater a obesidade de cães e gatos


Muitos donos resistem à prevenção à obesidade temendo perder o afeto dos animais ao restringir a comida. Como sair desse dilema?

Pare pra pensar: se você soubesse de algo que encurtaria a expectativa e a qualidade de vida do seu cão ou gato, não tentaria fazer o possível para evitar que esse risco virasse realidade? Pois não sucumbir aos apelos por petiscos e exageros na ração ou à preguiça do bicho de ficar horas e horas deitadão é uma forma de prevenir a morte precoce que vem na esteira da obesidade. O excesso de peso entre os animais de estimação avança e já preocupa na mesma proporção que a epidemia em humanos.

Na virada dos anos 1990 para os 2000, o sobrepeso era uma realidade para 20% dos cães na capital paulista. Mas um estudo recente, publicado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), revelou uma cifra muito mais preocupante: 40% de 286 cães avaliados tinham problemas com a balança na cidade. A situação seria parecida em outras capitais do país, acreditam os especialistas.

Os quilos a mais têm potencial para reduzir em cerca de 15% a expectativa de vida de um cão, o que representa menos dois anos e um mês para raças com média de vida de 14 anos, por exemplo. Além disso, traz impactos negativos para a saúde como um todo, alimentando processos inflamatórios que atingem coração, fígado e articulações, entre outros órgãos.

“Hoje já se sabe que certos tumores também são mais prevalentes em animais com excesso de peso, assim como doenças de pele e respiratórias”, explica Álan Pöppl, vice-presidente da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária.


Da mesma forma que acontece com a gente, o sobrepeso em cães e gatos é uma combinação de ingestão calórica excessiva e pouca atividade física — embora fatores como castração e o avanço da idade também pesem na balança.

“Existem casos relacionados a disfunções hormonais, como o hipotireoidismo”, observa, ainda, a veterinária Carolina Zaghi Cavalcante, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

A grande diferença, porém, é que cães e gatos domésticos não podem escolher sozinhos quanto vão comer e se mexer. Precisam contar com os tutores tanto na prevenção como no controle da obesidade. E é aí que mora o maior desafio para os veterinários que lidam com esse fenômeno.

“Tem uma questão cultural muito forte envolvida, porque o dono expressa afeto para o animal por meio dos alimentos e isso influencia no ganho de peso”, analisa Pöppl.

Com os séculos de convivência, os animais também herdaram nossos (maus) hábitos. À medida que os bichos foram deixando os pátios para se refestelarem nos sofás, eles passaram a compartilhar não só o ambiente, mas o apetite por alimentos calóricos e a preguiça para a atividade física.

A ciência já sabe, inclusive, que regiões com maior prevalência de sedentarismo e dieta desequilibrada afetam tanto a balança dos humanos como a dos bichos. Na Espanha, pesquisadores constataram índices de disfunção metabólica parecidos entre humanos e cães obesos que habitam uma localidade considerada pró-obesidade.

Já em São Paulo, a pesquisa da USP desvendou que mais de 75% dos bichos obesos viviam com pessoas que também têm o hábito de beliscar.

O exagero nos snacks próprios para pets ou até comida mesmo está entre os principais patrocinadores do ganho de peso. Vai dizer que você nunca deu um pedaço de queijo ou carne para o animal que fica ao seu lado com cara de pidão?

Só que especialmente os alimentos do cardápio humano escondem armadilhas: um muffin, por exemplo, excede em 32% o total de calorias que um cão necessita por dia. Para um gato, representa um excesso de 130% na energia que ele deve ingerir diariamente — é como se você devorasse 13 pedaços de pizza no intervalo entre o almoço e o jantar. E bolos, biscoitos e afins são mais oferecidos aos bichos do que se imagina.

O que a obesidade pode fazer com órgãos e outros cantos do organismo
Focinho: os animais obesos têm mais dificuldade para respirar, especialmente se possuem focinho achatado. Há risco, inclusive, de colapso da traqueia.

Boca: a doença periodontal, marcada por mau hálito, é mais frequente em animais sem controle da dieta.

Tireoide: numa via de mão dupla, o excesso de peso pode ser causado por disfunções hormonais ou agravá-las. Alguns bichos têm hipotireoidismo.

Articulações: os quilos extras sobrecarregam as juntas e levam à artrose.

Coração: problemas cardiovasculares são bem mais frequentes em animais com sobrepeso.

Fígado: o mais comum é o aparecimento de uma inflamação que compromete esse órgão.

Estômago: diversos tumores estão relacionados ao excesso de gordura no organismo animal.

Sistema urinário: há maior risco de problemas ali, inclusive no controle da urina.

Os fatores de risco da obesidade animal
O problema da falta de conscientização dos tutores é tamanho que raras vezes aparece alguém preocupado com o peso do seu animal de companhia nas clínicas veterinárias.

“Normalmente, eles o trazem para a consulta não para tratar a obesidade, mas porque existem sintomas de doenças associadas, como problemas osteoarticulares ou diabetes”, revela a veterinária Naiana Perobelli, especialista em nutrição e fundadora da marca Bicho Balanceado, que desenvolve dietas sob medida para animais domésticos e tem sede em Porto Alegre e Barueri, na Grande São Paulo.

É preciso estar atento aos fatores que predispõem a engorda, sobretudo com o envelhecimento do pet, já que o metabolismo muda e a tendência a acumular gordura se acentua. Nesse contexto, também exigem cuidados os animais castrados, principalmente as cadelas e os gatos de modo geral. Em ambos os casos, rações especiais podem ser requisitadas para driblar a tendência.

Como deve ser a alimentação dos pets
É diante desse cenário de crescimento da obesidade que se tornaram mais frequentes e necessários os programas veterinários de redução do peso. Fazem parte deles as rações especiais, disponíveis no mercado, cujas fórmulas são de baixa caloria e incluem maior quantidade de proteínas e fibras.

Mas não bastaria usar a ração normal, só que moderando na porção? “Não dá para pegar o alimento comum e reduzir quantidades porque é preciso garantir o aporte correto de nutrientes”, esclarece Ana Cristina Pinheiro, gerente de marketing da Royal Canin Brasil. A marca lançou recentemente a linha Satiety, cuja densidade mais aerada promove a sensação de barriga cheia nos animais.

Saciar a fome sem ultrapassar a quantia estabelecida do alimento nem sempre é simples. Novamente, a postura dos donos influencia bastante, especialmente se o animal é daqueles que abocanham vorazmente um prato de comida ou implora por alimento, passando a impressão de que vive faminto.

“É comum que tutores abandonem o tratamento antes dos seis meses porque acham que o animal vai deixar de gostar deles se reduzirem a oferta de comida”, aponta a professora Carolina, que já experimentou convidar psicólogos para atender pessoas que não conseguem manter seus companheiros nas dietas prescritas.

O uso de comedouros que tornam mais lenta a obtenção da comida também pode ser uma boa saída para aumentar o tempo de ingestão diante da mesma porção. Há vários tipos no mercado, com saliências de alturas diferentes onde se escondem os grãos de ração, que devem então ser caçados pelo cachorro.

Gatos podem achar divertido ter que correr atrás de um brinquedinho onde esteja alojado o alimento. “Assim eles acabam gastando mais energia também”, assinala Pöppl.

A alimentação natural também pode ser uma opção para reduzir a ansiedade nos tutores. Por ser um alimento fresco e não desidratado como a ração, acaba tendo maior volume mesmo em dietas de restrição alimentar.

Mas atenção: nada de montar o prato de seu bicho com dicas da internet ou do livro de receitas da vovó. A prescrição por veterinário ou zootecnista é importante porque o menu natural exige complementação nutricional, cujas fórmulas podem ser manipuladas em farmácias ou compradas prontas.

A decisão sobre a quantidade de comida envolve os objetivos da dieta: quantos quilos a perder e o prazo para atingir a meta. Segundo os experts, a porcentagem ideal de redução de peso recomendada varia de 2 a 5% por mês, mas isso depende de raça, idade e condição do animal.

“O emagrecimento muito rápido pode causar problemas hepáticos, por exemplo. Especialmente para os gatos, a perda de peso tem que ser gradativa”, avisa Naiana.

Outros cuidados para vencer a obesidade
Mudar o hábito de fornecer alimento de forma constante é outro desafio quando o assunto é evitar ou reverter o ganho de peso. Além de contar (se possível) com uma balança para dosar a quantidade, é recomendável estipular porções e horas fixas para oferecer a comida e pôr fim ao hábito dos petiscos.

“Em vez de fornecer um pãozinho ou pedacinho de queijo ou de bolo, sugiro primeiro substituir por algo como um snack zero gordura para pet. Depois, o ideal é retirar”, orienta a professora da PUC-PR.

A proprietária da Bicho Balanceado, Naiana Perobelli, acrescenta que é possível oferecer petiscos vegetais de baixa caloria, como fatias de abobrinha ou chuchu. Outra possibilidade, sugerida pela gerente de marketing da Royal Canin, é utilizar a versão úmida das rações desenhadas para dar mais saciedade como substituto do petisco.

“O animal que sempre comeu ração seca vai entender o novo alimento como algo adicional, e a dose poderá ser calculada dentro da necessidade calórica de cada um”, justifica Ana Cristina.

Além da dieta, estimular o bicho a se mexer é decisivo. Para cães, incrementar as caminhadas diárias ajuda muito. E, pensando nos cachorros pequenos, por vezes até brincadeiras dentro de casa já servem para torrar as calorias. Enquanto isso, os gatos merecem uma repaginada no ambiente, como a inclusão de brinquedos para escalar e se movimentar dentro de casa.

Mesmo animais idosos devem ser estimulados, recorrendo, por exemplo, à hidroterapia. Se o pet estiver muito acima do peso, o veterinário poderá orientar como incluir a atividade física na rotina sem impor riscos.

Outro pilar essencial nessa história é o carinho. De verdade. “Quando o animal pede atenção, imediatamente achamos que está com fome ou deseja comer. Mas não é isso necessariamente. Se já foi fornecida a quantidade de comida necessária, não é fome. O que ele quer é brincar, interagir, receber um afago”, diz Carolina. Eis um convite para surpreender seu amigo com algo que pode ser mais gostoso que um petisco.

O que fazer — e não fazer — para deixar seu pet em forma

Acompanhe o desenvolvimento físico do seu animal com um veterinário desde filhote.
Animais castrados podem exigir dieta especial, pois o metabolismo muda e há tendência ao sobrepeso.
Forneça uma alimentação de qualidade, balanceada e supervisionada por veterinário ou zootecnista.
Estabeleça horários e porções regulares de alimento para cada animal.
Substitua petiscos por atenção, carinho, escovação dos pelos… Desvie a atenção da comida.
Se for impossível não oferecer um petisco, opte por pedacinhos de legumes ou snacks zero gordura.
Nos casos mais complexos, pese a comida antes de servir para evitar excessos.
Recrute os cães para caminhadas regulares; para os gatos, espalhe brinquedos pela casa.
Restrinja petiscos e alimentação fora de hora.
Animais idosos ou com mobilidade reduzida se beneficiam de fisioterapia e hidroterapia.

Fonte: https://saude.abril.com.br/vida-animal/como-combater-a-obesidade-de-caes-e-gatos/ - Por Naira Hofmeister - Ilustração: Amanda Talhari/SAÚDE é Vital

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Hábitos que engordam: 9 atitudes que fazem ganhar peso


Faz dieta? Não toma café da manhã? A rotina do dia a dia pode estar afetando mais o seu corpo do que você pensa

Engordar não está só relacionado com o que a gente come. Existem muito mais fatores afetando o seu peso do que pode parecer. Alguns hábitos que engordam são comuns e passam despercebido durante o dia a dia, mas deixam o metabolismo lento e promovem o ganho de peso indesejado.

Portanto, quem deseja ser saudável ou emagrecer precisa redobrar a atenção no próprio corpo. Confira a lista de costumes que engordam e descubra como deixar seus hábitos saudáveis:

1 - Comer fazendo outra coisa
Quando se assiste televisão ou se faz alguma atividade enquanto se alimenta, por exemplo, o ato de comer se torna apenas um reflexo. Por isso, é comum o indivíduo exagerar na quantidade de comida e continuar comendo mesmo já estando satisfeito.

2 - Dormir pouco
Privação de sono pode ter um grande impacto no controle de peso. Isso porque, quando se dorme pouco, os níveis de cortisol (o hormônio responsável por regular a fome) aumentam. E quando a sua quantidade é alta, a pessoa come mais do que o necessário.

3 - Ficar estressado
A glândulas suprarrenais também elevam a quantidade de alguns "hormônios", como o cortisol, que faz com que a pessoa coma mais por instinto. Além disso, o estresse também diminui a serotonina, o neurotransmissor "da felicidade".

4 - Dietas radicais
De acordo com a especialista em nutrição Anita Sachs, optar por dietas malucas e extremas, que pulam refeições ou cortam alimentos, por exemplo, pode ter o efeito oposto do esperado. Isso porque pode provocar deficiência de nutrientes e afetar o metabolismo.

5 - Beber demais
Bebidas alcóolicas podem possuir um alto teor calórico e, por muitos, são consumidas sem nenhum cuidado. Quando se ingere calorias líquidas assim, é possível engordar mesmo com o resto da alimentação balanceada.

6 - Refeições grandes
É preciso ter cuidado em relação à quantidade de comida no prato, porque ela pode ser um problema. Muita gente exagera na hora de pegar comida no self service e quer colocar tudo. Alguns restaurantes e redes de fast-food também ultrapassam a quantidade de comida recomendada para uma pessoa, então vale ficar atento.

7 - Pular o café da manhã
O café da manhã é importante para o nosso organismo "acordar". Isso porque, durante a noite, o nosso metabolismo fica mais lento, e, geralmente, é a partir de uma primeira refeição nutritiva que ele retoma o ritmo.

8 - Comer depois do jantar
Depois do jantar, frequentemente as pessoas acabam comendo um doce ou ou coisa do tipo altamente calórico antes de dormir. Metabolizar esse tipo de alimento durante a noite é um consumo de energia que seu corpo não necessita e, por isso, promove o ganho de peso.

9 - Maionese na comida
Óleo vegetal e gema de ovo cru são basicamente do que a maionese é composta, portanto são altamente calóricos e gordurosos. O ideal é que se tome cuidado com a quantidade, ou se opte por versões alternativas e mais saudáveis do alimento, como a maionese de kefir.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/noticias/35438-habitos-que-engordam-9-atitudes-que-fazem-ganhar-peso  - Escrito por Redação Minha Vida - Foto: Foto: Nomad_Soul/Shutterstock / Minha Vida

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Exercícios, diabetes, obesidade e hipertensão: tem relação?


Entenda por que praticar atividade física é tão importante no tratamento de doenças metabólicas e qual a indicação

Doenças metabólicas como obesidade, diabetes, hipertensão, e outras fazem parte da chamada síndrome metabólica, que atualmente se configura como uma epidemia em diversos países.

Conceitualmente, ela é composta por hipertensão arterial sistêmica, glicemia alterada, aumento de triglicerídeos e redução do colesterol bom associado a gordura visceral (aumento da circunferência abdominal).

Sua abordagem de tratamento inclui modificações dos hábitos de vida, fármacos (anti-hipertensivos, hipoglicemiantes, antidiabéticos, ansiolíticos e etc.), tudo isso associado a prática de exercícios físicos. Daí a relação importante entre eles.

Benefícios da prática de atividade física
A atividade física é um importante aliado no tratamento devido ao seu baixo custo. Além disso, os benefícios da prática regular de exercícios são diversos:

Redução do peso corporal e da gordura visceral
Normalização dos níveis da pressão
Efeito anti-inflamatório, reduzindo o estresse oxidativo e a resistência à insulina
Reduz a glicemia
Melhora o perfil lipídico com redução de triglicérides e LDL considerados "colesteróis ruins"
Melhora os níveis de HDL considerado "colesterol bom"
Ajuda a desenvolver autoestima e maior interação social.

As maiores dificuldades estão relacionadas à adesão e à aplicação prática em alguns pacientes com determinadas limitações físicas. Lembrando que o exercício físico deve ser prescrito de maneira individualizada, sob supervisão de uma equipe multidisciplinar.

Quanto praticar?
A recomendação geral é que atividades físicas aeróbicas moderadas devem ser realizadas em torno de 150 minutos semanais e as consideradas intensas 75 minutos semanais.

Em relação aos exercícios resistidos, recomenda-se 2 a 3 vezes por semana, séries de 8 a 10 repetições. Exercícios de equilíbrio e coordenação motora são recomendados, principalmente para a população mais idosa. O importante é que não se deve permanecer mais do que 2 dias consecutivos inativo.

Exercício para obesidade
No tratamento da obesidade, o exercício físico será efetivo para redução de peso quando tiver um aumento do gasto energético e induzir lipólise (quebra de gordura) - o que só ocorrerá quando não houver aumento compensatório da ingestão calórica.

Para perder peso, recomenda-se exercícios de moderada a alta intensidade, num volume maior (de 5 a 7 vezes por semana, de 60 minutos). Atividades aeróbicas e anaeróbicas podem ser combinadas. Um ponto importante é que o exercício físico é de suma importância para evitar o reganho de peso.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/materias/35455-exercicios-diabetes-obesidade-e-hipertensao-tem-relacao - Escrito por Carla Tamanini Ferrari - Créditos: Ratmaner/Shutterstock

domingo, 27 de outubro de 2019

Quais são os principais problemas oculares infantis e como detectá-los


Segundo a Organização Mundial da Saúde, dá para prevenir e tratar de 60% a 80% das doenças oculares.

Infelizmente, não dá para se proteger de todas as condições de saúde com vacinas. Mas uma iniciativa tomou emprestada a ideia da caderneta de vacinação para conscientizar a população sobre o diagnóstico precoce de problemas oftalmológicos em crianças. Esse é o projeto Caderneta de Visão: um movimento pela saúde ocular infantil.

Criada pela agência Artplan, a ação incluiu a impressão de várias cadernetas onde é possível anotar as idas ao médico para cuidar dos olhos. Esse material está sendo distribuído pela rede Óticas Carol (também dá para baixá-lo no site da campanha). Tendo um registro dos exames em mãos, fica mais fácil de fazer o controle das avaliações visuais.

O Conselho de Oftalmologia Brasileiro (COB) estima que mais de 250 mil jovens de 5 a 15 anos têm dificuldade para enxergar no nosso país. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 60% a 80% dos casos são evitáveis ou tratáveis.

Para a oftalmologista Claudia Faria, da clínica Belfort, em São Paulo, qualquer iniciativa que promova visitas de meninos e meninas ao consultório é válida. Normalmente, eles só buscam apoio quando reclamam de não conseguir ler na escola.

“No Brasil, falta orientação preventiva. Muitas doenças só são bem tratadas durante a infância”, pontua a especialista. De olho nisso, SAÚDE compilou informações importantes para você saber como cuidar direito da visão da criançada. Confira:

As principais doenças oculares em crianças
De acordo com Claudia, os erros refrativos são as condições que mais embaçam a vista na infância. Estamos falando dos famosos astigmatismo, miopia e hipermetropia.

Até certo ponto, é natural que o pequeno possua um grau baixo de hipermetropia (dificuldade para enxergar objetos de perto), porque o olho está se desenvolvendo. Com o tempo, ele cresce e a visão tende a ganhar nitidez.

No entanto, a oftalmologista conta que graus elevados de alguma dessas encrencas, quando não diagnosticados, podem levar à ambliopia. Estamos falando de uma dificuldade do próprio sistema nervoso de compreender o que é uma imagem nítida — se não corrigida, ela gera uma dependência de óculos para o resto da vida. “O tratamento só funciona até, mais ou menos, 8 ou 9 anos de idade. Muitas vezes, ele consiste apenas em usar óculos por um período”, complementa a profissional.

Além dos erros refrativos, a conjuntivite é bem comum na infância. “Existe a suspeita de que ela altere a córnea e leve ao astigmatismo. Mas não há evidências científicas suficientes para provar essa hipótese”, informa Claudia. De qualquer forma, o quadro precisa ser tratado por causa dos incômodos que provoca.

Vale mencionar também o estrabismo. É até normal que os bebês fiquem um pouco vesgos, porque seus olhos estão em pleno desenvolvimento. “Episódios de desvio do olhar para dentro ocorrem até os 4 meses e, para fora, até os 6. Agora, se o olho ficar torto o tempo inteiro, é estrabismo”, arremata a expert.

Outra complicação é a catarata congênita. “Após o diagnóstico, o bebê tem que ser operado nas primeiras semanas de vida. Se não, nunca vai conseguir enxergar”, alerta a oftalmologista.

Quais exames oftalmológicos toda criança deve fazer
“O mais importante é o teste do reflexo vermelho, feito assim que a pessoa nasce”, orienta a médica. Conhecido como teste do olhinho, ele sinaliza a presença de catarata e retinoblastoma (um tipo de câncer), entre outras coisas. Na rede pública, é obrigatório realizá-lo antes de sair da maternidade. Caso note algo suspeito, o doutor vai pedir exames complementares.

Quem nasce sem problemas oftalmológicos precisa ser avaliado de novo antes dos 3 anos. Dessa vez, o pequeno passa por um check-up completo, com exames de acuidade visual (aquele em que você tenta discernir as letras no quadro) e de fundo do olho.

Se tudo estiver certo, Claudia sugere repetir esses procedimentos a cada um ou dois anos. “Isso até a criança completar 9 anos de idade, quando o período de desenvolvimento dos olhos acaba”, afirma. Vale conversar com o pediatra sobre a eventual necessidade de marcar uma consulta com oftalmologistas.

E fique tranquilo: mesmo quando a molecada ainda não aprendeu a ler ou falar, dá para realizar todos os exames. O teste de acuidade visual, por exemplo, pode ser adaptado para as crianças não alfabetizadas. Aí, letras e números são trocados por figuras. “Mas é importante fazer o exame em locais com experiência nesse público”, recomenda Claudia.