quarta-feira, 25 de março de 2020

Gripe: por que os idosos devem tomar a vacina


Embora o coronavírus seja o centro da preocupação, nossa colunista reforça o papel da vacinação na prevenção da gripe entre as pessoas mais velhas

Embora a bola da vez seja o coronavírus, causador da Covid-19, outro vírus preocupa nós, médicos que trabalhamos com os idosos. É o influenza, que está por trás da gripe.

A campanha de vacinação contra a doença em 2020 começa mais cedo, no dia 23 de março, um mês antes do que no ano anterior. Além da apreensão com o coronavírus, há indícios de que o influenza circula mais cedo este ano.

E, assim como estão no grupo de risco para a Covid-19, os idosos sofrem mais as consequências da gripe. A diferença crucial nessa história é que tem vacina contra a gripe.

E por que é indicado tomá-la todos os anos? Se você já se fez essa pergunta, saiba que não está sozinho. Só no Google podemos encontrar mais de 5,4 milhões de resultados relacionados ao questionamento.

Vou dar cinco razões médicas e científicas para os idosos, que estão na primeira chamada da campanha de imunização do Ministério da Saúde, receberem sua dose.

1. O primeiro ponto é que, após estudos e experiências na vida real, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera essa a estratégia mais eficaz para proteger os idosos contra o influenza.

2. Todos os anos, a OMS emite um novo indicativo das cepas de gripe circulantes (em linhas gerais, dos tipos de vírus). A vacina deve ser ajustada periodicamente, porque os vírus da gripe estão constantemente sofrendo mutações. Essa tática permite resguardar a população contra três ou quatro das cepas mais prováveis.

3. Estudos apontam que a vacinação é essencial para prevenir infecções graves, complicações, hospitalizações e mortes decorrentes da gripe. Isso é especialmente importante entre os grupos de alto risco, como os idosos.

4. Há, de forma natural, um declínio imunológico quando envelhecemos. Em decorrência disso, os idosos são mais vulneráveis à gripe e ao desenvolvimento de complicações como pneumonia bacteriana, além dos agravos em condições crônicas como diabetes, insuficiência cardíaca e renal, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)… A infecção por influenza pode resultar também no declínio funcional de idosos frágeis.

5. Não é preciso ter medo da imunização. As vacinas contra o influenza contêm vírus mortos, ou seja, eles não podem causar a doença. Geralmente são bem toleradas e seguras em idosos. Eventos adversos graves e clinicamente importantes são raros. As reações comuns à vacina incluem vermelhidão, dor ou inchaço onde foi dada a picada, e elas podem levar de um a dois dias para passar.

O momento ideal para a vacinação é antes que a temperatura baixe, período em que aumenta a circulação do vírus. A gripe é uma doença evitável por meio da vacina. Em tempos de coronavírus, manter o calendário de vacinação em dia é crucial para deixar o corpo protegido.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/chegue-bem/gripe-por-que-os-idosos-devem-tomar-a-vacina-2/ - Por Dra. Maisa Kairalla - Foto: Getty Images/SAÚDE é Vital

terça-feira, 24 de março de 2020

Exercícios ajudam a aumentar imunidade natural contra vírus


Veja como a atividade física ajuda a fortalecer o organismo na luta contra doenças, como a COVID-19

Dentre os inúmeros benefícios dos exercícios para a saúde, está o aumento da imunidade do organismo contra bactérias e vírus, que causam doenças como a COVID-19 (relacionada ao novo coronavírus) e outras infecções.

De acordo com a médica Mariela Silveira, diretora da Clínica Kurotel, a prática de atividades físicas é essencial para manter a qualidade de vida. Isso porque ela promove adaptações nos sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino, digestivo e músculo-esquelético.

"Quando incorporadas como hábitos, essas adaptações melhoram as capacidades funcionais do organismo, fazendo com que o corpo tenha maior reserva energética, tolere mais desgaste físico diário e diminua o nível de estresse", aponta a educadora física Raquel Quartiero.

E tudo isso é um efeito de vários sistemas trabalhando juntos, que melhoram a resposta autoimune. É por essa razão que a imunidade aumenta ao fazer exercício físico. Mas segundo Leonardo Sokolnik de Oliveira, professor de Biomedicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), ela precisa ser moderada e constante.

Além disso, manter um peso saudável é importante. Isso significa ter o IMC (Índice de Massa Corporal) e o percentual de gordura corporal controlados, para ter menor resistência insulínica e, consequentemente, mais imunidade.

Sem contar que esses hábitos estimulam o corpo a responder mais rápido quando em contato com vírus e bactérias. Também ajudam a evitar doenças cardiovasculares, câncer, doenças crônicas e até estresse, ansiedade e depressão. Por isso, devem ser incluídos na rotina sempre que possível.

Entretanto, "quem não tem este hábito, não deve iniciar com uma intensidade elevada, pois o efeito pode ser o contrário e diminuir a imunidade", alerta Leonardo. Por isso, é importante o acompanhamento de um profissional aliado à uma alimentação saudável.

Exercícios para imunidade
Fora do período de epidemias, como a do novo coronavírus, Mariela indica opções como caminhada, natação, ciclismo e até mesmo a musculação. Mas em tempos de distanciamento social, treinar em casa é a opção mais segura para si e para os outros.

"O recomendado agora é que realmente todo mundo siga os protocolos e os decretos do governo, por livre e espontânea vontade e consciência, e treine em casa. Há milhões de maneiras de praticar exercícios longe da academia, como vídeos nas redes sociais e aplicativos - e muitos deles, gratuitos!", aponta.

Além disso, treinar em casa não requer equipamento. É possível utilizar o peso do próprio corpo, assim como é feito no treino funcional. E os resultados são eficazes, às vezes até mais do que usando aparelhos de academia.

De acordo com a educadora física, a metodologia mais eficaz é o HIIT, que envolve exercícios de alta intensidade e curta duração, realizados num curto período de tempo, aliados ao treino de força - o treino muscular.

"Basicamente, você vai fazer isso: agachamento por 20 segundos, descansar 10 segundos. Durante mais 20 segundos, fazer um exercício abdominal e depois descansar por mais 10 segundos. Em seguida, por mais 20 segundos, fazer outro exercício como o burpee", explica Raquel.

Técnicas como essa economizam tempo, aumentam o GH (hormônio do crescimento), a testosterona, a resposta imune e o gasto calórico, e ainda reduzem a compulsão alimentar, dentre outros benefícios.

"Obviamente, ter um plano de ação é o que vai fazer com que as pessoas realmente consigam melhorar a saúde, ganhar massa muscular, reduzir gordura e ter, ao mesmo tempo, o corpo que desejam", completa.


Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio são oficialmente adiadas para 2021


Em nota divulgada nesta terça-feira, após conferência entre Thomas Bach e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, evento foi oficialmente adiado para acontecer, no mais tardar, no verão de 2021

As Olimpíadas e Paralimpíadas de Tóquio 2020 foram oficialmente adiadas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta terça-feira por causa da pandemia de coronavírus. A decisão foi tomada após uma teleconferência entre Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, Primeiro-Ministro do Japão, para resguardar a segurança de atletas, técnicos e de todos que participariam diretamente ou indiretamente das competições. A nota oficial não informa uma nova data para as competições, mas diz que deverão ocorrer até o verão de 2021.

- Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada de Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020, mas o mais tardar no verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e na comunidade internacional - diz o comunicado do Comitê Olímpico Internacional divulgada nesta terça-feira.

O orçamento de todos os Jogos terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação. Há ainda a preocupação sobre como ficará a questão dos ingressos e devolução de dinheiro para quem não quiser mais ir aos Jogos. O evento, ainda que possa ser adiado para 2021, permanecerá com o mesmo nome: Tóquio 2020.

A pandemia de coronavírus já registrou mais de 390 mil casos e mais de 17 mil mortes por complicações da Covid-19 em todo o mundo. Um levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins apontou que até o último domingo, mais de 318 mil pessoas foram infectadas pelo novo coronavírus. A maior parte das mortes mundiais está concentrada na Itália, são mais de 5,4 mil até o momento. O país registrou no último sábado um aumento de quase 800 mortes em apenas um dia. A Itália tem mais de 59,1 mil infectados pelo vírus, atrás apenas da China, que desde o início do surto, em dezembro de 2019, acumulou mais de 81 mil casos de Covid-19.

Em sua 32ª edição, a previsão era de que 11 mil atletas, de pelo menos 204 países, disputassem os Jogos, distribuídos por 33 esportes. Se não bastasse esse contingente de pessoas, o COI e o Comitê Organizador do Japão tinha por estimativa que as provas recebessem até cinco milhões de espectadores de todo o mundo, nos 43 locais de disputas.

No total, 178 atletas brasileiros já estavam classificados para as Olimpíadas de Tóquio. A previsão do Comitê Olímpico do Brasil (COB) era a de que o número de representantes do país ficasse entre 250 e 300 competidores.

Confira a nota oficial de adiamento:

"O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, e o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, realizaram uma conferência por telefone nesta manhã para discutir o ambiente de constantes mudanças com relação ao Covid-19 e as Olimpíadas de Tóquio de 2020.

Estiveram juntos ainda Mori Yoshiro, presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020; o ministro olímpico, Hashimoto Seiko; o governador de Tóquio, Koike Yuriko; o presidente da Comissão de Coordenação do COI, John Coates; Diretor Geral do COI, Christophe De Kepper; e o diretor executivo dos Jogos Olímpicos do COI, Christophe Dubi.

Bach e Abe expressaram sua preocupação em comum com a pandemia mundial do Covid-19 e o que isso está fazendo na vida das pessoas e com o impacto significativo que está causando nos preparativos dos atletas em todo o mundo para os Jogos.

Em uma reunião muito amigável e construtiva, os dois líderes elogiaram o trabalho do Comitê Organizador de Tóquio 2020 e observaram o grande progresso que está sendo feito no Japão para lutar contra o Covid-19.

A propagação sem precedentes e imprevisível do surto viu a situação no resto do mundo se deteriorar. Ontem, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que a pandemia do COVID-19 está "acelerando". Atualmente, existem mais de 375.000 casos registrados em todo o mundo e em quase todos os países, e seu número está aumentando a cada hora.

Nas atuais circunstâncias, e com base nas informações fornecidas hoje pela OMS, o Presidente do COI e o Primeiro-Ministro do Japão concluíram que as Olimpíadas de Tóquio devem ser remarcadas para uma data posterior a 2020, mas não depois do verão de 2021, para proteger a saúde dos atletas, todos os envolvidos nos Jogos Olímpicos e a comunidade internacional.

Os líderes concordaram que os Jogos Olímpicos de Tóquio poderiam ser um farol de esperança para o mundo durante esses tempos difíceis e que a chama olímpica poderia se tornar a luz no fim do túnel em que o mundo se encontra atualmente. Portanto, foi acordado que a chama olímpica permanecerá no Japão. Também foi acordado que os Jogos manterão o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020".

Do lucro ao prejuízo
Antes do seu adiamento, os Jogos de Tóquio eram apontados como os mais lucrativos da história. Agora, a previsão é a de que haja um impacto negativo no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 1,4%. Somente em contratos celebrados com patrocinadores, o Japão arrecadou a impressionante cifra de US$ 3,1 bilhões (R$ 15,5 bilhões), ao estabelecer parcerias com 65 empresas. Esse valor supera em três vezes o recorde anterior, que era dos Jogos de Londres 2012. O orçamento, agora, porém, terá de ser revisto. O contrato com algumas das sedes esportivas também passará por uma renegociação.

Com a venda de ingressos, a previsão era a de arrecadar US$ 800 milhões (R$ 4 bilhões). Para se ter uma ideia do sucesso da comercialização das entradas, os Jogos Rio 2016 chegaram ao total de R$ 1,2 bilhão.

As Olimpíadas japonesas já tinham consumido um total de US$ 18,2 bilhões (R$ 91 bilhões). Deste montante, US$ 5,6 bilhões (R$ 28 bilhões) foram usados pelo Comitê Organizador e US$ 12,6 bilhões (R$ 63 bilhões) aplicados nas obras de infraestrutura e construção das instalações esportivas.

Com a não realização dos Jogos na data prevista, o Japão começará a contabilizar os prejuízos. Em um primeiro momento, o principal deles se refere ao turismo, que foi apontado por especialistas Nomura Holdings, empresa de serviços financeiros e que patrocina as Olimpíadas de Tóquio.

Sem os Jogos, o Japão deixa de arrecadar US$ 2,2 bilhões (R$ 11 bilhões) somente com receitas previstas para gastos estrangeiros. O governo japonês estimou que 600 mil turistas estariam no país durante a realização das Olimpíadas.

A perspectiva da Nomura Holdings é que não realização do evento faça com que o Produto Interno Bruto (PIB) do país sofra uma retração de até 1,4%. Os números são semelhantes a que técnicos do governo têm trabalhado extraoficialmente.

O cancelamento dos Jogos significaria um prejuízo de US$ 66 bilhões (R$ 330 bilhões), que equivalem a 1,4% do PIB japonês.

Para organizar os Jogos de Tóquio, os japoneses construíram oito instalações permanentes, dez temporárias, além de terem reformado outras 25, como o Estádio Olímpico e o Ginásio Nacional de Yoyog, que foram utilizados em 1964, na primeira vez em que as Olimpíadas foram realizadas no país.

COI não resistiu à pressão
No início da pandemia de coronavírus, o COI se recusou a cogitar a possibilidade de cancelamento ou adiamento das Olimpíadas de Tóquio. Ao mesmo tempo em que a epidemia se alastrou pelo mundo, o presidente da entidade máxima do desporto olímpico, o alemão Thomas Bach, se esquivou das perguntas feitas sobre o futuro das competições.

Mas no início de março, em todo o mundo se intensificaram os cancelamentos das competições esportivas, classificatórias ou não para as Olimpíadas de Tóquio. E esse fato levou o COI a emitir uma nota oficial em 3 de março e, no dia seguinte, Bach teve de fazer um pronunciamento e reafirmar a realização dos Jogos.

Com a classificação a Tóquio 2020 prejudicada, por causa das provas canceladas, o COI convocou uma reunião no dia 17 de março com as federações esportivas para discutir o futuro das Olimpíadas. Ao término do encontro, Bach informou que a decisão que os Jogos estavam mantidos.

Ante a crescente pandemia de coronavírus, a decisão desagradou à comunidade esportiva. E, no dia seguinte ao anúncio, pela primeira, vez, atletas e Comitês Olímpicos Nacionais começaram a pedir pelo cancelamento ou adiamento dos Jogos.

- Não é sobre como as coisas serão em quatro meses. É sobre como as coisas estão agora. O COI está querendo que a gente se mantenha arriscando nossa saúde, a saúde da nossa família e a saúde pública treinando todos os dias? Estão nos colocando em perigo agora, hoje, não em quatro meses - escreveu a atual campeã olímpica do salto com vara, a grega Katerina Stefanidi, em um perfil de rede social.

Em uma videoconferência com outros presidentes de Comitês Olímpicos Nacionais, o comitê espanhol pediu pelo adiamento das Olimpíadas. O presidente da entidade Alejandro Blanco lembrou que a Espanha é um dos países mais afetados pela pandemia de coronavírus e, por isso, teme que seus esportistas participem da competição em situação de desigualdade.

E até os membros do COI passaram a pedir pelo cancelamento dos Jogos. Integrante da Comissão de Atletas do COI, a canadense Hayley Wickenheiser, tetracampeã olímpica de hóquei no gelo, classificou como irresponsável a decisão de não adiar os Jogos, diante do avanço do coronavírus no mundo.

Na tentativa de conter o inconformismo dos atletas, ainda no dia 18 de março, o presidente do COI realizou uma reunião por videoconferência com 220 atletas classificados para Tóquio. Ao término da reunião, ele se mostrou satisfeito com o resultado.

- Todos perceberam que ainda temos mais quatro meses pela frente. Há muitas perguntas a serem respondidas sobre as restrições e dificuldades do sistema de classificação - disse, na ocasião, Bach.

A pressão por um adiamento cresceu a partir do dia 20 de março, quando dirigentes esportivos da Itália fizeram coro aos atletas se posicionando contra a realização dos Jogos em julho. No Brasil, o Comitê Paralímpico (CPB) foi a primeira instituição do país a pedir o adiamento. No dia 21 de março, foi a vez de o Comitê Olímpico do Brasil (COB) defender o adiamento e foi seguido por diversas confederações esportivas nacionais. Reforçaram os pedidos entidades dos Estados Unidos, o Comitê Olímpico da Colômbia, da Noruega, da Austrália e de diversos países. Mas foi o Canadá que fez a pressão mais forte, ameaçando não enviar atletas aos Jogos caso mantivesse a programação inicial.

O COI reagiu com uma mudança de tom. Antes não havia data-limite para definir sobre adiar ou não as Olimpíadas. No dia 22 de março, o COI estabeleceu um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/olimpiadas/noticia/olimpiadas-e-paralimpiadas-de-toquio-2020-sao-adiadas.ghtml  - Por GloboEsporte.com — Tóquio, Japão - Foto: Athit Perawongmetha/Reuters

segunda-feira, 23 de março de 2020

Você já encontrou o sentido da vida? A resposta determina sua saúde e bem-estar


Quem encontrou o sentido da vida tem melhor saúde e bem-estar. Outra informação importante é que ter objetivos de vida garante os anos adicionais para realizá-los.

Sentido da vida

Você já encontrou o significado da sua vida? Se não, é melhor dedicar-se à tarefa, porque a resposta a essa questão está não apenas intimamente ligada, como também determina sua saúde e bem-estar.

Ao longo das três últimas décadas, o sentido da vida emergiu como uma questão importante na pesquisa médica e psicológica devido ao contexto de uma população em envelhecimento.

E parece que as relações entre o significado da vida, a saúde e o bem-estar são diferentes entre os adultos mais jovens e aqueles com mais de 60 anos de idade.

"Muitos pensam sobre o sentido e o objetivo da vida de uma perspectiva filosófica, mas o significado na vida está associado a uma melhor saúde, bem-estar e talvez longevidade. Aqueles com sentido na vida são mais felizes e saudáveis do que aqueles sem ele," disse o professor Dilip Jeste, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas descobriram que ter noção de um sentido da vida está associado a um melhor bem-estar físico e mental, enquanto aqueles que continuam buscando o sentido da vida apresentam níveis mais baixos de bem-estar mental e funcionamento cognitivo.

"Quando você encontra mais significado na vida, fica mais contente, enquanto se você não tem um objetivo na vida e o procura sem sucesso, se sente muito mais estressado," justificou o pesquisador, cuja equipe já havia demonstrado recentemente que uma melhor saúde física e mental está associada com otimismo e sabedoria.

Fronteira dos 60 anos

Os resultados também mostraram que o ter sentido na vida, quando comparado com a idade, apresenta uma relação em forma de U invertido, enquanto a busca por sentido na vida apresenta uma relação em forma de U normal. Os pesquisadores verificaram que os 60 anos servem como uma fronteira, quando a presença de significado na vida atinge o pico, e a busca pelo significado da vida está no seu ponto mais baixo.

Isto é compatível com o resultado de pesquisas anteriores, que mostraram que a inteligência emocional atinge o pico aos 60 anos.

"Quando você é jovem, como na casa dos vinte anos, não tem certeza sobre sua carreira, um parceiro de vida e quem você é como pessoa. Você está procurando um significado na vida," disse Jeste. "Quando você começa a entrar nos seus trinta, quarenta e cinquenta, você tem um relacionamento mais estabelecido, talvez você seja casado e tenha uma família e esteja estabelecido em uma carreira. A busca diminui e o sentido da vida aumenta".

Mas, como tudo na vida, o sentido que a vida de cada um tem muda com o tempo.

"Depois dos 60 anos, as coisas começam a mudar. As pessoas se aposentam do emprego e começam a perder a identidade. Elas começam a desenvolver problemas de saúde e alguns de seus amigos e familiares começam a falecer. Elas começam a procurar o significado da vida novamente, porque o significado que elas tinham mudou," finalizou Jeste.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quem-encontrou-sentido-vida-tem-melhor-saude-bem-estar&id=13864  - Redação do Diário da Saúde - Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay

domingo, 22 de março de 2020

10 cursos grátis que você pode fazer durante a quarentena do coronavírus


Em época de coronavírus, a recomendação é para sair de casa o mínimo possível. Mas isso não significa que você precisa ficar sem fazer nada, não é mesmo?

Uma opção é aproveitar esse tempo – que geralmente nunca temos – para nos aperfeiçoarmos em algum assunto interessante. Existem diversos cursos bons e grátis online, das mais variadas disciplinas.

Vale notar que a maioria deles, enquanto disponibiliza todo o conteúdo sem custo algum, cobra para enviar um certificado de conclusão. Os preços são normalmente populares, no entanto.

Conheça dez sites que reúnem aulas gratuitas:

1. Coursera
Essa é uma das mais famosas plataformas de cursos grátis. O Coursera oferece um conteúdo vasto com aulas ministradas em várias línguas, inclusive português.
O foco do site são as áreas de Negócios, Ciência e Tecnologia da Informação, mas também é possível encontrar aulas de Linguagens, Música e Ciências Humanas.
Você pode assistir as aulas na web ou fazer o download do aplicativo para iOS e Android.
O certificado de conclusão de cada curso custa a partir de US$ 29.

2. Khan Academy
A Khan Academy é uma organização sem fins lucrativos que oferece educação gratuita e de alta qualidade para todos.
O site oferece diversos cursos divididos nas seguintes categorias: Matemática, Matemática Avançada, Economia e Finanças, Ciências Humanas, Ciências e Engenharia, Computação, Ciências por ano, Português por ano, Matemática por ano e Khan Academy para Educadores.
O conteúdo inclui exercícios, vídeos e artigos, e há opção de baixar aplicativos para iOS e Android.

3. Veduca
O Veduca reúne cursos cujas aulas são ministradas por muitos professores formados pela USP.
O conteúdo é vasto e muito diversificado, de comunicação a engenharia a design sustentável e muito mais.
Semelhante ao do Coursera, possui cursos grátis, embora a maioria tenha um custo a ser pago no final, de cerca de R$ 97 (alguns menos, outros mais).

4. FBV Cursos
O FBV Cursos é uma empresa voltada especificamente para a Formação e Capacitação Continuada através da Educação Online. Seus cursos são grátis, com certificados pagos.
São mais de 20 áreas, incluindo administração, agricultura, artes, direito, gestão de pessoas, informática, moda e logística, com mais de 150 opções de cursos.

5. Fundação Getúlio Vargas
A FGV Online oferece cursos gratuitos abertos a todos, sem pré-requisitos, e em diferentes áreas do conhecimento.
A fundação possui parceria com diversas instituições de ensino renomadas do Brasil e tem como foco as áreas de Direito, Economia, Gestão Empresarial e Marketing.

6. Fundação Bradesco
A Fundação Bradesco também possui uma rede de ensino muito completa, com cursos gratuitos e 100% online sobre quase todos os conteúdos possíveis, incluindo Fotografia, Programação, Escrita, Redação e Web Design.
A plataforma também conta com emissão de certificados, que podem ser validados no próprio site a partir de um código de autenticidade.

7. SESI
O SESI é outra instituição que oferece cursos online. Suas principais áreas são Administração, Matemática, Redação, Comunicação, Finanças e Saúde.
As aulas têm o formato de slides e costumam ficar disponíveis por cerca de 1 mês. O certificado é gratuito.

8. LearnCafe
A LearnCafe é uma plataforma que oferece mais de 2 mil cursos gratuitos ou pagos, geralmente a valores populares, que vão de R$ 20 a R$ 120.
Os assuntos variam bastante e incluem História, Filosofia, Saúde, Linguagens, Psicologia, Direito e até Tarot.

9. Prime Cursos
Esta plataforma oferece cursos em mais de 20 áreas, incluindo Gastronomia, Administração, Linguagens, Direito, Moda, Saúde e outras.
As aulas são disponibilizadas somente em textos e imagens. O certificado é pago e custa em torno de R$ 49,90.

10. Escola Educação
Esta plataforma possui uma variedade de cursos gratuitos, em áreas como segurança no trabalho, saúde e bem estar, informática, idiomas, comunicação e vendas e outras.
O certificado é pago. O digital tem o valor de R$ 39,90 e o impresso custa R$ 44,90 + frete.
Neste link, você pode ver 100 plataformas que oferecem cursos gratuitos, incluindo várias não mencionadas neste artigo, como o eduK e o Curso Online Educa.


sábado, 21 de março de 2020

Afinal, os animais podem contrair ou transmitir o novo coronavírus?


Nosso colunista explica até que ponto os bichos de estimação correm risco e o que fazer caso o tutor ou alguém da família pegue a Covid-19

A chegada do novo coronavírus ao Brasil despertou muitas dúvidas e preocupações. Inclusive sobre a possibilidade de os animais de estimação pegarem o agente infeccioso causador da Covid-19. Daí a importância de fazer os esclarecimentos com base no que a ciência já descobriu até agora.

Cães e gatos podem contrair um coronavírus próprio de suas espécies. Ele nada tem a ver com a Covid-19 e não é transmitido para o ser humano. Por ora não há evidência de que pets estejam adoecendo pelo novo coronavírus nem que sejam capazes de propagar a doença.

Embora possamos ficar mais tranquilos em relação a isso, é preciso lembrar que, por se tratar de uma nova doença, devemos acompanhar o que as pesquisas sérias estão desvendando. As informações oficiais e atualizadas sobre esses estudos se encontram em boletins como o da World Small Animal Veterinary Association (WSAVA) — entidade na qual os clínicos veterinários de todo o mundo se baseiam hoje.

Agora, se o tutor pegar a doença, ele pode ficar na companhia do seu bicho durante a quarentena? A orientação atual é clara: pessoas infectadas pelo coronavírus devem ficar isoladas e adotar medidas para não transmitir a doença a seus familiares e colegas.

Em tempos de redes sociais e pandemia, a informação circula mais rápido do que nunca e algumas postagens começaram a despertar dúvidas e apreensões. É o caso de celebridades que testaram positivo para a Covid-19 e publicaram fotos suas em companhia dos seus pets.

A blogueira Gabriela Pugliese divulgou recentemente em seu perfil no Instagram que contraiu a doença no casamento da irmã na Bahia e que está se recuperando junto ao seu cão. Na imagem, ela encontra-se com o pet no colo sem proteção.


Outra personalidade, o cantor Di Ferrero, afirmou que contraiu o coronavírus e está seguindo as orientações de restrição e proteção… ao lado de seus cachorros (que não pegariam a doença).

A informação de que os pets não contraem a Covid-19 é correta. Porém, por se tratar de algo novo, entidades como a WSAVA orientam a utilização de luvas e máscaras e a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel antes e depois de ter contato com os animais. Isso serve tanto para a proteção do bicho como para resguardar outras pessoas que convivem com ele.

Na China, um cão de uma tutora com a doença foi testado como fracamente positivo para a Covid-19, o que pode indicar contaminação ambiental. O animal permanece em observação, não apresenta sintomas e os órgãos internacionais de Medicina Veterinária estão acompanhando o comportamento do vírus.

Diante disso tudo, vale repetir: tutores que pegaram o Covid-19 devem evitar o contato direto com seus pets e, ao fazê-lo, é prudente utilizar luvas e máscaras e lavar as mãos antes e depois para proteger o bicho. Essa é uma orientação que vem sendo seguida por hospitais veterinários mundo afora, incluindo instituições de referência — e temos reforçado isso no atendimento do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.

Com o objetivo de monitorar o coronavírus, um importante laboratório americano, a Idexx, acaba de publicar que desenvolveu um teste de Covid-19 para pets, já realizado em milhares de animais. A boa notícia: todos deram negativo! Isso reforça a ideia de que pets não contraem ou transmitem o vírus.

Do nosso lado, o dos tutores, não custa aderir às medidas de higiene e proteção pessoal e social. Afinal, nós, humanos, é que estamos mais expostos nessa pandemia.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/pet-saudavel/pets-podem-contrair-transmitir-coronavirus/ - Por Dr. Mario Marcondes - Foto: Fongleon365/iStock

Achatar a curva da covid-19: O que significa e como você pode ajudar?


Importância de achatar a curva em uma epidemia.

Paralisação pela pandemia

A pandemia do Sars-CoV-2, causador da gripe covid-19 está causando uma paralisação mundial sem precedentes.

Tudo isso é realmente necessário devido ao novo coronavírus? As autoridades de saúde pública não estariam exagerando na ameaça representada pelo vírus que causa a doença covid-19?

Não mesmo, e tudo isso é absolutamente necessário porque já demonstrou que funciona, lembra o historiador médico Howard Markel, da Universidade de Michigan (EUA) que estudou os efeitos de respostas semelhantes a epidemias passadas.

"Um surto em qualquer lugar pode ir a qualquer lugar. Todos nós precisamos nos empenhar para tentar evitar casos em nossas comunidades," disse ele.

É o chamado "achatar a curva", um termo que as autoridades de saúde pública usam o tempo todo, mas que muitas pessoas ouviram pela primeira vez nesta semana. Que curva? E por que esse é o melhor plano?

Achatar a curva da epidemia

Se você observar a imagem acima, poderá ver duas curvas - duas versões diferentes do que pode acontecer em uma região que detecta os primeiros casos, dependendo das providências adotadas.

A curva alta e fina é indesejável, significando que muitas pessoas ficam doentes de uma só vez, em um curto período de tempo, porque não tomamos medidas suficientes para impedir que o vírus se espalhe de pessoa para pessoa.

A maioria das pessoas não fica doente o suficiente para precisar de um hospital. Mas aqueles que precisam podem sobrecarregar o número de leitos e equipes de atendimento que hospitais de nenhum país do mundo têm disponível.

Afinal, muitos prontos-socorros e hospitais já operam perto da capacidade em dias comuns, sem epidemia. Adicionar um pico acentuado a esse tráfego com pacientes com covid-19 pode significar que algumas pessoas não vão receber os cuidados de que precisam, com ou sem coronavírus.

A curva mais plana e mais baixa é melhor e mais desejável, mas será necessário trabalhar em conjunto para que isso aconteça, diz Markel. É por isso que as medidas de isolamento e contenção são necessárias.

Achatamento da curva ajuda a todos

Se indivíduos e comunidades tomarem medidas para retardar a propagação do vírus, isso significa que o número de casos de covid-19 se estenderá por um longo período de tempo. Como mostra a curva, o número de casos em um determinado momento não ultrapassa a linha pontilhada da capacidade do sistema de saúde para ajudar todos os que estão muito doentes.

"Se você não tem tantos casos chegando aos hospitais e clínicas de uma só vez, pode realmente diminuir o número total de mortes pelo vírus e por outras causas," disse o Dr. Markel. "E, mais importante, ganha tempo para cientistas das universidades e do governo, e para a indústria, criar novas terapias, medicamentos e potencialmente uma vacina."

Outro fator importante a ser considerado: os médicos, enfermeiros, farmacêuticos, técnicos e muitos outros funcionários que realmente trabalham na área da saúde. Quanto mais casos de covid-19 houver em um determinado momento, maior a probabilidade de alguns deles serem contagiados, seja na comunidade ou no trabalho. Quando estão doentes, precisam ficar longe dos pacientes por semanas. O que significa menos pessoas para cuidar dos pacientes que precisam de cuidados.

Em resumo, cancelar, adiar ou mudar nosso trabalho, educação e lazer pode ser inconveniente, irritante e decepcionante. Mas pode salvar muitas vidas, inclusive as nossas e de nossos familiares.

"O coronavírus é uma doença transmitida socialmente e todos temos um contrato social para detê-la," disse Markel. "O que nos une é um micróbio - mas que também tem o poder de nos separar. Somos uma comunidade muito pequena, reconhecemos ou não, e [a pandemia] prova isso. A hora de agir como uma comunidade é agora."

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=achatar-curva-covid-19&id=13991&nl=nlds - Com informações da Umich - Imagem: Adaptado da CDC

sexta-feira, 20 de março de 2020

Coronavírus sem pânico: 6 dicas para não pirar com a doença


Com o avanço da crise causada pelo novo coronavírus no mundo, é importante estar bem informado e cuidar da saúde mental para não se estressar

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acaba de declarar como pandemia o Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Em apenas três meses, a doença se espalhou pelo mundo de forma exponencial, deixando a Itália isolada em quarentena e somando mais de 125 mil casos em todos os continentes.

Com milhares de informações circulando nos meios digitais, a crise em torno da doença passou a gerar uma carga de estresse na população. Por isso, o Departamento de Saúde Mental da OMS organizou uma lista com dicas para lidar com a situação e diminuir a ansiedade diante do cenário de Covid-19.

Confira abaixo as orientação para evitar que a crise de Covid-19 (novo coronavírus) cause impactos em sua saúde mental e fique bem informado:

Coronavírus não tem etnia
O coronavírus pode infectar qualquer pessoa de qualquer país. Por isso, não associe a doença à etnia ou cor dos pacientes. Tenha empatia e seja solidário com aqueles que foram afetados, uma vez que ninguém tem culpa de ter contraído o vírus.

Utilize a linguagem correta
Sem saber, muitas pessoas utilizam uma linguagem inadequada para se referir aos pacientes infectados com o novo coronavírus. Chamar de "casos de Covid-19", "vítimas" ou "doentes" não é correto, afinal, quando recuperadas, estas pessoas continuarão suas vidas normalmente. Os termos mais indicados são "pessoas que têm Covid-19", "pessoas em tratamento de Covid-19" ou "pessoas recuperando de Covid-19".

Evite ler ou ver notícias que causem estresse
Se você sente ansiedade ou estresse ao ver notícias sobre o coronavírus, evite assistir, ler ou ouvir notícias relacionadas ao tema. Procure informações apenas para se proteger ou para se atualizar de tempos em tempos. Ver notícias todos os dias ou toda a hora pode provocar maiores preocupações. Foque também nos fatos provenientes de sites oficiais e jornais com credibilidade, a fim de fugir de fake news.

Proteja-se e ajude o próximo
Oferecer ajuda ao próximo quando ele precisar pode beneficiar tanto o outro quanto a si próprio. Além disso, não deixe de se proteger e oferecer informações quanto à prevenção aos seus amigos e familiares.

Compartilhe fatos positivos
Procure amplificar vozes, imagens e histórias positivas. Compartilhe a experiência de pessoas que se recuperaram do novo coronavírus (Covid-19) ou de quem ajudou uma pessoa próxima a se recuperar.

Reconheça o trabalho dos profissionais de saúde
Honre e homenageie o trabalho dos profissionais de saúde que estão dispostos a cuidar dos pacientes afetados pelo novo coronavírus. Reconheça o papel deles na saúde da comunidade e como estão salvando vidas.

Ofereça apoio emocional
Durante períodos de crise ou quarentena, idosos, principalmente aqueles com idade mais avançada ou com demência, podem ficar mais agitados, ansiosos, bravos ou estressados. Por isso, é importante oferecer apoio emocional através de familiares ou profissionais.

Converse e mantenha contato com as crianças
Se a criança tem dúvidas sobre o novo coronavírus, esclarecê-las pode aliviar a ansiedade e manter uma comunicação honesta. Em tempos de crise, crianças observam o comportamento e emoções dos pais para entender como lidar com seus próprios sentimentos.


Sem poder ir à academia? Exercícios para fazer em casa e manter a forma


Profissionais de educação física dão dicas para manter equilíbrio físico e mental em tempos de isolamento

Por causa da pandemia de coronavírus, as academias de ginástica estão criando medidas como maior higienização dos espaços, redução da capacidade em aulas coletivas e até disponibilização de aplicativos para a prática de atividades em casa. Em algumas cidades, o fechamento das academias se tornou obrigatório.

Desse modo, em tempos de isolamento, o exercício físico pode ajudar inclusive no equilíbrio da saúde mental. Segundo profissionais de educação física, reservar dois ou três dias por semana para praticar exercícios em casa já é suficiente para sair do sedentarismo e manter o condicionamento.

Uma dica é aproveitar qualquer oportunidade para se exercitar, como trocar o elevador pela escada, quando há a possibilidade de sair de casa em caminhar alguns metros.

“O ideal é encontrar algo que combine com seu gosto pessoal, uma aula individual de dança em casa, ou algo mais zen, ou um treino funcional. Qualquer exercício é válido para não entrar no sedentarismo”, diz Rodrigo Sangion, proprietário da Academia Les Cinq Gym.

Veja abaixo uma opção de treino funcional para fazer em casa, sugerido por Sangion:

1 – Flexão de braços
Esse é o tipo de exercício para desenvolver o peitoral, que pode ser executado também em pequenos espaços. Sem contar que é relativamente fácil de ser feito.

2 – Abdominal
Abdominais ajudam a tonificar a musculatura da barriga. Para não errar e obter o resultado esperado, aposte mesmo no mais simples: aquele que você faz com as pernas flexionadas, pés no chão, mãos na cabeça, sem tirar a lombar totalmente do chão.

3 – Agachamento
O agachamento trabalha muito quadríceps, ísquios tibiais (posteriores de coxa) e glúteos, além de lombar e abdômen que auxiliam na sustentação do tronco.
Faça as flexões de braços, os abdominais e os agachamentos na forma de circuito: um na sequência do outro. É importante manter o ritmo forte, chegando próximo a seu limite máximo de esforço.
Para Lincoln Cavalcante, personal trainer de celebridades e atletas como a lutadora de jiu-jitsu Kyra Gracie, não é aconselhado pessoas sedentárias começarem a enfrentar uma rotina de treinos justamente durante a pandemia.
“Quando a pessoa sedentária entra num processo de atividade física, o corpo entra em uma série de adaptações fisiológicas e isso demanda muita energia. Se com essas adaptações a imunidade cair, a pessoa ficará mais vulnerável a receber o vírus”, afirma Cavalcante.

Para ele, é importante também separar os treinos de acordo com as necessidades fisiológicas. Veja abaixo algumas opções:

Treino masculino com cinco exercícios: 

Ponte dinâmica (10 x cada lado)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Flexão de braços com cotovelos abertos (15 repetições)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Agachamento unilateral com passo à frente (10 x cada perna)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Flexão de braços com cotovelos fechados (15 repetições)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Afasta o pé, agacha e junta os pés (10 x cada lado)

Polichinelo ou corda (1 minuto)

Treino feminino de força

Passo para o lado e agacha (15 x cada perna)

Passo para a frente e passo para trás com a mesma perna (15 x cada perna)

Agacha e salta

Repetir três vezes.

Flexão de braços com o joelho no chão (10 x)

Ponte de frente (30 segundos)

Ponte de lado (20 segundos cada lado)

Repetir três vezes.

Passo para a frente e vira o corpo para o lado da perna (trocando os lados, 20 x total)

Agachamento com os pés afastados e apontados para fora (20 repetições)

Caminhando e agachando (20 x)

Repetir 3 vezes.


quinta-feira, 19 de março de 2020

Novo coronavírus: mitos e verdades sobre a doença Covid-19


Descubra se o coronavírus pode ser evitado com alimentos como chás, alho e inhame e se é seguro receber encomendas vindas da China

O Ministério da Saúde no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e jornais internacionais estão com campanhas globais para desmistificar algumas das notícias falsas que andam circulando acerca do novo coronavírus.

Classificada como pandemia pela OMS e com mais de 132 mil casos em 117 países, a doença tem gerado muitas dúvidas entre a população e, assim como já aconteceu em outras epidemias, vários mitos foram espalhados na web.

Algumas informações compartilhadas por internautas são mais alarmistas, outras indicam como verdadeiros fatos que não foram oficialmente comprovados. Diante da preocupação global, os órgãos de saúde estão tomando medidas para informar devidamente a população. Confira:

Fake news sobre coronavírus
Tanto o ministério quanto a OMS reforçam que se você receber alguma notícia sobre a doença, antes de compartilhar, verifique a veracidade e informe-se apenas por meio dos órgãos oficiais ou veículos de confiança.

Confira as fake news verificadas pelos órgãos e fique bem informado sobre o assunto:

1- Sopa de morcego pode ter disseminado coronavírus na China?
De acordo com a OMS, não há comprovação científica de que a comida em questão tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus na China. Esta informação, inclusive, foi uma das primeiras suposições que começaram a circular na web no início do surto.

2 - Chás imunológicos ajudam a prevenir o coronavírus?
Imagens e listas compartilhadas por meio de aplicativos de mensagem, como o Whatsapp, dão conta de que alguns chás naturais, como o chá de erva docechá de abacate com hortelã e um chá imunológico (à base de gengibre, alho, capim-limão, tomilho, hortelã e casca de limão), podem prevenir contra o novo coronavírus.
Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus. Também é falsa a afirmação de que o chá de erva-doce tem a mesma substância do medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir).

3 - É possível aumentar a imunidade com vitamina C e inhame?
Um vídeo que circula na web mostra um suposto médico chinês, que trabalha no Brasil e que teria falado com a irmã que mora na China. Na gravação, ele recomenda métodos para aumentar a imunidade contra o vírus, como ingerir vitamina C e D, comer inhame e própolis. O vídeo original foi apagado pelo médico devido à repercussão.
Em resposta, o Ministério da Saúde afirma que não há evidências científicas que mostrem que vitaminas C e D, inhame, própolis ou banhos "quente/frio" sejam precauções eficazes contra o coronavírus. A mesma recomendação vale para uma mensagem que traz supostas orientações do Diretor do Hospital das Clínicas, de São Paulo - que também seria falsa.

4 - Comer alho e beber uísque com mel pode prevenir contra o coronavírus?
Segundo o Ministério da Saúde, o alho é um alimento saudável que pode conter propriedades anti microbianas. Entretanto, não existe evidência que comer o alimento ou beber uísque com mel tem prevenido pessoas do novo coronavírus.

5 - Lavar regularmente o nariz com solução salina ajuda na prevenção?
Outra dúvida levantada por internautas é sobre uma possível medida de proteção contra o coronavírus. Segundo a OMS, entretanto, não existe evidência que a lavagem regular das mãos e corpo com solução salina pode proteger pessoas de uma infecção do coronavírus. A lavagem com água e sabão é a melhor solução.

6- Coronavírus afeta apenas pessoas idosas?
De acordo com os órgãos de saúde, pessoas de todas as idades podem ser infectadas pelo novo coronavírus. Entretanto, pessoas idosas ou com certas condições de saúde são mais vulneráveis a casos severos da doença.

7- Animais domésticos podem transmitir o vírus?
Até o presente momento, não há evidência de que animais domésticos, como gatos e cachorros, podem transmitir o novo coronavírus.

8 - Antibióticos podem prevenir ou tratar a infecção de coronavírus?
A OMS responde que não, uma vez que antibióticos não agem contra o vírus, apenas contra bactérias. Portanto, antibióticos não são usados como modo de prevenção ou tratamento para a nova doença.
Além disso, até o momento, não existe nenhuma medicação para prevenir ou tratar o novo coronavírus. A OMS está ajudando a acelerar o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto.

9 - É seguro receber cartas, pacotes e encomendas da China?
De acordo com a OMS, sim, é seguro. Pessoas recebendo encomendas ou correspondência da China não estão em risco de contrair o vírus. O agente da doença não sobrevive a longo prazo em objetos como cartas e pacotes.

10 - A vacina contra pneumonia protege contra o coronavírus?
Não, vacinas contra pneumonia não protegem contra o novo coronavírus. O vírus é novo e diferente, por isso, precisa de sua própria vacina. Diversos pesquisadores do mundo todo, inclusive, estão unindo forças para desenvolver uma imunização segura contra o patógeno. Porém, ainda não há previsão de comercialização do produto.

11 - Usar ou comer óleo de gergelim impede que o coronavírus entre no corpo?
Não, óleo de gergelim não mata o vírus. Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa evitar a infecção pelo novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, medidas de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia, ajudam na prevenção.

12 - Coronavírus pode infectar o cérebro e causar perda de memória?
Outra notícia falsa que circula nas redes informa que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmaram que o vírus também consegue infectar e se multiplicar em cérebros adultos, atingindo neurônios mais maduros e provocando, em alguns casos, desde quadros temporários de confusão mental e dificuldade motora até problemas mais graves, de coma ou perda de memória.
A UFRJ, no entanto, desmentiu que tenha realizado tal pesquisa. Além disso, não há evidências científicas de que o novo coronavírus provoque esses danos cerebrais, segundo os órgãos públicos de saúde.

13 - Tomar banho quente pode prevenir contra a Covid-19?
Tomar banhos quentes não previne a doença causada pelo novo coronavírus, uma vez que a temperatura do corpo permanece entre 36,5ºC a 37ºC, independente da água do banho. Na realidade, tomar banho muito quente pode causar queimaduras em você. O melhor jeito de prevenir a Covid-19 é lavando as mãos frequentemente.

14 - Clima frio e neve podem matar o novo coronavírus?
Não há razão para acreditar que o clima frio pode matar o novo coronavírus ou qualquer outra doença. A temperatura corporal mantém-se em 36,5°C a 37°C, independente da temperatura externa. A melhor forma de prevenção continua sendo limpar frequentemente as mãos com álcool ou sabão.

15 - O novo coronavírus pode ser transmitido por picada de mosquito?
Até o momento, não há informação ou evidência que sugira que o novo coronavírus possa ser transmitido através de mosquitos. O SARS-CoV2 é um vírus que se espalha através das vias aéreas por secreções de pessoas infectadas, quando elas tossem ou espirram. Para prevenir o Covid-19, evite contato próximo com qualquer pessoa que esteja espirrando ou tossindo.

16 - Secadores de mãos são eficientes para matar o novo coronavírus?
Não, secadores de mãos não matam o novo coronavírus. A melhor forma de prevenção é a higienização das mãos com álcool ou sabão. Uma vez com as mãos higienizadas, você pode secá-las com papel ou toalhas descartáveis.

17 - Lâmpadas com luz ultravioleta desinfetantes (anti-mosquitos) podem matar o novo coronavírus?
Lâmpadas de luz ultravioleta não devem ser usadas para esterilizar mãos ou outras áreas, já que a radiação UV pode causar irritação da pele.

18 - Câmeras térmicas podem detectar pessoas infectadas com o novo coronavírus?
As câmeras térmicas detectam quando pessoas apresentam febre, ou seja, quando a temperatura corporal aumenta. Entretanto, estes tipos de câmeras não detectam pessoas que foram infectadas e ainda não apresentam os sintomas da doença.

19 - Espalhar álcool e cloro sobre todo o corpo pode matar o novo coronavírus?
Cloro e álcool não matam o vírus que já entrou no corpo. Espalhar essas substâncias pode ser danoso a roupas e mucosas, como olhos e boca. Os dois produtos podem ser usados apenas como desinfetantes de superfícies, porém, sob recomendações apropriadas.
No Irã, 44 pessoas morreram por intoxicação causada por metanol. No país, em que bebidas alcóolicas são proibidas, alguns iranianos tomaram álcool puro para tratar o Covid-19, pois circulava uma falsa notícia de que a substância matava o vírus.

20 - Existe cura ou vacina contra o novo coronavírus?
Segundo o Ministério da Saúde, ainda não há nenhum medicamento, substância, vitamina, alimento específico ou vacina para curar do novo coronavírus.
Circula uma notícia de que Cuba teria enviado à China uma vacina contra o novo coronavírus que já teria curado 1.500 pessoas. A mensagem cita o medicamento Interferon Alfa 2B, que é um dos 30 medicamentos utilizados pelo governo chinês para tratar o Covid-19.
Entretanto, Cuba não possui uma vacina contra o novo coronavírus e o Interferon é um remédio utilizado para fortalecer a imunização geral, porém, não é específico como as vacinas.
Além desta notícia, outras informações falsas sobre a cura da doença circulam pelas redes sociais. Uma mensagem diz que médicos tailandeses curam o Covid-19 em apenas 48 horas e outra afirma que pesquisadores chineses teriam descoberto 3 medicamentos contra o novo coronavírus. Ambas as notícias são falsas.
Aqueles infectados com o vírus devem receber tratamento apropriado para aliviar e tratar os sintomas. Há pesquisas em desenvolvimento para encontrar um tratamento que ainda será testado clinicamente.

21 - Devemos evitar cumprimentar as pessoas com aperto de mão?
Sim. Doenças respiratórias podem ser transmitidas pelas mãos e ao tocar os olhos, nariz e boca. Cumprimente as pessoas com acenos e evite o contato físico direto.

22 - Usar luvas de borracha protege contra o novo coronavírus?
Não. Lavar regularmente as mãos oferece maior proteção contra o coronavírus do que usar luvas de borracha. Afinal, se você tocar a boca, olhos ou nariz enquanto usa a luva, ainda pode ser infectado.

23 - Teste caseiro de respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos detecta infecção do novo coronavírus?
Não. Uma mensagem circulou pelas redes sociais com um teste caseiro que diagnosticava o Covid-19. A notícia dizia que se você conseguir respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos sem tossir, não está infectado pelo vírus. Entretanto, a notícia é falsa e o teste não confirma o diagnóstico.

24 - Vinagre previne a contaminação do novo coronavírus?
Falso. Em um vídeo, um suposto ?químico autodidata? afirma que o álcool em gel não é eficaz na prevenção contra o novo coronavírus e indica que o vinagre seria útil. Em resposta, o Conselho Federal de Química (CFQ) liberou uma nota esclarecendo que o álcool em gel 70% é, sim, ideal para a prevenção.

25 - O novo coronavírus foi manipulado geneticamente e tem uma estrutura similar ao do vírus HIV, que causa a Aids?
Mito. O SARS-CoV2, nome oficial do novo coronavírus, não foi manipulado geneticamente e não possui nenhuma semelhança com o HIV. Além disso, o mecanismo de ação destes vírus dentro do organismo humano é totalmente diferente um do outro. O novo coronavírus afeta o sistema respiratório e pode ser totalmente eliminado do corpo, diferente do vírus do HIV, que infecta células de defesa e não desaparece do organismo.

26 - Novo coronavírus causa pneumonia de imediato?
êm circulado notícias de que a infecção pelo novo coronavírus causa pneumonia de imediato, entretanto, a informação é falsa. Os sintomas da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, são: febre, tosse e dificuldade para respirar, semelhantes a uma gripe. Em casos mais graves, pode também causar pneumonia.