sábado, 3 de julho de 2010
Exercícios físicos e saúde
Exercícios físicos aumentam os níveis do “bom” colesterol
Exercícios aeróbicos, como caminhada, ciclismo e natação, podem impulsionar os níveis de HDL, “bom” colesterol, no organismo, segundo pesquisa publicada este mês no Archives of Internal Medicine. Porém, de acordo com os autores do estudo, exercícios breves não são suficientes, sendo necessárias sessões com mais de meia hora de duração, e, pelo menos, duas horas por semana. O estudo da Universidade de Tóquio, no Japão, consistiu numa revisão de 25 estudos sobre exercícios aeróbicos e HDL, que incluíam um total de 1,4 mil adultos. E eles observaram que as duas horas por semana foram responsáveis por um modesto aumento do bom colesterol. Porém, esse pequeno aumento é relacionado à redução de 5% no risco de doenças cardíacas em homens e redução 7% nas mulheres.
Exercícios físicos ajudam a prevenir o câncer de mama
Exercícios extenuantes, como natação, aeróbica e corrida, parecem cortar o risco de câncer de mama em mulheres, segundo pesquisadores anunciaram esta semana nos Estados Unidos. Segundo o estudo da University of Southern California, isso acontece porque os exercícios provocam mudanças no metabolismo e no sistema imunológico, além de reduzir o ganho de peso, diminuindo o risco de desenvolver a doença. A pesquisa envolveu mais de 110 mil mulheres na Califórnia entre 1995 e 2002. E, aquelas que faziam mais de cinco horas de exercícios “puxados” por semana, tinham 20% menos risco de ter câncer de mama invasivo e 31% menos de desenvolver a doença em estágio inicial do que as que exercitavam menos de 30 minutos semanais.
Estudo brasileiro mostra impacto de atividades físicas no cérebro
Um estudo inédito no Brasil mostra a importância da atividade física para melhorar a qualidade de vida de vítimas de lesões cerebrais ou de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. A pesquisa, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, utilizou ressonância magnética para medir a atividade cerebral de 36 pessoas – 20 sedentários, oito judocas e oito corredores de longa distância. Os resultados confirmam a hipótese de que a atividade física aumenta a capacidade de certos neurônios assumirem a função de estruturas danificadas. Os judocas apresentaram um aumento na massa cinzenta de sete mil voxels (unidade de medida utilizada), principalmente na área motora e de concentração e memória. E os corredores, de cinco mil voxels, com perda na área da memória, mas ganhos significativos na parte motora.
Exercícios físicos moderados ajudam as mulheres na menopausa
Fazer ioga, caminhada, ou outro exercício moderado pode fazer com que a passagem pela menopausa seja mais tranqüila para as mulheres, segundo sugere um estudo publicado na edição de abril de 2007 do Annals of Behavioral Medicine. A pesquisa analisou 164 mulheres sedentárias que sofriam com ondas de calor, suor noturno e outros sintomas da menopausa. E os pesquisadores observaram que, após quatro meses, aquelas que começaram a fazer aulas de ioga ou caminhada apresentaram melhora geral na qualidade de vida, incluindo saúde física, bem estar emocional e vida sexual. Os especialistas alertam que mais estudos devem ser feitos para descobrir se os exercícios podem diminuir os sintomas específicos da menopausa.
Exercícios físicos podem ajudar a prevenir ansiedade e depressão
Uma corrida regular no parque pode não só prevenir problemas de coração, como também melhorar a saúde mental do praticante, segundo um novo estudo da Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha. Os pesquisadores acompanharam, por dez anos, 1158 homens britânicos de meia idade. E observaram que aqueles que faziam exercícios vigorosos, como corrida e futebol, regularmente tinham menos chance (aproximadamente um quarto) de desenvolver depressão e problemas de ansiedade nos cinco anos posteriores. Segundo os pesquisadores, além do impacto na auto-estima e na saúde física, os exercícios podem afetar substâncias químicas do cérebro relacionadas à depressão.
Tomar leite após os exercícios físicos ajuda a ganhar massa muscular
Leite desnatado após os exercícios pode construir duas vezes mais massa muscular do que bebidas à base de soja, segundo um novo estudo canadense. A pesquisa analisou o consumo de leite desnatado em pó e produtos à base de soja após a musculação em oito pessoas que perdem peso facilmente. E os pesquisadores relataram na revista American Journal of Clinical Nutrition que aqueles que beberam leite apresentaram maiores níveis de aminoácidos nos músculos por três horas após os exercícios. Segundo eles, isso ocorre porque as proteínas de digestão mais lenta, como a do leite, levam a um crescimento mais gradual e a longo prazo de aminoácidos no sangue, evitando a “quebra” dos músculos. Os especialistas afirmam ainda que, após dez semanas, os ganhos de massa muscular são duas vezes maiores em quem toma leite.
Exercícios físicos e acupuntura ajudam a reduzir dores na gravidez
As mulheres que sofrem com dores pélvicas e nas costas durante a gravidez têm uma variedade de terapias para escolher, segundo mostra uma revisão feita por pesquisadores canadenses. Os especialistas investigaram oito estudos envolvendo mais de 1300 mulheres no total, que comparavam a adição diferentes intervenções no cuidado pré-natal. E eles observaram que exercícios na água diminuíram a intensidade das dores nas costas. Além disso, exercícios específicos e acupuntura mostraram ser as melhores formas de reduzir a dor pélvica. Quando a dor era nos dois lugares, a terapia com agulhas se mostrou mais eficaz do que a terapia física. Apesar dos resultados, os especialistas alertam que mais estudos devem ser feitos para confirmação.
Caminhada curta ajuda a parar de fumar
Exercícios curtos, como uma caminhada de cinco minutos, podem ajudar os fumantes a resistir à tentação de acender um cigarro, segundo especialistas da Universidade de Exeter, na Grã-Bretanha. Os pesquisadores fizeram revisão de 12 estudos e publicaram os resultados na revista Addiction. Todos os trabalhos revisados indicaram que exercícios, além de aumentar a resistência ao desejo de fumar, podem ajudar no controle dos sintomas de abstinência, como o estresse, a ansiedade e a dificuldade de concentração. Os pesquisadores estão investigando agora imagens do cérebro para saber como os exercícios afetam o órgão, reduzindo o apetite pelo cigarro.
Fonte: Revista Boa Saúde - por Leandro Perché
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