sábado, 30 de junho de 2018

Nascidos depois de 1975 têm QI mais baixo que seus pais, conclui pesquisa


Pesquisadores fazem descoberta assustadora sobre os nossos níveis de QI desde a década de 1970

Pesquisadores do Centro de Pesquisa Econômica Ragnar Frisch (Noruega) concluíram que o QI de milhares de pessoas do país tem caído lentamente durante as últimas décadas. Em artigo científico publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, Bernt Bratsberg e Ole Rogeburg sugerem algumas possíveis explicações para esta observação.

Estudos anteriores já haviam notado que as pessoas de forma geral ficaram mais inteligentes na primeira metade do século XX, conforme medição do Quociente de Inteligência (QI). Essa tendência foi chamada de Efeito Flynn, em homenagem a James R. Flynn, que documentou e promoveu este fenômeno.

Muitas teorias tentaram explicar este aumento de inteligência no século passado, e algumas das explicações envolvem uma melhor nutrição, saúde, educação, entre outros fatores. Mas agora, de acordo com esses pesquisadores noruegueses, essa tendência se inverteu. Ao invés de ficarmos mais inteligentes, estamos ficando mais burros.

Os dados analisados neste estudo vêm de testes de QI de pessoas que entraram no serviço militar da Noruega entre 1970 e 2009. Esses jovens nasceram entre os anos de 1962 e 1991, e representam todas as classes sociais do país, já que o serviço militar é compulsório por lá.

Cerca de 730 mil resultados dos testes foram estudados, e a conclusão foi que a cada década os resultados vinham em média três pontos mais altos, até os nascidos em 1975. A partir deste ano, uma queda de rendimento constante foi observada nos testes.

Ao analisar resultados de irmãos, os pesquisadores encontraram diferenças de inteligência entre membros do mesmo grupo familiar, sugerindo que não são os genes que estão causando essa queda nos níveis de QI. “Não é que pessoas burras estão produzindo mais descendentes do que as pessoas inteligentes. É algo relacionado ao ambiente, porque estamos vendo as mesmas diferenças dentro das famílias”, explica Rogeburg à CNN.

Já que em muitos casos os pesquisadores tinham em mãos também os testes de QI dos pais desses jovens, eles conseguiram perceber que pais com QI alto tendem a ter mais filhos do que pessoas com QI baixo.

Eles sugerem que mudanças no estilo de vida podem ser responsáveis pela queda nos resultados, assim como mudanças no sistema educacional e mudança de comportamento de crianças, que deixaram de ler e passaram a jogar mais videogame.

Infelizmente esses resultados não foram observados apenas na Noruega. Estudos semelhantes em outros países como Dinamarca, França e Países Baixos também concluíram a mesma coisa. Uma equipe de pesquisadores britânicos percebeu recentemente que os resultados de testes de QI têm caído entre 2,5 a 4,3 pontos a cada década desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Robin Morris, professor de psicologia da Kings College (Inglaterra) que não está envolvido no estudo em questão, avalia que o formato de teste de QI já não é condizente com a realidade acelerada dos jovens de hoje, e que não é a melhor forma de avaliar inteligência. Ele acredita que o teste está ultrapassado, assim como o sistema educacional, que precisa ser atualizado para atender a jovens que estão acostumados com plataformas diferentes. [MedicalXpress, CNN]


sexta-feira, 29 de junho de 2018

Coloque o celular em modo saúde


Os perigos que esse aparelho traz e como contornar a situação para conviver com ele de maneira saudável

O celular se tornou um objeto essencial na vida das pessoas: um levantamento brasileiro revela que sete em cada dez estudantes não desgrudam do aparelho nem na hora de dormir! Só que essa relação tão íntima pode atrapalhar o corpo e a mente. SAÚDE foi atrás de especialistas para descobrir como tornar esse convívio mais equilibrado.

Postura
Passar muito tempo ao celular, lendo e respondendo mensagens com o pescoço curvado, causa dor na cervical? Segundo Kenneth Hansraj, do Centro Médico de Cirurgia Espinhal e Reabilitação de Nova York (EUA), a resposta é sim. Ele constatou que, quanto maior o ângulo de curvatura do pescoço, pior: se o ângulo é de 15 graus (cabeça mais ereta), a carga sobre a cervical é de 12 quilos; se passar a 60 graus (cabeça abaixada), chega a 27 quilos.
“Quem fica tempo demais nessa posição sobrecarrega a coluna e tem dor no pescoço por fadiga muscular”, explica o médico Edson Pudles, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Já o fisioterapeuta Ney Meziat Filho, do Centro Universitário Augusto Motta, no Rio de Janeiro, tem dados diferentes. “Não vimos associação entre a postura do usuário ao digitar no celular e a frequência de dor no pescoço”, conta o autor de um estudo de grande repercussão com 150 jovens. O professor vai continuar a investigação com um número maior de voluntários, que serão avaliados por até dois anos.

O que fazer
Em vez de abaixar a cabeça, mantenha-a ereta e leve o celular à altura dos olhos.
Faça exercícios de alongamento para relaxar a tensão no pescoço. Uma sugestão é levantar e abaixar os ombros.
Pratique atividade física regular para fortalecer a musculatura das costas.

Sono
Já virou até lugar-comum: quer dormir bem? Então não leve preocupação para a cama. Mas seria melhor reformular: que tal não levar o celular para a cama? No curto prazo, o uso intenso de aparelhos eletrônicos antes de dormir leva a dificuldades para pegar no sono, mau humor e cansaço. No longo prazo, porém, o estrago é maior: dezenas de trabalhos já associam um descanso inadequado a maior risco de diabetes, infarto e câncer.
O problema do celular, e de outras telas, está na emissão da luz azul. Um experimento da Universidade de Haifa, em Israel, comprovou que ela inibe a produção de melatonina, o hormônio que prepara o corpo para dormir e se reparar. “A luz azul estimula o cérebro a se manter em alerta. Isso aumenta a temperatura corporal e dificulta o início do sono”, explica a neurologista Aline Turbino, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “E, quando a pessoa adormece, o sono se torna mais superficial”, completa.

O que fazer
Maneire no uso do celular antes de dormir e diminua os estímulos luminosos e sonoros da casa quando anoitecer.
Ao deitar-se, desligue o telefone ou deixe-o no modo silencioso.
Alertas de luz e som no celular, ainda que discretos, afetam o sono. Mantenha distância.

Visão
Atire o primeiro smartphone quem nunca sentiu os olhos ressecarem depois de ficar um bom tempo entre mensagens, e-mails e afins. Um estudo da Universidade de Seul, na Coreia do Sul, com 916 crianças entre 7 e 12 anos, revela que o risco de desenvolver a síndrome do olho seco, quando a produção de lágrimas é menor que o habitual, é maior entre aquelas que passam até 3,2 horas por dia em frente às telas. Pudera: com a vista focada nos aparelhos eletrônicos, o número de piscadas diminui e, por tabela, há um prejuízo na secreção da lágrima que lubrifica a superfície ocular.
O uso prolongado do celular, aliás, não poupa a visão dos adultos. “Os problemas vão desde coceira e vermelhidão até vista cansada e miopia“, alerta o oftalmologista Luiz Carlos Portes, da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

O que fazer
Reduza o tempo ininterrupto no celular para evitar a desidratação da superfície ocular.
A vista precisa de descanso: desvie o olhar de qualquer tela por 10 minutos a cada 50.
Se o oftalmo julgar necessário, considere o uso de colírios lubrificantes.

Mãos e punhos
Uma mulher de 32 anos deu entrada no Hospital de Granada, na Espanha, após usar o aplicativo de bate-papo por seis horas consecutivas. Qual é o nome da doença? WhatsAppite! Contando assim, parece piada. Mas o quadro chegou a ser descrito numa publicação científica.
Ficar horas e horas digitando mensagens no celular pode causar inflamação na musculatura e nos tendões das mãos – o polegar é particularmente mais atingido. Com o tempo, a situação pode culminar em LER, lesão por esforço repetitivo, e na síndrome do túnel do carpo, ligada à compressão de nervos.
“Em quatro anos, o que era exceção virou regra”, observa o ortopedista Moisés Cohen, da Unifesp. Uma análise de cientistas de Hong Kong estima que ficar mais de cinco horas por dia conectado aumenta o risco de sentir dor e formigamento nas mãos e nos pulsos.

O que fazer
Não sobrecarregue o polegar. Procure segurar o celular com uma das mãos e digitar com o indicador da outra.
Controle-se nos aplicativos de mensagem.
Fortifique a região das mãos fazendo movimentos rotativos com os pulsos.

Ganho de peso
Duas pesquisas, uma canadense e outra feita na Europa, chegaram ao mesmíssimo desfecho: o uso prolongado de eletrônicos eleva a probabilidade de crianças e jovens tornarem-se obesos.
O médico Adamos Hadjipanayis, da Academia Europeia de Pediatria, vai além: o excesso de peso na infância vem aumentando na mesma proporção que o tempo gasto com os celulares.
A explicação? Quem vive no smartphone se exercita menos. “O celular pode ser tanto inimigo quanto aliado. Depende do uso que fazemos dele”, pondera a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Ora, diversos sites e aplicativos incentivam refeições saudáveis e prática de atividade física. “O problema é que passar horas frente às telas induz ao sedentarismo“, avisa Maria Edna.

O que fazer
Evite acessar as redes sociais antes do café da manhã. Isso limita o tempo dedicado à refeição.
Não fique com o celular na mesa durante almoço e jantar. A distração favorece exageros.
Que tal baixar aplicativos que ajudam a cumprir metas de passos e exercícios por dia?

Ansiedade
Você é daqueles que passam mal quando esquecem o celular em casa, notam que a bateria acabou ou descobrem que ele está sem sinal?
Se for, atenção: você pode sofrer de “nomofobia”, expressão de origem inglesa que significa medo de ficar sem celular. No Brasil, de acordo com cálculos da Universidade Federal do Rio de Janeiro, uma em cada três pessoas tem manifestações do transtorno. O problema não está no tempo de uso, mas no apego do usuário ao aparelho. E essa dependência é capaz de deixá-lo estressado e infeliz.
“As reações vão desde ansiedade, quando o indivíduo sente a necessidade de estar a par de tudo, até depressão, quando ele constata que é o único de sua timeline que não viaja a lugares deslumbrantes”, exemplifica o psicólogo Cristiano Nabuco de Abreu, da Universidade de São Paulo. Use com bom senso e moderação : – )

O que fazer
Estipule horários para acessar as mídias sociais e checar os e-mails.
Nos feriados e fins de semana, priorize atividades off-line, como passeios ao ar livre.
Se sentir que a dependência pelo celular está passando dos limites, procure um profissional.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/como-o-celular-afeta-sua-saude/ - Por André Bernardo - Ilustração: Henri Campeã/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Lembranças dos cinemas em Itabaiana


Uma das melhores lembranças que tenho da minha infância e da juventude era de assistir a filmes, principalmente no Cine Santo Antônio, e provavelmente da maioria dos itabaianenses que nasceram algumas décadas atrás. Os meus filmes preferidos eram os de cowboy com Django, Sartana e Ringo eternizados por suas músicas orquestradas, Mazzaropi, Tarzan e os chineses de lutas e espada.

     Para os que não conheceram ou frequentaram o Cine Santo Antônio, também conhecido como cinema do padre, ele ficava no Edifício Pio XII na Praça João Pessoa que também teve o estúdio da Rádio Princesa da Serra AM a partir de 1978, onde hoje é o Supermercado Nunes Peixoto. O Cine Santo Antônio era enorme com cadeiras de madeira e acolchoadas. Nas laterais ficavam algumas portas grandes e largas, em cada lado existia um corredor onde as pessoas ficavam se refrescando nos dias de calor enquanto aguardavam o início do filme ou batendo papo com os amigos.

     O Cine Santo Antônio foi marco cultural de Itabaiana, porque além de exibir filmes também cedia seu espaço para eventos tais como: shows com cantores nacionais, de calouros e político, a exemplo do lançamento da candidatura de Djalma Lobo para deputado estadual.

     Os filmes eram exibidos à noite e na matinê aos domingos. Quando o público era insuficiente, o dinheiro do ingresso era devolvido, isso aconteceu algumas vezes na sessão do domingo à tarde. Na frente do cinema eram colocados cartazes do filme em exibição e lançamentos. Quando a pessoa passava pela portaria adentrava a um salão onde ficavam expostos cartazes de filmes e do lado direito tinha uma bomboniere que vendia balas, chicletes, drops, pipocas, pirulitos e guloseimas em geral. Um funcionário, Queixinho, era quem colocava os cartazes dos filmes, inclusive em alguns pontos do centro da cidade, a exemplo do Bar Simpatia. 

     Enquanto o público aguardava o início da película, ouvia músicas orquestradas transmitidas nas caixas de som do cinema. Na matinê, as portas laterais eram fechadas para que o ambiente ficasse escuro e a noite as portas ficavam abertas, e quando as luzes eram apagadas, as pessoas gritavam de euforia pelo início do filme. No início, passava um documentário do Canal 100, principalmente sobre o futebol, depois passava os trailers de filmes que entrariam em cartaz e finalmente iniciava o filme. Era comum ao término do filme, as pessoas ficarem olhando o cartaz e as fotos na frente do cinema para relembrar das cenas.

     De tanto frequentar o Cine Santo Antônio ainda tenho lembranças dos funcionários que trabalharam no período a exemplo do gerente João Carteiro, que morava próximo a minha casa, Antônio Santana do Dnocs e seu filho Dode, ambos trabalharam na bilheteria e portaria, Oseas e Mané Roló como porteiros e Roberto, mais conhecido como filho de Deus, operador de máquina, o que passava o filme e Queixinho.

     Comecei assistir a filmes no cine Santo Antônio no final da década de 60 até o início dos anos 90 quando o mesmo parou de exibir as produções cinematográficas. A partir desta data, Itabaiana ficou sem um cinema por causa da febre das locadoras de filmes e dos videocassetes e posteriormente dos DVDs, já que quase todo mundo possuía um em sua casa.

     Tenho lembranças de algumas situações que ocorriam durante as exibições de filmes como: quando a fita do filme quebrava, o operador acendia as luzes enquanto a consertava, e as pessoas impacientes pela demora ficavam batendo as cadeiras de madeira até o reinício da exibição; igualmente ocorria quando faltava energia durante a apresentação, e que às vezes a energia não retornava e as pessoas recebiam o ingresso para voltar outro dia; quando o filme era ruim as pessoas se levantam e iam embora antes do término, geralmente o filme ficava um dia em cartaz, mas quando era bom, ficava a semana toda em exibição; em algumas datas especiais, a exemplo da Sexta-feira Santa, o filme passava em duas sessões seguidas com um ingresso apenas para quem quisesse assistir.

     Teve uma época que bastava mudar o cartaz e eu ia para o cinema, para isso, ganhava alguns trocados pegando carrego com a carroça de mão para Tonho cacetinho, que tinha uma bodega na esquina do Grupo Escolar Guilhermino Bezerra, e ao fazer compras no mercadinho me chamava para ir buscá-las. Também ajudei no bar de Gleide de Dedé de Tutu nos finais de semana para ganhar algum dinheiro e poder ir ao cinema. Meu pai, Josias Costa, morreu quando eu tinha 10 anos e minha mãe recebia a pensão e também trabalhava de costureira, e o dinheiro era pouco.  Certa vez, pedi dinheiro a ela para assisti o filme de Mazzaropi, mas como não tinha, disse que se recebesse o dinheiro de uma costura até à noite me daria, mas com uma condição, eu tinha que varrer o quintal.  Assim o fiz, e depois do café, naquela época não falava jantar, a freguesa pagou-lhe e assim que ela me deu o dinheiro, saí correndo para o cinema, pois sabia que seria casa lotada. Comprei o ingresso, entrei e sentei em uma cadeira de madeira próxima ao corredor do lado direito e ao lado de uma cadeira vazia, foi quando chegou um casal e propôs comprar o meu lugar com o dinheiro correspondente a do ingresso, aceitei e assisti ao filme sentado no batente de uma das portas. Enquanto assistia ao filme, fiquei pensando no que fiz, pois deixei de sentar em um lugar confortável, e que, talvez, mãe tivesse feito um sacrifício em me dá o dinheiro. Ao chegar em casa, mãe estava costurando, coloquei a mão no bolso da bermuda e entreguei o dinheiro a ela que perguntou se eu não tinha ido ao cinema, e respondi que sim. Contando o que tinha acontecido, ela me entregou o dinheiro e disse que era meu e gastasse como quisesse.

     No palco do cine Santo Antônio, apresentavam-se vários cantores de renome nacional da época e eu assisti a alguns shows, entre eles, o de Ronnie Von, Marcio Greyck, Perla paraguaia, Waldick Soriano que geralmente eram acompanhados por seus violinistas e pelas bandas sergipanas Brasa 10 e Los Guaranis. Uma lembrança que tenho de um show foi quando eu ia para o cine Santo Antônio e ao passar no bar de João Marcelo, na Praça João Pessoa, vi Waldick Soriano tomando algumas doses de cachaça. Ele deve ter gostado bastante, pois comprou algumas garrafas e ao passo que caminhava, ia cumprimentando as pessoas que cruzavam com ele pela praça. Vizinha ao cinema, ficava a casa de Zeca Titia onde o cantor pediu para que guardassem as garrafas dele até o término do show. Durante um desses shows, o cantor oportunizou a Queixinho que cantasse para o público com o seu violão, já que o mesmo gostava muito de cantar, mas infelizmente o itabaianense não alcançou a profissão.

Também assisti filmes no Cine Arrojado, que ficava na Rua Barão do Rio Branco, atualmente Lucy Decorações, e sem pagar, já que Arrojado era amigo do meu pai e também me conhecia, pois eu vendia a serviço dele, os escapulários de Nossa Senhora do Carmo, na Praça Fausto Cardoso, na comemoração do dia da santa. O cinema era muito simples com um espaço dividido para exibição de filmes e venda de frutas. O cinema tinha alguns bancos de madeira, as pessoas que chegavam atrasadas assistiam ao filme sentadas no chão ou de pé.

No cine Popular, situado na Rua 13 de maio, onde atualmente é a Rádio Princesa da Serra AM, assisti a poucos filmes, mas o que mais me marcou foi O exorcista, filme de terror, e apesar de não ter a idade exigida pela censura que era de 14 anos, o porteiro me conhecia e permitiu a minha entrada. O Cine Popular era pequeno e tinha dois pavimentos para o público, o maior, que ficava no térreo e o menor, na parte superior. Os cinemas Santo Antônio e Popular eram do empresário José Queiroz da Costa, que também tinha alguns cinemas em Aracaju.

     Atualmente, Itabaiana possui salas de cinema no shopping Peixoto, mas eu não fui ainda assisti um filme, talvez pela facilidade de ver filmes em casa pela netflix, youtube, sky, dvd, computador ou tv, eu sei que não é a mesma coisa, mas nada comparado a simplicidade e o glamour de frequentar o Cine Santo Antônio algumas décadas atrás. Que saudades dos tempos que não voltam mais…

Por Professor José Costa

Exercícios de resistência física podem ajudar na redução da depressão


Os exercícios de resistência física estão associados à redução dos sintomas depressivos entre os adultos, de acordo com uma metanálise publicada na revista JAMA Psychiatry.

Pesquisadores irlandeses examinaram a correlação da eficácia dos exercícios de resistência física com sintomas depressivos usando dados de 33 estudos clínicos randomizados envolvendo 1.877 participantes. Os estudos usaram medidas validadas de sintomas depressivos, que foram avaliadas no início e meio e/ou pós-intervenção. Um total de 947 participantes foram randomizados para os exercícios de resistência física e 930 para uma condição de controle não-ativo.

Os pesquisadores observaram uma redução significativa nos sintomas depressivos com os exercícios de resistência física. Houve heterogeneidade considerável, e 32,9% da variância observada foi explicada por erro amostral. Não houve correlações significativas para o volume total de exercícios de resistência física prescritos, status de saúde dos participantes e melhorias de força com o efeito antidepressivo dos exercícios. Ensaios clínicos randomizados com alocação e/ou avaliação cega apresentaram menores reduções nos sintomas depressivos.

Portanto, os exercícios de resistência física reduziram significativamente os sintomas depressivos entre adultos, independentemente do estado de saúde, volume total prescrito de exercícios, ou melhorias significativas na força.


quarta-feira, 27 de junho de 2018

Descubra em quanto tempo ter uma religião prolonga a sua vida


Um novo estudo americano descobriu que pessoas com afiliações religiosas vivem quase quatro anos mais do que pessoas sem religião.

Esse aumento de quatro anos – encontrado em uma análise de mais de 1.000 obituários de todo o país – foi calculado depois de os pesquisadores levarem em conta fatores como o sexo e o estado civil dos falecidos, dois aspectos que estudos anteriores descobriram ter fortes efeitos sobre a expectativa de vida.

O aumento foi ligeiramente maior (6,48 anos) em um estudo menor com obituários publicados em um jornal de uma única cidade, Des Moines, no estado do Iowa.

Os pesquisadores descobriram ainda que parte da razão para o aumento da longevidade pode vir do fato de que muitas pessoas religiosas também fazem trabalho voluntário e pertencem a organizações sociais, e que os efeitos da religião na longevidade podem depender, em parte, da religiosidade média das cidades onde as pessoas vivem.

Em números
O primeiro estudo envolveu 505 obituários publicados em Des Moines em janeiro e fevereiro de 2012. Além de observar a idade e qualquer afiliação religiosa dos falecidos, os pesquisadores também documentaram sexo, estado civil e o número de atividades sociais e voluntárias listadas.

Os resultados mostraram que os religiosos viveram 9,45 anos mais do que os sem afiliação religiosa. Essa diferença encolheu para 6,48 anos após os pesquisadores controlarem a diferença em longevidade devida ao sexo e ao estado civil das pessoas.

O segundo estudo incluiu 1.096 obituários de 42 grandes cidades dos Estados Unidos publicados entre agosto de 2010 e agosto de 2011.

Neste estudo, as pessoas cujos óbitos mencionaram uma afiliação religiosa viveram em média 5,64 anos mais do que aquelas sem afiliação religiosa, o que encolheu para 3,82 anos após o sexo e o estado civil serem considerados.

Religião pode afetar a saúde das pessoas
Participação social
Muitos estudos anteriores mostraram que pessoas que se voluntariam e participam de grupos sociais tendem a viver mais que outras.

Especialistas dizem que o segredo da longevidade está nestes 9 hábitos
Assim, os pesquisadores combinaram dados de ambos os estudos para ver se trabalho voluntário e participação em organizações sociais poderiam explicar o aumento da longevidade.

Os resultados mostraram que isso era apenas parte da razão pela qual as pessoas religiosas viviam mais tempo.

“Descobrimos que o voluntariado e o envolvimento em organizações sociais representam apenas um pouco menos de um ano do aumento da longevidade que a afiliação religiosa proporciona”, disse Laura Wallace, principal autora e estudante de doutorado em psicologia na Universidade Estadual de Ohio, nos EUA. “Ainda há muito benefício da afiliação religiosa que isso não pode explicar”.

Veja o que acontece com o cérebro de quem acredita em uma religião
Então, o que mais explica como a religião ajuda as pessoas a viverem mais?

Uma hipótese é de que isso está relacionado às regras e normas de muitas religiões que restringem práticas pouco saudáveis, como o uso de álcool e drogas e fazer sexo com muitos parceiros. Além disso, muitas religiões promovem práticas de redução do estresse que podem melhorar a saúde, como gratidão, oração ou meditação.

Religiosidade média
O fato de os pesquisadores terem dados de muitas cidades também permitiu investigar se o nível de religiosidade média de uma cidade poderia afetar a influência da afiliação religiosa na longevidade.

Os resultados mostraram que um elemento-chave relacionado à longevidade em cada cidade era a importância dada à conformidade com os valores e normas da comunidade.

Em cidades altamente religiosas onde a conformidade era importante, as pessoas religiosas tendiam a viver mais do que as pessoas não religiosas. Mas em algumas cidades há um efeito de “transbordamento”.

“Os efeitos positivos para a saúde da religião se espalham para os não religiosos em algumas situações específicas”, explicou Wallace. “O efeito de transbordamento só ocorre em cidades altamente religiosas que não estão muito preocupadas com a conformidade de todos com as mesmas normas. Nessas áreas, as pessoas não religiosas tendem a viver tanto quanto as religiosas”.

Cautela
Os pesquisadores admitem que há limitações para o estudo, incluindo o fato de que eles não puderam controlar fatores importantes relacionados à longevidade, como etnia e saúde.

Porém, no geral, o estudo fornece evidência adicional ao crescente número de pesquisas que mostram que a religião tem um efeito positivo na saúde.

Um artigo sobre as descobertas foi publicado na revista científica Social Psychological and Personality Science. [MedicalXpress]


terça-feira, 26 de junho de 2018

Dormir pouco ou dormir demais aumentam excesso de idade do coração


Excesso de idade cardíaca

Pessoas na idade adulta que dormem uma média de sete horas por noite apresentam menor excesso de idade cardíaca (EIC).

A idade do coração é a idade calculada do sistema cardiovascular de uma pessoa com base em seu perfil de fator de risco - os riscos incluem pressão alta, tabagismo, diabetes e índice de massa corporal como indicador de obesidade.

O excesso de idade cardíaca é um indicador que, como seu nome indica, mostra que o coração de uma pessoa é mais velho do que sua idade cronológica.

Depois de fazer esses cálculos para 12.775 adultos, Julia Durmer e seus colegas da Universidade Emory (EUA) verificaram que a média ajustada de EIC (excesso de idade cardíaca) foi menor entre os adultos que relataram dormir uma média de sete horas por período de 24 horas.

Dormir mais do que sete horas ou menos do que sete horas por noite, ao contrário, mostrou-se associado com um aumento da idade cardíaca em excesso - as maiores elevações foram observadas entre pessoas que dormem muito pouco.

Em outras palavras, dormir demais ou de menos não é o ideal para o coração.

"Esses resultados são importantes porque demonstram um método quantitativo para a inclusão da duração do sono no estabelecimento e na comunicação do risco cardiovascular para os indivíduos. Isso pode ter utilidade no atendimento clínico de pacientes com risco cardiovascular e para pesquisadores de saúde pública interessados em adicionar uma medida de sono para estudos futuros," disse Julia Durmer.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=dormir-pouco-ou-dormir-demais-aumentam-excesso-idade-coracao&id=12861&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Diário da Saúde/Adaptado de CDC

segunda-feira, 25 de junho de 2018

16 dicas (infalíveis) para emagrecer e não engordar nunca mais!


Confira estratégias certeiras para eliminar os quilos extras de forma saudável e duradoura e atingir seus objetivos

Quando o assunto é emagrecer, não existe um plano milagroso que funcione para todos os organismos. Mas algumas estratégias tendem a ser mais bem-sucedidas do que outras. Pensando nisso, separamos dicas para você mudar seus hábitos e chegar lá:

1. Pare de se concentrar no que você não deve fazer
Esqueça aquela velha mentalidade de dieta e emagrecimento: não pode isso ou corte aquilo. Em vez disso, concentre-se em todos os alimentos maravilhosos que você pode comer, nas atividades que pode fazer e nos benefícios que irá ganhar com o combo.

2. Anote suas refeições ou grave-as em um aplicativo
Manter o controle de tudo que você come e bebe pode ser uma tarefa difícil, especialmente se você, assim como a maioria das mulheres, tem uma rotina agitada. A dica, então, é escrever (ou salvar no app) o que está prestes a comer e como se sente durante esses momentos. Isso pode fazer com que você tenha uma nova visão sobre seus hábitos alimentares e, a partir disso, reconsidere suas escolhas.

3. Crie uma escala de fome antes e após comer
Antes de abocanhar aquele pedaço de torta, meça os níveis de fome e saciedade em uma escala de 0 a 10, sendo que 10 significa absolutamente satisfeita. O truque é começar a refeição em um nível de fome 3 ou 4 e parar entre os níveis 6 ou 7.

4. Trate o café da manhã como a refeição mais importante do dia
Quem nunca ouviu que o café da manhã é a refeição mais importante do dia que atire a primeira tapioca! Por isso, opte por um café rico em proteínas (de 25 a 30g), para melhorar a saciedade e, de quebra, evitar os ataques de gula ao longo do dia.

5. Faça do café da manhã a sua maior refeição do dia
Coma bastante no café da manhã, uma porção média no almoço e pouco no jantar. A maior parte das calorias e carboidratos (saudáveis) deve ser consumida até a parte tarde. Por isso, na primeira refeição do dia vai deixar você saciada e evitará as famosas jacadas no período à tarde e à noite.

6. Evite comer em frente a telas (TV e celular)
Esse hábito interfere diretamente na sua capacidade de se sentir saciada e, muitas vezes, leva aos excessos. Por isso, encare o momento da refeição como um ritual e preste muita atenção nos alimentos que colocou no prato.

7. Não se esqueça das frutas e dos legumes
Procure comer nove frutas e vegetais todos os dias (4 frutas e 5 legumes, por exemplo). Cada refeição e lanche deve incluir uma fruta e/ou um legume. O aumento da ingestão de fibras faz você ter menos fome.

8. Hidrate-se antes de se sentar à mesa
Beber água antes de uma refeição tem o mesmo efeito do que comer uma salada de entrada: ajuda você a se sentir mais cheia e a comer menos na hora do prato principal.

9. Permita-se uma escapadinha da dieta
Se você quer perder peso, inclua duas comidas prazerosas (que não fazem parte da dieta) por semana em sua rotina. Pode ser um sorvete, um pedaço de bolo, uma fatia de pizza ou um hambúrguer. A chave para o sucesso é manter essas indulgências dentro de uma refeição, não durante um dia inteiro.

10. Coma a cada três horas
Quem divide o que come em cinco refeições por dia acelera o metabolismo entre 5 e 15%. Imagine se você ainda maneirar nas porções: é emagrecimento na certa porque você evita os picos de fome.

11. Adicione alimentos verdes ao cardápio
Os vegetais verde-escuros – caso do espinafre e da couve, por exemplo – têm poucas calorias e gorduras e são ricos em fibras. Mas muitos não gostam deles por causa do sabor amargo. É o seu caso? Inclua-os no smoothie, na salada ou na sopa.

12. Escolha itens difíceis de descascar para o lanche
Quem aposta em ingredientes como nozes e laranja acaba consumindo menos calorias. O motivo? Tirar a casca faz com que você demore mais tempo entre as mordidas. Resultado: mais tempo mastigando e menos quantidade consumida.

13. Conte com um amigo
Quer aumentar sua motivação? Chame um amigo (ou membro da família) para ajudar você a chegar lá. Como funciona: ao final de cada dia, faça anotações (mensagens de texto, telefonemas, e-mails… O que for mais conveniente) com três pontos: quais foram os aspectos positivos do dia, as tentações ou fraquezas enfrentadas e o que você quer melhorar no dia seguinte. Assim, quando pensar em desistir, o amigo entra em ação e impede que você fuja do seu objetivo. Força, menina!

14. Aposte em pratos menores
Servir as refeições em pratos pequenos pode ser uma boa estratégia para enganar a mente. O hábito faz com que o cérebro acredite que você está comendo mais.

15. Seja paciente e realista
Emagrecer não é um processo rápido. Por isso, é preciso olhar para além da balança e enxergar as mudanças positivas que estão acontecendo com o seu corpo: suas roupas antigas voltaram a servir? Você está caminhando por mais tempo? Parou de tomar alguns remédios? Ponto positivo para a mudança de hábitos.

16. E finalmente… Trate-se com compaixão
Antes de comer, pergunte-se: o que o alimento vai proporcionar? Você precisa comer porque está com fome ou porque está chateada? Descubra quais são suas necessidades. Assim, você evita o exagero. Mas nada de sentir culpa!

Fonte: https://boaforma.abril.com.br/dieta/16-dicas-infaliveis-para-emagrecer-e-nao-engordar-nunca-mais/ - Por Redação Boa Forma - Tinatin1/Thinkstock/Getty Images

domingo, 24 de junho de 2018

Como o sexo te torna uma pessoa mais feliz e saudável


O sexo – do bom, é claro – produz efeitos emocionais e físicos surpreendentes para a sua saúde e bem-estar.

Estudos e especialistas constantemente defendem as vantagens do sexo regular, porque ele provoca uma série de mudanças fisiológicas positivas e bem documentadas no seu corpo e no seu cérebro. Por exemplo:

Sexo pode melhorar a longevidade
Fazer sexo regularmente pode melhorar sua expectativa de vida, de acordo com Sunny Rodgers, sexólogo clínico.
“Toda vez que você atinge o orgasmo, seu corpo libera DHEA, um hormônio conhecido por estimular seu sistema imunológico, melhorar a cognição, manter a pele saudável e fazê-lo parecer mais jovem”, diz.

Sexo pode melhorar a saúde mental
As preocupações literalmente desaparecerem durante o sexo. O ato pode levar a “diminuição da dor e da ansiedade e aumento do relaxamento e sensação de bem-estar”, conforme explica Rodgers.
Isso se deve principalmente as substâncias químicas liberadas no cérebro durante o sexo. “As endorfinas são os neurotransmissores associados a sentimentos felizes que podem melhorar o humor geral e combater a depressão”, afirma.

Sexo pode aumentar a intimidade com o seu parceiro
O toque o aproxima de seu parceiro de uma maneira muito física e hormonal, argumenta Laurie Watson, terapeuta sexual.
“Em um relacionamento comprometido, fazer sexo libera oxitocina, o hormônio do vínculo amoroso, fazendo você se sentir mais conectado ao seu parceiro”, diz ela.
De acordo com um estudo de 2017, os benefícios do vínculo imediato duram cerca de 48 horas após o sexo, aumentando assim a qualidade do relacionamento a longo prazo.

Sexo pode ser um bom remédio
O sexo frequente pode melhorar a saúde física de várias maneiras.
“De acordo com um estudo da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, a ejaculação reduz o risco de câncer de próstata, o que torna o sexo uma opção saudável para os homens. Os orgasmos também produzem ocitocina, que funciona como um analgésico natural e pode ajudar a reduzir dores de cabeça e dores musculares”, conta Rodgers.

Sexo queima calorias
Embora haja muito debate sobre as calorias que são realmente perdidas durante o sexo, certamente é melhor do que não fazer nenhum exercício.
“Um casal queima cerca de 100 calorias cada vez que faz sexo”, explica Rodgers. “Se fazem sexo aproximadamente três vezes por semana, podem queimar mais de 15.000 calorias por ano sem nunca ir para a academia”.

Sexo é um bom calmante
Especificamente, os orgasmos podem liberar muita tensão do corpo.
“Eu tive uma paciente que fez sexo três vezes por semana durante 12 anos sem orgasmo”, Watson recorda. “Quando finalmente trabalhamos nisso e ela teve orgasmos, disse: ‘Uau, você está certa! Há muito alívio do estresse’”.
Um estudo publicado na revista científica PLOS One descobriu que fazer sexo todos os dias durante duas semanas pode levar a crescimento celular no hipocampo, uma região do cérebro que regula o humor.
Há também evidências de que sentir-se próximo do seu parceiro, tanto emocional quanto fisicamente, pode afastar o estresse, reduzindo os níveis do hormônio cortisol.

Sexo pode levar a uma melhor saúde pélvica e menstrual
Quanto mais sexo você faz, melhor ele fica, porque praticá-lo “fortalece o tônus muscular na área genital e no assoalho pélvico, o que pode levar a orgasmos mais fortes com o tempo”, defende Rodgers.
O componente do sexo que alivia a dor se estende aos sintomas pré-menstruais, como cólicas, também.

Conclusão: faça muito sexo, qualquer sexo!
Os benefícios do sexo regular são enormes. E estamos falando aqui de qualquer atividade sexual com a qual você se sinta à vontade e que o conecte com um parceiro.
“Sexo e prazer sexual podem incluir beijos, toques, preliminares, massagem sensual, atos orais, uso de produtos de prazeres íntimos, masturbação mútua e muito mais”, resume Rodgers. “Os casais devem se afastar da definição e se concentrar nas experiências prazerosas que criam juntos”. [HuffPost]


sábado, 23 de junho de 2018

Mitos e verdades sobre cuidados com a pele


Protetor com base funciona? As águas micelar e termal fazem diferença? Respondemos essas e outras dúvidas

Ao investir nos cuidados com a pele, é comum ter algumas dúvidas e ouvir um monte de conselhos. Conversamos com dermatos e cosmetólogos para esclarecer o que realmente procede.

1. Protetor com base funciona mesmo?
Não só funciona como é bem-vindo, já que a cor cria uma camada contra a luz visível (do sol e das lâmpadas artificiais). “Mas tem que ser em formato de loção, duo cake ou creme. O pó é só para finalização”, frisa Maurício Pupo, diretor de pesquisa da Ada Tina Italy. A dermatologista Fabíola Bordin, da clínica Dermais, no Rio de Janeiro, lembra outro detalhe: o protetor com cor é superior à base com proteção.

2. Tomar água interfere na aparência da pele?
Sim. “Além de aumentar a hidratação, esse hábito ajuda no aporte de nutrientes para a pele”, afirma a dermatologista Thaís Pepe, de São Paulo. Vale ressaltar que a tarefa do hidratante é formar uma barreira para impedir a saída de água da pele. Agora, para ter o líquido lá, é preciso bebê-lo.

3. Posso fazer máscaras caseiras?
Os experts não curtem a ideia. “Dependendo dos ingredientes, há risco de alergias”, justifica Luciana Samorano, dermatologista da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, tem que buscar orientação. Segundo Pupo, a regra é nunca usar frutas e plantas, devido à possibilidade de reação com o sol. Iogurte, mel, aveia e azeite estão liberados (sem sol depois).

4. Depilar a sobrancelha com cera contribui para a flacidez nas pálpebras?
Está aí um tópico que gera polêmica. Para Thaís Pepe, existe, sim, essa possibilidade. Mas há quem não veja a flacidez como o principal problema. “O hábito pode acelerar a formação de manchas“, avisa Fabíola. No fim das contas, a técnica é desaconselhada.

5. As águas termal e micelar fazem mesmo a diferença?
A água micelar dá força na remoção da maquiagem e dos resíduos de poluição – com a vantagem de não ser oleosa. Já a água termal, explica Luciana, tem propriedades relaxantes e anti-inflamatórias. “Pode ser bacana após procedimentos estéticos”, sugere a médica.

6. Compressas de pepino e outros ingredientes evitam o envelhecimento?
Não. “Servem apenas para acalmar a pele e favorecer a circulação”, responde Mônica Aribi, dermatologista de São Paulo. Mas Luciana acha que, assim como no caso das máscaras, sempre vale um papo com o dermato. “O fato de ser natural não significa que é obrigatoriamente inofensivo”, alerta.

7. Os produtos de manipulação são mais eficientes do que os prontos?
Manipular cremes é uma forma de individualizar o tratamento e resolver mais de uma questão ao mesmo tempo. A indústria cosmética, por sua vez, tem tecnologia avançada e rigor com qualidade. Converse com seu médico para ver o que é melhor para você.

8. Os óculos escuros são parceiros contra o envelhecimento?
Com certeza. Ao apertarmos demais os olhos, como no momento em que encaramos a claridade, abrimos brecha para as rugas de expressão surgirem. “E os óculos protegem a pele das pálpebras”, pontua Luciana. Faz um belo par, portanto, com o filtro solar.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/mitos-e-verdades-sobre-cuidados-com-a-pele/ - Por Thaís Manarini - Foto: M Image Photography, iStock/SAÚDE é Vital

Artigo "O esporte ajuda na prevenção da violência" publicado na Revista Impactos


sexta-feira, 22 de junho de 2018

Frio aumenta o risco de problemas cardíacos


Quando as temperaturas despencam, a probabilidade de internação por insuficiência cardíaca e infarto sobe 30%

Entre junho e agosto, meses marcados por temperaturas mais frias, as internações nos hospitais públicos da cidade de São Paulo por insuficiência cardíaca e infarto chegam a ser 30% maiores do que no verão. É o que mostra estudo inédito realizado por médicos da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein.

A pesquisa, liderada pelo cardiologista Eduardo Pesaro considerou todas as internações por insuficiência cardíaca (76 474 casos) e infarto agudo do miocárdio (54 561 casos) registradas em 61 hospitais públicos da capital paulista entre janeiro de 2008 e abril de 2015.

Os dados fazem parte do Cadastro Nacional de Saúde, do Sistema Único de Saúde (SUS). Foram consideradas também as temperaturas mínima, máxima e média em cada período ao longo desses sete anos, registradas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). “Provavelmente isso se dá por fenômenos múltiplos, como o frio e a qualidade de ar como principais aspectos de risco. As pessoas que estão em maior risco e que já são doentes, com pressão alta, diabetes, devem ter uma atenção especial nesse período e maior controle como tomar corretamente o remédio e medir a pressão”, aconselhou o cardiologista.

A pesquisa mostrou ainda que o número médio de internações por insuficiência cardíaca no inverno foi maior em pacientes com mais de 40 anos. Já as hospitalizações por infarto foram registradas em maior número em pacientes com idade superior a 50 anos. De acordo com o cardiologista, as causas do aumento do risco cardiovascular no inverno não estão diretamente ligadas à queda do ponteiro do termômetro, mas às condições ambientais e socioeconômicas de São Paulo.

“Inverno não significa só frio, mesmo porque em São Paulo ele é ameno, com temperatura média de 18 graus e variação de apenas 5 graus. Ele também significa poluição aumentada, crescimento de epidemias provocadas pelo vírus da gripe, o Influenza, além do tempo seco”, diz Pesaro.

Poluição
Com uma população de quase 12 milhões de habitantes e uma frota de 8,64 milhões de veículos (incluindo caminhões e ônibus), São Paulo fica mais poluída no inverno. A baixa umidade, chuva reduzida e as frequentes inversões térmicas (quando o ar frio é bloqueado por uma camada de ar quente e fica preso perto da superfície) são condições que impedem a dispersão de poluentes como monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e material particulável inalável.

 “Temperatura baixa, pouca umidade e alta poluição contribuem para uma maior incidência de doenças respiratórias e gripe, com o consequente aumento do risco cardiovascular”, explica Pesaro.

Uma das hipóteses levantada no estudo é de que o aumento da probabilidade de infarto e de insuficiência cardíaca no inverno está relacionado às condições socioeconômicas da população. De acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, na região metropolitana de São Paulo, 596 479 casas são consideradas subnormais, como assentamentos irregulares, favelas, invasões, palafitas, comunidades com deficiência na oferta de serviços públicos básicos, como rede de esgoto e tratamento de água, coleta de lixo e energia elétrica. A capital paulista concentra dois terços desse total ou 397 652 lares.

“Em São Paulo, uma população mais desamparada, com casas improvisadas ou sem aquecimento, mais exposta à poluição e ao frio pode apresentar mais risco de ter doenças cardíacas no inverno que uma pessoa que mora em um país de clima temperado, mas está mais protegida por ter calefação na residência e roupas melhores”, diz Pesaro.

Para se proteger, ele recomenda que as pessoas que têm condições, aqueçam bem a casa. “Um aquecedor portátil ajuda em semanas mais extremas de frio. Outra coisa é tratar do vazamento de ar frio por janelas, portas e telhado. E também se agasalhar melhor, pois tudo isso contribui com a proteção, a ideia é não expor ao frio as pessoas que têm maior risco, como idosos e doentes cardiovasculares”.

Ele ainda ressalta a importância da vacinação. “As epidemias virais e as gripes aumentam o risco cardíaco. Vacinar-se especialmente nas vésperas do outono e inverno é importante também”.

O que acontece com o coração
O frio faz os vasos sanguíneos se contraírem e eleva a liberação de adrenalina, o que culmina na subida da pressão arterial. Além disso, o aumento da poluição contribui para doenças respiratórias que sobrecarregam o coração. Já o Influenza (vírus da gripe) é capaz de causar inchaço ou inflamação das coronárias, com a possibilidade de liberar as placas de colesterol nela depositadas. As placas, por sua vez, podem causar bloqueios e interromper o fluxo sanguíneo.

Para Pesaro, o governo precisa investir em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população. “As pessoas e os governos têm que cuidar melhor daqueles indivíduos em maior risco durante o inverno. Quem tem risco deve regularizar o controle das suas próprias doenças, como por exemplo, pressão alta, que sabemos que aumenta no inverno, lembrar de tomar os remédios, fazer a medida da pressão com periodicidade e tentar não passar frio mesmo dentro de casa”, aconselha.

Esse texto foi publicado originalmente no site da Agência Brasil.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/frio-aumenta-o-risco-de-problemas-cardiacos/ - Por Ludmilla Souza - Ilustração: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital

quinta-feira, 21 de junho de 2018

As melhores maneiras de combater as rugas


Os vincos na testa, nos olhos e na boca começaram a aparecer? Ou deseja evitá-los? Veja as substâncias e os tratamentos que ajudam nessa empreitada

Você costuma fazer caras e bocas ao se expressar? Pois é esperado que marquinhas se formem na pele em decorrência disso – testa, boca e olhos estão entre as áreas mais acometidas. “São as primeiras rugas que aparecem”, informa Adriana Vilarinho, dermatologista da capital paulista. Mas há uma segunda versão, chamada de ruga estática, que está ligada ao envelhecimento e a fatores como menor presença de colágeno no corpo e falta de hidratação.

“A indicação do tratamento depende dos tipos de ruga e pele. Cada caso é único”, avisa a dermato. Segundo Patrícia Mafra, da clínica Volpi, uma coisa é certa: para vincos já instalados, só cremes não fazem milagre.

Os melhores ativos
Alfa-hidroxiácidos
A cosmetóloga Vânia Leite, professora da Universidade Federal de São Paulo e presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia, informa que, em geral, os ácidos têm ação esfoliante e estimuladora de colágeno. Embora essa família seja considerada mais suave, a pele fica sensível – porque há remoção de células mortas. Então, não dá para dispensar o filtro solar.

Retinol
É um derivado de ácido retinoico (este, só sob prescrição), mas menos agressivo. “Auxilia na fabricação de colágeno novo, além de evitar a destruição daquele que já temos”, esclarece o farmacêutico Maurício Pupo, diretor de pesquisa da Ada Tina Italy.

Vitamina C
“Também é ótima produtora de colágeno”, diz Vânia. A tecnologia permite que a molécula, facilmente oxidável, fique estável nos cremes.

Procedimentos de sucesso
Laser
Hoje há opções high tech. Um exemplo é o laser de diodo, que não exige óculos de proteção. “Daí conseguimos chegar bem pertinho das pálpebras superior e inferior”, comenta Mônica Aribi, dermatologista de São Paulo. Ela garante que os resultados ficam excelentes ao redor da boca.

Toxina botulínica
“É o tratamento padrão-ouro para rugas de expressão”, declara a dermatologista Denise Steiner, professora da Universidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. A função do popular botox é neutralizar a acetilcolina, elemento envolvido na contração muscular.

Preenchimento
Uma das substâncias mais usadas nesse procedimento é o ácido hialurônico. Isso porque ele é capaz de atrair e reter a água, dando um aspecto mais uniforme à pele.

A hora certa do botox
Há um papo de que o ideal é aplicar antes de as rugas surgirem. Será? “Faz todo o sentido”, opina Patrícia Mafra. “Assim é possível relaxar os músculos para que as rugas nem se formem”, justifica. O correto, segundo a médica, seria verificar a necessidade de aplicação lá pelos 30 anos. Mas, de novo: o tratamento é válido contra as rugas de expressão, e não as estáticas. É que o botox impede que o indivíduo realize justamente os movimentos musculares que contribuem para o aparecimento dos vincos. Depois que eles marcam a pele pra valer, o procedimento até ajuda, mas nem tanto.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/as-melhoras-maneiras-de-combater-as-rugas/ - Por Thaís Manarini - Foto: Betsie Van der Meer, Getty Images/SAÚDE é Vital