segunda-feira, 26 de julho de 2021

Conheça os alimentos que contêm potássio e seus benefícios


Nutriente é aliado dos músculos e ajuda a equilibrar a quantidade de água no organismo

 

Quando o assunto são nutrientes e substâncias essenciais para o bom funcionamento do organismo, o potássio é um dos principais da lista. Por conta do papel que ele desempenha no sistema nervoso, muscular e cardíaco, ter uma rotina alimentar rica do nutriente confere diversos benefícios à saúde.

 

Sendo um elemento de origem mineral, o potássio é um dos principais componentes presentes nas células do corpo e desempenha o papel fundamental na síntese de ácidos nucleicos e proteínas, na produção de energia, na frequência cardíaca, na contração muscular e na condução nervosa.

 

Entre os principais benefícios comprovados do potássio é possível destacar:

 

O potássio ajuda a regular a pressão arterial

Diminui a retenção de líquidos

Previne o AVC (Acidente Vascular Cerebral)

Previne câibras

O potássio é também um grande aliado do coração. Junto com o sódio, é essencial para a contração muscular, ajudando a manter o ritmo cardíaco normal. Em razão de seu papel na contração muscular, o potássio também auxilia em processos de digestão e funções musculares.

 

Alimentos fontes de potássio

Embora não exista uma ingestão diária recomendada de potássio (IDR), especialistas recomendam de 2,5 a 3,5 microgramas por dia. Esse nutriente pode ser encontrado em inúmeros alimentos, incluindo carnes, alguns tipos de peixes, frutas, verduras e legumes.

Alguns alimentos ricos em potássio são:

 

Sementes de girassol torradas

Abacate

Amêndoas

Espinafre

Batata

Beterraba

Laranja

Leite de cabra

Água de coco

Banana

Brócolis

Aipo

Iogurte desnatado

A partir de uma dieta saudável, é possível manter o equilíbrio de potássio no sangue e o de outros nutrientes essenciais, como sódio, magnésio e ferro.

 

Hipocalemia e hipercalemia

Quando o corpo apresenta níveis baixos de potássio, alguns sintomas frequentes são fraqueza muscular, câimbras, fadiga, alterações cardíacas, anorexia e apatia mental. Nesses casos, a hipocalemia (condição caracterizada pela deficiência do nutriente) normalmente é causada pela perda excessiva de potássio pela urina ou trato gastrointestinal, na presença de vômitos e diarréias.

 

Já a hipercalemia se refere a altos níveis de potássio no sangue, geralmente acima de 5,5 mmol/L (mEq/L). Essa condição pode estar relacionada não somente ao aumento do nível do nutriente no sangue, mas ao excesso de liberação de potássio das células para a corrente sanguínea.

 

Esses altos níveis também podem ocorrer em consequência de um problema nos rins, órgãos responsáveis por remover o excesso de potássio do organismo. Segundo especialistas, pessoas idosas têm um risco maior de hipercalemia em virtude de seus rins serem menos eficientes na eliminação de potássio do corpo à medida que envelhecem.

 

Alguns sintomas comuns de pessoas com hipercalemia são náuseas, vômito, pulsação lenta ou fraca e batimentos cardíacos irregulares.

 

Suplementação de potássio

No caso de indivíduos que não possuem o suficiente de potássio em sua dieta regular, geralmente por causa de uma doença ou por uso de determinado medicamento, o uso de suplementos pode ser recomendado para manter o equilíbrio do nutriente no sangue e evitar problemas de saúde. No entanto, o suplemento de potássio deve ser orientado por médicos ou nutricionistas.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/materias/37716-conheca-os-alimentos-que-contem-potassio-e-seus-beneficios - Escrito por Susana Targino - Redação Minha Vida

domingo, 25 de julho de 2021

A vitamina C é vital para o organismo: conheça melhor seus benefícios


A vitamina C, também chamada ácido ascórbico, é um nutriente envolvido em múltiplas funções biológicas e bioquímicas no nosso organismo. Por exercer um papel essencial no tecido conjuntivo, na cartilagem e no tecido ósseo, é uma vitamina vital para o processo de cura do corpo. Sua deficiência pode levar à dificuldade de cicatrização, alterações de pele, fraturas, fragilidade dos dentes, além de outros problemas, sendo, portanto, essencial para nosso organismo.

 

“Além disso, a vitamina C exerce importante papel para síntese de colágeno e na reparação dos tecidos, e, juntamente com a vitamina E, é a que tem mais poder neutralizador contra os radicais livres”, esclarece a nutricionista Sandra Tavares, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital Municipal de Salvador.

 

Os benefícios da vitamina C:

• Ajuda a diminuir sintomas de gripe e resfriado

• Tem poder neutralizador contra os radicais livres

• Atua na cicatrização de feridas, devido à síntese de colágeno e elastina

• Age como um antioxidante, diminuindo as reações cutâneas e contribuindo como foto protetor

• É fundamental no processo de destoxificação hepática

• Em caso de infecção, pode melhorar os componentes do sistema imunológico

• Age para a síntese dos hormônios de resposta ao estresse do organismo

 

As principais fontes de vitamina C estão no brócolis, no pimentão, na couve, no tomate e nas frutas cítricas. A nutricionista orienta que, entre as frutas, deve-se dar preferência para as mais pigmentadas como: manga, pêssego, acerola, goiaba, mangaba, mamão, dentre outras. “Além de doses elevadas da vitamina C, essas frutas também têm betacaroteno e carotenoides”, informa.

 

Como ingerir e combinar alimentos

O consumo de vitamina C deve ser diário, com a ingestão regular dos alimentos fonte. No Brasil, a recomendação é 75 mg para mulheres, e 90 mg para os homens, o que é facilmente alcançado no consumo diário. Por exemplo: uma goiaba branca com casca, uma tangerina ou uma laranja.

Combinações que ajudam na cota nutricional diária: salada de frutas; salada crua com folhosos e frutas cítricas; coquetéis de fruta; suco verde (exemplo: couve + laranja + cenoura + maçã); e limonada com hortelã. Mas, atencão: ao preparar consuma logo já que a vitamina C tem elevada sensibilidade para oxidação.

A nutricionista explica que a vitamina C tem melhor absorção em pequenas doses orais. “A recomendação é incluir poucas porções dos alimentos fontes a cada refeição, o que vai contribuir para um melhor aproveitamento da vitamina pelo organismo”. Ela alerta que pessoas com histórico de gota, pedra nos rins ou doenças renais não devem ingerir mais do que 1g/dia sem supervisão médica ou nutricional.

 

Cozinhar no vapor

É importante saber que alguns cuidados devem ser tomados durante a manipulação dos alimentos, já que a forma como se prepara pode acarretar em perda de vitamina. Por exemplo: o brócolis, quando fervido em grandes quantidades de água, pode perder entre 27 a 62% da vitamina, e de 10 a 20% quando cozido no micro-ondas. Por isso, é sempre recomendado que as hortaliças sejam cozidas no vapor.

 

Sintomas da falta de vitamina C

Em caso de deficiência da vitamina no organismo, um dos sintomas mais evidentes é o escoburto, caracterizado por sangramento de membranas mucosas e dores musculares. Outros problemas que podem surgir: fragilidade capilar, hemorragias, fraqueza muscular, gengivite e gengivas que sangram com facilidade, anemia, dificuldade de cicatrização de feridas, falta de apetite, dores nos tendões, inchaço nas articulações e falta de apetite.

Porém, de acordo com a nutricionista, é raro alguém apresentar tanta deficiência de vitamina C, por ser um nutriente abundante na natureza. "A gente sempre acaba consumindo algum alimento rico na vitamina diariamente, por isso, não é aconselhável fazer suplementação sem supervisão de um profissional médico ou nutricionista. As necessidades nutricionais de vitamina C são facilmente atingidas ao se manter uma alimentação saudável e equilibrada”, esclarece a nutricionista.

 

Suplementos

A nutricionista alerta que a vitamina C não deve ser suplementada isoladamente, devendo sempre estar associada a outros nutrientes antioxidantes. Consumir a vitamina na sua forma natural vai garantir redução no processo oxidativo. Desta forma, é importante ter orientação de um profissional qualificado antes de fazer uso de suplementos. “É importante avaliar com cautela essa real necessidade, já que a grande maioria dos estudos foi desenvolvida em pessoas que apresentavam deficiência da vitamina”.

Outro aspecto que a nutricionista destaca,  é que a dose diária fica muito elevada quando se ingere suplemento da vitamina associado à alimentação, o que pode provocar alguns transtornos, como diarreia osmótica e distúrbios gastrointestinais; formação de cálculo renal, em pacientes predisponentes; e aumento na excreção de ácido úrico.

 

 Vitamina C x Covid

Segundo a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran), com relação especificamente a Covid, recentes estudos sugerem que a vitamina C pode ser uma das escolhas para o tratamento de suporte, embora sejam necessários estudos longos e sistemáticos.

 

Fonte: https://revistaabm.com.br/blog/a-vitamina-c-e-vital-para-o-organismo-entenda-melhor-seus-beneficios

sábado, 24 de julho de 2021

7 dicas para lidar com os sintomas da autoestima baixa e reconhecê-la


Muitos acreditam que a autoestima baixa está relacionada somente à aparência física, porém não é verdade. Esse é um assunto delicado e que atrapalha vários aspectos da vida de uma pessoa. Para aprofundar no tema, conversamos com a psicóloga Karyne Santiago (CRP 06/161451), que explicou mais detalhes sobre o assunto.

 

O que é e autoestima baixa

Karyne explica que “quando falamos de autoestima, estamos falando da forma como cada pessoa enxerga a si mesma, dentro de sua individualidade, características e capacidades”. A baixa autoestima diz respeito aos aspectos negativos sentidos e/ou percebidos pelo indivíduo em relação a si mesmo, a falta de amor-próprio e dificuldade de autoaceitação.

 

 “É quase como se a mente da pessoa focasse apenas as características não tão boas, fazendo-a acreditar que é inferior ou incapaz, o que gera muita insegurança e sofrimento emocional”, diz a psicóloga.

 

Contudo, ela esclarece que a baixa autoestima é diferente de momentos em que não estamos tão bem com a nossa autopercepção ou autoimagem, ou até mesmo situações que gerem insegurança no cotidiano. “O individuo que tem uma autoestima baixa tende a se enxergar de forma depreciativa independentemente da situação”, diz Karyne.

 

Como a autoestima baixa se desenvolve?

A psicóloga explica que o desenvolvimento da autoestima, seja ela baixa ou alta, baseia-se nas experiências de vida de cada pessoa, principalmente durante a infância e a adolescência. Isso porque, nessas fases, o indivíduo ainda está aprendendo a se perceber como um ser único a partir de sua relação com o outro.

 

“Explicando de uma forma mais simplificada, uma criança ou adolescente que frequentemente recebe elogios, que se sente acolhido em seu âmbito familiar, que não é negligenciado, que recebe o afeto e a educação necessários, tende a ter uma autoestima melhor do que aqueles que são constantemente criticados, que passam por castigos frequentes, que recebem uma educação rígida, que passam por abusos físicos ou verbais, entre outras coisas”, diz a profissional.

 

Karyne ainda complementa dizendo que essas vivências também podem alterar o sentimento de autoestima na vida adulta, seja em um relacionamento amoroso, no âmbito familiar, com os amigos e até mesmo no trabalho. Além disso, pode haver impactos na autopercepção diante da idealização social e cultural de algumas situações, como é no caso da maternidade, do casamento e dos padrões de beleza.

 

10 sintomas para ficar de olho

Agora que você já entendeu como a autoestima baixa pode se desenvolver, que tal aprender sobre os sintomas mais comuns de quem sofre isso? Confira abaixo o que a Karyne explicou:

 

Sentimento de insegurança: frente ao constante sentimento de inferioridade e incapacidade de realizar tarefas, o indivíduo frequentemente se sente inseguro diante das situações.

Timidez excessiva: indivíduos com autoestima baixa tendem a ser extremamente tímidos, por conta da insegurança. “São pessoas mais introvertidas, e que não gostam de aparecer, devido ao constante medo de errar”, diz Karyne.

Dificuldade em receber críticas: mesmo diante de uma crítica construtiva, a pessoa com baixa autoestima tende a enxergar o comentário negativamente, ressaltando para si mesmo suas fraquezas e defeitos e reforçando o sentimento de incapacidade.

Autocobrança rígida: “por conta do sentimento de insegurança, a pessoa com autoestima baixa está sempre cobrando a si mesma de fazer o seu melhor, e como consequência disso, ela inconscientemente pune a si mesma se as coisas são saírem perfeitas” explica a psicóloga.

Exaltação dos próprios defeitos: ”a pessoa tende a fazer comentários depreciativos a si mesma, ressaltando seus defeitos e fragilidades”, afirma Karyne.

Constante comparação a outras pessoas: sempre se colocando numa posição de inferioridade ou questionando a si mesmo porque é assim, além de ressaltar as qualidades do outro.

Medo de rejeição: Karyne relata que a pessoa com a autoestima baixa “está sempre aflito a estar em novos lugares, ou com novas pessoas, por medo de não ser aceito”.

Constante busca por reconhecimento: “a pessoa tende a tentar agradar a todos a sua volta, muitas vezes se colocando numa posição de submissão, por medo da rejeição”, afirma a especialista.

Dificilmente se sente satisfeito com suas realizações: desde uma tarefa concluída a uma conquista pessoal, a pessoa com baixa autoestima tende a colocar defeito em tudo que faz. “É um constante sentimento de insatisfação relacionado à autocobrança e à percepção negativa de si mesmo” completa a psicóloga.

Medo de enfrentar desafios: “justamente por conta do sentimento de insegurança e do medo de rejeição, o indivíduo tem grande dificuldade para encarar desafios cotidianos, como iniciar em um novo trabalho, por exemplo”, finaliza Karyne.

Como vimos, a autoestima baixa causa danos que vão além da aparência física, indo desde gerar timidez excessiva em uma pessoa, até fazê-la se sentir inferior e ter medo de encarar novos desafios. Sabendo de todas essas consequências, vamos conferir dicas iniciais que podem ajudar quem sofre com esse problema.

 

7 dicas que ajudam a elevar a autoestima

A psicóloga reforça “que, antes das dicas, é importante dizer que não é tão simples mudar a forma como nos vemos. A autoestima diz respeito a uma construção da autopercepção, e não existe um passo a passo para desconstruir a visão antiga e criar uma nova”.

 

Por isso, a importância de um acompanhamento psicoterapêutico, que investigará as causas de maneira única e auxiliará no processo de autoconhecimento elucidando as questões individuais. Karyne comenta, contudo, que nesse caso, as dicas funcionam como um “alerta” de comportamentos e situações que podem estar colaborando para a baixa autoestima.

 

1. Abandone o hábito de se comparar

Reconheça a beleza da individualidade, ninguém é igual a ninguém. “Cada um de nós temos qualidades e defeitos, forças e fraquezas e isso é incrível. Quando nos comparamos e percebemos que não temos uma característica igual a de determinada pessoa, tendemos a nos achar inferior a ela, e deixamos de enxergar as nossas próprias características positivas”, diz Karyne.

 

2. Não seja tão rígida consigo mesma

Todos nós estamos sujeitos ao erro e está tudo bem errar. Se perdoe pelos erros, e não desista de si mesmo.

 

3. Desenvolva seu autoconhecimento

O autoconhecimento é fundamental para a construção da autoestima. Karyne comenta que “quando aprendemos profundamente quem somos, quais são nossas forças, nossas metas e desejos, aprendemos também a deixar de nos cobrar excessivamente”.

 

4. Não se culpe tanto

O sentimento de culpa está intimamente relacionado à baixa autoestima. “Quando nos sentimos culpados por algo, a tendência é nos colocarmos em uma posição de inferioridade, justamente pela autocobrança”, explica a profissional.

 

5. Exerça o autocuidado

Seja físico ou emocional, valorize-se. Perceba-se como alguém que necessita de cuidados, amor e afeto e faça isso por você mesma.

 

6. Tente focar nos seus aspectos positivos

Todo mundo tem alguma qualidade, e nesse sentido é importante ressaltar que qualidade é diferente de um “superpoder”. “Descubra seus potenciais e capacidades e foque neles. Isso poderá te devolver o sentimento de segurança”, Karyne comenta.

 

7. Afaste-se de pessoas que te colocam para baixo

Apesar de a autoestima ser relacionada à visão de si mesmo, alguns comentários e críticas negativas podem alterar a autopercepção. “Atente-se a pessoas com comportamento abusivo ou comentários desagradáveis, e se necessário, afaste-se”, finaliza a psicóloga.

 

Como a profissional reforçou, essas são dicas iniciais para quem tem problemas com autoestima, porém é importante entender que esse é um assunto delicado e que é necessário procurar ajuda psicológica para tratá-lo.

 

Quando devo procurar ajuda profissional?

A autoestima baixa pode afetar as vivências de uma pessoa, além de causar muito sofrimento emocional. Seu tratamento é baseado no autoconhecimento e no desenvolvimento do sentimento de amor-próprio e autoconfiança.

 

“Para isso, é sempre indicado que a pessoa busque ajuda profissional. O acompanhamento psicoterapêutico irá auxiliar em questões importantes acerca da autopercepção e das vivências e experiências de cada pessoa, além de cuidar da saúde emocional” explica a psicóloga.

 

Além disso, Karyne finaliza dizendo que a baixa autoestima pode estar relacionada a alguns transtornos, como o transtorno depressivo, transtorno de ansiedade, transtorno bipolar, síndrome do pânico, entre outros, o que demanda avaliação e acompanhamento psicológico.

 

A autoestima baixa é coisa séria, por isso é importante procurar ajuda de um profissional para investigar as causas e ter o tratamento adequado. Gostou das dicas? Então, aproveite para ler e descobrir sugestões para praticar mais o amor-próprio.

 

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/autoestima-baixa/ - Escrito por Thais Regina - ISTOCK

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Pets sentem frio? Da roupa à caminha, veja os cuidados que você precisa ter com os animais no inverno


Cachorros e gatos idosos costumam ser mais afetados pelas baixas temperatura, que podem agravar doenças preexistentes

 

Algumas pessoas ainda acham que, por terem pelos, os animais de estimação não sofrem com o frio. Engano dos tutores: o inverno afeta o dia a dia dos pets e também pode agravar doenças preexistentes.

 

Se o seu mascote costuma apresentar dores nos ossos ou nas articulações, é necessário redobrar os cuidados: o frio afeta diretamente cães e gatos idosos. Animais cardiopatas também merecem atenção redobrada na estação gelada. Além disso, qualquer cão e gato, jovem ou velho, pode ter problemas respiratórios por conta das temperaturas muito baixas. 

 

É comum confundir os sinais de que o seu mascote está incomodado com o frio - muitos tutores acham que se trata de meros espirros ou até engasgamento, um "osso" que não quer sair da garganta. Assim como ocorre com os humanos, sinais respiratórios nos pets podem aparecer e desaparecer em questão de dias sem causar maiores transtornos. Contudo, deve-se estar atento à fragilidade não apenas do aparelho respiratório dos mamíferos em dias frio, mas também dos ossos e articulações.

 

Seu cachorro está com cheiro ruim no focinho? Veja as possíveis causasSeu cachorro está com cheiro ruim no focinho? Veja as possíveis causas

O frio também pode ressecar mucosas, desidratar o animal e consumir toda a energia dele para tentar manter a temperatura corporal em níveis mais adequados à manutenção do sistema. Por isso, é importante protegê-los tanto dos choques térmicos quanto da exposição prolongada ao frio. Os animais mais jovens ainda não têm uma boa camada de gordura para passarem pelo inverno e, por conta disso, também podem ter a saúde afetada na estação. Logo, achar que bicho peludo não passa frio é mito! Cães e gatos precisam de proteção no inverno. Saiba como proteger seu mascote:

 

Cães de guarda

São os mais propensos a adoecerem em dias frios. Por isso, aumentar o aporte energético é uma boa estratégia: isso é feito quando se aumenta a quantidade de comida oferecida no inverno, algo em torno de 15%. Converse com o veterinário sobre o que pode ser ofertado ao seu mascote de guarda durante a estação, e isso vale para qualquer tamanho e pelagem.

 

Da mesma forma, dê atenção ao local onde dorme seu guardião. Cobertas no chão não adiantam, já que o animal fica ao relento e com as narinas em contato direto com o frio. Cães de guarda devem ter casas bem fechadas e sem goteiras. A abertura dessa casinha precisa estar livre de correntes de vento. Dê preferência a modelos com portas menores para reter por mais tempo o calor dentro do recinto. Muitas vezes, a casa precisa estar em terreno alto para não correr o risco de alagar em dias de chuva e vento.

 

Mesmo sendo de grande porte, uma roupa de malha ou soft vai fazer muito bem ao seu cão de guarda, desde que não fique molhada durante à noite - ou servirá apenas para facilitar doença respiratória em seu mascote.

 

Animais dentro de casa

Os cães de tamanho pequeno que ganharam direito a dividir a casa com seus tutores têm menos chance de sofrer com o frio se comparado aos que pernoitam fora de casa. No entanto, esteja atento ao local que você elegeu para ser a caminha do seu pet. Muitas vezes, o canto escolhido é a cozinha ou a área de serviço, e esses ambientes podem ser mais frios durante à noite. Por ser revestidos por azulejos, nem sempre oferecem o conforto térmico adequado.

 

As camas do tipo iglu se mostram mais eficazes quando o assunto é manter o calor em volta do mascote. Por mais cobertas que você ofereça ao bichinho, ele dificilmente vai conseguir enfiar-se debaixo delas: o melhor é que ele seja "revestido" por essa proteção. Por conta dessa necessidade, também vale uma roupa - mais larga do que justa - de malha ou soft.

 

E os gatos?

Gatos não são bobos. Sendo da rua ou de dentro de casa, os felinos costumam eleger um cantinho onde se sentem quentes e acolhidos. Se o seu gato gosta de ficar mais fora de casa, favoreça o acesso a um lugar bem protegido e quentinho, geralmente escolhido por ele - mas certifique-se de que o bichano não vai levar um tombo feio enquanto dorme nem ser surpreendido por chuva  ou vento. Nada deve interromper a segurança do local escolhido. Se for um gato que vive dentro de casa, não se preocupe tanto com o frio - ele sabe se proteger -, mas esteja atenta às rajadas de vento quando forem abertas portas e janelas.

 

A hora do perigo

Mesmo com todos esses cuidados, seu pet pode sofrer com o frio na hora do banho e depois. Deixar seu mascote molhado por muito tempo depois do banho afeta muito a saúde do bichinho, ainda mais no inverno. Além disso, quando se fala de animais peludos, você pode favorecer o surgimento de fungos nos pelos e na pele do mascote. Na estação gelada, redobre os cuidados na hora do banho. Não use água fria nem permita que seu mascote pegue vento ou frio após sair da água quente.

 

Outro erro dos tutores é passear com seus cães desprotegidos quando a temperatura está muito baixa. É realmente necessário sair em dias gelados e com vento? Em caso positivo, escolha uma roupinha que deixe seu cão bem protegido - não apenas as costas, mas também pescoço e pernas. Também considere reduzir o tempo de exposição e evite áreas abertas como praças e ruas em que o vento bate direto no focinho do seu mascote. Se o animal for mais velho, é melhor pensar na possibilidade de fazer as necessidades sobre um jornal no piso da cozinha ou eleger um gramado fora de casa, a curta distância, para atender a mesma finalidade.

 

Vacina para a gripe

A vacina para a gripe canina que está disponível no mercado pet não impede um cachorro de ficar doente quando exposto a baixas temperaturas. Contudo,  se o seu mascote vive com outros cães ou se costuma se socializar em parques, é interessante conversar com o veterinário sobre a proteção extra conferida com essa vacina. Bactérias patogênicas que porventura estejam no focinho de um cachorro podem ser passadas para o outro animal - esses micro-organismos indesejáveis costumam explicar o súbito aparecimento de espirros e tosse no seu mascote nos dias seguintes a esse contato. Uma vez contaminado, seu mascote pode transferir a doença para outros cães da casa.

 

Vacinas de inverno

Em razão da imunidade, que pode ficar comprometida em dias frios, é interessante conversar com o veterinário sobre o que pode ser reforçado em seu mascote nessa época do ano. Dependendo do estado nutricional e de seu histórico de saúde do animal, alguma dose pode ser reforçada.

 

Essa atenção vale - e muito! - para os gatos, em especial aqueles que costumam passear fora de casa. Felinos também podem adquirir doenças ao ter contato com animais que vivem exclusivamente nas ruas. Converse com um profissional sobre o programa de vacinação felina mais eficaz ao estilo de vida do seu mascote. Mantenha a vacinação em dia. Esta é uma ferramenta eficaz para fortalecer seu mascote e evitar doenças.

 

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/mundo-pet/noticia/2021/06/pets-sentem-frio-da-roupa-a-caminha-veja-os-cuidados-que-voce-precisa-ter-com-os-animais-no-inverno-ckqi1b7br001s0180mv350oua.html - Daisy Vivian - Photoboyko / stock.adobe.com

quinta-feira, 22 de julho de 2021

Vocação: Como ajudar os jovens a mirar em uma carreira de forma realista


Cabeça nas estrelas e pés no chão

 

Quando se trata das aspirações profissionais entre os adolescentes, é melhor nas estrelas, para que eles possam talvez pousar na Lua.

 

A verdade é que as estrelas podem ser inatingíveis, então o trabalho dos sonhos do jovem pode permanecer inalcançável, sendo razoável esperar que ele acabe no lugar melhor possível.

 

Este é o conselho do professor Kevin Hoff, da Universidade de Houston (EUA), cujo trabalho está revelando a existência de discrepâncias importantes entre os empregos dos sonhos dos jovens e a realidade profissional.

 

"Quase 50% dos adolescentes aspiravam a carreiras investigativas ou artísticas, que juntas representam apenas 8% do mercado de trabalho," conta ele, salientando que "empregos investigativos" são aqueles no campo das ciências e das pesquisas.

 

O levantamento de Hoff incluiu compilar os níveis de risco de automação, os requisitos educacionais e os interesses vocacionais, ou aspirações de carreira, dos jovens.

 

"Os resultados revelaram que a maioria dos adolescentes aspirava a carreiras com baixo potencial de automação. No entanto, apareceram grandes discrepâncias entre as aspirações dos adolescentes e o número de vagas disponíveis no mercado de trabalho," detalhou o pesquisador.

 

Vocações para meninas e meninos

 

Para as meninas, as aspirações mais populares eram se tornar médicas, veterinárias, professoras e enfermeiras. Ser médica era mais popular no início da adolescência (representando cerca de 12% de todas as aspirações femininas aos 13-15 anos), enquanto ser veterinária, professora ou enfermeira eram mais populares no final da adolescência (16-18 anos).

 

Para os meninos, ser um atleta foi esmagadoramente a aspiração mais popular durante o início da adolescência (respondendo por 22-32% das aspirações masculinas aos 13-15 anos), mas se tornou menos popular no final da adolescência (respondendo por 5-13% dos 16-18 anos).

 

"Tanto homens quanto mulheres mostraram um padrão semelhante de crescente variabilidade em suas aspirações de carreira com a idade, indicando objetivos de carreira mais diversos," disse Hoff.

 

Sonhos versus realidade

 

Na verdade, a realidade pode ter-se imposto. Por exemplo, a maioria dos meninos que queriam ser atletas profissionais aos 13 anos mudaram de ideia aos 18, quando seus talentos esportivos já eram claros, o que os fez aspirar a empregos mais acessíveis.

 

Assim, para Hoff, uma das maneiras mais importantes de ajudar os adolescentes a encontrar metas de carreira ambiciosas, mas realistas, é expondo-as a uma variedade de tipos de carreira que eles não veriam naturalmente em suas vidas diárias.

 

Segundo ele, não se deve desanimar os jovens quanto às suas pretensões, ou mesmo suas ambições, sendo necessário apenas ampliar as possibilidades para que eles tenham um bom plano de backup.

 

"É bom encorajar os estudantes a terem carreiras de prestígio, mas, à medida que envelhecem, os pais, professores ou conselheiros também devem ser verdadeiros com eles e ajudá-los a compreender quantas pessoas realmente trabalham no campo dos seus sonhos e qual a probabilidade de eles conseguirem um trabalho naquela área," disse Hoff.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Dream Jobs and Employment Realities: How Adolescents’ Career Aspirations Compare to Labor Demands and Automation Risks

Autores: Kevin Hoff, Drake Van Egdom, Christopher Napolitano, Alexis Hanna, James Rounds

Publicação: Journal of Career Assessment

DOI: 10.1177/10690727211026183

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=vocacao-emprego-voce-quer-versus-emprego-voce-consegue&id=14800%22 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: AkshayaPatra Foundation/Pixabay

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Caminhada de 10 minutos reduz morte prematura? Pesquisadores respondem


Estudo revela que andar poucos minutos por dia pode diminuir o risco de doenças do coração e câncer

 

Uma breve caminhada é o suficiente para reduzir a possibilidade de morte por doenças cardiovasculares, infarto ou desenvolvimento de câncer. Isso é o que diz um estudo feito por cientistas que analisou respostas de 90 mil indivíduos.

 

Publicado no British Journal of Sports Medicine, a pesquisa verificou dados de prática de exercícios físicos, coletados nos Estados Unidos, entre 1997 e 2008. Assim, compararam-se os números com a quantidade de mortes registradas durante o ano de 2011.

 

Quando participantes que não praticavam nenhum exercício físico foram comparados àqueles que caminhavam diariamente de 10 minutos a 60 minutos (uma hora), estes últimos apresentaram uma taxa 18% menor de risco de morte.

 

O número fica ainda mais alto para quem fez caminhadas quebradas de 10 minutos, mas que somam de 2h30 a até 5h de atividade física por semana: 31% menos risco de mortalidade. E mais: quem fez no mínimo 25 horas semanais de caminhadas teve esta probabilidade diminuída pela metade.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/noticias/34621-caminhada-de-10-minutos-reduz-morte-prematura-pesquisadores-respondem - Escrito por Redação Minha Vida

terça-feira, 20 de julho de 2021

Quantos anos um ser humano pode viver? Alguém que já nasceu vai bater o recorde


Homem e mulher mais velhos do mundo

 

O número de pessoas que vivem além dos 100 anos de idade está aumentando há décadas, chegando a quase meio milhão de pessoas em todo o mundo.

 

Há, no entanto, muito menos "supercentenários", pessoas que vivem até os 110 anos ou mais. A pessoa que já viveu por mais tempo, Jeanne Calment, da França, tinha 122 anos quando morreu, em 1997; atualmente, a pessoa mais velha do mundo é Kane Tanaka, do Japão, de 118 anos.

 

Essa longevidade extrema provavelmente continuará a aumentar lentamente até o final deste século, e as estimativas mostram que uma expectativa de vida de 125 anos, ou mesmo 130 anos, é possível.

 

"As pessoas são fascinadas pelos extremos da humanidade, seja ir à Lua, a velocidade com que alguém pode correr nas Olimpíadas ou até mesmo quanto tempo uma pessoa pode viver," comenta o professor Michael Pearce, da Universidade de Washington. "Com este trabalho, quantificamos a probabilidade de acreditarmos que algum indivíduo atingirá várias idades extremas neste século."

 

Recordes da vida humana

 

Enquanto alguns cientistas argumentam que doenças e a deterioração celular básica levam a um limite natural na expectativa de vida humana, outros afirmam que não há limite, como evidenciado por supercentenários que quebraram recordes.

 

Como ninguém sabe o que pesa mais, o normal tem sido os cientistas usarem modelagens estatísticas para calcular os extremos da vida humana.

 

Pearce e seu colega Adrian Raftery adotaram uma abordagem diferente: Eles se perguntaram qual poderia ser a maior expectativa de vida humana em qualquer lugar do mundo até o ano 2100.

 

Usando uma classe de ferramentas estatísticas conhecidas como Bayesianas, eles estimaram que o recorde mundial de 122 anos quase certamente será quebrado neste século, com uma grande probabilidade de pelo menos uma pessoa viver em alguma parte do mundo entre 125 e 132 anos.

 

Longevidade no século 21

 

Para calcular a probabilidade de alguém viver além dos 110 anos, Raftery e Pearce recorreram à atualização mais recente do Banco de Dados Internacional sobre Longevidade, criado pelo Instituto Max Planck de Pesquisa Demográfica (Alemanha). Esse banco de dados rastreia supercentenários de 10 países europeus, além do Canadá, Japão e Estados Unidos.

 

Entre seus resultados estão:

 

Com quase 100% de probabilidade, o recorde atual de idade máxima relatada - 122 anos e 164 dias de Calment - será quebrado.

A probabilidade continua alta de uma pessoa viver mais, até 124 anos (99% de probabilidade) e até 127 anos (68% de probabilidade).

Uma expectativa de vida ainda maior é possível, mas muito menos provável, com uma probabilidade de 13% de alguém viver até os 130 anos.

É "extremamente improvável" que alguém viva até 135 anos neste século.

Mesmo com o crescimento populacional e os avanços na área da saúde, ocorre um achatamento da taxa de mortalidade após uma determinada idade. Em outras palavras, alguém que vive até os 110 anos tem aproximadamente a mesma probabilidade de viver mais um ano que, digamos, alguém que vive até os 114.

 

"Não importa quantos anos eles têm, uma vez que chegam aos 110, eles ainda morrem à mesma taxa," explica Raftery. "Eles superaram todas as várias coisas que a vida lhes jogou, como doenças. Eles morrem por motivos que são um tanto independentes do que afeta os jovens. Este é um grupo muito seleto de pessoas muito robustas."

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Probabilistic forecasting of maximum human lifespan by 2100 using Bayesian population projections

Autores: Michael Pearce, Adrian E. Raftery

Publicação: Demographic Research

DOI: 10.4054/DemRes.2021.44.52

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quantos-anos-humano-viver&id=14819 - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Deep Longevity Limited

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Como recuperar a saúde dos fios após a queda de cabelo pós-covid


A queda de cabelo pós-covid é uma queixa frequente entre as pessoas que já foram infectadas pelo vírus. Apesar de parecer simples, quando comparado aos outros sintomas da doença, a queda de cabelo assusta e mexa com a autoestima de muitas pessoas. Confira, a seguir, a explicação da dermatologista Dra. Mairam Steffen (CRM 204453 / RQE 78839) sobre as causas da queda pós-covid.

 

O que causa a queda de cabelo pós-covid

Segundo a dermatologista Mairam, a queda de cabelo pós-covid pode ser causada “pelo próprio vírus, pelo estresse da pandemia ou por deficiências vitamínicas”. Essas causas são chamadas de eflúvio telógeno, uma condição caracterizada pelo aumento da queda capilar após algum pico de estresse, como, por exemplo, a perda de algum familiar, uso de medicamentos ou perda significativa de peso.

 

A dermatologista explicou que “a queda de cabelo pós-covid começa a acontecer de forma precoce. Enquanto o eflúvio telógeno normal acontece cerca de 3 a 4 meses após o gatilho, no caso do covid, a queda de cabelo pode ser percebida cerca de 30 a 40 dias após a infecção”. Por fim, Mairam destacou que a perda dos fios “tende a acometer homens e mulheres da mesma forma”, mas as mulheres acabam notando mais por conta da vaidade e cuidado com o cabelo.

 

Além disso, um artigo recente (1) apontou os picos de febre e o estresse com a covid como as principais causas para essa queda de cabelo, ou seja, esses são os fatores que desencadeiam o eflúvio telógeno temporário.

 

Como tratar a queda de cabelo pós-covid e ter fios saudáveis

 

A dermatologista contou que “é possível recuperar o cabelo usando produtos tópicos, mas muitas vezes é preciso aliar algum remédio oral no tratamento”. Isso porque pode ser que algum outro fator esteja contribuindo com a queda dos fios.

 

Além disso, “a conduta mais comum para o tratamento da queda de cabelo pós covid é identificar o gatilho, realizar exames complementares e aliar o uso de soluções tópicas com uma alimentação adequada ou até mesmo realizar a suplementação de vitaminas e minerais”(1).

 

Dessa forma, Mairam destacou a importância de procurar um médico dermatologista ao notar a queda de cabelo pós-covid. Com isso, é possível acelerar a melhora da perda dos fios, pois logo dará início ao tratamento adequado.

 

A queda de cabelo é um sinal de que algo não está funcionando bem no organismo e claro, mexe com a autoestima de muitas pessoas, afetando diretamente na qualidade de vida. Então, não deixe de buscar ajuda médica ao notar um aumento na queda dos fios. E para cuidar bem das madeixas, saiba mais sobre o crescimento capilar.

 

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

 

Fonte: https://www.dicasdemulher.com.br/queda-de-cabelo-pos-covid/ - Escrito por Gabriela Naomi - ISTOCK

domingo, 18 de julho de 2021

Quanto tempo dura a imunidade covid-19?


Muitas questões permanecem sobre a imunidade natural e induzida por vacina ao SARS-CoV-2. Chris Baraniuk analisa o que sabemos até agora

 

Quanto tempo dura a imunidade covid-19?

É difícil dizer com certeza. Quando o sistema imunológico do corpo responde a uma infecção, nem sempre está claro por quanto tempo a imunidade que se desenvolve irá persistir. Covid-19 é uma doença muito nova, e os cientistas ainda estão descobrindo precisamente como o corpo se defende do vírus.

 

Há razões para pensar que a imunidade poderia durar vários meses ou alguns anos, pelo menos, dado o que sabemos sobre outros vírus e o que vimos até agora em termos de anticorpos em pacientes com covid-19 e em pessoas que têm foi vacinado. Mas chegar a um valor aproximado, ainda que por si só coloque um número exato, é difícil, e os resultados dos estudos imunológicos de covid-19 variam. Uma razão para isso são os fatores de confusão que os cientistas ainda não entendem completamente - em alguns estudos, por exemplo, a longevidade dos anticorpos direcionados ao pico de SARS-CoV-2 é menor do que se poderia esperar. 1 Não temos dados claros para entender se este é um problema para covid-19.

 

A imunidade também é determinada por outros fatores além dos anticorpos, como a memória das células T e B, que alguns estudos estimam poder durar anos. 2 E a imunidade é induzida de forma diferente por infecção natural versus vacinação, então não se pode simplesmente combinar estudos para chegar a um número definitivo.

 

Por quanto tempo os anticorpos contra covid-19 permanecem no corpo?

Os dados indicam que os anticorpos neutralizantes duram vários meses em pacientes com covid-19, mas diminuem suavemente em número com o tempo. Um estudo, publicado na revista Immunity , com 5.882 pessoas que se recuperaram da infecção por covid-19, descobriu que os anticorpos ainda estavam presentes em seu sangue cinco a sete meses após a doença. 3 Isso era verdadeiro para casos leves e graves, embora as pessoas com doença grave acabassem com mais anticorpos em geral.

 

Todas as vacinas aprovadas até agora produzem fortes respostas de anticorpos. O grupo de estudo da vacina Moderna relatou em abril que os participantes de um ensaio clínico em andamento tinham altos níveis de anticorpos seis meses após a segunda dose. 4 Um estudo no Lancet descobriu que a vacina Oxford-AstraZeneca induziu altos níveis de anticorpos com “diminuição mínima” por três meses após uma única dose. 5

 

Prevê-se que o número de anticorpos neutralizantes diminua com o tempo, diz Timothée Bruel, pesquisador do Instituto Pasteur, dado o que sabemos sobre a resposta imunológica a outras infecções. Em abril, Bruel e seus colegas publicaram um artigo na Cell Reports Medicine que analisou os níveis de anticorpos e funções em pessoas que tiveram covid-19 sintomático ou assintomático. 6 Ambos os tipos de participantes possuíam anticorpos polifuncionais, que podem neutralizar o vírus ou ajudar a matar células infectadas, entre outras coisas.

 

Essa ampla resposta, diz Bruel, pode contribuir para uma proteção mais duradoura em geral, mesmo se as capacidades de neutralização diminuírem. Um estudo de modelagem publicado na Nature Medicine examinou a decadência de anticorpos neutralizantes para sete vacinas covid-19. Os autores argumentaram que “mesmo sem reforço imunológico, uma proporção significativa de indivíduos pode manter proteção de longo prazo contra infecções graves por uma cepa antigenicamente semelhante, mesmo que eles possam se tornar suscetíveis a infecções leves”.

 

Mais pesquisas são necessárias, no entanto, para determinar exatamente como o corpo luta contra a SARS-CoV-2 e por quanto tempo os anticorpos polifuncionais podem desempenhar um papel defensivo após a infecção ou vacinação.

 

E quanto às respostas das células T e B?

As células T e B têm um papel central no combate às infecções e, principalmente, no estabelecimento da imunidade de longo prazo. Algumas células T e B atuam como células de memória, persistindo por anos ou décadas, preparadas e prontas para reacender uma resposta imunológica mais ampla caso seu patógeno alvo chegue ao corpo novamente. São essas células que tornam possível a imunidade verdadeiramente de longo prazo.

 

Um estudo publicado em fevereiro na Science avaliou a proliferação de anticorpos, bem como de células T e B em 188 pessoas que tiveram covid-19. 7 Embora os títulos de anticorpos tenham caído, as células T e B de memória estavam presentes até oito meses após a infecção. Outro estudo em uma coorte de tamanho comparável relatou resultados semelhantes em um pré-impressão publicado no MedRxiv em 27 de abril. 8

 

Monica Gandhi, médica infecciosa e professora de medicina da Universidade da Califórnia em San Francisco, diz que temos evidências de que as células T e B podem conferir proteção vitalícia contra certas doenças semelhantes a covid-19. Um conhecido artigo da Nature de 2008 descobriu que 32 pessoas nascidas em 1915 ou antes ainda mantinham algum nível de imunidade contra a cepa da gripe de 1918, daqui a 90 anos. 9 “Isso é realmente profundo”, diz ela.

 

Um artigo publicado em julho de 2020 na Nature descobriu que 23 pacientes que haviam se recuperado de síndrome respiratória aguda grave ainda possuíam células T CD4 e CD8, 17 anos após a infecção com SARS-CoV-1 na epidemia de 2003. 10 Além do mais, algumas dessas células mostraram reatividade cruzada contra SARS-CoV-2, apesar dos participantes não relatarem história de covid-19.

 

Mas, novamente, esses são estudos iniciais e ainda não temos conclusões definitivas sobre o papel das células T e B na imunidade a covid-19. Há um enigma, por exemplo, em saber que as células T ajudam as células B a produzir rapidamente anticorpos de alta afinidade na reexposição. Quanto importa que os anticorpos séricos tenham uma vida curta e diminuam rapidamente, se as células que os produzem estão estabelecidas e prontas para funcionar?

 

Como a imunidade natural se compara à imunidade induzida pela vacina?

Vários estudos mostraram que uma resposta imune envolvendo células T e B de memória surge após a infecção por covid-19. 11 Mas o sistema imunológico das pessoas tende a responder de maneiras muito diferentes à infecção natural, 12 observa Eleanor Riley, professora de imunologia e doenças infecciosas da Universidade de Edimburgo. “A resposta imunológica após a vacinação é muito mais homogênea”, diz ela, acrescentando que a maioria das pessoas geralmente tem uma resposta muito boa após a vacinação. Os dados dos ensaios clínicos das principais vacinas candidatas encontraram reatividade das células T e B. 13

 

A vacinação faz diferença para aqueles que já tomaram covid-19?

Há algumas evidências de que a vacinação pode aumentar a imunidade em pessoas que foram previamente infectadas com SARS-CoV-2 e se recuperaram. Uma carta publicada no Lancet em março discutiu um experimento no qual 51 profissionais de saúde em Londres receberam uma dose única da vacina Pfizer. Metade dos profissionais de saúde já havia se recuperado do covid-19 e foram eles que experimentaram o maior aumento nos anticorpos - mais de 140 vezes dos níveis máximos pré-vacina - contra a proteína spike do vírus. 14

 

Existe alguma diferença na imunidade induzida pela vacina entre a primeira e a segunda doses?

É difícil ter uma noção de toda a resposta imunológica após uma dose da vacina versus duas, mas vários estudos investigaram os níveis de anticorpos em diferentes estágios de dosagem. Um estudo de pré-impressão de pesquisadores da University College London envolvendo mais de 50.000 participantes descobriu que 96,4% eram anticorpos positivos um mês após a primeira dose das vacinas Pfizer ou AstraZeneca, e 99,1% eram anticorpos positivos entre sete e 14 dias após a segunda dose. 15 Os níveis médios de anticorpos mudaram ligeiramente até duas semanas após a segunda dose, altura em que dispararam.

 

Outro estudo, também pré-impresso por pesquisadores do Reino Unido, avaliou a diferença nos níveis de pico de anticorpos entre 172 pessoas com mais de 80 anos que receberam a vacina Pfizer. 16 Aqueles que não tinham registro anterior de infecção por covid-19 tinham 3,5 vezes mais anticorpos em seu pico se recebessem a segunda dose 12 semanas depois, em vez de três semanas depois. No entanto, os níveis médios de células T foram 3,6 vezes mais baixos naqueles que tinham o intervalo de dosagem mais longo (os autores observam que as respostas de células T relativamente baixas em ambas as coortes do estudo podem ser devido à idade). Isso mostra novamente o quão cedo estamos em nossa compreensão do vírus e imunidade a ele.

 

Como a imunidade afeta a reinfecção?

Os casos detectados de reinfecção são raros. 17 Riley acha que, mesmo se as pessoas forem infectadas após a vacinação ou uma infecção natural inicial, provavelmente terão apenas uma doença leve, na pior das hipóteses. (Observe, no entanto, que isso não significa necessariamente que eles não possam transmitir o vírus, mesmo que tenham sintomas leves ou nenhum sintoma.)

 

Os reforços da vacina covid-19 serão necessários?

Albert Bourla, o presidente-executivo da Pfizer, disse que uma dose de reforço "provavelmente" será necessária 12 meses após a segunda dose. 18 Existem razões compreensíveis para isso. Riley aponta que pessoas mais velhas, por exemplo, podem ter respostas imunológicas mais fracas, então podem ser ameaçadas por um aumento na transmissão do vírus durante o inverno. Os reforços também podem ser necessários para aumentar a imunidade contra as variantes emergentes do SARS-CoV-2, acrescenta ela.

 

Gandhi argumenta que o SARS-CoV-2 é conhecido por sofrer mutações relativamente lentas, e os primeiros estudos descobriram que ainda há uma boa reatividade cruzada contra novas versões do vírus. 19 Ela acha improvável que a imunidade induzida pelas vacinas originais não seja suficiente para lidar com novas variantes.

 

Um artigo publicado na Science em março de 2021 revisou as evidências até agora e concluiu que as vacinas atualmente disponíveis oferecem proteção suficiente contra variantes existentes e previsíveis. 20 “Em última análise, a melhor defesa contra o surgimento de outras variantes preocupantes é uma campanha de vacinação rápida e global - em conjunto com outras medidas de saúde pública para bloquear a transmissão”, concluíram os autores. “Um vírus que não pode transmitir e infectar outras pessoas não tem chance de sofrer mutação”.

 

Gandhi concorda: “Combater esta pandemia quando sabemos que temos as ferramentas para fazê-lo em todo o mundo é nossa prioridade, em vez de pensar em reforços que podem não ser necessários para os países ricos.”

 

Fonte: https://www.bmj.com/content/373/bmj.n1605 - Chris Baraniuk , jornalista freelance