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domingo, 11 de agosto de 2024

Por que sinto mais dor de cabeça no frio?


Saiba por que as dores de cabeça podem piorar no frio

 

As dores de cabeça podem piorar no frio devido à uma combinação de fatores ambientais e fisiológicos.

 

O frio pode provocar a contração dos vasos sanguíneos. Quando esses vasos são reaquecidos, há uma vasodilatação de rebote, o que pode disparar os receptores de dores. Isso é mais frequente em pessoas que já possuem quadros crônicos de dores de cabeça.

 

Além disso, o tempo seco, mudanças no padrão do sono e situações mais estressantes podem contribuir para exacerbação dessas dores.

 

Vale lembrar que doenças respiratórias, como resfriados e sinusites, são mais frequentes no frio e também podem agravar as dores de cabeça.

 

A inflamação e o congestionamento das vias aéreas superiores, típicos dessas doenças, podem aumentar a pressão nos seios paranasais, causando cefaleias.

 

A febre, a desidratação e a inflamação sistêmica também são fatores que contribuem para o aumento da dor de cabeça.

 

Como evitar dor de cabeça no frio?

Para evitar dores de cabeça nos dias frios, é recomendado vestir roupas adequadas e proteger tanto a cabeça quanto o pescoço do frio, beber bastante água, manter os ambientes internos aquecidos e umidificados para evitar o ressecamento das mucosas, tratar prontamente infecções respiratórias e evitar mudanças bruscas de temperatura.

 

Técnicas de relaxamento também são indicadas, para reduzir a tensão muscular e o estresse.

 

Respondido por:

Dr. Felipe Mendes, neurocirurgião e membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/boa-forma/2024-08-11/por-que-sinto-mais-dor-de-cabeca-no-frio-.html - Juliany Rodrigues


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:33)


segunda-feira, 10 de abril de 2023

Conheça as causas da dor de cabeça e veja como prevenir


Entenda os motivos do desconforto e quais são os principais tipos de cefaleias

 

A dor de cabeça mais comum, geralmente, é causada por músculos tensos nos ombros, no pescoço, no couro cabeludo e na mandíbula. Esse tipo de dor é chamado cefaleia por tensão ou cefaleia tensional. A seguir, confira as causas desse incômodo e como preveni-lo.

 

Causas mais comuns da dor de cabeça

Excesso de trabalho, horas de sono insuficientes, pular refeições e consumir álcool podem favorecer a dor de cabeça. Outro fator importante que contribui para esse mal são os cheiros fortes. “Qualquer cheiro forte, seja de perfume, comida, tinta ou outro qualquer, pode desencadear a enxaqueca para quem já tem tendência, assim como excesso de barulho e luminosidade”, explica o médico neurologista Dr. André Felício.

 

Alimentos que podem causar dor

A alimentação feita de maneira inadequada também pode causar o problema. Os alimentos que favorecem o aparecimento da dor são: queijo, chocolate, sal e cafeína em excesso.

 

Tipos de dores de cabeça

 O termo cefaleia engloba todas as dores de cabeça existentes. Veja os principais tipos:

 

Cefaleia em salvas

É uma dor de cabeça muito dolorosa, que tende a ocorrer várias vezes por dia durante meses e, depois, sumir por um período semelhante. É menos comum do que outros tipos de dor de cabeça.

 

Cefaleia por sinusite

Pode causar dor na parte frontal da cabeça e no rosto. Ela ocorre por causa de inflamações nos seios da face, atrás das bochechas, do nariz e dos olhos. A dor de cabeça, nesse caso, é pior quando se inclina para frente e ao acordar de manhã.

 

Enxaqueca

A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia que se caracteriza por uma dor pulsátil em um dos lados da cabeça (às vezes dos dois), geralmente acompanhada por náusea e vômito. A duração da crise varia de 4 a 72 horas. A enxaqueca é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que, após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir, principalmente em mulheres.

 

Evite esse problema

A fim de evitar a enxaqueca , o neurologista André Felício aconselha afastar o consumo de queijos amarelos e outros derivados do leite, bem como produtos enlatados, molho vermelho e bebidas alcoólicas. Cabe ressaltar que essa lista de alimentos pode desencadear dor em alguns indivíduos, ou seja, existem variações individuais.

 

Previna-se

Alguns alimentos são essenciais para a prevenção da enxaqueca. “Alface, tomate, grãos integrais, salmão e queijo branco são alimentos que podem auxiliar no tratamento”, indica o Dr. André Felício. “Vale lembrar que o uso abusivo dos analgésicos perpetua um ciclo vicioso de sensibilização periférica e central, levando ao efeito rebote (volta da dor) e auxiliando a perpetuar a enxaqueca”, alerta o neurologista.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2023-04-05/conheca-as-causas-da-dor-de-cabeca-e-veja-como-prevenir.html - Por EdiCase


Senhor, tem misericórdia de nós; temos saudades de ti. Seja a nossa força todas as manhãs, a nossa salvação na hora da angústia. (Isaías 33: 2)



quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Saiba diferenciar os tipos mais comuns de dor de cabeça

 

Conheça os sintomas dos principais tipos do mal-estar que atinge mais de 70% dos brasileiros

 

As dores de cabeça atingem mais de 70% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), que estima existirem mais de 200 tipos da dor, entre enxaqueca e cefaleias.

 

O desconforto causado pelas dores afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, por isso é importante saber identificar seus tipos e sintomas. Pensando nisso, a rede de farmácias Extrafarma preparou um guia para orientar sobre as diferenças entre as dores de cabeça mais comuns.

 

“Além de conhecer as características de cada dor, é importante seguir as orientações de um farmacêutico ou médico para combatê-las de forma eficaz e segura. Na Extrafarma, há uma seção de farmácia em casa, com diversas opções de medicamentos isentos de prescrição para dor de cabeça. O recomendado é consultar um médico para identificar as causas e saber qual é o tratamento mais adequado para tratar o problema”, afirma Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma.

 

Descubra 8 possíveis causas para acordar com dor de cabeça.

 

Enxaqueca

 

Caracterizada por dores que geralmente acometem um dos lados da cabeça e podem durar de quatro até 72 horas. As dores são crônicas (ocorrem mais de 15 vezes em um mês), e as crises podem ser desencadeadas por alterações hormonais, alimentação desequilibrada ou ingestão de um determinado tipo de bebida ou alimento, entre outros fatores. O distúrbio ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e, eventualmente, as dores são associadas a náusea, tontura, vômito, fotofobia (intolerância à luz) e fonofobia (intolerância a ruídos).

 

Cefaleia Tensional

 

Esse tipo de desconforto é caracterizado por uma sensação de aperto ou pressão, como se a cabeça estivesse envolvida por uma faixa compressora. Pode ser desencadeada por episódios de estresse ou ansiedade ou ocorrer por alterações na atividade química cerebral, nos nervos ou vasos sanguíneos do crânio, ou tensões nos músculos do pescoço.

 

Cefaleia em Salvas

 

Diferentemente da cefaleia tensional, a cefaleia em salvas é caracterizada por dor intensa e unilateral, geralmente em torno da órbita ocular. Pode ser acompanhada por vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra no mesmo lado da dor. As crises duram entre 15 e 180 minutos e podem ocorrer mais de uma vez por dia, geralmente se repetindo por períodos de quatro a seis semanas.

 

Cefaleia Hípnica

 

São crises de dor de cabeça que ocorrem no meio do sono, despertando a pessoa. Costuma ocorrer pela primeira vez após os 50 anos. Esse tipo de mal-estar geralmente é caracterizado por dores de intensidade fraca a moderada, mas um a cada cinco pacientes relata a ocorrência de dores fortes. Na maior parte dos casos, a dor atinge os dois lados da cabeça, e a crise dura de 15 a 180 minutos.

 

Cefaleia Primária em Facada

 

Caracteriza-se por dores de curta duração (cerca de três segundos), sentidas em pontadas. Sua ocorrência é comum em pacientes que sofrem de enxaqueca ou cefaleia em salvas

 

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/1837545/saiba-diferenciar-os-tipos-mais-comuns-de-dor-de-cabeca - Notícias ao Minuto Brasil - © Shutterstock

domingo, 9 de agosto de 2020

5 nutrientes que combatem a enxaqueca


Confira como eles podem reduzir os sintomas da dor de cabeça

São muitas as causas da enxaqueca, ou mesmo de uma simples dor de cabeça: falta de sono, estresse, variações de temperatura, hábitos alimentares... Ainda há, no caso das mulheres, aquela dor de cabeça típica do período pré-menstrual. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 15% da população do planeta sofre desse mal, o que inclui, aproximadamente, 25 milhões de brasileiros afetados pela doença.

Além de usar medicamentos e evitar as causas acima, um dos poderosos remédios contra a enxaqueca pode ser o mesmo hábito que a provoca - a alimentação. Você sabia que alguns nutrientes têm o poder de aliviar os sintomas e reduzir essa complicação? Veja quais são e por quê:

Selênio contra os radicais livres
Presente principalmente em salmão, ostras cruas, castanha do Pará, fígado de boi e farelo de trigo, o selênio é um mineral capaz de retirar os metais tóxicos do corpo. "Esses metais tóxicos, quando se depositam em nosso organismo, não só contribuem para o aumento dos radicais livres como podem causar sintomas de enxaqueca, além de elevar o risco de doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson", diz a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilibrio Nutricional.
A recomendação mínima diária de ingestão desse nutriente é de cerca de 55mcg para adultos, que é o equivalente a menos de uma castanha - fácil, não?

Magnésio para relaxar
O papel do magnésio no combate às dores de cabeça e enxaquecas foi demonstrado em uma série de estudos. De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, a concentração de magnésio em nosso corpo afeta os receptores de serotonina - substância responsável por regular a percepção a dor e disposição - bem como outros receptores e neurotransmissores relacionados à enxaqueca.
"O magnésio também tem ação relaxante, o que pode amenizar a dor de cabeça quando a causa for por estresse, ansiedade e TPM", conta Roseli Rossi.
A recomendação diária é de 400mg para homens adultos e 350mg para mulheres adultas, o que equivale a, aproximadamente, três conchas cheias de feijão preto ou 300g de espinafre, por exemplo. Além desses dois alimentos, as principais fontes de magnésio são castanhas de caju, amêndoas, semente de abóbora, pistache, alcachofra, espinafre e chocolate meio amargo.

Aproveite a ação anti-inflamatória do Ômega3
O consumo em excesso de alimentos inflamatórios, como carboidratos refinados, gorduras e embutidos, provoca a produção de substâncias pró-inflamatórias, que causam a dilatação dos vasos e, consequentemente, a dor de cabeça. Nesse caso, o ômega3 é o melhor remédio. "Ele tem ação anti-inflamatória, combatendo essas substâncias causadoras de enxaqueca", afirma a nutricionista Roseli Rossi.
Entre as fontes de ômega3 estão salmão, sardinha, arenque, atum e semente de linhaça. A recomendação diária para adultos é de 1 a 2g, o equivalente a comer 100g de salmão.

Vitamina B12 mantem o cérebro funcionando!
A nutricionista Roseli Rossi afirma que a vitamina B12 é fundamental para o pleno funcionamento do sistema nervoso, evitando alterações de sensibilidade no corpo, que podem causar crises de enxaqueca.
"O sistema nervoso pode ser comparado com um sistema elétrico, onde os nervos são os cabos por onde a eletricidade passa", explica a nutricionista. Ao redor dos nossos nervos, existe uma "capa de gordura", chamada bainha de mielina, que é fundamental para a passagem do estímulo nervoso e a proteção do nervo.
"Na falta de B12, ocorre a desmielinização, que é uma espécie de defeito na bainha de mielina", completa Roseli.
São boas fontes de vitamina B2: fígado de boi, mariscos, ostras cruas, atum, ovos e leite. A recomendação diária é de 2,4mcg em adultos.

Invista nos antioxidantes
"As substâncias antioxidantes têm o poder de fazer a varredura do excesso de radicais livres e outras substâncias tóxicas em nosso organismo", afirma a nutricionista Roseli Rossi. Essa ação contribui para o equilíbrio metabólico e o melhor funcionamento da circulação, além de ser anti-inflamatória.
"Essas propriedades funcionais podem amenizar o sintoma de dor, interferindo indiretamente, portanto, na incidência de enxaquecas", completa Roseli.
Os antioxidantes estão presentes em diversas vitaminas, por isso o ideal é incluir muitas frutas, legumes e verduras no cardápio. Cenoura, mamão, abobrinha, vegetais e frutas alaranjadas, germe de trigo, óleos vegetais, vegetais de folhas verdes, oleaginosas e frutas vermelhas são ótimas fontes.

Modere os carboidratos
Os carboidratos são a principal fonte de energia do nosso corpo. Tanto a falta quanto o excesso desse nutriente podem ser um gatilho para disfunções metabólicas, tendo como um dos sintomas a dor de cabeça. Por isso, nada de cortar os carboidratos da dieta - mas, sim, maneirar na ingestão.
As principais fontes de carboidratos são pães, arroz e massas, de preferência todos integrais, que fornecem mais fibras.

Coma de três em três horas
De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, comer de três em três horas é importante para manter os níveis glicêmicos do organismo. Quando ficamos sem comer por muito tempo, sofremos uma hipoglicemia - baixa dos níveis glicêmicos - que pode causar dor de cabeça e pressão baixa.


sábado, 20 de junho de 2020

6 maneiras de aliviar a dor de cabeça sem medicamentos


O incômodo que atinge tantas pessoas pode ser resolvido de formas naturais; confira como

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), existem mais de 200 tipos de dores de cabeça que acometem as pessoas. As causas são variadas, apresentando diferença nos sintomas e na região em que a dor aparece com maior intensidade. Entre as razões mais populares, estão:

Sinusite
Enxaqueca
Cefaleia
Tensão por estresse

O diagnóstico preciso da causa da dor de cabeça deve ser feito por um especialista, para que, assim, o tratamento ideal para cada caso seja indicado. A automedicação, comumente feita pelas pessoas, nunca é recomendada e pode até mesmo agravar a situação.

Nesse sentido, a neuropsiquiatra Gesika Amorim indica alguns tratamentos caseiros que podem aliviar a dor de cabeça e são totalmente naturais, sem o uso de remédios ou componentes químicos. Confira as sugestões:

Compressas
Se a dor for tensional, não é pulsátil e aparece na parte da frente da cabeça, sua causa mais provável é a tensão muscular. Para este tipo de incômodo, deve-se colocar uma compressa morna na testa durante 10 minutos.
"Já a enxaqueca, cuja causa é vascular, é uma cefaleia pulsátil, temporal e unilateral, ou seja, acontece de um lado da cabeça. Nesse caso, a compressa de água gelada pode aliviar bastante", explica a médica.

Massagem
Os pontos da acupuntura também podem auxiliar na melhora da dor. De acordo com Gesika Amorim, massagear o ponto entre o dedo indicador e o polegar por alguns minutos, com movimentos circulares, pode aliviar a dor de cabeça de forma considerável. Em casos de enxaqueca, a massagem temporal na área da dor também é eficiente.

Chás
Conhecido por ser uma das alternativas naturais mais benéficas para a saúde, o chá também pode ser tomado para o alívio da dor de cabeça tensional. Entre os mais recomendados, estão:
Chá de melissa
Chá de hortelã
Chá de menta
Chá de erva cidreira
Chá de camomila

Óleos essenciais
Utilizar óleos essenciais - como o de lavanda, melaleuca e alecrim - diretamente no local da dor, antes da massagem, ou inalar o aroma através de um difusor são algumas das opções para diminuir a dor de cabeça.

Cafeína
De acordo com a neuropsiquiatra, consumir alimentos ricos em cafeína, como é o caso do chá preto e do café, pode ser uma forma eficaz de diminuir as dores de cabeça de forma natural.

Evite certos tipos de alimentos
Gesika Amorim explica que alguns alimentos, como queijos, vinhos e chocolates, são deflagradores da dor de cabeça, aumentando o incômodo. "Por isso, é importante que você tenha um diário da dor de cabeça, para que se possa entender quando e em que circunstâncias ela vem", finaliza a médica.

Quando a dor de cabeça se torna preocupante?
Apesar de ser uma dor comum e, normalmente, não apresentar nada grave, ainda é preciso se atentar aos sinais que a dor de cabeça pode trazer. A neuropsiquiatra Gesika Amorim conta que, caso o incômodo seja muito intenso e frequente, aparecendo por mais de 15 dias consecutivos, é necessário levar essa informação para o médico, a fim de descobrir a causa do sintoma.

Se você tem uma cefaleia que muda de padrão, ou seja, a dor era de um jeito e, de repente, se altera para outro, também é preciso se atentar. Além disso, o uso frequente de remédios para dor de cabeça pode causar a cefaleia por abuso de medicamentos. Portanto, a automedicação não deve ser realizada.


quarta-feira, 11 de abril de 2018

5 hábitos da vida moderna que provocam dor de cabeça e como evitá-los

O estilo contemporâneo criou novos gatilhos que provocam o incômodo. Mas ajudamos você a identificar cinco deles – e a se prevenir também!

Você está sempre conectada nas mídias sociais? Costuma cobrar perfeição em tudo o que faz? Mora em uma cidade barulhenta? Se respondeu sim a alguma (ou todas) dessas perguntas, quer dizer que você pode ser a mais nova refém dos principais gatilhos que provocam dor de cabeça no mundo cotidiano, segundo a pesquisa O Futuro da Dor de Cabeça, realizada pela WGSN e encomendada pela Neosaldina. “Apesar de muita gente não perceber, a tecnologia tem um papel fundamental como desencadeador do incômodo”, diz a médica Célia Roesler, diretora da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Abaixo, mostramos como evitar cinco hábitos que aumentam o desconforto.

1. A era da ansiedade
No Brasil, estima-se que 9,3% da população sofra de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso quer dizer que lideramos o ranking mundial no assunto. “Geralmente, essas pessoas vivem pensando no futuro de um modo quase sempre pessimista, como se temessem fracassar”, diz a psicóloga Juliane Peres Mercante. A ansiedade, inclusive, foi adicionada como patologia na 3ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mentais (DSM), uma espécie de enciclopédia da psiquiatria.
Essa angústia ainda causa interrupções no sono, compulsão alimentar e problemas de concentração. “Você também pode sentir falta de ar, suor em excesso e tensão muscular”, diz Célia – e , tudo isso, aumenta as chances de desenvolver dor de cabeça.
Coloque em prática: E, como toda essa sensação de urgência é acentuada pela internet, o site internacional Time to Log Off ensina táticas para você se desconectar um pouco – experimente usar uma câmera digital em vez do celular para tirar fotos em viagens. Já o Dumb Phone, que vem se espalhando pela Europa e pelos Estados Unidos, não possui aplicativos e serve apenas para ligação e SMS. “Algumas vezes por dia, faça respirações profundas e um pouco de meditação, inclusive com técnicas de mindfulness”, orienta Juliane.

2. Esgotamento cerebral
Fato: as pessoas estão sempre online e a todo momento novas informações chegam aos nossos olhos e ouvidos. Essa sobrecarga acaba criando uma cultura de distração, na qual você tenta prestar atenção em tudo ao mesmo tempo, mas não consegue estar concentrada em nada, efetivamente. “As consequências são picos de stress e cansaço mental”, diz Célia.
A cobrança em cima das mulheres é ainda pior, já que precisamos ser supermães, superprofissionais e superfitness. “Dividir as tarefas com os colegas e o parceiro é fundamental para reduzir a ansiedade e, consequentemente, a possibilidade de desenvolver dor de cabeça”, diz Célia.
Coloque em prática: Quão difícil é responder um e-mail ou ler um livro sem ser interrompida por outra tarefa? Se quem a atrapalha são as mídias sociais, baixe o aplicativo Moment ou o Watermelon Sugar, que calculam quanto tempo você perde lendo fake news e atualizando seu feed (o segundo até cria um bichinho virtual que adoece conforme você perde hora nas redes).

3. A dor da pós-verdade
Com certeza você já escutou história de pessoas que deixaram de se falar por causa de discussões na internet. “Hoje, somos mais influenciados pelos sentimentos do que pelos fatos e tendemos a acreditar naquilo com o qual concordamos”, diz Luís, diretor da WGSN. Assim, as informações falsas e as opiniões extremistas ganham força, causando stress e suspeita – em 2017, o estudo global Edelman Trust Barometer revelou a maior queda já registrada na confiança em todas as instituições (empresas, governo, ONGs e mídia).
Coloque em prática: Para fugir da pós-verdade – termo escolhido como uma das palavras do ano pelo dicionário de Oxford –, certifique-se de onde vem a informação que você está lendo e fuja da bolha das mídias sociais (o Facebook, por exemplo, tende a mostrar apenas as opiniões que são parecidas com as suas).

4. Autoexigência
Você acorda, abre o Instagram e vê que metade dos seus amigos já foi à academia. Os outros 50% parecem tão felizes que você se sente dentro de um comercial de margarina. “A cultura do perfeito não permite que a gente erre, o que gera uma falta de empatia com nós mesmos. Não há autocompaixão”, diz Juliane. Outra situação comum: a sensação de que precisa lotar a agenda com compromissos. “Sucesso e produtividade não deveriam estar associados com excesso de atividade e de trabalho, o que também aumenta os episódios de dor de cabeça.”
O problema é que a ansiedade e a frustração impulsionadas por essa autocobrança quase sempre acaba no garfo – e não só no exagero de chocolate e carboidrato. “As pessoas acham que se alimentar de forma saudável tem a ver com a imposição de seguir diversas restrições”, diz a nutricionista Marcia Daskal. “Na verdade, você precisa consumir o que gosta com equilíbrio. Se eliminar muitos nutrientes, o intestino terá um mau funcionamento, o que pode desencadear cefaleia.”

5. Barulho 2.0
Você pode não perceber, mas está rodeada de ruídos que aumentam sua cefaleia: buzinas, liquidificador, televisão, conversas altas… “A gente não consegue ficar em silêncio porque dá a sensação de solidão, como se não estivéssemos fazendo nada”, diz Célia. Mas vale o esforço porque as consequências podem ser ainda piores: na Europa, 3% dos ataques cardíacos fatais foram causados pela poluição sonora do trânsito, de acordo com a OMS.


domingo, 11 de março de 2018

Enxaqueca e cefaleia: entenda os tipos e causas da dor de cabeça

Na testa, na nuca, atrás dos olhos, nas têmporas... O local da dor de cabeça é importante, mas você também deve ficar atenta a outros sinais

A dor de cabeça pode, sim, acometer partes diferentes da cabeça, ser causada por fatores variados e significar mais em relação à sua saúde do que o incômodo de uma pontada localizada ou de uma dor que se move pela caixa craniana.

Os especialistas Alexandra Raffaini (anestesiologista da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor), Aline Turbino (neurologista, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia e chefe do Setor de Investigação de Cefaleias da Residência Médica de Neurologia do Hospital Santa Marcelina) e Cesar Casarolli (neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurologia) explicaram tudo sobre o assunto.

Dor de cabeça lateral (nas têmporas)
É um dos principais sintomas da enxaqueca, especialmente se for bem forte, latejante mesmo, e vier acompanhada de fotofobia (sensibilidade extrema à iluminação), incômodo com sons altos, enjoos e até vômitos.
Esta dor de cabeça costuma ocorrer em uma das têmporas por vez, podendo migrar de um lado para o outro durante as crises.
O que fazer: Procurar um médico neurologista ou especialista em dor para averiguar a enxaqueca e indicar o tratamento medicamentoso adequado. Também é bom deitar e ficar de olhos fechados durante as crises, que podem durar horas. A enxaqueca não é frescura, é uma condição incapacitante que precisa ser respeitada.

Dor de cabeça na testa e no topo do crânio
É uma variação da cefaleia tensional causada por estresse ou consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou cafeína (café, chá preto, chimarrão).
Aqui vale a explicação: cefaleia tensional é a dor de cabeça causada por uma tensão psicológica que pode também gerar dores musculares, especialmente no pescoço.
O que fazer: Cortar o consumo dessas bebidas e diminuir o ritmo de trabalho ou de estudos. Consultar um médico para saber qual analgésico é adequado para as suas condições de saúde.

Dor de cabeça frontal/atrás dos olhos
Também é uma variação da cefaleia tensional, aqui causada por estresse ou por sinusite (que vem acompanhada de tosse e secreção no nariz e na garganta).
O que fazer: Consultar um clínico geral para checar se é um caso de sinusite. Caso seja, fazer o tratamento necessário; caso não seja, cuidar do estresse e tomar um analgésico recomendado pelo médico.

Dor de cabeça na parte posterior da cabeça/nuca
Mais uma variação da cefaleia tensional, esta dor de cabeça é resultado de um estresse e uma ansiedade que também causam o enrijecimento dos músculos do pescoço, em ambos os lados. Outro motivo para este tipo de dor de cabeça é a hipertensão ou o aumento pontual da pressão arterial (após um grande esforço físico, por exemplo).
Há um mito e um medo em torno da dor de cabeça na região da nuca, pela associação com a meningite. Mas calma: ela é UM dos sintomas da doença. Você só deve se preocupar nesse sentido se essa dor de cabeça for muito forte e latejante e vier acompanhada de febre e um mal-estar muito grande, com vômito.
O que fazer: Se você for hipertensa, tomar as medidas habituais para controlar o quadro. Se não for, medir a pressão para verificar se ela está alta. Caso a pressão esteja ok, ficar de olho no estresse e tomar um analgésico receitado por um médico.
Com sintomas associados de meningite, correr para o pronto-socorro para tirar a dúvida e, se for o caso, iniciar o tratamento o quanto antes.

E a dor de cabeça da TPM?
Este sintoma super comum entre as mulheres que sofrem de TPM é ocasionado pela queda do hormônio feminino estrogênio no período que antecede a menstruação.
A melhor forma de lidar com ela é tratando-a preventivamente, ou seja, não esperar que ela surja para então se medicar. Sua ginecologista pode orientar a melhor forma de fazer isso.
Porém, se você tiver enxaqueca e essa dor de cabeça for agravada no período pré-menstrual, é mesmo o neurologista ou o médico especialista em dor que poderá lhe ajudar.

Dores de cabeça passageiras também podem requerer uma consulta médica
Muitas vezes, não se dá atenção a dores de cabeça menos fortes e que passam relativamente rápido. Mas é bom ficar atenta também a elas, como orienta Alexandra: “Se forem dores de cabeça crônicas não relacionadas a qualquer diagnóstico, um neurologista ou um médico especializado em dor precisa investigar suas causas.”
Para você não se desesperar e sair correndo depois da segunda dor de cabeça parecida que sentir, Cesar esclarece: “Vale ir a um médico se tiver de duas a três dores de cabeça por semana, por mais que duas semanas consecutivas. Daí, algo não está normal”.


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

4 fatores que comprovadamente disparam crises de dor de cabeça

Pesquisa acusa os fatores que dificultam o controle das crises de cefaleia crônica, aquela que vive atrapalhando o dia a dia do cidadão

O poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), autor de Morte e Vida Severina, sofria tanto com a enxaqueca que chegou a dedicar um poema à aspirina, um dos analgésicos mais populares do planeta. Segundo o escritor, que também padecia de depressão, a medicação era uma musa inspiradora para suas obras.

O que o poeta provavelmente não sabia é que, se você pena com uma cefaleia crônica, não adianta apelar só para os fármacos. Muitas vezes, pelo contrário, o abuso de remédios vira parte do problema. Da mesma forma, o estado de humor – mais pra baixo, como no caso de Melo Neto – alimenta o suplício. Esses são alguns dos achados de uma extensa revisão de 27 estudos publicada no periódico científico Neurology. Ela elenca pelo menos quatro fatores que comprovadamente servem de combustível à dor de cabeça.

Além da depressão (ladeada pela ansiedade) e do uso inadequado de medicamentos, falta de sono e estresse figuram entre os principais estímulos. Eles não só pioram a frequência e a intensidade das crises como sinalizam maior risco de a condição consumir a qualidade de vida. Os pesquisadores ponderam, porém, que, embora tais fatores liderem o ranking, outras situações são suspeitas de jogar lenha na fogueira da cefaleia.

A boa notícia: enfrentar as atribulações mapeadas – você vai conhecê-las com detalhes – ajuda a passar mais tempo longe dos ataques dolorosos. “Após o diagnóstico correto do tipo de cefaleia e de seus gatilhos, precisamos criar alternativas e mudar o estilo de vida a fim de eliminá-los”, resume o neurologista Mauro Eduardo Jurno, presidente da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Os médicos listam ao redor de 150 variedades de dor de cabeça. As mais comuns são a enxaqueca e a tensional. Elas são tidas como crônicas quando se manifestam 15 ou mais dias do mês por pelo menos três meses.

“A tensional tende a ser mais branda e se caracteriza por uma pressão na cabeça, enquanto a enxaqueca é mais forte, latejante e pode vir acompanhada de náuseas e formigamento no corpo”, diferencia o neurologista Manuel Jacobsen Teixeira, da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. O tratamento vai depender do tipo e das particularidades de cada indivíduo, sendo que analgésicos auxiliam a silenciar as crises, e outras medicações de uso contínuo podem ser recrutadas para prevenir o sofrimento.

O que o novo estudo colabora, independentemente do caso, é a visão de que, tão importante quanto remediar a dor, é impedir que ela apareça. E, para isso, a solução nem sempre é tão fácil e portátil: devemos rever a rotina e cuidar da saúde física e mental.

1) Ansiedade e depressão
A nova revisão é categórica: quem não está com o estado mental em equilíbrio – e há muita gente nessa situação! – terá mais dificuldade para controlar a dor de cabeça. “Existem alguns mecanismos no cérebro que suprimem a dor e são afetados tanto na depressão quanto na ansiedade. Desse modo, estímulos que antes não eram dolorosos passam a ser”, esclarece o psiquiatra Fernando Fernandes, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
De acordo com a investigação, pessoas ansiosas e deprimidas passam mais dias do mês com crises de enxaqueca, usam mais analgésicos e têm menor resposta a eles… Superar essas condições se torna, portanto, requisito básico para driblar a dor crônica. Nesse sentido, os especialistas recomendam a psicoterapia e, caso o médico julgue necessário, o uso de fármacos para balancear a bioquímica cerebral. Tudo isso aliado a um estilo de vida saudável.

2) Abuso de remédios
“O uso inadequado de analgésicos aumenta em 19 vezes o risco de uma dor episódica se tornar crônica”, alerta Teixeira. É que esse hábito – tomar algo mais de duas vezes na semana sem orientação, por exemplo – gera um efeito rebote.
“O abuso dos remédios chega a alterar o bom funcionamento do cérebro”, explica o especialista. A questão é que, segundo levantamento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), 80% das pessoas com dor de cabeça tomam remédio por conta própria. “É um absurdo termos esse nível de consumo sem o diagnóstico correto e, muitas vezes, sem necessidade”, avalia Jurno.
Não é que você não possa recorrer a um comprimido no meio de um sufoco. Mas, especialmente se a dor for recorrente, a consulta com um profissional capacitado vai discriminar o tipo de cefaleia e nortear a adoção de medicações para cortar ou mesmo prevenir as crises – e com o mínimo de efeitos colaterais.

3) Estresse diário
Praticamente tudo que está ligado ao comportamento e às emoções influencia o aparecimento da dor de cabeça quando há propensão a ela. E, nesse ponto, a tensão se sobressai.
Segundo a revisão, dois dias seguidos de muito estresse já lançam gasolina no fogaréu. “Nessas situações de alteração do humor, há um impacto na liberação de substâncias que o cérebro usa para minimizar a dor”, aponta Teixeira.
Para piorar, não é raro que se crie um círculo vicioso. “As crises frequentes têm um papel importante no comprometimento da qualidade de vida das pessoas com cefaleia. O indivíduo passa a ter receio da crise que está por vir e isso gera um estresse que retroalimenta o problema”, observa Jurno.
Não há segredo para resolver o dilema. É preciso investir numa rotina mais tranquila. Como? Reservando espaços na agenda para o lazer e atividades que lhe transmitam paz – vale meditar, pedalar, ir ao cinema…

4) Problema para dormir
Bastam duas noites maldormidas para catapultar o risco de um episódio de dor de cabeça. Eis outro aviso do megaestudo, que destaca que não apenas a privação de sono entra na história como também condições que atrapalham o poder reparador do repouso noturno. É o caso da apneia, marcada por roncos e interrupções temporárias na respiração – ela é até duas vezes mais presente entre quem sofre de cefaleia.
Troca a noite pelo dia? Cuidado. Quanto menos horas na cama, mais intensa a tortura. Com base em suas descobertas, os cientistas acreditam que descansar ao redor de oito horas por noite, assim como tratar apneia e insônia, afasta as manifestações dolorosas.
“Dormir bem, fazer atividade física regular e evitar jejum são orientações de adaptação na rotina tão importantes quanto o uso dos medicamentos”, afirma o neurologista Marcelo Ciciarelli, diretor da ABN.

Elementos suspeitos
De acordo com a revisão, os fatores abaixo podem levar a pioras, mas ainda faltam provas contra eles

Excesso de peso: a obesidade e o ganho de peso rápido seriam capazes de patrocinar as crises, por aumentar a inflamação no corpo.
Envelhecimento: a idade em si não teria impacto, mas idosos tendem a sofrer mais quando a dor aparece e se cronifica lá na frente.
Trabalho: empregos e profissões muito estressantes podem cooperar com o transtorno. A falta de trabalho também.
Baixa expectativa quanto ao tratamento: quando não se acredita que ele vá prover melhoras, o risco de o mal persistir tende a se elevar.

Os principais tratamentos contra a dor de cabeça crônica
Remédios: há duas vertentes. Os analgésicos para debelar as crises e outras classes de uso diário para preveni-las – aqui entram desde antidepressivos até fármacos contra convulsões.
Botox: as aplicações de toxina botulínica não servem só para rejuvenescer a pele. Em pontos certos do crânio, atuam na musculatura e no bloqueio dos sinais por trás da dor.
Psicoterapia: a terapia ajuda a lidar melhor com ansiedade, angústia e depressão, condições que estimulam as crises. Meditação e técnicas de relaxamento também são bem-vindas.
Acupuntura: existem evidências de que as agulhadas dão suporte ao tratamento por atuar no sistema nervoso e instigar a liberação dos nossos analgésicos naturais.
Estimulação eletromagnética: embora ainda sejam testadas em estudos, há indícios de que as ondas direcionadas por uma máquina ao cérebro modulam áreas e substâncias envolvidas com a dor.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/fatores-que-causam-dor-de-cabeca/ - Por Karolina Bergamo - Ilustração: Ana Cossermelli/SAÚDE é Vital

domingo, 16 de julho de 2017

5 maneiras fáceis de evitar dores de cabeça, segundo a ciência

Existem diferentes tipos de dor de cabeça, mas, no geral, elas são muito comuns – todos nós passamos por esse incômodo vez ou outra.

Então confira cinco coisas que as pesquisas científicas indicam que valem a pena tentar para melhorá-las ou evitá-las:

1. Água
Um estudo conduzido em pessoas que tiveram pelo menos duas dores de cabeça intensas ou mais de cinco moderadas por mês descobriu que água pode ajudar bastante.
Os participantes passaram por um programa de gestão de estresse e qualidade do sono, sendo que um grupo aumentou a ingestão de água por 1,5 litros extras por dia, e outro não.
O grupo que bebeu mais água obteve uma melhoria significativa nos resultados de qualidade de vida específicos da enxaqueca ao longo dos três meses, com 47% relatando que suas dores de cabeça estavam muito melhores, em comparação com 25% do grupo de controle.
No entanto, beber bastante líquido não reduziu o número ou a duração das dores de cabeça.

2. Cafeína
A cafeína pode tanto ajudar a aliviar dores de cabeça devido a efeitos analgésicos, quanto contribuir para elas, devido a sintomas de abstinência.
Uma revisão de estudos confirmou que a dor de cabeça é o sintoma número um da abstinência de cafeína, seguido de fadiga, energia reduzida, sonolência, humor deprimido, dificuldade de concentração e outros.
Em um experimento, dentre os participantes que sofreram de abstinência de cafeína, 50% tiveram dor de cabeça, com os sintomas ocorrendo dentro de 12 a 24 horas, atingindo um pico entre 20 e 51 horas, durando de dois a nove dias.
A abstinência da cafeína pode acontecer a partir de uma dose diária usual tão baixa quanto 100 mg/dia. Uma xícara de café preparado contém 100 a 150 mg de cafeína, café instantâneo possui 50 a 100 mg (dependendo de quão forte você o faz), e uma xícara de chá pode variar de 10 a 90 mg. A manutenção do consumo habitual de cafeína pode, subconscientemente, evitar sintomas de abstinência.
Em alguns casos, a cafeína pode reduzir a dor. Em uma revisão sistemática que incluiu cinco estudos sobre dor de cabeça em 1.503 participantes com enxaqueca ou condições piores, 33% dos participantes obtiveram alívio da dor de pelo menos 50% do máximo possível após receber 100 mg ou mais de cafeína, junto com medicação analgésica (ibuprofeno ou paracetamol), em comparação com 25% do grupo que recebeu apenas um analgésico.
Dores de cabeça hipnóticas – um tipo raro que ocorre em associação com o sono – também podem ser tratadas com cafeína. Essas dores geralmente duram 15 a 180 minutos e são mais comuns em idosos. A dose utilizada é geralmente a quantidade encontrada em uma xícara de café forte.

3. Jejum
Algumas pessoas têm dor de cabeça após fazer jejum por cerca de 16 horas, o que equivale a não comer entre as 18:00 e as 10:00 do dia seguinte. Um estudo na Dinamarca revelou que uma pessoa a cada 25 é afetada por dor de cabeça durante um jejum.
Essas dores são mais propensas a ocorrer quando as pessoas jejuam para um exame de sangue ou procedimento médico, ou quando decidem seguir uma dieta de perda de peso com jejum.
Em um estudo, dentre 34 pessoas com enxaqueca que mantiveram um diário de dor de cabeça por cerca de um mês, aquelas que comiam um lanche noturno eram 40% menos propensas a ter dor de cabeça em comparação com as que não comiam.
Para indivíduos suscetíveis, fazer mesmo um pequeno lanche pode prevenir dores de cabeça durante um período de jejum. Experimente uma fatia de pão ou torrada integral, com queijo branco ou atum, por exemplo.

4. Álcool
A dor de cabeça é a característica clássica da ressaca provocada pelo álcool. A quantidade de álcool necessária para desencadear uma ressaca varia muito entre indivíduos.
Um grupo de produtos químicos produzidos em pequenas quantidades durante a fermentação, chamado de congêneres, é o que dá às bebidas alcoólicas seu sabor, cheiro e cor. Os metabólitos da degradação do álcool no fígado podem atravessar a barreira hematoencefálica, contribuindo para a ressaca.
O álcool pode tanto desencadear dores de cabeça leves quanto sérias enxaquecas.
O conselho para não ter dor de cabeça é beber de forma responsável, aumentar a ingestão de água e não ingerir bebidas de estômago vazio. Se você for sensível ao álcool, evitá-lo totalmente é a melhor opção.

5. Alimentos ricos em ácido fólico
Algumas pessoas podem ter enxaquecas relacionadas com alimentos. Dentre os que podem desencadear dores de cabeça, estão queijo, chocolate e bebidas alcoólicas.
Um estudo recente descobriu que mulheres com baixa ingestão de folato na dieta tinham enxaquecas mais frequentes. No entanto, um suplemento diário de ácido fólico (1 mg) não fez diferença. Uma opção é comer mais alimentos ricos em folato, como folhas verdes, legumes, sementes, frango, ovos e frutas cítricas.
Se você acha que pode ter enxaquecas relacionadas a dieta, faça um diário no qual você anota sua nutrição e a frequência com que experimenta dores de cabeça. Assim, você pode identificar gatilhos e mudar sua alimentação de acordo. [ScienceAlert]


segunda-feira, 13 de julho de 2015

5 erros de quem sofre de cefaleia

Listamos cinco erros cometidos por pessoas que sofrem de cefaleia. Confira!

1. Tomar remédios sem a orientação de um especialista. A utilização indiscriminada de analgésicos pode aumentar a frequência das crises. 

 2. Deixar para medicar-se quando a dor de cabeça fica insuportável. As crises respondem melhor aos remédios se forem tratadas no começo.

3. Normalmente, as pessoas acham que a origem da dor está em problemas como hipertensão, miopia e sinusite crônica. Atribuir o sintoma a causas errôneas só atrasa o diagnóstico.

4. Não mapear o incômodo. Paciente e médico precisam saber exatamente em que época do mês ele ocorre, em que parte do dia, sua duração e a resposta em relação aos remédios prescritos. Quanto mais informações, mais eficaz será o tratamento.

5. Não mudar hábitos que podem causar o sintoma. Quem sofre de cefaleia crônica precisa ter uma dieta balanceada, uma rotina de sono adequada, além de praticar exercícios e reduzir o estresse no dia a dia.

Fonte: http://revistavivasaude.uol.com.br/clinica-geral/5-erros-de-quem-sofre-de-cefaleia/2904/ - Texto Diego Benine / Foto: Shutterstock/ Adaptação: Marília Alencar