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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Ansiedade controlada: exercícios podem aliviar os distúrbios, segundo estudo


Pesquisadores indicam que correr e realizar atividades de força pode ajudar a tratar problemas de saúde mental

 

Deixe a ansiedade controlada praticando atividades físicas. Se você é uma das inúmeras pessoas que sofrem desse distúrbio mental, provavelmente alguém já te deu essa dica. Afinal, durante e após a realização de exercícios, é fato que uma sensação de bem-estar e dever cumprindo tomam conta do nosso organismo por alguns momentos.

 

Mas, o que talvez algumas pessoas não saibam, é que realizar exercícios físicos moderados e extenuante podem tratar até mesmo os casos crônicos de ansiedade. É o que indica um estudo realizado pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicado na edição de janeiro do Journal of Affective Disorders.

 

De acordo com os pesquisadores, metade dos pacientes que participaram do estudo, conviviam com a ansiedade por, pelo menos, 10 anos. E, através de sorteio, eles foram conduzidos para sessões de exercícios em grupo, moderados (atingindo até 60% de frequência cardíaca máxima) ou extenuantes (com 75% dessa frequência), durante 12 semanas. O resultado foi uma queda considerável de intensidade nos sintomas de ansiedade que os pacientes apresentavam.

 

"Houve uma tendência significativa de intensidade de melhora - isto é, quanto mais intensamente eles se exercitavam, mais seus sintomas de ansiedade melhoravam", explica a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

"Exercitar o corpo regularmente também ajuda o cérebro. O exercício melhora o fluxo sanguíneo e estimula mudanças químicas que apuram o humor e o pensamento. A liberação de endorfina gera reações de euforia e bem-estar, que também ajudam a manter o humor", completa o Dr. Gabriel Novaes de Rezende Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA).

 

Por fim, o estudo ainda ressalta que os tratamentos para a ansiedade são diversos e, entre outras coisas, podem incluir o uso de medicamentos com efeitos colaterais. A nova descoberta trás, portanto, uma nova ferramenta - livre de consequências ruins - para controlar a ansiedade crônica e, possivelmente, outros distúrbios mentais.

 

"A atividade física regular diminui o risco de vários distúrbios comuns, inclusive condições neurológicas, ajudando a tratá-la", finaliza o geneticista Dr. Marcelo Sady, Pós-Doutor em Genética.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ansiedade-controlada-exercicios-podem-aliviar-o-disturbios-segundo-estudo,ec4ebf078283e9d9656cb9412cfc19f1zrxmc0ea.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Sport Life

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

6 respostas para dúvidas comuns sobre a prática de pilates


Atividade física realizada no solo ou em equipamentos contribui para a saúde física e mental

 

Criado pelo alemão Joseph Hubertus Pilates (1883-1967) por volta de 1900, o pilates oferece muitos benefícios para o corpo e a mente, atendendo necessidades de públicos bem distintos, como atletas, bailarinos, idosos, gestantes e pessoas em reabilitação. Uma revisão de estudos publicada na Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde mostra, por exemplo, que as aulas são capazes de apurar o equilíbrio dos mais velhos, algo fundamental para evitar quedas e lesões.

 

De acordo com a fisioterapeuta Ana Luisa Marçal, o pilates é "um conjunto de exercícios que são realizados no solo ou em equipamentos exclusivos. A prática visa o total e completo controle e conexão entre corpo e mente, devolvendo e restaurando a saúde de indivíduos em condições patológicas".

 

Além disso, conforme a profissional, a prática também ajuda a promover qualidade de vida para pessoas saudáveis, melhora a postura, contribui para maior mobilidade articular, alivia de tensões, entre outros benefícios.

 

Abaixo, a fisioterapeuta Ana Luísa Marçal responde algumas das perguntas recorrentes sobre o pilates. Confira!

 

1. O pilates não é indicado para quem deseja perder peso?

Segundo a especialista, como envolve exercícios físicos, a prática do pilates vai promover a queima de calorias, mas este não é o principal objetivo do método. "O foco do pilates é a tonificação da musculatura. Mas, dependendo dos movimentos realizados, ou seja, de acordo com algumas variáveis, como intensidade dos exercícios e o metabolismo do paciente, por exemplo, a prática pode favorecer a perda de peso. No entanto, para quem deseja emagrecer, é sempre indicada a associação da prática do pilates com atividades aeróbicas, como a caminhada e com uma alimentação balanceada", afirma.

 

2. Posso praticar pilates em grupo?

O pilates envolve a necessidade de extrema concentração. Ao realizar os movimentos, o aluno deve permanecer focado em si, e não no espaço à sua volta. Quando o método é praticado por muitas pessoas ao mesmo tempo, é bem mais fácil que o indivíduo disperse a atenção.

Além disso, orientando muitos alunos ao mesmo tempo, o profissional acompanhante não consegue realizar um atendimento mais personalizado, de acordo com as necessidades e limitações individuais, o que é essencial para a garantia de resultados efetivos e seguros com a prática do pilates. "Logo, o mais indicado é que o pilates seja praticado por, no máximo, dois pacientes ao mesmo tempo em um estúdio e não em grupos com muitas pessoas", comenta Ana Luisa Marçal.

 

3. Qual o benefício do pilates para quem sofre com depressão?

A depressão é considerada uma doença que envolve alterações químicas no cérebro do indivíduo. Os exercícios físicos são capazes de melhorar as conexões do cérebro e regular todos os neurotransmissores, ajustando, assim, a química cerebral como um todo. A presença de hormônios é normalizada, como é o caso da serotonina, que regula o humor, da endorfina, que aumenta o bem-estar, e da adrenalina, relacionada à emoção.

"O pilates é uma técnica que trabalha o corpo e a mente em conjunto e apresenta um repertório variado de exercícios que não estimulam o desgaste físico, gerando bem-estar ao praticante e contribuindo com vários benefícios aos pacientes com sintomas depressivos", afirma a fisioterapeuta.

 

4. É verdade que o pilates ajuda a crescer?

Na verdade, o método proporciona uma correção adequada da postura. A melhora postural faz com que o paciente se posicione corretamente, assumindo uma altura que parece ser maior do que a altura que era mantida anteriormente.

Portanto, quem pratica pilates tem a sensação de que cresceu alguns centímetros, mas, na verdade, foram os exercícios que promoveram um alongamento da postura e uma conscientização sobre hábitos posturais corretos.

 

5. Yoga e pilates trabalham da mesma forma?

Quem procura pelo pilates tem, geralmente, por principal finalidade manter o corpo saudável, além de obter melhor forma física, uma vez que a técnica cultiva o fortalecimento do corpo e a definição muscular, enquanto o yoga é ideal para quem busca, especialmente, uma sensação de bem-estar, equilíbrio e paz.

Para quem sofre de dores, principalmente nas costas, ou que está em processo de recuperação de alguma lesão, o pilates é uma excelente opção, pois reúne exercícios específicos que podem beneficiar o tratamento. Pilates e yoga garantem inúmeros benefícios à qualidade de vida do praticante, porém, cada um trabalha de maneira distinta e bastante específica.

"Eleger qual atividade é melhor para si é tarefa pessoal, até porque o conceito de melhor está, intimamente, ligado a objetivos e metas. Logo, a escolha deve corresponder ao seu foco", diz Ana Luisa Marçal.

 

6. O pilates pode prejudicar costas e joelhos?

Quando os exercícios não são praticados corretamente, costas e joelhos são regiões do corpo que podem facilmente ser lesionados. Por isso, de acordo com Ana Luísa Marçal, antes de qualquer coisa, é preciso fortalecer a musculatura que estabiliza essas articulações. "Chamamos musculatura profunda. Também no caso das costas, é necessário trabalhar mobilidade, e joelhos, respeitar a angulação de proteção da patela", finaliza.

 

Ana Luisa Marçal

Fisioterapeuta. Possui formação em pilates solo e aparelhos para patologias da coluna e estabilização segmentar vertebral, além de especialização em Fisioterapia Neurofuncional pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-respostas-para-duvidas-comuns-sobre-a-pratica-de-pilates,fa064c20c976a55b5646f0404c3043c3ge0zuoyl.html?utm_source=clipboard - Por Julia Vitorazzo - Foto: Feel-Good | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Veja como a atividade física ajuda a controlar o colesterol alto


Exercícios físicos ajudam a manter o coração saudável e melhorar o funcionamento do corpo

 

Parte das doenças e distúrbios metabólicos que afetam o coração e as artérias podem ser tratados — ou até prevenidos — por meio de mudanças nos hábitos de vida. Uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para uma vida mais saudável.

 

Além de proteger o coração, fortalecer os músculos e melhorar o condicionamento físico, os exercícios contribuem para o controle do colesterol. A prática regular ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim (LDL) e a aumentar o colesterol bom (HDL).

 

De acordo com Saulo Batista, professor de Educação Física, o exercício se torna importante nesse contexto por estimular a produção de HDL (colesterol bom), aumentando a qualidade de vida dos praticantes. 

 

Opção efetiva de tratamento  

Alguns especialistas defendem que a atividade física pode ser mais eficaz do que os remédios no combate ao colesterol alto. Contudo, essa relação não se deve aos números em si, mas à mudança de comportamento.

"Exercício físico modifica comportamentos e padrões viciosos. Medicamentos não. Quando adotamos a proposta de fazer exercícios físicos e cuidar da alimentação com o objetivo de cuidar da saúde, promovemos uma modificação de comportamento", defende o professor de Educação Física Helson Anacleto

Conforme a endocrinologista Cristiane Moulin, os médicos só indicam a medicação para tratamento nos casos em que não houve melhora com a implementação da atividade física ou em pacientes com fatores de risco específicos associados. 

 

Atividades mais eficazes contra o colesterol

Para que a atividade física auxilie na redução do colesterol e no aumento do HDL é importante que ela seja feita com o acompanhamento de um profissional de saúde. De acordo com Cristiane Moulin, os exercícios aeróbicos — como corrida, caminhada, natação e bicicleta — são os mais efetivos no combate ao colesterol alto.  

Entretanto, a escolha da modalidade irá depender da preferência de cada um. "Como as respostas benéficas requerem uma prática contínua de atividade física, o exercício deve ser uma prática que traga prazer para que se tenha aderência", aconselha a endocrinologista. 

 

Importância da persistência nas atividades físicas

Para que a prática de atividade física apresente os resultados esperados, é importante que ela seja frequente. Ou seja, não adianta caminhar uma vez por semana e acreditar que será suficiente para combater os altos níveis de colesterol e auxiliar na manutenção da saúde. Claro que caminhar uma vez por semana é melhor do que nenhuma vez, mas, segundo a endocrinologista Cristiane Moulin, quanto mais atividade física, maior será o impacto sobre o perfil lipídico.

"É importante] lembrar que a intensidade deve ser crescente até certo limite, a partir do qual o risco de lesões, principalmente osteomusculares, excede o benefício em potencial. O recomendado é a prática de atividade aeróbica na maioria dos dias da semana, no mínimo 4 vezes por semana", determina. 

 

Consulte um especialista

O acompanhamento de um especialista no esporte é recomendado para orientar quanto à intensidade, descanso e alimentação, garantindo a segurança do paciente. Independentemente do objetivo - seja perder peso, deixar o sedentarismo ou melhorar os níveis de colesterol - o primeiro passo antes de iniciar uma atividade física é passar por um check-up médico.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-com-a-atividade-fisica-ajuda-a-controlar-o-colesterol-alto,cbe9a69956ef2a953c5e6a0a73c2ce019a7jreow.html?utm_source=clipboard - Foto: Jacob Lund | Shutterstock / Portal EdiCase

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Atividade física está associada à melhoria da saúde mental e cerebral


Um estudo da Universidade Fudan em Xangai, na China, sugere que movimentar o corpo ajuda o cérebro. Pessoas que se exercitam regularmente têm melhor saúde mental e cerebral. Pesquisadores descobriram que atividades físicas moderadas a vigorosas reduzem o risco de demência, AVC, ansiedade, depressão e distúrbios do sono.

 

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de mais de 73.000 residentes do Reino Unido, com idade média de 56 anos, que usaram dispositivos de rastreamento de movimento por sete dias. Os dispositivos monitoraram atividade física, a energia gasta nessas atividades e o tempo que passavam sentados a cada dia. A equipe usou esses dados para quantificar a atividade física de cada pessoa como equivalentes metabólicos (METs).

 

Eles disseram que atividades físicas moderadas, como caminhar ou limpar, queimam cerca de três METs, enquanto exercícios mais intensos, como andar de bicicleta, podem queimar cerca de seis METs, dependendo da velocidade. Os resultados mostram que pessoas que praticavam atividades moderadas a vigorosas tinham de 14% a 40% menos probabilidade de desenvolver as condições de saúde mental e cerebral monitoradas. Por outro lado, passar mais tempo sentado aumentou o risco dessas condições em 5%, a 54%.

 

Segundo os autores, esses resultados destacam o papel da atividade física e do comportamento sedentário como fatores modificáveis que podem melhorar a saúde do cérebro e reduzir a incidência dessas doenças. Para eles, é promissor pensar que incentivar as pessoas a fazerem essas mudanças no estilo de vida pode potencialmente diminuir o peso dessas doenças no futuro.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/21250/atividade-fisica-esta-associada-a-melhoria-da-saude-mental-e-cerebral.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral - American Academy of Neurology Annual Meeting.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Diabéticos: qual a importância do exercício físico e como dosar a intensidade


Atividade regular ajuda os diabéticos a controlarem o nível de açúcar no sangue, melhora o funcionamento do coração e do sistema respiratório

 

De acordo com o Atlas da International Diabetes Federation (IDF), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com o maior número de diabéticos, ficando atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Os dados também apontam que, do total de 16,8 milhões de brasileiros, 95 mil possuem diabetes tipo 1.

 

Medicações e mudanças nos hábitos alimentares, embora sejam os principais tratamentos contra a doença, não são os únicos. Praticar exercícios físicos regulares também costumam ter grande importância. "Pacientes que são diabéticos podem praticar qualquer atividade física, pois ajuda muito no controle da glicemia e assim será possível reduzir as doses de insulina ou das medicações", diz a Dra. Bruna Manes Laudano, médica especializada em nutrologia e endocrinologia.

 

E o ideal é seguir as recomendações estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS): praticar 150 minutos de exercícios semanais, intercalando entre treinos anaeróbicos (musculação) e aeróbicos (corrida, caminhada).

 

"Se o paciente estiver com a glicemia controlada, o exercício vai ajudar a manter o controle. Porém, se ela estiver descompensada, o paciente pode entrar em cetoacidose", alerta.

 

Não exagere nos treinos

A cetoacidose diabética é um quadro de descompensação de diabetes por falta da ação de insulina, que se não tratado pode levar ao coma. Os sintomas incluem sede, micção frequente, náuseas, dor abdominal, fraqueza, hálito cetônico (odor característico, similar ao de frutas envelhecidas) e confusão mental.

 

Assim ela alerta os pacientes com diabetes tipo 1, pois eles "devem ter mais cuidado com a hipoglicemia, que pode aumentar durante o treino. Então eles devem sempre avaliar a glicose no pré-treino e se alimentar corretamente para praticar a atividade física", ressalta a médica.

 

Observações: Não podem realizar qualquer atividade física os pacientes com glicemia maior que 250NG/DL e que apresentem sinais de cetose. Além deles, indivíduos o qual a glicemia for maior que 300NG/DL, seja com ou sem cetose, também devem tomar um cuidado extra.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/diabeticos-qual-a-importancia-do-exercicio-fisico-e-como-dosar-a-intensidade,a2c639dd69be6a3dfda56a296014e354chhbff0x.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock

quarta-feira, 11 de junho de 2025

6 atitudes para eliminar a gordura abdominal


A combinação de alimentação e atividade física pode ajudar a definir o abdômen

 

Algumas pessoas acreditam que as inúmeras séries de abdominais ajudam a reduzir as medidas da barriga. No entanto, Amanda Aguiar, profissional de Educação Física e fisioterapeuta, afirma que os exercícios abdominais apenas enrijecem as musculaturas localizadas. Ou seja, eles fortalecem os músculos da região. Por outro lado, o que realmente ajuda a "queimar" as gorduras são os exercícios aeróbicos associados a uma boa alimentação.  

 

"Ninguém consegue perder o excesso de gordura na região abdominal se não emagrecer o corpo todo. Não existe um exercício específico que 'emagreça' apenas essa região, mas, sim, uma combinação de alimentação ideal com exercícios físicos", garante a profissional. 

 

Abaixo, confira 6 atitudes para eliminar a gordura abdominal!

 

1. Pratique atividades aeróbicas

A atividade física aeróbica, realizada com certa frequência, ajuda no processo de emagrecimento. Você pode ficar à vontade para escolher a que mais agrada, como dança, corrida, bicicleta, lutas, entre muitas outras opções. "É interessante dar preferência aos exercícios aeróbicos que enfatizem mais a queima de gordura corporal como um todo, por acelerar mais rapidamente as vias metabólicas", acrescenta Amanda Aguiar. 

 

2. Tenha uma alimentação saudável

Como dito anteriormente, o ideal é praticar uma atividade aeróbica e ter uma alimentação saudável — com déficit calórico, quando você gasta mais calorias do que consome. "Nosso corpo é uma máquina perfeita e programada para sobreviver. Desta forma, tudo o que comemos e que não será utilizado pelo organismo é armazenado em forma de gordura, nossa reserva de energia. O importante é saber a quantidade correta e adequada para suas necessidades, de modo a não ter excesso ou deficiência", explica a nutricionista Kelly Balieiro. 

 

3. Evite alimentos ricos em açúcar

Alguns alimentos possuem um valor calórico elevado e, por isso, se consumidos em grande quantidade, a tendência é que sejam armazenados no tecido adiposo. "Doces concentrados, frituras, carnes com gordura aparente, creme de leite e chantili são alguns exemplos de alimentos que devem ser evitados", enumera Kelly Balieiro. 

 

A nutricionista explica que comer de modo fracionado e a cada 3 horas, fazer escolhas saudáveis e evitar alimentos ricos em açúcar, gordura e com muito sódio são atitudes que facilitam o processo de emagrecimento.

"Sabemos que os alimentos, quando não são bem digeridos, ao chegarem ao intestino grosso, sofrem fermentação pelas nossas bactérias. Em alguns casos, pelo excesso de consumo de alimentos ricos em sódio, como alimentos industrializados e sal de cozinha, ocorre retenção de líquidos no nosso corpo e pode aumentar a sensação de inchaço", acrescenta. 

 

4. Não beba líquidos durante as refeições

Outra recomendação muito frequente em relação à alimentação saudável é evitar ingerir líquidos durante as refeições. De acordo com Kelly Balieiro, existem dois motivos para essa sugestão. "O primeiro é que o excesso de líquidos junto aos alimentos prejudica a ação do suco gástrico no processo de digestão dos alimentos. O segundo motivo é que nosso estômago é um músculo e, quanto maior a quantidade de líquidos/alimentos em seu interior, maiores serão o seu tamanho e a necessidade de alimentos para que o indivíduo se sinta saciado", esclarece. 

 

5. Drible o estresse

O estresse crônico pode aumentar o cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais. Em níveis elevados e por longos períodos, ele pode afetar diretamente o metabolismo, estimulando o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal.

Isso ocorre porque o corpo, em estado de alerta constante, passa a armazenar energia como forma de proteção, mesmo quando não há uma ameaça real. Além disso, o estresse pode levar a comportamentos compensatórios, aumentando ainda mais o ganho de peso.

 

6. Consulte um profissional  

De forma geral, uma alimentação adequada e que, consequentemente, vai auxiliar na redução de peso é aquela em que temos o equilíbrio de macros (carboidratos, proteínas e gorduras) e micronutrientes (vitaminas e minerais). 

Contudo, é importante lembrar que, apesar de indicações para uma dieta balanceada, o cardápio ideal dependerá das características de cada um. Por isso, é fundamental consultar um nutricionista antes de fazer alterações na dieta.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/6-atitudes-para-eliminar-a-gordura-abdominal,3841f78a564aa720ef897b52389e77b5xybo0336.html?utm_source=clipboard - Foto: Dusan Petkovic | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 7 de junho de 2025

Veja os benefícios da corrida para quem deseja emagrecer e ganhar massa muscular


Saiba como a atividade física contribui no processo de perda de peso

 

A corrida tem conquistado cada vez mais os amantes de atividades físicas — e não é para menos: trata-se de um dos treinos aeróbicos mais eficazes. Seja para quem está acima do peso e deseja eliminar alguns quilos, seja para quem busca a hipertrofia e quer deixar os músculos mais evidentes, a corrida pode ser uma grande aliada. Para alcançar os melhores resultados, no entanto, é fundamental que o treino esteja aliado a um plano alimentar saudável.

 

Como unir corrida e musculação?

 

De acordo com Rick Soares Vieira, professor especialista em exercícios físicos aplicados à reabilitação cardíaca e a grupos especiais, uma boa forma de aliar a corrida ao treinamento de hipertrofia muscular é alternar os treinos. Em um dia, focar na resistência física; no outro, adotar um treino intervalado, com séries que intercalam corrida e caminhada.

 

“O treino de corrida ajuda na diminuição do percentual de gordura, o que para o aluno que almeja hipertrofia muscular é bastante benéfico, pois ele terá uma definição melhor. É interessante que o treino aeróbico seja inserido ao final do treino de força”, aconselha o especialista. Entretanto, o volume, a intensidade e os exercícios da série vão depender do nível de condicionamento, experiência e limitações do aluno.

 

Cuidados antes de começar a correr

Como em qualquer atividade física, o ideal é consultar um médico antes de iniciar o treinamento, assim, é possível, a partir de exames, verificar a intensidade que seu corpo poderá suportar. “Exames cardíacos e de esforço físico trazem mais segurança para o médico e para o treinador na adaptação do treino e posterior acompanhamento clínico durante a evolução dos treinos”, recomenda o personal trainer Felippe Calente.

 

Alimente-se antes de começar a correr

De acordo com Waldyr Maciel, professor e personal master trainner , outras recomendações para quem quer iniciar um treino de corrida são: estar bem alimentado, de preferência com uma orientação nutricional profissional; fazer um aquecimento para que o corpo se prepare para o estímulo a ser executado durante a corrida e possuir tênis, roupas e acessórios adequados para a prática.

 

Como escolher o tênis certo para corrida?

A escolha do tênis ideal, por exemplo, é um ponto que merece muita atenção, pois cada pessoa possui um tipo de pisada. Ou seja, alguns se apoiam mais na parte externa do pé, outros na parte central ou interna. Para cada caso, existe um tênis que se adapta melhor.

 

Para escolher o tênis ideal, os profissionais recomendam que se faça um teste em lojas ou laboratórios especializados a fim de verificar o tipo de pisada. Dessa forma, é possível escolher o calçado que mais se adapta ao seu pé. Calce o tênis na loja, caminhe durante um tempo para sentir qualquer incômodo que possa surgir e tire todas as dúvidas com o vendedor.

 

É possível eliminar peso praticando corrida?

Uma corrida de 5 km pode gastar entre 250 e 400 calorias. Com a prática frequente, é possível eliminar de 3 a 5 kg no primeiro mês. Claro que para ter uma redução de peso significativa é necessário cuidar da alimentação e evitar ingerir mais calorias do que se gasta.

 

Fonte: https://www.correio24horas.com.br/saude/veja-os-beneficios-da-corrida-para-quem-deseja-emagrecer-e-ganhar-massa-muscular-0625 - Imagem: BGStock72 | Shutterstock

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Atividade física pode aumentar anos de vida saudável, especialmente para grupos vulneráveis


Um estudo publicado no The Lancet Public Health revelou que a prática regular de atividade física no tempo livre pode aumentar os anos de vida sem doenças crônicas, com benefícios ainda mais evidentes para pessoas de grupos socioeconômicos mais vulneráveis ou com hábitos prejudiciais à saúde.

 

A pesquisa analisou dados de mais de 500 mil pessoas na Europa e no Reino Unido, acompanhando seus níveis de atividade física e a incidência de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, câncer e doenças respiratórias crônicas. Os participantes foram divididos em três grupos: aqueles que praticavam pouca ou nenhuma atividade, os que realizavam exercícios em níveis intermediários e os que cumpriam as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) — pelo menos 2h30min de atividade moderada ou 1h15min de atividade intensa por semana.

 

Os resultados mostraram que as pessoas que seguiam as recomendações da OMS ganharam de 1,1 a 2 anos a mais sem doenças crônicas. Os maiores benefícios foram observados entre fumantes, pessoas com baixa escolaridade e aqueles com sintomas depressivos, indicando que a atividade física pode ajudar a reduzir desigualdades na saúde.

 

Os pesquisadores destacam que promover a atividade física em larga escala pode ser uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente para aqueles com fatores de risco à saúde. A inclusão do exercício físico em políticas de saúde pública voltadas para grupos mais vulneráveis pode ampliar significativamente seus efeitos positivos.

 

Fonte: The Lancet Public Health. DOI: 10.1016/S2468-2667(25)00001-5.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20846/atividade-fisica-pode-aumentar-anos-de-vida-saudavel-especialmente-para-grupos-vulneraveis.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral

domingo, 4 de maio de 2025

5 benefícios da dança para a saúde do corpo


A atividade é uma excelente forma de exercício físico, contribuindo para o bem-estar geral

 

Em 29 de abril foi celebrado o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) em 1982, em homenagem ao criador do balé de ação, o mestre francês Jean-Georges Noverre.

 

A prática é considerada uma expressão cultural e artística no Brasil e no mundo, sendo a cidade de Joinville, em Santa Catarina, reconhecida, inclusive, como a Cidade da Dança, por ter o maior Festival de Dança do mundo e por sediar a única Escola Bolshoi fora da Rússia — o Teatro Bolshoi de Moscou é a maior companhia de balé do mundo, com mais de 200 bailarinos.

 

A dança é considerada uma forma de atividade física que contribui para a saúde e bem-estar geral. "A utilização da dança como técnica de reabilitação na fisioterapia é conhecida como dançaterapia ou dançafisio. Esta técnica alia exercícios de cinesioterapia com passos básicos de todos os ritmos de dança, oferecendo uma abordagem inovadora e eficaz para a promoção da saúde e reabilitação", explica Mariana Wiest Schroeder, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Anhanguera.

 

Segundo a profissional, a prática favorece a saúde de variadas formas. "Incorporando movimentos rítmicos e expressivos, a dança pode melhorar a flexibilidade, a força, a coordenação motora e o equilíbrio, além de promover a saúde mental e emocional dos pacientes", comenta.

 

Abaixo, Mariana Wiest Schroeder compartilha os benefícios da dança para o corpo. Confira!

 

1. Melhora da flexibilidade

A dança envolve uma variedade de movimentos que contribuem para o aumento da flexibilidade dos músculos, prevenindo lesões e melhorando a amplitude de movimento.

 

 

2. Fortalecimento muscular

Diferentes estilos de dança exigem o uso de diversos grupos musculares, contribuindo para o fortalecimento muscular global, especialmente nas pernas, abdômen e costas.

 

3. Melhora da coordenação e equilíbrio

A dança exige coordenação entre diferentes partes do corpo e movimentos precisos, o que ajuda a melhorar o equilíbrio e a coordenação motora.

 

4. Aumento da resistência física

Praticar dança regularmente pode aumentar o condicionamento cardiorrespiratório, permitindo que o corpo suporte atividades prolongadas sem se cansar rapidamente.

 

5. Reabilitação de lesões

A dança pode ser utilizada como uma forma de reabilitação, contribuindo para a recuperação de lesões ao promover movimentos controlados e fortalecendo áreas específicas do corpo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-beneficios-da-danca-para-a-saude-do-corpo,d21fde2d714114877c1d8ef9d25c5fd6n1mucnyr.html?utm_source=clipboard - Por Leticia Zuim Gonzalez - Foto: Studio Romantic | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 19 de abril de 2025

Entenda como a atividade física pode ajudar no combate ao estresse


Prática de exercícios colabora para o bem-estar e o relaxamento do corpo, aliviando os sintomas de cansaço mental

 

O estresse é um mal comum na vida moderna, e uma das formas mais eficazes de combatê-lo é através dos exercícios físicos.

 

Segundo Cacá Ferreira, gerente técnico da rede de academias Companhia Athletica, a prática de atividades físicas regula os níveis de cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”, e promove a liberação de hormônios como endorfina, serotonina e dopamina, responsáveis pela sensação de bem-estar.

 

“Além disso, os exercícios ajudam a diminuir a tensão muscular e melhoram a oxigenação do corpo, proporcionando relaxamento e alívio do estresse”, explica.

 

Entre as opções de exercícios, a caminhada é uma das mais simples e acessíveis. A atividade pode ser realizada tanto ao ar livre quanto em uma esteira, se adequando para qualquer nível de condicionamento físico. Pode ser uma boa escolha também para quem busca momentos de tranquilidade, pois permite que o praticante se desconecte das pressões do dia a dia.

 

O alongamento é outra modalidade que pode ser feita em qualquer momento do dia sem restrições físicas. “Ele alivia a tensão acumulada nos músculos e melhora a flexibilidade, sendo ideal para quem passa muito tempo sentado. Realizado depois de outros exercícios, o alongamento acelera a recuperação muscular, reduzindo a rigidez”, diz Ferreira.

 

Combinando posturas físicas, controle da respiração e meditação, a yoga é uma excelente opção para aliviar o estresse de forma holística. A prática regular promove tanto o relaxamento físico quanto emocional, além de melhorar a flexibilidade, o equilíbrio e a concentração.

 

Toda movimentação do corpo é válida na busca por acalmar a mente. Assim como as atividades mencionadas anteriormente, o pilates, que melhora a postura, flexibilidade e equilíbrio; e a musculação, que fortalece os músculos e eleva a autoestima, também são eficazes no alívio do estresse.

 

 “Ambas as práticas exigem concentração e foco, o que desvia a atenção das preocupações cotidianas e proporciona uma sensação de alívio e bem-estar”, finaliza Cacá Ferreira.

 

Fonte: https://www.correiodopovo.com.br/bellamais/saudefeminina/entenda-como-a-atividade-f%C3%ADsica-pode-ajudar-no-combate-ao-estresse-1.1595619 - Foto: Jeremy Stewart / Unsplash

domingo, 13 de abril de 2025

Entenda a importância da atividade física para a saúde vascular


Hábitos saudáveis e exercícios ajudam a melhorar a circulação sanguínea

 

A boa circulação sanguínea é essencial para a saúde do organismo, pois distribui oxigênio e nutrientes para os tecidos. Para funcionar de maneira eficiente, a prática regular de atividades físicas é indispensável, já que estimula o fluxo sanguíneo e contribui para a prevenção de problemas vasculares.

 

Segundo o Dr. Thiago Villari, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), a prática de exercícios físicos beneficia tanto as artérias quanto as veias.

 

"O movimento regular auxilia no controle de fatores de risco como obesidade, colesterol elevado, diabetes, hipertensão e estresse, além de prevenir doenças arteriais. No sistema venoso, fortalece a musculatura das pernas, especialmente das panturrilhas, melhora o bombeamento do sangue e reduz as chances de varizes, que afetam grande parte da população e causa dor, inchaço e problemas mais graves, como trombose e úlceras venosas", explica.

 

Perigos do sedentarismo

Passar longos períodos sentado ou em pé sem se movimentar aumenta a probabilidade de doenças cardiovasculares, favorecendo o acúmulo de gordura nos vasos sanguíneos. Esse quadro resulta em complicações graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto e insuficiência renal. Em casos extremos, a má circulação pode levar a doenças arteriais que, se não tratadas, evoluem para amputações.

 

A permanência na mesma posição por horas seguidas compromete a circulação venosa, causa inchaço e aumenta o risco de varizes. Em situações mais graves, a trombose venosa profunda (TVP) é uma das principais preocupações. Esse problema está associado a diversos fatores de risco, como:

 

Histórico familiar ou pessoal da doença;

Uso de hormônios;

Imobilização prolongada;

Cirurgias;

Viagens de longa duração.

Embora o exercício físico não tenha relação direta com esses fatores, a mobilidade desempenha um papel essencial na prevenção. Alternar posturas, alongar as pernas e estimular a musculatura ajudam a evitar a formação de coágulos, além de reduzir significativamente o risco de trombose e suas consequências.

 

Exercícios benéficos para a saúde vascular

Todos os tipos de exercícios físicos são benéficos, desde que respeitem as condições individuais. O mais importante é escolher atividades que estimulem a circulação e favorecem o retorno venoso. Caminhada, musculação, pilates, bicicleta e natação estão entre as opções mais recomendadas, pois fortalecem a musculatura das pernas e impulsionam o sangue de volta ao coração.

 

Pacientes com desgaste articular ou artrose no quadril e membros inferiores se beneficiam de práticas corporais sem impacto, como natação e hidroginástica, que preservam as articulações e favorecem a circulação. Na terceira idade, movimentos de baixo impacto ajudam a prevenir inchaço, trombose e dores nas pernas, além de melhorar a mobilidade.

 

Como algumas condições exigem restrições, a orientação médica é essencial para garantir segurança e eficácia. A avaliação multidisciplinar inclui um ortopedista, essencial para orientar a escolha dos exercícios mais seguros. "Com uma avaliação adequada, é possível definir as melhores opções para cada caso", destaca o Dr. Thiago Villari.

 

Pequenas mudanças diárias fazem diferença

Optar por escadas em vez de elevadores, movimentar-se a cada duas horas e ativar a musculatura das pernas são atitudes acessíveis que também ajudam manter a circulação em equilíbrio. Mesmo em escritórios, alongamentos simples para os pés e panturrilhas auxiliam a manter o fluxo sanguíneo adequado e reduzem os riscos do sedentarismo prolongado.

 

Criar hábitos saudáveis desde cedo facilita a continuidade da atividade física ao longo da vida. Além de melhorar a disposição e o bem-estar, o exercício regular previne doenças crônicas. "Quanto mais cedo a prática se torna parte da rotina, maiores são os benefícios para a saúde e a qualidade de vida no futuro. Nunca é tarde para começar a se movimentar. Pequenas mudanças no dia a dia trazem grandes benefícios para a circulação e a qualidade de vida", conta o cirurgião vascular.

 

Outras medidas para manter a saúde vascular

Além da atividade física, mudanças no estilo de vida fortalecem a saúde vascular. Uma dieta rica em frutas, vegetais, fibras e gorduras saudáveis ajuda a manter a circulação eficiente. Evitar excesso de sal, açúcar e alimentos ultraprocessados, controlar o peso, a glicemia e evitar o tabagismo são medidas essenciais para a saúde do sistema circulatório.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-a-importancia-da-atividade-fisica-para-a-saude-vascular,dfd32b44e420865046d14590263ab4b79sk5azax.html?utm_source=clipboard - Por Elenice Costola - Foto: Drazen Zigic | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 11 de abril de 2025

7 dicas para se exercitar com segurança estando acima do peso


Alguns cuidados são importantes para evitar lesões durante a atividade física

 

A obesidade é uma condição que tem gerado preocupação entre os especialistas no Brasil. Projeções do Congresso Internacional sobre Obesidade (2024) indicam que, se o ritmo atual continuar, até 2044 cerca de 48% dos adultos brasileiros poderão estar obesos, enquanto 27% estarão com sobrepeso. Atualmente, 56% da população adulta já enfrenta um desses quadros.

 

Em busca de uma vida mais saudável e fora das estatísticas, muitas pessoas têm recorrido à prática de atividades físicas. Segundo o fisioterapeuta Cristoph Enns, professor do UniCuritiba, o hábito é essencial no processo de emagrecimento e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, ele alerta que mudanças na rotina devem ser feitas com acompanhamento profissional. "Pessoas obesas ou com sobrepeso correm risco de sofrer lesões ou sobrecarregar o sistema cardiovascular se não forem bem orientadas durante os exercícios", destaca.

 

De acordo com Glenda Naila de Souza, coordenadora dos cursos de Saúde do UniCuritiba, o ideal é contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar. "Para tratar a obesidade, além de vencer o sedentarismo, é preciso ter o acompanhamento de profissionais especializados, como nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, que vão auxiliar em todo o processo — envolvendo aspectos físicos, mentais e sociais", reforça a fisioterapeuta.

 

Para evitar lesões e começar a se movimentar com segurança, os fisioterapeutas compartilham algumas orientações. Confira!

 

1. Faça uma avaliação médica 

Consulte um médico para checar seu estado geral de saúde, principalmente cardiovascular, articular e metabólico.

 

2. Comece de forma gradual

Inicie com atividades de baixo impacto e intensidade moderada, como natação, hidroginástica ou caminhadas em superfícies planas. Esses exercícios reduzem o impacto nas articulações que já estão sob maior pressão devido ao excesso de peso.

 

3. Aumente a intensidade e a duração dos exercícios progressivamente

À medida que o condicionamento físico melhorar, aumente a intensidade e a duração dos exercícios. Depois, inclua exercícios para o fortalecimento muscular, como musculação ou pilates. Eles melhoram a postura, aumentam o metabolismo basal e protegem as articulações.

 

4. Fique atento à postura e à técnica

Pessoas obesas tendem a ter alterações posturais e dificuldades de equilíbrio. Fazer os exercícios com a técnica correta é essencial para evitar lesões.

 

5. Acompanhe a frequência cardíaca

No início, evite exercícios muito intensos que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular. Pessoas obesas têm mais dificuldades para controlar a frequência cardíaca durante o exercício.

 

6. Use roupas confortáveis e calçados adequados

Peças leves facilitam a transpiração, enquanto os calçados com bom amortecimento reduzem o impacto nas articulações e evitam lesões.

 

7. Respeite os limites do corpo

É normal sentir algum desconforto no início, mas dores intensas ou persistentes são um sinal de alerta. Se for o caso, pare o exercício e peça orientação profissional.

 

Consulte um especialista

Além dos cuidados com a postura, a intensidade e o tipo de exercício, o tratamento contra a obesidade pode exigir também acompanhamento psicológico. Isso acontece, segundo a psicóloga Alexia S. M. Lopes, porque a doença, em muitos casos, está associada a questões emocionais como ansiedade, depressão ou compulsão alimentar.

 

"Pesquisas recentes indicam que a regulação emocional tem um papel crucial no controle do peso e intervenções psicológicas têm demonstrado eficácia na mudança de hábitos alimentares e na adesão à prática de atividades físicas", explica a professora do UniCuritiba.

 

O equilíbrio emocional também tem um papel fundamental na nossa relação com a comida. Momentos de tensão, ansiedade ou frustração, por exemplo, podem desencadear o consumo excessivo de alimentos, especialmente aqueles ricos em gordura e açúcar. "O suporte psicológico auxilia na identificação dos gatilhos emocionais que levam ao consumo excessivo de alimentos e contribui para o desenvolvimento de estratégias mais saudáveis de enfrentamento", acrescenta a especialista.

 

Atividade física e alimentação saudável caminham lado a lado

De acordo com Jhonathan Andrade, professor do curso de Nutrição, outro aspecto importante para promover a perda de peso de forma eficaz e sustentável é combinar a atividade física com uma alimentação saudável e balanceada.

 

"No processo de emagrecimento é fundamental que a pessoa se mantenha hidratada antes, durante e após os exercícios. A alimentação também deve ser equilibrada, com alimentos que forneçam a energia suficiente para a prática da atividade física, mas sem exageros calóricos", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-dicas-para-se-exercitar-com-seguranca-estando-acima-do-peso,4334d373f8d548e4892cc8db39626690wkwtucyb.html?utm_source=clipboard - Por Marlise Groth Mem - Foto: Inside Creative House | Shutterstock / Portal EdiCase