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sexta-feira, 16 de maio de 2025

Veja como a alimentação influencia o envelhecimento


Alimentos ultraprocessados prejudicam a saúde e a longevidade

 

A alimentação desempenha um papel essencial no bem-estar físico e mental, influenciando diretamente a qualidade de vida ao longo do tempo. Dietas pobres em nutrientes e ricas em açúcares, gorduras saturadas e alimentos ultraprocessados podem acelerar processos degenerativos no organismo, contribuindo para o envelhecimento precoce. Por isso, as escolhas feitas à mesa diariamente podem atuar como aliadas da saúde ou favorecer o surgimento de desequilíbrios que comprometem a longevidade.

 

Um estudo publicado no periódico científico The American Journal of Clinical Nutrition analisou mais de 16 mil pessoas e descobriu algo surpreendente: a cada aumento de 10% no consumo de alimentos ultraprocessados na dieta, a idade biológica dos participantes avançava, em média, quase três meses. Em outras palavras, quanto mais você consome esses alimentos, mais rápido seu corpo envelhece, independentemente da sua idade real.

 

"É como se esses produtos estivessem programando seu corpo para se deteriorar antes do tempo. O envelhecimento deixa de ser apenas cronológico e passa a ser inflamatório, metabólico, celular", explica o nutrólogo Dr. Ronan Araujo, referência nacional em saúde integrativa e longevidade.

 

Ultraprocessados aceleram o envelhecimento

Alimentos ultraprocessados são ricos em açúcares ocultos, gorduras trans, óleos refinados, aditivos químicos e conservantes artificiais, ingredientes que inflamam o organismo silenciosamente, geram estresse oxidativo, danificam o DNA celular e aceleram a degeneração dos tecidos.

 

Eles também promovem picos glicêmicos constantes, desregulam a insulina, afetam o intestino e sobrecarregam o fígado. Tudo isso cria um ambiente biológico ideal para o envelhecimento precoce. E não é só na estética que isso aparece. "Rugas, flacidez, queda capilar e cansaço são só a ponta do iceberg. Por trás disso, o corpo está inflamado, os hormônios desregulados, as células acelerando seu próprio desgaste", afirma Dr. Ronan Araujo. 

 

Além disso, a juventude cronológica não protege contra os efeitos biológicos da má alimentação. Você pode ter 28, 32 ou 36 anos, e seu corpo estar operando com os marcadores de envelhecimento de alguém com 45 ou 50. Isso é o que os cientistas chamam de idade biológica, um reflexo direto do seu estilo de vida, alimentação, sono, níveis de estresse e saúde metabólica.

 

Envelhecimento não é só questão de estética

Quando falamos em envelhecimento precoce, não estamos falando apenas de aparência, mas de qualidade de vida, imunidade, capacidade de regeneração celular, disposição física, memória, fertilidade e prevenção de doenças crônicas.

 

Estudos já ligam o consumo crônico de ultraprocessados ao aumento do risco de:

 

Doença cardiovascular precoce;

Diabetes tipo 2;

Depressão e ansiedade;

Alzheimer;

Câncer.


Ou seja, não é sobre cortar tudo radicalmente, é sobre entender que o corpo sente tudo o que você coloca no prato — inclusive aquilo que parece pequeno, mas se repete todos os dias.

 

Como desacelerar esse envelhecimento silencioso

O primeiro passo é o mais óbvio e o mais poderoso: reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados. Invista em comida de verdade: frutas, vegetais, proteínas magras, gorduras boas, oleaginosas e grãos integrais.

 

Outros hábitos fundamentais que retardam o envelhecimento:

 

Dormir bem e regularmente;

Praticar atividade física com constância;

Corrigir deficiências de vitaminas e minerais;

Manter os hormônios em equilíbrio;

Gerenciar o estresse e a inflamação crônica;

Hidratar-se adequadamente;

Fazer check-ups funcionais com orientação médica.

 

"O envelhecimento pode ser inevitável, mas a velocidade com que ele acontece está completamente nas nossas mãos. E tudo começa pela consciência do que comemos", finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-como-a-alimentacao-influencia-o-envelhecimento,a4ad2db182aab787e23074205f8fe4a2h8nlyzn0.html?utm_source=clipboard - Por Roneia Forte - Foto: Vectorium | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Quatro fatores podem influenciar a expectativa de vida


A expectativa de vida de uma pessoa parece estar ligada a quatro fatores sociais específicos: casamento, gênero, educação e raça. A interação entre esses quatro fatores ajuda a explicar as diferenças na expectativa de vida.


Para este estudo, pesquisadores da Universidade de Syddansk, na Dinamarca, se concentraram na expectativa de vida parcial, ou seja, os anos que uma pessoa pode esperar viver entre 30 e 80 anos. A equipe analisou dados federais sobre mortes e a população dos EUA entre 2015 e 2019, observando como todas as combinações dos quatro fatores poderiam influenciar o risco de morte precoce por uma das 11 principais causas de morte no país. Os resultados mostram que há uma diferença de 18 anos entre aqueles com a menor e a maior expectativa de vida parcial.

 

Homens brancos com diploma de ensino médio ou menos que nunca se casaram tiveram a menor expectativa de vida parcial, em torno de 37 anos a partir dos 30 anos. No outro extremo, mulheres brancas casadas com diploma universitário podem esperar ter mais 55 anos a partir dos 30 anos. Características individuais puxam a expectativa de vida para frente e para trás, e alguns fatores aumentam os anos extras de uma pessoa, enquanto outros os encurtam.

 

Por exemplo, ter diploma de ensino médio ou menos reduz a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas ser casada e mulher aumenta a expectativa de vida parcial em cinco anos. Então, pode-se esperar que uma mulher casada com diploma de ensino médio tenha uma expectativa de vida melhor que a média.

 

Em outro exemplo, um diploma universitário aumenta a expectativa de vida parcial em quase quatro anos, mas nunca ter se casado e ser homem diminui em quase cinco anos. Assim, um homem solteiro bem-educado pode esperar uma expectativa de vida menor do que a média. Eles descobriram que casamento e ensino superior sempre reduzem o risco de morte prematura.

 

E as mulheres geralmente têm uma vantagem de sobrevivência sobre os homens em todas as causas de morte, exceto em alguns tipos de câncer e na doença de Alzheimer. No entanto, a raça tem um papel mais complexo na expectativa de vida. Algumas causas específicas de morte afetam mais pessoas brancas, como suicídio, ferimentos, doença pulmonar crônica e câncer de pulmão. Outras, como a doença hepática, afetam mais pessoas hispânicas, enquanto a maioria das causas de morte afeta mais pessoas negras em geral.

 

BMJ Open. DOI: 10.1136/bmjopen-2023-079534.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20466/quatro-fatores-podem-influenciar-a-expectativa-de-vida.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

5 condições de saúde que influenciam no aumento ou na perda de peso


Saiba mais sobre essas doenças que causam mudanças corporais sem razões aparentes

Algumas condições de saúde são silenciosas e, por isso, mais difíceis de serem diagnosticadas. Porém, um sintoma em comum pode ser um alerta na hora de identificá-las: a perda ou o ganho de peso sem razão aparente. Abaixo, veja cinco doenças que causam essa alteração e as opções de tratamento para elas. E lembre-se: sempre consulte um médico para fazer o diagnóstico e receitar os melhores cuidados para você.

Hipotireoidismo
A tireoide é uma das principais glândulas secretoras de hormônios do organismo. Ela produz o T3 e o T4, que influenciam em diversas funções do corpo. Porém, quando há algum problema que impede a produção da quantidade necessária dessas substâncias, ocorre o chamado hipotireoidismo. Essa condição causa a diminuição da atividade corporal, podendo influenciar no raciocínio, frequência cardíaca, trabalho intestinal e na lentidão do metabolismo no geral. “Com a velocidade reduzida do metabolismo, o organismo acaba gastando menos energia, o que favorece o aumento de peso”, explica o endocrinologista Antônio Carlos do Nascimento.

O hipotireoidismo pode ocorrer por uma agressão autoimune à glândula da tireoide, que acontece quando o sistema imunológico entende que algo está errado naquela área e passa a atacá-la. Além disso, pode ser uma condição congênita, quadro que deve ser identificado pelo exame do pezinho aplicado em recém-nascidos. O tratamento para essa doença é feito com a reposição hormonal, que deve começar assim que o problema for diagnosticado.

Hipertireoidismo
Se o hipotireoidismo é causado pela presença reduzida dos hormônios da tireoide, o hipertireoidismo ocorre justamente pela condição contrária, que é a secreção em excesso dessas substâncias. Esse problema leva ao aumento das funções metabólicas do organismo, que gera a aceleração do ritmo cardíaco, tremor nas extremidades, insônia, olhos esbugalhados e elevação geral das atividades corporais. Devido a essa aceleração exagerada do corpo, o hipertireoidismo pode ser responsável por um emagrecimento excessivo.


“Uma das causas mais comuns desta condição é uma doença autoimune que pode se manifestar ao longo da vida. Nesse caso, o sistema imunológico passa a produzir um anticorpo que é exatamente igual ao hormônio estimulador da tireoide, o que faz com que a glândula passe a trabalhar de maneira desenfreada”, diz Antônio Carlos. O tratamento para o hipertireoidismo inclui o uso de medicamentos que interferem na produção da tireoide, fazendo com que ela diminua a secreção dos hormônios.

Síndrome do ovário policístico
Essa condição é um distúrbio hormonal que gera várias alterações no organismo das mulheres, inclusive o aumento do ovário e o aparecimento de pequenos cistos. Ainda não há confirmação exata sobre as causas dessa síndrome, porém ela está constantemente associada a fatores de risco como a resistência à insulina, que ocorre quando as células não absorvem da maneira correta essa substância.

“Quem possui a síndrome do ovário policístico pode apresentar uma elevação do hormônio masculino no corpo, o que causa o aparecimento de pelos, acne e irregularidade na menstruação. Além disso, o acúmulo de peso, principalmente na região abdominal, também é uma das características da doença. Para o tratamento, uma das opções é utilizar medicamentos que controlam os sintomas, como anticoncepcional hormonal e remédios que auxiliam na ação da insulina”, indica o ginecologista Alfonso Massaguer. 

Diabetes
O diabetes ocorre quando há uma deficiência na produção de insulina. Existem duas versões da doença, o tipo 1, que também é conhecida como diabetes juvenil e apresenta uma falta total de insulina no organismo, e o tipo 2, que ocorre quando há uma disfunção na produção insulínica e a quantidade secretada não é suficiente. Uma das causas mais comuns do segundo tipo é a obesidade, que faz com que a insulina produzida não seja capaz de abaixar o índice glicêmico. Já o tipo 1 pode ocorrer devido ao desenvolvimento de uma doença autoimune que destrói as células produtoras da substância no pâncreas.

“O tratamento da diabetes tipo 1 ocorre pela aplicação da insulina. Essa versão da doença faz com que o paciente perca bastante peso, pois sem a insulina necessária para absorver a glicose, o corpo passa a quebrar a gordura e músculos para gerar energia. Outros sintomas que também são comuns a ela são urinar em excesso e ter muita sede. Quando pensamos no tipo 2, o tratamento acontece, a princípio, por medicamentos orais que estimulam a produção do pâncreas e pelo emagrecimento. Alguns dos sintomas dessa versão são o aumento de peso, mesmo para pessoas que já são obesas, e a elevação do índice glicêmico rapidamente”, diz Antônio Carlos.

Doença celíaca
Essa condição ocorre quando há uma intolerância permanente ao glúten causada por uma doença autoimune. “Quando o paciente celíaco consome a substância, acontece uma lesão na mucosa do intestino delgado, órgão responsável pela absorção dos alimentos. Esse machucado, que é chamado de ‘atrofia vilositária’, leva à má captação dos nutrientes e, consequentemente, a perda de peso”, explica a médica assessora em gastroenterologia Márcia Wehba Cavichio, do Fleury Medicina e Saúde, de São Paulo.

A principal maneira de controlar a doença é evitar o consumo de glúten, o composto proteico presente em pães e massas no geral. O indicado é sempre prestar atenção aos rótulos para ter certeza de que os alimentos não possuem essa substância, pois as lesões da mucosa podem ocorrer mesmo quando não há sintomas aparentes. “Como toda dieta restritiva, o paciente necessita do acompanhamento de um nutricionista para entender quais são as alternativas para suprir as comidas que deverão ser eliminadas da dieta”, completa Márcia.


quarta-feira, 22 de março de 2017

5 verdades sobre a influência da alimentação no risco de câncer

Carne vermelha causa tumores? Soja previne ou provoca a doença? Café faz bem? Uma especialista explica essas e outras questões

Existem muitas informações inconsistentes sobre a relação entre dieta e câncer. Para tentar colocar fim em algumas dúvidas, a oncologista Merry Markham, da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, nos Estados Unidos, listou cinco verdades sobre essa ligação, com base no que a ciência tem a dizer. Confira:

1 – Comer vegetais é fundamental
A ingestão desses alimentos, principalmente os crucíferos, como brócolis, rúcula, couve-flor e repolho, ajuda a levantar nossas defesas contra as células cancerosas. Os benefícios são vistos principalmente contra os tumores de boca, faringe, esôfago e estômago.

2 – Soja pode ajudar mulheres com câncer de mama
Um estudo recente parece ter jogado uma luz sobre a polêmica que envolve essa leguminosa. Segundo a análise, mulheres com a doença que abocanham o alimento com mais frequência têm um risco 21% menor de morrer em nove anos e meio — ao contrário do que se imaginava antes.
Os homens com nódulos malignos na próstata também se beneficiam. Investigações apontam que o grão diminui os níveis do antígeno prostático específico (PSA), uma substância que, em altas quantidades, está associado ao desenvolvimento desse tumor.

3 – Café é ok, mas cuidado com a temperatura
Foi só ano passado que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tirou o cafezinho da lista de carcinogênicos. Depois de analisar cuidadosamente mais de 1 mil estudos, a agência concluiu que a bebida não estava ligada à doença. Mais: afirmou que ela até pode reduzir o risco de câncer no fígado e no endométrio.
Só fique atento à temperatura. Tomar líquidos muito quentes aumenta a probabilidade de tumores no esôfago — o recado vale para o chimarrão, por exemplo.

4 – Maneire no churrasco
Essa conexão precisa ser melhor investigada, mas o consumo de carne grelhada, assada ou defumada parece elevar a taxa de mortalidade depois do câncer de mama, além de aumentar a incidência de tumores colorretais, de pâncreas e de próstata.
O que causa tudo isso? Aparentemente, a liberação dos hidrocarbonetos aromáticos policíclicos durante o preparo da carne. Essas moléculas, aliás, também acessam nosso organismo por meio da poluição e da fumaça de cigarro.

5 – Não existe dieta comprovada para prevenir o câncer
Estima-se que um terço dos casos desse mal em adultos está vinculado ao estilo de vida, que inclui o cardápio. Mesmo assim, é quase impossível se blindar por completo do aparecimento de tumores, já que a genética tem um papel em seu desenvolvimento. Apesar disso, evidências apontam que a Dieta Mediterrânea, rica em vegetais, frutas, grãos integrais, azeite e peixe, ajudar a afastar o câncer de mama.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Culturas africanas influenciaram nosso idioma

O português que falamos no Brasil tem muitas palavras de origem africana, você sabia? Isso acontece porque - principalmente durante o período colonial - os negros foram trazidos da África como escravos, para trabalhar na lavoura.

Os africanos trouxeram consigo sua religião - o candomblé - e sua cultura, que inclui as comidas, a música, o modo de ver a vida e muitos dos seus mitos e lendas. Trouxeram ainda - é claro - as línguas e dialetos que falavam.

Os povos bantos, que habitavam o litoral da África, falavam diversas línguas (como o quicongo, o quimbundo e o umbundo). Muitos vocábulos que nós usamos frequentemente vieram desses idiomas. Quer exemplos? "Bagunça", "curinga", "moleque", "dengo", "gangorra", "cachimbo", "fubá", "macaco", "quitanda"...

Outras palavras do português falado no Brasil também têm raízes africanas. Muitas delas vêm de diferentes povos do continente, como os jejes e os nagôs (que falavam línguas como o fon e o ioruba). Palavras como "acarajé", "gogó", "jabá" e muitas outras passaram a fazer parte do nosso vocabulário, foram incorporados à nossa cultura. Em geral, trata-se de nomes ligados à religião, à família, a brincadeiras, à música e à vida cotidiana.

Quer um exemplo bem trivial? "Bunda". Essa palavra também é africana, pode ter certeza. Se não fosse por ela, teríamos que dizer "nádegas", que é efetivamente o termo português para essa parte do corpo humano. Da mesma maneira, em vez de "cochilar", teríamos que dizer "dormitar". Em vez de "caçula", usaríamos uma palavra bem mais complicada: "benjamim". Empolado, não é?

Dizem que a língua banta tem uma estrutura parecida com o português, devido ao uso de muitas vogais e sílabas nasais ou abertas. Deve ser verdade, observe os sons da palavra "moleque" e de "gangorra". Parece também que o jeito malemolente (isto é, devagar e cheio de ginga) de falar facilitou a integração entre o banto e o português.

A verdade é que hoje a gente usa tantas palavras africanas que nem repara em sua origem. Quer ver? O que seria do Brasil sem o "samba"? E tem mais: "cachaça", "dendê", "fuxico", "berimbau", "quitute", cuíca", "cangaço", "quiabo", "senzala", "corcunda", "batucada", "zabumba", "bafafá" e "axé". Para quem não sabe, "bafafá" significa confusão. E "axé" é uma saudação com votos de paz e felicidade.

Fonte: UOL – por Heidi Strecker, filósofa e educadora.