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terça-feira, 10 de junho de 2025

Vacina contra Covid-19 reduz risco de problemas cardíacos relacionados à doença


Embora efeitos colaterais raros relacionados ao coração às vezes ocorram após a aplicação da vacina contra a Covid-19, uma pesquisa da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, mostra que isso é mais do que compensado pelos benefícios à saúde do coração. Pessoas totalmente vacinadas têm significativamente menor probabilidade de desenvolver problemas cardíacos graves decorrentes de uma infecção por Covid-19.

 

"Os aumentos no risco cardiovascular que observamos após a vacinação contra a Covid-19 são temporários e não se aplicam a condições mais graves", disse o pesquisador Fredrik Nyberg, professor visitante da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. Ele estava se referindo a alguns efeitos cardíacos raros, mas graves, que ocorrem após doses individuais da vacina contra a Covid incluindo inflamação do coração ou do músculo ao redor dele.

 

O estudo é baseado em dados de mais de 8 milhões de adultos na Suécia que foram acompanhados desde o início da vacinação contra a Covid-19 em dezembro de 2020 até o final de 2022. Os pesquisadores analisaram o que é conhecido como "janelas de risco" - o tempo imediatamente após a injeção da vacina - dose por dose. Eles compararam a saúde cardíaca em pacientes totalmente vacinados com a de pessoas que, no mesmo estágio do estudo, não tinham nenhuma vacina, além de analisarem o risco de várias doenças - inflamação do músculo cardíaco ou do saco que o envolve, arritmia, insuficiência cardíaca, ataque de isquemia transitória (AIT, ou "mini AVC") e AVC. AIT e AVC são causados pelo fluxo de sangue impedido para o cérebro.

 

Os resultados mostraram que a vacinação completa reduziu significativamente o risco de vários resultados cardiovasculares mais graves associados à Covid-19, como ataque cardíaco, derrame e insuficiência cardíaca. Para a maioria dos resultados, especialmente os mais graves, o risco de problemas cardíacos caiu após a vacinação, especialmente após a terceira dose. Em geral, o risco de eventos cardíacos após a vacinação completa foi entre 20% e 30% menor do que sem nenhuma vacina.

 

O estudo confirmou o aumento do risco de inflamação cardíaca uma a duas semanas após uma única vacina contra a Covid-19, e também observou um aumento temporário de 17% no risco de batimentos cardíacos extras após uma dose e um risco 22% maior após duas doses. O aumento do risco foi mais forte em homens e idosos. O risco de acidente vascular cerebral caiu após a vacinação, embora o risco de AIT tenha aumentado temporariamente em 13% após uma dose, principalmente em homens mais velhos.

 

Fonte: European Heart Journal DOI: 10.1093/eurheartj/ehae639.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/20936/vacina-contra-covid-19-reduz-risco-de-problemas-cardiacos-relacionados-a-doenca.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral

sábado, 17 de maio de 2025

Dor de cabeça: quando o incômodo se torna preocupante?


De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, a dor de cabeça atinge cerca de 140 milhões de brasileiros. Sendo assim, é considerada uma das doenças mais incapacitantes no Brasil e no mundo. Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP explica quando as dores podem ser preocupantes.

 

"A cefaleia em salvas causa um tipo de dor de cabeça que é mais frequente na região de um dos olhos ou órbitas. No mesmo lado em que a dor, é comum também surgirem outros sintomas, como nariz escorrendo, inchaço da pálpebra e lacrimejamento do olho", explica. Ele conta que o tratamento da cefaleia em salvas normalmente é feito com a inalação de oxigênio a 100%. E, em alguns casos, pode ser preciso indicar medicamentos, como verapamil ou lítio, para evitar o retorno das crises.

 

Quando a dor de cabeça deve preocupar

Mas, para o especialista algumas dores merecem atenção. "A dor de início súbito (que começa de repente), dores muito intensas, ou de característica diferente de qualquer dor que já sentiu na vida e que não melhora ou que seja associada a alteração súbita da fala, da visão, da força dos braços ou pernas, do equilíbrio e ainda for acompanhada de desmaio ou convulsão e febre, podem ser sinais de alerta", diz.

 

Essas dores podem indicar quadros mais graves como a hidrocefalia, um aumento da pressão intracraniana devido à hipertensão do líquor, também conhecido como líquido cefalorraquidiano e que cumpre a função de proteger o tecido nervoso dos impactos. "Esse aumento de pressão distende a dura-máter, que é a membrana mais externa e próxima à pele, causando dor. A dor é holocraniana, se espalha por todo o crânio. É persistente, melhora pouco com remédios, e pode piorar quando o indivíduo se deita por aumento da pressão intracraniana. Pode vir acompanhada de sintomas como sonolência, náuseas, vômitos e dificuldades visuais", fala o especialista.

 

Sinais mais graves

Dr. Fernando ainda alerta que algumas dores de cabeça podem ainda indicar tumor cerebral. Já que esse problema causa um aumento da pressão dentro do crânio, gerando uma dor de cabeça difusa, que piora ao acordar ou ao baixar a cabeça (a cabeça mais baixa dificulta a drenagem do sangue do cérebro, levando a um aumento da pressão intracraniana). "Geralmente a dor pode se associar a fraqueza em um lado do corpo e crise convulsiva e em pacientes que tenham história de tumores em outras partes do corpo que não a cabeça, uma dor de cabeça nova pode sinalizar a existência de uma metástase secundária a este tumor", afirma.

 

O neuro ainda comenta que a dor de cabeça pode ser sinal de AVC por hemorragias subaracnóideas, causados por ruptura de aneurismas (que são dilatações ou "sacos" que se formam na parede de artérias) são as principais dores de cabeça ligadas a um AVC. "Caracterizam-se por serem abruptas. Atingem com intensidade máxima dentro do primeiro minuto de ocorrência em um indivíduo sem dor de cabeça prévia ou com dores de cabeça prévias diferentes desta. Ela pode se manifestar com sonolência, dificuldade na fala ou dificuldade motora. Ao apresentar um quadro como esse é importante que a pessoa procure o pronto-atendimento. Isso para ter a condição diagnosticada antes de um agravamento ou de nova ruptura, que pode ter consequências trágicas", finaliza o médico.

 

Ele ainda deixa o alerta para sinais de dores que podem indicar até um aneurisma. "Um aneurisma geralmente só causa cefaleia quando rompe e causa uma hemorragia súbita no cérebro e leva a um tipo de dor de cabeça muito intensa, "explosiva". Podendo ser associada a náuseas, vômitos e muitas vezes perda de consciência, podendo levar à morte ou sequelas importantes".

 

Opções para aliviar a dor de cabeça

Por outro lado, quando a dor não é algo mais grave, há alternativas naturais que podem funcionar como aliadas no alívio das dores. A aromaterapeuta e especialista em neurociência dos aromas, Daiana Petry, explica que a aromaterapia, quando bem aplicada, pode atuar no sistema nervoso central. Promovendo relaxamento, dilatação dos vasos e equilíbrio emocional — fatores diretamente envolvidos no desencadeamento de diferentes tipos de cefaleia.

 

"A dor de cabeça não é apenas física — ela está ligada ao estresse, à tensão muscular, ao cansaço mental e até à digestão. Óleos essenciais como lavanda, hortelã-pimenta, eucalipto globulus e manjerona têm propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e reduzem o nível de cortisol. Eles ajudam o cérebro a sair do estado de alerta constante e ativam áreas ligadas ao alívio e à regulação da dor", explica a especialista. Ela deixa um ritual prático para alívio da dor.

 

Dicas

Compressa aromática fria: pingar 2 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta em uma colher de sopa de álcool de cereais ou sabonete líquido neutro, misturar bem e acrescentar numa pequena bacia com água gelada. Aplicar o pano úmido sobre a testa ou nuca por 10 minutos.

Banho antitensão: adicionar 5 gotas de óleo de lavanda e 3 gotas de óleo de manjerona em duas colheres de sabonete líquido neutro. Diluir na banheira e permanecer por 20 minutos.

Inalação profunda: pingar uma gota de óleo essencial de eucalipto globulus em um lenço e inspirar profundamente por alguns minutos. Ideal para dores com componente sinusal.

Massagem com óleo vegetal: misturar 2 gotas de óleo de manjerona e 1 de hortelã-pimenta em uma colher de óleo vegetal de sua preferência e aplicar com movimentos circulares nas têmporas, nuca e ombros.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/dor-de-cabeca-quando-o-incomodo-se-torna-preocupante,924aa1afe6390bbcef9c521431ac9215asberx5g.html?utm_source=clipboard - Por: Ana Beatriz Kubata - Foto: Revista Malu

sexta-feira, 9 de maio de 2025

10 principais sintomas de gripe (e como aliviar)


Os principais sintomas de gripe são febre alta, dor de garganta, dor no corpo, tosse seca persistente, espirros e nariz escorrendo ou entupido, e normalmente surgem de 2 a 3 dias após contato com uma pessoa infectada pelo vírus influenza.

 

Para aliviar os sintomas de gripe, pode-se tomar um banho levemente frio e colocar panos úmidos na testa e nas axilas, para baixar a febre, inalar de vapor de água para ajudar a desentupir o nariz, além de descansar e beber bastante água.

 

Além disso, é importante consultar o clínico geral, de forma a ser avaliado, identificada a gripe e descartada outras condições com sintomas parecidos, como resfriado ou COVID-19, e assim, ser indicado o melhor tratamento para aliviar os sintomas. Saiba diferenciar os sintomas de COVID-19, gripe e resfriado.

 

Sintomas de gripe

Os principais sintomas da gripe são:

 

Febre, normalmente entre 38 e 40ºC;

Calafrios;

Dor de cabeça;

Tosse seca persistente;

Espirros e nariz escorrendo ou entupido;

Dor de garganta;

Dor muscular, especialmente nas costas e pernas;

Perda de apetite;

Dor no corpo ou mal-estar geral;

Cansaço ou fraqueza.


Além disso, outros sintomas da gripe que podem surgir são vômitos ou diarreia, sendo mais comum em crianças.

 

Os sintomas da gripe comum começam a ser sentidos cerca de 2 a 3 dias após estar em contato com alguém gripado ou após estar exposto a fatores que aumentam as chances de contrair a gripe, como o frio ou a poluição, por exemplo.

 

Não ignore os sinais que seu corpo está dando!

 

Diferença entre gripe e resfriado

A contrário da gripe, geralmente o resfriado não causa febre e normalmente não traz complicações, como diarreia, dor de cabeça forte e dificuldade para respirar.

 

Em geral, o resfriado dura cerca de 5 dias, mas em alguns casos, os sintomas de nariz escorrendo, espirros e tosse podem durar até 2 semanas.

 

Diferença entre gripe, dengue e Zika

A principal diferença entre a gripe e a dengue e a Zika, é que a dengue e a Zika além dos sintomas comuns da gripe, também causam coceira no corpo e manchas vermelhas na pele. A Zika demora cerca de 7 dias para desaparecer, enquanto os sintomas da dengue são mais fortes e só melhoram após cerca de 7 a 15 dias. Veja também quais são os sintomas da gripe suína.

 

Quanto tempo dura a gripe?

Os sintomas de gripe aparecem de forma repentina e costumam durar de 2 a 7 dias. Em geral, a febre dura cerca de 3 dias, enquanto os outros sintomas desaparecem 3 dias depois da febre baixar.

 

Como aliviar os sintomas

Para se curar de uma gripe forte, é importante descansar, beber bastante água e, caso indicado por um médico, tomar remédios para aliviar a dor e a febre, como o paracetamol ou o ibuprofeno, por exemplo, e medicamentos antivirais, como o oseltamivir, mas somente em casos específicos. Confira o que é o Tamiflu (oseltamivir) e como tomar.

 

Além disso, para aliviar os principais sintomas é recomendado:

 

1. Febre e calafrios

Para baixar a febre e aliviar os calafrios, deve-se tomar os medicamentos antitérmicos indicados pelo médico, como o paracetamol ou o ibuprofeno, por exemplo.

Além disso, algumas formas naturais de diminuir a febre e os calafrios incluem tomar um banho levemente frio e colocar panos úmidos na testa e nas axilas, para ajudar a regular a temperatura corporal.


2. Nariz entupido e espirros

Para melhorar a respiração, pode-se utilizar a inalação de vapor de água fervente ou nebulização com soro fisiológico, além de lavar o nariz com uma solução salina ou água do mar, encontradas à venda em farmácias.

Também se pode usar um descongestionante nasal, com oximetazolina, por exemplo, mas não se devem exceder os 5 dias de utilização, já que utilizações prolongadas podem causar um efeito rebote. Confira algumas formas naturais de desentupir o nariz.

 

3. Tosse

Para melhorar a tosse e tornar a secreção mais fluida, deve-se beber bastante água e usar remédios caseiros que acalmem a garganta, como mel com limão, chá de canela e cravo-da-índia e chá de urtiga.

Além disso, também se pode usar um xarope para a tosse, indicado por um médico, enfermeiro ou farmacêutico e que pode ser comprado em farmácias, para aliviar a tosse e eliminar a expectoração.

 

4. Dor de cabeça e nos músculos

Algumas dicas que podem contribuir para aliviar a dor de cabeça é o descanso, a ingestão de um chá, que pode ser de camomila, por exemplo e colocar um pano úmido na testa. Caso a dor seja forte, pode-se tomar um paracetamol ou ibuprofeno, por exemplo, com indicação do médico.

 

5. Dor de garganta

A dor de garganta pode ser aliviada com gargarejos de água morna e sal, assim como a ingestão de chás para dor de garganta, como hortelã ou gengibre. Nos casos em que a dor é muito forte ou não melhora, deve-se consultar um médico, já que pode ser necessário o uso de um anti-inflamatório, como o ibuprofeno, por exemplo. Confira alguns remédios naturais para dor de garganta.

 

Gripe em grávidas, crianças e idosos

A gripe em grávidas, crianças e idosos pode causar sintomas mais fortes, podendo ocorrer também vômitos e diarreia, pois esses grupos têm o sistema imune mais fraco, o que deixa o organismo mais sensível.

 

Por isso, e porque não é aconselhado que as grávidas e crianças tomem medicamentos sem a recomendação do médico, além de seguir as dicas caseiras para aliviar os sintomas, deve-se ir ao médico e só tomar medicamentos de acordo com a orientação médica, para não prejudicar o bebê ou causar o agravamento da doença. Saiba como tratar a gripe na gravidez.

 

Quando ir ao médico

Embora não seja necessário ir ao médico para curar a gripe, é aconselhado consultar um clínico geral quando:

 

A gripe demora mais de 3 dias para melhorar;

Os sintomas pioram ao longo dos dias, ao invés de melhorar;

Surgem outros sintomas como dor no peito, suores noturnos, febre acima de 40ºC, falta de ar ou tosse com catarro esverdeado.

Além disso, crianças, idosos e pacientes com fatores de risco, como asma e outros tipos de problemas respiratórios, devem fazer a vacinação contra a gripe todos os anos.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-gripe/ - Revisão médica: Dr.ª Clarisse Bezerra Médica de Saúde Familiar

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Cresce o número de jovens com pressão alta no Brasil, diz INC


No dia 26 de abril, o Brasil celebrou o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, em meio ao aumento dos diagnósticos na população mais jovem. É o que indica um estudo do Instituto Nacional de Cardiologia (INC): o ano de 2023 teve o maior número de casos de hipertensão entre pessoas de 18 a 24 anos em toda a série histórica.

 

O dado revela que, apesar da pressão alta ser mais comum entre pessoas idosas, ela também pode afetar diferentes faixas etárias. Além disso, ele alerta para mudanças preocupantes nos hábitos da população, como explica a cardiologista Luciana Neiva, do São Marcos Saúde e Medicina Diagnóstica, da rede Dasa em Minas Gerais, ao Portal iG.

 

"Temos visto um crescimento entre os mais jovens por conta de fatores como má alimentação, sedentarismo, obesidade, estresse, uso de álcool, cigarro, drogas ilícitas e até esteroides anabolizantes", explica a cardiologista.

 

Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados em 2023, indicam que cerca de 30% dos brasileiros adultos sejam hipertensos. É o maior percentual da população com pressão alta desde o início da série histórica, em 2006.

 

Ainda segundo o levantamento, nas capitais brasileiras, a prevalência do diagnóstico é das mulheres, com 29,3%. Já os homens representam 26,4% dos diagnósticos.

 

Doença silenciosa

A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, que os sintomas não são tão aparentes no dia a dia. No entanto, trata-se de um quadro crônico que pode trazer consequências graves, como infarto, AVC (acidente vascular cerebral) e insuficiência renal.

 

Segundo a Dra. Luciana, há dois tipos principais de hipertensão arterial: a primária, que não tem uma causa específica e é a mais comum; e a secundária, que está ligada a outros quadros clínicos, como doenças renais ou endócrinas.

 

"Em pacientes jovens sempre investigamos hipertensão secundária, pois o mais esperado é que a hipertensão primária surja a partir dos 40 anos", explica Luciana. Ela adiciona, no entanto, que os maus hábitos têm levado a população mais jovem a desenvolver o tipo primário da doença.

 

Justamente por ser uma doença "discreta", a principal aliada no combate à hipertensão arterial é a prevenção. A cardiologista destaca que adotar um estilo de vida saudável é essencial para evitar a hipertensão ou mantê-la sob controle.

 

"Alimentação equilibrada, atividade física regular, sono de qualidade e redução do estresse são pilares importantes. Para quem tem histórico familiar, a recomendação é ainda mais urgente, com acompanhamento médico e aferição regular da pressão arterial", diz.

 

Outra coisa importante é o diagnóstico precoce. Segundo a médica, a suspeita inicial ocorre a partir de uma medida elevada da pressão arterial.

 

"É necessário ter pelo menos duas ou três medidas alteradas em dias diferentes e fora do ambiente de consultório. O MAPA é uma importante ferramenta para confirmar o diagnóstico, pois avalia as médias da pressão arterial durante 24h", explica.

 

Mitos sobre a hipertensão arterial

Segundo a cardiologista, a hipertensão arterial é uma doença cercada de vários mitos. Além da ideia de que apenas idosos têm pressão alta, as pessoas costumam acreditar que basta cortar o sal da dieta para resolver o problema. Embora o excesso de sódio seja um fator de risco relevante, o controle da pressão envolve outras mudanças no estilo de vida, como a prática regular de exercícios, o controle da alimentação e até o uso de medicamentos prescritos.

 

Outro erro comum é pensar que o remédio para pressão alta vicia ou é descartável uma vez que os sintomas desaparecem. Por se tratar de uma condição crônica, o uso desses medicamentos deve ser contínuo.

 

Por fim, a Dra. Luciana também explica que se sentir bem não quer dizer que a pressão está controlada. É por isso que os pacientes não devem, em hipótese alguma, parar o tratamento por conta própria.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2025-04-26/cresce-o-numero-de-jovens-com-pressao-alta-no-brasil-diz-inc.html - Por Marina Semensato - Pavel Danilyuk/Pexels

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Outono e a temporada de gripes: como se proteger além da vacina?


Com a queda das temperaturas e a baixa umidade do ar, os vírus respiratórios se espalham com mais facilidade; especialista explica como reforçar a imunidade e evitar infecções sazonais

 

Com a chegada do outono, as temperaturas mais amenas e a redução da umidade do ar criam um ambiente propício para a disseminação de vírus respiratórios, como os da gripe e do resfriado. Nessa época do ano, é comum o aumento da circulação do Influenza, responsável por quadros gripais que podem variar de leves a graves, principalmente em grupos de risco, como idosos, crianças e pessoas com comorbidades. inclusive, em 2024, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram 45,8% no outono em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo o DRS de Campinas.

 

Diante desse cenário, a vacinação segue sendo a principal forma de prevenção, mas outros hábitos também desempenham um papel fundamental na proteção contra infecções respiratórias.

 

Segundo o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, além da imunização, manter uma boa higiene das mãos, evitar locais fechados e pouco ventilados, além de reforçar a hidratação e a alimentação balanceada, são medidas essenciais para fortalecer o sistema imunológico. "Lavar as mãos com frequência, usar álcool em gel e evitar levar as mãos ao rosto reduzem significativamente o risco de contato com o vírus. Além disso, manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações sempre que possível também contribuem para a redução da transmissão", explica o especialista.

 

Outro fator relevante é o fortalecimento da imunidade por meio de uma alimentação rica em vitaminas e minerais. Nutrientes como vitamina C, zinco e vitamina D desempenham um papel crucial na resposta do organismo contra infecções. "Ter uma dieta equilibrada, com frutas, verduras e proteínas de qualidade, além de manter-se hidratado, ajuda a fortalecer as defesas naturais do corpo, tornando-o mais resistente a infecções sazonais", ressalta Dr. Carlos Alberto.

 

Embora o outono seja tradicionalmente conhecido como o período de maior incidência de gripes e resfriados, adotar hábitos saudáveis e medidas preventivas pode fazer toda a diferença para evitar complicações. A atenção à saúde respiratória deve ser constante, e pequenas ações no dia a dia podem ser decisivas para atravessar a estação com mais bem-estar e segurança.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2276265/outono-e-a-temporada-de-gripes-como-se-proteger-alem-da-vacina - Rafael Damas - © Shutterstock

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Dieta para hipertensos: o que é indicado e o que precisa ser evitado


Especialista em nutrição revela como deve ser uma dieta padrão para quem tem a doença

 

Uma dieta para hipertensos precisa ter a capacidade de controlar a doença. Dessa maneira, é importante pensar na alimentação rica em frutas, legumes e alimentos integrais, como sementes, arroz, pão, farinha e macarrão integrais. Além de grãos como aveia, grão-de-bico e feijão.

 

Fora disso, na dieta para hipertensos, é importante optar por pratos com pouca gordura, leite e derivados desnatados, peixes e carnes magras. Vale também investir em gorduras boas, como o azeite para preparar os alimentos ao invés do óleo, por exemplo. As sementes ricas em ômega-3 (linhaça, chia, castanha, nozes e amendoim) são ótimas opções para incluir na dieta. 

 

Por isso, com a ajuda do nutricionista Matheus Motta detalhamos quais alimentos são indicados e o que deve ser evitado na dieta para hipertensos. Confira:

 

O que é indicado

Frutas cítricas

Acerola, laranja, goiaba, limão e outras frutas cítricas são ricas em vitamina C, que ajuda a manter a imunidade em dia e o funcionamento regular do corpo, incluindo a pressão arterial. Mas o nutricionista alerta: a ingestão de vitamina C não blinda o corpo contra infecções. “O nutriente diminui as chances de adoecer, mas não é milagroso. O ideal é manter uma alimentação equilibrada, com alimentos que tenham vitamina C e outros minerais benéficos para o corpo”.

 

Vitamina A

Assim como a vitamina C, a vitamina A e betacarotenos também atuam como antioxidantes e podem ajudar a controlar ou evitar doenças crônicas, como a hipertensão. Essa vitamina também ajuda na melhor circulação do sangue. Manga, melancia, mamão, cenoura, abóbora, couve e espinafre são alguns exemplos.

 

Peixes oleosos

Atum, sardinha e salmão são peixes com alta concentração de ômega-3. Esse nutriente ajuda na resposta inflamatória, que auxilia a imunidade e o funcionamento do copo. O ômega-3 pode ajudar a controlar e evitar quadros como o de diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, entre outros.

 

Nozes, castanhas, abacate e azeite

São fontes de gorduras insaturadas, que atuam como fator de proteção contra doenças cardiovasculares pois ajudam a aumentar os níveis de HDL (colesterol bom). Vale destacar que o consumo excessivo desses alimentos é prejudicial à saúde.

 

É bom se atentar e evitar o sal e substituir por ervas aromáticas que dão sabor à comida, como alho, cebola, salsa, alecrim, orégano e manjericão.

 

O que deve ser evitado na dieta para hipertensos

Ultraprocessados

A maioria é pobre em nutrientes e possui grande potencial inflamatório. “Ultraprocessados têm quantidades muito grandes de sódio, açúcares e gorduras trans. Consumi-los em excesso prejudica todo o funcionamento do corpo.

 

Frituras

As frituras são ricas em gordura saturada e sinônimo do colesterol “ruim”, o LDL – do inglês, low density lipoprotein, ou lipoproteína de baixa densidade. Por isso podem causar o entupimento das artérias e, consequentemente, a hipertensão. O recomendado é trocar a frigideira e o óleo pela assadeira ou então utilizar fritadeiras elétricas, mais conhecidas como air fryer.

 

Carne vermelha

Não é proibido para quem possui hipertensão, mas deve ser consumida com cautela. Assim como as frituras, o consumo de carne vermelha em excesso pode entupir as artérias e acarretar graves problemas de hipertensão e doenças cardiovasculares. As carnes magras são mais indicadas para quem tem condições crônicas. “O peito de frango, em comparação com a carne vermelha, tem de 30% a 40% de gordura a menos e 15% menos calorias”, comenta o profissional.

 

Sal

Ao mesmo passo em que o sal é essencial para o equilíbrio dos líquidos no corpo, o consumo excessivo é perigoso para quem sofre de hipertensão. “É essencial que hipertensos procurem nas embalagens aquele alimento com ‘baixo teor de sódio’, ou seja, em torno de 140 mg ou menos”, sugere o nutricionista. O ideal é que o consumo diário de sódio não ultrapasse dois gramas, o que equivale a aproximadamente uma colher de chá de sal de cozinha.

 

Óleo de coco

Ainda existem muitas polêmicas envolvendo os benefícios e prejuízos do óleo de coco para a saúde. Como a gordura dos óleos vegetais pode acumular-se rapidamente no corpo, contribuindo para o ganho de peso ao longo do tempo, é preciso avaliar o risco do consumo exacerbado desse ingrediente. “O óleo de coco é rico em gordura saturada, o que está associado a um risco maior de problemas cardíacos”, explica o nutricionista.

 

Açúcar

Apesar dos alertas em relação ao consumo excessivo de sal, o açúcar também pode contribuir com o agravamento de quadros de hipertensão de forma indireta. “Consumir açúcar o tempo todo contribui para o aumento do peso. O excesso de gordura corporal pode acarretar em hipertensão, diabetes, problemas nas articulações e colesterol alto”, alerta Motta.

 

Fonte: Matheus Motta, nutricionista, formado pela Escola de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Tem especialização em Personal Dietitian em Clínica, Esporte e Fitoterapia no Centro Universitário de Barra Mansa (UBM).

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dieta-para-hipertensos-o-que-e-indicado-e-o-que-precisa-ser-evitado.phtml#google_vignette - Foto: Shutterstock

domingo, 30 de março de 2025

Ansiedade ou pressão alta? Saiba como identificar e o que fazer


Os sintomas da ansiedade e da depressão costumam ser distintos, mas podem se confundir em alguns pacientes

 

As emoções podem ter um impacto direto na saúde do coração, levando a problemas crônicos que causam danos em todo o organismo. Pressão alta, também conhecida como hipertensão arterial, e ansiedade, são duas condições clínicas distintas que, frequentemente, caminham lado a lado e podem afetar significativamente o bem-estar das pessoas.

 

Pressão alta x ansiedade

A pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias. Esse aumento pode resultar em problemas cardiovasculares graves, como infarto, AVC e insuficiência cardíaca, alerta o coordenador do curso de Farmácia da Faculdade Anhanguera, LincoIn Cardoso. 

 

A ansiedade, por outro lado, é uma resposta emocional a diversas condições do comportamento humano, incluindo angústia, aflição, incerteza, sensação de perigo e insegurança. O que muitos não sabem é que essas duas condições podem estar interligadas. 

 

LincoIn explica que a ansiedade crônica pode desencadear respostas fisiológicas que afetam diretamente o sistema cardiovascular, temporariamente elevando a pressão arterial. Já a pressão alta pode agravar os sintomas de ansiedade, criando um ciclo contínuo de influência mútua.

 

Os fatores de risco de cada um

Entre os fatores de risco para hipertensão arterial estão idade avançada, histórico familiar, obesidade, sedentarismo, má alimentação, consumo de álcool e tabaco, estresse crônico, diabetes, hipercolesterolemia, apneia do sono, doenças renais e uso de certos medicamentos. 

 

Já para ansiedade, destacam-se traumas ou eventos estressantes, personalidade suscetível, doenças físicas ou crônicas, uso de substâncias, desequilíbrios químicos no cérebro, histórico de outras doenças mentais, estresse crônico no trabalho ou vida pessoal, fatores socioeconômicos e traços de personalidade específicos.

 

Ansiedade ou pressão alta? Saiba diferenciar

Identificar se a pressão alta é emocional ou fruto de outros fatores requer atenção. Segundo Lincoln, os sintomas da pressão alta incluem dores de cabeça, tonturas, visão embaçada e palpitações no coração. Já a ansiedade pode apresentar agitação, sudorese, tremores, irritabilidade e dificuldade em dormir. Porém, em algumas pessoas, a ansiedade intensa pode temporariamente elevar a pressão arterial, tornando difícil identificar a causa raiz. 

 

"Para um diagnóstico adequado de pressão alta e ansiedade, é essencial acompanhamento especializado. Médicos e farmacêuticos são profissionais preparados para ajudar nessa jornada de cuidado, realizando monitoramentos da pressão arterial ao longo do dia, inclusive em momentos de estresse ou ansiedade, para identificar possíveis ligações emocionais", alerta o professor.

 

Exames adicionais, como monitoramento ambulatorial da pressão arterial (MAPA) e testes de estresse, podem avaliar a influência das emoções na pressão arterial. Além disso, a avaliação psicológica pode fornecer insights sobre a relação entre a ansiedade e a pressão alta, conforme recomenda Lincoln.

 

Tratamento

O profissional aponta ainda que a hipertensão arterial geralmente tem causas multifatoriais, envolvendo combinações de fatores genéticos, comportamentais e ambientais. Portanto, o tratamento deve ser conduzido por um profissional de saúde qualificado, considerando os aspectos clínicos e emocionais. Durante a terapia, mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos e redução do estresse, são fundamentais. Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicação.

 

"O tratamento adequado da pressão alta relacionada à ansiedade requer abordagem integrada. Mudanças no estilo de vida, como prática regular de exercícios físicos, alimentação balanceada e controle do estresse, são fundamentais. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode auxiliar no controle da ansiedade, promovendo pensamentos e comportamentos adaptativos. Em alguns casos, a medicação também pode ser necessária, seguindo orientações de profissionais de saúde", recomenda.

 

Um problema pode agravar o outro

O professor alerta ainda que o estresse e a ansiedade podem afetar os níveis de pressão arterial de várias maneiras. Ativação do sistema nervoso simpático, contração dos vasos sanguíneos, liberação de hormônios do estresse, retenção de sódio e água, padrões alimentares pouco saudáveis e falta de sono adequado são alguns exemplos.

 

O farmacêutico explica que a pressão alta não tratada pode levar a graves consequências a longo prazo, como doenças cardiovasculares, danos aos órgãos, insuficiência renal, problemas visuais, cognitivos, complicações na gravidez, vasculares e aumento do risco de morte. "Buscar diagnóstico precoce e tratamento adequado é essencial para melhorar a qualidade de vida", destaca.

 

Por fim, o professor da Faculdade Anhanguera ressalta a importância de cuidar da saúde do coração, não se limitando a medir a pressão arterial. Atentar-se à saúde emocional e buscar formas saudáveis de lidar com estresse e ansiedade é o primeiro passo para uma jornada rumo a um coração mais saudável e uma vida plena de bem-estar.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/ansiedade-ou-pressao-alta-saiba-como-identificar-e-o-que-fazer,f1d11419fc035e7ad5c104bffe55c5f1j2rdx48v.html?utm_source=clipboard - Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

terça-feira, 25 de março de 2025

Ronco e apneia: como identificar e tratar distúrbios do sono?


Dr. Ordival Augusto Rosa, médico especialista em Medicina do Sono do IPO, maior hospital de otorrinolaringologista da América Latina, explica sobre dois dos principais distúrbios do sono


Noites mal dormidas, sensação constante de cansaço e dificuldade de concentração ao longo do dia podem ser sinais de um problema de saúde que vai muito além do simples desconforto. De acordo com uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de 2023, 72% dos brasileiros sofrem com distúrbios do sono, entre eles o ronco e a apneia do sono.

 

Segundo o Dr. Ordival Augusto Rosa, especialista em Medicina do Sono do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior hospital do segmento da América Latina, muitas pessoas subestimam os sinais desses distúrbios, acreditando que o ronco seja apenas um incômodo social. “O ronco frequente e intenso deve ser investigado, pois pode ser um alerta para a apneia do sono, uma condição em que há interrupções da respiração durante o descanso. Isso compromete a oxigenação do organismo e aumenta o risco de diversas doenças”, afirma.

 

Embora ambos os problemas afetem o sono e as vias respiratórias, suas causas e impactos são diferentes. O ronco ocorre devido à vibração das estruturas da garganta, gerando um ruído que pode variar de leve a intenso. Já a apneia do sono é mais grave, caracterizando-se por pausas temporárias na respiração por pelo menos 10 segundos, o que leva à queda dos níveis de oxigênio no sangue e a microdespertares ao longo da noite.

 

Além do barulho incômodo, a apneia do sono pode causar sonolência excessiva diurna, sensação de sufocamento ao dormir, fadiga ao acordar e até mesmo dificuldades cognitivas. De acordo com o Dr. Ordival, esses sintomas são um alerta para a necessidade de acompanhamento médico. “O sono deve ser restaurador. Se a pessoa acorda cansada e sente sonolência ao longo do dia, é essencial investigar a causa e buscar tratamento”, enfatiza o médico do IPO.

 

O diagnóstico é feito por meio de exames específicos, como a polissonografia, que monitora padrões respiratórios, níveis de oxigenação, frequência cardíaca e atividade cerebral durante o sono. “Esse exame pode ser realizado tanto em ambiente hospitalar quanto domiciliar, dependendo da necessidade do paciente e da avaliação médica”, explica.

 

O tratamento para a apneia do sono e ronco varia conforme a gravidade do quadro e das características individuais do paciente. Em muitos casos, medidas simples, como perda de peso, ajustes na posição ao dormir e a adoção de hábitos saudáveis, podem trazer melhorias significativas. “Pacientes com apneia não tratada têm maior risco de desenvolver complicações cardiovasculares e hipertensão arterial”, destaca o especialista.

 

Nos casos em que há alterações anatômicas que dificultam a respiração, pode ser necessária intervenção cirúrgica. “Podem ser realizadas cirurgias nasais, faríngeas ou esqueléticas, dependendo da necessidade do paciente. Em algumas situações, a correção cirúrgica pode amenizar ou até eliminar o distúrbio respiratório”, complementa o Dr. Ordival Augusto Rosa.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2268758/ronco-e-apneia-como-identificar-e-tratar-disturbios-do-sono - Rafael Damas - © Shutterstock

segunda-feira, 24 de março de 2025

Câncer: 10 sinais silenciosos que podem salvar vidas se você agir logo


Lembre-se: o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do câncer.

 

Câncer: a palavra que assusta e gera pânico. Mas, desde a década de 1970, a taxa de sobrevivência triplicou, principalmente devido ao diagnóstico precoce. A grande verdade é que a maioria dos tumores é tratável com sucesso quando detectada em fase inicial.

 

O problema? Ignoramos os sintomas. Medo de ir ao médico, falta de informação ou pura negligência podem ser fatais.

 

Um estudo da Cancer Research UK revela que mais da metade dos britânicos já apresentou sintomas de câncer, mas apenas 2% associaram-os à doença. Mais de um terço ignorou os sinais e não procurou ajuda médica.

 

A BBC compilou uma lista com 10 sinais gerais de câncer que, segundo a American Cancer Society, você jamais deve ignorar:

 

1. Perda de peso inexplicada: Emagrecer sem motivo aparente pode ser um sinal de alerta, principalmente se for mais de 5kg. Câncer de pâncreas, estômago, esôfago e pulmão são exemplos.

 

2. Febre: Frequente em pacientes com câncer, a febre pode ser um sintoma precoce de leucemia ou linfoma.

 

3. Cansaço extremo: Fadiga persistente que não melhora com o repouso pode indicar câncer, especialmente leucemia.

 

4. Alterações na pele: Manchas que crescem, doem ou sangram, além de escurecimento, vermelhidão, coceira e crescimento excessivo de pelos, podem ser sinais de diferentes tipos de câncer.

 

5. Mudanças na função miccional: Constipação, diarreia, sangue na urina ou alterações na frequência urinária podem estar relacionadas ao câncer de cólon, bexiga ou próstata.

 

6. Feridas que não cicatrizam: Pequenas feridas que não cicatrizam em mais de quatro semanas ou alterações na boca que persistem exigem atenção médica.

 

7. Sangramento: Tossir sangue (pulmão), sangue nas fezes (cólon ou reto), sangramento vaginal (cervical ou endometrial), sangue na urina (bexiga ou rim) e secreção sanguinolenta no mamilo (mama) são sinais que não devem ser ignorados.

 

8. Caroços ou rigidez: Nódulos nas mamas, testículos, gânglios linfáticos ou outros tecidos moles do corpo podem ser um sinal de câncer.

 

9. Dificuldade para engolir: Indigestão persistente ou dificuldade para engolir podem indicar câncer de esôfago, estômago ou faringe.

 

10. Tosse ou rouquidão persistente: Tosse por mais de três semanas ou rouquidão podem ser sinais de câncer de pulmão, laringe ou tireoide.

 

Lembre-se: o diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento do câncer. Se você apresentar qualquer um desses sintomas, procure um médico o mais rápido possível.

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/2256736/cancer-10-sinais-silenciosos-que-podem-salvar-vidas-se-voce-agir-logo#google_vignette - © Getty Images

quarta-feira, 19 de março de 2025

Veja a importância da atividade física no tratamento de artrose


O movimento atua na regeneração da cartilagem e melhora a qualidade de vida dos pacientes

 

A artrose, uma das doenças articulares mais comuns, afeta a mobilidade e a qualidade de vida. No entanto, para o tratamento da doença, o repouso nem sempre é a solução ideal. Estudos científicos demonstram que a atividade física, especialmente aquela sem impacto, é um dos pilares fundamentais no tratamento da artrose.

 

De acordo com o Dr. Adriano Leonardi, ortopedista especialista em joelho e medicina do esporte, exercícios físicos estimulam a liberação de fatores anti-inflamatórios dentro da articulação, promovendo a regeneração da cartilagem.

 

Além disso, o movimento controlado, quando bem orientado, estimula a produção de colágeno tipo 2, essencial para a saúde das articulações. Assim, a chave para o sucesso está na periodização dos treinos, ou seja, na organização do treinamento nos limites do paciente.

 

Atividades para pacientes com artrose

Conforme o Dr. Adriano Leonardi, a escolha do exercício adequado para o tratamento da artrose varia de acordo com o grau da doença, classificada em quatro estágios. "Em geral, atividades cíclicas sem impacto, como musculação, bicicleta e natação, são recomendadas", explica.

 

Além disso, a atividade física ajuda a devolver qualidade de vida aos pacientes. "Com um trabalho adequado de fortalecimento muscular, muitos pacientes conseguem manter uma rotina ativa sem grandes limitações. Fatores como idade, histórico de treinos anteriores, sintomas e nível de força muscular também influenciam na escolha da melhor estratégia", acrescenta.

 

Estratégias para quem sente dor ao se movimentar

Para aqueles que sentem dor ao se movimentar, a estratégia deve ser combinada. Em vez de forçar a articulação comprometida, o paciente pode treinar outras partes do corpo, mantendo-se ativo. O uso de recursos analgésicos, eletroestimulação muscular e fisioterapia também auxilia na manutenção da massa muscular e na redução do desconforto.

 

A relação entre fortalecimento muscular e saúde articular é crucial. Quanto mais fortalecido está o músculo, maior é a produção de miocinas, hormônios musculares que regulam funções corporais essenciais. Além disso, o fortalecimento protege a articulação por meio da contração excêntrica, reduzindo o impacto sobre ela. Já a mobilidade articular melhora a função da articulação e previne a sobrecarga de outras partes do corpo, como quadril e tornozelos.

 

Papel do ortopedista na escolha do tratamento ideal

O ortopedista desempenha um papel essencial na escolha da melhor estratégia para o paciente. Sua função principal é aliviar a dor e melhorar a função articular, para a pessoa poder progredir no tratamento. Em casos ideais, o médico também possui formação em medicina do esporte, permitindo uma abordagem mais ampla, levando em consideração fatores como comorbidades, histórico esportivo e condições de saúde geral.

 

"Pesquisas recentes reforçam que a atividade física é um dos fatores mais importantes na prevenção da progressão da artrose. Estudos apontam que pacientes que se mantêm ativos apresentam uma taxa menor de degradação da cartilagem e melhor qualidade de vida. Por isso, o movimento é considerado um verdadeiro remédio para a artrose, proporcionando alívio, prevenção e bem-estar", finaliza o Dr. Adriano Leonardi.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/veja-a-importancia-da-atividade-fisica-no-tratamento-de-artrose,41bffd1edf26227f92372391a50984d6ob59fiuu.html?utm_source=clipboard - Por Gabriela Andrade - Foto: Harbucks | Shutterstock / Portal EdiCase

quinta-feira, 6 de março de 2025

Beber demais aumenta risco de câncer, alerta oncologista


Médico vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia vê com bons olhos desafios para ficar um mês sem álcool

 

O oncologista Ramon Andrade de Mello enfatiza a ausência de dose segura de álcool e os riscos para o desenvolvimento de câncer em diferentes áreas do corpo.

 

Desafios na internet que visam ficar um período de tempo sem a ingestão de álcool são válidos para melhorar a saúde, mas Ramon Andrade de Mello, oncologista de São Paulo, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, reforça que não há dose segura de bebida alcoólica para consumo. 

 

“Portanto, esse compromisso de evitar o álcool precisa ser constante”, diz o médico, que é Pós-Doutor clínico no Royal Marsden NHS Foundation Trust (Inglaterra) e pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra). 

 

Dentre os principais perigos do álcool está o câncer. “Beber álcool não significa que você definitivamente terá câncer, mas o risco é maior quanto mais álcool você bebe”, diz o especialista. 

 

Os tipos de câncer mais associados a esse hábito são o de cabeça e pescoço, colo retal, fígado e mama.

 

Segundo o oncologista, as pessoas podem falar sobre algumas bebidas alcoólicas serem melhores ou piores do que outras, mas a verdade é que não há dose segura nem mesmo do vinho tinto, que foi considerado “saudável” durante muito tempo. 

 

“Todos os tipos de álcool aumentam o risco de câncer - já que é o próprio álcool que causa danos, mesmo em pequenas quantidades. Portanto, quanto mais você reduzir o consumo de álcool, mais poderá reduzir o risco de câncer. Beber menos também traz muitos outros benefícios à saúde, como reduzir o risco de acidentes, de pressão alta e de doenças do fígado”, completa o médico.

 

O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia afirma que o álcool é uma substância que pode lesionar células do organismo, bem como também causar lesão do DNA levando a replicação celular desordenada. 

 

“Além de ser uma substância inflamatória, também pode causar estresse oxidativo nas células, o que também pode ser uma causa do desenvolvimento de câncer”, comenta Ramon. 

 

Outro mecanismo pelo qual o álcool é associado ao câncer diz respeito a alterações nos hormônios. “O álcool pode aumentar os níveis de alguns hormônios em nossos corpos, como estrogênio e insulina. Os hormônios são mensageiros químicos, e níveis mais altos de estrogênio e insulina podem fazer com que as células se dividam com mais frequência. Isso aumenta a chance de que o câncer se desenvolva”, diz ele.

 

Os danos não têm relação direta com a ressaca, segundo o médico, então mesmo que alguns truques funcionem para minimizar os efeitos diretos e visíveis do álcool, eles não revertem os danos causados pelo consumo de álcool.

 

O médico argumenta que o risco é ainda maior quando o alcoolismo também está vinculado ao tabagismo. “Pessoas que fumam e também bebem álcool têm maior risco de câncer de boca e garganta superior. Tabaco e álcool quando usados juntos aumentam o risco de câncer ainda mais. Isso ocorre porque o tabaco e o álcool têm um efeito combinado que causa maiores danos às células. O álcool pode causar alterações nas células da boca e da garganta, facilitando a absorção de substâncias químicas cancerígenas presentes na fumaça do tabaco. Além disso, o álcool pode alterar a forma como os produtos químicos tóxicos da fumaça do tabaco são decompostos no corpo, tornando-os ainda mais prejudiciais”, comenta o médico.

 

Por fim, Ramon reforça que vencer um vício nem sempre é fácil, por isso a ajuda profissional é sempre indicada. “Consultar um médico ou terapeuta especializado em dependência de álcool pode ajudar a criar um plano de desintoxicação e recuperação. Oriento também evitar situações de tentação, identificando e evitando ambientes e situações associadas ao consumo de álcool. Uma boa estratégia também é encontrar substitutos saudáveis, como praticar exercícios físicos, participar de hobbies, ou socializar em ambientes não relacionados ao álcool. Ter uma alimentação balanceada e dormir o suficiente também é fundamental. Além disso, é fundamental beber bastante água e outras bebidas não alcoólicas. Em alguns casos, participar de grupos de apoio e considerar o uso de medicamentos são ações que também podem ajudar”, finaliza ele.

 

https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/beber-demais-aumenta-risco-de-cancer-alerta-oncologista,f6755a183ea6f691e611569e939908f4mhkhmy96.html?utm_source=clipboard