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sábado, 29 de novembro de 2025

Alimentos contra o AVC: veja o que comer para prevenir a doença


O cuidado com a alimentação ajuda a controlar os fatores que aumentam os riscos de derrame cerebral

 

O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma das principais causas de morte, sendo responsável por 11% dos óbitos no mundo, conforme o estudo "Global Burden of Diseases (GBD)", liderado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation (IHME). A condição ocorre quando há interrupção ou diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro, comprometendo o fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais.

 

Segundo a nutricionista Juliana Vieira, estima-se que aproximadamente 80% dos derrames estão ligados a fatores que podem ser evitados. "A dieta é um dos mais importantes. Ela ajuda a controlar a pressão alta, o colesterol, o açúcar no sangue e a inflamação, que são as maiores causas de AVC", explica.

 

1. Vegetais e frutas todos os dias

Esses alimentos melhoram a circulação sanguínea e ajudam a baixar a pressão arterial. Por isso, priorize vegetais verde-escuros, como espinafre e brócolis, além de frutas ricas em potássio, como banana, laranja e abacate.

 

2. Gorduras boas (anti-inflamatórias)

As gorduras saudáveis ajudam a reduzir o colesterol ruim (LDL). Por isso, adicione na alimentação: azeite de oliva extravirgem, abacate, nozes, amêndoas e castanhas, e sementes de chia e de linhaça.

 

3. Peixes ricos em ômega 3

Os peixes ricos em ômega 3 reduzem a inflamação e protegem os vasos sanguíneos. Deve-se consumi-lo de 2 a 3 vezes na semana. Por isso, adicione ao cardápio salmão, sardinha e atum.

 

4. Grãos integrais

Os grãos integrais controlam o açúcar e reduzem a gordura no sangue. Vale a pena apostar em aveia, pão integral, arroz integral e quinoa.

 

5. Leguminosas

As leguminosas são ricas em fibras, ótimas para o coração. Por isso, adicione ao cardápio feijão, lentilha e grão-de-bico.

 

Hábitos saudáveis para evitar o AVC

Segundo Juliana Vieira, além do cuidado com a alimentação, a atenção a outros hábitos de vida é essencial para ajudar a reduzir o risco de AVC. São eles:

 

Manter pressão arterial abaixo de 120/80;

Praticar atividade física (30 minutos por dia);

Dormir bem;

Não fumar;

Controlar o colesterol e a glicemia.

 

Alimentos e bebidas que devem ser evitados

Juliana Vieira explica que, quanto mais industrializado, salgado ou frito for o alimento, maior é o risco de provocar um derrame. Segundo ela, o consumo de bebidas alcoólicas eleva a pressão arterial e aumenta o risco de AVC hemorrágico. O excesso de açúcar está associado à resistência à insulina e ao maior risco cardiovascular. A nutricionista recomenda: 

 

Consumir no máximo 5 g de sal por dia; 

Evitar o consumo de bebida alcoólica em excesso;

Evitar o consumo de açúcar em excesso;

Evitar o consumo de refrigerante;

Evitar o consumo de suco de caixinha;

Evitar o consumo de bolos e doces diariamente;

Evitar o consumo de chocolates ao leite em grande quantidade;

Evitar o consumo de bebidas energéticas.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/alimentos-contra-o-avc-veja-o-que-comer-para-prevenir-a-doenca,55f6992e5c23d39bdf1556142f319d38sa3jr36k.html?utm_source=clipboard - Por Thiago Freitas - Foto: Pixel-Shot | Shutterstock / Portal EdiCase

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Tenha estes hábitos e reduza drasticamente os riscos de ter um AVC


Os fatores de risco envolvem desde histórico familiar até escolhas relacionadas ao estilo de vida. Por isso, compreender quais ações ajudam a prevenir essa emergência médica é fundamental para qualquer pessoa interessada em manter uma rotina saudável.

 

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde cardiovascular ganhou destaque no cotidiano. Em especial, diante da crescente incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil e no mundo. Muitos especialistas ressaltam que cuidados simples podem reduzir de forma significativa a probabilidade de sofrer um AVC. Pequenas mudanças na rotina, aliadas à informação de qualidade, fazem diferença na proteção do cérebro contra danos irreversíveis decorrentes desse evento.

 

O AVC acontece quando há interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, podendo ser isquêmico ou hemorrágico. Os fatores de risco envolvem desde histórico familiar até escolhas relacionadas ao estilo de vida. Por isso, compreender quais ações ajudam a prevenir essa emergência médica é fundamental para qualquer pessoa interessada em manter uma rotina saudável.

 

Quais hábitos diários podem diminuir o risco de AVC?

Adotar hábitos saudáveis pode ser a principal arma contra o Acidente Vascular Cerebral. Entre os cuidados mais recomendados está a prática regular de atividade física. Assim, exercícios aeróbicos, caminhadas, natação e ciclismo contribuem para a boa circulação sanguínea, o controle do peso e a redução do estresse, todos fatores essenciais para afastar o AVC.

 

A alimentação equilibrada também se destaca como elemento-chave na prevenção. Por isso, optar por uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e fontes magras de proteína ajuda a controlar pressão arterial, colesterol e glicose. Além disso, reduzir o consumo de sal, carnes processadas, alimentos ultraprocessados e gorduras saturadas colabora para manter o sistema cardiovascular funcionando corretamente.

 

Por que controlar a pressão arterial é fundamental?

A hipertensão é considerada um dos fatores de risco mais significativos para o Acidente Vascular Cerebral. Por isso, manter a pressão arterial dentro dos valores recomendados pelos órgãos de saúde reduz de maneira expressiva as chances de um evento isquêmico ou hemorrágico. Esse controle pode ser alcançado com o acompanhamento médico regular, uso correto de medicamentos - quando prescritos - e o ajuste no estilo de vida, sobretudo no que se refere ao consumo de sódio.

 

Além das consultas periódicas, algumas atitudes cotidianas colaboram para o controle da pressão. Entre elas estão:

 

Evitar excesso de sal na comida;

Praticar atividades físicas regularmente;

Evitar consumo exagerado de bebidas alcoólicas;

Manter o peso corporal adequado;

Controlar o estresse através de técnicas de respiração, relaxamento e lazer.

 

Como a prevenção do AVC está ligada à saúde mental e ao abandono de vícios?

Fatores emocionais e o abuso de substâncias também impactam a saúde cerebral. O tabagismo, por exemplo, danifica as paredes dos vasos sanguíneos, facilitando o desenvolvimento de placas de gordura que podem causar bloqueios. Já o consumo excessivo de álcool eleva a pressão arterial e compromete o ritmo cardíaco, aumentando o risco de AVC.

 

Cuidar da saúde mental é igualmente relevante. O estresse crônico, a depressão e a ansiedade podem desencadear hábitos prejudiciais, como má alimentação e sedentarismo. Além disso, níveis elevados e constantes de estresse favorecem a produção de hormônios que interferem negativamente na pressão e na glicose. Buscar orientação de profissionais especializados e reservar tempo para o lazer é uma estratégia eficiente nessa prevenção.

 

Quais exames e acompanhamentos médicos ajudam a evitar o AVC?

O acompanhamento regular com profissionais de saúde é indispensável na prevenção de doenças cardiovasculares. Alguns exames são especialmente recomendados para quem deseja monitorar fatores de risco, como:

 

Medição da pressão arterial - preferencialmente a cada consulta médica;

Exames de colesterol e triglicérides - ajudam a identificar alterações que exigem ajustes na dieta ou uso de medicamentos;

Avaliação da glicemia - monitoramento importante para pessoas com ou sem diagnóstico prévio de diabetes;

Eletrocardiograma - análise da atividade elétrica do coração, podendo revelar doenças silenciosas;

Ultrassonografia das carótidas - identifica placas que podem dificultar o fluxo sanguíneo cerebral.

A associação entre visitas regulares ao médico, acompanhamento dos índices laboratoriais e a execução de exames preventivos constitui uma estratégia robusta contra o AVC. O diagnóstico precoce de alterações permite intervenções rápidas que podem salvar vidas e evitar sequelas.

 

Criar uma rotina de autocuidado, baseada em práticas comprovadas, reduz o risco do Acidente Vascular Cerebral e contribui para uma vida mais longeva e com qualidade. Cada passo em direção a hábitos mais saudáveis fortalece a proteção contra essa condição, que ainda representa uma das principais causas de óbito entre adultos.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/tenha-estes-habitos-e-reduza-drasticamente-os-riscos-de-ter-um-avc,45456946c2f3ae15b280476a2a495e93xrg9duse.html?utm_source=clipboard - depositphotos.com / pressmaster - Por: Valdomiro Neto - com uso de Inteligência Artificial / Giro 10

domingo, 15 de junho de 2025

5 hábitos para manter a saúde do cérebro e prevenir o AVC


Veja como alguns cuidados são fundamentais para reduzir as chances de um acidente vascular cerebral

 

O alto número de pessoas acometidas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma dura realidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, essa é a segunda maior causa de mortes no Brasil e a principal responsável por incapacidades no mundo.

 

O AVC pode acontecer por obstrução do fluxo sanguíneo no cérebro (AVC isquêmico) ou por rompimento de vasos cerebrais (AVC hemorrágico), levando a sintomas que variam de perda de fala e visão a confusão mental, paralisia e coma.

 

Embora a enfermidade seja comumente associada à idade avançada ou a fatores genéticos, a maioria dos casos pode ser evitada com mudanças simples de hábitos, que envolvem tanto o cuidado com a saúde física quanto o equilíbrio emocional e cognitivo.

 

"É crucial que as pessoas saibam cuidar da saúde cerebral, afinal, essa tarefa exige atenção ao estresse, às emoções e à forma como lidamos com as pressões do dia a dia", comenta a neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera, da plataforma de neurorreabilitação NeuronUP.

 

Abaixo, a profissional lista hábitos que podem contribuir para fortalecer a saúde do cérebro e prevenir o AVC. Confira!

 

1. Estimule a mente cognitivamente

Dedique de 20 a 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, a jogos e exercícios cognitivos que desafiem a memória, atenção e tomada de decisões. "Atividades como leitura, quebra-cabeças e uso de plataformas como a NeuronUP ajudam a manter as redes neurais ativas e fortalecem a reserva cognitiva — é a capacidade do cérebro de tolerar lesões estruturais", comenta Martha Valeria Medina Rivera.

 

2. Pratique atividades físicas com regularidade

É essencial incluir na rotina algum tipo de atividade física, como caminhadas, dança ou natação, pois elas favorecem a oxigenação do cérebro, estimulam a plasticidade neuronal e diminuem o risco de deterioração cognitiva.

 

3. Alivie o estresse

O estresse pode ter grande impacto na saúde do cérebro. "Técnicas como meditação, respiração profunda e mindfulness — também conhecida como atenção plena, que envolve estar completamente presente no agora, visando melhorar o bem-estar mental e emocional —, têm efeito direto na redução dos níveis de cortisol e adrenalina, hormônios ligados ao estresse crônico, que podem causar danos vasculares e favorecer o surgimento de um AVC", destaca a especialista.

 

4. Tenha um sono de qualidade

Dormir bem é fundamental para a regeneração cerebral. "É importante que o paciente evite telas antes de dormir. Seguir horários regulares e ter um ambiente propício ao sono contribuem para a atividade do sistema glinfático, responsável pela limpeza de toxinas no cérebro", explica.

 

5. Adote uma alimentação neuroprotetora

Martha Valeria Medina Rivera enfatiza que uma dieta rica em vegetais, azeite, peixe e nozes está associada à redução da inflamação e ativa mecanismos que protegem o cérebro. Esse tipo de alimentação pode proteger tanto a saúde geral quanto a do sistema nervoso.

 

Atenção aos sintomas do AVC

A neuropsicóloga reforça a importância de ficar atento aos possíveis sintomas de um AVC. "Confusão mental, alterações na fala, desorientação, mudanças bruscas de humor ou perda de memória podem ser sintomas de um AVC em curso. Nestes casos, busque atendimento médico imediatamente", alerta.

 

Além disso, o cuidado com algumas doenças também é fundamental. "É importante também que o paciente procure um neurologista caso tenha histórico familiar da doença ou fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto ou apneia do sono", finaliza Martha Valeria Medina Rivera.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-habitos-para-manter-a-saude-do-cerebro-e-prevenir-o-avc,2f7d742b964fd9e6f218d6c06dbadfcc4404mc29.html?utm_source=clipboard - Por Patrícia Buzaid - Foto: Krakenimages.com | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

O melhor exercício para reduzir o risco de AVC em pessoas com mais de 60 anos


O envelhecimento saudável é o melhor escudo contra todos os tipos de doenças, incluindo o acidente vascular cerebral

 

O envelhecimento é imparável, mas isso não significa que não possamos regular, até certo ponto, a sua velocidade. Uma pessoa com maus hábitos fará com que o relógio do envelhecimento corra mais rápido, o que significa que pode desenvolver doenças associadas, como um ataque cerebral, comumente conhecido como acidente vascular cerebral (AVC). 

 

Mas afinal, será que nosso nível de força pode determinar a probabilidade de sofrer um derrame?

 

Força e nível de braçada

Um acidente vascular cerebral ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido. Este evento pode causar danos graves ao cérebro, incapacidade permanente e até a morte, pois as células cerebrais não recebem o oxigênio necessário.

 

Existem fatores que se destacam dos demais quando se trata de aumentar drasticamente as chances de AVC: tabagismo, consumo de álcool, má alimentação e falta de atividade física.

 

Em contrapartida, um estudo recente publicado no Journal of Sport and Health Science aponta a força muscular como um dos melhores preditores de acidente vascular cerebral.

 

O grupo de investigadores que realizou o estudo descobriu nos seus resultados exploratórios que níveis mais elevados de força poderiam potencialmente oferecer alguma proteção contra o risco de acidente vascular cerebral para pessoas com idades entre 65 e 80 anos, embora sejam necessários mais estudos.

 

Não é o fato de ter mais ou menos força que aumenta ou diminui o risco de acidente vascular cerebral, mas sim o treino que nos leva a ter essa força elevada. O treino com cargas estimula os músculos para que sejam liberadas uma série de substâncias que atuam como protetoras da saúde em todos os níveis.

 

Em pessoas com mais de 60 anos, o treinamento de força torna-se ainda mais importante porque o envelhecimento e as doenças são acelerados. Como se fosse um escudo, o treinamento de força impede o envelhecimento acelerado e as alterações que levam ao AVC.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-25432 - Escrito por Elissandra Silva - Freepik/GettyImages

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Inovações para evitar e combater o AVC


Táticas preventivas, tratamentos modernos e novas formas de levar informação podem mudar o cenário do AVC, a segunda causa de morte no Brasil

É assustador: um em cada quatro adultos no mundo vai sofrer o acidente vascular cerebral (AVC). O rompimento ou o entupimento de um vaso sanguíneo na cabeça respondem por 10% das mortes no planeta.

“No Brasil, notamos uma tendência de aumento no número de casos, mas a mortalidade deve diminuir nos próximos anos”, analisa o neurologista Cesar Minelli, de Matão (SP), que apresentou dados inéditos sobre o tema durante o Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares, realizado no final do ano passado em Goiânia.

Infelizmente, o número de  ocorrências só cresce. Só na cidade de Matão, em média, 127 casos de AVC ocorrem a cada 100 mil habitantes por ano. E 26% dos pacientes da cidade paulista não resistem e morrem anualmente após o derrame.

Apesar de ser um perigo em ascensão, tem muita notícia boa sobre o tema. Conheça novos tratamentos, formas de prevenção e maneiras de levar informação que podem mudar o cenário brasileiro:

Programa de saúde pública bem-sucedido
Lançada em 1994, a Estratégia Saúde da Família (ESF), do governo federal, abrange enfermeiros, médicos e dentistas, que fazem o acompanhamento da população de um determinado bairro ou região. Os profissionais são responsáveis pela atenção básica das pessoas, o que inclui vacinação, campanhas de prevenção, consultas simples e exames de rotina.
Mais que resolver queixas pontuais, um programa desses traz resultados de longo prazo. “Descobrimos recentemente que nas regiões em que a ESF está implementada há menos internações por AVC”, revela Minelli.

Trombectomia, um tratamento aprovado com louvor
A trombectomia é um tratamento em que o cirurgião guia um cateter até o cérebro para retirar o trombo que fecha a passagem do sangue. O Ministério da Saúde encomendou um estudo para ver se essa estratégia seria custo-efetiva na rede pública.
“Os resultados mostraram que o paciente submetido a essa operação tem 3,4 vezes mais probabilidade de não ficar com sequelas”, conta a neurologista Sheila Martins, presidente da Rede Brasil AVC.
A expectativa é que o método, já disponível nos planos privados, seja englobado em breve pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.

Outras saídas para frear o AVC
Anticoagulante: remédio que dissolve o coágulo, deve ser usado nas primeiras quatro horas após o início dos sintomas.
Cirurgia: quando a artéria se rompe no cérebro, muitas vezes é preciso drenar o sangue que se espalhou.

Precisão a despeito da hora
Para escolher qual será a resposta para o entupimento cerebral, o médico pergunta quando se iniciaram os sintomas (boca torta, dificuldade de fala, dor de cabeça…). Mas e se o sujeito dormiu bem e acordou mal? Como saber o momento exato?
“Cerca de 20% dos pacientes chegam ao pronto-socorro nessas condições”, calcula o neurologista Octávio Pontes Neto, da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.
A boa notícia é que novos equipamentos permitem calcular o tamanho do estrago com mais exatidão, o que dobra as chances de oferecer um melhor tratamento.

O implante que poupa neurônios
Um grupo de mais de 80 cientistas espalhados por 18 países está testando um dispositivo peculiar que poderá ser utilizado logo depois do AVC.
Com o tamanho de 4 centímetros, ele é instalado num nervo que fica perto do nariz e dos olhos. Ao ser ativado, estimula a chegada de mais sangue ao cérebro, o que ajudaria a manter os neurônios vivos por um tempo extra e reduziria as sequelas.
Os testes iniciais, que envolveram mais de mil voluntários, mostraram que o implante é seguro e pode trazer ganhos em situações específicas. “Porém, antes de colocarmos essa ideia na prática, ainda devemos aguardar resultados mais contundentes”, avalia Sheila Martins.
A instalação é simples: basta introduzir uma injeção pelo buraco do nariz até chegar ao fundo da cavidade nasal. O implante fica grudado num nervo chamado gânglio esfenopalatino. Ele é acionado por um controle remoto. Com isso, há um incremento no aporte de oxigênio e nutrientes para a massa cinzenta.

Capacitação de crianças para salvar vidas
Durante o congresso em Goiânia, a Rede Brasil AVC iniciou uma campanha que vai percorrer escolas de todo o Brasil para ensinar estudantes de 4 a 8 anos a reconhecerem um derrame. Por meio de um filme e personagens de desenho animado, a proposta é treinar a garotada para reconhecer os principais sintomas e como agir se virem algo parecido em casa ou na rua.
“Sabemos que as crianças passam boa parte do tempo com os avós, que são o público que tem maior risco de sofrer um evento desses”, destaca Sheila. O objetivo é que o público infantil aprenda e ligue para o 192 rapidamente, sem precisar esperar a chegada dos adultos. Afinal, tempo é cérebro: cada minuto perdido pode fazer uma diferença tremenda lá na frente.

Os heróis e seus poderes

Criados na Universidade da Macedônia, eles desembarcaram este ano em terras brasileiras

Simão: é o vovô que tem o maior sorriso. Se ele não mexe a boca, algo está errado.

Bruno: possui braços fortes e firmes. Quando perde a força, é sinal de encrenca.

Fiona: sua voz é doce e angelical. Preocupa caso não consiga cantar ou falar.

Tiago: é o neto esperto e inteligente que liga para o Samu no 192 e socorre os avôs.

Um comprimido 4 em 1
Uma das principais dificuldades para manter pressão e colesterol sob controle está no tratamento de longo prazo: estima-se que menos de 10% dos indivíduos continua a tomar os remédios direitinho um ano após o diagnóstico.
Mas e se a gente tivesse uma cápsula que reunisse tudo de uma vez? Essa estratégia foi testada na Universidade de Ciências Médicas de Teerã, no Irã. Os resultados indicam que um comprimido único com aspirina, estatina (para baixar o colesterol) e dois anti-hipertensivos melhorou a adesão ao tratamento e reduziu em 34% infartos e AVCs.
A polipílula já recebeu endosso da Organização Mundial da Saúde (OMS) e deve custar menos de 30 centavos de dólar.

Vitamina D não previne o AVC
“Infelizmente, a suplementação dessa substância não demonstrou a eficácia esperada”, afirmou durante a sua apresentação no congresso o neurologista Rubens José Gagliardi, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O especialista se referia a um estudo publicado este ano no prestigiado periódico Journal of the American Medical Association (Jama).
O trabalho liderado pela Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, revisou as informações de 21 pesquisas feitas previamente, que acompanharam mais de 83 mil pacientes. Após toda essa análise, conclui-se que as doses de vitamina D não trouxeram nenhuma proteção contra o ataque cardíaco ou o derrame.
Se você faz uso regular desse nutriente por meio de gotas ou cápsulas, visite um médico para saber mais e receber uma orientação personalizada.

Novas ferramentas na reabilitação
A fisioterapia não é mais a mesma: hoje em dia é possível fazer uso de máquinas ultramodernas, lançar mão de remédios que mexem na química cerebral e aplicar ondas eletromagnéticas na cabeça após um AVC.
Até o popular Botox entra na jogada: as injeções dessa substância alteram não apenas o funcionamento dos músculos que ficam com sequelas, mas influenciam na conectividade entre os nervos periféricos e o sistema nervoso central.
“Nesse contexto, a toxina botulínica tem um nível alto de evidência para tratar a espasticidade, quadro marcado por rigidez e espasmos musculares constantes”, conta a neurologista Carla Moro, do Hospital Municipal São José, em Joinville, Santa Catarina.
As sequelas motoras são a complicação mais comum após os derrames. Os indivíduos deixam de movimentar partes do corpo, geralmente braços ou pernas. Esse problema traz outras dificuldades, como acessos de dor, deformidades e disfunção sexual.
Para amenizar todas essas chateações, a fisioterapia é primordial. Com as sessões, as chances de se restabelecer e ter liberdade são ainda maiores. É preciso iniciar logo cedo (se possível, no hospital) e não desistir após as primeiras semanas.

O robô que sabe tudo sobre o derrame
Alunos e professores do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, criaram um programa de computador que responde às principais perguntas do público sobre o AVC. O sistema foi instalado no Facebook e, durante 40 dias, recebeu 138 perguntas de usuários dessa rede social.
Mais de 40% das pessoas estavam interessadas em saber mais sobre os sintomas. Na sequência, as questões variavam entre prevenção e tratamento.
“Uma ferramenta dessas consegue esclarecer de maneira prática e direta mais de 80% das dúvidas sobre o tema, o que demonstra a importância da educação continuada em saúde para a população”, argumenta o neurologista Marcos Lange, um dos responsáveis pela iniciativa.

O que causa um AVC?

Hipertensão
Sedentarismo
Colesterol alto
Dieta ruim
Obesidade
Estresse
Tabagismo
Doenças cardíacas
Alcoolismo
Diabetes

Manual básico para a alta
Depois que a situação está estabilizada, o paciente é liberado para seguir com a recuperação em casa. Nesse momento, recebe um monte de orientações sobre o que comer, quais remédios tomar, como se exercitar… É tanta coisa que a maioria dos detalhes se perde pelo caminho.
Para facilitar o processo, um grupo da Universidade Estadual Paulista (Unesp) lançou um guia que reúne de forma simples e clara todas as informações. “O livro é assinado por profissionais das mais diversas especialidades, como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e neurologistas, e pode ser baixado de graça no site da Rede Brasil AVC”, informa a terapeuta ocupacional Natália Andrade Camargo, coordenadora da iniciativa.

Doença de Chagas também prejudica o cérebro
Transmitido pela picada do inseto barbeiro, o protozoário Trypanosoma cruzi fica escondido no organismo por décadas até afetar algum órgão, geralmente o coração. O que não se sabia até agora era que essa bagunça toda pode respingar na cabeça: pesquisadores da Universidade Federal da Bahia descobriram que a doença de Chagas é um fator de risco independente para o AVC.
“Esses pacientes desenvolvem problemas cardíacos que, por sua vez, favorecem a formação de trombos capazes de ir até o cérebro”, destrincha Pontes Neto.
Esse conhecimento tem o potencial de modificar políticas públicas e o acompanhamento de pacientes onde a transmissão da moléstia segue ativa, como São Paulo, Minas Gerais, Bahia e a Região Norte do país.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/evitar-combater-o-avc/ - Por André Biernath - Foto: Ricardo Davino/SAÚDE é Vital

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Suplementos multivitamínicos não evitam infarto e AVC


Ao menos para a população geral, ficar tomando pílulas de vitaminas e minerais não evita problemas cardiovasculares, segundo estudo gigantesco

“Tem sido bastante difícil convencer as pessoas, incluindo pesquisadores de nutrição, a aceitar que suplementos multivitamínicos e de minerais não previnem doenças cardiovasculares, como AVC e infarto”, sentencia o cardiologista Joonseok Kim, da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos. “Esperamos que nosso estudo reduza o entusiasmo sobre esses produtos”, completa o cientista, em comunicado.

Mas, afinal, que experimento é esse? Trata-se, na verdade, de uma revisão de 18 estudos, que somam mais de 12 milhões de voluntários. Enquanto uma parte dessa gente consumia os multivitamínicos com frequência, a outra dispensava as pílulas – em média, eles foram acompanhados por 12 anos.

Resultado: não houve qualquer diferença significativa na mortalidade por doenças cardiovasculares entre as duas turmas. A ingestão desse tipo de suplemento também não evitou infartos ou derrames.

“Embora os multivitamínicos, quando tomados em moderação, dificilmente causem danos, suplicamos para que as pessoas protejam o próprio coração entendendo seus riscos individuais e conversando com um profissional sobre medidas comprovadamente eficazes. Elas incluem alimentação saudável, exercício físico, cessação do tabagismo […] e, se necessário, tratamento”, defende Kim. Além disso, os multivitamínicos não costumam ser baratos.

O que esse levantamento conclui, em resumo, é que a população em geral deveria parar de recorrer a supostas pílulas mágicas (e isso não inclui apenas suplementos) ao invés de apostar em táticas já consagradas. Só que aqui cabe uma ponderação.

A revisão foi feita com a população em geral. Ou seja, é possível que indivíduos com carência comprovada de algum nutriente se beneficiem de um aporte extra dele – e isso não seria identificado em trabalho científico desse tipo. No entanto, os especialistas sempre defendem que abastecer o corpo de substâncias benéficas por meio da alimentação. E nunca comprar suplementos por conta própria.

Fonte: https://saude.abril.com.br/alimentacao/suplementos-multivitaminicos-nao-evitam-infarto-e-avc/ - Por Da Redação - Ilustração: Pedro Hamdan/SAÚDE é Vital

sábado, 14 de abril de 2018

10 fatores de risco para o AVC

Fugir deles aliviaria dramaticamente os índices do segundo problema de saúde que mais causa estragos no planeta - e de seus sintomas limitantes

Você está prestes a conhecer o maior e mais importante roteiro sobre como evitar um acidente vascular cerebral (AVC) – e seus sintomas – já elaborado até agora. É assim que pode ser definido o InterStroke, estudo publicado no renomado periódico científico The Lancet.

Capitaneado pela Universidade McMaster, no Canadá, ele reúne informações de 26 mil pessoas de 32 nações diferentes – incluindo o Brasil. Metade dos indivíduos analisados chegou ao hospital após sofrer o entupimento ou o rompimento de um vaso sanguíneo que irriga a cabeça. A outra parcela, por sua vez, não passou por esse baque e serviu de base para a comparação dos resultados.

A primeira conclusão a chamar a atenção: 90% dos casos de AVC não ocorreriam se controlássemos dez fatores que lesam as artérias cerebrais (pressão alta, tabagismo, diabete…). Se isso fosse seguido à risca, o número de atingidos todos os anos no mundo cairia de 15 milhões para 1,5 milhão. Só em nosso país reduziríamos em 450 mil episódios a taxa anual de eventos do tipo. É o equivalente a salvar a cada 12 meses um contingente similar à população de Florianópolis, em Santa Catarina.

O derrame disputa com o infarto a cabeceira no inglório ranking das doenças que mais matam em todo o globo. Como se não bastasse, aqueles que sobrevivem ao ataque convivem com uma série de limitações, como dificuldades para falar e se locomover. “Precisamos implementar com urgência as medidas de controle sobre esses dez fatores de risco”, afirma o cardiologista Álvaro Avezum, diretor da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo e coordenador do InterStroke em terras brasileiras. A seguir, você confere detalhes e orientações em relação a cada um dos agentes promotores do AVC. Evitá-los é primordial para garantir vida longa e funcional ao cérebro.

1) Hipertensão
Se controlada, diminuiria as taxas de AVC em 47,9%
Ela é disparado o fator de risco campeão. Ajustar a pressão já faria cair ao meio as estatísticas de AVC. “A hipertensão desgasta e provoca lesões nas paredes dos vasos”, explica o médico Marcus Malachias, presidente daSociedade Brasileira de Cardiologia. Imagine uma mangueira submetida por um bom tempo a uma pressão de água forte. Concorda que uma hora ela vai corroer e rasgar? Pois é algo parecido o que acontece com as artérias do cérebro. “Para piorar, 90% dos hipertensos não apresentam sintomas e só 20% deles estão com os níveis de pressão equilibrados”, alerta Malachias.

O que você pode fazer
Não exagere no sal.
Capriche no consumo de vegetais.
Verifique a pressão de tempos em tempos.
Se for diagnosticado com hipertensão, tome direitinho os medicamentos prescritos.

2) Sedentarismo
Se controlado, diminuiria as taxas de AVC em 35,8%
Ficar parado por muito tempo é péssimo para a saúde como um todo. O desdobramento imediato do sedentarismo é o acúmulo das calorias dos alimentos. Isso vai desembocar em ganho de peso, hipertensão, diabete… Já percebeu onde vamos parar, não é? Na contramão, investir numa rotina de atividade física impede esse turbilhão de complicações e, mais importante, tem efeito direto no sistema vascular. “Quem se exercita com regularidade se beneficia com a produção de substâncias que evitam a formação de placas de gordura e aumentam a capacidade de o vaso contrair e relaxar”, justifica a neurologista Gisele Sampaio, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.

O que você pode fazer
Escolha um esporte que lhe dê prazer.
Crie uma programação semanal de treinos.
Busque suporte de profissionais de educação física para ter orientações.
Se persistência for seu fraco, forme grupos para suar a camisa. Assim um anima o outro.

3) Colesterol alto
Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 26,8%
“O LDL e os outros tipos do colesterol ruim são os principais responsáveis pelo surgimento de placas que obstruem os vasos”, avisa o cardiologista Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade Clínica de Lípides do Instituto do Coração (InCor), em São Paulo. Segundo o médico, ainda restavam poucas dúvidas sobre o papel do excesso de gorduras na probabilidade de um AVC dar as caras – e a nova publicação acaba com qualquer inquietação. Curiosamente, os estudiosos não mediram no trabalho o LDL e o HDL dos voluntários. Eles preferiram usar a diferença entre a apolipoproteína B (ApoB) e a apolipoproteína A1 (ApoA1), partículas de proteína ligadas ao colesterol (entenda as razões à direita).

O que você pode fazer
Maneire nos alimentos gordurosos ou cheios de açúcar.
Faça checkups para ver a quantas anda o seu colesterol todos os anos.
Se o médico decidir lançar mão de remédios como as estatinas para abaixar os níveis, siga rigorosamente o tratamento.

4) Dieta ruim
Se controlada, diminuiria a taxa de AVC em 23,2%
Junto com a atividade física, a alimentação constitui o pilar fundamental de uma vida saudável. “Alguns nutrientes, como o ômega-3 dos peixes e das nozes, têm ação nas artérias, preservando-as de processos inflamatórios e da formação de coágulos”, exemplifica a nutricionista Rosana Perim, do Hospital do Coração, em São Paulo. O estudo tomou como base de uma dieta ideal o Alternate Healthy Eating Index, roteiro criado nos Estados Unidos que traz recomendações gerais de nutrição. Dá pra conferir as suas premissas à direita.

O que você pode fazer
O novo guia separa em três partes as diretrizes alimentares
Consumir seis componentes com frequência:
Verduras
Frutas
Grãos integrais
Castanhas
Legumes
Ômega-3

Usufruir de um item de forma moderada:
Álcool
Ingerir com muita moderação:
Bebidas açucaradas
Carne vermelha e processada
Gordura trans
Sódio

5) Obesidade
Se controlada, diminuiria a taxa de AVC em 18,6%
Os quilos extras andam de mãos dadas com hipertensão, colesterol nas alturas, diabete… “Fora que a obesidade central, quando a gordura se acumula na região da barriga, é particularmente nociva porque libera substâncias perigosas para as artérias”, informa Malachias. No InterStroke, para saber se um voluntário estava acima do peso, foi levada em conta a relação cintura-quadril, uma medida simples e fácil de ser feita. “Ela é mais fidedigna que o popular índice de massa corporal, o IMC”, compara Malachias.

O que você pode fazer
Aprenda a calcular sua relação cintura-quadril: com uma fita métrica, meça o diâmetro de sua cintura, perto da altura do umbigo. Repita o procedimento para obter o tamanho do quadril, nas nádegas. Divida o primeiro valor pelo segundo. Números maiores que 0,8 para mulheres e 0,9 para homens são sinal de encrenca. Atenção: as brasileiras costumam ter o quadril largo, o que confundiria os prognósticos.
Se preciso, peça ajuda de um expert para emagrecer.

6) Estresse
Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 17,4%
Tensão exacerbada e transtornos como ansiedade e depressão figuram em sexto lugar no ranking dos malfeitores. “O InterStroke considerou como o estresse abala o sujeito em quatro domínios: família, sociedade, trabalho e finanças”, descreve Avezum. A partir de entrevistas, os autores chegavam à conclusão de como se encontrava o bem-estar mental de cada um. Isso é significativo porque há uma relação direta entre nervosismo constante e alterações circulatórias capazes de gerar uma pane cerebral. “No sentido contrário, quem é espiritualizado e calmo possui um risco menor de enfrentar o problema”, nota Sheila Martins. Motivo extra para descansar e esfriar a cabeça de uma vez por todas.

O que você pode fazer
Reserve um horário de seu dia para fazer coisas que deem prazer e alegria.
Não consegue se desligar? Que tal apostar em técnicas como a meditação e o mindfullness?

7) Tabagismo
Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 12,4%
Eis um vilão antigo e que ainda cobra campanhas. O cigarro lesa a camada interna dos vasos, deixa os tubos sanguíneos mais estreitos e acelera o aparecimento de placas de gordura – quadro propício para infartos e AVCs. “Felizmente, o hábito de fumar vem diminuindo bastante no Brasil nos últimos anos, graças ao movimento de conscientização e às novas leis”, comemora Sheila.

O que você pode fazer
Existem diversos métodos e até remédios que auxiliam a largar o vício.
Elabore uma lista com fatos decisivos para desistir do tabaco. Assim, fica mais fácil resistir se vier a tentação de voltar.
Grupos de apoio apaziguam as aflições da abstinência.

8) Doenças cardíacas
Se controladas, diminuiriam a taxa de AVC em 9,1%
A arritmia, distúrbio em que as batidas do coração ficam fora de ritmo, dáum incentivo danado para o surgimento de coágulos. “E, algumas vezes, eles viajam até o cérebro e causam AVC”, relata o neurologista Márcio Bezerra, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Para evitar essa repercussão, pessoas diagnosticadas com a condição necessitam engolir alguns comprimidos, como anticoagulantes.

O que você pode fazer
Visite o cardiologista de tempos em tempos. Um simples eletrocardiograma é suficiente para flagrar arritmias.
Uma vez que a falha no peito é detectada, converse com o doutor sobre os recursos terapêuticos disponíveis.

9) Alcoolismo
Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 5,8%
“Em pequenas quantidades diárias, o que significa no máximo uma taça de vinho, as bebidas levam a um relaxamento dos vasos”, adianta Rosana Perim. Se exceder no álcool, porém, dá-lhe encrenca. “As artérias ficam mais apertadas e rígidas, o que dificulta e até trava o transporte de nutrientes”, completa a nutricionista. O recado, mais uma vez, é moderação: fique esperto e nada de abusar dos drinques. Caso não tenha o costume de beber, não há necessidade de criar o hábito pensando em saúde.

O que você pode fazer
Maneire nas doses
Se for o caso, converse com um profissional

10) Diabete
Se controlado, diminuiria a taxa de AVC em 3,9%
O relato dos participantes e o exame de hemoglobina glicada (que mostra a variação nas taxas de açúcar de três meses)serviram para determinar quem era diabético. Mas a influência desse problema no risco de AVC ficou abaixo do esperado, o que gerou estranheza. “Sabemos que o diabete faz subir o risco de lesões nos vasos, mas talvez seu peso seja inferior ao da pressão e do colesterol”, reflete o cardiologista Otavio Gebara, diretor médico do Hospital Santa Paula, na capital paulista.

O que você pode fazer
Seja comedido nos doces e nos carboidratos em geral.
Adotar uma vida ativa mantém a glicose dentro dos parâmetros saudáveis.
A glicemia de jejum precisa sempre estar menor que 99 mg/dl. Entre 100 e 125 mg/dl é pré-diabete. Acima de 126 mg/dl já se instalou a doença.
Se for diabético, monitore a glicemia e siga o esquema terapêutico.

O papel do ambiente
Outro estudo de peso recém-publicado no The Lancet foi o Global Burden Disease, que fez uma análise da mortalidade de uma série de enfermidades pelo mundo. E os dados apontam que 29% dos casos de AVC são atribuíveis à poluição. De 1990 a 2013, houve um aumento de 33% na atuação das partículas tóxicas como estopins de derrames. O combate à poluição é crucial inclusive à saúde pública.

Como socorrer alguém que teve um derrame?
A dica é ficar atento aos sinais. “Entre eles, destacam-se perda de força e dormência nos membros, dificuldade para enxergar ou se comunicar, tontura, falta de equilíbrio e dor de cabeça súbita e insuportável”, enumera a neurologista Sheila Martins, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Se você notar alguns deles, ligue para o serviço de emergência. O atendimento rápido poupa vidas e a maioria das sequelas graves.


sábado, 10 de junho de 2017

AVC: 7 passos para preveni-lo

Cerca de 90% dos derrames podem ser evitados. Veja o que fazer para escapar desse mal.

1. Controle a ira
Uma grande revisão da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostra que, nas duas horas seguintes a um ataque de raiva, o risco de um derrame cresce. “A explosão aumenta a pressão, deixa o sangue mais viscoso e enrijece os vasos”, diz Elizabeth Mostofsky, epidemiologista e autora do estudo.

2. Faça exercícios
E nem precisa ser uma atividade intensa. Segundo evidências reveladas na Conferência Internacional de Derrame, nos Estados Unidos, caminhadas rápidas já contribuem para a saúde das artérias. De quebra, a prática esportiva combate o sobrepeso, outro patrocinador de AVCs.

3. Fuja de infecções
Há pouco, surgiu um elo entre a exposição frequente a alguns vírus, como o do herpes, e bactérias, como a das úlceras estomacais, e um maior risco de derrames. Faltam estudos para confirmar, mas corre a hipótese de que essas infecções estimulem o surgimento de placas nas artérias.

4. Ajuste o sono
Trabalho publicado no European Heart Journal notou que os voluntários que repousavam menos de seis horas estavam mais propensos a um derrame. “Porém, aqueles que dormiam mais de nove também tinham um maior risco de sofrer eventos cardiovasculares”, diz Luciano Drager, cardiologista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

5. Escape de vícios
Tabagismo e abusos alcoólicos, entre outros danos, lesam a parede dos vasos, contribuindo para a subida da pressão. E um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, aponta que a cocaína, nas 24 horas seguintes ao uso, é outra droga que catapulta o risco de AVCs isquêmicos.

6. Alimente-se bem
Maneire em produtos cheios de açúcar, gordura saturada, sódio e colesterol. E invista em frutas, grãos integrais, leguminosas e peixes repletos de ômega-3 – salmão, atum e truta são alguns deles. Assim, você assegura a integridade de todo o sistema vascular.

7. Evite pancadas
Choques na cabeça e no pescoço promovem rupturas nas artérias e formam coágulos que talvez as entupam mais adiante. Tanto que um artigo da americana Universidade da Califórnia em São Francisco sugere que lesões nessa região aumentam três vezes o risco de um acidente isquêmico.


Fonte: http://saude.abril.com.br/bem-estar/avc-7-passos-para-preveni-lo/ - Por Theo Ruprecht - Foto: Getty Images