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domingo, 15 de junho de 2025

5 hábitos para manter a saúde do cérebro e prevenir o AVC


Veja como alguns cuidados são fundamentais para reduzir as chances de um acidente vascular cerebral

 

O alto número de pessoas acometidas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma dura realidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, essa é a segunda maior causa de mortes no Brasil e a principal responsável por incapacidades no mundo.

 

O AVC pode acontecer por obstrução do fluxo sanguíneo no cérebro (AVC isquêmico) ou por rompimento de vasos cerebrais (AVC hemorrágico), levando a sintomas que variam de perda de fala e visão a confusão mental, paralisia e coma.

 

Embora a enfermidade seja comumente associada à idade avançada ou a fatores genéticos, a maioria dos casos pode ser evitada com mudanças simples de hábitos, que envolvem tanto o cuidado com a saúde física quanto o equilíbrio emocional e cognitivo.

 

"É crucial que as pessoas saibam cuidar da saúde cerebral, afinal, essa tarefa exige atenção ao estresse, às emoções e à forma como lidamos com as pressões do dia a dia", comenta a neuropsicóloga Martha Valeria Medina Rivera, da plataforma de neurorreabilitação NeuronUP.

 

Abaixo, a profissional lista hábitos que podem contribuir para fortalecer a saúde do cérebro e prevenir o AVC. Confira!

 

1. Estimule a mente cognitivamente

Dedique de 20 a 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, a jogos e exercícios cognitivos que desafiem a memória, atenção e tomada de decisões. "Atividades como leitura, quebra-cabeças e uso de plataformas como a NeuronUP ajudam a manter as redes neurais ativas e fortalecem a reserva cognitiva — é a capacidade do cérebro de tolerar lesões estruturais", comenta Martha Valeria Medina Rivera.

 

2. Pratique atividades físicas com regularidade

É essencial incluir na rotina algum tipo de atividade física, como caminhadas, dança ou natação, pois elas favorecem a oxigenação do cérebro, estimulam a plasticidade neuronal e diminuem o risco de deterioração cognitiva.

 

3. Alivie o estresse

O estresse pode ter grande impacto na saúde do cérebro. "Técnicas como meditação, respiração profunda e mindfulness — também conhecida como atenção plena, que envolve estar completamente presente no agora, visando melhorar o bem-estar mental e emocional —, têm efeito direto na redução dos níveis de cortisol e adrenalina, hormônios ligados ao estresse crônico, que podem causar danos vasculares e favorecer o surgimento de um AVC", destaca a especialista.

 

4. Tenha um sono de qualidade

Dormir bem é fundamental para a regeneração cerebral. "É importante que o paciente evite telas antes de dormir. Seguir horários regulares e ter um ambiente propício ao sono contribuem para a atividade do sistema glinfático, responsável pela limpeza de toxinas no cérebro", explica.

 

5. Adote uma alimentação neuroprotetora

Martha Valeria Medina Rivera enfatiza que uma dieta rica em vegetais, azeite, peixe e nozes está associada à redução da inflamação e ativa mecanismos que protegem o cérebro. Esse tipo de alimentação pode proteger tanto a saúde geral quanto a do sistema nervoso.

 

Atenção aos sintomas do AVC

A neuropsicóloga reforça a importância de ficar atento aos possíveis sintomas de um AVC. "Confusão mental, alterações na fala, desorientação, mudanças bruscas de humor ou perda de memória podem ser sintomas de um AVC em curso. Nestes casos, busque atendimento médico imediatamente", alerta.

 

Além disso, o cuidado com algumas doenças também é fundamental. "É importante também que o paciente procure um neurologista caso tenha histórico familiar da doença ou fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto ou apneia do sono", finaliza Martha Valeria Medina Rivera.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-habitos-para-manter-a-saude-do-cerebro-e-prevenir-o-avc,2f7d742b964fd9e6f218d6c06dbadfcc4404mc29.html?utm_source=clipboard - Por Patrícia Buzaid - Foto: Krakenimages.com | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 29 de maio de 2025

10 dicas para mulheres cuidarem da saúde física e mental


Especialista ensina formas práticas para melhorar a qualidade de vida

 

A atenção à saúde feminina é sempre um desafio, especialmente quando as mulheres dividem seu tempo entre os papéis de profissionais, mães, donas de casa, apoio da família — e acabam deixando de lado o próprio bem-estar físico e mental. 

 

O dia 28 de maio — Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher — serve como um alerta sobre a importância da saúde e do autocuidado, para além da estética. A data foi instituída em 1984, na Holanda, para discutir questões fundamentais, como a mortalidade materna, o câncer de mama, a depressão e a obesidade.

 

Segundo a Dra. Nadia Haubert, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), não é raro que a mulher ultrapasse seus limites diante das múltiplas tarefas impostas pela vida moderna. Essas mudanças no estilo de vida comprometem o autocuidado e a prevenção de doenças, refletindo-se no aumento de casos de câncer e problemas cardiovasculares, por exemplo.

 

"A saúde da mulher é única em cada etapa da vida, devido às transformações do próprio organismo. As oscilações hormonais podem trazer desconfortos físicos, variações de humor e alterações no estado emocional. Buscar equilíbrio nesse universo é crucial", observa a especialista, que dá 10 dicas de como driblar esses altos e baixos:

 

1. Autocuidado como pilar da saúde

Busque manter a autoestima e o equilíbrio emocional, reservando momentos diários para atividades que promovam o bem-estar mental: meditação, leitura e contato com a natureza.

 

2. Sono de qualidade

Durma de 7 a 9 horas por noite, mantendo horários regulares e em um ambiente escuro e silencioso. Uma boa noite de sono regula hormônios e auxilia na recuperação muscular e cognitiva.

 

3. Alimentação equilibrada

Refeições em horários fixos estabilizam o metabolismo e regulam a secreção hormonal. Priorize alimentos in natura: frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas e proteínas magras, pois fornecem macro e micronutrientes que modulam o sistema imunológico e hormonal.

 

4. Atenção a micronutrientes-chave

Cálcio e vitamina D trazem proteção óssea, importantes no climatério; ômega-3 tem ação anti-inflamatória, benéfica para a saúde cardiovascular e cerebral; e o ferro auxilia na prevenção da anemia, comum em fases de menstruação intensa.

 

5. Suplementação individualizada

Sempre consulte um especialista para realizar exames e identificar possíveis deficiências. Evite a autoprescrição de vitaminas e minerais.

 

6. Atividade física regular e prazerosa

A atividade física melhora a composição corporal, reduz o risco cardiovascular, equilibra hormônios e alivia sintomas de ansiedade e depressão. Combine:

Exercícios cardiorrespiratórios (caminhada, corrida, ciclismo): 150 min/semana;

Força e resistência (musculação, pilates): 2 vezes/semana;

Alongamento e relaxamento (yoga, alongamentos): diariamente.

 

7. Gestão do tempo e limites saudáveis

Priorize e delegue. Liste suas tarefas diárias, identifique o que pode ser delegado — como tarefas domésticas ou trabalho burocrático —, e aprenda a dizer "não" quando necessário.

 

8. Pausas ativas

A cada 60 a 90 minutos de trabalho, faça pausas de 5 a 10 minutos para alongar, caminhar e beber água. A hidratação é fundamental para a termorregulação, saúde renal e transporte de nutrientes.

 

9. Acesso a cuidados integrais e humanizados

Realize consultas regulares: ginecológica, nutrológica, psicológica. Informe-se sobre serviços de saúde que ofereçam um atendimento multidisciplinar.

 

10. Não se acostume com dores e cansaço

A falta de qualidade de vida não deve ser encarada como algo normal. Busque orientação médica quando esses sintomas impactarem sua rotina.

 

Importância dos hábitos saudáveis na rotina

Ter hábitos saudáveis traz qualidade de vida. "Recuperar a autonomia sobre o corpo significa adotar um estilo de vida leve e verdadeiramente adequado à realidade de cada mulher. Quando se escuta, cuida e respeita as próprias necessidades, se ganha saúde, disposição e qualidade de vida — beneficiando não apenas a si mesma, mas também quem está ao seu redor", finaliza a Dra. Nadia Haubert.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/10-dicas-para-mulheres-cuidarem-da-saude-fisica-e-mental,69d30b25ad507870e9292328262fc0f3bfj756ce.html?utm_source=clipboard - Por Edna Vairoletti - Foto: Kues | Shutterstock / Portal EdiCase

segunda-feira, 26 de maio de 2025

5 dicas para manter a pele saudável e luminosa no inverno


Veja como alguns cuidados são importantes para manter a hidratação nesta época do ano

 

No inverno, o ar seco, as temperaturas mais baixas e o vento frio podem comprometer a saúde da pele, tornando-a mais vulnerável ao ressecamento. Áreas como o rosto, os lábios, as mãos e até o couro cabeludo costumam sofrer com a perda de hidratação natural, o que pode resultar em descamação, coceira e pequenas fissuras.

 

Nessas condições, o uso de um bom hidratante se torna essencial. No entanto, quem busca uma pele realmente saudável e luminosa precisa adotar cuidados que vão além da hidratação externa. Por isso, a dermatologista Paula Rahal, da Clínica Otávio Macedo & Associados, compartilha algumas orientações. Confira!

 

1. Intensifique a hidratação de forma estratégica

Nesta época do ano, o cuidado com a hidratação da pele deve ser redobrado. "Durante o inverno, a barreira cutânea fica comprometida, o que favorece a perda de água e a entrada de agentes irritantes. Por isso, é essencial reforçar a hidratação com ativos potentes", explica Paula Rahal.

A dica é apostar em hidratantes mais densos e nutritivos, com ingredientes como ureia, ácido hialurônico, ceramidas, niacinamida e manteiga de karité, que ajudam a manter a umidade e a restaurar a função de barreira da pele.

"Na clínica, há boas opções como a aplicação de drug delivery de ácido hialurônico e exossomos que promovem uma hidratação profunda, melhorando a textura, a elasticidade e o viço da pele sem alterar os contornos faciais", diz dermatologista.

 

2. Evite banhos quentes

Aquela ducha quente nos dias frios pode parecer reconfortante, mas a alta temperatura da água remove os lipídios naturais da pele, deixando-a ainda mais suscetível ao ressecamento e à sensibilidade.

Prefira banhos mornos e rápidos, e substitua sabonetes comuns por versões suaves e fórmulas hidratantes. Logo após o banho, aproveite o momento em que os poros ainda estão abertos para aplicar o hidratante. Isso ajuda a "selar" a umidade. Uma a duas vezes por semana, aplique um óleo após banho antes do hidratante.

 

3. Cuide da limpeza sem agredir a pele

Limpeza é fundamental, mas com delicadeza. "Evite sabonetes adstringentes ou muito espumantes, que podem agravar o ressecamento. Prefira produtos mais suaves, sem álcool ou fragrâncias intensas", orienta a dermatologista.

Esfoliantes físicos e químicos também devem ser usados com cautela nesta época. Em vez disso, uma boa alternativa é a realização de limpezas de pele com ativos calmantes em consultório dermatológico - ideais para remover impurezas sem comprometer a barreira cutânea.

 

4. Proteja as áreas mais expostas

Lábios, rosto e mãos são as partes do corpo mais castigadas pelo frio e merecem atenção redobrada. Use protetor labial com ativos como lanolina e manteiga de cacau, cremes específicos para mãos e hidratação facial com FPS (Fator de Proteção Solar).

E, sim, o protetor solar continua indispensável no inverno. "Mesmo em dias nublados, os raios UVA continuam presentes e são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce da pele", afirma Paula Rahal.

Na clínica, tratamentos com lasers são indicados no inverno para melhorar o tônus, reduzir manchas e estimular colágeno, uma vez que há menor exposição solar.

 

5. Hidrate-se de dentro para fora

No frio, sentimos menos sede, mas isso não significa que o corpo precise de menos água. Muito pelo contrário: a hidratação interna é muito importante para manter a pele saudável.

"A ingestão de água e alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, castanhas e vegetais verde-escuros, ajuda a combater os radicais livres e a manter o viço da pele", afirma a dermatologista. Uma boa dica é consumir chás naturais sem açúcar.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-dicas-para-manter-a-pele-saudavel-e-luminosa-no-inverno,f02ce714f5a99c22a2ccaf3131eb61fa5wgfzrfx.html?utm_source=clipboard Por Clara Barcellos - Foto: New Africa | Shutterstock / Portal EdiCase

terça-feira, 20 de maio de 2025

7 sinais de que a obesidade está afetando a sua saúde


Veja como o cuidado com o excesso de peso é essencial para evitar doenças

 

A obesidade é uma condição crônica que vai além do peso corporal, afetando diversos sistemas do organismo. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade 2025, projeta-se que 31% da população adulta brasileira esteja com obesidade este ano, com tendência de crescimento nos próximos anos.

 

Ainda conforme o estudo, o avanço da obesidade no Brasil tem sido constante e alarmante. Em pouco mais de duas décadas, a taxa de adultos com obesidade mais que dobrou, saltando de pouco mais de 12% em 2003 para quase 27% em 2019, enquanto as projeções para 2025 indicam que cerca de um terço da população adulta já convive com a doença.

 

E o futuro preocupa ainda mais: o Atlas Mundial da Obesidade 2025 destaca que, até 2030, estima-se que a obesidade crescerá cerca de 33% entre os homens e mais de 46% entre as mulheres. Se nenhuma ação efetiva for tomada, quase metade dos adultos brasileiros poderá estar obesa até 2044, um quadro que compromete não só a qualidade de vida da população, mas também sobrecarrega o sistema de saúde do país.

 

"Estamos diante de uma epidemia silenciosa. Esses números vão além de estatísticas e refletem milhões de brasileiros que já convivem com limitações físicas, dores, doenças crônicas e impactos emocionais decorrentes da obesidade", alerta a nutróloga Dra. Bruna Durelli, especialista em obesidade e fundadora da clínica LevSer Saúde.

 

Atente-se aos sinais da obesidade na saúde

Embora a obesidade nem sempre apresente sintomas óbvios, o corpo costuma emitir sinais importantes quando algo não vai bem. Segundo a Dra. Bruna Durelli, reconhecê-los precocemente pode ser decisivo para evitar complicações e iniciar um tratamento adequado.

 

Abaixo, a médica lista sete manifestações comuns que indicam que o excesso de peso já está impactando a saúde significativamente:

 

1. Fadiga constante em atividades simples

O excesso de peso pode impactar diretamente a capacidade de realizar atividades simples do cotidiano, mesmo que o indivíduo não perceba. "Quando o paciente começa a sentir cansaço exagerado ao subir escadas, caminhar curtas distâncias ou realizar tarefas do dia a dia, muitas vezes isso é confundido com sedentarismo. Mas, na verdade, é um sinal de que o sistema cardiorrespiratório já está sobrecarregado pelo excesso de peso. O coração e os pulmões precisam trabalhar mais, e isso gera um desgaste precoce", explica a nutróloga.

 

2. Roncos intensos e sono fragmentado

Segundo a Dra. Bruna Durelli, esse é um incômodo frequente entre pessoas acima do peso. "A apneia do sono é uma das consequências mais comuns da obesidade, mas pouco reconhecida. O acúmulo de gordura na região cervical e abdominal interfere diretamente na respiração noturna. Muitos pacientes roncam alto, acordam várias vezes sem perceber ou têm sonolência ao longo do dia — sintomas que não devem ser ignorados", diz.

 

3. Ganho de gordura abdominal

Mais do que uma questão estética, a gordura abdominal representa um importante sinal de alerta para a saúde. "A obesidade visceral, caracterizada pelo acúmulo de gordura na região do abdômen, está diretamente associada a riscos cardiovasculares, inflamação sistêmica e resistência à insulina. A circunferência abdominal elevada é hoje um dos principais preditores para doenças como diabetes tipo 2 e hipertensão", destaca a nutróloga.

 

4. Ciclos menstruais irregulares e infertilidade

A obesidade em mulheres, além de afetar tarefas diárias, também pode comprometer a função hormonal. "No caso das mulheres, o excesso de tecido adiposo provoca desequilíbrios hormonais importantes. Isso pode se manifestar em irregularidade menstrual, síndrome dos ovários policísticos e dificuldade para engravidar. É uma questão ginecológica, mas que começa com um distúrbio metabólico", pontua.

 

5. Dores nas articulações

O impacto da obesidade vai além do cansaço e da falta de fôlego — ele também compromete a saúde das articulações. "As articulações são diretamente impactadas pelo excesso de peso. Joelhos, tornozelos e coluna precisam sustentar uma carga acima da ideal, o que acelera processos degenerativos como artrose e hérnias discais. A dor é um alerta precoce de que o corpo está em sobrecarga", esclarece a médica.

 

6. Queda na autoestima e isolamento social

Embora a saúde física seja frequentemente destacada quando se fala em obesidade, a saúde mental também merece atenção especial. "O impacto da obesidade na saúde mental ainda é subestimado. Muitos pacientes desenvolvem ansiedade, depressão e evitam o convívio social por vergonha da própria imagem ou experiências de preconceito. Esse sofrimento emocional, se ignorado, pode agravar ainda mais o quadro clínico e dificultar a adesão ao tratamento", analisa a Dra. Bruna Durelli.

 

7. Cicatrização lenta e maior propensão a infecções

De acordo com a médica, os efeitos do excesso de gordura corporal podem comprometer a saúde da pele. "O tecido adiposo em excesso interfere na microcirculação e na resposta inflamatória do organismo. Isso significa que até feridas pequenas podem demorar mais para cicatrizar, aumentando o risco de infecções cutâneas e complicações após procedimentos cirúrgicos", conta a nutróloga.

 

A Dra. Bruna Durelli reforça que a obesidade precisa ser tratada com seriedade, indo muito além de uma questão estética. "Se continuarmos ignorando os sinais que o corpo nos dá e tratando o excesso de peso apenas como uma questão estética, seguiremos ampliando esse abismo entre o cuidado ideal e a realidade da saúde pública no país", alerta.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-sinais-de-que-a-obesidade-esta-afetando-a-sua-saude,21f8581eeb5cc9e3ac0e7c68691fe551smecd7g5.html?utm_source=clipboard - Por Maria Fernanda Benedet - Foto: Peakstock | Shutterstock / Portal EdiCase

domingo, 18 de maio de 2025

7 cuidados que devemos ter com a saúde dos olhos - não coçar é um deles


Visão prejudicada é fator de risco para quedas e fraturas em idosos e, nas crianças, afeta o rendimento escolar; saiba como evitar problemas

 

Cerca de 1 bilhão de pessoas têm algum problema de visão que poderia ter sido evitado ou que precisa de tratamento correto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os principais são a catarata e os erros de refração não corrigidos. Mas a degeneração macular relacionada à idade, o glaucoma e complicações do diabetes também estão entre as principais causas de perda visual.

 

Esses problemas afetam, principalmente, pessoas acima dos 50 anos e estão associados a perda de produtividade, menor qualidade de vida e maiores índices de depressão. A visão prejudicada nos idosos é um fator de risco para quedas e fraturas recorrentes.

 

"Pesquisas mostram uma associação importante entre a baixa visual e queda em idosos, e um estudo publicado na Nature mostra que a deficiência visual aumenta o risco de demência, especialmente em homens jovens", observa o oftalmologista Diego Monteiro Verginassi, do Hospital Israelita Albert Einstein. Esse estudo acompanhou um grupo de quase 800 mil pessoas ao longo de 12 anos.

 

Mas crianças também podem sofrer com a falta de visão, o que impacta até no rendimento escolar. Para evitar prejuízos, é essencial fazer consultas periódicas, ficar atento a alterações e tomar alguns cuidados básicos no dia a dia. Saiba quais são eles.

 

1. Não coçar os olhos

Levar as mãos aos olhos pode ser uma via de infecção. "Aliás, essa é uma das formas mais comuns de transmissão de doenças oftalmológicas infecciosas. Bactérias e vírus causadores de doenças, como a conjuntivite, por exemplo, chegam aos nossos olhos através do toque das mãos", diz Verginassi.

Além disso, dependendo da intensidade e da força, pode-se piorar casos de ceratocone, doença que afeta a curvatura da córnea e que pode levar à perda visual. "Nosso olho funciona como uma máquina fotográfica, composto por um sistema de lentes. Uma delas é a córnea", explica. Essa estrutura transparente, que cobre a parte da frente do olho, tem formato curvo e algumas pessoas nascem com uma predisposição a uma curvatura mais acentuada. Ao manipular excessivamente essa região, pode-se acentuar essa deformação.

 

2. Cuidar da higiene

Pálpebras e cílios são regiões que contêm dobras e pelos, o que facilita o acúmulo de sujeira, restos de maquiagem, entre outros elementos que podem conter microrganismos prejudiciais à saúde dos olhos, capazes de causar infecções. Por isso, a higiene é fundamental.

Uma dica é diluir xampu neutro infantil (aquele que não arde os olhos) na água morna durante o banho e limpar delicadamente essa região pelo menos uma vez ao dia.

 

3. Usar lentes de contato corretamente

As lentes de contato evoluíram muito em relação a conforto e qualidade óptica, ajudando a diminuir a dependência de óculos e proporcionando mais liberdade para atividades como esportes. Mas seu uso deve ser cuidadoso, observando o protocolo de limpeza e descarte.

As lentes existentes no mercado normalmente duram um dia, 15 dias ou 30 dias. "Esse prazo de descarte deve ser seguido rigorosamente para evitar a infecção da córnea, um quadro potencialmente muito grave que pode causar úlcera no local e cegueira irreversível", alerta o médico do Einstein.

Também é essencial seguir rigorosamente as instruções sobre higiene orientadas pelo médico, usando apenas o produto adequado para limpeza e conservação das lentes (nunca água ou soro fisiológico, por exemplo), manipulando sempre com as mãos muito limpas e evitar usá-las ao tomar banho, no mar ou na piscina. A contaminação pode causar infecções sérias capazes de levar à perda da visão.

 

4. Ter óculos de sol de boa qualidade

Óculos de sol devem ser de boa qualidade, com filtro para raios UV. "Em ambientes escuros, nossa pupila se dilata e permite maior entrada de luz e radiação. Se você usar óculos de sol sem essa proteção, a lente escura promoverá a abertura da pupila e mais radiação ultravioleta entrará no olho, predispondo ao aparecimento de problemas como a catarata e até danos à retina", explica Verginassi. "Por isso óculos vendidos de forma clandestina são tão perigosos."

 

5. Fazer pausas ao usar telas

O uso de telas deve ser evitado em crianças menores de 2 anos. Após essa idade, deve-se usar gradativamente, mas sempre com bom senso. "Isso porque, além de arriscar piorar sintomas oculares como olho seco, [a tela] interfere no desenvolvimento e interação da criança com o meio", lembra o especialista.

Pessoas que trabalham o dia todo no computador devem fazer pequenas pausas, lubrificar os olhos e tentar em alguns momentos focar a visão em objetos distantes.

O uso de colírios lubrificantes pode aliviar sintomas do olho seco, principalmente em quem fica o dia todo no ar-condicionado e de frente para telas. Mas vale lembrar: apenas o médico oftalmologista pode prescrever o melhor tipo, dependendo de cada caso. "Olho seco pode causar piora da visão, gerar desconforto intenso, prejudicar a qualidade da visão e até favorecer o aparecimento de infecções nas pálpebras e córnea", explica o médico.

 

6. Fazer check-ups periódicos

O exame oftalmológico deve iniciar já no primeiro ano de vida. Nessa idade, a consulta envolve a aferição do grau e análise das estruturas oculares para avaliar a transparência e até para afastar doenças mais graves, como glaucoma e tumores.

"Geralmente, não se prescreve óculos nessa idade, mas é muito importante saber qual o grau dessa criança e, principalmente, se os olhos têm simetria. Se o grau de um lado for muito diferente do outro e isso não for detectado, a criança pode ter sequelas por não ter uma estimulação visual adequada", alerta Verginassi. A partir daí, o oftalmologista vai indicar a periodicidade das consultas na infância — as sociedades médicas recomendam visitas anuais ao oftalmo a partir do primeiro ano.

Na idade adulta, o exame deve ser anual e envolve basicamente a medida da pressão ocular (que mede o risco de glaucoma), o exame de fundo de olho (para analisar a retina e outras estruturas) e da frente do olho, além da avaliação da motilidade ocular (para investigar estrabismo), exame de refração (para detectar o grau) e curvatura da córnea. Dependendo de cada caso, outros exames podem ser realizados.

 

7. Atentar-se aos sintomas

Procure o médico sempre que notar alterações na visão, coceira, lacrimejamento, secreção, vermelhidão ou hipersensibilidade à luz. Algumas doenças ou infecções podem evoluir rapidamente, comprometendo a visão. Outros sintomas, como visualizar clarões ou flashes de luz, mesmo sem dor, podem significar danos irreversíveis se não forem tratados com urgência.

Outro sintoma muito importante de ser avaliado precocemente são as chamadas "moscas volantes", pequenas manchas que surgem no campo visual. Elas aparecem normalmente a partir dos 40 anos e podem ser parte do processo normal de envelhecimento devido à mudança na viscosidade do gel que preenche o olho, chamado vítreo. Em alguns casos, porém, pode ser o início de roturas de retina que devem ser prontamente identificadas e tratadas para evitar a progressão para doenças mais sérias, como o descolamento de retina.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-cuidados-que-devemos-ter-com-a-saude-dos-olhos-nao-cocar-e-um-deles,ebb03cb7480cbbcc3a0c7f7adc0fc8280jd4zex5.html?utm_source=clipboard - Gabriela Cupani

terça-feira, 13 de maio de 2025

Entenda os riscos do frio para a saúde cardiovascular


Cuidados com a pressão arterial e o coração devem ser redobrados no outono e no inverno

 

Maio marca o início das temperaturas mais baixas em diversas regiões do Brasil. Com os dias mais frios, vêm também preocupações importantes com a saúde, especialmente a cardiovascular. Isso porque, segundo o cardiologista Dr. Raphael Boesche Guimarães, o outono é uma estação crítica para o sistema cardíaco.

 

"A queda da temperatura provoca a contração dos vasos sanguíneos, o que pode elevar a pressão arterial e sobrecarregar o coração. Isso aumenta o risco de infarto e AVC (acidente vascular cerebral), principalmente em quem já tem histórico de doenças cardíacas", explica.

 

O fenômeno citado pelo Dr. Raphael Boesche Guimarães é conhecido como vasoconstrição e ocorre como uma forma de o corpo reter calor. No entanto, esse mecanismo pode elevar perigosamente a pressão arterial em pessoas mais vulneráveis, como idosos, hipertensos e pacientes com doenças no sistema vascular, que devem redobrar os cuidados.

 

Condições causadas pelo frio que ameaçam a saúde do coração

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os meses mais frios do ano registram um aumento de até 30% nos casos de infarto. Além da vasoconstrição provocada pela temperatura, o clima seco e a maior incidência de infecções respiratórias típicas da estação, como gripes e resfriados, são fatores que contribuem para descompensações cardíacas. A combinação entre menor exposição ao sol, sedentarismo no frio e a intensificação de doenças respiratórias acaba criando um cenário perigoso para o coração.

 

Diante desse quadro, o Dr. Raphael Boesche Guimarães reforça a importância da adesão rigorosa ao tratamento em pacientes crônicos. "É fundamental que pacientes hipertensos mantenham o uso regular da medicação, evitem exposição a mudanças bruscas de temperatura e fiquem atentos a sintomas como dor no peito, falta de ar e palpitações", orienta.

 

Hábitos saudáveis que protegem o sistema cardiovascular

Mesmo durante os dias mais frios, é essencial não descuidar da saúde como um todo. A prática regular de atividades físicas adaptadas à temperatura, uma alimentação balanceada rica em nutrientes que favorecem o sistema cardiovascular e o controle do estresse são medidas preventivas altamente eficazes. Além disso, é nesta época que muitos especialistas recomendam a realização de exames de rotina.

 

"Prevenir é sempre o melhor caminho. Um acompanhamento médico pode fazer toda a diferença", afirma o Dr. Raphael Boesche Guimarães. Estar atento aos sinais do corpo e manter hábitos saudáveis ao longo do ano são atitudes fundamentais para garantir que o coração continue batendo forte, mesmo nas estações mais frias.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/entenda-os-riscos-do-frio-para-a-saude-cardiovascular,7caf98951350628dc82b8a6b98e82bc6p1516gxf.html?utm_source=clipboard - Por Daiane Bombarda - Foto: a_helga | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 11 de abril de 2025

7 dicas para se exercitar com segurança estando acima do peso


Alguns cuidados são importantes para evitar lesões durante a atividade física

 

A obesidade é uma condição que tem gerado preocupação entre os especialistas no Brasil. Projeções do Congresso Internacional sobre Obesidade (2024) indicam que, se o ritmo atual continuar, até 2044 cerca de 48% dos adultos brasileiros poderão estar obesos, enquanto 27% estarão com sobrepeso. Atualmente, 56% da população adulta já enfrenta um desses quadros.

 

Em busca de uma vida mais saudável e fora das estatísticas, muitas pessoas têm recorrido à prática de atividades físicas. Segundo o fisioterapeuta Cristoph Enns, professor do UniCuritiba, o hábito é essencial no processo de emagrecimento e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, ele alerta que mudanças na rotina devem ser feitas com acompanhamento profissional. "Pessoas obesas ou com sobrepeso correm risco de sofrer lesões ou sobrecarregar o sistema cardiovascular se não forem bem orientadas durante os exercícios", destaca.

 

De acordo com Glenda Naila de Souza, coordenadora dos cursos de Saúde do UniCuritiba, o ideal é contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar. "Para tratar a obesidade, além de vencer o sedentarismo, é preciso ter o acompanhamento de profissionais especializados, como nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, que vão auxiliar em todo o processo — envolvendo aspectos físicos, mentais e sociais", reforça a fisioterapeuta.

 

Para evitar lesões e começar a se movimentar com segurança, os fisioterapeutas compartilham algumas orientações. Confira!

 

1. Faça uma avaliação médica 

Consulte um médico para checar seu estado geral de saúde, principalmente cardiovascular, articular e metabólico.

 

2. Comece de forma gradual

Inicie com atividades de baixo impacto e intensidade moderada, como natação, hidroginástica ou caminhadas em superfícies planas. Esses exercícios reduzem o impacto nas articulações que já estão sob maior pressão devido ao excesso de peso.

 

3. Aumente a intensidade e a duração dos exercícios progressivamente

À medida que o condicionamento físico melhorar, aumente a intensidade e a duração dos exercícios. Depois, inclua exercícios para o fortalecimento muscular, como musculação ou pilates. Eles melhoram a postura, aumentam o metabolismo basal e protegem as articulações.

 

4. Fique atento à postura e à técnica

Pessoas obesas tendem a ter alterações posturais e dificuldades de equilíbrio. Fazer os exercícios com a técnica correta é essencial para evitar lesões.

 

5. Acompanhe a frequência cardíaca

No início, evite exercícios muito intensos que podem sobrecarregar o sistema cardiovascular. Pessoas obesas têm mais dificuldades para controlar a frequência cardíaca durante o exercício.

 

6. Use roupas confortáveis e calçados adequados

Peças leves facilitam a transpiração, enquanto os calçados com bom amortecimento reduzem o impacto nas articulações e evitam lesões.

 

7. Respeite os limites do corpo

É normal sentir algum desconforto no início, mas dores intensas ou persistentes são um sinal de alerta. Se for o caso, pare o exercício e peça orientação profissional.

 

Consulte um especialista

Além dos cuidados com a postura, a intensidade e o tipo de exercício, o tratamento contra a obesidade pode exigir também acompanhamento psicológico. Isso acontece, segundo a psicóloga Alexia S. M. Lopes, porque a doença, em muitos casos, está associada a questões emocionais como ansiedade, depressão ou compulsão alimentar.

 

"Pesquisas recentes indicam que a regulação emocional tem um papel crucial no controle do peso e intervenções psicológicas têm demonstrado eficácia na mudança de hábitos alimentares e na adesão à prática de atividades físicas", explica a professora do UniCuritiba.

 

O equilíbrio emocional também tem um papel fundamental na nossa relação com a comida. Momentos de tensão, ansiedade ou frustração, por exemplo, podem desencadear o consumo excessivo de alimentos, especialmente aqueles ricos em gordura e açúcar. "O suporte psicológico auxilia na identificação dos gatilhos emocionais que levam ao consumo excessivo de alimentos e contribui para o desenvolvimento de estratégias mais saudáveis de enfrentamento", acrescenta a especialista.

 

Atividade física e alimentação saudável caminham lado a lado

De acordo com Jhonathan Andrade, professor do curso de Nutrição, outro aspecto importante para promover a perda de peso de forma eficaz e sustentável é combinar a atividade física com uma alimentação saudável e balanceada.

 

"No processo de emagrecimento é fundamental que a pessoa se mantenha hidratada antes, durante e após os exercícios. A alimentação também deve ser equilibrada, com alimentos que forneçam a energia suficiente para a prática da atividade física, mas sem exageros calóricos", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-dicas-para-se-exercitar-com-seguranca-estando-acima-do-peso,4334d373f8d548e4892cc8db39626690wkwtucyb.html?utm_source=clipboard - Por Marlise Groth Mem - Foto: Inside Creative House | Shutterstock / Portal EdiCase

sábado, 5 de abril de 2025

Abril Marrom: a prevenção da cegueira e doenças oculares


Abril Marrom é uma campanha nacional que tem como objetivo reforçar a importância dos cuidados com a saúde ocular

 

Falta de cuidados com a visão já afeta mais de 6,5 milhões de brasileiros. Campanha Abril Marrom visa fortalecer os cuidados com a saúde ocular

 

A campanha Abril Marrom busca conscientizar sobre a prevenção e o tratamento de doenças oculares que podem levar à cegueira. Embora sejam doenças sérias, muitas dessas condições poderiam ser evitadas com diagnóstico precoce e acompanhamento médico adequado. Como resultado da falta de cuidados, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% dos casos de cegueira são evitáveis com esses cuidados.

 

No Brasil, mais de 6,5 milhões de pessoas vivem com deficiência visual, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo 500 mil cegas e cerca de 6 milhões com baixa visão.

 

A oftalmologista Fabíola Marazato, especialista em córnea do CBV - Hospital de Olhos, alerta para a importância dos cuidados preventivos, ou seja, atenção especial à saúde dos olhos. "Muitas doenças oculares, sobretudo catarata e glaucoma, podem ser evitadas ou tratadas se diagnosticadas precocemente. Entretanto, infelizmente, a falta de acompanhamento oftalmológico regular faz com que muitos pacientes só procurem ajuda quando a doença já está avançada", explica a médica.

 

Abril Marrom e sinais que indicam problemas de visão:

Visão embaçada ou turva;

Dificuldade para enxergar em ambientes com pouca luz;

Dor ou pressão nos olhos;

Olhos vermelhos e lacrimejantes;

Aumento da sensibilidade à luz;

Percepção de manchas ou pontos escuros no campo de visão.

Caso algum desses sintomas seja identificado, é essencial procurar um oftalmologista o quanto antes, com o propósito de evitar problemas mais sérios.

 

Causas de cegueira

Ainda de acordo com a especialista, as principais causas de cegueira no Brasil incluem catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Entre as crianças, fatores como glaucoma congênito, retinopatia da prematuridade e toxoplasmose ocular congênita também estão entre as principais preocupações.

 

"A cegueira não é sempre definitiva para todos os indivíduos, porque, em muitos casos, há alternativas cirúrgicas e terapêuticas para recuperar ou preservar a visão. Ou seja, o importante é que as pessoas compreendam a necessidade de prevenção, evitando a automedicação e realizando exames oftalmológicos regulares", enfatiza Fabíola.

 

Cuidados essenciais:

Evitar coçar os olhos;

Não fazer uso colírios sem prescrição médica;

Reduzir a exposição prolongada a telas e fazer pausas regulares;

Utilizar óculos de sol com proteção UV para evitar danos da radiação solar.

Ao perceber qualquer alteração na visão, a recomendação é procurar um especialista para o acompanhamento oftalmológico adequado. "Por isso, o cuidado com a visão deve iniciar desde a infância, com o teste do olhinho, como também nas outras fases da vida, e as consultas com oftalmologista podem ser anuais ou a cada seis meses, a depender do quadro clínico", conclui a especialista.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/abril-marrom-a-prevencao-da-cegueira-e-doencas-oculares,2db268e09c81678136f3c79e72358a6b3nkk9pgl.html?utm_source=clipboard - Foto: Saúde em Dia

sexta-feira, 28 de março de 2025

Veja como cuidados com os alimentos ajudam a evitar doenças


Atitudes simples no dia a dia são importantes para prevenir problemas de saúde

 

A higienização dos alimentos é fundamental para garantir a segurança alimentar, prevenindo doenças causadas por microrganismos, parasitas e toxinas. Além de evitar intoxicações, essa prática ajuda a preservar a qualidade e o frescor dos alimentos, promovendo uma alimentação mais saudável e segura.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 250 tipos de doenças podem ser transmitidos por alimentos contaminados, podendo causar desde desconfortos gastrointestinais leves até quadros graves que requerem internação. Essas doenças, chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), são, na maioria das vezes, causadas por falhas evitáveis: má higienização, armazenamento incorreto, manipulação inadequada ou falta de cuidados básicos no preparo.

 

"A segurança dos alimentos começa muito antes do prato estar servido. É uma cadeia de cuidados que precisa funcionar bem em cada etapa", afirma Paula Eloize, especialista em segurança dos alimentos e idealizadora da Food Smart, empresa voltada à consultoria e à formação de profissionais da área.

 

Do campo ao garfo: onde está o perigo

A contaminação pode acontecer em qualquer ponto da cadeia alimentar, do cultivo ao consumo final. No transporte, no armazenamento, na manipulação dos ingredientes ou no momento do serviço, um descuido pode ser suficiente para colocar a saúde das pessoas em risco. As DTAs podem causar desde diarreias leves até infecções intestinais graves, que podem levar à hospitalização e, em casos extremos, à morte.

 

Entre os agentes mais comuns estão a Salmonella, Escherichia coli, Listeria monocytogenes, Norovírus e Toxoplasma gondii. Esses microrganismos são encontrados com mais frequência em carnes cruas ou mal-cozidas, ovos, leite não pasteurizado, frutas e verduras mal higienizadas e alimentos que sofreram contaminação cruzada.

 

Prevenção está nas mãos de todos

Paula Eloize destaca que a prevenção de algumas doenças é possível e deve ser prioridade em qualquer estabelecimento que manipule alimentos, como restaurantes, cozinhas industriais, escolas, hospitais e serviços de catering. "Capacitação da equipe, protocolos de limpeza e controle de temperatura são fundamentais. A segurança dos alimentos não é luxo, é responsabilidade social", reforça.

 

A especialista também alerta para a importância da educação alimentar no dia a dia. Mesmo em casa, cuidados como lavar bem os alimentos, armazenar na temperatura correta e evitar a contaminação cruzada são importantes. "Algumas ações simples fazem toda diferença. Lavar bem frutas, verduras e legumes antes de consumir, higienizar utensílios e superfícies com frequência, principalmente após o contato com alimentos crus e cozinhar bem carnes, ovos e peixes são dicas essenciais", aconselha. 

 

Armazenamento dos alimentos

A especialista alerta para os cuidados com o armazenamento dos alimentos. "Alimentos perecíveis também precisam de temperatura adequada (abaixo de 5 °C). Outro ponto essencial é verificar os prazos de validade e observar mudanças de cheiro, textura ou cor", acrescenta.

 

Outro cuidado está relacionado ao descongelamento dos ingredientes ou mesmo da comida pronta. "Opte por armazenar na geladeira os alimentos que você precisa descongelar para consumo, independentemente se estão crus ou cozidos. Isso porque a temperatura ambiente é ideal para a proliferação de bactérias", explica Paula Eloize.

 

Para ela, quanto mais conhecimento for compartilhado, maiores são as chances de conscientizar a sociedade sobre os riscos reais dos alimentos contaminados. "Estamos falando de dados alarmantes, afinal, cerca de 420 mil pessoas morrem todos os anos em decorrência de infecções alimentares no mundo", conclui.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-como-cuidados-com-os-alimentos-ajudam-a-evitar-doencas,3826028b7e229b799705822117f1d6c9tgxxy6b5.html?utm_source=clipboard - Por Juliana Farias - Foto: Peetz | Shutterstock / Portal EdiCase

sexta-feira, 14 de março de 2025

7 dicas para evitar que a obesidade prejudique o coração


Alguns cuidados são importantes para prevenir doenças cardiovasculares

 

A obesidade é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto, insuficiência cardíaca (coração fraco) e hipertensão arterial. O excesso de gordura corporal, subcutânea ou visceral não apenas sobrecarrega o coração, mas também favorece inflamação crônica no organismo e aumenta a probabilidade de desenvolver outras condições, como diabetes e colesterol alto, compondo a chamada síndrome metabólica.

 

De acordo com a cardiologista Dra. Fernanda Almeida Andrade, a prevenção é essencial para evitar complicações graves. "A obesidade faz com que o coração trabalhe mais do que o normal, o que pode causar hipertrofia excêntrica e levar à insuficiência cardíaca ao longo do tempo. Pequenas mudanças nos hábitos diários com relação à melhores escolhas de alimentos e exercício físico de moderada intensidade (150 minutos por semana) podem reduzir significativamente os riscos", afirma a especialista.

 

Abaixo, confira 7 dicas para evitar que a obesidade prejudique o coração!

 

1. Reduza o consumo de açúcar e gorduras ruins

Manter uma alimentação equilibrada é essencial para a saúde do coração. Certos alimentos podem influenciar diretamente os níveis de colesterol e o acúmulo de gordura no organismo. "Uma alimentação rica em açúcar e gorduras saturadas favorece o acúmulo de gordura no organismo e o aumento do colesterol ruim (LDL). Reduzir o consumo desses alimentos é um passo fundamental para proteger o coração. Foque nas castanhas, azeite, sardinha e atum", conta a cardiologista.

 

2. Invista em alimentos naturais e fibras

Enquanto certos alimentos influenciam os níveis de colesterol ruim (LDL), outros beneficiam o bom funcionamento do organismo e previnem o problema. "Priorizar frutas, verduras, legumes e grãos integrais ajuda a manter os níveis de colesterol e glicose controlados, além de melhorar a saúde intestinal, que está diretamente ligada ao metabolismo", explica a Dra. Fernanda Almeida Andrade.

 

3. Mantenha o peso sob controle

Manter um peso saudável vai além da aparência e está diretamente ligado ao bem-estar do corpo. "O emagrecimento não deve ser apenas estético, mas, sim, um compromisso com a saúde. Perder peso de forma equilibrada reduz a sobrecarga no coração e melhora o funcionamento do sistema circulatório", diz a cardiologista.

 

4. Pratique atividade física regularmente

Segundo a cardiologista, o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares; por isso, é importante combatê-lo. "Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou dança, ajudam a melhorar a circulação e a fortalecer o coração, o mínimo pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é 150 a 300 minutos por semana", explica.

 

5. Controle a pressão arterial e o colesterol

Cuidar da saúde deve ser visto como algo primordial para a qualidade de vida e para a prevenção de doenças, já que algumas condições podem se desenvolver de forma silenciosa, como explica a Dra. Fernanda Almeida Andrade: "muitas pessoas não percebem quando têm hipertensão ou colesterol alto, pois são condições silenciosas. Exames de rotina são fundamentais para detectar qualquer alteração precocemente".

 

6. Evite o estresse em excesso

O bem-estar emocional está diretamente ligado à saúde do coração, e o estresse excessivo pode trazer consequências sérias. Controlar a rotina e adotar hábitos relaxantes é essencial para manter o equilíbrio. "O estresse crônico aumenta a produção de hormônios que podem elevar a pressão arterial e prejudicar o coração. Técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, ajudam a manter o equilíbrio emocional", conta a especialista.

 

7. Busque acompanhamento médico regular

Segundo a Dra. Fernanda Almeida Andrade, o segredo para um coração saudável está em mudanças progressivas e sustentáveis. "Não é necessário transformar toda a rotina de uma vez. Pequenos ajustes no dia a dia já fazem uma grande diferença na prevenção de doenças cardíacas".

Entre esses ajustes, destaca-se o acompanhamento profissional. "A obesidade está ligada a diversas complicações, e cada pessoa tem um metabolismo diferente. Um acompanhamento com médicos e nutricionistas permite um controle mais eficaz da saúde cardiovascular", finaliza.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/7-dicas-para-evitar-que-a-obesidade-prejudique-o-coracao,6a66c5b07fa5cade0a07c94b4fdf78f35qo3m9nw.html?utm_source=clipboard - Por Evelyn Guimarães - Foto: AtlasStudio | Shutterstock / Portal EdiCase