domingo, 30 de junho de 2019

Quais são os principais tipos de depressão?


Nem toda depressão é igual. Conheça as diferentes faces da doença e qual é o melhor tratamento para cada uma

No caminho entre o preto e o branco, nossos olhos são capazes de distinguir 30 tons de cinza. Todos integram a mesma escala de cor, mas cada um deles tem nuances únicas. O mesmo raciocínio pode ser aplicado à depressão: não se trata de uma doença idêntica para seus 320 milhões de portadores espalhados pelo planeta.

Entre a alegria pura e a tristeza mais profunda, há um espectro de sentimentos e manifestações capazes de repercutir na vida e exigir o olhar de um profissional de saúde. Conheça, abaixo, os principais tipos do transtorno:

Depressão maior
É o tipo mais comum e genérico. “Seus sintomas são tristeza, angústia, desânimo, culpa e alterações no sono, no apetite, na concentração e na libido que persistem por muito tempo”, lista o psiquiatra Volnei Costa, da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos.
A doença se divide em três graus: leve, moderado e grave. Cada um possui a sua abordagem — aliás, não é porque a situação é mais branda que dá para relaxar e ignorar seu impacto no dia a dia.
Tratamento: há três pilares fundamentais em qualquer recuperação: remédios antidepressivos, psicoterapia e a mudança no estilo de vida. Praticar exercícios físicos, por exemplo, é uma recomendação de dez entre dez psiquiatras.

Sazonal
Essa não costuma dar tanto as caras no Brasil ou em outros países com temperaturas mais elevadas e clima ameno. Porém, é um tormento sério em lugares como o norte dos Estados Unidos, o Canadá, a Islândia, a Dinamarca e a Noruega.
Durante o inverno, há pouca luz natural nesses locais — o dia começa tarde e já fica escuro de novo lá pelas 14 ou 15 horas. E a falta do sol afeta os indivíduos mais suscetíveis, que se tornam bastante deprimidos durante as épocas de frio extremo.
Tratamento: além do combo básico (medicamentos, terapia e hábitos saudáveis), uma alternativa bem eficaz é a fototerapia. O paciente fica durante um tempo dentro de uma cabine de luz. Isso beneficia certas regiões do cérebro dele.

Distímica
O termo está caindo em desuso na medicina, mas você pode encontrar profissionais que falam sobre essa versão da melancolia.
Ela é caracterizada por sinais bem leves, quase imperceptíveis, que perduram por dois anos ou mais. A pessoa acaba aprendendo a conviver com aquilo e, por mais prejuízos que tenha no dia a dia, não conversa com ninguém sobre o assunto.
O problema é que o quadro pode se aprofundar rapidamente e provocar sérios danos à saúde física e mental.
Tratamento: a psicoterapia é especialmente estratégica por aqui: durante as sessões, será possível identificar os sintomas e as melhores maneiras de desarmá-los a tempo. Fazer atividade física é outra boa pedida para elevar o ânimo.

Atípica
Apesar do nome, ela é prevalente e intriga os experts. A diferença está na forma como se manifesta.
“Ela segue um padrão peculiar: em vez de sonolência excessiva, dá insônia. Enquanto nas outras há perda de apetite, nela ocorre um aumento na ânsia por comer”, exemplifica o médico Ricardo Alberto Moreno, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Outras características são a piora dos sintomas no final do dia e um humor mais sensível e irritável.
Tratamento: além dos antidepressivos básicos, o psiquiatra irá avaliar a necessidade de prescrever fármacos da classe dos estabilizadores de humor. Eles são muito utilizados em outros transtornos, como a bipolaridade.

Psicótica
É uma das depressões mais sérias e preocupantes da lista. Os sintomas corriqueiros estão presentes. Porém, junto deles, pintam outros, como delírios de perseguição ou a sensação de que algo muito ruim está para acontecer a qualquer momento.

Há casos em que a psicose se agrava e o sujeito mistura a realidade com fantasias de sua cabeça. Alguns chegam a achar que seu coração parou ou já estão mortos. Essas situações extremas, ainda bem, são muito raras.
Tratamento: não dá pra fugir das medicações antipsicóticas. Dentro do plano terapêutico, elas promovem uma reorganização do cérebro e aliviam a crise. Quanto antes o esquema for iniciado, melhores os resultados e menor o risco de recaídas.

Mista
Observada por pesquisadores desde o século 19, ela vem ganhando destaque na última década, com a descoberta de novas ferramentas para diagnosticar e encarar o problema. Suas principais marcas são aceleração do pensamento, maior irritabilidade e comportamentos compulsivos nas compras, no sexo ou na forma de reagir aos outros.
“O dilema é que muita gente acaba confundindo a depressão mista com ansiedade, mas são entidades completamente distintas”, ressalta Costa.
Tratamento: os antidepressivos podem deixar o pensamento ainda mais acelerado. Para evitar esse efeito colateral, é necessário primeiro recorrer a estabilizadores de humor ou antipsicóticos e fazer frente aos sintomas compulsivos mais urgentes.

Melancólica
Os maiores incômodos, como a falta de energia, a tristeza absoluta e a angústia, se agravam e ficam alarmantes. “Outro traço dela é o fato de os sintomas serem piores logo de manhã e melhorarem um pouco durante o dia”, observa Moreno.
É o tipo mais fácil de ser identificado, mas, não raro, o indivíduo não deseja sair de casa para consultas com o especialista. Amigos e familiares precisam criar uma rede de suporte e dar toda a atenção necessária para fazer esse resgate.
Tratamento: antidepressivos são essenciais. Outra saída em casos graves é a eletroconvulsoterapia, que recorre a estímulos elétricos na cabeça. O método é seguro e tem eficácia comprovada.

Pós-parto
A queda na produção de determinados hormônios logo após a gestação vira um tormento danado a mulheres suscetíveis. Elas desenvolvem uma ideia de incapacidade de cuidar do bebê ou simplesmente não experimentam a alegria da maternidade. Na sequência, aparece a culpa, que deixa tudo pior e prolonga a doença pelos meses seguintes.
A melhor maneira de evitar que o transtorno alcance proporções catastróficas é conversar com o ginecologista e relatar qualquer sentimento que pareça estranho.
Tratamento: Alguns antidepressivos específicos são indicados, pois não afetam o processo de amamentação. O acompanhamento com o psicólogo é outra ferramenta valiosíssima para identificar e vencer pensamentos negativos.

Fonte: https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/quais-sao-os-principais-tipos-de-depressao/ - Por André Biernath - Ilustrações: Maíra Martines/SAÚDE é Vital

sábado, 29 de junho de 2019

Programação do Novenário e Festa de Nossa Senhora do Carmo em Itabaiana 2019



O Novenário e a Festa em homenagem a Nossa Senhora do Carmo será realizado de 05 a 14 de Julho de 2019, na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, situada no Conjunto José Luiz Conceição, em Itabaiana. Este ano, o Tema Geral será: “Virgem do Carmo, Mãe de TODAS as Vocações”. Confira a programação completa:

1° NOITE - 05/07 - SEXTA:
TEMA: “Vocação e Discernimento para a Missão”. PREGADOR: Pe. Alessandro da Costa.
RESPONSÁVEIS: Setor São Cristóvão e comunidade, PASCOM e Apostolado da Oração.

2° NOITE - 06/07 - SÁBADO:
TEMA: “Vocação, Juventude e Missão”. PREGADOR: Pe. Ronaldo Rodrigues.
RESPONSÁVEIS: Setor Maria do Carmo, Povoado Bom Jardim, Legião de Maria e Coroinhas.

3° NOITE - 07/07 - DOMINGO:
TEMA: “O Discípulo de Cristo e a Vocação a Santidade”. PREGADOR: Pe. Marcos Rogério.
RESPONSÁVEIS: Setor Francisco Teles e MECEs (Instituição dos Ministros nesta noite).

4° NOITE - 08/07 - SEGUNDA:
TEMA: “Desafios e dificuldades da Juventude no discernimento vocacional”. PREGADOR: Pe. José Genivaldo Garcia.
RESPONSÁVEIS: Setor Matriz, Povoado Barro Preto e Armada Branca.

5° NOITE - 09/07 - TERÇA:
TEMA: A Igreja ministerial é a “Mãe das Vocações”. PREGADOR: Pe. Genário de Oliveira Júnior.
RESPONSÁVEIS: Setor Moita Formosa, Povoado Zanguê e Grupo da Divina Misericórdia.

6° NOITE - 10/07 - QUARTA:
TEMA: “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!” (Sl 25,4) PREGADOR: Pe. José Lima.
RESPONSÁVEIS: Setor Riviera, Povoados: Lagamar e Serra de Itabaiana, pastoral do Dízimo e grupo de jovens.

7° NOITE - 11/07 - QUINTA:
TEMA: “Os Jovens, a Fé e o Discernimento Vocacional” PREGADOR: Pe. Mardonio Alves do Amaral.
RESPONSÁVEIS: Setor Vale dos Eucaliptos, Povoados: Agrovila e Igreja Velha; Pastoral do Acolhimento, Renovação Carismática Católica, e Comunidade Sagrada Família.

8° NOITE - 12/07 - SEXTA:
TEMA: “Descobrir, em Jesus Cristo, a própria e sublime vocação”. PREGADOR: Pe. Everson Fontes Fonseca.
RESPONSÁVEIS: Setor Jardins, Povoado, Malhada Velha, pastoral familiar, pastoral da criança, Catequese da Iniciação Cristã: Batismo, Crisma e 1ª Eucaristia.

9° NOITE - 13/07 - SÁBADO:
TEMA: “Batismo, fonte de todas as vocações”. PREGADOR: Dom Giovanni Crippa (Bispo de Estância)
RESPONSÁVEIS: Movimento Serra, Terços: dos Homens e das Mulheres, Ministérios de Música e Liturgia.

Dia Festivo
14/07 – DOMINGO:
06h: Alvorada festiva
06h30: Oficio da Virgem do Carmo
10h: Missa solene presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom João José Costa. 15h30: Missa presidida pelo Pe. Paulo Moura.
16h30 - Procissão e bênção do Santíssimo Sacramento.

Por Professor José Costa – com informações da Paróquia Nossa Senhora do Carmo

Exercício físico excessivo prejudica órgãos como coração e fígado


Além do tecido musculoesquelético, coração, fígado e sistema nervoso são afetados pelo sobretreinamento, mostram estudos feitos na USP de Ribeirão Preto. Ação sistêmica de citocinas pró-inflamatórias explica apenas parte do fenômeno.

Treinamento excessivo

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, demonstraram que as consequências do excesso de treinamento - exercícios físicos em excesso - para o organismo vão muito além da queda no rendimento esportivo, havendo efeitos prejudiciais no tecido musculoesquelético, coração, fígado e sistema nervoso central.

Atletas costumam apresentar queda no rendimento quando submetidos a um treinamento muito intenso, sem período adequado de recuperação. O quadro é conhecido como síndrome do sobretreinamento e pode incluir sintomas como perda de apetite e de peso, insônia, irritabilidade, queda na imunidade e depressão.

A explicação mais aceita para o fenômeno é conhecida como teoria das citocinas, formulada há mais de duas décadas. O raciocínio é que lesões no tecido musculoesquelético causadas pelo exercício excessivo induziriam a liberação na corrente sanguínea de substâncias pró-inflamatórias (proteínas produzidas por células de defesa e conhecidas como citocinas), que desencadeariam os efeitos sistêmicos.

Mas os resultados obtidos pela equipe brasileira em experimentos com camundongos contrariam a hipótese de que as citocinas pró-inflamatórias seriam o único fator responsável pela queda na performance, que, nos animais, se manteve prejudicada mesmo depois que o nível dessas substâncias no sangue se normalizou.

"Essas informações devem servir de alerta para quem treina de forma excessiva. Os atletas de elite, muitas vezes, não têm opção devido à pressão de treinadores, patrocinadores e competições. Mas é fundamental que seja ao menos respeitado o tempo mínimo de recuperação," explicou o professor Adelino Sanchez Ramos da Silva.

Além das citocinas

Diferentes protocolos de sobretreinamento - corrida no plano, na subida e na descida - foram testados com o objetivo de entender a ação das citocinas pró-inflamatórias induzidas pelo exercício físico excessivo em diferentes tecidos. Todos induziram um aumento no nível de três citocinas pró-inflamatórias no soro sanguíneo: interleucina-1-beta (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). O aumento das moléculas pró-inflamatórias também foi observado no tecido musculoesquelético, com efeitos variados nos três protocolos.

Os animais submetidos ao sobretreinamento na descida foram os mais prejudicados, apresentando sinais de atrofia e de estresse de retículo endoplasmático, uma organela celular que, entre outras funções, faz com que as proteínas assumam sua forma funcional. "De forma simplificada, isso significa que as células da região passaram a ter proteínas malformadas em seu interior, o que pode comprometer seu funcionamento", disse Silva.

Após duas semanas de repouso, o nível das citocinas pró-inflamatórias no soro e no tecido musculoesquelético retornou ao nível basal e houve um aumento no conteúdo de moléculas anti-inflamatórias. "No entanto, a performance dos animais na corrida permaneceu prejudicada, sugerindo haver outros mecanismos envolvidos nesse processo", disse.

E havia: Todos os protocolos de sobretreinamento provocaram prejuízo na via de sinalização da insulina no tecido musculoesquelético, ou seja, as células musculares ficaram com mais dificuldade de captar a glicose circulante no sangue. No entanto, os camundongos não apresentaram alteração negativa no teste de tolerância à glicose, que avalia se o açúcar está sendo metabolizado adequadamente pelo organismo.

"Suspeitamos que algum outro tecido estivesse atuando de forma compensatória para manter o equilíbrio. E as análises mostraram uma melhora na via de sinalização da insulina no fígado e um aumento no estoque de glicogênio hepático dos animais submetidos aos protocolos de sobretreinamento na descida e na subida. Por outro lado, como adaptação negativa, observamos acúmulo de gordura e sinais de inflamação no tecido hepático," disse Silva.

Coração e fígado

Os resultados sugerem ainda que o coração também atua de modo a compensar o prejuízo na captação de glicose pelas células musculoesqueléticas, pois foi observado acúmulo de glicogênio no tecido cardíaco em resposta a todos os tipos de sobretreinamento. Surpreendentemente, os três protocolos induziram sinais de fibrose no ventrículo esquerdo. Apenas os animais submetidos ao exercício excessivo na descida apresentaram sinais moleculares de hipertrofia patológica.

"Nos estudos realizados até o momento, não mensuramos os parâmetros funcionais do coração. Estamos agora reproduzindo os experimentos e faremos um ecocardiograma ao final do período de treinamento para avaliar se houve prejuízo funcional do ventrículo esquerdo," disse o professor, acrescentando que será preciso verificar se o descanso pode reverter as alterações moleculares observadas no coração e no fígado.

De modo geral, os prejuízos foram maiores para os animais submetidos ao protocolo de sobretreinamento na descida. De acordo com Silva, isso está relacionado com a predominância de contrações excêntricas (quando o músculo alonga enquanto está sob tensão devido a uma força externa maior que a gerada pelo músculo) durante esse tipo de atividade.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=exercicio-fisico-excessivo-prejudica-orgaos-como-coracao-figado&id=13511&nl=nlds - Com informações da Agência Fapesp - Imagem: Adelino Sanchez Ramos da Silva

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Descoberta peculiar: pança é mais sexy do que tanquinho


De acordo com um estudo encomendado pela franquia de academias americana Planet Fitness, o “corpinho de pai de família” não só é cada vez mais aceito, como é considerado até mais sexy do que um tanquinho para algumas pessoas.

Antes que você questione a “origem” deste estudo: a companhia pagou por uma pesquisa online conduzida pela Kelton Global que envolveu 2.217 americanos representativos do cenário nacional com 18 anos ou mais, com uma margem de erro de 2,1%.

E por que uma academia defenderia a famosa “pancinha de chope”? Porque o mundo está mudando e julgar as pessoas por sua aparência não é mais legal.

“Corpo de pai”
A Planet Fitness encomenda esta pesquisa há três anos.

De acordo com os resultados postados no website da empresa, mais homens com “corpo de pai” (isso seria uma pessoa que não é malhada, mas também não muito acima do peso) estão contentes com sua forma física este ano em comparação ao ano passado (79% versus 64%).

O que é mais importante é que os homens também responderam que ter esse tipo de corpo melhorou sua vida de alguma forma (72% versus 62%, em comparação com o ano passado) e que os deixou mais tranquilos (46% versus 37%).

Resultados
Entre os resultados mais interessantes, no entanto, estão aqueles sobre a “impressão” que a pança passa.

De acordo com a Planet Fitness, quase quatro a cada cinco homens e mulheres (78%) responderam que o “corpo de pai” era um sinal de um homem confiante em sua própria pele.

Mais surpreendentemente, talvez, 65% dos participantes disseram que o “corpo de pai” é atraente, 61% disseram que é sexy e 51% disseram que a pança é o novo tanquinho.

“Como sede da Zona Sem Julgamento, temos orgulho de oferecer um ambiente confortável para todos os nossos membros, independentemente do seu tipo de corpo”, disse Jamie Medeiros, vice-presidente de marketing da Planet Fitness ao Big Think. “A Planet Fitness está desafiando a todos, e não apenas aos pais, a ficarem confortáveis ​​em sua própria pele e aceitarem os outros por quem eles são”.

Saúde
Eu não participei da pesquisa, mas confirmo os resultados (se é que posso fazer isso): corpo de pai é ok, e em alguns casos é mais do que ok (se é que me entendem).

Vale lembrar, no entanto, que nem tudo é sobre aparência: o fator saúde precisa ser levado em conta.

Muitos estudos já mostraram que o formato do corpo, especificamente a quantidade de gordura na região da cintura, é um forte indicador do risco de mortalidade. Por exemplo, um estudo apontou que altos níveis de gordura na barriga, que é a gordura visceral, localizada entre os órgãos na cavidade abdominal, aumenta o risco de osteoporose.

Então, aceite-se e seja lindo como você é, mas lembre-se de consultar um médico e ter certeza de que tudo anda bem por debaixo de qualquer gordurinha que você tenha.


quinta-feira, 27 de junho de 2019

Saiba quantos centímetros de barriga você ganha ao dormir mal


A falta de sono já foi ligada ao ganho de peso. Mas esse estudo definiu o tamanho do impacto e reforçou como o descanso, por si só, é vital para emagrecer

Se você quiser atrair problemas, basta passar algumas noites sem dormir. E pode somar à lista de malefícios o ganho de peso e o possível desenvolvimento de doenças metabólicas que podem ser desencadeadas pelo excesso de peso, como o diabetes, por exemplo. Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, sugerem que dormir pouco contribui para o aumento da circunferência abdominal – e o pouco não é tão pouco assim: seis horas, duas a menos do que a média recomendada para um adulto saudável. Alguém se identifica?

O estudo monitorou os hábitos de sono e a quantidade de comida ingerida por 1 615 adultos saudáveis. Além disso, os pesquisadores ficaram de olho em outros indicadores metabólicos, como colesterol, pressão, glicemia, funcionamento da tireoide e a circunferência abdominal de cada um deles.

Ao final do estudo, os voluntários que dormiram seis horas ou menos apresentaram 3 centímetros a mais na cintura do que aqueles que dormiram por nove horas. Pouco tempo de sono também foi relacionado a níveis reduzidos de HDL (colesterol bom).

Os cientistas ficaram surpresos por não haver correlações entre o período reduzido de descanso a uma dieta pouco saudável, fato que já havia sido comprovado anteriormente. Veja: outras pesquisas mostraram que dormir pouco nos induzia a fazer más escolhas alimentares, preferindo comidas com baixos valores nutricionais a alimentos mais complexos. No entanto, o estudo em questão sugere que a privação de sono é, isoladamente, uma vilã da boa forma física.

Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/saiba-quantos-centimetros-de-barriga-voce-ganha-ao-dormir-mal/ - Por Pâmela Carbonari (da Superinteressante) - Foto: Alex Silva / Ilustração: Eder Redder/SAÚDE é Vital

quarta-feira, 26 de junho de 2019

Para emagrecer, durma bem!


O sono tem um papel fundamental na perda de peso. Ele influencia nos comportamentos alimentares e na forma como o corpo processa a comida

Sabe aquela noite maldormida, que você vira de um lado para o outro sem conseguir embalar o sono? Pois ela repercute no seu dia, nas suas escolhas e, claro, na sua alimentação. Há algumas semanas, quando estava chegando na USP para trabalhar, uma funcionária me perguntou assim que me encontrou: “Professor, tenho dormido mal e sinto que estou comendo mal também. O meu sono muda minha digestão?”

A pergunta dela tem razão de ser. Os estudos mostram que, quando dormimos pouco, tendemos a ser mais generosos conosco no dia seguinte. Nós fazemos escolhas que propiciam um prazer imediato. Ou seja, corremos um risco extra de optarmos por alimentos especialmente saborosos, em geral mais calóricos e gordurosos.

Um simples aroma de comida gostosa pode ser o suficiente para um insone perder o controle e enfiar o pé na jaca. Veja: ao longo da vida, estabelecemos uma relação dos sabores dos alimentos com a sensação de bem-estar que sentimos após ingeri-los. Essas respostas prazerosas ficam gravadas em uma região do cérebro chamada sistema límbico e são correlacionados com os aromas de cada comida.

Portanto, quando sentimos aquele cheiro, logo o associamos com o sabor do alimento. E resistir a tamanha tentação quando seu corpo cansado pede por energia é complicado.

Além disso, temos a necessidade de uma recompensa emocional que o alimento nos entrega. Com isso, escolhemos pratos mais gordurosos, que estimulam especialmente a produção de neurotransmissores associados à sensação de bem-estar. Comidas mais doces, que entregam o prazer imediato no paladar, também ganham prioridade nessas horas de esgotamento físico e mental.

Como se não fosse o suficiente, a falta de sono aumenta a concentração de grelina no organismo. Esse hormônio, secretado pelo estômago e intestino normalmente quando estão vazios, estimula a fome.

Juntando tudo isso, a consequência de uma noite em claro no cardápio do dia seguinte é: nós comeremos mais, optaremos por alimentos com mais gordura e, no fim das contas, teremos uma probabilidade maior de engordar.

Assim, toda vez que você dormir mal, redobre a atenção para as suas escolhas alimentares. Lembre-se de que, nesses dias, você será mais permissivo e glutão do que a sua versão descansada.

Fonte: https://saude.abril.com.br/blog/o-fim-das-dietas/para-emagrecer-durma-bem/ - Por Antonio Lancha Jr. - Foto: Dercilio / Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

terça-feira, 25 de junho de 2019

5 dicas para driblar a preguiça e malhar no inverno


Você costuma deixar de malhar o inverno? Veja dicas para não abandonar a academia nos dias mais frios!

Nos dias mais frios é comum que a disposição para se exercitar diminua e os quilinhos extras apareçam. “É no inverno que nos recolhemos mais e fazemos menos atividades ao ar livre, além de buscar alimentos mais calóricos, diminuindo o consumo de frutas e saladas”, explica Larissa Kussano, gerente técnica da Bio Ritmo.

O que pouca gente sabe é que as baixas temperaturas aumentam o gasto calórico. No frio o corpo tem que gastar mais energia para se manter aquecido, acelerando o metabolismo. “Essa é uma grande oportunidade para queimar os quilinhos extras e também manter a forma durante o inverno”, reforça a especialista.

Além disso, um estudo realizado por Paul Williams, do Departamento de Ciências da Vida do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, divulgado no American College of Sports Medicine, revelou que quem abandona e recomeça os exercícios com frequência tende a ganhar mais peso, comparado a pessoas que param e não voltam mais.

Para não desanimar e driblar a preguiça, listamos dicas para incentivar a malhação mesmo nos dias mais gelados. 

Repense o horário
Se costumava frequentar a academia muito cedo, mas tem dificuldades de sair da cama com o tempo frio, tente treinar na hora do almoço. O ideal é procurar um horário em que você fique mais disposta, evitando faltar ou desistir.

Tenha companhia
Quando a preguiça bater, convide uma amiga para treinar com você. Assim, uma incentiva a outra a não desistir. Também vale apostar nas atividades em grupo, que são mais motivadoras e animadas.

Monte uma playlist animada
Treinar com uma música que você gosta é uma boa estratégia para aumentar a disposição e realizar o treinamento até o fim. 

Não pense duas vezes
Passar em casa depois do trabalho ou faculdade antes de encarar a malhação não funciona. “Prepare a mochila na noite anterior e deixe no carro. Essa atitude pode facilitar na hora de você pensar duas vezes em ir à academia”, sugere.

Evite o modo “soneca” do despertador
Não enrole e saia da cama assim que acordar! “Assim, você tem menos chances de sabotar o treino da manhã, caso esse seja o seu único horário disponível”, diz ela.


segunda-feira, 24 de junho de 2019

Qual a intensidade de exercício físico ideal para você?


Acertar o ritmo da atividade física faz muita diferença para alcançar seus objetivos no treino e multiplicar os ganhos à saúde

O Colégio Americano de Medicina do Esporte, uma das entidades mais respeitadas na área, recomenda em suas últimas diretrizes 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de atividades vigorosas por semana a todo mundo que busca uma vida saudável. Esqueça a quantidade por um momento e repare nos termos “moderados” e “vigorosas”. Eles não aparecem em vão: a intensidade do exercício também influencia bastante nos seus efeitos pelo corpo e na sua cota de benefícios.

“O esforço dedicado à atividade física promove diversos ajustes metabólicos que tornam o organismo mais eficiente em vários sentidos”, explica o professor de educação física Paulo Gentil, da Universidade Federal de Goiás.

Do ponto de vista biológico, faz sentido que um treino comece tranquilo e se intensifique com os meses. Segundo o médico do esporte Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), como nosso corpo tenta se adaptar a novas condições, ao aumentarmos o ritmo na academia ou no parque trabalhamos o condicionamento cardiorrespiratório e a resistência, além de promover a queima de gordura e um melhor controle nas taxas de colesterol e açúcar no sangue.

É claro que ninguém deve sair por aí pegando pesado ou turbinando o treino da noite para o dia. Aumentar a intensidade exige tempo e dedicação, sob pena de aparecerem as lesões.

Mas dá pra dizer que exercícios leves já fazem bem à saúde? Ora, eles seriam a porta de entrada para qualquer pessoa, independentemente da idade, pisar no mundo esportivo. São mais fáceis de executar, não fazem o coração disparar, evitam machucados e, ainda que os resultados demorem a vir, ajudam a torrar calorias.

Um novo estudo da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, revela que as atividades leves já conferem proteção cardiovascular. Em análise com 5 861 mulheres mais velhas, a prática foi associada a um risco significativamente menor de infarto e morte por doenças do coração.

“Mas, para ter efeitos na prática, é indicado realizar acima de 40 minutos por dia”, orienta Zogaib. O professor de educação física Antonio Arruda, do Instituto Valorize, em Linhares, no Espírito Santo, conta que existem evidências de que exercícios leves colaboram para o equilíbrio da microbiota intestinal, o conjunto de micro-organismos do aparelho digestivo. E isso se reflete no melhor funcionamento e na proteção do órgão. Pois é, pense com carinho naquela caminhada pela vizinhança.

A atividade torna-se moderada quando passa a elevar a frequência de batimentos cardíacos e deixa a pessoa um tanto ofegante. Com isso salta o gasto calórico e se acentuam as vantagens cardiovasculares. Só que já é preciso ter certo preparo dos músculos e das articulações, bem como o acompanhamento de um profissional.

Uma pesquisa da Unifesp constatou que exercícios em solo ou água nessa intensidade são bem-vindos, por exemplo, na prevenção e no controle da osteoporose em mulheres após a menopausa.

O ritmo vigoroso, por sua vez, é aquele que depende de muito esforço — acelerando o coração e botando energia para queimar — e continua agindo sobre o corpo mesmo após o fim do treino. “O gasto calórico é maior durante a atividade e se mantém elevado na fase de recuperação, fazendo o corpo utilizar a própria gordura como combustível”, explica o educador físico Diego Barretti, do Laboratório de Adaptação ao Treinamento de Força da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. É por isso que essa intensidade é imbatível em termos de perda de peso.

Acontece que o ritmo vigoroso tem seu preço: demanda empenho extra, orientação de perto de um profissional da área e, obviamente, está ligado a uma maior exposição a lesões. “Os treinos intensos costumam ser mais curtos e exigem um bom preparo físico para evitar problemas. Mesmo assim, podem derrubar a imunidade se realizados em dias consecutivos”, avisa Arruda.

Prós e contras dos três tipos de intensidade

Atividades leves

Não exige preparo físico prévio
Possibilita conversar e interagir mais durante o exercício
Oferece baixíssimo risco de lesões
O gasto calórico é bem limitado
Exige mais tempo e treinos longos diários para dar resultados
Para algumas pessoas, pode ser desestimulante

Moderado

É tolerada pela maioria das pessoas
Tem um bom perfil de segurança
Queima calorias e melhora a capacidade cardiorrespiratória
Requer supervisão, e nem todo mundo gosta disso
Há um aumento no risco de lesões
Já demanda mais preparo físico

Vigoroso

A queima de calorias é alta e persiste após o treino
Resultados alcançados em menos tempo
Promove mudanças fisiológicas bem-vindas à saúde
Depende de bastante dedicação no dia a dia
Apresenta maior risco de lesões musculares e articulares
Pode abalar a imunidade

A evolução do treino
O ponto é que a maior parte dos benefícios terapêuticos da atividade física destrinchados pela ciência está relacionada aos exercícios moderados e intensos. De acordo com o professor de educação física Vandré Casagrande Figueiredo, pesquisador da Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, eles atuam tanto na prevenção como no tratamento de condições crônicas como hipertensão, colesterol alto e diabetes. “Inclusive já fazem parte das recomendações da Associação Americana de Diabetes, uma vez que melhoram a resposta do corpo à insulina e ajudam a controlar o peso”, destaca.

Um fato unânime entre os experts é que alcançar um ritmo mais intenso sem colocar a saúde em risco não acontece num zás-trás. “Em geral, uma pessoa leva de três a seis meses para conseguir avançar de um treino leve para um vigoroso”, estima Barretti. “E ela deve passar por um checkup cardiológico para evitar qualquer susto”, lembra Zogaib. Sem paciência e sem supervisão para evoluir gradativamente, o corpo vai sofrer.

Uma ideia bacana para aumentar a intensidade sem impor sacrifícios demais ao organismo é mesclar os ritmos. Na esteira, por exemplo, vale alternar a caminhada, o trote e a corrida. “Essa é a proposta dos treinos intervalados de alta intensidade, conhecidos como HIIT na sigla em inglês, e que oferecem ótimos resultados”, nota Barretti. Essa mistura recorda o que acontece mais espontanemente em jogos como futebol e basquete.

A essa altura, você deve se perguntar: ok, mas como eu meço a intensidade do exercício? No dia a dia, há duas táticas mais usadas, tanto para atividades aeróbicas como treinamentos de força. A primeira é o Teste da Fala, que mensura o esforço avaliando se a pessoa consegue falar ou cantar enquanto sua a camisa. “Apesar de subjetivo, ele é prático e permite que o indivíduo se autoajuste no exercício”, diz Barretti. A outra é a Escala de Borg, em que se atribui uma nota de 0 a 10 a um esforço realizado — essa mais interessante para quem já treina há um tempo.

Para corrida, ciclismo e afins, ainda tem a fórmula da frequência cardíaca, que, a exemplo dos outros testes, você confere como fazer logo abaixo. Não são medidas milimetricamente precisas, mas já nos guiam para saber se estamos prontos a dar o próximo passo no treino.


(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)



(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)


(Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital)

Fonte: https://saude.abril.com.br/fitness/qual-a-intensidade-de-exercicio-fisico-ideal-para-voce/ - Por Diana Cortez  - Ilustração: Daniel Almeida/SAÚDE é Vital

domingo, 23 de junho de 2019

Saúde física e mental associada com otimismo e sabedoria - ou com a solidão


"Algum declínio cognitivo ao longo do tempo é inevitável, mas seu efeito não é claramente uniforme e, em muitas pessoas, não é clinicamente significativo - pelo menos em termos de impacto em sua sensação de bem-estar e desfrute da vida," disse o Dr. Dilip Jeste.

Abordagem holística

O avanço da idade está amplamente associado ao declínio da saúde cognitiva, física e mental.

Mas como fatores distintos, como sabedoria, solidão, renda e qualidade do sono, impactam - para o bem e para o mal - o funcionamento físico e mental dos idosos?

O Dr. Dilip Jeste e seus colegas na Universidade da Califórnia de San Diego e da IBM Research adotaram esse enfoque mais amplo e chegaram a conclusões que podem ampliar a abordagem de cuidados que especialistas e autoridades de saúde costumam difundir.

Eles descobriram que a saúde física correlaciona-se com a função cognitiva e com a saúde mental. Mais especificamente, a função cognitiva mostrou-se significativamente associada à mobilidade física, à sabedoria e à satisfação com a vida.

Já a saúde física mostrou-se associada ao bem-estar mental e à resiliência - além da menor idade.

A saúde mental, por sua vez, está ligada ao otimismo, autocompaixão, nível de renda e níveis mais baixos de solidão e distúrbios do sono.

"A maioria das pessoas se concentra em doenças e fatores de risco, como a velhice, a dieta pouco saudável e a falta de atividade. Isso é importante, é claro, mas também precisamos nos concentrar nas áreas que compõem a pessoa como um todo.

"Traços psicológicos, como otimismo, resiliência, sabedoria e autocompaixão mostraram-se protetores, enquanto a solidão parece ser um fator de risco. Uma pessoa de 85 anos pode estar funcionando melhor do que uma pessoa de 65 anos devido aos fatores de proteção e de risco," detalhou Jeste.

Cuidar da população mais velha

O Dr. Jeste afirma que mais estudos longitudinais holísticos como este, envolvendo diversas amostras de idosos, são necessários para determinar se as variáveis psicossociais e outras são potenciais riscos ou fatores de proteção relacionados à saúde e às doenças cognitivas, físicas e mentais.

"O objetivo final seria desenvolver novas intervenções focadas na saúde com base em tais pesquisas. Centros de terceira idade na comunidade devem incorporar atividades que abordam aspectos físicos, sociais e mentais. Todos nós podemos fazer algo para melhorar e fortalecer a qualidade de vida da nossa população que envelhece," finalizou ele.


sábado, 22 de junho de 2019

Você suspeita de sintomas de um infarto? Então busque ajuda rápido


Sintomas de infarto

A maioria das mortes por ataque cardíaco ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. Assim, o tratamento rápido é crucial para restaurar o fluxo sanguíneo para as artérias que foram bloqueadas e salvar a vida do paciente.

Ocorre que a maioria dos pacientes que não é acudida a tempo não tem acesso ao socorro simplesmente porque: ou não consegue interpretar os sintomas, ou não consegue agir em decorrência desses sintomas.

Em outras palavras, o tempo que leva para os pacientes interpretarem e responderem aos sintomas é a principal razão para atrasos na chegada ao hospital e à recepção dos cuidados de que eles necessitam.

A descoberta foi feita pela equipe da Dra Carolin Nymark, do Hospital Universitário Karolinska de Estocolmo (Suécia), que recrutou 326 pacientes submetidos a tratamento agudo para um primeiro ou um segundo ataque cardíaco.

Os pacientes envolvidos esperaram uma média de três horas antes de procurar ajuda médica após sentirem os sintomas. Alguns demoraram mais de 24 horas.

Mas por que tantos pacientes demoram tanto para pedir ajuda? Essa foi a pergunta que os pesquisadores tentaram responder.

Lidando com os sintomas

Ao analisar o que passou pela cabeça dos pacientes durante o período crucial entre o surgimento dos sintomas do infarto e a busca de ajuda, os pesquisadores identificaram duas reações gerais entre aqueles que esperaram mais de 12 horas para procurar ajuda médica.

A primeira foi uma incapacidade de agir, reconhecida pelos próprios pacientes, e que teve um impacto significativo.

Esses pacientes usaram frases como: "Eu perdi todo o poder para agir quando meus sintomas começaram"; "Eu não sabia o que fazer quando tive meus sintomas"; "Meus sintomas me paralisaram"; e "Senti que tinha perdido o controle de mim mesmo quando tive meus sintomas".

"Essa imobilização durante os sintomas do ataque cardíaco em curso nunca havia sido demonstrada ou estudada," disse a Dra Nymark. "No momento, não sabemos por que alguns pacientes reagem dessa maneira. Está possivelmente ligado ao medo ou à ansiedade. Esse deve ser um elemento novo na educação das pessoas sobre o que fazer quando têm sintomas de ataque cardíaco."

A segunda reação comum foi uma avaliação imprecisa dos sintomas. Esses pacientes disseram que demorou muito tempo para entenderem seus sintomas; eles achavam que os sintomas passariam; eles achavam que os sintomas não eram sérios o suficiente para procurar atendimento médico; e eles achavam que seria difícil procurar atendimento médico.

Melhor estar errado do que ...

Por outro lado, os pacientes que identificaram com precisão seus sintomas de ataque cardíaco e procuraram ajuda médica rapidamente tinham o desejo de procurar auxílio, sabiam que os sintomas eram sérios, sabiam onde deveriam procurar ajuda e não tentaram desviar seus pensamentos dos sintomas.

Com isso, os pesquisadores fazem um apelo a médicos e autoridades de saúde, no sentido de educarem melhor a população sobre os sintomas de um ataque cardíaco, sobre o que fazer e sobre a urgência de se tomar um curso de ação.

"Se você tiver sintomas que podem ser causados por um ataque cardíaco, não os ignore. Solicite ajuda imediatamente. É melhor estar errado sobre os sintomas do que morto," disse de forma contundente a Dra Nymark.


sexta-feira, 21 de junho de 2019

Limite da resistência humana encontrado


Pesquisadores da Universidade de Duke (EUA) descobriram qual o limite da resistência humana analisando uma corrida de 5.000 quilômetros, o Tour de France e outros eventos de elite.

O resultado? 2,5 vezes a taxa metabólica de repouso do corpo, ou 4.000 calorias por dia em média. Qualquer coisa acima disso não é sustentável a longo prazo.

A pesquisa ainda mostrou que mulheres grávidas são especialistas em resistência, vivendo quase no limite do que o corpo humano pode suportar.

Uma maratona por dia durante meses = resistência humana
O estudo começou analisando a “Race Across USA”, uma ultramaratona na qual os atletas percorrem 5.000 quilômetros da Califórnia até Washington DC em 140 dias. Isso significa que os competidores realizam seis maratonas por semana durante meses.

Os cientistas investigaram o efeito de tal desgaste nos participantes, registrando as calorias queimadas no evento de extrema resistência. A taxa metabólica de repouso – as calorias que o corpo queima quando está relaxado – foi medida antes e durante a corrida.

Os resultados indicaram que o uso de energia começou alto, mas acabou se estabilizando em 2,5 vezes a taxa metabólica de repouso.

Picos
O estudo também encontrou um padrão entre a duração de um evento esportivo e o gasto de energia – quanto mais longo o evento, mais difícil era queimar as calorias.

Em outras palavras, as pessoas podem ir muito além de sua taxa metabólica básica enquanto fazem um breve exercício, mas isso se torna insustentável ​​a longo prazo.

Por exemplo, corredores realizando apenas uma maratona usaram 15,6 vezes a taxa metabólica de repouso. Ciclistas durante os 23 dias do Tour de France usaram 4,9 vezes a taxa metabólica de repouso. Já um atleta fazendo um trekking de 95 dias pela Antártica usou 3,5 vezes a taxa metabólica de repouso. E, durante a gravidez, o uso de energia das mulheres atinge um pico de 2,2 vezes a taxa metabólica de repouso.

“Você pode fazer coisas realmente intensas por alguns dias, mas se quiser durar mais tempo, é preciso baixar a bola”, explicou o médico Herman Pontzer, da Universidade de Duke, à BBC News.

Cheguei no meu limite
Os pesquisadores argumentam que o número limite de 2,5 pode estar relacionado ao sistema digestivo humano, e não ao coração, pulmões ou músculos.

Eles descobriram que o corpo não pode digerir, absorver e processar calorias e nutrientes suficientes para sustentar um nível mais alto de uso de energia.

O corpo pode usar seus próprios recursos queimando gordura ou massa muscular – que podem ser recuperados posteriormente – em eventos mais curtos. Mas em eventos extremos, nos limites do esgotamento humano, o corpo precisa equilibrar seu uso de energia.

De acordo com o Dr. Pontzer, as descobertas podem eventualmente ajudar os atletas. “No Tour de France, saber qual é o seu teto permite que você pedale de forma inteligente. Depois, estamos falando de resistência ao longo de dias, semanas e meses, por isso os resultados são mais aplicáveis para pensarmos como os regimes de treinamento se encaixam com os limites metabólicos de longo prazo do corpo”.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado na revista científica Science Advances. [BBC]


quinta-feira, 20 de junho de 2019

Tomar bebidas geladas de fato faz mal para a garganta? Por quê?


Essa é dos mesmos criadores de “ler no escuro estraga a vista” e “bolo quente dá dor de barriga”. Tudo sem fundamento.

O que irrita mesmo a garganta são infecções causadas por vírus e bactérias – gripe, resfriado, faringite – ou hábitos como tabagismo, passar muito tempo perto do ar-condicionado e exagerar no uso da voz (como naquele karaokê em que você cantou cinco músicas seguidas). Quem explica é Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês.

Bebidas trincando só são realmente nocivas a quem precisa da voz para trabalhar (o que não é o caso de cantores de bar). Artistas profissionais e locutores de rádio, por exemplo, precisam aquecer as cordas vocais para que possam emitir sons com clareza. Ao ingerir um líquido gelado, todo o aquecimento vai por água abaixo.

Se você quer mesmo evitar dor de garganta, cuide da sua imunidade – com vacinas em dia e alimentação balanceada –, beba água regularmente e evite ambientes empoeirados ou com ar muito frio. Essas são algumas medidas que – de fato – resguardam seu gogó.


quarta-feira, 19 de junho de 2019

Conheça os sintomas do ataque cardíaco, ou infarto


Ficar alerta aos diversos sintomas do infarto é importante porque o ataque cardíaco é uma condição sistêmica, indo muito além do coração.

O que é infarto?

O infarto do miocárdio, ou ataque cardíaco, ocorre quando um coágulo interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa, provocando a morte das células de uma região do músculo do coração.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, uma condição na qual placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstruí-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e à interrupção do fluxo sanguíneo.

O infarto pode ocorrer em diversas partes do coração, dependendo de qual artéria foi obstruída, e há vários tipos de ataque cardíaco.

Há uma propensão ao aumento dos casos de infarto quando a temperatura muda muito, assim como há mais infarto nos dias mais frios, principalmente no inverno. Além disso, o infarto e o AVC ocorrem mais de manhã.

Qualquer que seja a ocasião, contudo, um ataque cardíaco é uma emergência que exige cuidados médicos o mais rápido possível. Assim, identificar os sintomas pode ser decisivo para salvar a vida de uma pessoa infartada.

Sintomas de um ataque cardíaco

O principal sintoma de um ataque cardíaco é dor ou desconforto na região peitoral, podendo se irradiar para as costas, rosto, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. Embora menos frequente, a dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite.

O desconforto costuma ser intenso e prolongado, acompanhado de uma sensação de peso ou aperto sobre o tórax.

Esses sinais costumam ser acompanhados de suor frio, palidez, falta de ar e sensação de desmaio.

Entre os idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. Nestes, como também entre os diabéticos, o infarto pode ocorrer sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Risco e prevenção

Os principais fatores que aumentam o risco de infarto são o tabagismo, colesterol alto, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes - os diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto do que a população que não tem essa condição.

Para se prevenir contra um ataque cardíaco, a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação balanceada são essenciais.

A cessação do tabagismo, a prevenção de doenças como a aterosclerose, diabetes e obesidade são igualmente fundamentais para evitar o entupimento das artérias e o consequente aumento de risco do infarto.

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=conheca-sintomas-ataque-cardiaco-ou-infarto&id=13488&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - Imagem: Medical University of Vienna