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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Exercício físico pode aumentar chance de sobrevivência de pacientes com câncer, indica pesquisa


Um programa de exercícios para pacientes com câncer colorretal pode reduzir o risco de morte em um terço, revela um grande estudo internacional.

 

Um programa de exercícios voltado a pacientes com câncer colorretal pode reduzir o risco de morte em um terço, revela um importante estudo internacional.

 

Os pesquisadores disseram que "não se trata de uma grande quantidade" de exercícios e que qualquer tipo de atividade física, desde natação até aulas de salsa, já conta pontos positivos.

 

Os resultados podem mudar a forma como esse tipo de tumor é tratado em todo o mundo, avaliam especialistas.

 

Cientistas já investigam se programas de exercícios também poderiam melhorar a sobrevida de pessoas com outras doenças, como o câncer de mama.

 

"Trata-se de uma mudança de mentalidade, de pensar no tratamento como algo que você faz, não apenas algo que você toma", avalia a pesquisadora Vicky Coyle, da Queen's University, em Belfast, na Irlanda do Norte.

 

No estudo, o programa de exercícios começou logo após a quimioterapia e os pacientes foram acompanhados por anos.

 

O objetivo era fazer com que as pessoas praticassem pelo menos o dobro da quantidade de exercícios estabelecida nas diretrizes para a população em geral.

 

Isso significa de três a quatro sessões de caminhada rápida por semana, com duração de 45 a 60 minutos, estima a professora Coyle.

 

Os participantes também tiveram acesso sessões semanais de treinamento presencial durante os primeiros seis meses. Posteriormente, esses encontros foram reduzidos a uma vez por mês.

 

O estudo, que envolveu 889 pacientes, incluiu metade dos voluntários no programa de exercícios.

 

A outra parcela apenas recebeu folhetos que traziam informações sobre um estilo de vida saudável.

 

Os resultados publicados no periódico acadêmico New England Journal of Medicine revelaram que em cinco anos:

 

80% das pessoas que se exercitaram permaneceram livres do câncer;

No grupo que só recebeu os folhetos, essa taxa foi de 74%;

Essa diferença representa uma redução de 28% no risco de recidiva ou de formação de um novo tumor.

Enquanto isso, oito anos após o início do tratamento contra o câncer:

 

10% das pessoas no programa de exercícios morreram;

No grupo que recebeu os folhetos, essa porcentagem foi de 17%;

Essa diferença representa um risco de morte 37% menor na parcela dos voluntários que fez o programa de treinamentos.

 

Como exercícios físicos ajudam a combater o câncer?

Não se sabe exatamente por que o exercício tem esse efeito benéfico, mas especialistas suspeitam que ele pode influenciar em fatores como a produção de hormônios do crescimento (que podem acelerar a multiplicação das células tumorais), nos níveis de inflamação e no funcionamento do sistema imunológico — que patrulha todo o corpo em busca de células doentes.

 

O pesquisador Joe Henson, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, classifica os resultados como "empolgantes".

 

"Vi em primeira mão como os treinos reduziram a fadiga, melhoraram o humor e aumentaram a força física das pessoas", conta ele.

 

"Sabemos que a atividade física regula diversos processos biológicos importantes que podem explicar esses resultados, e pesquisas futuras nos ajudarão a descobrir por que o exercício tem um impacto tão positivo", conclui ele.

 

O câncer colorretal é o quarto tipo de câncer mais comum no Brasil (atrás dos tumores de pele não melanoma, de mama e de próstata), com cerca de 45,6 mil pessoas diagnosticadas com a doença a cada ano.

 

A enfermeira Caroline Geraghty, da Cancer Research UK, uma associação britânica que fomenta pesquisas em oncologia no Reino Unido, entende que o estudo "tem o potencial de transformar a prática clínica".

 

"Mas isso apenas acontecerá se os serviços de saúde tiverem o financiamento e a equipe necessários para tornar isso uma realidade para todos os pacientes", conclui ela.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/exercicio-fisico-pode-aumentar-chance-de-sobrevivencia-de-pacientes-com-cancer-indica-pesquisa,7fbd58bbbcce937701e4a1f2b3a0d0d08zxx4xrv.html?utm_source=clipboard - James Gallagher - Correspondente de Saúde e Ciência da BBC News - Foto: Getty Images / BBC News Brasil

terça-feira, 27 de maio de 2025

Entenda como ficar no celular antes de dormir pode prejudicar o sono


Estudo com quase 40 mil jovens mostra que cada hora extra de tela antes de dormir reduz o tempo de sono e compromete a qualidade do descanso

 

Pegar o celular para dar aquela última olhadinha nas redes sociais ou assistir a um vídeo antes de dormir parece inofensivo — mas pode estar sabotando seu sono. Um estudo publicado recentemente no periódico Frontiers Psychiatry reforça o alerta: o tempo de tela à noite tem impacto direto na qualidade do descanso e eleva significativamente o risco de insônia.

 

A pesquisa, realizada por cientistas da Noruega, Austrália e Suécia, analisou os hábitos de quase 40 mil pessoas com idades entre 18 e 28 anos. Para cada hora adicional de uso de dispositivos eletrônicos na cama, o risco de insônia aumenta em 59%, conclui a investigação. Além disso, a prática provoca uma redução média de 24 minutos no tempo total de sono.

 

De acordo com Leticia Soster, neurofisiologista clínica e médica do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, as conclusões apresentadas pelo estudo confirmam o que os especialistas têm observado na sua prática clínica. Isso se deve, principalmente, a dois fatores: o primeiro deles é a luz azul, emitida por dispositivos eletrônicos, que afeta a produção de melatonina, hormônio que sinaliza para o nosso corpo que é hora de dormir.

 

"O segundo é comportamental: o conteúdo consumido, muitas vezes estimulante ou emocionalmente carregado, gera uma ativação cerebral que dificulta o relaxamento necessário para iniciar o sono. Ou seja, tanto a luz quanto o tipo de atividade acabam retardando e afetando o descanso", explica.

 

A curto prazo as consequências são mais leves. "O sono de má qualidade desencadeia problemas como irritabilidade, menor poder de concentração diurna, falhas de memória e dificuldade de aprendizado", diz a pneumologista e especialista em medicina do sono Luciane Impelliziere Luna de Mello, médica do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 

Depois de um tempo, os efeitos podem ser mais sérios. "Aumenta o risco de ansiedade e depressão e de questões físicas, como ganho de peso e maior predisposição a doenças metabólicas, como diabetes. O sono é fundamental para a manutenção geral da saúde", acrescenta Leticia.

 

A privação crônica de sono não afeta apenas o humor e o rendimento diário: a longo prazo, ela eleva o risco de doenças cardiovasculares — como infarto e acidente vascular cerebral — e compromete a saúde óssea, favorecendo o desenvolvimento de osteoporose. Além disso, o sono inadequado está ligado ao declínio cognitivo, aumentando o risco de demências como o Alzheimer, e enfraquece o sistema imunológico, reduzindo a capacidade do organismo de se defender contra infecções.

 

"Mas é importante reforçar que o impacto das telas não se mede apenas pelo tempo de uso, mas também pelo momento e pelo tipo de atividade. Às vezes, poucos minutos de uma atividade muito estimulante no celular antes de dormir já são suficientes para prejudicar o sono", diz Leticia.

 

Colocar limites para o uso de telas, especialmente no período da noite, é a única forma de se proteger desses prejuízos. "O ideal é evitar a exposição às telas duas horas antes de ir para a cama", orienta Luciane. Além disso, atualmente existem configurações nos celulares e tablets para reduzir a emissão de luz azul à noite, o que pode ajudar, mas não substitui a necessidade de reduzir o uso.

 

Para garantir noites mais reparadoras, a orientação é adotar uma rigorosa "higiene do sono". Isso inclui estabelecer horários fixos para dormir e acordar — sem abrir exceções em fins de semana ou feriados — e evitar, pelo menos três horas antes de se deitar, bebidas com cafeína (café, chás e refrigerantes) ou álcool. Também é importante optar por refeições leves à noite, manter o quarto o mais escuro e silencioso possível e regular a temperatura do ambiente para ficar agradável, sem calor ou frio excessivo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-como-ficar-no-celular-antes-de-dormir-pode-prejudicar-o-sono,93722599b83b4302f8b6946b7a572bb0jfd9c5yo.html?utm_source=clipboard - Thais Szegö

domingo, 25 de maio de 2025

Pesquisa aponta os nutrientes que o cérebro humano mais precisa


Mais um trabalho que contribui para o envelhecimento saudável

 

Há muito tempo que a ciência defende a alimentação com ácidos graxos específicos, antioxidantes e alguns tipos de vitaminas para o bem-estar diário. Além disso, pesquisadores das Universidades de Nebraska-Lincoln e Illinois, dos Estados Unidos, indicaram os nutrientes ideais para o cérebro.

 

Saiba mais sobre os nutrientes ideais para o cérebro

Pesquisadores dessas instituições analisaram o perfil nutricional, marcadores sanguíneos e parâmetros do cérebro coletados por ressonância magnética nuclear de 100 pessoas saudáveis com idade entre 65 e 75 anos.

 

Assim, os sujeitos que consumiam mais verduras e frutas in natura apresentaram uma perda menor de cognição. E, além disso, eventuais diferenças de condicionamento físico não foram responsáveis pelos resultados. Soja, abacate, linhaça, noz, óleo de canola e alguns peixes são fontes de ácidos graxos insaturados foi o grupo de nutrientes ressaltado por este estudo.

 

Acréscimo

A Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, mostrou em 2021 o estudo com 49,4 mil mulheres e 27,8 mil homens, que o maior consumo de antioxidantes, compostos encontrados principalmente em verduras e frutas in natura, associou-se a um pequeno risco de perdas cognitivas.

 

Fontes: Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e Neurology, 7 de setembro de 2021; Nature Aging, 21 de maio de 2024

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/pesquisa-aponta-os-nutrientes-que-o-cerebro-humano-mais-precisa,1913be6c783a1952ffe5e9ad21830beec1b70vdg.html?utm_source=clipboard  - Foto: Shutterstock / Sport 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Pesquisa revela quais são as frutas e os vegetais mais nutritivos e poderosos para sua saúde


Três vegetais folhosos lideraram lista e três frutas não atingiram a pontuação necessária

 

Um estudo recente buscou definir quais frutas e vegetais oferecem os maiores benefícios nutricionais para a saúde, com base na concentração de nutrientes essenciais. A pesquisa, conduzida por Jennifer Di Noia, da William Paterson University, estabeleceu um critério claro para classificar os chamados "alimentos poderosos" (PFV, na sigla em inglês) e identificou itens que se destacam pela alta densidade nutricional.

 

O critério para classificação dos alimentos poderosos

A análise levou em conta 17 nutrientes fundamentais para a saúde pública, incluindo potássio, fibra, cálcio, ferro e diversas vitaminas. Para ser classificado como um PFV, o alimento precisava fornecer, em média, 10% ou mais do valor diário recomendado desses nutrientes por 100 kcal. Entre os 47 alimentos avaliados, 41 atingiram esse padrão e foram considerados mais densos em nutrientes do que aqueles que não se enquadraram na classificação.

 

Os destaques do estudo

Os vegetais folhosos, como agrião, espinafre e couve, lideraram a lista dos alimentos mais nutritivos. Outros grupos também se destacaram, incluindo vegetais crucíferos (repolho chinês, brócolis), vegetais amarelo-alaranjados (cenoura, abóbora), cítricos (laranja, limão) e frutas vermelhas (morango). 

 

Por outro lado, frutas como framboesa, tangerina e mirtilo, assim como vegetais allium, como alho e cebola, não atingiram a pontuação mínima necessária.

 

Importância da densidade nutricional

A classificação proposta pelos pesquisadores pode ser uma ferramenta valiosa para educação nutricional e orientação alimentar. Ao enfatizar a densidade de nutrientes em relação ao valor energético dos alimentos, o estudo oferece um caminho para que consumidores tomem decisões mais informadas sobre sua alimentação.

 

Os resultados também reforçam a importância de uma dieta rica em frutas e vegetais variados, garantindo uma ingestão adequada de nutrientes essenciais para a prevenção de doenças crônicas. O próximo passo da pesquisa é aprofundar a relação entre o consumo de PFV e os impactos diretos na saúde a longo prazo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/degusta/alimentacao-com-saude/pesquisa-revela-quais-sao-as-frutas-e-os-vegetais-mais-nutritivos-e-poderosos-para-sua-saude,7b4b0d3dbe1e1780ae2450b6804cf397r59mx4iv.html?utm_source=clipboard - Foto: Lu Schievano - Flickr / Flipar

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O que é pior para a saúde: diabetes, doença cardíaca, sedentarismo ou fumar? A resposta vai te surpreender


“Faça exercícios regularmente”. Este é o conselho mais comum que você pode ouvir em um consultório médico. Todos sabemos, em algum nível, que exercícios fazem bem para a saúde e nos ajudam a viver mais, mas talvez isso soe muito abstrato. Pois um estudo publicado na semana passada tratou de deixar as coisas bem objetivas: segundo ele, um estilo de vida sedentário é pior para sua saúde do que o tabaco, a diabetes e doenças cardíacas.

 

Os pesquisadores estudaram os dados de 122.007 pacientes que se submeteram a testes de exercício em esteiras na Cleveland Clinic, centro de saúde nos EUA, entre 1 de janeiro de 1991 e 31 de dezembro de 2014. Depois dos testes, os cientistas registraram as taxas de mortalidade dos voluntários. Os pesquisadores descobriram uma conexão clara entre uma vida mais longa e saudável e altos níveis de exercício. O relatório pede que os profissionais de saúde encorajem os pacientes a ter uma rotina de exercícios.

 

“Não se sair bem em uma esteira ou em um teste de esforço físico tem um pior prognóstico do que ser hipertenso, ser diabético ou mesmo ser fumante. Nunca vimos algo tão pronunciado e objetivo quanto isto”, diz em matéria da rede de tv americana CNN Wael Jaber, cardiologista da Cleveland Clinic e autor sênior do estudo, para quem os resultados são extremamente surpreendentes.

 

Jaber afirma que é papel dos pesquisadores agora transmitir os riscos à população em geral. “Não fazer exercícios deve ser considerado um fator de risco tão forte quanto a hipertensão, a diabetes e o tabagismo – se não for mais forte do que todos eles. Isso (o sedentarismo) deve ser tratado quase como uma doença que tem uma receita médica, chamada exercício físico”, aponta ele.

 

Intensidade também é positiva

Ainda na matéria da CNN, Jaber disse que a outra grande revelação da pesquisa é que os exercícios físicos levam a uma vida mais longa sem eventuais limites proporcionados pelos exercícios aeróbicos.

 

Os pesquisadores sempre se preocuparam com o fato de que os praticantes mais intensos poderiam estar em maior risco de morte, mas o estudo descobriu que isso não acontece. “Não há nenhum nível de exercício que expõe ao risco. Podemos ver pelo estudo que os “ultra-fit” ainda têm menor mortalidade”, garante.

 

Como os exercícios afetam seu corpo e como escolher a rotina adequada para você

Jordan Metzl, médico de medicina esportiva do Hospital for Special Surgery e autor do livro “The Exercise Cure”, outro especialista consultado pela CNN, afirma que o novo estudo deve mudar a forma como lidamos com a saúde. “Em vez de pagar somas enormes pelo tratamento de doenças, devemos incentivar nossos pacientes e comunidades a serem ativos e exercitarem-se diariamente”, aponta.

 

Todos os gêneros e idades

Os benefícios do exercício físico foram vistos em todas as idades e em homens e mulheres – de forma apenas um pouco mais evidente nas mulheres, segundo os pesquisadores. “Seja nos seus 40 ou 80 anos, você se beneficiará da mesma maneira”, diz Jasper.

 

“A aptidão cardiorrespiratória está inversamente associada à mortalidade a longo prazo, sem limite superior de benefício observado. A aptidão aeróbica extremamente alta foi associada com a maior sobrevida e foi associada ao benefício em pacientes idosos e naqueles com hipertensão”, diz o estudo.

 

Jaber se diz surpreso que o sedentarismo supere até fatores de risco tão fortes quanto o fumo, a diabetes ou até doença renal crônica. “As pessoas que não se saem muito bem em um teste de esteira têm quase o dobro do risco de pessoas com insuficiência renal”, espanta-se.

 

O melhor exercício

Outra característica importante do estudo é que os pesquisadores não dependeram das respostas que os pacientes davam sobre sua rotina – eles mesmos verificaram os exercícios ou a falta deles para chegarem a seus resultados. “Não são os pacientes que nos dizem o que fazem. Estamos testando-os e descobrindo objetivamente a medida real do que eles fazem”, explica Jaber.

 

Três vezes pior que o tabagismo

Os resultados são realmente assustadores para quem leva um estilo de vida sedentário. Segundo Jaber, estas pessoas, se comparadas aos mais assíduos praticantes de exercício, possuem um risco associado à morte 500% maior. “Se você comparar ficar sentado versus o mais alto desempenho no teste de exercício, o risco é cerca de três vezes maior do que o tabagismo”, explica o especialista.

 

O segredo, porém, está na regularidade. Alguém que não se exercita muito, quando comparado com alguém que se exercita regularmente, ainda apresenta um risco 390% maior de morrer.

 

A boa notícia é que não há muito segredo. A cura para a doença do sedentarismo é bem simples. “Você deve exigir uma receita de exercícios de seu médico”, aconselha Jaber. [CNN, Time, World Health]

 

Fonte: https://hypescience.com/sedentarismo-e-mais-perigoso-que-tabagismo-e-diabetes-diz-estudo/ - Por Jéssica Maes

sábado, 4 de janeiro de 2025

Pesquisa aponta que pedalar protege os joelhos contra artrose


Esse exercício também contribui o para fortalecimento da musculatura das pernas

 

Andar de bicicleta é mais uma atividade acessível, ou seja, é de baixo impacto, divertida e traz alguns benefícios adicionais para a saúde. Além desses impactos, o estudo disponível no Medicine & Science in Sports & Exercise disse que pedalar protege os joelhos contra artrose.

 

Saiba como que pedalar protege os joelhos contra artrose

Esse trabalho pontuou que pessoas que andam de bicicleta tanto ao ar livre quanto na bicicleta ergométrica em academia lidavam com menos ocorrências de dores frequentes nos joelhos e eram menos propensas a ter osteoartrite nos joelhos.

 

Sendo assim, 25 a 30 minutos de bicicleta durante três dias na semana já pode trazer benefício e, também, o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo indicou Transport, equipamento da academia que simula uma corrida sem impacto.

 

“A fisioterapia é fundamental em qualquer uma das fases com os seguintes objetivos: controle da dor, manutenção do movimento e fortalecimento. O mais importante é consultar um médico que indicará o tratamento adequado”, declarou Marcos.

 

Acréscimo

“Os exercícios físicos que fortaleçam a musculatura sem impacto são os mais recomendados. Destaque aqui para a musculação, pilates e bicicleta entre as mais indicadas”, encerrou o Dr. Marcos Cortelazo.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/pesquisa-aponta-que-pedalar-protege-os-joelhos-contra-artrose/ - By Guilherme Faber - Shutterstock

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Caminhar mais pode te dar até 11 anos a mais de vida, diz estudo; confira como


Um dos dados mais surpreendentes da pesquisa, segundo os autores, é o enorme salto de expectativa de vida que as pessoas inativas podem ganhar

 

Cada pessoa tem uma relação diferente com os exercícios. Talvez você seja viciado em exercícios físicos, vá a academia cinco dias por semana ou esteja treinando para uma maratona para superar os limites do seu corpo. Mas, para a maioria das pessoas, a atividade física fica em segundo plano em relação a todo o resto que acontece na vida.

 

Se você é uma das muitas pessoas que atualmente não atingem as recomendações mínimas de exercícios - 150 a 300 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana -, então você pode estar perdendo ganhos substanciais em longevidade e saúde, de acordo com um novo estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.

 

Os pesquisadores analisaram dados de mortalidade de 2017 do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do CDC. Foram incluídos mais de 36 mil americanos com mais de 40 anos de idade, cujos níveis de atividade física foram baseados em dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Exame Nutricional de 2003 a 2006. Os cientistas examinaram o quanto a atividade física reduziu ou aumentou a expectativa de vida.

 

Grandes ganhos para os menos ativos

Talvez esteja na hora de começar a se exercitar mais se você se encontra no grupo dos menos ativos: "As pessoas que atualmente estão inativas são as que mais podem ganhar", afirmou Veerman à Fortune. Uma única hora adicional de caminhada pode dar a essas pessoas seis horas a mais de vida, acrescenta ele.

 

Embora esse grupo inativo apareça no estudo com 50 minutos de caminhada diária, esse número provavelmente vem dos movimentos cotidianos, o que significa que eles não fazem nenhuma atividade física de intensidade moderada ou vigorosa além das atividades básicas da vida diária, que são importantes para a saúde geral.

 

Você tem muito a perder por ser inativo, diz Veerman. Se as pessoas com 40 anos ou mais fossem tão inativas quanto os 25% menos ativos da população, haveria uma perda de 5,8 anos na expectativa de vida.

 

Qualquer movimento a mais já faz bem

Até mesmo subir um nível de atividade pode trazer benefícios significativos. Para os menos ativos, passar para o segundo grupo trouxe ganhos na expectativa de vida de 0,6 anos, enquanto passar para o terceiro grupo acrescentou 3,5 anos.

 

Quanto aos mais ativos, é provável que eles já tenham maximizado os ganhos de longevidade, diz Veerman.

 

As Diretrizes de Atividade Física para Americanos enfatizam a importância do exercício para o bem-estar geral, não apenas para as vantagens da longevidade. Os exercícios comprovadamente ajudam as pessoas a dormir melhor, a realizar tarefas diárias com mais facilidade e a melhorar a função física e cognitiva, a saúde mental e os níveis de energia, afirma o DHHS.

 

O DHHS enfatiza a importância de fazer exercícios de intensidade moderada e vigorosa diariamente. Isso pode ser difícil se você mora em lugares que dependem de carro e ainda não tem uma rotina de exercícios, ressalta Veerman. Mas cada esforço conta, diz ele.

 

Aqui estão algumas maneiras de incorporar mais movimento ao seu dia - ou o que Veerman chama de "atividade física incidental":

 

Vá pelas escadas sempre que possível.

Tente optar pelo transporte público, para que possa ir e voltar a pé das estações de ônibus ou metrô.

Use uma mesa de trabalho móvel, para alternar entre ficar em pé e sentado.

Caminhe até a geladeira, a impressora, o banheiro ou para tomar café no trabalho.

"Tente encontrar as pequenas coisas que você possa fazer e que não exijam muito esforço", diz Veerman. "Pequenas coisas podem fazer uma grande diferença ao longo dos anos".

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/caminhar-mais-pode-te-dar-ate-11-anos-a-mais-de-vida-diz-estudo-confira-como,360c38153ce7d8f9e9da28cfa8a3e2d8zxtn76jy.html?utm_source=clipboard - Ani Freedman - Foto: ola_p/iStock / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Estudo indica melhor horário para malhar e perder peso; entenda


Pesquisa acompanhou mais de 5,2 mil pessoas para determinar quais grupos se sairiam melhor praticando atividade física em diferentes momentos do dia

 

Não basta se exercitar, é preciso fazer isso acompanhado de uma dieta equilibrada, horas adequadas de sono e, é claro, acompanhamento profissional. A receita ideal para perder peso é uma equação complexa que depende de muitos fatores para dar os resultados desejados e, agora, uma pesquisa aponta que há, ainda, um fator a mais que precisa entrar nessa conta: o horário em que a atividade física é realizada.

 

Publicado na revista “The Obesity Society’s” em setembro deste ano, o estudo se debruçou sobre dados coletados nos ciclos de 2003-2004 e 2005-2006 da National Health and Nutrition Examination Survey, conduzida pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC), no Reino Unido. Analisando mais de 5,2 mil pessoas, os pesquisadores dividiram os participantes em três grupos: aqueles que se exercitavam pela manhã, no meio do dia e à noite. Os resultados indicam que, para quem quer perder peso, a melhor estratégia é malhar entre as 7h e as 9h da manhã. De acordo com os dados, o grupo que se exercitou durante 150 minutos com intensidade moderada a alta nesse horário do dia registrou menor índice de massa corporal (IMC), que é um indicador importante para acompanhar processos de ganho e perda de peso.

 

Mas atenção: embora não haja nenhuma contraindicação para se exercitar cedinho, é importante lembrar que não existem milagres e esse é apenas um resultado em um universo de pesquisas a respeito da perda de peso e da prática física, como lembra o coordenador técnico da UPX Sports e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo (UP), Zair Cândido. “Para começo de conversa, as pessoas analisadas por esse levantamento que tinham o costume de se exercitar de manhã também alegaram uma menor ingestão de calorias proporcionais a seu peso que aquelas que se exercitavam em outros momentos do dia. Então, mais uma vez, o resultado é a soma de vários fatores e não algum tipo de mágica matutina”, ressalta. Também é importante ter em mente que outros estudos, desenvolvidos em outras partes do mundo, já apontaram exatamente o contrário: que os exercícios vespertinos é que ajudam no emagrecimento.

 

De acordo com o especialista, esse é mesmo um assunto muito controverso. “Hoje temos estudos que mostram que a regulação da melhor hora do dia para fazer exercício está relacionada ao ciclo circadiano, que é composto por uma série de fatores de atividade hormonal e proteica e está condicionado ao cronotipo genético do gene clock. É claro que podemos fazer atividade a qualquer hora, mas é difícil cravar que de manhã seja a melhor opção porque isso não pode ser verdadeiro para muitas pessoas.” O ciclo circadiano, também conhecido como relógio biológico, é o responsável por regular as atividades do organismo dentro do período de dia e noite, ou seja, aproximadamente 24 horas. Coordenado pelo cérebro, o ciclo circadiano permite que o corpo distinga o dia da noite e, com isso, realize todas as atividades para as quais foi programado. “Você até consegue ter adaptações em um período do dia, até determinado limite, mas a verdade é que cada um tem um melhor horário do dia para se exercitar, se alimentar, se expor à luz solar e etc. Isso é genético.”

 

Para se exercitar pela manhã

 

Embora não seja um resultado definitivo, praticar atividades em qualquer horário é sempre positivo. Malhar nesse horário é uma boa forma de “acordar” o corpo para a rotina que vem a seguir. “Praticar atividade física libera uma série de substâncias no organismo que ajudam a melhorar a disposição e trazem sensação de bem-estar. Isso é muito positivo para começar o dia porque ativa regiões do cérebro que são muito úteis para que consigamos desenvolver com mais motivação as tarefas do cotidiano”, lembra o especialista. Para quem está pensando em adotar esse bom hábito, ele destaca algumas dicas.

 

“Quem quer começar a se exercitar precisa, inicialmente, fazer uma avaliação com um educador físico e, se possível, também com um médico. Isso vai garantir que você não desrespeite os limites do seu corpo e, com isso, coloque sua saúde em risco”, aconselha. Depois, é fundamental que, antes de se jogar nos exercícios, o praticante faça uma boa rotina de alongamentos e aquecimento. “Assim, o corpo ficará alerta para o que vem a seguir e responde melhor aos movimentos, por mais intensos que eles sejam. Essa também é uma dica importante para evitar lesões desnecessárias como estiramentos musculares.” Por fim, ter o acompanhamento de um profissional de Educação Física contribui para que o praticante acerte detalhes como posicionamento corporal e, desse modo, tenha uma atividade mais segura. “Exercícios, assim como qualquer outra atividade corporal, exigem conhecimento dos ossos, grupos musculares, articulações e outras partes do corpo. Somente os profissionais de Educação Física estão preparados para lidar com as muitas variáveis envolvidas no assunto.”

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2226002/estudo-indica-melhor-horario-para-malhar-e-perder-peso-entenda - © iStock


"Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, nem oculto que não venha a ser conhecido". (Lucas 12:2)


quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Consumo de álcool tem 'relação profunda' com 6 tipos de câncer, revela estudo


Autores da pesquisa pedem campanhas de conscientização: 'Mais da metade das pessoas não sabe que o álcool aumenta o risco de câncer'

 

Um recente relatório da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer levanta preocupações sobre a relação entre o consumo de álcool e o aumento de casos de câncer, especialmente entre adultos com menos de 50 anos.

 

Apesar da taxa de mortalidade por câncer ter diminuído, a incidência de vários tipos de câncer, como os do sistema gastrointestinal e o câncer de mama, está aumentando, com um crescimento alarmante observado entre os mais jovens.

 

Pessoas bebem menos álcool hoje porque opções de lazer ficaram mais diversas e acessíveis, diz historiador

 

'Comecei a beber com 11 anos e não conseguia parar': as crianças que consomem álcool no Reino Unido

 

O estudo aponta que 40% dos casos de câncer estão relacionados a fatores de risco modificáveis, recomendando a redução do consumo de álcool, juntamente com mudanças no estilo de vida, como evitar o tabaco, manter uma dieta saudável, praticar exercícios e minimizar a exposição a poluentes. 

 

Os autores da pesquisa pedem também que campanhas de conscientização sejam realizadas e que rótulos de advertência específicos sobre câncer sejam adicionados às bebidas alcoólicas.

 

“Cinquenta e um por cento das pessoas — ou mais da metade — não sabe que o álcool aumenta o risco de câncer”, disse Jane Figueiredo, epidemiologista do Instituto de Câncer Samuel Oschin, no Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles (EUA), que participou do comitê responsável pela elaboração do relatório.

 

“Podemos falar sobre o mito de que o vinho tinto tem potenciais benefícios cardiovasculares, mas existem muitas maneiras de manter o coração saudável, e esses potenciais benefícios não superam os riscos de câncer”, acrescentou. 

 

De acordo com o relatório, o consumo excessivo de álcool aumenta o risco de seis tipos de câncer, incluindo carcinoma espinocelular do esôfago e certos tipos de câncer de cabeça, pescoço, mama, colorretal, fígado e estômago.

 

Acredita-se também que o álcool aumente o risco de câncer de mama em mulheres, pois pode elevar os níveis do hormônio estrogênio, que pode impulsionar o desenvolvimento da doença. Como resultado, a redução do consumo de álcool é uma das poucas maneiras que as mulheres têm para modificar seu risco para essa doença. 

 

Enquanto as mulheres já foram desencorajadas a beber durante a gravidez por muitas razões, o relatório da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer fornece mais uma: estudos mostraram que o consumo de álcool durante a gravidez aumenta o risco de leucemia infantil nos filhos. 

 

Os pesquisadores ressaltam que, diante dessas evidências, a redução do consumo de álcool se torna uma estratégia crucial para a prevenção do câncer.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/consumo-de-alcool-tem-relacao-profunda-com-6-tipos-de-cancer-revela-estudo,539d6d39de34b7cfb65d45ebf610d1cb2p96dbit.html?utm_source=clipboard - Foto: Freepik


Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.

Hebreus 13:15


domingo, 19 de novembro de 2023

Estudo indica qual é a temperatura ideal para dormir mais e melhor


A temperatura influencia na qualidade do sono e um novo estudo definiu qual é a melhor

 

Um novo estudo definiu qual seria a temperatura ideal para ter um sono gostoso, profundo e duradouro: entre 20ºC e 25ºC. A conclusão foi de uma pesquisa publicada na revista científica Science of Total Environment, que recrutou 50 voluntários com mais de 60 anos. De acordo com os pesquisadores, a eficiência do sono pode cair em até 10% caso a temperatura ambiente esteja entre 25ºC e 30ºC.

 

“Nossas conclusões indicam que o sono é mais eficiente e restaurador quando a temperatura ambiente noturna varia entre 20°C e 25°C, com uma queda clinicamente relevante de 5% a 10% na eficiência do sono quando a temperatura aumenta de 25°C para 30°C”, afirma os autores do estudo.

 

“Quando está perto da hora de dormir, precisamos de uma ligeira queda na temperatura para iniciar o sono. A temperatura tem essa queda inicialmente, atinge o ponto mais baixo do meio para o final da noite e começa a subir no momento que se aproxima do despertar pela manhã, para facilitar esse processo”, explica João Gallinaro, psiquiatra especialista em medicina do sono.

 

Ele explica que, quando o ambiente do quarto está muito quente, a queda na temperatura que ajuda no sono é mais lenta, levando à dificuldade de pegar no sono. É por isso que nos dias de calor é comum dormir mal ou dormir pouco.

 

O que fazer para ajustar a temperatura do quarto?

Existem diversos recursos que podem ajudar a regular a temperatura do quarto, favorecendo o sono. O mais simples e econômico de todos é dormir com a janela aberta.

 

“Isso permite uma melhor ventilação e já ajuda a controlar a temperatura. O único cuidado que temos que tomar é em relação aos ruídos que vêm de fora, mas, se for possível, deixar a janela aberta é uma opção boa”, comenta João. Outra alternativa simples é o uso de pijamas e roupas de cama leves e confortáveis.

 

O uso de ventilador também é um recurso interessante. “Ele não precisa, necessariamente, estar direcionado para a pessoa. Ele pode estar direcionado a outro ponto do quarto, só para permitir uma melhor circulação de ar”, explica o psiquiatra. Por fim, uma outra alternativa que requer um pouco mais de recursos é o uso de ar condicionado, que pode ser ajustado a uma temperatura de 20ºC.

 

Já nos dias mais frios, o objetivo é deixar o quarto mais aquecido, o que pode ser feito com a ajuda de aquecedores. Mas também há opções mais simples e baratas, como usar pijamas mais quentes e roupas de cama mais adequadas, como colchas e cobertores.

 

Não é apenas a temperatura: outros fatores influenciam no sono

A temperatura é apenas um dos fatores importantes para ter uma boa noite de sono. Segundo João, é preciso ficar atento também ao barulho e à luminosidade. “Quando falamos de barulho, um ambiente que é muito ruidoso pode piorar a qualidade de sono. Mas não é apenas o barulho da rua, mas também dormir com alguém que ronca”, afirma o especialista. “Estudos mostram que um ruído acima de 30 decibéis no ambiente piora a qualidade do sono profundo”, completa.

 

Já em relação à luminosidade, é importante dormir no escuro, pois, quanto mais luz, menor a produção de melatonina, o hormônio do sono. Uma dica é já ajustar a luminosidade do quarto minutos antes de se deitar, com a ajuda de um abajur ou velas, por exemplo, para já ir induzindo o sono. Ao dormir, apague completamente as luzes, se possível.

 

“Uma qualidade de sono ruim pode trazer consequências tanto no curto prazo como no longo prazo”, ressalta João. “No curto prazo, é fácil de perceber: quando dormimos mal ou pouco, ficamos mais cansados, sem energia, irritados e sonolentos ao longo do dia. Já no longo prazo, há uma série de problemas de saúde que têm seu risco aumentado pela má qualidade do sono, como doenças cardiovasculares, diabetes, depressão, ansiedade e doenças relacionadas à memória”, afirma o especialista.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23291 - Escrito por Gabriela Maraccini - Especialista consultado Dr. João Gallinaro - Wavebreakmedia/GettyImages


Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.

1 João 4:19


quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Estudo mostra quantos passos dar para reduzir risco de morte


A pesquisa mostra que uma quantidade mínima de passos já ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e outras condições fatais

 

Sua meta é sair do sedentarismo? Saiba que não é preciso dar muitos passos para isso. Um novo estudo sugere o número de passos que devemos dar todos os dias para obter benefícios para a saúde e reduzir o risco de morte - e é menos do que você imagina!

 

O estudo, publicado no European Journal of Preventive Cardiology, descobriu que caminhar, pelo menos, 3.967 passos por dia reduz o risco de morte por qualquer causa. Além disso, andar 2.337 passos por dia reduz o risco de morrer de doenças cardiovasculares.

 

A análise também mostrou que quanto mais você caminha, maiores são os benefícios para a saúde. O risco de morrer por qualquer causa ou doença cardiovascular diminui significativamente a cada 500 a 1.000 passos extras dados - além do valor mínimo estipulado anteriormente.

 

De acordo com o estudo, um aumento de 1.000 passos por dia foi associado a uma redução de 15% no risco de morte por qualquer causa e um aumento de 500 passos por dia foi associado a uma redução de 7% nas mortes por doenças cardiovasculares. O trabalho foi feito a partir da análise de 226.889 pessoas de 17 estudos diferentes em todo o mundo.

 

Os pesquisadores também descobriram que mesmo que as pessoas dessem até 20 mil passos por dia, os benefícios continuaram a aumentar. Eles ainda não conseguiram encontrar um limite máximo de passos que devem ser dados para obter os benefícios. O estudo foi liderado por Maciej Banach, professor de cardiologia da Universidade Médica de Lodz, na Polônia.

 

“Nosso estudo confirma que quanto mais você anda, melhor”, diz o Prof. Banach. “Descobrimos que isso se aplica a homens e mulheres, independentemente da idade e independente de se você vive em uma região temperada, subtropical ou subpolar do mundo, ou em uma região com uma mistura de climas. Além disso, nossa análise indica que apenas 4.000 passos por dia são necessários para reduzir significativamente as mortes por qualquer causa e menos ainda para reduzir as mortes por doenças cardiovasculares”.

 

O que os resultados do estudo mostram?

Os estudos analisados acompanharam os participantes por uma média de sete anos. A idade média foi de 64 anos e 49% dos participantes eram do sexo feminino. Em pessoas com 60 anos ou mais, a redução no risco de morte foi menor do que o observado em pessoas mais jovens.

 

De acordo com a análise, houve uma redução de 42% no risco observado nos idosos que caminharam entre 6 mil e 10 mil passos por dia. Por outro lado, houve uma redução de 49% no risco em adultos mais jovens que caminharam entre 7 mil e 13 mil passos por dia.

 

“Em um mundo onde temos medicamentos cada vez mais avançados para tratar condições específicas, como doenças cardiovasculares, acredito que devemos sempre enfatizar que as mudanças no estilo de vida, incluindo dieta e exercícios, que foram os principais heróis de nossa análise, podem ser pelo menos tão ou até mais eficazes na redução do risco cardiovascular e no prolongamento da vida”, afirma Banach.

 

O autor enfatiza que são necessários mais estudos, com ainda mais participantes, para investigar se esses benefícios podem existir para exercícios intensos, como corrida e musculação. O estudo também possui limitações por ter sido observacional e pelo impacto da contagem dos passos não ter sido testado em pessoas com diferentes doenças.

 

Benefícios da caminhada

A caminhada é um dos exercícios mais fáceis e acessíveis. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de apenas 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo depois de apenas uma semana", destacou o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp, em matéria publicada anteriormente no MinhaVida.

 

Além disso, conforme explica Roberto Ranzini, ortopedista e especialista em Medicina Esportiva, também em matéria anterior, além dos benefícios físicos, a atividade também aumenta a síntese de neurotransmissores no cérebro, gerando a sensação de bem-estar.

 

Entre os principais benefícios da caminhada, estão:

 

Melhora a circulação sanguínea

Deixa o pulmão mais eficiente

Combate a osteoporose

Aumenta a sensação de bem-estar

Deixa o cérebro mais saudável

Promove o emagrecimento

Previne e reduz o diabetes

 

Para compreender melhor as sugestões apresentadas pelo estudo, dar mil passos leva, aproximadamente, 10 minutos. Portanto, para atingir a quantidade mínima de passos que são benéficos, de acordo com a pesquisa, basta caminhar por 40 minutos diariamente. Smartphones e smartwatches também podem indicar quantos passos são dados em um dia.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-23231 - Escrito por Gabriela Maraccini - FG Trade/GettyImages


Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.

João 16:33


domingo, 5 de novembro de 2023

Pesquisadores de Harvard descobrem como reverter o envelhecimento


Pesquisa feita em camundongos mostrou que o envelhecimento está associado a fatores que afetam a expressão do DNA. Entenda o que diz o estudo

 

O processo de envelhecimento é absolutamente natural e inevitável. Ao menos, parecia ser inevitável até então. Isso porque um time de pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA, parece ter descoberto uma maneira de reverter esse processo. O estudo utilizou reparos no DNA de camundongos e foi publicado em janeiro no periódico científico Cell.

 

“Por muito tempo, acreditou-se que as mudanças no DNA propriamente dito, chamadas de mutações, eram a principal causa do envelhecimento. Mas as descobertas do presente estudo apoiam uma outra hipótese: o processo de envelhecimento está relacionado às mudanças que afetam a expressão do DNA, chamadas de epigenética”, afirma a Dra. Cintia Guedes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

 

A especialista explica que a epigenética se trata de uma série de fatores ambientais que modificam a maneira como os genes se comportam. Isso ocorre sem necessariamente causar alterações na sequência de DNA. “Esses fatores podem incluir, por exemplo, dieta, exposição a poluentes, tabagismo, obesidade, estresse e prática de atividade física”, completa Cintia.

 

Como os pesquisadores revertem o envelhecimento?

Os pesquisadores criaram cortes temporários e de rápida regeneração no DNA de camundongos para simular o efeito que certos fatores ambientais e de estilo de vida possuem no padrão epigenético do DNA.

 

Tais cortes causaram mudanças e, consequentemente, mal funcionamento no padrão epigenético dos camundongos. Isso fez com que parecessem mais velhos, apresentando, inclusive, biomarcadores de envelhecimento aumentados.

 

Em seguida, os cientistas realizaram terapia genética nos animais para reverter as mudanças epigenéticas. Eles redefiniram o padrão epigenético e, assim, reverteram o envelhecimento sofrido pelos camundongos.

 

“Os pesquisadores observaram que, ao ativar uma série de genes normalmente acionados durante a embriogênese, isto é, durante o desenvolvimento embrionário, é possível reverter com segurança o processo de envelhecimento em mais de 50%. Isso porque tais genes causam um processo que, apesar de ainda não ser bem compreendido, é capaz de retroceder a idade biológica e restaurar a função de tecidos. A restauração permitiria, por exemplo, reverter a deterioração da visão, a diminuição da capacidade de atenção e o enfraquecimento do tecido cutâneo”, destaca a dermatologista.

 

O efeito em humanos

Apesar de essa não ser a primeira vez em que trabalhos usam a epigenética para estudar o envelhecimento, os pesquisadores acreditam que esse é o primeiro estudo a apontar a mudança epigenética como fator primário do envelhecimento em mamíferos. “Por exemplo, pesquisas anteriores mostraram que a epigenética é capaz de demonstrar a idade biológica de uma pessoa. Isto é, a real idade do nosso organismo e a velocidade em que envelhecemos, ao contrário da idade cronológica, aquela que contamos pelo calendário”, afirma a médica.

 

Vale ressaltar ainda que o presente estudo possui suas limitações. Como, por exemplo, o fato de ter sido feito com camundongos. Por isso, é necessário então que mais pesquisas sejam realizadas para testar os resultados em mamíferos maiores ou mesmo em humanos.

 

“No entanto, a pesquisa mostra-se de grande relevância por transformar a maneira como enxergamos o processo de envelhecimento e como abordarmos o tratamento dos sinais que surgem com o passar dos anos. Afinal, é o primeiro estudo a demonstrar que podemos ter um controle preciso da idade biológica de um animal complexo, podendo aumentá-la ou diminuí-la conforme necessário”, destaca Cintia.

 

É possível retardar o envelhecimento de maneira natural?

Mas não é preciso aguardar até que surjam mais pesquisas para começarmos a agir sobre a velocidade em que envelhecemos. Existe uma extensa literatura científica mostrando medidas que podem retardar o envelhecimento. E é mais simples do que aparenta.

 

“Quando se trata de reverter nossa idade biológica, pequenas mudanças no estilo de vida já são capazes de causar grande impacto. Por exemplo, procure adotar uma dieta rica em alimentos nutritivos, incluindo grande quantidade de verduras, vegetais, ervas e temperos, como beterrabas, açafrão e chá verde, que possuem a capacidade de rejuvenescer nossa expressão genética. Além disso, procure exercitar-se regularmente, reduzir seus níveis de estresse e dormir bem”, orienta a médica.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/pesquisadores-de-harvard-descobrem-como-reverter-o-envelhecimento.phtml - By Redação - Foto: Shutterstock


Ele cura os corações partidos e fecha suas feridas. (Salmos 147: 3)