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domingo, 29 de outubro de 2023

Por que pessoas idosas acordam cedo? Veja 6 motivos


Gente jovem também acorda cedo, mas os motivos são diferentes do corpo que envelhece.

 

As pessoas idosas acordam cedo, isso é um fato. O fenômeno de adultos acordarem mais cedo à medida que envelhecem é uma realidade comum e muitas vezes inescapável para muitas pessoas.

 

Enquanto os jovens costumam desfrutar de horários de sono mais flexíveis, os adultos mais velhos tendem a acordar com o nascer do sol, mesmo nos fins de semana. Mas por que isso acontece?

 

Existem várias razões científicas e sociais que explicam essa mudança nos padrões de sono à medida que envelhecemos. Vamos ver agora 6 delas.

 

1. Mudanças nos ritmos circadianos

Uma das principais razões pelas quais pessoas idosas acordam cedo, mesmo sem necessidade, está relacionada às mudanças nos ritmos circadianos.

Os ritmos circadianos são ciclos biológicos que regulam nosso sono, apetite, temperatura corporal e muitos outros processos fisiológicos ao longo do dia.

Com o envelhecimento, esses ritmos circadianos tendem a se ajustar, fazendo com que as pessoas naturalmente sintam sono mais cedo à noite e acordem mais cedo pela manhã.

Essa mudança nos ritmos circadianos pode ser influenciada por uma variedade de fatores, incluindo alterações nos níveis hormonais e na estrutura cerebral.

Essas mudanças são parte natural do processo de envelhecimento e contribuem para a tendência de acordar mais cedo.

 

2. Necessidade de sono reduzida

À medida que envelhecemos, nossa necessidade de sono geralmente diminui. Enquanto bebês e crianças precisam de quantidades significativas de sono para apoiar o crescimento e o desenvolvimento, os adultos mais velhos podem se sentir descansados e alertas com menos horas de sono.

Essa redução na necessidade de sono pode ser um fator que leva os adultos a acordarem mais cedo, já que podem não precisar dormir tanto quanto costumavam quando eram mais jovens.

 

3. Mudanças no estilo de vida

O estilo de vida de uma pessoa também desempenha um papel importante na hora de determinar seus padrões de sono.

À medida que as pessoas envelhecem, muitas vezes têm responsabilidades diferentes em suas vidas. Elas podem estar aposentadas, o que pode dar a sensação de ter mais tempo durante o dia e, consequentemente, levá-las a acordar mais cedo.

Além disso, responsabilidades familiares, como cuidar dos netos, podem incentivar os adultos mais velhos a iniciar o dia mais cedo.

 

4. Exposição à luz natural

A exposição à luz natural é fundamental na regulação dos ritmos circadianos e na determinação dos padrões de sono.

Conforme envelhecemos, podemos ser mais propensos a passar mais tempo ao ar livre durante o dia, o que pode nos expor a mais luz natural.

Isso, por sua vez, pode influenciar nossa tendência a acordar mais cedo, pois a luz natural é um dos principais sinais que nosso corpo usa para sincronizar seu relógio biológico.

 

5. Alterações no sono profundo

Pessoas idosas acordam cedo também porque ocorrem mudanças na qualidade do sono. O sono profundo, que é essencial para o descanso e a recuperação, tende a diminuir com a idade.

Isso pode fazer com que as pessoas acordem mais facilmente durante a noite e, consequentemente, levem a acordar mais cedo pela manhã.

 

6. Medicação e condições de saúde

Muitos adultos mais velhos enfrentam problemas de saúde que podem afetar seus padrões de sono. Além disso, o uso de medicamentos para tratar essas condições pode ter efeitos colaterais que afetam o sono.

Algumas condições médicas, como apneia do sono, artrite e insônia, são mais comuns em pessoas mais velhas e podem contribuir para acordar mais cedo ou ter um sono fragmentado.

 

Em resumo

Pessoas idosas acordam cedo à medida que envelhecem devido a uma série de fatores interligados, incluindo mudanças nos ritmos circadianos, uma redução na necessidade de sono, mudanças no estilo de vida, exposição à luz natural, alterações na qualidade do sono e questões de saúde. Essas mudanças são normais e fazem parte do processo de envelhecimento.

No entanto, é importante lembrar que cada pessoa é única, e os padrões de sono podem variar amplamente de uma pessoa para outra, independentemente da idade.

Além disso, nem todos os adultos mais velhos acordam mais cedo; alguns continuam a preferir horários de sono mais tardios.

O importante é entender e respeitar as necessidades individuais de sono e tomar medidas para garantir um sono saudável e rejuvenescedor, independentemente da idade.

 

Fonte: https://www.dicasonline.com/por-que-pessoas-idosas-acordam-cedo-veja-6-motivos/ - por Priscilla Riscarolli


Minha carne e meu coração podem desfalecer, mas Deus é a força do meu coração e minha porção para sempre. (Salmos 73:26)


quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Envelhecimento: conheça cuidados indispensáveis com a pele


O envelhecimento pode ser um desafio para muitas pessoas, especialmente no que se refere à beleza. Saiba como cuidar da pele ao longo da vida

 

O envelhecimento é algo inevitável, mas como passamos por esse processo é uma escolha que está em nossas mãos. Isso porque, utilizando o conhecimento e as ferramentas certas, essa transição pode não representar um desafio (como costuma ser para muitos). Ela pode ser, na verdade, uma oportunidade de realçar a beleza natural que vem com a maturidade. Nesse sentido, a saúde da pele deve receber bastante atenção.

 

“Envelhecer é um processo natural da vida, porém podemos nos preparar e nos cuidar para que isso aconteça da melhor forma possível”, afirma a dentista e gestora em saúde Amanda Arantes. Em meio a um mundo onde a juventude é frequentemente idolatrada, a verdadeira arte reside em abraçar e otimizar cada fase da vida, diz a especialista.

 

Para ela, a maturidade traz consigo uma riqueza de experiências, sabedoria e, sim, mudanças em nossa pele e aparência. Mas, com os cuidados e tratamentos certos, podemos não apenas aceitar, mas também celebrar essas mudanças. Afinal, a beleza não é definida pela juventude, mas pela maneira como cuidamos de nós mesmos em cada etapa da vida.

 

Cuidados para adotar ao longo da vida

 

A limpeza de pele, por exemplo, é mais do que apenas um ritual de beleza. “Ela proporciona uma aparência limpa e saudável, diminui o excesso de oleosidade da pele e previne o envelhecimento precoce, o surgimento de manchas, cravos e espinhas”, destaca Amanda.

 

A frequência de realizar o procedimento pode ser uma questão de dúvida, muitas vezes. Apesar disso, a médica explica que para aqueles com pele oleosa a cada 30 dias é o ideal, enquanto outros podem se beneficiar de uma sessão a cada três meses.

 

Mas além da limpeza, diz a especialista, a rotina diária de cuidados com a pele desempenha um papel crucial para enfrentar o envelhecimento. “Pela manhã, lavar o rosto de preferência com sabonete neutro e água fria, fazer a hidratação e aplicar o protetor solar sempre, independente da exposição solar”, aconselha Arantes. E à noite, a ênfase está na remoção de maquiagem e na hidratação adequada.

 

No entanto, mesmo com os melhores cuidados diários, erros comuns podem sabotar a saúde da pele. Esquecer o protetor solar, lavar o rosto com água quente ou não remover a maquiagem antes de dormir são armadilhas em que muitos caem. Além disso, ela desaprova o ato de espremer cravos e espinhas, que podem causar sérios danos à pele.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/envelhecimento-conheca-cuidados-indispensaveis-com-a-pele.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


"Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro.” (Mateus 6:24)


terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Sinais de alerta que podem indicar Alzheimer, segundo médicos


Mais de 1 milhão de brasileiros têm Alzheimer, número que pode aumentar com o envelhecimento da população. Saiba os sintomas da doença

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com algum tipo de demência – a mais comum é o Alzheimer, que atinge 70% dos indivíduos nessa situação. Só no Brasil, há 1,2 milhões de pessoas com a doença, segundo o Ministério da Saúde. A OMS alerta para o risco desses números aumentarem nos próximos anos, visto que a população mundial está envelhecendo – e os idosos constituem o grupo mais atingido pela doença.

 

A ciência ainda não conhece uma cura para o Alzheimer, que é uma doença neurodegenerativa. Por isso, ela leva a um progressivo declínio cognitivo com o passar do tempo. Nas fases finais, o paciente não se lembra de grande parte dos acontecimentos da sua vida, nem mesmo das pessoas à sua volta. Aliás, a perda de memória é o sintoma mais característico da enfermidade. No entanto, outros sinais podem indicar o surgimento da condição.

 

Sinais de alerta que podem indicar Alzheimer

Se perder em um caminho já conhecido

De acordo com o neurologista e coordenador de Doenças Cerebrovasculares do Hospital Icaraí e da Neurologia do Hospital e Clínica São Gonçalo, Dr. Guilherme Torezani, geralmente o primeiro sinal indicativo de Alzheimer são os esquecimentos que geram preocupação – seja no próprio paciente ou nos familiares e amigos.

 

É o caso, por exemplo, de perder-se na rua em um caminho já conhecido e não conseguir se localizar no espaço naquele momento. Conforme esses esquecimentos se tornam frequentes, há um sinal de que algo está errado. “Esses sinais não necessariamente indicam Alzheimer, mas mostram uma perda cognitiva importante”, afirma.

 

Esquecimentos que atrapalham a administração doméstica e a vida financeira

O médico exemplifica: “Frequentemente se esquecer de pagar as contas, esquecer de pagar boleto, esquecer senha de cartão, ou se embaralhar com o troco e não conseguir fazer o cálculo… Tudo isso é sinal de perda cognitiva”, aponta o neurologista.

 

Ficar repetitivo

O especialista explica que a repetição excessiva também é um sinal de demência. Ou seja, precisar o tempo todo verificar uma mesma informação, ou repetir uma mesma informação muitas vezes, ou ainda repetir a mesma pergunta ao longo do dia. Nesses casos, é importante ficar alerta.

 

Problemas do dia a dia podem indicar a doença

Apresentar dificuldade para se comunicar

Ter dificuldade com a linguagem também é um sinal de perda cognitiva. “Por exemplo, esquecer-se com frequência de palavras simples, de forma que isso começa a impactar a sua funcionalidade de fala. Ou esquecer o nome dos objetos com frequência, objetos que você tem a disposição”, aponta.

 

Problemas na execução de tarefas e planejamento

O médico exemplifica com o caso de uma senhora que faz sempre a mesma receita, mas passa a não conseguir mais por se atrapalhar no meio. De acordo com o especialista, abandonar uma atividade já conhecida no meio por não conseguir executá-la é um sinal que merece atenção.

 

Alterações comportamentais

No caso do Alzheimer, e de outras doenças associadas à demência, é muito comum a mudança no comportamento do paciente. “Então, o idoso pode começar a ficar agressivo, irritável, pouco complacente, muito rígido, muito metódico e muito teimoso. Ou então começar a falar de coisas inapropriadas socialmente, como falar abertamente sobre sexo, ou agir nos impulsos sexuais. Também pode começar a xingar ou falar palavras de baixo calão em público”, exemplifica o neurologista.

 

O Dr. Guilherme destaca que esses sinais todos não são específicos do Alzheimer, mas acometem os pacientes que têm a doença.

 

Estágios do avanço da doença

Segundo o neurologista Leandro Teles, a doença pode se dividir em estágios, dependendo da condição do paciente e dos sinais que ele apresenta. No primeiro estágio, o “leve”, a pessoa tem dificuldade progressiva de fixar novas memórias. Ou seja, o paciente lembra bem do passado, mas apresenta evidente dificuldade em memorizar coisas mais atuais, do dia a dia. “Ele fica esquecido, repetitivo e deixa de cumprir compromissos. Aos poucos, vai perdendo sua segurança e independência”, afirma Leandro.

 

Já no estágio moderado, além do esquecimento, o paciente passa a se sentir desorientado no tempo e no espaço. Por isso, pode se perder em lugares conhecidos, ter dificuldade de reconhecer rostos familiares e mostrar-se cada vez mais confuso e menos confiável. Nesta fase, podem surgir alterações comportamentais, como apatia ou agressividade, perda progressiva de autonomia, dificuldades de cálculo e linguagem, além de comprometimento de memórias antigas, já consolidadas.

 

No estágio avançado, por sua vez, o paciente se mostra ainda mais desorganizado. Além disso, o esquecimento pode ser muito intenso, dificultando até pequenos diálogos. “Ele fica bastante aéreo, interage pouco com o ambiente, pode ter franca dificuldade em reconhecer familiares e apresenta um discurso pobre e confuso. Com a progressão, surgem sintomas motores como engasgos, perda de equilíbrio, e problemas de coordenação e de força muscular”, acrescenta o neurologista.

 

A partir daí o paciente evolui para uma franca deterioração neurológica global. Com isso, ele fica restrito à cadeira de rodas e, posteriormente, à cama, em posição que lembra a posição fetal.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/sinais-de-alerta-que-podem-indicar-alzheimer-segundo-medicos.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Mas eu vou restaurar a saúde e curar as suas feridas ‘, declara o SENHOR. (Jeremias 30:17)


segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Atividade física protege cognição durante o envelhecimento, diz estudo


A Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) apoiou esse trabalho

 

Atividade física protege cognição durante o envelhecimento. Quem afirma é a pesquisa da USP (Universidade de São Paulo), que, além disso, também adiantou que a atividade física ajuda na capacidade cardiorrespiratória, promove o fortalecimento muscular e previne doenças associadas ao sedentarismo.

 

MÉTODO APLICADO

Sendo assim, 45 voluntários foram divididos pelos grupos sedentários e ativos, compostos por 38 mulheres e sete homens. Dessa maneira, as pessoas foram recrutadas em UBS’S (Unidades Básicas de Saúde), do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo. Entre os critérios estabelecidos pela pesquisa, foi de que ambos não poderiam ter participado nos últimos seis meses de nenhum programa de atividade física.

 

Detalhe que tanto no de ativos quanto no de sedentários algumas pessoas tinham diabetes eram hipertensas, fumantes ou com glicemia elevada. Além disso, para comparar o volume das áreas e estruturas cerebrais, os pesquisadores utilizaram um acelerômetro. Dispositivo fixado à cintura dos voluntários, que registrava os níveis de atividade física realizados durante sete dias por no mínimo dez horas diárias.

 

Os participantes foram divididos em dois grupos: um ativo, com 25 pessoas. Que durante suas rotinas diárias na semana acumulavam igual ou mais de 150 minutos de tempo de prática de atividade física. E outro sedentário, com 20 pessoas, que acumularam menos de 150 minutos de atividade física semanal.

 

Os voluntários foram submetidos a exames de ressonância magnética dos cérebros para obter imagens 3D de alta resolução das áreas. Além de estruturas avaliadas após uma semana. Os resultados apurados mostraram que os idosos que estavam no grupo de ativos apresentaram volume maiores em 39 áreas. E nove estruturas cerebrais quando comparados aos sedentários.

 

As áreas que mostraram maior volume foram: encéfalo total (7%), lobo frontal (8%), lobo temporal (10%), lobo parietal (9%), lobo occipital (9,5%) e substância cinzenta cortical (9%). As estruturas com maior diferença percentual foram o cortex entorrinal (12,5%), parahipocampo (16%), hipocampo (8%) e lingual (10%).

 

RESULTADOS DAS ATIVIDADES FÍSICAS

“Os resultados da pesquisa da USP sugerem que o tempo de prática de atividade física seja uma ferramenta importante para mitigar o declínio do volume cerebral e para preservar a cognição durante o processo de envelhecimento, relatou o orientador da pesquisa e professor do Laboratório de Adaptação ao Treinamento de Força, da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, Carlos Ugrinowitsch, para o Jornal da USP.

 

Sendo assim, o estudo trata de explicar que o exercício físico regular aumenta o fluxo sanguíneo para a cabeça. E estimula o crescimento de novas células cerebrais e as conexões entre elas. Fatores que resultam em cérebros mais eficientes, maleáveis e adaptáveis.

 

“Com auxílio de novas tecnologias e equipamentos mais precisos – a ressonância magnética, por exemplo – foi possível mapear todas as estruturas do encéfalo e verificar efeitos positivos generalizados da atividade física na preservação do volume de mais de 30 estruturas cerebrais”, completou Carlos.

 

VISIBILIDADE E LIMITAÇÕES

Esse trabalho consta no artigo Objective physical activity accumulation and brain volume in older adults: An MRI and whole brain volume study publicado na The Journals Gerontology em julho de 2022.

 

Há o acréscimo de limitações do estudo, como o número modesto de idosos avaliados e a inexistência de coleta de informações relacionadas a fatores sociais, ambientais, culturais e comportamentais que influenciam ações e experiências individuais.

 

Fonte: https://sportlife.com.br/atividade-fisica-protege-cognicao-durante-o-envelhecimento-diz-estudo/ - Jornal da USP - By Redação - Shutterstock


Então eles clamaram ao Senhor em sua angústia, e ele os salvou de sua angústia. Ele enviou sua palavra e os curou; ele os resgatou da sepultura. Que eles deem graças ao Senhor por seu amor infalível e suas obras maravilhosas para a humanidade. (Salmos 107: 19-21)


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Homens envelhecem mais rápido que mulheres, mas diferença está diminuindo


Longevidade de homens e mulheres

 

No mundo ocidental, a expectativa de vida aumentou rapidamente no século XX, mas as mulheres ainda têm uma expectativa de vida maior que a dos homens.

 

A diferença entre os sexos foi maior na década de 1970, quando a expectativa de vida ao nascer era quase 10 anos maior para as mulheres do que para os homens. No entanto, nas últimas décadas essa lacuna foi diminuindo gradativamente, e hoje é metade disso.

 

Em busca de explicações, cientistas descobriram agora que essa diferença entre os sexos também pode ser vista no envelhecimento biológico, e não apenas no tempo de vida.

 

Os pesquisadores queriam saber se há diferenças no envelhecimento biológico entre homens e mulheres e se as potenciais diferenças poderiam ser explicadas por fatores relacionados ao estilo de vida. Essas diferenças foram investigadas em adultos jovens e idosos.

 

Foram usados vários marcadores epigenéticos como medidas de envelhecimento biológico. Também conhecidos como "relógios epigenéticos", esses marcadores permitem estudar os fatores relacionados à expectativa de vida ao longo da vida de um indivíduo, fornecendo uma estimativa da idade biológica em anos a partir dos níveis de metilação do DNA.

 

"Nós descobrimos que os homens são biologicamente mais velhos do que as mulheres da mesma idade cronológica, e a diferença é consideravelmente maior em participantes mais velhos," resumiu a professora Anna Kankaanpaa, da Universidade de Jyvaskyla (Finlândia).

 

Por que os homens morrem mais jovens

 

A equipe descobriu também que o tabagismo entre os homens pode explicar boa parte da diferença no envelhecimento entre os sexos. Para isso, eles compararam duplas de gêmeos. Contudo, o efeito do tabagismo apareceu apenas nos gêmeos mais velhos, mas não em gêmeos adultos jovens.

 

Além disso, o tamanho corporal maior dos homens explicou uma pequena parte da diferença entre os sexos em ambas as faixas etárias - quanto maior o corpo, maior o envelhecimento biológico.

 

"Em nosso estudo, também usamos um desenho de estudo bastante raro e comparamos o ritmo de envelhecimento entre pares de gêmeos do sexo oposto. Uma diferença semelhante também foi observada entre esses pares de gêmeos. O gêmeo masculino era cerca de um ano biologicamente mais velho do que o gêmeo feminino. Esses pares cresceram no mesmo ambiente e compartilham metade de seus genes. A diferença pode ser explicada, por exemplo, por diferenças sexuais em fatores genéticos e os efeitos benéficos do hormônio sexual feminino estrogênio na saúde," detalhou Kankaanpää.

 

Os resultados sugerem que o declínio do tabagismo entre os homens explica em parte por que a diferença entre os sexos na expectativa de vida diminuiu nas últimas décadas, mas ainda será necessário encontrar explicações para todo o efeito que ainda acontece hoje - cerca de cinco anos -, com o declínio radical dos fumantes.

 

Checagem com artigo científico:

 

Artigo: Do Epigenetic Clocks Provide Explanations for Sex Differences in Life Span? A Cross-Sectional Twin Study

Autores: Anna Kankaanpää, Asko Tolvanen, Pirkko Saikkonen, Aino Heikkinen, Eija Laakkonen, Jaakko Kaprio, Miina Ollikainen, Elina Sillanpää

Publicação: The Journals of Gerontology: Series A

Vol.: 77(9): 1898-1906

DOI: 10.1093/gerona/glab337

 

Fonte: https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=homens-envelhecem-mais-rapido-mulheres-mas-diferenca-esta-diminuindo&id=15593&nl=nlds - Redação do Diário da Saúde - [Imagem: Agata/Pixabay]


Ele disse a ela:” Filha, a sua fé a curou. Vá em paz e livre-se do seu sofrimento. (Marcos 5:34)


sexta-feira, 10 de junho de 2022

Como o álcool acelera o envelhecimento – 10 maneiras


Você é daqueles que não veem a hora de chegar o fim de semana para poder sair com os amigos para beber? Pois é, mas por mais divertido que isso pareça, o álcool não é exatamente um bom companheiro.

 

Principalmente com o passar dos anos. Além das bebidas alcoólicas favorecerem o aumento de peso, elas também pioram processos do corpo que já sofrem as consequências do envelhecimento natural.

 

Isso é algo no que não costumamos pensar quando se somos mais novos. Portanto, é importante entender desde cedo como o álcool pode agravar problemas associados ao envelhecimento. É o que vamos aprender na lista a seguir:

 

Com o passar do tempo, o álcool fica mais tempo no corpo

1. O álcool e a desidratação

Conforme uma pessoa envelhece, ela sente sede com menor frequência. O motivo não está completamente claro.

Entretanto, acredita-se que com o passar dos anos, o estoque de líquido do corpo se torne menor, a habilidade de conservar água reduza e o sentido da sede fique menos agudo.

Doenças crônicas como diabetes e demência e o uso de certos medicamentos reforçam o problema. Além disso, a redução na mobilidade que afeta os idosos pode fazer com que eles diminuam as idas à cozinha para beber água.

Independente do motivo, consumir menos água faz com que os mais velhos tenham maior propensão a desenvolver a desidratação. No entanto, o que as bebidas alcoólicas têm a ver com isso?

Já percebeu que tem mais vontade de urinar quando bebe? Então, o álcool estimula a eliminação de água do organismo, o que traz maiores chances de que os mais velhos fiquem desidratados. Aliás, conheça melhor os sintomas da desidratação.

 

2. O álcool e o ressecamento da pele

Existem dois processos com relação ao envelhecimento da pele. O primeiro é um processo natural, que não dá para controlar. Conforme os anos passam, a pele naturalmente se torna mais fina e ressecada.

Por outro lado, fatores externos também podem envelhecer a pele mais rápido do que deveria, como o ambiente e o modo de vida que a pessoa leva.

O álcool é um desses fatores porque desidrata e resseca a pele. Limitar o consumo de bebidas alcoólicas pode desacelerar este processo.

 

3. O álcool e o enfraquecimento de órgãos vitais

As bebidas alcoólicas podem prejudicar o funcionamento de órgãos vitais para o organismo e fazem com que eles envelheçam mais rapidamente. Um desses órgãos é o fígado: as pessoas que abusam do álcool têm maior propensão a desenvolver a cirrose hepática.

Entretanto, mesmo quem bebe moderadamente pode ter problemas como a doença hepática gordurosa. Além disso, as bebidas alcoólicas também dificultam o funcionamento correto dos rins.

 

4. O álcool e o cérebro

Acha que com o passar dos anos o seu cérebro não é tão afiado como já foi um dia? Isso porque o álcool pode piorar isso.

O abuso das bebidas alcoólicas ao longo de muito tempo pode encolher células cerebrais, podendo resultar no chamado dano cerebral relacionado ao álcool e em determinados tipos de demência.

A lista de sintomas associados a isso inclui: falta de organização, julgamento ou controle emocional, dificuldade para se manter focado e problemas de raiva.

 

5. O álcool e o enfraquecimento do sistema imunológico

O sistema imunológico é o sistema de defesa do organismo contra doenças. O problema do álcool para a imunidade é que ele afeta a maneira como o corpo combate doenças perigosas como pneumonia e tuberculose. Isso pode ser especialmente perigoso para pessoas mais velhas.

Aliás, o fato das bebidas alcoólicas afetarem a imunidade prejudica a luta contra o novo coronavírus. Não custa lembrar que os idosos fazem parte do grupo de risco da COVID-19, a doença que o novo coronavírus causa.

Adicionalmente, pesquisadores já começaram a estudar a possibilidade do ataque do sistema imunológico a tecidos corporais saudáveis poder provocar a doença hepática alcoólica.

 

6. O álcool e o coração

Os polifenóis antioxidantes do vinho tinto até já foram associados a benefícios para a saúde do coração. Mas desde que o consumo da bebida ocorra em moderação.

Por outro lado, álcool em excesso (inclusive o vinho) pode gerar um batimento cardíaco anormal e pressão alta, que é um dos fatores de risco para a doença no coração.

Enquanto consumir mais do que três drinks de uma vez aumenta a pressão temporariamente, repetidas bebedeiras podem gerar aumentos de longo prazo na pressão arterial.

Portanto, para quem não tem o hábito de beber, beneficiar a saúde do coração não é um bom motivo para começar a ingerir álcool, mesmo na forma de vinho tinto.

Aliás, mais produtivo que isso é incluir na dieta os alimentos bons para o coração e limitar o consumo dos alimentos ruins para o coração.

 

7. O álcool e a complicação de problemas de saúde

As bebidas alcoólicas podem piorar problemas comuns de saúde que podem surgir com o passar dos anos.

Estudos apontaram que pacientes que bebem muito podem ter dificuldade para lidar com doenças como diabetes, osteoporose, pressão alta, acidente vascular cerebral (AVC), úlceras, perda de memória e determinados distúrbios do humor.

 

8. O álcool e a interação com os medicamentos

Conforme uma pessoa envelhece, o álcool passa a ficar mais tempo em seu organismo. Com o avanço da idade, as pessoas também podem precisar a tomar mais medicamentos.

Resultado: quando chega a hora de tomar um remédio, o álcool ingerido anteriormente ainda pode estar presente no organismo.

Misturar bebidas alcoólicas e medicamentos é uma péssima ideia porque o álcool pode afetar o modo pelo qual os remédios agem, o que pode provocar efeitos colaterais graves.

Por exemplo, a mistura entre álcool e aspirina pode aumentar as chances de ter problemas estomacais ou sangramento intestinal.

Além disso, a combinação entre álcool e alguns medicamentos para dormir, remédios para dor ou para ansiedade pode ser fatal.

 

9. O álcool e a chance de quedas

Quebrar um osso quando se é mais velho é algo bem diferente de quebrar um osso quando se é mais jovem: as fraturas representam um problema sério de saúde para os idosos. Beber demais aumenta os riscos de queda e tropeços que podem causar justamente essas fraturas.

Isso pode ocorrer porque o álcool afeta o equilíbrio. Ao longo do tempo, a substância pode danificar o cerebelo, que é a região do cérebro associado à coordenação e ao equilíbrio.

 

10. O álcool e o prejuízo ao sono

Pode parecer uma boa ideia ingerir bebidas alcoólicas antes de dormir para relaxar, mas não é. Principalmente quando se trata de uma pessoa mais velha. Isso porque no lugar de acalmar a pessoa para ter uma noite de descanso, o álcool pode impedir que ela durma e descanse.

Esse problema pode ser particularmente complicado para os idosos que já apresentam uma maior tendência a despertar com frequência ou a ter um distúrbio do sono, como é o caso da insônia.

 

Com o passar do tempo, o álcool fica mais tempo no corpo

Conforme os anos passam e a idade avança, o organismo começa a demorar mais tempo para decompor o álcool e eliminá-lo. O resultado disso é que as indesejáveis ressacas também podem ser mais longas para as pessoas mais velhas.

 

Aliás, no vídeo abaixo, a nossa nutricionista destaca alguns problemas que o consumo de álcool pode trazer com o passar do tempo:

 

Fonte: https://www.mundoboaforma.com.br/como-o-alcool-acelera-o-envelhecimento-10-maneiras/ - Especialista da área: Dra. Patricia Leite


Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.

Provérbios 16:3


sábado, 31 de outubro de 2020

Alimentos ultraprocessados ligados ao envelhecimento avançado no nível celular, conclui estudo


Um novo estudo lançou luz sobre a ligação entre o consumo de alimentos ultraprocessados ​​(UPF) e o encurtamento dos telômeros; seções de cromossomos que podem ser usadas como um marcador de idade biológica. O trabalho foi conduzido por Lucia Alonso-Pedrero e colegas com a supervisão da Professora Maira Bes-Rastrollo e da Professora Amelia Marti, da Universidade de Navarra, Pamplona, ​​Espanha.

 

A pesquisa, apresentada na Conferência Europeia e Internacional sobre Obesidade deste ano (ECOICO 2020), realizada online este ano (1-4 de setembro), indica que os telômeros têm duas vezes mais probabilidade de serem curtos em indivíduos que têm um alto consumo (mais de 3 porções por dia) de UPFs. Telômeros curtos são um marcador de envelhecimento biológico em nível celular, e o estudo sugere que a dieta pode estar fazendo com que as células envelheçam mais rápido.

 

Telômeros são estruturas formadas a partir de um filamento de DNA junto com proteínas especializadas e que estão localizadas nas extremidades dos cromossomos. Cada célula humana tem 23 pares de cromossomos que contêm nosso código genético e, embora os telômeros não contenham informações genéticas, eles são vitais para preservar a estabilidade e integridade dos cromossomos e, por extensão, o DNA de que cada célula do nosso corpo depende funcionar. À medida que envelhecemos, nossos telômeros ficam mais curtos, pois cada vez que uma célula se divide, parte do telômero é perdida, portanto o comprimento do telômero (TL) é considerado um marcador de idade biológica.

 

Em todo o mundo, o consumo de alimentos frescos está diminuindo enquanto a ingestão de UPF está aumentando. UPFs são formulações industriais de substâncias derivadas de alimentos (óleos, gorduras, açúcares, amido, proteínas isoladas) que contêm pouco ou nenhum alimento inteiro e geralmente incluem aromatizantes, corantes, emulsificantes e outros aditivos cosméticos. Os processos e ingredientes usados ​​na fabricação de UPFs os tornam altamente convenientes (prontos para o consumo, quase imperecíveis), altamente atraentes para os consumidores e altamente lucrativos (ingredientes de baixo custo, longa vida útil) para seus fabricantes. Essas propriedades também resultam em serem nutricionalmente pobres ou desequilibrados e sujeitos a um consumo excessivo, muitas vezes à custa de alternativas menos processadas e mais nutritivas.

 

A pesquisa associou UPFs a doenças graves, incluindo hipertensão, obesidade, síndrome metabólica, depressão, diabetes tipo 2 e vários tipos de câncer. Essas condições geralmente estão relacionadas à idade e estão ligadas ao estresse oxidativo, inflamação e envelhecimento celular, que também podem influenciar a LT. Apesar disso, existem poucos estudos sobre os efeitos do consumo de UPF na LT, mas aqueles que foram realizados encontraram associações entre a ingestão de bebidas adoçadas com açúcar (SSBs), álcool, carnes processadas e outros alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcar com telômeros mais curtos. No entanto, esses estudos estão longe de ser conclusivos, pois outras pesquisas não mostraram uma ligação entre UPF e TL.

 

O objetivo do autor foi avaliar a associação entre o consumo de UPF e o risco de LT em uma população idosa do estudo, utilizando o método do sistema NOVA para classificar o grau de processamento de diferentes alimentos.

 

Os dados foram obtidos junto aos participantes do Projeto SUN: uma coorte em perspectiva aberta de graduados da Universidade de Navarra e de outras universidades espanholas. O recrutamento começou em 1999 e está permanentemente aberto a qualquer graduado com 20 anos ou mais, com a coleta de dados sendo feita por meio de questionários de autorrelato enviados a cada 2 anos. Esta pesquisa é baseada na análise de um estudo genético realizado em maio de 2008, para o qual todos os participantes do Projeto SUN com idade superior a 55 anos foram convidados a participar. No total, 886 indivíduos forneceram amostras de saliva para análise de DNA, bem como registros precisos de sua ingestão alimentar diária.

 

No total, 645 homens e 241 mulheres com idade média de 67,7 anos foram incluídos na análise e agrupados em 4 grupos de tamanho igual (quartis) de ‘baixo’ a ‘alto’ com base no consumo de UPF: menos de 2 porções / dia, 2 a 2,5 porções / dia, mais de 2,5 a 3 porções / dia e mais de 3 porções / dia.

 

Aqueles no quartil “alto” eram mais propensos a ter histórico familiar de doenças cardiovasculares (DCV), diabetes e gorduras anormais no sangue e a comer mais entre as refeições. Eles também consumiram mais gorduras, gorduras saturadas, gorduras poliinsaturadas, sódio, colesterol, SSBs, fast food e carnes processadas, enquanto consumiam menos carboidratos, proteínas, fibras, azeite, frutas, vegetais e outros micronutrientes. Observou-se que os participantes que comeram mais UPFs têm menos probabilidade de aderir à ‘dieta mediterrânea’, que tem sido associada à melhoria da saúde geral e, em particular, a um risco reduzido de DCV.

 

A equipe descobriu que conforme o consumo de UPF aumentava, a probabilidade de ter telômeros encurtados aumentou dramaticamente com cada quartil acima do mais baixo, tendo um aumento de risco de 29%, 40% e 82% para o ‘médio-baixo’, ‘médio-alto’ e grupos de consumo UPF ‘alto’, respectivamente. Os autores também descobriram que a ingestão de UPF estava associada ao risco de depressão (especialmente em pacientes com baixos níveis de atividade física), hipertensão, sobrepeso / obesidade e mortalidade por todas as causas.

 

Os autores concluem: “Neste estudo transversal de idosos espanhóis, mostramos uma associação forte e robusta entre o consumo de alimentos ultraprocessados ​​e o comprimento dos telômeros. Mais pesquisas em estudos longitudinais maiores com medidas basais e repetidas de LT são necessárias para confirmar essas observações. . ”

 

Fonte: https://www.revistasaberesaude.com/alimentos-ultraprocessados-ligados-ao-envelhecimento-avancado-no-nivel-celular-conclui-estudo/ - American Journal of Clinical Nutrition / Créditos da imagem: Unsplash - Por Revista Saber é Saúde

sexta-feira, 6 de março de 2020

Os efeitos da obesidade são semelhantes aos do envelhecimento


De acordo com um novo da Universidade Concórdia e da Universidade McGill (ambas no Canadá), a obesidade deve ser considerada uma forma de envelhecimento precoce.

Isso porque a condição está associada com fatores de riscos normalmente vistos em idosos, como genoma comprometido, sistema imunológico enfraquecido, declínio na cognição e maior chance de desenvolver diabetes tipo 2, Alzheimer, doenças cardiovasculares, câncer e outras doenças.

“Estamos tentando argumentar de forma abrangente que a obesidade é paralela ao envelhecimento. De fato, os mecanismos pelos quais as comorbidades da obesidade e do envelhecimento se desenvolvem são muito semelhantes”, disse a principal pesquisadora do estudo, Sylvia Santosa, professora da Universidade Concórdia.

Um espelho para o envelhecimento
Diversas pesquisas já ligaram a obesidade à morte prematura. O que o novo estudo sugere é que a obesidade é um fator que diretamente acelera os mecanismos do envelhecimento.
Santosa e seus colegas revisaram mais de 200 artigos sobre os efeitos da obesidade no nível das células, tecidos e todo o corpo humano.
Alguns desses estudos mostraram que a obesidade induz a apoptose (morte de células) no coração, fígado, rim, neurônios, ouvidos e retinas de ratos. Além disso, inibe a autofagia (manutenção de células saudáveis), o que pode levar a doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e Alzheimer.
No nível genético, a obesidade influencia diversas alterações associadas com a idade, como o encurtamento dos telômeros, estruturas que ficam na ponta dos cromossomos e servem para impedir o desgaste genético. Os telômeros de pacientes obesos podem ser até 25% menores do que os de pacientes de um grupo de controle.
Por fim, a obesidade tem efeitos na cognição, mobilidade, hipertensão e estresse que são bastante similares aos do envelhecimento.

Sistema imunológico
Além do nível celular, a obesidade também faz o corpo lutar contra doenças relacionadas ao envelhecimento.
Por exemplo, pode acelerar o processo de enfraquecimento do sistema imunológico que ocorre normalmente com a idade, e perder peso nem sempre reverte esse declínio.
Os efeitos da obesidade no sistema imunológico, por sua vez, afetam a probabilidade das pessoas de contraírem doenças como gripe e sarcopenia (perda de força e massa muscular), mais comuns em idosos.
E obesos também estão em maior risco de condições que costumam atingir populações mais velhas, como diabetes tipo 2, Alzheimer e alguns tipos de câncer.

Novo olhar
Segundo Santosa, a inspiração para este estudo veio a partir da observação de crianças obesas e como elas estavam desenvolvendo doenças normalmente vistas em adultos, como hipertensão, colesterol alto e diabetes tipo 2.
A ideia é olhar para a obesidade de uma forma diferente e procurar novas formas de tratá-la.
“Espero que essas observações concentrem nossa abordagem na compreensão da obesidade um pouco mais e, ao mesmo tempo, nos permitam pensar na obesidade de maneiras diferentes. Estamos fazendo diferentes tipos de perguntas além daquelas que tradicionalmente são feitas”, concluiu.

Um artigo com as descobertas do estudo foi publicado na revista científica Obesity Reviews. [Concordia]


domingo, 1 de março de 2020

Nossas células também envelhecem? Veja quais nutrientes ajudam a minimizar o processo


Alguns aminoácidos podem ajudar na proteção contra os danos causados pelos radicais livres

Ao longos dos anos, nossas células passam por uma série de alterações que podem acelerar o processo de envelhecimento celular e predispor o aparecimento de algumas doenças. Diversos fatores estão por trás desse processo e podem acelerá-lo, como a poluição e o tabagismo que, por sua vez, podem causar o excesso dos tão conhecidos radicais livres1.

Ainda que envelhecer seja um processo natural, a boa nutrição é uma grande aliada na hora de proteger a saúde das células. Isso porque, durante o envelhecimento, a nutrição pode ficar prejudicada, já que a capacidade de ingerir, digerir, absorver e metabolizar os nutrientes diminui. Portanto, a atenção com a alimentação deve ser redobrada2.

Alguns nutrientes como as vitaminas C e E, por exemplo, são importantes antioxidantes para combater o excesso de radicais livres, reduzindo seu impacto negativo sobre a célula e contribuindo para a melhora do seu funcionamento3. Veja abaixo como funciona o processo de envelhecimento celular e como o adequado aporte nutricional pode ajudar a evitar doenças.

Glutationa, o antioxidante das células
Para entender melhor, os radicais livres são moléculas formadas durante os processos metabólicos que ocorrem naturalmente no nosso corpo, como a respiração celular, por exemplo. O problema é que, quando eles são produzidos em excesso, podem gerar o chamado estresse oxidativo, que está associado a inúmeras doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e até mesmo Alzheimer1.

O estresse oxidativo pode ser reduzido pela ação dos famosos antioxidantes, que reagem com os radicais livres, neutralizando essas moléculas. A glutationa, por exemplo, é o principal antioxidante natural das células e atua em diversos processos do corpo, tendo um papel chave na proteção celular4.

A glutationa é formada por três principais nutrientes: ácido glutâmico, cisteína e glicina, que são produzidos pelo corpo e também encontrados em alimentos fontes de proteínas5. Entretanto, a cisteína e a glicina podem se encontrar reduzidas em pessoas idosas e com doenças crônicas como diabetes, por exemplo. Quando deficientes no organismo, a produção de glutationa é prejudicada e, portanto, as células ficam menos protegidas e mais expostas à ação dos radicais livres, já que o efeito antioxidante fica comprometido6.

Outros nutrientes presentes nos alimentos que também participam da defesa antioxidante do organismo são as vitaminas B27, E e C, e os minerais zinco e selênio, todos antioxidantes que auxiliam nesse processo (ou mecanismo)8.

Como a alimentação pode ajudar a proteger as células?
Quando a alimentação é inadequada e deficiente em nutrientes importantes para o corpo, pode haver danos à saúde e piora na qualidade de vida. É por isso que é importante ter uma alimentação variada, com nutrientes que tenham propriedades antioxidantes e que ajudem a estimular o processo de proteção natural do organismo8.

Entre a população idosa há uma série de fatores que podem prejudicar a ingestão adequada de nutrientes, como: doenças crônicas, consequências do uso de medicamentos, alterações da mobilidade, dificuldades em se alimentar e até mesmo a depressão2. Portanto, é preciso encontrar soluções para auxiliar na promoção da qualidade de vida e envelhecimento saudável.

A Nestlé Health Science desenvolveu a primeira solução em nutrição celular que ajuda a manter as células protegidas à medida que envelhecemos. Nutren Celltrient Protect contém uma combinação exclusiva de glicina e cisteína, aminoácidos que compõem a glutationa, o principal antioxidante intracelular, além das Vitaminas C, E e B2 (riboflavina) e dos minerais zinco e selênio, antioxidantes que auxiliam na proteção dos danos causados pelos radicais livres.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Sono da beleza repõe colágeno e atrasa envelhecimento


Uma noite de sono bem dormida pode trazer diversos benefícios para saúde da pele

Você já teve uma noite de sono bem dormida e acordou achando que a pele estava mais bonita e renovada? Era real. De acordo com estudo realizado por biólogos da Universidade de Manchester, o "sono da beleza" tem relação com a reposição de colágeno.

A pesquisa, publicada na revista científica Nature Cell Biology, conseguiu provar que dormir bem traz diversos benefícios estéticos. Isso porque o nosso organismo está abastecido com muitas fibras de colágeno - que são as proteínas que garantem a elasticidade e a força do tecido conjuntivo.

Ainda segundo o estudo, essas proteínas podem ser divididas em dois tipos: as grossas, produzidas até os 17 anos de idade e que ficam no corpo por toda a vida; e as finas, que se quebram durante o dia e são reabastecidas à noite.

Dessa forma, durante o sono, o relógio biológico trabalha para repor as fibras que foram quebradas e perdidas no dia, protegendo também as permanentes.

Como o estudo foi feito
O estudo foi realizado com ratos, que eram analisados a cada quatro horas, durante dois dias. Os biólogos notaram que ao retirar os genes ligados ao relógio biológico, as fibras eram misturadas.

Quando o relógio funcionava corretamente (acontece quando dormimos bem), as fibras finas morriam e as grossas permaneciam - a forma correta e natural para que a pele tenha elasticidade por mais tempo.


sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A exposição diária à luz azul pode acelerar o envelhecimento, mesmo que não atinja seus olhos


A exposição prolongada à luz azul, como a que emana do telefone, computador e utensílios domésticos, pode estar afetando sua longevidade, mesmo que não esteja brilhando nos seus olhos.

Novas pesquisas da Universidade Estadual de Oregon sugerem que os comprimentos de onda azuis produzidos pelos diodos emissores de luz danificam as células do cérebro e as retinas.

O estudo, publicado hoje no Envelhecimento e Mecanismos de Doenças, envolveu um organismo amplamente utilizado, Drosophila melanogaster, a mosca da fruta comum, um organismo modelo importante devido aos mecanismos celulares e de desenvolvimento que compartilha com outros animais e seres humanos.

Jaga Giebultowicz, pesquisadora da Faculdade de Ciências da OSU que estuda relógios biológicos, liderou uma colaboração de pesquisa que examinou como as moscas respondiam às exposições diárias de 12 horas à luz LED azul – semelhante ao comprimento de onda azul predominante em dispositivos como telefones e tablets – e descobriu que a luz acelerava o envelhecimento.

As moscas submetidas a ciclos diários de 12 horas na luz e 12 horas na escuridão tiveram vidas mais curtas em comparação com as moscas mantidas na escuridão total ou aquelas mantidas na luz com os comprimentos de onda azuis filtrados. As moscas expostas à luz azul mostravam danos às células da retina e neurônios cerebrais e tinham locomoção prejudicada – a capacidade das moscas de escalar as paredes de seus recintos, um comportamento comum, diminuía.

Algumas das moscas do experimento eram mutantes que não desenvolvem os olhos, e mesmo as moscas sem olhos exibiam danos cerebrais e problemas de locomoção, sugerindo que as moscas não precisavam ver a luz para ser prejudicada por ela.

“O fato de a luz estar acelerando o envelhecimento nas moscas nos surpreendeu a princípio”, disse Giebultowicz, professor de biologia integrativa. “Medimos a expressão de alguns genes em moscas velhas e descobrimos que os genes protetores de resposta ao estresse eram expressos se as moscas fossem mantidas à luz. Nossa hipótese foi que a luz estava regulando esses genes. Então começamos a perguntar, o que é isso à luz que é prejudicial a eles e analisamos o espectro da luz. Era claro que, embora a luz sem azul tenha diminuído levemente sua vida útil, apenas a luz azul diminuiu drasticamente sua vida útil. ”

A luz natural, observa Giebultowicz, é crucial para o ritmo circadiano do corpo – o ciclo de 24 horas de processos fisiológicos, como atividade das ondas cerebrais, produção de hormônios e regeneração celular, fatores importantes na alimentação e no sono.

“Mas há evidências sugerindo que o aumento da exposição à luz artificial é um fator de risco para distúrbios do sono e circadianos”, disse ela. “E com o uso predominante de iluminação LED e monitores de dispositivos, os seres humanos são submetidos a quantidades crescentes de luz no espectro azul, uma vez que os LEDs comumente usados ​​emitem uma fração alta de luz azul. Mas essa tecnologia, iluminação LED, mesmo na maioria dos países desenvolvidos, não foi usada por tempo suficiente para conhecer seus efeitos ao longo da vida humana. ”

Giebultowicz diz que as moscas, se for possível, evitam a luz azul.