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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Exercício físico pode aumentar chance de sobrevivência de pacientes com câncer, indica pesquisa


Um programa de exercícios para pacientes com câncer colorretal pode reduzir o risco de morte em um terço, revela um grande estudo internacional.

 

Um programa de exercícios voltado a pacientes com câncer colorretal pode reduzir o risco de morte em um terço, revela um importante estudo internacional.

 

Os pesquisadores disseram que "não se trata de uma grande quantidade" de exercícios e que qualquer tipo de atividade física, desde natação até aulas de salsa, já conta pontos positivos.

 

Os resultados podem mudar a forma como esse tipo de tumor é tratado em todo o mundo, avaliam especialistas.

 

Cientistas já investigam se programas de exercícios também poderiam melhorar a sobrevida de pessoas com outras doenças, como o câncer de mama.

 

"Trata-se de uma mudança de mentalidade, de pensar no tratamento como algo que você faz, não apenas algo que você toma", avalia a pesquisadora Vicky Coyle, da Queen's University, em Belfast, na Irlanda do Norte.

 

No estudo, o programa de exercícios começou logo após a quimioterapia e os pacientes foram acompanhados por anos.

 

O objetivo era fazer com que as pessoas praticassem pelo menos o dobro da quantidade de exercícios estabelecida nas diretrizes para a população em geral.

 

Isso significa de três a quatro sessões de caminhada rápida por semana, com duração de 45 a 60 minutos, estima a professora Coyle.

 

Os participantes também tiveram acesso sessões semanais de treinamento presencial durante os primeiros seis meses. Posteriormente, esses encontros foram reduzidos a uma vez por mês.

 

O estudo, que envolveu 889 pacientes, incluiu metade dos voluntários no programa de exercícios.

 

A outra parcela apenas recebeu folhetos que traziam informações sobre um estilo de vida saudável.

 

Os resultados publicados no periódico acadêmico New England Journal of Medicine revelaram que em cinco anos:

 

80% das pessoas que se exercitaram permaneceram livres do câncer;

No grupo que só recebeu os folhetos, essa taxa foi de 74%;

Essa diferença representa uma redução de 28% no risco de recidiva ou de formação de um novo tumor.

Enquanto isso, oito anos após o início do tratamento contra o câncer:

 

10% das pessoas no programa de exercícios morreram;

No grupo que recebeu os folhetos, essa porcentagem foi de 17%;

Essa diferença representa um risco de morte 37% menor na parcela dos voluntários que fez o programa de treinamentos.

 

Como exercícios físicos ajudam a combater o câncer?

Não se sabe exatamente por que o exercício tem esse efeito benéfico, mas especialistas suspeitam que ele pode influenciar em fatores como a produção de hormônios do crescimento (que podem acelerar a multiplicação das células tumorais), nos níveis de inflamação e no funcionamento do sistema imunológico — que patrulha todo o corpo em busca de células doentes.

 

O pesquisador Joe Henson, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, classifica os resultados como "empolgantes".

 

"Vi em primeira mão como os treinos reduziram a fadiga, melhoraram o humor e aumentaram a força física das pessoas", conta ele.

 

"Sabemos que a atividade física regula diversos processos biológicos importantes que podem explicar esses resultados, e pesquisas futuras nos ajudarão a descobrir por que o exercício tem um impacto tão positivo", conclui ele.

 

O câncer colorretal é o quarto tipo de câncer mais comum no Brasil (atrás dos tumores de pele não melanoma, de mama e de próstata), com cerca de 45,6 mil pessoas diagnosticadas com a doença a cada ano.

 

A enfermeira Caroline Geraghty, da Cancer Research UK, uma associação britânica que fomenta pesquisas em oncologia no Reino Unido, entende que o estudo "tem o potencial de transformar a prática clínica".

 

"Mas isso apenas acontecerá se os serviços de saúde tiverem o financiamento e a equipe necessários para tornar isso uma realidade para todos os pacientes", conclui ela.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/exercicio-fisico-pode-aumentar-chance-de-sobrevivencia-de-pacientes-com-cancer-indica-pesquisa,7fbd58bbbcce937701e4a1f2b3a0d0d08zxx4xrv.html?utm_source=clipboard - James Gallagher - Correspondente de Saúde e Ciência da BBC News - Foto: Getty Images / BBC News Brasil

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Quer viver uma década a mais? Controle 5 fatores de risco cardíaco


Estudo mostra que tabagismo, hipertensão, colesterol alto, diabetes e sobrepeso respondem por cerca da metade do impacto das doenças cardiovasculares na saúde

 

Eliminar cinco fatores de risco cardiovascular aos 50 anos aumenta a expectativa de vida em mais de uma década, mostra um novo estudo publicado no New England Journal of Medicine, conduzido pelo Global Cardiovascular Risk Consortium.

 

Sabe-se que cinco fatores clássicos - tabagismo, pressão alta, colesterol alto, diabetes e sobrepeso ou obesidade - respondem por cerca da metade do impacto das doenças cardiovasculares na saúde. No entanto, ainda não estava claro como eles afetam a expectativa de vida.

 

Para isso, os autores cruzaram dados sobre risco de doença cardiovascular e morte por qualquer causa de mais de dois milhões de participantes em 39 países, conforme a presença ou ausência desses fatores aos 50 anos.

 

A análise revelou que mulheres que não apresentam nenhum desses fatores desenvolvem doença cardiovascular 13,3 anos mais tarde e morrem 14,5 anos depois do que aquelas que têm todos os cinco. No caso dos homens, eles vivem livres de doença cerca de dez anos a mais e morrem 11,8 anos depois.

 

Segundo a cardiologista Fabiana Rached, do Hospital Israelita Albert Einstein, o estudo confirma algo que já se sabe, mas surpreende pela magnitude do impacto: "A diferença de mais de 10 anos na expectativa de vida e nos anos livres de doença cardiovascular entre quem tem e quem não tem os cinco principais fatores de risco aos 50 anos é expressiva e mostra com clareza como esses fatores impactam na saúde cardiovascular a longo prazo e em morte."

 

A especialista explica que o risco cardiovascular aumenta naturalmente com a idade, tanto em homens como em mulheres. No entanto, o estudo mostra que aqueles que chegam à meia-idade sem fatores clássicos continuam com um risco menor ao longo da vida, mesmo após essa fase.

 

Por isso, é essencial controlar esses fatores desde a juventude. "O acúmulo de risco cardiovascular é progressivo e silencioso. Muitas vezes os danos, como aterosclerose, já estão em curso décadas antes de um evento clínico, como infarto ou AVC [acidente vascular cerebral]. Controlar esses fatores desde cedo reduz não apenas o risco futuro, mas também aumenta a expectativa de vida e permite uma vida com qualidade." Mesmo quem tem um risco genético alto, pode minimizar o risco de problemas cardiovasculares adotando um estilo de vida saudável ainda jovem.

 

A boa notícia é que nunca é tarde para mudar o estilo de vida: "Mesmo intervenções feitas entre 55 e 60 anos, especialmente parar de fumar e controlar a hipertensão, ainda trazem ganhos significativos em anos de vida sem doenças cardiovasculares e sem morte precoce. Embora os benefícios possam ser maiores quando as mudanças são feitas mais cedo, sempre há espaço para ganhos na saúde", diz a médica.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/quer-viver-uma-decada-a-mais-controle-5-fatores-de-risco-cardiaco,2409a84c2741369acdea960f20af31634iwl0vtv.html?utm_source=clipboard - Gabriela Cupani

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Atividade física pode aumentar anos de vida saudável, especialmente para grupos vulneráveis


Um estudo publicado no The Lancet Public Health revelou que a prática regular de atividade física no tempo livre pode aumentar os anos de vida sem doenças crônicas, com benefícios ainda mais evidentes para pessoas de grupos socioeconômicos mais vulneráveis ou com hábitos prejudiciais à saúde.

 

A pesquisa analisou dados de mais de 500 mil pessoas na Europa e no Reino Unido, acompanhando seus níveis de atividade física e a incidência de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, câncer e doenças respiratórias crônicas. Os participantes foram divididos em três grupos: aqueles que praticavam pouca ou nenhuma atividade, os que realizavam exercícios em níveis intermediários e os que cumpriam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) — pelo menos 2h30min de atividade moderada ou 1h15min de atividade intensa por semana.

 

Os resultados mostraram que as pessoas que seguiam as recomendações da OMS ganharam de 1,1 a 2 anos a mais sem doenças crônicas. Os maiores benefícios foram observados entre fumantes, pessoas com baixa escolaridade e aqueles com sintomas depressivos, indicando que a atividade física pode ajudar a reduzir desigualdades na saúde.

 

Os pesquisadores destacam que promover a atividade física em larga escala pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente para aqueles com fatores de risco à saúde. A inclusão do exercício físico em políticas de saúde pública voltadas para grupos mais vulneráveis pode ampliar significativamente seus efeitos positivos.

 

Fonte: The Lancet Public Health. DOI: 10.1016/S2468-2667(25)00001-5.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20846/atividade-fisica-pode-aumentar-anos-de-vida-saudavel-especialmente-para-grupos-vulneraveis.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral

domingo, 13 de abril de 2025

Cientistas revelam as melhores dietas para um envelhecimento saudável


Este é um dos primeiros estudos a comparar múltiplos padrões alimentares com o envelhecimento saudável como um todo, segundo os autores

 

Enquanto algumas pessoas mantêm a saúde física e mental por décadas, outras enfrentam limitações logo após a meia-idade. Genética e ambiente influenciam, claro, mas hábitos cotidianos, como a alimentação, também têm papel fundamental no envelhecimento.

 

Em uma nova pesquisa conduzida ao longo de 30 anos, pesquisadores das universidades de Harvard (Estados Unidos), Copenhague (Dinamarca) e Montreal (Canadá) analisaram como os hábitos alimentares na meia-idade influenciam o envelhecimento saudável — definido como atingir os 70 anos sem doenças crônicas graves, nem comprometimentos cognitivos, físicos ou mentais. O estudo foi publicado em março na revista Nature Medicine.

 

Segundo os autores, este é um dos primeiros trabalhos a comparar múltiplos padrões alimentares com a saúde integral na velhice.

 

“Estudos já investigaram padrões alimentares no contexto de doenças específicas ou da expectativa de vida das pessoas. O nosso adota uma visão multifacetada, perguntando: ‘Como a dieta afeta a capacidade das pessoas de viver de forma independente e desfrutar de uma boa qualidade de vida à medida que envelhecem?’”, disse em comunicado o coautor Frank Hu, epidemiologista de Harvard.

 

Oito padrões alimentares em destaque

A pesquisa usou dados de 105 mil adultos, com idades entre 39 e 69 anos, acompanhados de 1986 a 2016 por meio de dois grandes estudos populacionais dos Estados Unidos: o Nurses’ Health Study, que monitora a saúde de enfermeiras desde 1976; e o Health Professionals Follow-Up Study, voltado para profissionais da saúde do sexo masculino, iniciado em 1986.

 

Ao longo desse período, os participantes responderam a questionários alimentares regulares. Com base nas respostas, os pesquisadores avaliaram a adesão dos voluntários a oito padrões alimentares já estudados:

 

Índice Alternativo de Alimentação Saudável (AHEI): foca em frutas, vegetais, grãos integrais, nozes, leguminosas e gorduras saudáveis, com pouco açúcar, carne vermelha e sódio.

Índice Mediterrâneo Alternativo (aMED): baseado na dieta mediterrânea, valoriza azeite, peixe, grãos integrais, frutas, vegetais, vinho moderado e baixa ingestão de carne vermelha.

Abordagens Dietéticas para Interromper a Hipertensão (DASH): criada para controlar a pressão arterial, prioriza frutas, legumes, laticínios com baixo teor de gordura, grãos integrais e pouco sal.

Intervenção Mediterrânea-DASH para Atraso Neurodegenerativo (MIND): mistura da mediterrânea com a DASH, com foco em proteger o cérebro.

Dieta saudável baseada em vegetais (hPDI): favorece alimentos vegetais saudáveis e reduz o consumo de alimentos de origem animal.

Índice de Dieta da Saúde Planetária (PHDI): pensada para a saúde humana e do planeta.

Padrão alimentar empiricamente inflamatório (EDIP): mede o potencial inflamatório da dieta.

Índice alimentar empírico para hiperinsulinemia (EDIH): avalia o quanto uma dieta estimula a produção de insulina.

Além disso, os cientistas analisaram o consumo de alimentos ultraprocessados — produtos industrializados com alto teor de açúcar, sal, gorduras não saudáveis e aditivos químicos.

 

Resultados e impacto no envelhecimento saudável

Dos 105 mil participantes, 9.771 atingiram os critérios de saúde ideal aos 70 anos, o que representa 9,3% da amostra total. Os resultados mostraram que todos os oito padrões alimentares estavam associados a um envelhecer mais saudável — ou seja, seguir qualquer um deles aumentava as chances de chegar à terceira idade com boa saúde física e mental.

 

Ainda assim, o AHEI se destacou como o padrão alimentar com maior benefício geral. Pessoas com maior adesão ao AHEI tinham 86% mais chances de alcançar essa fase da vida com bem-estar, em comparação com aquelas que seguiam menos o padrão. Se a análise fosse feita com base nos 75 anos, o grupo com melhor adesão apresentava 2,24 vezes mais chances de manter a saúde.

 

O AHEI prioriza alimentos de origem vegetal, como frutas, legumes, grãos integrais, nozes e leguminosas, e reduz o consumo de carnes vermelhas e processadas, bebidas açucaradas, sódio e grãos refinados.

 

“Como permanecer ativo e independente é uma prioridade tanto para os indivíduos quanto para a saúde pública, realizamos a pesquisa sobre envelhecimento saudável. Nossas descobertas sugerem que padrões alimentares ricos em alimentos de origem vegetal, com inclusão moderada de alimentos saudáveis de origem animal, podem promover uma boa saúde geral na velhice e ajudar a moldar futuras diretrizes alimentares”, explica a coautora Marta Guasch-Ferré, nutricionista de Harvard.

 

Apesar de o AHEI ter apresentado os melhores resultados gerais, outras dietas também mostraram benefícios significativos. O PHDI, por exemplo, foi o padrão com a associação mais forte à saúde cognitiva e à sobrevivência até os 70 anos. Já o AHEI teve o melhor desempenho em relação à saúde física e mental.

 

Por outro lado, o alto consumo de alimentos ultraprocessados foi associado a uma menor probabilidade de envelhecer com qualidade de vida.

 

Fonte: https://www.metropoles.com/saude/cientistas-dietas-envelhecer-saude - Ravenna Alves - Getty Images

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Dormir pouco aumenta risco de Alzheimer, diz estudo; veja o tempo ideal


Estudo apontou relação entre poucas horas de sono e o surgimento de biomarcadores associados ao Alzheimer

 

Um estudo feito pelo centro de pesquisa Pasqual Maragall Foundation, o Barcelonaβeta Brain Research Center (BBRC), em parceria com pesquisadores da Universidade de Bristol, revelou que poucas horas de sono e um descanso de má qualidade estão associados a uma chance maior de pessoas saudáveis desenvolverem Alzheimer. Ou seja, mesmo sem qualquer comprometimento cognitivo o risco aumenta.

 

A equipe usou dados da maior coorte até o momento, o Estudo de Coorte Longitudinal de Prevenção da Demência de Alzheimer (EPAD LCS). Com isso, os pesquisadores conseguiram validar a hipótese de que a privação do sono está associada a biomarcadores do líquido cefalorraquidiano (LCR). Isso, por sua vez, prevê um aumento nas chances futuras de desenvolver a doença em pessoas que não apresentam sintomas de demência.

 

O estudo

A equipe analisou dados de 1.168 adultos com mais de 50 anos. Análises transversais revelaram que a má qualidade do sono está significativamente associada ao aumento da proteína t-tau no líquido cefalorraquidiano. Entre outros achados, foi demonstrado que uma curta duração do sono, inferior a sete horas por noite, tem relação com valores mais elevados de p-tau e t-tau, biomarcadores fundamentais para medir o risco de Alzheimer na fase pré-clínica da doença.

 

“Nossos resultados fortalecem ainda mais a hipótese de que a interrupção do sono pode representar um fator de risco para a doença de Alzheimer. Por esse motivo, pesquisas futuras são necessárias para testar a eficácia de práticas preventivas. Elas, por sua vez, são projetadas para melhorar o sono nos estágios pré-sintomáticos da doença, a fim de reduzir a patologia da doença de Alzheimer”, afirmou Laura Stankeviciute, pesquisadora de pré-doutorado no BBRC e uma das principais autoras do estudo.

 

As anormalidades do sono são comuns na doença de Alzheimer. A qualidade do sono pode diminuir no início do estágio pré-clínico da doença, mesmo quando não há outros sintomas. Compreender como e quando a privação do sono contribui para a progressão da doença de Alzheimer é importante para a concepção e implementação de futuras terapias. Isso mostra a relevância do estudo.

 

“Os dados epidemiológicos e experimentais disponíveis até o momento já sugeriam que as anormalidades do sono contribuem para o risco da doença de Alzheimer. No entanto, estudos anteriores tinham limitações devido à falta de biomarcadores da doença. Isso porque tinham um desenho não transversal, ou devido ao pequeno tamanho da amostra de participantes”, diz Stankeviciute que completa dizendo que este é o primeiro estudo a incluir todos esses fatores.

 

Importância do sono

De acordo com o neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein, o sono sempre foi restaurador para o cérebro humano. “Quanto menos dormimos, mais danos cerebrais poderão acontecer”, afirma. Ele destaca que o risco é ainda maior para os mais jovens, pois um sono não reparador impede a maturação cerebral, que acontece geralmente até os 25 anos de idade. As consequências só surgem na fase avançada da vida.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dormir-7-horas-por-dia-aumenta-risco-de-alzheimer-mostra-estudo.phtml - Foto: Shutterstock

quinta-feira, 6 de março de 2025

Beber demais aumenta risco de câncer, alerta oncologista


Médico vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia vê com bons olhos desafios para ficar um mês sem álcool

 

O oncologista Ramon Andrade de Mello enfatiza a ausência de dose segura de álcool e os riscos para o desenvolvimento de câncer em diferentes áreas do corpo.

 

Desafios na internet que visam ficar um período de tempo sem a ingestão de álcool são válidos para melhorar a saúde, mas Ramon Andrade de Mello, oncologista de São Paulo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, reforça que não há dose segura de bebida alcoólica para consumo. 

 

“Portanto, esse compromisso de evitar o álcool precisa ser constante”, diz o médico, que é Pós-Doutor clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra). 

 

Dentre os principais perigos do álcool está o câncer. “Beber álcool não significa que você definitivamente terá câncer, mas o risco é maior quanto mais álcool você bebe”, diz o especialista. 

 

Os tipos de câncer mais associados a esse hábito são o de cabeça e pescoço, colo retal, fígado e mama.

 

Segundo o oncologista, as pessoas podem falar sobre algumas bebidas alcoólicas serem melhores ou piores do que outras, mas a verdade é que não há dose segura nem mesmo do vinho tinto, que foi considerado “saudável” durante muito tempo. 

 

“Todos os tipos de álcool aumentam o risco de câncer - já que é o próprio álcool que causa danos, mesmo em pequenas quantidades. Portanto, quanto mais você reduzir o consumo de álcool, mais poderá reduzir o risco de câncer. Beber menos também traz muitos outros benefícios à saúde, como reduzir o risco de acidentes, de pressão alta e de doenças do fígado”, completa o médico.

 

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia afirma que o álcool é uma substância que pode lesionar células do organismo, bem como também causar lesão do DNA levando a replicação celular desordenada. 

 

“Além de ser uma substância inflamatória, também pode causar estresse oxidativo nas células, o que também pode ser uma causa do desenvolvimento de câncer”, comenta Ramon. 

 

Outro mecanismo pelo qual o álcool é associado ao câncer diz respeito a alterações nos hormônios. “O álcool pode aumentar os níveis de alguns hormônios em nossos corpos, como estrogênio e insulina. Os hormônios são mensageiros químicos, e níveis mais altos de estrogênio e insulina podem fazer com que as células se dividam com mais frequência. Isso aumenta a chance de que o câncer se desenvolva”, diz ele.

 

Os danos não têm relação direta com a ressaca, segundo o médico, então mesmo que alguns truques funcionem para minimizar os efeitos diretos e visíveis do álcool, eles não revertem os danos causados pelo consumo de álcool.

 

O médico argumenta que o risco é ainda maior quando o alcoolismo também está vinculado ao tabagismo. “Pessoas que fumam e também bebem álcool têm maior risco de câncer de boca e garganta superior. Tabaco e álcool quando usados juntos aumentam o risco de câncer ainda mais. Isso ocorre porque o tabaco e o álcool têm um efeito combinado que causa maiores danos às células. O álcool pode causar alterações nas células da boca e da garganta, facilitando a absorção de substâncias químicas cancerígenas presentes na fumaça do tabaco. Além disso, o álcool pode alterar a forma como os produtos químicos tóxicos da fumaça do tabaco são decompostos no corpo, tornando-os ainda mais prejudiciais”, comenta o médico.

 

Por fim, Ramon reforça que vencer um vício nem sempre é fácil, por isso a ajuda profissional é sempre indicada. “Consultar um médico ou terapeuta especializado em dependência de álcool pode ajudar a criar um plano de desintoxicação e recuperação. Oriento também evitar situações de tentação, identificando e evitando ambientes e situações associadas ao consumo de álcool. Uma boa estratégia também é encontrar substitutos saudáveis, como praticar exercícios físicos, participar de hobbies, ou socializar em ambientes não relacionados ao álcool. Ter uma alimentação balanceada e dormir o suficiente também é fundamental. Além disso, é fundamental beber bastante água e outras bebidas não alcoólicas. Em alguns casos, participar de grupos de apoio e considerar o uso de medicamentos são ações que também podem ajudar”, finaliza ele.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/beber-demais-aumenta-risco-de-cancer-alerta-oncologista,f6755a183ea6f691e611569e939908f4mhkhmy96.html?utm_source=clipboard

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Pesquisa revela quais são as frutas e os vegetais mais nutritivos e poderosos para sua saúde


Três vegetais folhosos lideraram lista e três frutas não atingiram a pontuação necessária

 

Um estudo recente buscou definir quais frutas e vegetais oferecem os maiores benefícios nutricionais para a saúde, com base na concentração de nutrientes essenciais. A pesquisa, conduzida por Jennifer Di Noia, da William Paterson University, estabeleceu um critério claro para classificar os chamados "alimentos poderosos" (PFV, na sigla em inglês) e identificou itens que se destacam pela alta densidade nutricional.

 

O critério para classificação dos alimentos poderosos

A análise levou em conta 17 nutrientes fundamentais para a saúde pública, incluindo potássio, fibra, cálcio, ferro e diversas vitaminas. Para ser classificado como um PFV, o alimento precisava fornecer, em média, 10% ou mais do valor diário recomendado desses nutrientes por 100 kcal. Entre os 47 alimentos avaliados, 41 atingiram esse padrão e foram considerados mais densos em nutrientes do que aqueles que não se enquadraram na classificação.

 

Os destaques do estudo

Os vegetais folhosos, como agrião, espinafre e couve, lideraram a lista dos alimentos mais nutritivos. Outros grupos também se destacaram, incluindo vegetais crucíferos (repolho chinês, brócolis), vegetais amarelo-alaranjados (cenoura, abóbora), cítricos (laranja, limão) e frutas vermelhas (morango). 

 

Por outro lado, frutas como framboesa, tangerina e mirtilo, assim como vegetais allium, como alho e cebola, não atingiram a pontuação mínima necessária.

 

Importância da densidade nutricional

A classificação proposta pelos pesquisadores pode ser uma ferramenta valiosa para educação nutricional e orientação alimentar. Ao enfatizar a densidade de nutrientes em relação ao valor energético dos alimentos, o estudo oferece um caminho para que consumidores tomem decisões mais informadas sobre sua alimentação.

 

Os resultados também reforçam a importância de uma dieta rica em frutas e vegetais variados, garantindo uma ingestão adequada de nutrientes essenciais para a prevenção de doenças crônicas. O próximo passo da pesquisa é aprofundar a relação entre o consumo de PFV e os impactos diretos na saúde a longo prazo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/pesquisa-revela-quais-sao-as-frutas-e-os-vegetais-mais-nutritivos-e-poderosos-para-sua-saude,7b4b0d3dbe1e1780ae2450b6804cf397r59mx4iv.html?utm_source=clipboard - Foto: Lu Schievano - Flickr / Flipar

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Quatro fatores podem influenciar a expectativa de vida


A expectativa de vida de uma pessoa parece estar ligada a quatro fatores sociais específicos: casamento, gênero, educação e raça. A interação entre esses quatro fatores ajuda a explicar as diferenças na expectativa de vida.


Para este estudo, pesquisadores da Universidade de Syddansk, na Dinamarca, se concentraram na expectativa de vida parcial, ou seja, os anos que uma pessoa pode esperar viver entre 30 e 80 anos. A equipe analisou dados federais sobre mortes e a população dos EUA entre 2015 e 2019, observando como todas as combinações dos quatro fatores poderiam influenciar o risco de morte precoce por uma das 11 principais causas de morte no país. Os resultados mostram que há uma diferença de 18 anos entre aqueles com a menor e a maior expectativa de vida parcial.

 

Homens brancos com diploma de ensino médio ou menos que nunca se casaram tiveram a menor expectativa de vida parcial, em torno de 37 anos a partir dos 30 anos. No outro extremo, mulheres brancas casadas com diploma universitário podem esperar ter mais 55 anos a partir dos 30 anos. Características individuais puxam a expectativa de vida para frente e para trás, e alguns fatores aumentam os anos extras de uma pessoa, enquanto outros os encurtam.

 

Por exemplo, ter diploma de ensino médio ou menos reduz a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas ser casada e mulher aumenta a expectativa de vida parcial em cinco anos. Então, pode-se esperar que uma mulher casada com diploma de ensino médio tenha uma expectativa de vida melhor que a média.

 

Em outro exemplo, um diploma universitário aumenta a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas nunca ter se casado e ser homem diminui em quase cinco anos. Assim, um homem solteiro bem-educado pode esperar uma expectativa de vida menor do que a média. Eles descobriram que casamento e ensino superior sempre reduzem o risco de morte prematura.

 

E as mulheres geralmente têm uma vantagem de sobrevivência sobre os homens em todas as causas de morte, exceto em alguns tipos de câncer e na doença de Alzheimer. No entanto, a raça tem um papel mais complexo na expectativa de vida. Algumas causas específicas de morte afetam mais pessoas brancas, como suicídio, ferimentos, doença pulmonar crônica e câncer de pulmão. Outras, como a doença hepática, afetam mais pessoas hispânicas, enquanto a maioria das causas de morte afeta mais pessoas negras em geral.

 

BMJ Open. DOI: 10.1136/bmjopen-2023-079534.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20466/quatro-fatores-podem-influenciar-a-expectativa-de-vida.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O que é pior para a saúde: diabetes, doença cardíaca, sedentarismo ou fumar? A resposta vai te surpreender


“Faça exercícios regularmente”. Este é o conselho mais comum que você pode ouvir em um consultório médico. Todos sabemos, em algum nível, que exercícios fazem bem para a saúde e nos ajudam a viver mais, mas talvez isso soe muito abstrato. Pois um estudo publicado na semana passada tratou de deixar as coisas bem objetivas: segundo ele, um estilo de vida sedentário é pior para sua saúde do que o tabaco, a diabetes e doenças cardíacas.

 

Os pesquisadores estudaram os dados de 122.007 pacientes que se submeteram a testes de exercício em esteiras na Cleveland Clinic, centro de saúde nos EUA, entre 1 de janeiro de 1991 e 31 de dezembro de 2014. Depois dos testes, os cientistas registraram as taxas de mortalidade dos voluntários. Os pesquisadores descobriram uma conexão clara entre uma vida mais longa e saudável e altos níveis de exercício. O relatório pede que os profissionais de saúde encorajem os pacientes a ter uma rotina de exercícios.

 

“Não se sair bem em uma esteira ou em um teste de esforço físico tem um pior prognóstico do que ser hipertenso, ser diabético ou mesmo ser fumante. Nunca vimos algo tão pronunciado e objetivo quanto isto”, diz em matéria da rede de tv americana CNN Wael Jaber, cardiologista da Cleveland Clinic e autor sênior do estudo, para quem os resultados são extremamente surpreendentes.

 

Jaber afirma que é papel dos pesquisadores agora transmitir os riscos à população em geral. “Não fazer exercícios deve ser considerado um fator de risco tão forte quanto a hipertensão, a diabetes e o tabagismo – se não for mais forte do que todos eles. Isso (o sedentarismo) deve ser tratado quase como uma doença que tem uma receita médica, chamada exercício físico”, aponta ele.

 

Intensidade também é positiva

Ainda na matéria da CNN, Jaber disse que a outra grande revelação da pesquisa é que os exercícios físicos levam a uma vida mais longa sem eventuais limites proporcionados pelos exercícios aeróbicos.

 

Os pesquisadores sempre se preocuparam com o fato de que os praticantes mais intensos poderiam estar em maior risco de morte, mas o estudo descobriu que isso não acontece. “Não há nenhum nível de exercício que expõe ao risco. Podemos ver pelo estudo que os “ultra-fit” ainda têm menor mortalidade”, garante.

 

Como os exercícios afetam seu corpo e como escolher a rotina adequada para você

Jordan Metzl, médico de medicina esportiva do Hospital for Special Surgery e autor do livro “The Exercise Cure”, outro especialista consultado pela CNN, afirma que o novo estudo deve mudar a forma como lidamos com a saúde. “Em vez de pagar somas enormes pelo tratamento de doenças, devemos incentivar nossos pacientes e comunidades a serem ativos e exercitarem-se diariamente”, aponta.

 

Todos os gêneros e idades

Os benefícios do exercício físico foram vistos em todas as idades e em homens e mulheres – de forma apenas um pouco mais evidente nas mulheres, segundo os pesquisadores. “Seja nos seus 40 ou 80 anos, você se beneficiará da mesma maneira”, diz Jasper.

 

“A aptidão cardiorrespiratória está inversamente associada à mortalidade a longo prazo, sem limite superior de benefício observado. A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada com a maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e naqueles com hipertensão”, diz o estudo.

 

Jaber se diz surpreso que o sedentarismo supere até fatores de risco tão fortes quanto o fumo, a diabetes ou até doença renal crônica. “As pessoas que não se saem muito bem em um teste de esteira têm quase o dobro do risco de pessoas com insuficiência renal”, espanta-se.

 

O melhor exercício

Outra característica importante do estudo é que os pesquisadores não dependeram das respostas que os pacientes davam sobre sua rotina – eles mesmos verificaram os exercícios ou a falta deles para chegarem a seus resultados. “Não são os pacientes que nos dizem o que fazem. Estamos testando-os e descobrindo objetivamente a medida real do que eles fazem”, explica Jaber.

 

Três vezes pior que o tabagismo

Os resultados são realmente assustadores para quem leva um estilo de vida sedentário. Segundo Jaber, estas pessoas, se comparadas aos mais assíduos praticantes de exercício, possuem um risco associado à morte 500% maior. “Se você comparar ficar sentado versus o mais alto desempenho no teste de exercício, o risco é cerca de três vezes maior do que o tabagismo”, explica o especialista.

 

O segredo, porém, está na regularidade. Alguém que não se exercita muito, quando comparado com alguém que se exercita regularmente, ainda apresenta um risco 390% maior de morrer.

 

A boa notícia é que não há muito segredo. A cura para a doença do sedentarismo é bem simples. “Você deve exigir uma receita de exercícios de seu médico”, aconselha Jaber. [CNN, Time, World Health]

 

Fonte: https://hypescience.com/sedentarismo-e-mais-perigoso-que-tabagismo-e-diabetes-diz-estudo/ - Por Jéssica Maes

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

Ganhe mais 11 anos de vida com este simples hábito diário


Estudos recentes indicam que incorporar atividade física regular à rotina diária poderia oferecer um acréscimo considerável à expectativa de vida. Movimentar-se mais pode ser o segredo para viver até 11 anos a mais, segundo uma pesquisa que investiga a relação entre exercícios e longevidade. De acordo com os especialistas, a criação de espaços que facilitem o transporte ativo, como áreas de caminhada, pode ser essencial para incentivar a prática de atividades físicas e os benefícios que ela traz à saúde.

 

Pequenos Passos, Grandes Resultados: Como Aumentar a Longevidade

Pesquisadores analisaram dados sobre hábitos de atividade física de americanos com mais de 40 anos e observaram uma relação positiva entre altos níveis de movimento e anos adicionais de vida. O estudo, publicado no British Journal of Sports Medicine, aponta que os mais ativos, entre os 25% do topo da amostra, vivem, em média, 5 anos a mais do que os sedentários. Para quem quer melhorar sua saúde, isso pode significar que pequenas ações, como caminhar mais diariamente, podem gerar uma vida mais longa e com menos doenças.

 

Se os menos ativos aumentassem seus níveis de atividade para acompanhar os mais ativos, eles poderiam ganhar até 11 anos a mais de vida. Bastariam 160 minutos diários de caminhada moderada (a cerca de 4,8 km/h) para alcançar essa expectativa, algo que, embora pareça muito, pode ser distribuído ao longo do dia com pausas e atividades leves.

 

As Vantagens Científicas de Caminhar Diariamente

Conforme o estudo, os adultos com mais de 40 anos que se movimentam por cerca de 111 minutos a mais ao dia, quando comparados com os menos ativos, experimentam uma elevação de quase 11 anos na expectativa de vida. Essa associação entre exercício e longevidade surge como um indicador importante para que políticas de saúde invistam em iniciativas que promovam o exercício físico em espaços públicos.

 

Além de ampliar a expectativa de vida, caminhar ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e outros problemas crônicos. Segundo os pesquisadores, mesmo um aumento modesto na atividade física entre aqueles que se exercitam pouco pode trazer benefícios significativos. Por exemplo, para quem não se movimenta muito, cada hora extra de caminhada pode estender a vida em cerca de 6 horas!

 

Modelo de Estudo: Avaliando o Impacto da Atividade Física

Para alcançar esses dados, os cientistas se basearam em informações colhidas de monitores de atividade e dados populacionais americanos. O estudo combinou informações sobre níveis de movimento de adultos com dados do Censo dos EUA de 2019 e registros de óbitos de 2017. A análise usou modelos preditivos para avaliar como um aumento progressivo na atividade física impactaria a longevidade.

 

Por ser um estudo observacional, os pesquisadores destacam que ele não estabelece uma relação de causa e efeito, mas oferece uma estimativa valiosa dos benefícios da atividade. Mesmo com essas limitações, os resultados são claros: mais movimento pode levar a uma vida mais longa e saudável.

 

Investir em Infraestrutura: Caminhos para a Saúde Pública

A pesquisa sugere que o investimento em infraestrutura para promover estilos de vida mais ativos pode beneficiar não apenas o indivíduo, mas a população como um todo. Medidas como a criação de calçadas mais amplas, parques acessíveis e ciclovias podem encorajar as pessoas a caminhar mais e, como consequência, melhorar a saúde geral. “Promover a mobilidade ativa por meio de melhorias urbanas é uma estratégia que beneficia toda a sociedade”, afirmam os cientistas.

 

Esses resultados reforçam a ideia de que as ações individuais e as políticas públicas devem caminhar lado a lado para prolongar a expectativa de vida e promover a qualidade de vida. Estudos como este, que associam a atividade física a ganhos de longevidade, trazem uma mensagem clara: pequenos passos podem, literalmente, somar anos ao nosso relógio biológico.

 

“Physical activity and life expectancy: a life-table analysis,” publicado em 14 de novembro de 2024 no British Journal of Sports Medicine.

 

Fonte: https://hypescience.com/aumentar-expectativa-vida-caminhada-diaria/#google_vignette - Por Marcelo Ribeiro

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Alto consumo de café pode colocar o coração em risco


Beber mais de 400 miligramas de cafeína diariamente na maioria dos dias da semana pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis, indica um estudo realizado no Zydus Medical College and Hospital in Dahod, na Índia.

 

Para este estudo, os pesquisadores recrutaram 100 indivíduos saudáveis com idades entre 18 e 45 anos por meio de amostragem aleatória. Eles mediram a pressão arterial e o pulso dos participantes e coletaram dados sobre sociodemográficos e ingestão diária de cafeína. Posteriormente, os participantes fizeram um teste de degrau de três minutos, seguido de medições de pressão arterial e frequência cardíaca um minuto e cinco minutos após o teste.

 

 Noventa e dois participantes concluíram o estudo; a maioria era do sexo masculino (62%), com mais de 30 anos (60%) e morava em áreas urbanas (79,3%). Entre os participantes, 19,6% foram identificados como consumindo mais de 400 mg de cafeína diariamente — o equivalente a quatro a cinco xícaras de café. Mulheres, pessoas que trabalham em cargos empresariais e de gestão e aquelas que residem em áreas urbanas mostraram associações significativas com maior ingestão diária de cafeína.

  

Uma xícara de 240ml de café tem entre 95 e 200mg de cafeína; uma lata de refrigerante de cola pode ter entre 35 e 45mg; uma lata de energético de 70 e 150mg; e entre 14 e 60mg em uma xícara de chá. A recomendação de consumo máximo de cafeína é de 400mg por dia.

 

No estudo, o consumo diário de mais de 600mg de cafeína correlacionou-se fortemente com frequência cardíaca elevada (100 batimentos por minuto) e pressão arterial (maior que 140/90 mm Hg) após cinco minutos de descanso após um teste de degrau de três minutos.

 

A ingestão frequente de mais de 600mg de cafeína por dia pode resultar em consequências de longo prazo, como aumento da ansiedade, insônia, enfraquecimento ósseo e fraturas, e acidez no estômago, ela observou, acrescentando que suor e palpitações também podem ocorrer. Além disso, pessoas em faixas etárias mais velhas podem ter condições cardiovasculares que afetam sua frequência cardíaca e pressão arterial.

 

American College of Cardiology Asia 2024.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20390/alto-consumo-de-cafe-pode-colocar-o-coracao-em-risco.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette



sábado, 4 de janeiro de 2025

Pesquisa aponta que pedalar protege os joelhos contra artrose


Esse exercício também contribui o para fortalecimento da musculatura das pernas

 

Andar de bicicleta é mais uma atividade acessível, ou seja, é de baixo impacto, divertida e traz alguns benefícios adicionais para a saúde. Além desses impactos, o estudo disponível no Medicine & Science in Sports & Exercise disse que pedalar protege os joelhos contra artrose.

 

Saiba como que pedalar protege os joelhos contra artrose

Esse trabalho pontuou que pessoas que andam de bicicleta tanto ao ar livre quanto na bicicleta ergométrica em academia lidavam com menos ocorrências de dores frequentes nos joelhos e eram menos propensas a ter osteoartrite nos joelhos.

 

Sendo assim, 25 a 30 minutos de bicicleta durante três dias na semana já pode trazer benefício e, também, o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo indicou Transport, equipamento da academia que simula uma corrida sem impacto.

 

“A fisioterapia é fundamental em qualquer uma das fases com os seguintes objetivos: controle da dor, manutenção do movimento e fortalecimento. O mais importante é consultar um médico que indicará o tratamento adequado”, declarou Marcos.

 

Acréscimo

“Os exercícios físicos que fortaleçam a musculatura sem impacto são os mais recomendados. Destaque aqui para a musculação, pilates e bicicleta entre as mais indicadas”, encerrou o Dr. Marcos Cortelazo.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/pesquisa-aponta-que-pedalar-protege-os-joelhos-contra-artrose/ - By Guilherme Faber - Shutterstock

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Caminhar mais pode te dar até 11 anos a mais de vida, diz estudo; confira como


Um dos dados mais surpreendentes da pesquisa, segundo os autores, é o enorme salto de expectativa de vida que as pessoas inativas podem ganhar

 

Cada pessoa tem uma relação diferente com os exercícios. Talvez você seja viciado em exercícios físicos, vá a academia cinco dias por semana ou esteja treinando para uma maratona para superar os limites do seu corpo. Mas, para a maioria das pessoas, a atividade física fica em segundo plano em relação a todo o resto que acontece na vida.

 

Se você é uma das muitas pessoas que atualmente não atingem as recomendações mínimas de exercícios - 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana -, então você pode estar perdendo ganhos substanciais em longevidade e saúde, de acordo com um novo estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.

 

Os pesquisadores analisaram dados de mortalidade de 2017 do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do CDC. Foram incluídos mais de 36 mil americanos com mais de 40 anos de idade, cujos níveis de atividade física foram baseados em dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional de 2003 a 2006. Os cientistas examinaram o quanto a atividade física reduziu ou aumentou a expectativa de vida.

 

Grandes ganhos para os menos ativos

Talvez esteja na hora de começar a se exercitar mais se você se encontra no grupo dos menos ativos: "As pessoas que atualmente estão inativas são as que mais podem ganhar", afirmou Veerman à Fortune. Uma única hora adicional de caminhada pode dar a essas pessoas seis horas a mais de vida, acrescenta ele.

 

Embora esse grupo inativo apareça no estudo com 50 minutos de caminhada diária, esse número provavelmente vem dos movimentos cotidianos, o que significa que eles não fazem nenhuma atividade física de intensidade moderada ou vigorosa além das atividades básicas da vida diária, que são importantes para a saúde geral.

 

Você tem muito a perder por ser inativo, diz Veerman. Se as pessoas com 40 anos ou mais fossem tão inativas quanto os 25% menos ativos da população, haveria uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida.

 

Qualquer movimento a mais já faz bem

Até mesmo subir um nível de atividade pode trazer benefícios significativos. Para os menos ativos, passar para o segundo grupo trouxe ganhos na expectativa de vida de 0,6 anos, enquanto passar para o terceiro grupo acrescentou 3,5 anos.

 

Quanto aos mais ativos, é provável que eles já tenham maximizado os ganhos de longevidade, diz Veerman.

 

As Diretrizes de Atividade Física para Americanos enfatizam a importância do exercício para o bem-estar geral, não apenas para as vantagens da longevidade. Os exercícios comprovadamente ajudam as pessoas a dormir melhor, a realizar tarefas diárias com mais facilidade e a melhorar a função física e cognitiva, a saúde mental e os níveis de energia, afirma o DHHS.

 

O DHHS enfatiza a importância de fazer exercícios de intensidade moderada e vigorosa diariamente. Isso pode ser difícil se você mora em lugares que dependem de carro e ainda não tem uma rotina de exercícios, ressalta Veerman. Mas cada esforço conta, diz ele.

 

Aqui estão algumas maneiras de incorporar mais movimento ao seu dia - ou o que Veerman chama de "atividade física incidental":

 

Vá pelas escadas sempre que possível.

Tente optar pelo transporte público, para que possa ir e voltar a pé das estações de ônibus ou metrô.

Use uma mesa de trabalho móvel, para alternar entre ficar em pé e sentado.

Caminhe até a geladeira, a impressora, o banheiro ou para tomar café no trabalho.

"Tente encontrar as pequenas coisas que você possa fazer e que não exijam muito esforço", diz Veerman. "Pequenas coisas podem fazer uma grande diferença ao longo dos anos".

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/caminhar-mais-pode-te-dar-ate-11-anos-a-mais-de-vida-diz-estudo-confira-como,360c38153ce7d8f9e9da28cfa8a3e2d8zxtn76jy.html?utm_source=clipboard - Ani Freedman - Foto: ola_p/iStock / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU