domingo, 28 de fevereiro de 2021

Volta às aulas na pandemia: como saber se a escola está preparada?


Adotar protocolos de biossegurança é fundamental para garantir a saúde dos alunos nas aulas presenciais

 

O início do ano letivo de 2021 foi marcado pelo retorno gradativo das aulas presenciais em escolas públicas e privadas. Por acontecer ainda durante a pandemia, as instituições precisam adotar cuidados redobrados com a higiene e a biossegurança para garantir um ambiente seguro aos alunos.

 

"A escola já é considerada por algumas entidades e autoridades um ambiente seguro e controlado. Mas para que isso seja unanimidade é necessário colocar em prática todos os dias os protocolos de biossegurança, pois essa é a nossa realidade agora", explica o professor Uilson da Veiga Santos, diretor da unidade de São Bernardo do Campo do Colégio Adventista.

 

Para saber se a escola está realmente preparada para a retomada das aulas presenciais, os pais e responsáveis devem analisar e fiscalizar o protocolo de segurança proposto pela instituição. Pensando nisso, separamos seis medidas de segurança que as escolas devem adotar durante a pandemia para garantir a saúde e segurança dos alunos na volta às aulas.

 

1. Itens essenciais de higiene pessoal

De acordo com os decretos estaduais, é obrigatório que as escolas disponibilizem álcool em gel dentro das salas de aulas e nas áreas comuns. No Colégio Belo Futuro Internacional, por exemplo, além do álcool em gel, cada sala possui um kit de higienização com pano descartável e álcool líquido 70% para desinfecção periódica. Os pais também são orientados a enviarem troca de máscara aos alunos.

"Temos máscaras descartáveis para oferecer aos alunos caso haja necessidade e nossas auxiliares e educadoras utilizam luvas descartáveis o tempo todo para auxiliar no que for necessário", relata Annelize de Farias Lenci, diretora pedagógica do Colégio Belo Futuro Internacional.

 

2. Uso de máscara em todos os ambientes

A máscara é um item indispensável durante a pandemia e seu uso também é obrigatório nas aulas presenciais. Para que a eficiência da máscara não seja comprometida, é preciso trocá-la a cada duas horas ou quando estiver úmida ou rasgada.

Levando em consideração o tempo de aula e o intervalo para refeição, é recomendado que os alunos tenham, no mínimo, quatro máscaras extras para realizar a troca ao longo do dia. Caso a máscara usada não seja descartável, o aluno deve levar algum plástico para armazená-las e guardá-las na mochila, desinfectando-as em casa.

"A família é parceira da escola, e esse momento delicado é de cooperação entre as partes", elucida a diretora pedagógica do Colégio Belo Futuro Internacional.

 

3. Distanciamento social nas salas de aula

O distanciamento é uma das medidas mais importantes para reduzir a propagação da COVID-19 e deve ser mantido dentro das salas de aula. A distância ideal entre duas pessoas durante a pandemia é de dois metros. Para que esse distanciamento seja respeitado, o ideal é que as salas recebam número reduzido de alunos e tenham carteiras demarcadas com a distância recomendada entre elas.

 

4. Refeições seguras

Outra grande preocupação é como garantir que as refeições na escola sejam realizadas de forma segura. Afinal, esse é o único momento em que os alunos devem retirar a máscara. "Os ambientes precisam ser controlados principalmente na hora do lanche e com os pequenos, que geralmente gostam de trocar o lanchinho e brincar pelo pátio", relata Uilson.

Para isso, a escola pode fazer um rodízio na área de alimentação, limitando o número de alunos que irão lanchar juntos, minimizando ao máximo o contato entre eles. Outra opção citada pelo diretor é que as crianças possam lanchar dentro da sala de aula individualmente, cada um em sua carteira. É importante reforçar que o uso de máscara é essencial. Por isso, ao finalizar a refeição os alunos devem, imediatamente, colocar máscara - de preferência uma nova.

 

5. Atenção especial para cada faixa etária

Apesar das recomendações de segurança serem generalistas, cada faixa etária precisa de um cuidado diferente. Alunos da educação infantil e do fundamental são mais novos e não têm tanta autonomia. Por isso, é preciso ter atenção para que eles não compartilhem objetos pessoais - como brinquedos e materiais escolares -, e cumpram o distanciamento.

No Colégio Belo Futuro Internacional, por exemplo, os estudantes do ensino médio também possuem uma atenção especial. Mas, nesse caso, o foco é no horário do intervalo, quando os alunos ficam mais próximos.

"O que sempre levamos em consideração em nossa escola é o acolhimento e a orientação. Portanto, sempre que percebemos uma regra mal aplicada ou aplicada erroneamente, optamos pela conversa e explicação dos porquês, e não pela punição", relata Annelize de Farias Lenci.

 

6. Aluno com sintoma: como a escola deve agir?

Caso o aluno apresente algum sintoma do novo coronavírus, gripe ou resfriado, os pais são orientados a não levá-lo à escola. Mas se a criança apresentar os sintomas dentro da instituição, é preciso que haja um ambiente isolado e ventilado para que a criança possa ficar até a chegada dos responsáveis. "Se o aluno testar positivo, os pais devem comunicar a escola e o grupo que teve contato com a criança deve realizar um período de quarentena antes de voltar para as atividades", explica Uilson da Veiga Santos.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/familia/materias/37362-volta-as-aulas-na-pandemia-como-saber-se-a-escola-esta-preparada - Escrito por Hellen Cerqueira - Foto: Halfpoint Images | Getty Images

sábado, 27 de fevereiro de 2021

Crises de raiva e exercícios em excesso aumentam risco de infarto


Os dois fatores podem resultar no ataque cardíaco na hora seguinte a situação

 

Pessoas que passam por situações de irritação e se submetem a atividades físicas exageradas têm um risco dobrado de sofrerem um infarto na hora seguinte, de acordo com um estudo internacional publicado na revista "Circulation".

 

Estudos anteriores já haviam explorado essa teoria de que crises de raiva ou de esforço físico pode desencadear um ataque cardíaco, porém as amostras era pequenas e inconclusivas. Andrew Smyth, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade McMaster, no Canadá, comentou: "Estudos anteriores exploraram esses gatilhos para infarto; no entanto, tiveram menos participantes ou foram feitos em um único país e os dados eram limitados a muitas partes do mundo".

 

O novo estudo avaliou dados de 12.000 pacientes com idade média de 58 anos e que tiveram ataque cardíaco pela primeira vez. Eles responderam a um questionário sobre o que tinha acontecido na hora anterior ao infarto, ocorrência que poderia ser considerada um gatilho.

 

Os pesquisadores mostraram que viver emoções ou atividades intensas pode aumentar a pressão arterial e frequência cardíaca, fazendo com que os vasos sanguíneos se contraiam. Isso pode gerar "placas" que interrompe o fluxo de sangue para o coração, provocando um ataque cardíaco.

 

Além disso, quando o acontecimento de perturbação emocional ocorre ao mesmo tempo da atividade física pesada, o risco de infarto mais do que triplica. Os resultados mostraram que quase 14% dos participantes disseram que haviam se esforçado horas antes dos sintomas de ataque cardíaco começarem a surgir. E um número similar disse que tinham ficado com raiva ou chateado antes do infarto.

 

Apesar de as conclusões sobre os esforço físico pesado, o pesquisador Andrew Smyth lembra da importância dos exercícios regulares e dos benefícios que pode trazer a saúde a longo prazo, incluindo a diminuição dos riscos de doenças cardíacas.

 

Mesmo não estando envolvido na pesquisa, Barry Jacobs, porta-voz da Associação Americana do Coração revela que as pessoas precisam aprender a maneira adequada de lidar com suas emoções, mas que meditação, exercícios de relaxamento e respiração de forma correta podem ser fontes de ajuda.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/22652-crises-de-raiva-e-exercicios-em-excesso-aumentam-risco-de-infarto - Escrito por Redação Minha Vida

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Quarentena para portadores de covid-19 deve permanecer em 14 dias

 


Tempo da quarentena

 

Resultados de uma pesquisa conduzida no Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo sugerem que pode ser arriscado reduzir de 14 para dez dias o tempo de quarentena indicado para casos leves e moderados de covid-19, como recomendou em outubro o Centro de Controle de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

 

Os pesquisadores trabalharam com 29 amostras de secreção nasofaríngea de pacientes com diagnóstico confirmado por teste de RT-PCR. O material foi coletado no décimo dia após o início dos sintomas e, em laboratório, inoculado em culturas de células.

 

Em 25% dos casos, o vírus presente nas amostras se mostrou capaz de infectar as células e de se replicar in vitro.

 

Em teoria, portanto, pessoas que tivessem contato com gotículas de saliva expelidas por 25% desses pacientes no período em que o material foi coletado ainda poderiam ser contaminadas.

 

"Recomenda-se que os infectados com sintomas leves permaneçam totalmente isolados em casa, sem contato com ninguém, durante todo o período de quarentena. E há uma grande pressão para reduzir o tempo de isolamento - tanto por fatores econômicos como psicológicos. Mas, se o objetivo da quarentena é mitigar o risco de transmissão do vírus, 25% [de pacientes com vírus viável] é uma proporção muito alta," avalia a professora Camila Romano.

 

A quarentena de 14 dias foi estabelecida ainda no início da pandemia com base no tempo médio que leva, após o início dos sintomas, para o SARS-CoV-2 deixar de ser detectado no teste de RT-PCR. Em geral, esses primeiros estudos foram feitos com indivíduos com doença moderada ou grave, que precisaram ser hospitalizados.

 

"No Brasil, a regra ainda é a quarentena de 14 dias, embora alguns municípios estejam cogitando reduzir para dez dias. Em países como a Suíça, infectados com sintomas leves são liberados do isolamento após sete dias apenas," conta Camila. "À medida que mais estudos vêm sendo feitos em populações diferentes e com metodologias mais sensíveis, percebemos que ainda é muito cedo para 'bater o martelo' sobre o tempo ideal de quarentena. Estamos vendo países sendo atingidos por novas ondas da doença e cada vez menos o isolamento de 14 dias é seguido. É importante levar em conta os dados mais recentes ao repensar políticas de isolamento", defende a pesquisadora.

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=quarentena-portadores-covid-19-deve-permanecer-14-dias&id=14577&nl=nlds - Com informações da Agência Fapesp

Flamengo é bicampeão brasileiro de futebol 2021


São Paulo vence Flamengo, mas Rogério Ceni é campeão no Morumbi

 

O São Paulo, enfim, garantiu vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Recebendo o Flamengo nesta quinta-feira, no Morumbi, em jogo que valia o título para os visitantes, o Tricolor entrou em campo apostando no esquema 3-5-2, com uma postura muito mais defensiva, e a estratégia deu certo, conquistando o triunfo por 2 a 1. Luciano e Pablo balançaram as redes para os donos da casa. Bruno Henrique marcou o tento rubro-negro. Apesar do revés, o time comandado por Rogério Ceni acabou faturando o bicampeonato brasileiro.

 

Esse foi o primeiro título brasileiro de Rogério Ceni como treinador. Coincidentemente, o ex-goleiro se sagrou campeão justamente no palco onde se acostumou a erguer troféus e se tornou ídolo, mas agora vestindo outras cores.

 

O São Paulo, por sua vez, se despede do Brasileirão em quarto lugar. Depois de chegar a liderar a competição com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, o Tricolor perdeu fôlego na reta final, trocou de treinador, mas, ao menos, manteve sua invencibilidade enfrentando Rogério Ceni. Agora são oito jogos, com seis vitórias são-paulinas e dois empates.

 

O jogo – O Flamengo começou o jogo dominando as ações ofensivas. Com o São Paulo retraído na defesa, o time comandado por Rogério Ceni não perdeu tempo e logo aos seis minutos quase abriu o placar. Arrascaeta cobrou escanteio, a zaga tricolor desviou de cabeça, e a bola sobrou nos pés de Gabigol, que pegou de primeira, mandando por cima da meta de Tiago Volpi, à queima-roupa. Depois, aos 12, Gustavo Henrique cabeceou cruzado, em direção ao chão, forçando o goleiro são-paulino a fazer grande defesa, mas o árbitro marcou falta do zagueiro rubro-negro, que se apoiou na marcação ao saltar.

 

O São Paulo só foi responder aos 18 minutos, em jogada de contra-ataque. Igor Vinícius recebeu lançamento, matou no peito já adiantando, invadindo a área, e sendo derrubado por Isla. O pênalti existiu, mas a arbitragem não deu pelo fato de Daniel Alves ter dominado a bola com o braço na origem do lance.

 

O Flamengo continuou com mais posse de bola, mas enfrentando dificuldades para furar o forte sistema defensivo do São Paulo, que apostou no esquema 3-5-2. Aos 33 minutos, Arrascaeta teve a chance de abrir o placar em cobrança de falta, mas bateu na barreira. No rebote, Everton Ribeiro arriscou de fora da área, mas mandou longe do gol defendido por Volpi. Antes do intervalo, os visitantes ainda tiveram mais uma chance de balançar as redes com Gabigol. Bruno Henrique desviou de cabeça após cobrança de escanteio, e o camisa 9 apareceu no segundo pau para completar, mas mandou para fora.

 

Quis o destino que o São Paulo, que pouco ameaçou no primeiro tempo, abrisse o placar já nos acréscimos. Tchê Tchê sofreu falta de Everton Ribeiro na entrada da área, dentro da meia-lua. Luciano foi para a cobrança e não desperdiçou, batendo forte, no cantinho, surpreendendo o goleiro Hugo Moura.

 

Segundo tempo

 

Precisando da vitória a qualquer custo, o Flamengo voltou para o segundo tempo pilhado e não demorou muito para empatar a partida. Aos cinco minutos, Gustavo Henrique completou de cabeça o escanteio de Arrascaeta, e Bruno Henrique apareceu no meio do caminho para mandar para o fundo das redes, deixando tudo igual no Morumbi.

 

O Flamengo mal teve tempo para comemorar o empate. Aos 13, Hugo Souza rebateu a bola no peito de Daniel Alves, que deu passe açucarado para Pablo. O camisa 9 saiu frente a frente com o goleiro rubro-negro e tocou por baixo das pernas do adversário, recolocando o São Paulo em vantagem.

 

Aos 20 minutos, Rogério Ceni teve de tirar Gabigol, que sentiu um desconforto muscular, e acionar Pedro. E com pouco tempo o centroavante já criou uma chance de perigo. Em disputa com Bruno Alves, ele levou a melhor e cruzou na cabeça de Bruno Henrique, que completou no segundo pau, mas mandou para fora, assustando a defesa tricolor.

 

Nos minutos finais, o Flamengo ainda tentou de tudo para comemorar o título sem uma derrota, até porque se o Internacional marcasse um gol contra o Corinthians, o título ia por água abaixo. Mas, o Colorado não balançou as redes no Beira-Rio, e, mesmo não conseguindo evitar o revés, Rogério Ceni e seus comandados acabaram faturando o Campeonato Brasileiro.

 

FICHA TÉCNICA

SÃO PAULO 2 X 1 FLAMENGO 

 

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)

Data: 25 de fevereiro de 2021, quinta-feira

Horário: 21h30 (de Brasília)

Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR)

Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Victor Hugo dos Santos (PR)

VAR: Wagner Reway (PB)

 

Gols: Luciano, aos 49 do 1ºT, e Pablo, aos 13 do 2ºT (São Paulo); Bruno Henrique, aos 5 do 2ºT (Flamengo)

Cartões amarelos: Tchê Tchê, Arboleda, Daniel Alves, Igor Vinícius, Welington, Luciano (São Paulo); Everton Ribeiro, Gabigol (Flamengo)

Cartão vermelho: Charles Hembert (Flamengo)

 

SÃO PAULO: Tiago Volpi; Arboleda, Diego Costa e Bruno Alves; Igor Vinícius (Galeano), Luan (Hernanes), Daniel Alves, Tchê Tchê e Welington (Gabriel Sara); Luciano (Igor Gomes) e Pablo (Tréllez).

Técnico: Marcos Vizolli.

 

FLAMENGO: Hugo; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, Gustavo Henrique e Filipe Luis; Gerson, Diego (João Gomes), Arrascaeta e Everton Ribeiro; Bruno Henrique e Gabigol (Pedro).

Técnico: Rogério Ceni

 

Fonte: https://www.gazetaesportiva.com/campeonatos/brasileiro-serie-a/sao-paulo-vence-flamengo-mas-rogerio-ceni-e-campeao-no-morumbi/

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Quais as chances de uma pessoa jovem sofrer um infarto?


Entenda como hábitos e estilo de vida interferem diretamente na saúde do coração


"Infartou aos 20 e poucos anos? Mas ele ainda não tem idade para isso!". Jovem, sem sintomas e aparentemente saudável. Ficou para trás o tempo em que episódios de ataque do coração eram considerados um problema apenas de quem já havia passado da meia-idade. O fato é que está cada vez mais frequente nos depararmos com casos de vítimas de um infarto do miocárdio na faixa dos 20, 30 ou 40 anos. E isso está muito relacionado hoje ao estilo de vida que levamos.


Nem precisamos chegar à questão das mudanças trazidas com a chegada do coronavírus e suas consequências, mas a fatores que já influenciavam a saúde antes mesmo da pandemia. Ansiedade, excesso de atribuições e responsabilidades são motivos suficientes para elevar a incidência do estresse em adultos jovens e favorecer a ocorrência de infartos precoces.


Somado a isso podemos mencionar a multiplicação de hábitos não saudáveis, como má alimentação e uma dieta desregulada, sedentarismo, automedicação sem limites, poucas horas de sono, tabagismo, excesso de álcool e o consumo de drogas ilícitas, pontos que colocam em risco o coração e a vida de pessoas nessa faixa etária.


Também há os conhecidos fatores apontados como os grandes responsáveis pelo aumento das estatísticas, como a obesidade, diabetes, hipertensão, níveis altos de colesterol e histórico familiar.


Como desconfiar da possibilidade de um ataque cardíaco?

Primeiro, vamos entender por que o infarto ocorre. Para manter seu funcionamento, o músculo cardíaco necessita de uma demanda constante de sangue. O infarto acontece justamente quando há um bloqueio ou a redução nessa circulação de sangue no coração. Isso devido ao acúmulo de placas de gordura nas artérias coronárias, responsáveis por irrigar o órgão - o que chamamos de doença arterial coronária (DAC).

O problema surge especialmente diante da presença dos fatores já mencionados acima, porém, o grau de obstrução e os sintomas podem variar de acordo com cada caso. De maneira geral, obstruções de mais de 70% nas coronárias têm como principal indício a angina (desconforto, dor e sensação de aperto no peito), mas é possível sentir também falta de ar, fadiga, náusea, dor no ombro, braço ou mandíbula e, em mulheres, dores torácicas atípicas.

A situação se agrava, no entanto, porque poucas pessoas percebem ou têm esses sinais: estimativas apontam que apenas cerca de 2% dos brasileiros sabem que estão infartando.

Um ponto preocupante é que a DAC pode se desenvolver de forma progressiva e silenciosa, sem apresentar qualquer indício, aumentando as chances de um ataque fulminante em indivíduos de qualquer idade. Isso acontece quando já há um bloqueio total da artéria coronária pela formação de coágulo sobre a placa de gordura. Neste momento, ocorre então o início do infarto agudo do miocárdio e o processo de necrose da musculatura do coração.


Os perigos da vida atual

Quando falamos de estilo de vida, um dos principais vilões é o estresse. Estimativas apontam que aproximadamente 15% dos casos de infarto estão ligados a crises de estresse, capazes de desencadear picos de pressão e o colapso do músculo cardíaco.

Além disso, de modo geral, o jovem está cada vez mais sedentário: hoje há uma maior dependência do carro para locomoção, empregos e atividades de lazer que exigem menos atividade física e mais tempo gasto em frente às telas e no mundo digital. A consequência direta é a obesidade.

Para se ter ideia da gravidade, a obesidade afeta 20% dos brasileiros (dados do Ministério da Saúde de 2018). Na última década, o índice quase dobrou nas faixas entre 18 e 44 anos.

E, em 30 anos, praticamente triplicou nas crianças em idade escolar, provocando também o aumento do diagnóstico de colesterol elevado. Como as crianças obesas são mais propensas a serem adultos obesos, prevenir ou tratar o problema na infância pode reduzir os riscos de doenças cardíacas, diabetes e outras questões relacionadas no futuro.

Pesquisas apontam ainda para o crescimento no número de pessoas diabéticas. De acordo com a International Diabetes Federation, em 2030, haverá mais de 500 milhões de diabéticos no mundo. O consumo de comidas processadas, com elevado teor calórico e excesso de açúcares, é o principal responsável pela doença nos mais jovens, aumentando assim o risco de morte precoce por infarto.

O número de brasileiros com hipertensão arterial também é crescente e preocupante. De acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada quatro pessoas afirma ter o diagnóstico. Entre crianças e adolescentes já são mais de 3,5 milhões de hipertensos. A pressão alta é uma condição grave na infância e muitas vezes passa despercebida porque não causa sintomas.


Cigarro e outras drogas

Outro ponto de alerta é o tabagismo. Entre 2016 e 2017, a taxa de fumantes na faixa de 18 e 24 anos cresceu de 7,4% para 8,5% (Ministério da Saúde). O vício, quando adquirido na juventude, amplia o período de exposição do organismo ao cigarro, elevando ainda mais as chances do surgimento de doenças cardiovasculares precoces, como o infarto.

Pesquisas indicam que o fumo aumenta a frequência cardíaca, estimula a contração das artérias e pode criar irregularidades nas batidas do coração, o que faz com que o órgão trabalhe mais. O cigarro ainda eleva as chances do acúmulo de placas de gordura nas artérias, afeta os níveis de colesterol e fibrinogênio, o que amplia as chances de um coágulo de sangue e, consequentemente, de um ataque cardíaco.

Por fim, não podemos deixar de mencionar as drogas ilícitas, principalmente cocaína e suas variações sintéticas, que têm papel relevante no aumento das ocorrências de infarto em jovens, mesmo sem fatores de risco associados.


Hereditariedade

Ataques cardíacos podem acontecer com qualquer pessoa, mas o risco é especialmente alto quando envolve a questão genética. Estima-se, por exemplo, que filhos de pais hipertensos ou que já tiveram acidente vascular cerebral (AVC) têm 50% mais chance de sofrer um infarto precoce.

A hereditariedade também pode interferir no colesterol. Em alguns casos, o colesterol elevado está relacionado à chamada hipercolesterolemia familiar. Cerca de 1% a 2% das crianças têm esta condição, e devem ter seus níveis de colesterol monitorados antes mesmo dos cinco anos.

Estudos revelam que o acúmulo de placas de gordura nas artérias do organismo, principalmente nas coronárias, começa na infância e progride até a idade adulta. Com o tempo e a falta de cuidados, pode chegar a doença arterial coronária.

Por isso, além dos fatores que podemos interferir, é fundamental considerar também o histórico familiar nos casos de infarto em jovens. A investigação e o acompanhamento, quando há registros de casos de pais e parentes próximos, são extremamente importantes. Sem conhecimento prévio, muitas vezes o comprometimento cardiovascular só se revela na hora do próprio infarto. Desta forma, quanto mais rápido for identificada a probabilidade da doença, melhor.


Jovens têm menos chances de resistir a infartos?

Você já deve ter ouvido por aí que o infarto em jovens é mais grave e fatal do que em pessoas com mais idade. O que muitos afirmam é que com o tempo o coração se prepara melhor para futuros problemas. Toda essa história tem opiniões diversas e não é tão simples.

Mas a questão gira em torno do que chamamos de circulação colateral, ou seja, uma rede de vasos sanguíneos que se desenvolve ao redor do músculo cardíaco com o passar dos anos ou por aqueles que já enfrentaram um infarto ao longo da vida. Uma espécie de proteção natural, uma via alternativa caso uma artéria seja obstruída, garantindo que o sangue chegue ao músculo cardíaco.

Assim, mesmo que jovens tenham mais força física para suportar um ataque cardíaco, o problema entre os mais velhos seria menos intenso e mais lento por conta desta compensação.

O que vem se estudando, no entanto, é que a circulação colateral pode, sim, ser decisiva para o desfecho de um infarto, mas a idade não teria influência sobre esse fenômeno, uma vez que há indícios que ela não seja maior ou menor no jovem, mas sim determinada geneticamente.

O fato é que ainda não existe um consenso sobre o grau de mortalidade ter ou não a ver com a idade, no entanto, em relação às sequelas todos concordam: neste caso, a idade não é o principal fator determinante, mas sim a velocidade dos primeiros socorros.

Quanto mais rápido for iniciado o atendimento médico, menor será o tempo para o restabelecimento do fluxo de sangue, assim como os danos ao miocárdio e células do músculo cardíaco, com possibilidade de recuperação completa.


Idade de risco

Portanto, já não se pode determinar uma idade de risco para um ataque cardíaco. A ideia de que a prevenção deve ser iniciada aos 40 anos é coisa do passado. Os cuidados têm de começar antes do nascimento e se estender durante toda a vida. Isso porque, como vimos, o problema está diretamente ligado à exposição aos fatores de risco, além da questão genética.

Por isso, muito mais do que só entender os sintomas e buscar ajuda quando algum sinal aparecer, é muito importante dar a devida atenção ao coração e manter em dia o check-up cardiológico, mesmo na ausência de sintomas. Muitos fatores podem ser controlados com acompanhamento médico, mudanças de hábitos e estilo de vida, reduzindo as chances de infarto e outras doenças cardíacas ao longo da vida.


Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/materias/37340-quais-as-chances-de-uma-pessoa-jovem-sofrer-um-infarto - Escrito por Paulo Chaccur


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Alimentação saudável: cardápio, dicas, importância, como ter


Veja quais as comidas e bebidas que fazem parte da alimentação saudável, quais devem ser evitadas e muito mais

 

Ter uma alimentação saudável é fundamental para que as funções do organismo funcionem de forma equilibrada. De forma prática, uma alimentação saudável é aquela composta por todos os macro e micronutrientes. Mas então, o que é alimentação saudável?

 

O que é alimentação saudável

Alimentação saudável contém:

 

Os macronutrientes, que são os carboidratos (pães, massas e batatas, entre outros), gorduras (como os óleos, as oleaginosas, abacate e outros) e proteínas (peixes, ovos, carnes vermelhas, carne de frango, entre outros).

E também os micronutrientes, que são as vitaminas e minerais, presentes nos mais diversos alimentos, como frutas, verduras, legumes, entre outros.

Além disso, contém fibras, parte não digerível do alimento vegetal, a qual resiste à digestão e à absorção intestinal, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Elas também são essenciais para a alimentação saudável e estão presentes nos alimentos integrais, nas frutas e verduras.

Uma alimentação composta por estes nutrientes de forma equilibrada costuma ser bem variada, não tem exageros e não segue nenhum tipo de modismo.

 

Importância da alimentação saudável

Ter uma alimentação saudável proporciona uma série de benefícios para as pessoas. Ela contribui para a melhora no sistema imunológico, na qualidade de sono, no trânsito intestinal, no humor, na capacidade de concentração e pode contribuir até mesmo para a perda de peso. Em gestantes, ela é essencial para o bom desenvolvimento do feto e em mulheres que amamentam irá contribuir para o desenvolvimento saudável do bebê. Entre outros inúmeros benefícios.

 

Pirâmide alimentar brasileira

 

A pirâmide alimentar foi adaptada para a população brasileira em 1999 pela nutricionista sanitarista Sonia Tucunduva Philippi, professora da Universidade de São Paulo. Esta pirâmide foi criada com o objetivo de facilitar o entendimento do público sobre quais os alimentos que devem ser mais ingeridos e quais devem ter um consumo menor.

A adaptação envolveu basicamente trocar alguns alimentos que não eram tão comuns no Brasil por outros nutricionalmente equivalentes, mas que eram ingeridos com maior frequência pelos brasileiros.

Os alimentos presentes na base da pirâmide são aqueles que devem ser mais consumidos. Quanto mais para cima o alimento estiver localizado, em menores quantidades ele deve ser ingerido.

A orientação de acordo com a pirâmide é ingerir 6 porções ao dia de carboidratos, como pães, arroz, batata, mandioca e outros, 3 poções de legumes e verduras, 3 de frutas, 3 de laticínios, como queijos, leite e iogurte, uma de carnes e ovos, uma de feijão e outras leguminosas, uma de óleos e outras gorduras e uma de açúcares e doces.

 

A seguir confira a pirâmide alimentar brasileira:


 

Quais são os macronutrientes?

Os macronutrientes consistem nas gorduras, carboidratos e proteínas. Os carboidratos são a principal fonte de energia do corpo, eles possuem 4 calorias por grama e se dividem entre simples e complexos.

 

Carboidratos simples

A digestão e absorção dos carboidratos simples acontece rapidamente levando a um aumento dos níveis de glicose no sangue (glicemia). Exemplos de alimentos que são fontes de carboidratos simples: frutas, mel, xarope de milho, açúcar. O excesso dos carboidratos simples pode favorecer problemas de saúde como diabetes.

 

Carboidratos Complexos

Já os carboidratos complexos possuem estrutura química maior (polissacarídeos). Por ser uma molécula maior são digeridos e absorvidos mais lentamente, ocasionando aumento gradual da glicemia. Exemplos de alimentos fontes de carboidratos deste grupo: arroz integral, pão integral, batata doce, massa integral. Estes carboidratos complexos são ricos em fibras e por isso contribuem para a melhora no trânsito intestinal, previnem o diabetes, ajudam na perda de peso, controle do nível de colesterol, entre outros.

 

Proteínas

Outro macronutriente é a proteína. Ela possui quatro calorias por grama e tem como uma de suas principais funções reparar as microlesões que ocorrem como um processo fisiológico normal quando se pratica atividade física e proporcionar a sua regeneração e formação de novas células musculares.

As proteínas podem ser encontradas em alimentos de origem animal, como carnes vermelhas, peixes, aves, laticínios e ovos. Elas também estão presentes nos alimentos de origem vegetal, especialmente leguminosas como feijão e soja.

 

Gordura

O outro macronutriente é a gordura e possui 9 calorias por gramas. Elas se dividem entre gorduras monoinsaturadas, poli-insaturadas e saturadas. As gorduras proporcionam saciedade e algumas delas proporcionam benefícios para o cérebro. As gorduras poli-insaturadas são encontradas em alimentos como a chia, a linhaça e peixes de água fria, salmão e sardinha por exemplo. Já as monoinsaturadas estão presentes em óleos, como o azeite e no abacate.

 

Quantidades recomendadas de macronutrientes

A recomendação é que uma alimentação saudável seja composta de 40 a 55% de carboidratos, 15 a no máximo 30% de proteínas, sendo metade de origem animal e outra vegetal, e entre 25 e 30% de gorduras, sendo um terço de saturadas, um terço de poli-insaturadas e um terço de monoinsaturadas.

 

O que comer

 

Carboidratos complexos, como as frutas

Proteínas vegetais, como soja, feijão, lentilha, grão de bico, quinoa

Proteínas animais, como peixes, as aves, os ovos e o leite semi-desnatado

Gorduras monoinsaturadas, como abacate

Fontes de ômega 3, como salmão, sardinha e outros peixes de águas frias, a chia e a linhaça

Vitamina A, nos ovos, cereais, cenoura

Vitaminas do complexo B, em carnes, leite e ovos

Vitamina C, em frutas como kiwi, laranja e acerola, dentre outros

 

Os carboidratos complexos, aqueles em que o açúcar demora mais para ser absorvido no sangue, e menor carga glicêmica, quantidade de açúcar presente no alimento, são os que devem estar presentes com maior frequência em uma alimentação saudável. As frutas, especialmente quando ingeridas com casca, e os alimentos integrais costumam ter estas características.

Quanto às proteínas, a recomendação é ingerir tanto aquelas de origem vegetal, como a soja e o feijão, quanto às de origem animal. Porém, uma pessoa consegue manter uma dieta vegetariana e ainda assim ser saudável. Fontes de proteínas de origem animal que vale a pena investir são aquelas com menor concentração de gorduras saturadas como os peixes, as aves, os ovos e o leite semi-desnatado. Quanto aquelas de origem vegetal, todas parecem ser boas alternativas, como o feijão, a soja, a lentilha, o grão de bico e a quinoa.

Quanto às gorduras, aquelas insaturadas são boas alternativas para a saúde. Vale investir em fontes de ômega 3 como o salmão, a sardinha e outros peixes de águas frias, a chia e a linhaça. Alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas como o abacate e o azeite também são ótimas opções.

 

Macronutrientes para evitar

É importante reduzir o consumo de fontes de carboidratos com alto índice e taxa glicêmica, como o pão branco, a batata, a massa e o arroz branco. Isto porque eles podem levar a picos de insulina que em excesso favorecem desde o ganho de peso até o diabetes.

Quanto à proteína, é importante não abusar do consumo da carne vermelha. Ingerir cerca de 300 gramas deste alimento por semana já é o suficiente. O excesso de carne vermelha leva ao maior consumo de gorduras saturadas que aumenta o risco de problemas cardiovasculares, entre outros.

Em relação às gorduras o mesmo cuidado com a saturada é válido. Evite exagerar no consumo de fontes de gorduras saturadas, principalmente as carnes vermelhas gordurosas e o leite integral, entre outros.

 

Quais são os micronutrientes?

Entre os micronutrientes temos os minerais e as vitaminas, o que resulta em dezenas de substâncias essenciais para a manutenção da vida.

 

Vitaminas

Alguns bons exemplos de vitaminas são: vitamina A, importante para a visão e crescimento e que é encontrada em ovos, cereais fortificados, leite, cenoura, entre outros, vitaminas do complexo B, grandes aliadas do cérebro e que são encontradas principalmente em carnes, leite e ovos, e vitamina C, que melhora a imunidade e pode ser encontrada nas frutas como kiwi, laranja e acerola.

 

Minerais

Quanto aos minerais, eles se dividem entre macromineais, que precisamos ingerir em grandes quantidades, como o cálcio, e os elementos traços, que precisamos de pequenas porções, como o boro. Exemplos de macrominerais são o ferro, que previne anemia, é bom para o coração e pode ser encontrado em carnes, e o cálcio, aliado dos ossos e dentes que está presente principalmente nos laticínios.

Como existem diversos micronutrientes, a melhor maneira de saber que está ingerindo quantidades suficientes deles é manter sempre uma grande variedade na dieta. Procure consumir todos os grupos alimentares e seguir o conceito de variabilidade alimentar que sugere que a sua dieta abranja ao menos 30 alimentos. Produtos alimentares, como embutidos, bolachas recheadas, entre outros, não entram na conta.

 

Como ter uma alimentação saudável

Para ter uma alimentação saudável é importante que ela seja muito variada e conte com todos os grupos alimentares. Seguir o conceito de variabilidade alimentar, que sugere que a sua dieta abranja ao menos 30 alimentos, é uma boa ideia. Lembrando que produtos alimentares, como embutidos, bolachas recheadas, entre outros, não entram na conta.

Outro cuidado importante está na escolha dos alimentos. Em relação aos carboidratos é importante priorizar os complexos, como pães integrais, arroz e massas integrais. Já quando falamos de gorduras, as fontes de gorduras insaturadas devem ser ingeridas em maior quantidade, como as oleaginosas, o azeite, o abacate, o salmão e a chia. Quanto às proteínas, vale priorizar as versões magras, como peixes, aves, carnes vermelhas com pouca gordura e aquelas de origem vegetal, como feijão, lentilhas e soja.

 

O papel da água

A água é essencial para o transporte de nutrientes no organismo e a hidratação. A orientação é ingerir 30 ml de água por quilo de peso no dia, o que equivale a cerca de dois ou três litros de água por dia. A água não deve ser substituída por refrigerantes, sucos, especialmente os industrializados, e muito menos bebidas alcoólicas.

 

Sugestões de cardápio para alimentação saudável

Abaixo vemos a distribuição calórica por refeição baseada em uma dieta de 2000 kcal, composta por 6 refeições diárias.

 

Refeição         Sugestão

Café da manhã           Invista em frutas, cereais, pães integrais e oleaginosas. Para beber: sucos naturais, água de coco, chás, leite ou café. Um café da manhã ideal pode ter 20% do consumo diário, cerca de 400 kcal.

Lanche da manhã       Esta refeição deve ser leve e rápida, com alimentos de baixo índice glicêmico (devagar absorção). Invista em frutas, oleaginosas, alimentos naturais e integrais. Para beber: sucos naturais, chás ou água de coco. O lanche da manhã ideal pode ter 5% do consumo diário, cerca de 100 kcal.

Almoço           O prato recomendado para o almoço é dividido em quatro partes: duas partes preenchidas com saladas e legumes, uma parte com fontes de carboidrato e uma parte com fontes de proteína. Para beber: sucos naturais ou chás. O almoço ideal pode ter 30% do consumo diário, cerca de 600 kcal.

Lanche da tarde         Faça lanches que contenham carboidrato, proteína e gordura boa. Dê preferência aos alimentos naturais e integrais. Outras boas sugestões são as frutas secas, cereais ou castanhas. Para beber: café, chás ou iogurtes. O lanche da tarde pode ter 15% do consumo diário, cerca de 300 kcal

Jantar  Carboidratos, proteínas (de digestão simples), gorduras, vitaminas e minerais devem ser fornecidos adequadamente. Frutas e legumes são bons alimentos para essa refeição. Para beber: sucos naturais e chás. A janta pode ter 25% do consumo diário, 500 kcal

Ceia     Escolha um lanche rico em proteína. se quiser, pode adicionar uma fruta, que é um carboidrato leve ou, no máximo, 1 torrada integral. A ceia pode ter 5% do consumo diário, 100 kcal

Este exemplo pode variar de acordo com os hábitos alimentares e necessidades de cada indivíduo, mas a partir dele podemos observar que não se deve restringir a alimentação comendo muito pouco em alguns períodos e exagerando em outros.

 

Alimentos menos saudáveis

Doces, bolos, brigadeiro, alimentos industrializados e ricos em sódio, temperos prontos ente outros precisam ser evitados.

Alimentos que possuem grandes quantidade de gorduras saturadas e trans também devem ser evitados, especialmente as trans que não devem passar de dois gramas por dia. Os alimentos ricos em gorduras saturadas são as carnes vermelhas, especialmente as mais gordurosas, o leite integral e seus derivados e os queijos amarelos.

Alguns exemplos de alimentos que possuem a gordura trans são: margarinas sólidas ou cremosas, recheios de biscoitos, salgadinhos de pacote e congelados, como salgadinhos de festa, ou pizza congelada, pastéis, macarrão instantâneo, sopas e cremes em pó, coberturas, sorvetes, pães, alimentos pré-assados ou fritos, bolos, tortas, pipoca de micro-ondas, glacê pronto para consumo, dentre outros alimentos industrializados.

Apesar de serem prejudiciais para a saúde, é difícil restringir completamente o consumo deles. Saiba que isto não é necessário para manter uma alimentação saudável, basta não fazer com que o consumo deles não seja algo constante na sua dieta. Por exemplo: considerando que uma pessoa faça 5 refeições por dia, o que equivale a 35 refeições por semana. Se entre essas 35 refeições, 30 forem saudáveis e 5 não forem, isto provavelmente não irá comprometer a saúde de uma pessoa saudável.

 

Dicas para ter uma alimentação saudável

 

Não fique sem comer

Procure sentir prazer em comer (coma o que gosta!)

Priorize alimentos naturais

Substitua alimentos não tão saudáveis

Coma sem pressa

Não coma realizando outras atividades

Estabeleça metas semanais

Seja persistente

Beba bastante água

Introduza frutas no cardápio

Combine alimentos

Faça de 5 a 6 refeições por dia

Mastigue bem

 

Fontes consultadas - Nutrólogo Roberto Navarro - Nutricionista Rosana Farah, professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie e membro da clínica Ávvia Medicina e Nutrição.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/20643-alimentacao-saudavel - Escrito por Bruna Stuppiello -Redação Minha Vida - Foto: Getty Images

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Carrapatos no verão: saiba como prevenir e tratar a infestação em seu pet

 


Parasita pode passar despercebido em meio aos pelos até mesmo em animais que não saem de apartamentos, lembra veterinária

 

Para alguns tutores, a chegada do verão traz consigo uma figurinha carimbada que sinaliza a necessidade de cuidados especiais nos períodos de sol e calor intenso, intercalado com chuvas: o carrapato. O minúsculo parasita pode até passar desapercebido em meio aos pelos do seu pet, mas isso não diminui os problemas que pode trazer à saúde.

 

Os carrapatos estão por tudo: cidade, serra e praia. Com sorte, a gente depara com ele ainda colado no seu bichinho. Por que sorte? Pois, uma vez caindo do seu mascote, o parasita pode colocar mais de mil ovos no ambiente em que vive - e solo contaminado é osso duro de roer quando o assunto é extermínio de carrapatos.

 

O que carrapato faz com o hospedeiro?

Carrapatos podem ser vetores de outras doenças por meio do seu aparelho bucal. Ao picar o mascote, sua saliva pode estar infectada com outros parasitas, que podem trazer anemia ao seu mascote. Além disso, a ferida que causa essa picada pode ser fonte de outros problemas, como dermatites e bicheiras.

 

O que fazer para evitar que o carrapato suba no meu pet?


Felizmente, hoje há excelentes produtos que deixam não apenas carrapatos, mas pulgas e dirofilárias bem longe do seu mascote. Às vezes, o produto não impede que o carrapato suba pelo acima, mas corta seu ciclo reprodutivo, o que também é um problema. Verifique qual opção melhor se adapta ao seu mascote.

Atualmente, pode-se fazer uso até mesmo a pastilhas mastigáveis. E, no período de verão, não economize na segunda aplicação. Muitos fabricantes preconizam aplicação mensal para potencializar o efeito protetor de seus produtos.

 

Como saber se meu pet está com carrapato?

Essa é a questão: nem sempre você sabe que seu pet tem carrapato. Isso porque um ou dois dias depois de passear com ele pode ser visível pequenas “verrugas” em algumas partes do corpo - costumam dar as caras no pescoço, parte interna das coxas, entre os dedos e base da cauda.

Mas, dependendo da fome do parasita, as marcas podem estar em qualquer lugar. E se o pelo do seu mascote é alto, talvez passe despercebida a presença do carrapato. Às vezes, você nem precisa sair de casa para ter os  minúsculos bichinhos no seu ambiente.

Se você tem a sorte de encontrar o carrapato colado na pele do animal, ainda há chance de encerrar o ciclo. Contudo, depois de cinco ou seis dias, o parasita cai no solo para por os ovos. E depois de um mês, aproximadamente, será possível verificar a presença assídua dele na pele do mascote.

 

O que fazer quando você encontra carrapatos colado no seu mascote?

Embora muitos veterinários orientem a buscar auxílio para a remoção - às vezes, o aparelho bucal fica grudado na pele e deixa aberto o ferimento -, deixar que ele sugue sangue do animal pode ser igualmente desastroso.  Por estar na serra ou na praia, pode ser difícil ao tutor recorrer à assistência veterinária.

Se você vai passar um tempo fora de casa com seu mascote, saiba que no mercado pet existem pinças específicas para a remoção de carrapatos de forma mais eficaz. Mas, se você pretende puxar por conta própria, use as unhas bem rente à pele afetada para depois arrancar o parasita. Esta forma potencializa a chance de removê-lo em sua totalidade. Entretanto, o ferimento na pele prossegue edemaciado - inchado e vermelho -, podendo ser  necessário o uso de medicação.

Achou aquele "feijão marrom" grudado no pet? Não se assuste, mas não deixe de pedir orientação veterinária porque a "família indesejada" já pode estar se proliferando no seu carpete, e isso exige cuidados específicos para acabar com ela. Da mesma forma, seria interessante verificar se seu mascote não foi contaminado, por meio do carrapato, pela Erlichiose canina, o que se pesquisa com o auxílio de exame de sangue.


Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/donna/mundo-pet/noticia/2021/02/carrapatos-no-verao-saiba-como-prevenir-e-tratar-a-infestacao-em-seu-pet-ckkyf4dfd0045017w1w5kx84e.html - Daisy Vivian - diplomada pela UFRGS em Medicina Veterinária e Jornalismo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

7 Problemas de saúde que o sexo pode causar


Alguns são resolvidos em poucos dias, outros necessitam de meses de tratamento

 

Praticar sexo regularmente é considerado um ótimo exercício para o corpo, com benefícios para a autoestima, o bem-estar e até para o fortalecimento do sistema imunológico. Mas, para obter esses benefícios, deve ser praticado com certos cuidados e limites, ou poderá acontecer o contrário. Veja alguns dos problemas de saúde que o sexo pode causar.

 

1. Infecções Sexualmente Transmissíveis

Para começar, o problema mais conhecido de todo. Se praticar sexo sem usar preservativo, o risco de contrair uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) é alto, mesmo se for com um parceiro fixo.

 

Algumas das doenças transmitidas pelo ato sexual podem estar no organismo da pessoa há anos e ela nem saber. Entre as infecções mais comuns estão AIDS, gonorreia, sífilis, clamídia, HPV e herpes. Para todas existe tratamento, mas nem todas têm cura, por isso o tratamento é vitalício.

 

2. Ataque cardíaco e derrame

Não é raro um caso de ataque cardíaco ou derrame durante o ato sexual, principalmente nos homens. Quando acontece, geralmente o homem já tem uma predisposição a sofrer esses problemas devido ao seu estilo de vida sedentário. Como o ato sexual aumenta a frequência cardíaca e a pressão sanguínea, o coração pode não aguentar.

 

3. Lesões internas por causa de brinquedos sexuais

Os brinquedos sexuais comprados em lojas, que são próprios para serem introduzidos no corpo, costumam ser seguros se forem usados do jeito certo. Mas, se a pessoa penetrar objetos estranhos em seu corpo, corre o risco de sofrer lesões internas ou mesmo de deixar o objeto escapar e ficar preso dentro do corpo. É necessário correr para o hospital para evitar algum problema mais sério, como uma inflamação, infecção ou hemorragia.

 

4. Alergias

Nem sempre tem como se antecipar, mas com a prática sexual você descobre se é alérgico ao preservativo, ao lubrificante ou ao material de brinquedos e acessórios. A alergia é uma reação do corpo que pode ser grave em algumas pessoas, por isso, ao menor sinal, interrompa o uso imediatamente, mesmo que isso implique em acabar com o clima.

 

5. Infecção urinária

Os ginecologistas recomendam que as mulheres façam xixi logo depois de fazerem sexo. Esse cuidado é importante para deixar sair da vagina o excesso de esperma (no caso de sexo sem preservativo), também de eliminar qualquer secreção que possa ter entrado na uretra e, assim, prevenir uma infecção urinária.

 

6. Escoriação

Se você já teve uma sensação de queimação no seu órgão sexual durante o sexo, pode ter sido por falta de lubrificação ou movimento repetitivo prolongado. Pode continuar com um desconforto algumas horas ou dias depois.

 

7. Fratura no pênis

Não é comum, mas pode acontecer. Se durante o sexo, o homem perder o controle do seu movimento ou estiver fazer um movimento muito intenso, existe o risco de ter uma fratura no pênis, que fica inchado e cheio de sangue. Em caso de dor muito forte, deve interromper o sexo e ir à emergência.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/problemas-de-saude-causados-sexo/ - por Priscilla Riscarolli