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domingo, 2 de abril de 2023

Covid-19 causa aumento de síndrome respiratória grave em 7 estados


A nova edição do boletim semanal Infogripe, divulgado nesta segunda-feira (27) pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), revela um avanço do número de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) no país. Análises laboratoriais mostram a Covid-19 como a principal causa do crescimento das ocorrências entre adultos e idosos em sete estados: Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

 

O levantamento da Fiocruz traz uma análise das últimas três semanas (curto prazo) e das últimas seis semanas (longo prazo). Os pesquisadores observaram um cenário de estabilidade em curto prazo na maior parte do país. No entanto, na tendência de longo prazo, 18 unidades federativas apresentaram sinal de crescimento de casos: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

 

A SRAG é uma complicação respiratória que demanda hospitalização e está associada muitas vezes ao agravamento de alguma infecção viral. O paciente pode apresentar desconforto respiratório e queda no nível de saturação de oxigênio, entre outros sintomas.

 

Levando em conta os dados nacionais, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos de SRAG com diagnóstico positivo para infecção viral foi de 3% para influenza A; 3,3% para influenza B; 32,1% para VSR (vírus sincicial respiratório); e 48,6% para o coronavírus causador da Covid-19. Considerando apenas as ocorrências que resultaram em morte, 83,3% estiveram relacionadas com a Covid-19.

 

Os registros associados ao coronavírus envolvem principalmente adultos e idosos. Mas o boletim também chama atenção para o crescimento no mês passado de casos de SRAG em crianças e adolescentes em decorrência de infecção por outros vírus. Embora alguns estados já registrem estabilização ou queda entre os adolescentes, ainda há uma cenário de aumento de ocorrências entre crianças pequenas sobretudo nas regiões Sudeste e Sul do país.

 

Na Bahia, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, observa-se uma alta nos casos positivos para rinovírus na faixa etária até 11 anos. Também é possível constatar em alguns estados o aumento de ocorrências que envolvem crianças pequenas associadas ao VSR.

 

Os pesquisadores lembram que os pais devem levar os filhos aos postos de saúde durante a campanha de imunização contra a Covid-19 iniciada no dia 27 de fevereiro e também para receberem a vacina contra o vírus da gripe (influenza A e B), o que contribui para a prevenção de quadros graves de dificuldade respiratória.

 

Ao todo, já foram registrados no país 27.528 casos de SRAG em 2023, dos quais pelo menos 9.676 (35,1%) estão ligados a alguma infecção viral. Outros 3.180 (11,6%) ainda estão sendo analisados.

 

O boletim Infogripe leva em conta as notificações registradas no Sivep-gripe, sistema de informação mantido pelo Ministério de Saúde e alimentado por estados e municípios. A nova edição, disponibilizada na íntegra no portal da Fiocruz, se baseia em dados inseridos até o dia 13 de março.

 

Informação está no boletim Infogripe, divulgado pela Fiocruz

SAÚDE | Da Agência Brasil

 

Fonte: https://noticias.r7.com/saude/covid-19-causa-aumento-de-sindrome-respiratoria-grave-em-7-estados-27032023


Cure-me, Senhor, e serei curado; salve-me e serei salvo, pois você é aquele que eu louvo. (Jeremias 17:14)


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Vacinados com três doses têm mais proteção contra variante ômicron


A quarta dose também está dando resultados promissores contra as novas variantes.

 

Pessoas que tomaram três doses da vacina contra covid-19 possuem mais anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus do que aquelas que não completaram o esquema vacinal ou mesmo que tiveram a doença.

 

Mais importante, esta maior resistência ocorreu também contra a variante ômicron do vírus.

 

Mais de 80% dos voluntários do estudo que foram infectados não tinham tomado a terceira dose.

 

"Ainda que alguns dos testados previamente infectados pudessem apresentar uma maior quantidade de anticorpos que reconheciam o vírus, os vacinados com três doses possuíam uma melhor qualidade de anticorpos, ou seja, que não apenas reconheciam como efetivamente neutralizavam o SARS-CoV-2," contou o professor Jaime Amorim, professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB).

 

As amostras foram coletadas na cidade de Barreiras, no oeste da Bahia, durante um surto da ômicron ocorrido entre janeiro e março de 2022. Os vírus presentes nas amostras foram isolados e sequenciados, confirmando que eram da cepa ômicron. Os pesquisadores então separaram amostras do soro do sangue dos pacientes para testar a ação dos anticorpos sobre essa variante e sobre a cepa original de Wuhan, que deu origem à pandemia.

 

"Os anticorpos presentes nas amostras dos vacinados com três doses se mostraram capazes de neutralizar não apenas a cepa original de Wuhan, como também a variante ômicron. Isso não ocorreu com os não vacinados ou que tomaram uma ou duas doses," comentou o pesquisador Robert Santos, membro da equipe.

 

Importância das doses de reforço

 

Entre os vacinados que se infectaram durante o estudo, apenas 16 haviam tomado a terceira dose. Os 189 que testaram negativo contaram com uma proporção menor de não vacinados (23) do que de vacinados (166), sendo 51 com as três doses.

 

Mas isto não pode ser extrapolado para o comportamento da população porque estudo ocorreu em um momento em que poucas pessoas haviam tomado a terceira dose dos imunizantes desenvolvidos contra a covid-19. Os vacinados haviam sido imunizados, em sua maioria, com as vacinas CoronaVac ou AstraZeneca nas duas primeiras doses e o reforço com o imunizante da Pfizer.

 

"Como esperado, vimos que a vacina não impede necessariamente a infecção. O que trazemos de novo é que os vacinados com três doses possuem anticorpos que neutralizam mesmo a ômicron, que surgiu quando as vacinas usadas atualmente já existiam," explicou o professor Luís Carlos Ferreira, da Universidade de São Paulo, também membro da equipe.

 

Resultados preliminares de uma nova análise ainda em andamento, realizada pela equipe no mesmo município, mostram que a administração da quarta dose também está surtindo efeito, com uma ocorrência ainda menor de quadros da doença.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: The third vaccine dose significantly reduces susceptibility to the B.1.1.529 (Omicron) SARS-CoV-2 variant

Autores: Jéssica P. Farias, Josilene R. Pinheiro, Robert Andreata-Santos, Mayanna M. C. Fogaça, Ruth D. da Silva Brito, Edgar F. da Cruz, Maria F. de Castro-Amarante, Samuel S. Pereira, Shirley dos Santos Almeida, Ludimila M. Moreira, Rafael da Conceição Simões, Wilson B. Luiz, Alexander Birbrair, Aline Belmok, Bergmann M. Ribeiro, Juliana T. Maricato, Carla T. Braconi, Luís C. de Souza Ferreira, Luiz M. R. Janini, Jaime Henrique Amorim

Publicação: Journal of Medical Virology

Vol.: 95, Issue 2 e28481

DOI: 10.1002/jmv.28481

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=vacinados-tres-doses-tem-mais-protecao-contra-variante-omicron&id=15760&nl=nlds - Com informações da Agência Fapesp- Imagem: Jéssica Pires Farias/UFOB


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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Remédios para COVID-19: para uso em casa ou no hospital


Os remédios aprovados pela Anvisa e o Ministério da Saúde contra a COVID-19, como Paxlovid, Evusheld e Remdesivir, impedem a replicação do vírus e/ou sua entrada nas células, evitando a infecção ou o desenvolvimento de casos graves de COVID-19. No entanto, só devem ser utilizados no hospital após indicação do médico, já que seu uso varia de acordo com o estado geral de saúde e a gravidade da doença.

 

Existem ainda outros medicamentos, como os analgésicos e os antipiréticos, que não combatem o vírus, mas que podem ser usados em casa, estando aprovados para aliviar os sintomas da COVID-19 como febre, cansaço ou dor de garganta.

 

Os casos mais leves de COVID-19 podem ser tratados em casa com repouso, hidratação e uso de remédios para febre e analgésicos. Já os casos mais graves, com sintomas mais intensos e complicações como pneumonia, precisam ser tratados no hospital, podendo ser necessário o uso dos remédios aprovados pela Anvisa para eliminar o vírus. Veja mais detalhes sobre o tratamento para a COVID-19.

 

Remédios para uso em casa

Os remédios que podem ser usados em casa são aqueles que permitem aliviar os sintomas, como:

Antipiréticos (paracetamol): para diminuir a temperatura e combater a febre;

Analgésicos (paracetamol, ibuprofeno): para aliviar as dores musculares por todo o corpo;

Antibióticos: para tratar possíveis infecções bacterianas que possam surgir junto com a COVID-19.

Embora estejam aprovados, qualquer um destes remédios só deve ser usado sob orientação de um médico.

 

O que é o "Kit COVID"?

Os medicamentos incluídos no "kit COVID" apresentam pouca ou nenhum eficácia contra o novo coronavírus, de forma que não é reconhecido e recomendado pelo Associação Médica Brasileira para o combate à COVID-19.

O "Kit COVID" corresponde a um conjunto de remédios que foram indicados por alguns profissionais da saúde com o objetivo de tratar pacientes infectados pelo SARS-CoV-2.

 

Remédios para uso no hospital

Os remédios que se encontram aprovados para o tratamento do coronavírus, pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde do Brasil são [1]:

 

1. Tocilizumabe

O tocilizumabe é um anticorpo monoclonal indicado para uso em hospitais, pois ajuda a reduzir a gravidade e a duração da infecção pela COVID-19, devido sua ação imunossupressora sobre o sistema imunológico, inibindo a proteína interleucina IL-6, que é produzida pelo corpo quando existe uma inflamação aguda, sendo encontrada no corpo em níveis elevados quando a pessoa tem infecção grave pelo coronavírus.

Desta forma, o tocilizumabe ajuda a diminuir a resposta inflamatória no corpo causada pelo SARS-CoV-2, sendo indicado para adultos hospitalizados com infecção grave, e que estejam em tratamento com remédios corticoides e que estão fazendo oxigenoterapia, ventilação mecânica ou oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO).

O tocilizumabe foi aprovado pela Anvisa em 14 de setembro de 2022.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns são sensação de nariz escorrendo ou entupido, dor nos seios da face, dor de garganta, dor de cabeça, tontura, dor na região da barriga, aftas, gastrite ou aumento da pressão arterial.

 

2. Remdesivir

O Remdesivir é um medicamento antiviral de uso hospitalar capaz de impedir a replicação do vírus e, assim, evitar o desenvolvimento da doença. O uso do Remdesivir é indicado para adultos, crianças que pesem pelo menos 40 Kg, ou bebês com mais de 28 dias e peso maior que 3 Kg, positivas para SARS-CoV-2 que apresentam pneumonia e que estão fazendo ou não oxigenoterapia, desde que não estejam sob ventilação mecânica, e que apresentam risco aumentado de COVID-19 grave.

O Remdesivir foi registrado pela Anvisa em 12 de março de 2021, e seu uso ampliado e aprovado para uso em bebês e crianças a partir de 28 dias de vida e peso igual ou maior que 3 Kg, em 21 de novembro de 2022.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais mais comuns são aumento ou diminuição da pressão arterial, alteração dos batimentos cardíacos, febre, chiado no peito, dificuldade para respirar, náuseas, vômitos, feridas na pele e calafrios, além de alterações no fígado e nos rins. Por isso, é fundamental que o Remdesivir seja aplicado no hospital para que a pessoa seja monitorada e, assim, seja possível prevenir e controlar os efeitos colaterais.

 

3. Paxlovid

O Paxlovid é um medicamento composto por comprimidos de ritonavir e nirmatrelvir, embalados juntos, que inibem a replicação do SARS-CoV-2, combatendo a infecção. O Paxlovid pode ser encontrado em hospitais ou vendido em farmácias, sendo recomendado que seu uso seja iniciado até 5 dias após o início dos sintomas. É indicado para adultos infectados que não estão precisando receber oxigênio, mas que possuem um risco elevado de desenvolver infecção grave.

O uso emergencial do Paxlovid foi aprovado pela Anvisa em 30 de março de 2022, e em 21 de novembro de 2022, foi aprovada sua venda em farmácias mediante apresentação de receita médica.

Efeitos colaterais: pode provocar diarreia, dor muscular, aumento da pressão arterial e alterações no paladar. Além disso, o Paxlovid pode interagir com outros medicamentos, incluindo anticonvulsivantes, anticoagulantes e sedativos.

 

4. Evusheld (tixagevimabe e cilgavimabe)

O Evusheld é um medicamento composto por dois anticorpos monoclonais, tixagevimabe + cilgavimabe, que atuam na proteína da superfície do SARS-CoV-2 que facilita a sua entrada nas células. Com o uso desse medicamento, é possível dificultar a entrada dos vírus nas células diminuindo o risco de desenvolver COVID-19.

Esse medicamento é de uso hospitalar, na forma de injeção e é recomendado para prevenir a COVID-19 em pessoas a partir dos 12 anos com mais de 40 Kg que não podem receber a vacina contra COVID-19, possuem comprometimento imunológico moderado ou grave, que estejam fazendo uso de medicamentos imunossupressores e/ ou que não tenham tido contato recente com pessoas positivas para SARS-CoV-2.

Apesar de ser indicado na prevenção, o uso do Evusheld não substitui a vacinação nas pessoas que não possuem contra-indicações.

O uso emergencial do Evusheld foi aprovado pela Anvisa em 24 de fevereiro de 2022.

Efeitos colaterais: os principais efeitos colaterais estão relacionados com a aplicação da injeção, podendo ser notada dor, hematoma, inchaço e coceira no local da injeção. Em alguns casos, pode também haver reação alérgica grave, com febre, calafrios, alteração dos batimentos cardíacos, aumento ou diminuição da pressão ou inchaço dos lábios. Dessa forma, é importante que o uso do Evulsheld seja feito no hospital para monitorar a ocorrência de efeitos adversos.

 

5. Baricitinib

O Baricitinib é um remédio que reduz a resposta do sistema imune, diminuindo a inflamação provocada pela COVID-19. Está aprovado para uso em adultos internados que estão precisando receber oxigênio por máscara, cateter nasal ou por alto fluxo.

De forma geral, o uso desse medicamento está indicado após piora clínica ou quando não existe melhora após o início do tratamento com corticóides, que podem ser associados ao Remdesivir.

O uso do Baricitinib para COVID-19 foi aprovado pela Anvisa em 17 de setembro de 2021.

Efeitos colaterais: o Baricitinib pode levar a alterações do fígado, aumento do risco de infecções urinárias, embolia pulmonar, trombose venosa profunda e alterações em células sanguíneas, podendo haver diminuição da quantidade de neutrófilos e aumento da quantidade de plaquetas. Dessa forma, é indicado que o Baricitinib seja administrado apenas em meio hospitalar.

 

6. Sotrovimabe

O Sotrovimabe é outro anticorpo monoclonal que imita a ação do sistema imune, bloqueando a ligação do vírus às células humanas. Está indicado para pessoas com 12 anos ou mais e que pesem pelo menos 40 Kg, que apresentem uma infecção leve a moderada, que não estão em uso de oxigenoterapia e que apresentam risco aumentado de complicações.

Esse medicamento é administrado por via endovenosa em dose única, sendo recomendado entre o 8º e 10º dia de doença.

O uso emergencial do Sotrovimabe foi aprovado pela Anvisa em 08 de setembro de 2021.

Efeitos colaterais: alguns dos efeitos colaterais relacionados com o Sotrovimabe são febre, dificuldade para respirar, calafrios, alteração dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, coceira, dor muscular e tontura, além de reação de hipersensibilidade grave. Por isso, é recomendado que o uso desse medicamento seja feito apenas no hospital sob orientação do médico.

 

7. Molnupiravir

O Molnupiravir é um medicamento antiviral que atua impedindo a replicação do vírus e, assim, o desenvolvimento da infecção. Este medicamento é indicado para pacientes positivos para COVID-19, que não necessitam de tratamento com oxigênio e possuem risco aumentado de complicações. Seu uso está indicado em até 5 dias após o início dos sintomas.

O Molnupiravir foi aprovado pela Anvisa para uso emergencial em 04 de maio de 2022.

Efeitos colaterais: os efeitos colaterais do Molnupiravir estão relacionados com o uso de doses excessivas, podendo interferir no desenvolvimento e crescimento do feto, caso seja utilizado por mulheres grávidas, além de poder causar diarreia e tonturas.

 

Atualizado por Flávia Costa - Farmacêutica, em novembro de 2022. Revisão clínica por Manuel Reis - Enfermeiro, em novembro de 2022.

Bibliografia

ANVISA. Anvisa autoriza Remdesivir para uso pediátrico no tratamento da Covid-19. 21 nov 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/anvisa-autoriza-remdesivir-para-uso-pediatrico-no-tratamento-da-covid-19>. Acesso em 23 nov 2022

ANVISA. Anvisa aprova uso emergencial do medicamento Paxlovid para Covid-19. 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/anvisa-aprova-uso-emergencial-do-medicamento-paxlovid-para-covid-19>. Acesso em 23 nov 2022

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/remedios-para-coronavirus/ - Revisão clínica: Manuel Reis Enfermeiro


Adora o SENHOR, teu Deus, e a sua bênção estará sobre a tua comida e água. Tirarei as doenças de entre vós. (Êxodo 23:25)


domingo, 4 de dezembro de 2022

Molnupiravir: medicamento para a Covid-19 chega às farmácias


Medicamento foi aprovado pela Anvisa para uso emergencial em maio e chega agora ao mercado brasileiro. Entenda a ação do molnupiravir

 

O molnupiravir é um medicamento antiviral que mostrou efeitos positivos no combate à Covid-19. De uso oral, o remédio é indicado para pacientes adultos com quadros leves a moderados de infecção. Ele reduz as chances do vírus Sars-CoV-2 se multiplicar e reproduzir no corpo, diminuindo os casos de hospitalização e mortes.

 

O medicamento teve uso emergencial aprovado pela Anvisa em maio de 2022 e, desde a última segunda-feira (24), está disponível no mercado nacional. Este é o primeiro antiviral oral contra a Covid-19 disponível para venda no país.

 

O medicamento

O molnupiravir é indicado principalmente para adultos que correm o risco de desenvolver quadros graves da doença, como imunodeprimidos, pessoas com câncer ativo, e outras comorbidades. No entanto, não é uma alternativa para os casos que requerem oxigênio suplementar.

 

Um estudo realizado pela Merck – empresa farmacêutica responsável pelo desenvolvimento do remédio – indicou que o medicamento reduz, aproximadamente, 50% o risco de hospitalização e morte por Covid-19.

 

Para a análise, voluntários com comorbidades dividiram-se em dois grupos diferentes. O primeiro, que tomou apenas um placebo, apresentou 14,1% de hospitalização. Já entre os indivíduos que, de fato, receberam o antiviral, apenas 7,3% precisaram de tratamento hospitalar.

 

“Eles utilizaram 775 pacientes obesos, hipertensos e cardiopatas, ou seja, pessoas com comorbidades. E ele [molnupiravir] reduziu pela metade a necessidade de hospitalização no grupo em que havia o uso do antiviral, comparando com o placebo”, afirma o Dr. Antônio Gamme, infectologista e chefe da UTI do Hospital São Luiz, Rede D’or. A eficácia foi tão significativa que, por motivos éticos, o estudo precisou ser paralisado, pois não seria justo seguir a aplicação de placebo nos voluntários.

 

O molnupiravir é contraindicado para crianças, gestantes, lactantes e em mulheres que podem engravidar e que não estão usando contraceptivos eficazes. Isso porque estudos de laboratório em animais mostraram que altas doses de do medicamento podem afetar o crescimento e o desenvolvimento do feto.

 

A venda é realizada apenas mediante prescrição médica. Além disso, é preciso tomar a pílula dentro de cinco dias após os primeiros sintomas da Covid-19, que incluem tosse, febre, dor de garganta e coriza.

 

Molnupiravir não reduz a importância da vacinação

O molnupiravir está em uso em 30 países e já fez parte de mais de 10 milhões de tratamentos em todo o mundo, mas isso não exclui a importância da vacinação contra o Covid-19. Afinal, o medicamento é eficaz apenas para indivíduos já infectados pelo Sars-Cov-2.

 

“Ele [molnupiravir] vai, na verdade, complementar o serviço prestado pelas vacinas. As vacinas reduzem bastante a disseminação da pandemia. Mas, as pessoas que se infectam, eventualmente, podem não se proteger totalmente, embora haja a diminuição de casos mais graves. O molnupiravir tende a resolver isso. Um tratamento que pode ser feito em casa, sem nenhum problema”, finaliza o Dr. Gamme.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/molnupiravir-medicamento-para-a-covid-19-chega-as-farmacias.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


Senhor meu Deus, eu te chamei por ajuda, e você me curou. (Salmos 30: 2)


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Covid-19: tudo o que você precisa saber sobre a nova onda


Nova onda de Covid-19 está associada com o surgimento de subvariantes da ômicron. SP emitiu um alerta para alta do número de internações

 

A alta nos casos de Covid-19 tem causado preocupação no Brasil e no mundo. São Paulo registrou a primeira morte por conta da variante BQ.1.1 da ômicron. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde da cidade, a vítima é uma mulher, de 72 anos, que morreu no dia 17 de outubro. E, nesta quinta-feira (10), o estado paulista emitiu alerta para alta de internações em UTI Covid. O número de internações aumentou 56% nas duas últimas semanas.

 

Nova onda

Uma nova onda já estava sendo prevista com o aumento na taxa de positividade de testes realizados em laboratórios particulares. Entre 8 e 29 de outubro, o Brasil saltou de 3% para 17% de novos diagnósticos confirmados para o vírus em relação ao total, segundo levantamento do Instituto Todos pela Saúde.

 

De acordo com o Coronavírus Brasil, o país registrou 4.042 novos casos e 47 óbitos nas últimas 24 horas. Com a atualização, 34.855.492 pessoas já se contaminaram no Brasil, e outras 688.395 perderam suas vidas para o coronavírus.

 

Com a identificação da subvariante B.Q.1, os cientistas estão buscando identificar possíveis impactos da linhagem para as vacinas em uso e para os testes de diagnóstico, além das características clínicas como transmissibilidade e gravidade da doença. Pelo menos cinco estados já registram casos da subvariante no país: São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Amazonas.

 

Segundo o Dr. Bernardo Almeida, mestre em doenças infecciosas pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) e Diretor Médico da Hilab, a tendência de elevação ou queda de casos é o resultado de uma equação complexa. Tudo depende da cobertura vacinal, da queda da proteção e do surgimento de novas variantes capazes de escapar da proteção imunológica. “Há outros fatores que influenciam, como a intensidade de circulação prévia do vírus, padrão de interação social da população e de viagens, entre outros”, afirma.

 

Ainda é possível prevenir a Covid-19

Conforme o infectologista, a imunização das vacinas é a principal medida preventiva. “Para quem quiser minimizar ainda mais a possibilidade de infecção, pode ser incluído o uso de máscaras de qualidade, especialmente em ambientes fechados, pouco ventilados e com aglomeração. Além disso, reduzir o número de interações”, acrescenta o médico.

 

“É fundamental que pessoas sintomáticas usem máscaras e realizem testes para afastar a possibilidade de Covid-19. Idealmente, testem para o influenza, que está também circulando mais intensamente”, destaca.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/covid-19-tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-nova-onda.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


Senhor, tem misericórdia de nós; temos saudades de ti. Seja a nossa força todas as manhãs, a nossa salvação na hora da angústia. (Isaías 33: 2)


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Atividade física reduz em 43% o risco de morte por covid-19, diz análise científica


Pesquisadores compilaram cerca de 15 estudos sobre o tema. Veja o que é necessário para manter-se ativo

 

Talvez você ainda não saiba, mas existe uma importante relação entre atividade física e Covid-19. Não é novidade para ninguém que o coronavírus mudou totalmente o modo de viver do planeta. Afinal, trata-se de um vírus novo, altamente infeccioso e com capacidade para matar. Sendo assim, a doença logo se tornou um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade.

 

Além disso, apesar de não viver mais os seus piores dias – muito em função da vacinação – vale destacar que a pandemia ainda não acabou. Sendo assim, encontrar maneiras de amenizar os efeitos negativos da Covid-19 segue sendo uma prioridade para a comunidade científica. E uma das formas encontradas para reduzir os impactos é, justamente, a atividade física regular.

 

Atividade física e Covid-19: o que os estudos mostram

Segundo uma análise científica publicada pelo British Journal of Sports Medicine, que compilou, aproximadamente, 15 estudos sobre a relação entre atividade física e Covid-19, a prática regular de exercícios tende a amenizar os efeitos da doença.

 

Os autores revelam que a atividade física regular é capaz de reduzir ligeiramente o risco de infecção. Mas, a principal descoberta foi que a taxa de hospitalização caiu 36%, enquanto a de morte diminuiu 43%. Ou seja, se você faz exercícios rotineiramente, suas chances de desenvolver um quadro grave de Covid-19 são, consideravelmente, menores.

 

O que é uma atividade regular

Os autores da pesquisa, com base nos estudos que analisaram a relação entre atividade física e Covid-19, também encontraram o quanto de exercício é necessário para manter-se saudável. Segundo eles, o recomendado é de, pelo menos, 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.

 

Ressalvas importantes

Apesar da notícia ser ótima, os pesquisadores admitem que a análise não é um veredito definitivo. Afinal, a metodologia dos estudos selecionados varia bastante e a maioria deles foi realizada com informações fornecidas pelos próprios voluntários. Além disso, também pode existir um risco de tendência, que leve a publicar somente os estudos com conclusões sobre um suposto efeito positivo da atividade física.

 

Além disso, ainda não se sabe ao certo por qual motivo a atividade física regular é capaz de proteger o organismo da Covid-19. A ideia, no entanto, é que o exercício aumente a capacidade imunológica do organismo e combata fatores de risco da doença como, por exemplo, o sobrepeso e a obesidade.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/atividade-fisica-e-covid-19-risco-de-morte-tende-a-diminuir/ - By Redação - Foto: Shutterstock


Venham a mim, todos vocês que estão cansados ​​e oprimidos, e eu os aliviarei. Peguem meu jugo e aprendam comigo, pois sou gentil e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas. o jugo é fácil e meu fardo é leve. (Mateus 11: 28-30)


domingo, 31 de julho de 2022

Qual a relação entre higiene bucal e Covid-19? Estudos mostram


Sem dúvida para a prevenção da COVID-19, as melhores opções são as vacinas e a manutenção dos cuidados individuais (lavar as mãos com água e sabão, usar máscaras, álcool gel e distanciamento social).

 

Porém, além de prevenir a doença, existe uma busca constante de alternativas que possam contribuir para minimizar a ocorrência das formas graves e/ou auxiliar na recuperação dos doentes.

 

A saúde oral pode ter impacto direto sobre a infecção causada pelo Coronavírus (SARS-CoV-2). A inter-relação da cavidade oral com o sistema respiratório é enorme, e a boca tem sido apontada como uma das vias de entrada mais importantes para esse agente patógeno causador da COVID-19.

 

A MULTIPLICAÇÃO DO CORONAVÍRUS NAS GLÂNDULAS SALIVARES É UMA REALIDADE COMPROVADA CIENTIFICAMENTE

 

As glândulas salivares funcionam como verdadeiros reservatórios para os vírus, assim, a saliva é um ponto focal muito importante.

 

As gengivites e periodontite figuram entre as doenças orais mais prevalentes da atualidade, atingindo uma grande parte da população mundial. A periodontite ou doença periodontal, é uma infecção bacteriana caracterizada pela inflamação dos tecidos que envolvem os dentes, incluindo o osso de suporte. Em estado avançado, essa doença causa sangramentos gengivais, halitose, mobilidade dental, dores e, se não tratada a tempo, leva a perda dos dentes. Isso sem falar nos reflexos indesejados no organismo como um todo.

 

PROBLEMAS GENGIVAIS = MAIS CHANCES DE DOENÇA GRAVE

 

UM MAIOR ÍNDICE DE MORTALIDADE POR COVID-19 TEM SIDO OBSERVADO EM PACIENTES COM PROBLEMAS GENGIVAIS

 

Um maior índice de mortalidade por COVID-19 tem sido observado em pacientes com problemas gengivais, podendo-se concluir que existe um risco aumentado de morte pela infecção causada pelo Coronavírus em pacientes com doença periodontal.

 

Vários estudos demonstram que a liberação aumentada de citocinas pró-inflamatórias provocada pela doença periodontal, pode ter relação com a Síndrome de Angústia Respiratória do Adulto, que, junto a outras desordens respiratórias severas, é a principal causa de morte entre pacientes com COVID-19. Além disso, as bactérias provenientes do periodonto doente aumentam a expressão de ACE2 (enzima conversora da angiotensina 2), que é uma proteína que atua como um receptor do SARS-CoV-2, facilitando a sua entrada no organismo.

 

Pesquisas ainda sugerem que as bolsas periodontais (localizadas entre os dentes e a gengiva) provocadas pelas bactérias causadoras da periodontite também são um ponto focal de infecção pelo Coronavírus.

 

ANXAGUANTES BUCAIS COMO PREVENÇÃO

 

Alguns estudos têm demonstrado que a utilização  de enxaguatórios que contenham Citrox®, ciclodextrina, clorexidina e ácido hialurônico, podem ter efeitos coadjuvantes positivos, pois, além de sua atividade antimicrobiana específica contra bactérias e vírus, também são capazes de reduzir as inflamações gengivais e a concentração dessas citocinas provenientes das gengivites e periodontites.

 

ESTUDOS MOSTRAM QUE USAR ENXAGUANTES BUCAIS DIMINUI AS CHANCES DE PEGAR COVID-19

 

Assim, a manutenção de uma boa saúde oral através de uma higiene oral adequada, somadas ao uso coadjuvante de alguns tipos de enxaguatórios, podem auxiliar no controle das doenças gengivais e, consequentemente, terem um impacto positivo nos casos de COVID-19.

 

O ácido hialurônico, por exemplo, é uma molécula encontrada naturalmente no organismo que atua em diferentes processos, incluindo a regeneração tecidual, cicatrização e regulação das respostas imunológicas e inflamatórios. Pesquisadores da universidade Lyon, na França, produziram um estudo, que foi publicado na revista médica Clinical Microbiology and Infection, para verificar se o uso de um enxaguatório oral seria eficaz na redução da carga viral do Coronavírus na saliva. No estudo, os pesquisadores concentraram-se principalmente em produtos que continham ação antiviral conhecidas, como por exemplo, o Citrox®  e a ciclodextrina. O Citrox® é composto por bioflavonóides e é um agente antimicrobiano com potente eficácia bactericida, antifúngica e antiviral. A ciclodextrina possui ação antiviral específica, já que é capaz de desestruturar as proteínas que revestem a parede celular dos vírus. Para validar a hipótese levantada, os pesquisadores incluíram no estudo participantes que testaram positivo para SARS-CoV-2 nos oito dias que antecederam o início da pesquisa. Esses indivíduos formam divididos em dois grupos e realizaram bochechos três vezes ao dia, durante uma semana.

 

Apenas um dos grupos utilizou o enxaguatório contendo Citrox® e ciclodextrina, enquanto o chamado grupo controle realizou bochechos com substância placebo. Ao longo desse período, amostras de saliva foram colhidas para comparação da carga viral entre o grupo que utilizou o enxaguatório antiviral e o grupo que utilizou o placebo. Os pesquisadores descobriram que um único bochecho com o enxaguatório foi capaz de reduzir a carga viral na saliva em 71% após 4 horas da utilização. Os bochechos subsequentes foram capazes de manter a baixa carga viral alcançada com o primeiro uso.

 

A descoberta foi realmente promissora, pois, esse estudo demonstrou “in vivo” o efeito do enxaguatório oral com esses componentes na redução do risco de transmissão pela saliva de agentes patogênicos, especificamente do vírus causador da Covid-19.

 

Nesse contexto, a utilização de um enxaguatório, por exemplo, como o PerioPlus+ Regenerate, pode ter uma ação coadjuvante importante, pois, além de ciclodextrina e Citrox®, ainda traz na composição a clorexidina a 0,09% (que é considerado um agente antimicrobiano padrão-ouro na Odontologia), e o ácido hialurônico (que acelera a regeneração dos tecidos orais).

 

A falta de cuidados com a higiene oral leva ao surgimento de doenças periodontais que, por sua vez, podem favorecer o surgimento e agravamento de condições sistêmicas que também figuram como fator de risco para casos graves de COVID-19. Como explicamos anteriormente, a presença de gengivas inflamadas, problemas periodontais e infecções orais promovem a liberação de citocinas na corrente sanguínea que causam um processo inflamatório até mesmo em órgãos distantes, agravando e/ou até promovendo o desenvolvimento de condições de risco para os pacientes (diabetes, doenças cardiovasculares, aterosclerose, doenças cerebrovasculares, AVC e até doença de Alzheimer).

 

Por esses motivos, a realização de cuidados diários com a saúde oral e uma boa higienização oral têm se mostrado cada vez mais importantes em meio a pandemia do Coronavírus. Quem já sofre com a doença periodontal, deve buscar auxílio de um cirurgião-dentista o quanto antes, pois, além de impedir a evolução da periodontite e a consequente perda dental, pode reduzir também o risco de infecção pela COVID-19 e, em caso de contágio, promover a diminuição da sua gravidade. Assim, para o tratamento da periodontite, além dos cuidados realizados em consultório, com a raspagem e remoção de cálculos dentais, deve-se incluir principalmente opções não medicamentosas, como higiene oral diária com escovas dentais de boa qualidade, uso de escovas interdentais e a utilização coadjuvante de enxaguatórios orais com eficácia antimicrobiana.

 

RESPONDIDO POR:

*HUGO ROBERTO LEWGOY: Especialista, Mestre e Doutor pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Professor Colaborador do Instituto de Pesquisas Nucleares (IPEN); Pós-graduado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); Instrutor da filosofia individually Training Oral Prophylaxis (iTOP); Pós-graduado em Implantodontia pela Miami University e University of Berna; Membro do International Team of Implantology (ITI); Consultor Científico da Curaden Swiss.

 

Fonte: https://emagrecimento.wiy.com.br/qual-a-relacao-entre-higiene-bucal-e-covid-19-estudos-mostram/ - Por Jean Sobrinho


Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

1 Coríntios 15:58


sábado, 28 de maio de 2022

Aspirina pode reduzir risco de morte por COVID, sugere estudo


Eficácia do medicamento para sintomas leves e moderados ainda não é conhecida

 

A aspirina pode reduzir o risco de morte por COVID-19 em até 13,6% quando usada nos primeiros dias de hospitalização pela doença. É o que indica um estudo feito por pesquisadores da Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, e recém-publicado na revista científica Jama Network Open.

 

Para a pesquisa, foram observados dados de 112.269 adultos hospitalizados com COVID-19 entre janeiro de 2020 e setembro de 2021 em 64 sistemas de saúde dos Estados Unidos. Os pacientes que foram medicados com aspirina a partir do primeiro dia de internação tiveram uma taxa de mortalidade menor, além de menor incidência de casos de embolia pulmonar.

 

Os pacientes acompanhados pelo estudo tinham, em média, 63 anos e receberam um tratamento de cinco dias com o medicamento. Entre os que fizeram o uso da aspirina, 10,2% morreram pela doença, enquanto a taxa entre aqueles que não receberam o remédio foi de 11,8%.

 

A conclusão dos pesquisadores foi que o tratamento promoveu uma redução relativa de 13,6% no risco de morte pela COVID-19 em hospitais. Segundo os pesquisadores, subgrupos como idosos com mais de 60 anos e pessoas com comorbidades podem se beneficiar do medicamento.

 

De acordo com Jonathan Chow, professor do departamento de Anestesiologia e Medicina Intensiva da Universidade George Washington e principal autor do estudo, o medicamento pode ser uma alternativa barata e já disponível para reduzir a taxa de morte em pacientes internados, principalmente em partes do mundo onde os tratamentos mais caros não são tão acessíveis.

 

Apesar dos resultados, o estudo ressalta que a eficácia da aspirina em pacientes com caso leve e moderado de COVID-19 ainda não é conhecida. É importante enfatizar, também, que tomar o remédio sem orientação médica não é recomendado. Ao sentir sintomas da doença ou testar positivo para o vírus, consulte o seu médico para receber a melhor orientação.

 

O que é e para que serve a aspirina?

A aspirina é um medicamento indicado para adultos e crianças (acima de 12 anos) para o alívio sintomático de dores de intensidade leve a moderada, como dor de cabeça, de dente, de garganta, cólica menstrual, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas e dor da artrite. Ela também é recomendada para o alívio da dor e da febre decorrentes dos resfriados ou gripes.

 

O princípio ativo da aspirina é o ácido acetilsalicílico, que pertence ao grupo de anti-inflamatórios não-esteroides, com propriedades anti-inflamatória, analgésica e antitérmica. Isso acontece porque o componente inibe a formação de substâncias mensageiras da dor, aliviando o sintoma.

 

Para quem a Aspirina não é indicada

A aspirina é contraindicada para pessoas que possuem alergia ao ácido acetilsalicílico (se não tiver certeza, consulte seu médico de confiança), que têm histórico de asma induzida pelo uso de anti-inflamatórios não-esteroidais, que possuam úlceras no estômago ou intestino, que sofram de insuficiência renal, hepática ou cardíaca grave e para gestantes no último trimestre de gravidez. Grávidas em outros períodos da gestação devem fazer uso do medicamento somente sob prescrição médica.

 

O seu uso deve ser feito com cautela nos casos de alergia a outros analgésicos, em pacientes que tenham tido úlceras gástricas, pessoas que estejam passando por tratamento concomitante com medicamentos anticoagulantes, pacientes com asma preexistente, com predisposição à gota, que passaram por procedimentos cirúrgicos e pessoas com deficiência de G6PD.

 

Para mais informações sobre o uso de aspirina, consulte a bula.

 

Automedicação não é recomendada

Apesar de a aspirina ser um MIP (medicamento isento de prescrição), a automedicação não é indicada para a COVID-19. Ainda é preciso realizar estudos mais aprofundados para entender se o remédio é eficaz para pacientes com sintomas moderados da doença.

 

Além disso, tomar medicamentos sem prescrição e acompanhamento médico pode trazer riscos à saúde. No caso da aspirina, entre os malefícios que o medicamento pode causar estão:

 

Distúrbios, dores e inflamações no trato gastrointestinal

Aumento do risco de sangramento

Reações alérgicas

Tonturas

 

Comprometimento dos rins e insuficiência renal aguda.

Já a superdosagem de aspirina, ou seja, o uso em uma quantidade maior do que a indicada, pode causar intoxicação crônica e aguda. Os sintomas incluem tontura, vertigem, zumbidos, surdez, sudorese, náuseas e vômitos, dor de cabeça e confusão, podendo ser controlados pela redução da dose.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-21981 - Escrito por Gabriela Maraccini - Analista Editorial - Foto:Reprodução/GettyImagesFoto:Reprodução/GettyImages


Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.

Provérbios 22:6


sexta-feira, 27 de maio de 2022

“As mortes que estamos contando devido à infecção viral imediata são apenas a ponta do iceberg”: estudo


Pacientes covid-19 de longa duração enfrentam muitos riscos à saúde — incluindo uma maior risco de morte — até 6 meses depois de contraírem o vírus, de acordo com um enorme estudo publicado na revista Nature.

 

Um segundo estudo, divulgado pelo CDC (algo como a Anvisa dos EUA) na sexta-feira, também descobriu sintomas persistentes meses depois entre pacientes COVID-19 que originalmente apresentavam sintomas leves.

 

Para o estudo Nature, os pesquisadores examinaram mais de 87 mil pacientes COVID-19 e quase 5 milhões de pacientes de controle em um banco de dados federal dos EUA. Eles descobriram que os pacientes COVID-19 tinham um risco 59% maior de morte até 6 meses após a infecção, em comparação com pessoas não infectadas.

 

Essas descobertas se traduzem em cerca de oito mortes a mais por mil pacientes durante 6 meses, porque muitas mortes causadas por complicações de COVID de longo prazo não são registradas como mortes de COVID-19, disseram os pesquisadores. Entre os pacientes internados que morreram depois de mais de 30 dias, houve 29 mortes a mais por cada mil pacientes ao longo de 6 meses.

 

“Quanto ao número total de mortes por pandemia, esses números sugerem que as mortes que estamos contando devido à infecção viral imediata são apenas a ponta do iceberg”, disse Ziyad Al-Aly, MD, autor sênior do estudo e diretor do Centro de Epidemiologia Clínica do Veterans Affairs St. Louis Health Care System, em um comunicado a imprensa da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, EUA.

 

Os pacientes apresentaram alta taxa de AVC e outras doenças do sistema nervoso; problemas de saúde mental, como a depressão; surgimento de diabetes; doenças cardíacas e outros problemas coronários; diarreia e distúrbios digestivos; doença renal; coágulos sanguíneos; dor nas articulações; queda de cabelo; e fadiga geral.

  

Os pacientes frequentemente tinham conjuntos dessas doenças. E quanto mais grave for o caso do COVID-19, maior a chance de problemas de saúde a longo prazo, disse o estudo.

 

Os pesquisadores basearam seu estudo em bancos de dados de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos EUA. Além dos 87 mil pacientes de Covid, o banco de dados incluiu cerca de 5 milhões de pacientes que não pegaram COVID. Os veteranos do estudo eram aproximadamente 88% homens, mas a amostra também incluía 8.880 mulheres com casos confirmados, segundo o comunicado de imprensa.

 

Al-Aly, professor assistente da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, disse que o estudo mostra que o COVID-19 de longa duração pode ser “a próxima grande crise de saúde da América”.

 

“Nosso estudo demonstra que até 6 meses depois do diagnóstico, o risco de morte após mesmo um caso leve de COVID-19 não é trivial e aumenta com a gravidade da doença”, disse. “…Os efeitos persistentes desta doença reverberarão por muitos anos e até décadas.”

 

Enquanto isso, o CDC divulgou na sexta-feira um novo estudo de pessoas que tiveram casos mais leves de COVID-19. Descobriu-se que quase dois terços deles retornaram ao médico dentro de 6 meses de suas infecções iniciais com novos sintomas.

 

O estudo valida os relatos de muitos que sofrem de COVID-19 de longa duração que dizem que ainda estão doentes meses depois, embora suas infecções iniciais tenham sido leves.

 

Mais de 3.100 casos foram revisados para o estudo. Nenhum dos pacientes tinha sido hospitalizado por suas infecções iniciais. O estudo constatou que cerca de 70%, ou 2.100 pessoas, com infecções leves tratadas pelo sistema de saúde retornaram ao médico 1 a 6 meses após esse diagnóstico inicial, e quase 40% precisavam consultar um especialista.

 

Em comparação com as pessoas que não voltaram ao médico depois de se recuperarem de suas infecções iniciais, as pessoas com Covid de longa duração eram mais propensas a serem afrodescendentes, mulheres e pessoas com mais de 50 anos. Cerca de 10% deles receberam um segundo diagnóstico de infecção ativa de COVID.

 

“Os profissionais de saúde usaram o diagnóstico de infecção ativa para indicar que os efeitos do COVID-19 estavam afetando o atendimento médico no momento da visita”, disse o autor do estudo, Dr. Alfonso Hernandez-Romieu. “Portanto, não se pode determinar se os pacientes podem estar experimentando sintomas de reinfecção com SARS-CoV-2 ou sintomas Covid-19 contínuos”, disse Hernandez-Romieu, que faz parte da equipe clínica do CDC que estuda as complicações a longo prazo do COVID-19.

 

Pneumologistas, cardiologistas, neurologistas e profissionais de saúde mental foram algumas das especialidades mais consultadas.

 

Os autores do estudo dizem que os médicos devem estar cientes de que os pacientes que chegam a eles podem ter novos sintomas relacionados a um diagnóstico anterior do COVID. [WebMD]

 

Fonte: https://hypescience.com/covid-19-pode-matar-meses-apos-infeccao/ - Por Marcelo Ribeiro


Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

João 16:33