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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Novembro Azul: o que é, importância, cuidados e prevenção


Câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele)

 

O 11º mês do ano é marcado pela campanha Novembro Azul. A ação, encabeçada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, e apoiada por diferentes instituições e ONGs brasileiras, tem como objetivo alertar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde masculina, especialmente no que diz respeito ao câncer de próstata.

 

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, e por aqui, o número de casos cresce a cada a cada ano.

 

Pensando nisso, separamos algumas informações importantes que você precisa saber sobre a condição:

 

O QUE É?

“A próstata é uma glândula do homem, localizada abaixo da bexiga, em frente à porção final do intestino (o reto) e que envolve o canal por onde passa a urina (a uretra). A doença acontece quando as células dessa glândula se multiplicam de forma desordenada e descontrolada, causando tumores, algumas vezes malignos”, explica a Dra. Pamela Carvalho Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

 

CAUSAS

Há fatores que podem aumentar o risco do câncer de próstata, entre eles a idade. “Sabemos que a chance de ter a doença aumenta com o envelhecimento do indivíduo, sendo uma doença muito mais frequente após os 60 anos”, diz a oncologista.

A obesidade e o histórico familiar da doença também são aspectos que podem aumentar as chances de surgimento do problema.

 

SINTOMAS

De forma geral, o câncer de próstata pode ser uma doença silenciosa, ou seja, pode não apresentar nenhum sintoma.

No entanto, de acordo com a oncologista, com o avanço da doença, podem surgir alguns sintomas, como dificuldade, dor ou ardência para urinar, sangue na urina e sensação de não esvaziamento completo da bexiga.

Em fases ainda mais avançadas, o pacienta também pode sofrer com emagrecimento e dores na coluna, por exemplo.

 

DIAGNÓSTICO

Para fazer o diagnóstico do câncer de próstata, alguns exames são indicados, como o PSA (exame de sangue que quantificar o antígeno prostático específico) e o toque retal, segundo a Dra. Pamela.

Ao serem observadas alterações nesses exames e nos de imagem (ultrassom, tomografia e ressonância magnética), existe a necessidade de realizar uma biópsia.

“A biópsia é o procedimento que, de fato, vai confirmar o diagnóstico da neoplasia. Nesse procedimento, ocorre a retirada de fragmentos pequenos da próstata, que serão analisados no laboratório para confirmação da doença”, explica a médica.

 

TRATAMENTO

“O tratamento depende diretamente da extensão da doença. No caso de estar localizada, podemos lançar mão da cirurgia, radioterapia combinada ou não à hormonioterapia. Já nos casos mais avançados pode-se ainda indicar quimioterapia, fármacos nucleares, novos agentes hormonais na forma de comprimidos. Todas essas possibilidades de tratamento hoje disponíveis dependem de avaliação médica criteriosa e multidisciplinar”, diz a oncologista Pamela Carvalho Muniz.

 

O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA

A prática regular de atividade física é fundamental para reduzir o risco de desenvolvimento da doença, assim como pode ajudar os pacientes que foram diagnosticados com o problema e estão em tratamento.

“Não podemos afirmar que a prática de exercícios físicos irá impedir 100% o desenvolvimento do câncer de próstata, afinal, existe a predisposição genética. Mas, a literatura científica nos mostra que os exercícios físicos contribuem para uma melhora geral do quadro de saúde e redução do risco de desenvolvimento de tumor, especialmente em relação a pessoas com comportamento sedentário”, diz o mestre em fisiologia do exercício e diretor técnico das academias Bodytech, Eduardo Netto.

“Cada vez mais, faz parte da rotina do oncologista incluir a orientação da prática de atividade física como parte da prevenção de muitos tipos de câncer, entre eles o câncer de próstata, mama, intestino e endométrio, por exemplo”, completa a Dra. Pamela.

 

Além de melhorar a força muscular e prevenir a perda da massa óssea, a prática de atividade física por pelo menos 15 minutos diariamente pode melhorar o cansaço, a fadiga e a capacidade cardiorrespiratória.

“De acordo com as Diretrizes da American Cancer Society, realizar mais atividade física é um comportamento associado à redução do risco de desenvolvimento de vários tipos da doença, incluindo câncer de mama, próstata, cólon e endométrio”, enfatiza o profissional de educação física Eduardo Netto.

Para os pacientes que já são diagnosticados com câncer, o exercício físico ajuda a lidar com os efeitos colaterais dos tratamentos (quimioterapia, hormonioterapia) e promove melhores taxas de sobrevida.

“A prática de exercício demonstrou ser eficaz para neutralizar sequelas do tratamento, bem como melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, pontua Eduardo.

“É importante lembrar que a orientação e a escolha da melhora atividade física para cada paciente deve ser discutida em consulta médica e personalizada para cada paciente de acordo com a extensão da doença e condição clínica atual”, alerta a oncologista.

O risco de surgimento de câncer também pode ser reduzido ao adotar um estilo de vida saudável, ou seja, controlando o peso, reduzindo o consumo de bebidas alcóolicas e se alimentando de uma forma mais equilibrada.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/boa-forma/2024-11-01/novembro-azul--o-que-e--importancia--cuidados-e-prevencao.html - Amanda Panteri


No entanto, vou trazer saúde e cura para ele; vou curar meu povo e deixá-los desfrutar de paz e segurança abundantes. (Jeremias 33: 6)


sábado, 12 de outubro de 2024

AVC: principais causas e como prevenir de maneira eficaz


A doença pode deixar graves sequelas e até mesmo levar ao óbito

 

O acidente vascular cerebral, AVC, é uma emergência médica que pode se manifestar de duas maneiras. A primeira se chama AVC isquêmico e ocorre quando há uma interrupção no fluxo de sangue para o cérebro. Já a segunda, conhecida como AVC hemorrágico, acontece quando um vaso sanguíneo se rompe e provoca um sangramento no cérebro.

 

Segundo o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, o AVC hemorrágico é um quadro que tende a ser mais grave. Isso porque causa um dano adicional do sangue no tecido cerebral e pode resultar em uma hipertensão intracraniana cujo risco de óbito é alto. “Ambas as situações resultam em uma redução do fornecimento de oxigênio e nutrientes às células cerebrais, podendo causar danos permanentes”, explica o médico.

 

Sintomas do AVC

Apesar de causar grandes danos à saúde e possíveis sequelas, a doença nem sempre se manifesta por meio de sinais claros e fáceis de identificar. Por isso, é fundamental estar atento aos sintomas corporais. Saiba quais são os principais abaixo.

 

Formigamento de um lado do corpo

Perda de força

Alterações na visão

Incapacidade de levantar os braços ou pernas

Sorriso assimétrico

Náuseas e vômitos

Dificuldades para falar

 

O especialista esclarece que para detectar os sintomas de maneira mais prática, se indica a realização da técnica do SAMU (Sorrir, Abraçar, Mensagem e Urgência). “Se uma pessoa apresenta dificuldade para sorrir, levantar os braços ou tem a fala embolada, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente, ligando para o 192 e relatando a suspeita de AVC”, orienta.

 

Diagnóstico

O diagnóstico do AVC é feito por meio de exames de imagem que identificam qual área do cérebro foi afetada e o tipo do derrame cerebral. É o caso da tomografia computadorizada de crânio, método mais comum para a avaliação inicial do AVC isquêmico agudo, por exemplo.

 

Além disso, de acordo com o Ministério da Saúde, adotar alguns cuidados clínicos de emergência quando o paciente chega ao hospital é essencial.

 

Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura

Checar a glicemia

Colocar a pessoa deitada, exceto se houver vômitos

Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado

Administrar oxigênio, se necessário

Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante

Fatores de risco para o AVC

 

Alguns fatores e condições de saúde podem aumentar a propensão de se ter um AVC, seja ele isquêmico ou hemorrágico.

 

Obesidade

Hipertensão

Diabetes tipo 2

Colesterol alto

Sedentarismo

Tabagismo

Uso excessivo de álcool

Uso de drogas

Histórico familiar

Idade avançada

Ser do sexo masculino

 

Prevenção

A inclusão de práticas simples é fundamental para prevenir a doença. Fazer exercícios físicos com regularidade, evitar o consumo de álcool e tabaco, controlar o estresse e cuidar da pressão arterial são atitudes que podem fazer a diferença.  “Adotar hábitos saudáveis é crucial para reduzir o risco de um AVC e promover uma vida mais equilibrada”, conclui o neurocirurgião.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/avc-saiba-o-que-e-como-prevenir.phtml - By Livia Panassolo / Foto: Shutterstock


"E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos." Mateus 24:4


domingo, 22 de setembro de 2024

Os 8 fatores que influenciam a obesidade além da alimentação e sedentarismo


As causas da condição também vão além da genética, aponta estudo brasileiro

 

Já é sabido que a obesidade é uma condição multifatorial – isto é, que possui mais de uma causa envolvida. Pensando nisso, um estudo brasileiro publicado no começo do ano na revista Nature Metabolism resolveu investigar os principais determinantes da epidemia na América Latina, e descobriu influências que vão além da genética, do sedentarismo e da alimentação inadequada.

 

Segundo os cientistas, existem oito fatores determinantes para a obesidade nos países analisados:

 

Ambiente físico;

Exposição alimentar;

Interesse econômico e político;

Desigualdade social;

Acesso limitado ao conhecimento científico;

Cultura;

Comportamento contextual;

Genética.

No artigo, uma revisão de trabalhos anteriores, os autores reiteram a necessidade de intervenções focadas nas especificidades das regiões em questão, além de proporem uma força-tarefa com iniciativas focadas em compreender a doença e impedir o seu crescimento.

 

Consequências da obesidade para a saúde

Redução da fertilidade

De acordo com o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, estudos apontam que mulheres com sobrepeso têm cerca de 25% menos chances de engravidar e aquelas com obesidade apresentam queda na taxa mensal de até 50% em comparação às mulheres com a mesma idade e peso normal.

 

“O peso inadequado interfere na produção dos hormônios sexuais femininos, especialmente o estrogênio, o que, consequentemente, atrapalha o processo de ovulação ”, destaca.

 

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Além disso, nas mulheres, ainda existe o risco de desenvolver diabetes gestacional, o que pode causar sérios problemas de saúde na criança.

 

Já em relação aos homens, o médico ressalta que os impactos podem ser ainda maiores, levando à uma diminuição de até 60% na fertilidade. “O excesso de gordura corporal prejudica a produção de testosterona, o que, além de reduzir o apetite sexual e causar dificuldades de ereção, também interfere na qualidade e quantidade de esperma. No geral, quanto maior o sobrepeso, menor é a qualidade, concentração e mobilidade do esperma”, conta ele.

 

Danos às articulações

“O sobrepeso causa uma sobrecarga das articulações, provocando um ‘trauma’ repetitivo excessivo da cartilagem, o que, consequentemente, gera a sua degeneração”, detalha o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

 

Os danos são ainda piores quando a obesidade está associada ao sedentarismo. “Os pacientes sedentários apresentam uma diminuição da massa muscular, levando a perda de proteção das articulações. É importante lembrar que as articulações foram feitas para serem movimentadas, logo, se ficam paradas por muito tempo, sofrem um processo de atrofia e rigidez que causa dor”, completa.

 

Aumento do risco de doenças metabólicas

A obesidade pode aumentar o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 , visto que o abuso de açúcar e carboidratos , além de favorecer o ganho de peso, faz com que o nosso corpo se torne resistente à insulina.

 

A doença hepática gordurosa não alcoólica é outra condição comumente observada em pessoas obesas, de acordo com a Dra. Marcella Garcez. “Ela é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado, o que, se não tratado, pode colaborar para o surgimento de doenças cardiovasculares e esteatoepatite , além de levar à fibrose e à cirrose hepática ”, fala a médica nutróloga.

 

“Pessoas obesas também possuem maiores chances de desenvolver câncer, já que o acúmulo de gordura estimula a produção de hormônios envolvidos no desenvolvimento de células cancerígenas “, acrescenta.

 

Mau funcionamento dos rins

“Quando o corpo fica maior devido ao acúmulo de gordura, os rins filtram em ritmo acelerado – o que chamamos de hiperfiltração – que, a longo prazo, desencadeia a doença renal crônica , com um risco estimado de duas até sete vezes maior do que em indivíduos sem obesidade”, alerta a Dra. Caroline Reigada , médica nefrologista, especialista em Medicina Interna pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

 

Predisposição a doenças cardiovasculares e circulatórias

A obesidade faz parte dos fatores de risco para o aumento do colesterol, da pressão arterial e da ocorrência de doenças cardiovasculares e circulatórias .

 

“A gordura está relacionada com o depósito de placas de colesterol nas artérias coronárias que irrigam o coração, favorecendo a má circulação do sangue. Além disso, as veias são afetadas pela grande quantidade de sódio acumulado no organismo de quem está com sobrepeso, o que causa retenção de líquidos e dificulta ainda mais a circulação”, enfatiza a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

 

Por dificultar o retorno venoso, essa gordura prejudica a saúde das pernas, favorecendo o surgimento de varizes. “Com o retorno venoso prejudicado, o sangue que deveria voltar ao coração fica acumulado nas pernas, aumentando a pressão sanguínea dentro das veias e favorecendo a sua dilatação”, diz a cirurgiã vascular.

 

Vale lembrar que, se não tratadas adequadamente, as varizes podem provocar complicações relacionadas ao bombeamento inadequado de sangue, por exemplo, a trombose.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/boa-forma/2024-09-20/os-8-fatores-que-influenciam-a-obesidade-alem-da-alimentacao-e-sedentarismo.html - Por Boa Forma - Amanda Panteri


Por meio de Jesus, portanto, ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome.

Hebreus 13:15


sexta-feira, 6 de setembro de 2024

8 doenças vasculares comuns: causas, sintomas e tratamentos


Confira um guia completo sobre as condições, de acordo com um cirurgião vascular

 

As doenças vasculares são condições que afetam o sistema circulatório do corpo humano, composto por artérias, veias e capilares, e que podem ser causadas por diferentes fatores, como envelhecimento, sedentarismo, maus hábitos alimentares e tabagismo, por exemplo.

 

De acordo com o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha, são vários os tipos que podem se manifestar em qualquer parte do organismo e de formas diferentes. Por esse motivo, elas são classificadas em duas categorias: doenças arteriais e doenças venosas.

 

“As doenças arteriais atingem os vasos sanguíneos que transportam o sangue do coração para o resto do corpo. Já as venosas afetam as veias, que são os vasos que trazem o sangue de volta ao coração”, explica profissional.

 

Segundo o profissional, existem oito tipos de doenças vasculares com diferentes origens, sintomas e tratamentos. A seguir, ele listou quais são elas.

 

Conheça as 8 doenças vasculares mais comuns

1 - Varizes

Um dos quadros vasculares mais comuns é o de varizes. Trata-se de uma condição em que as veias ficam dilatadas e deformadas, geralmente na cor púrpura-azulada. Normalmente, elas aparecem nas pernas, mas podem se manifestar em outras partes do corpo. O problema é mais comum entre as mulheres.

“As varizes são ocasionadas pelo seguinte motivo: nas veias das pernas que conduzem o sangue ao coração, existem válvulas para impedir o retorno dele aos pés. Quando elas não funcionam bem, o sangue se acumula nas veias, provocando varizes”, explica o cirurgião vascular.

Os pacientes com veias varicosas podem apresentar sintomas, como: dores, sensação de cansaço e fadiga nas pernas e queimação na pele. Hereditariedade, obesidade, idade e gênero estão entre os fatores que deixam as pessoas mais propensas a apresentar esse problema vascular.

“Quando não são tratadas, elas podem gerar complicações, como eczema, dermatite, trombose, flebite, hemorragias, escurecimento das pele e úlceras”, alerta o médico.

Alguns hábitos na vida do paciente servem como prevenção ao surgimento de varizes. “É importante não ficar na mesma posição por muito tempo e praticar atividades físicas. Exercitar-se também é uma forma de preservar a saúde vascular”, diz Rocha.

 

2 - Trombose venosa

A trombose venosa é uma doença vascular que se caracteriza pela formação de coágulos, chamados de trombos.

Esses coágulos obstruem ou prejudicam o fluxo sanguíneo venoso e podem atingir as veias que estão abaixo da pele ou, no caso da trombose venosa profunda, as veias mais profundas. O trombo pode se desprender e seguir em direção aos pulmões, causando uma embolia pulmonar.

Entre os sintomas que a trombose venosa apresenta estão:

 

Inchaço nas pernas;

Dor repentina em um dos membros inferiores;

Vermelhidão no membro afetado;

Pele mais dura que o normal;

Dilatação nas veias.

“Pessoas com histórico familiar, que passam por cirurgias prolongadas, traumatismos, infecções graves, quimioterapia, sedentarismo, fumantes e/ou quem está acima do peso têm maior probabilidade de desenvolver uma trombose”, comenta o cirurgião vascular.

Evitar ficar longos períodos sentado e o uso de roupas apertadas, manter-se hidratado, controlar o peso, elevar as pernas, ter uma rotina de exercícios físicos e não fumar são alguns dos hábitos que os pacientes devem adquirir para se prevenir de uma trombose venosa.

 

3 - Aneurisma da aorta

Uma doença silenciosa, que na maioria das vezes não apresenta sintomas, o aneurisma da aorta é a dilatação permanente da artéria aorta (a principal do corpo humano), caracterizado quando o volume está 50% acima do normal.

“Quando os sintomas aparecem, significa que o quadro já está em um patamar mais grave. Sentir dor nas costas ou abdominal é um sinal de alerta para procurar um especialista”, explica Rocha.

Pacientes com casos de aneurisma na família devem fazer acompanhamento médico, especialmente após os 55 anos de idade. Muitas ocorrências estão ligadas à pressão arterial e a níveis de colesterol elevados, além do tabagismo, por isso, é importante estar atento a essas questões.

“Assim, como a maioria das doenças vasculares, a prevenção dos aneurismas está ligada ao estilo de vida. Alimentação saudável, controle de pressão arterial, rotina de exercícios, gerenciamento de estresse, entre outros bons hábitos devem ser adotados para evitar a doença”, orienta o médico.

 

4 - Pé diabético

Decorrente de complicações da diabetes, o pé diabético é uma doença em que os pés sofrem alterações devido aos altos níveis de glicose.

O problema acontece devido à taxa de glicose mal controlada ao longo dos anos, e se manifesta por conta de três fatores: neuropatia diabética (perda de sensibilidade), doença arterial periférica (obstrução na circulação) e, mais gravemente quando as 2 questões mencionadas estão associadas.

Quem sofre de pé diabético apresenta sintomas, como:

 

Perda de sensibilidade no pé;

Dormência ou sensação de formigamento;

Feridas ou rachaduras sem dor;

Úlceras nos pés ou feridas que não cicatrizam;

Deformidade no pé;

Vermelhidão ou saída de secreção purulenta da ferida;

Gangrena (quando a infecção causa a morte do tecido);

Calafrios;

Glicemia de difícil controle.

“O quadro é sério e pode levar até a uma amputação nos casos mais graves. Por ser causado pela diabetes, a prevenção está ligada ao controle da doença, por isso, é importante seguir o tratamento adequado para o seu quadro diabético e fazer check-ups frequentes”, conta o angiologista.

 

5 - Insuficiência venosa crônica

Na insuficiência venosa crônica, o sangue tem dificuldade de retornar dos membros inferiores para o coração. Isso acontece quando as válvulas das veias que direcionam o fluxo sanguíneo para o coração falham, ou as veias estão dilatadas, ou seja, varicosa. Por ser causada por fatores como obesidade, tabagismo, idade avançada, sedentarismo e ficar longos períodos na mesma posição, ela desencadeia os seguintes sintomas nas pernas:

 

Inquietação;

Cansaço;

Fadiga;

Dores;

Latejamento;

Queimação;

Descamação da pele;

Coceira;

Cãibra muscular.

“A prevenção da insuficiência venosa crônica inclui basicamente os mesmos hábitos de estilo de vida que previnem outras doenças vasculares, como: boa alimentação, prática de atividade físicas, além de repousar com pernas elevadas e evitar o uso de roupas apertadas e salto alto”, diz Fábio Rocha.

 

6 - Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Quando um vaso sanguíneo entope ou se rompe causando uma infiltração no cérebro e paralisando a área, o que acontece é chamado de acidente vascular cerebral, o AVC. Existem dois tipos de AVC: o hemorrágico e o isquêmico.

No caso do hemorrágico, há rompimento do vaso cerebral, provocando uma hemorragia, que acontece dentro do tecido cerebral, ou na superfície entre o cérebro e a meninge. Já no isquêmico, há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais.

O AVC isquêmico é mais comum. Seus sintomas são dor de cabeça inesperada (sem causa aparente), alteração na visão e no equilíbrio, confusão mental, fraqueza ou formigamento no rosto.

“Quem sofre com hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, ou tem idade avançada, faz uso excessivo de álcool e/ou drogas ilícitas, possui histórico familiar de aneurisma, tem mais chances de desenvolver o problema”, diz.

 

Para se prevenir, alguns cuidados podem ser tomados, entre eles:

 

Controle da hipertensão arterial;

Tratamento de diabetes;

Redução dos níveis de colesterol;

Rotina de exercícios físicos;

Manter seu check-up (consulta e exames de rotina) em dia.

 

7 - Lipedema

Doença multifatorial crônica, o lipedema é um acúmulo excessivo de gordura, que acontece geralmente nas pernas e quadris e, em alguns casos, nos braços. Gera uma distribuição desigual de gordura: enquanto o tronco fica mais fino, acontece um aumento de volume no quadril e nas pernas. Quando está em estágios mais avançados, a doença pode causar desconforto na rotina diária.

“O lipedema é mais comum em mulheres e o acúmulo de gordura afeta igualmente os dois lados dos membros. Apesar de não existir uma causa definida para a doença, acredita-se que fatores genéticos tenham um papel importante no desenvolvimento do lipedema . Alterações hormonais, uso de contraceptivos orais, gravidez e menopausa estão entre as possíveis causas”, explica o cirurgião.

Quem sofre com a doença precisa tomar certos cuidados: ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, usar meias de compressão e manter a pele bem hidratada.

 

8 - Linfedema

Também conhecido como edema linfático, o linfedema acontece quando há um acúmulo do líquido (linfa) nos vasos do sistema linfático do organismo, formando edemas, que são inchaços.

A doença provoca dores e inchaços no local, causando incômodo ao paciente. O linfedema se divide em dois tipos:

Linfedema primário: tem causas genéticas e acontece quando o sistema linfático do paciente não se desenvolveu adequadamente.

 

Linfedema secundário: esse tipo surge ao longo da vida do paciente e é provocado por alguma obstrução ou destruição dos vasos linfáticos.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/boa-forma/2024-08-21/8-doencas-vasculares-comuns--causas--sintomas-e-tratamentos.html - Ana Paula Ferreira 


Estejam vigilantes, mantenham-se firmes na fé, sejam homens de coragem, sejam fortes.

1 Coríntios 16:13


quinta-feira, 8 de agosto de 2024

AVC é a principal causa de morte no Brasil; como evitar?

Confira dicas para se prevenir; dentre elas, cuidar da glicose e pressão arterial, além de não fumar ou beber

 

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) matou 109.560 brasileiros em 2023, e, pelo quinto ano consecutivo, foi a principal causa de morte no país, conforme reporta a Sociedade Brasileira de Acidente Vascular Cerebral.

 

Daniel Isoni Martins, neurologista do Hospital Semper, de Belo Horizonte, explica que o AVC ocorre "quando há uma interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro", seja por obstrução ou ruptura de um vaso sanguíneo: como é possível evitá-lo? Confira algumas dicas.

 

Sobre o AVC

Existem dois principais tipos de AVC: o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. O médico esclarece que o AVC isquêmico acontece devido à interrupção do fluxo sanguíneo por oclusão em uma das artérias que irrigam o cérebro, o que pode ser provocado por comorbidades como obesidade, dislipidemia, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estresse, hipertensão crônica e diabetes.

 

"Outros fatores como defeitos estruturais no coração, problemas nas válvulas e arritmias, também podem resultar na formação de coágulos dentro do coração, que ao migrarem para a circulação do cérebro, causam o AVC isquêmico cardioembólico", destaca Isoni.

 

Já o AVC hemorrágico, segundo o neurologista, ocorre quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe, causando sangramento no tecido cerebral. Entre as causas, estão crises hipertensivas (aumento súbito da pressão arterial), ruptura de aneurismas, sangramentos traumáticos, malformações cerebrais ou tumores que podem sangrar.

 

Como se prevenir?

O neurologista do Hospital Semper continua, destacando quais são as medidas de prevenção para reduzir a ocorrência de um AVC.

 

“Cuidar da glicose, controlar a pressão arterial, não fumar, não beber, reduzir o risco de obesidade, controlar o colesterol, praticar atividade física regular e reduzir e controlar o nível de estresse são atitudes que ajudam na manutenção da saúde geral e na prevenção de AVC”, recomenda.

 

Saiba mais sobre os sintomas

Os sintomas de um AVC variam e dependem da área do cérebro afetada pela falta de sangue.

 

Entre os mais comuns estão a perda súbita da fala ou dificuldade para falar; desvio da face para um dos lados; fraqueza ou dificuldade para movimentar uma parte do corpo, como um braço ou uma perna; tontura, visão dupla e instabilidade na marcha ou desequilíbrio; alteração na coordenação motora; perda súbita e temporária da visão; e alterações súbitas na sensibilidade, como perda de sensibilidade em um lado do corpo.

 

Confira os sinais de que você pode estar tendo um AVC:

Fraqueza facial: dificuldade para sorrir ou um canto da boca ou olhos está com aparência caída

Dificuldade para falar e entender: problemas para articular as palavras; às vezes as pessoas ao redor não conseguem entender claramente o que a outra está falando

Fraqueza nas pernas, de um lado do corpo

Perda de visão: visão turva ou dupla, especialmente se for em um olho só

Dificuldade para caminhar

Dificuldade para mover os braços

Tontura e desequilíbrio Tombos sem explicação

Dor de cabeça forte e que não passa

Dificuldade para engolir

 

Caso algum dos sinais listados por Isoni sejam identificados, o paciente deve ser levado diretamente a um hospital de grande porte. Ao chegarem ao hospital, especialmente dentro das primeiras quatro horas e meia do início dos sintomas, os pacientes podem receber tratamentos para o AVC Agudo.

 

Entre os possíveis tratamentos estão o uso de trombolíticos, medicações venosas que dissolvem o coágulo que causou a obstrução, ou a trombectomia, um cateterismo com retirada do coágulo.

 

“Quanto mais rápido se chega ao hospital, melhores são as chances de recuperação e redução de sequelas”, ressalta o profissional, que também aponta para a importância de não tratar o AVC em hospitais de porte menores, como UPAs, que não contam com o equipamento necessário para o cuidar da condição.

 

Em suma, para prevenir o AVC, deve-se ter um compromisso com a saúde geral e reconhecer rapidamente os sinais de alerta. Tais medidas são capazes de salvar vidas e melhorar o bem-estar das pessoas.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/bemestar/2024-08-05/avc-a-principal-causa-de-morte-no-brasil-como-evitar-.html?galleryTrue - Thinkstock/Getty Images

 

O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes.

Deuteronômio 31:8

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Está com bafo? Saiba quais são as causas do mau hálito


A halitose pode ter origens que vão além da má higiene bucal

 

Segundo a Associação Brasileira de Halitose (ABHA), mais de 50 milhões de brasileiros sofrem com mau hálito, nome popular da condição conhecida como halitose. Trata-se do odor desagradável e persistente no ar exalado pela boca.

 

Geralmente, sua origem está na própria boca, que possui uma flora bacteriana diversificada. Em outros casos, a halitose pode ter origens que vão além da má higiene bucal, como problemas no estômago, intestino, nos seios nasais e até na corrente sanguínea.

 

Causas

 

Otorrinolaringologia:

A halitose pode ser causada por infecções nas vias respiratórias, sinusite ou problemas nas amígdalas.

 

Gastroenterologia:

Problemas digestivos e metabólicos, como refluxo gastroesofágico, distúrbios digestivos ou doenças do fígado, podem causar halitose.

 

Endocrinologia:

Condições sistêmicas ou metabólicas, como diabetes, também podem contribuir para o mau hálito.

 

"A halitose, como é conhecida clinicamente, pode ser causada por diversos fatores, sejam bucais ou sistêmicos. A curto prazo, alimentos com cheiro forte ou picante, como alho ou peixes, e até bebidas como café e vinho tinto também podem contribuir para o problema", diz Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose.

 

"No entanto, a principal causa do mau hálito é a má higiene bucal. Não escovar os dentes regularmente, não higienizar corretamente entre os dentes com o fio dental ou uma escova interdental pode levar à alteração do hálito - especialmente a falta de limpeza entre os dentes, que permite o acúmulo de restos de comida, estimulando a formação de bactérias e placas, resultando em um hálito desagradável", afirma a dentista.

 

Tratamento

Apesar de ser um problema comum, o mau hálito pode ser facilmente evitado com uma boa rotina de saúde bucal. É recomendado escovar a língua, pois ela pode abrigar bactérias que contribuem para o mau hálito.

 

Além disso, é importante buscar orientação de um profissional capacitado para diagnosticar e tratar corretamente esta alteração caso o problema persista, pois o mau hálito pode ser um sinal de problemas mais amplos, como doenças gengivais que, se não tratadas, podem levar também à perda dos dentes.

 

Algumas pessoas tentam disfarçar o mau hálito apenas usando mascaradores, como hortelã, cravo ou pastilhas, porém isso não resolve o problema. Mascar chiclete sem açúcar, por outro lado, pode ajudar, pois aumenta o fluxo de saliva, que auxilia na limpeza da boca e na eliminação dessas bactérias causadoras do mau hálito.

 

A halitose é uma condição multifatorial que pode requerer a consulta com diferentes especialistas para um diagnóstico e tratamento adequados. Para qualquer suspeita de halitose, é importante considerar as várias possíveis causas e procurar o profissional de saúde adequado.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2024-08-02/esta-com-bafo--saiba-quais-sao-as-causas-do-mau-halito.html - shutterstock

 

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:33)

sábado, 13 de julho de 2024

Médicos alertam para sintomas e causas da insuficiência cardíaca


A insuficiência cardíaca é, muitas vezes, complicação de uma doença cardíaca que não recebeu o tratamento adequado

 

Alerta Contra a Insuficiência Cardíaca, doença que atinge mais de 3 milhões de brasileiros e é considerada a terceira causa de internação em pessoas com mais de 60 anos no país, aponta a Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

 

Além disso, a insuficiência cardíaca é uma das principais doenças crônicas que causam mortalidade e morbidade no mundo, explica o cardiologista Flávio Cure, responsável pelo serviço de Cardio-oncologia da Rede D’Or.

 

O que é insuficiência cardíaca

A condição se caracteriza pela deficiência no bombeamento de sangue para o coração prejudicando o funcionamento de diversos órgãos e tecidos.

 

“A insuficiência cardíaca causa redução do fluxo sanguíneo e refluxo (congestão) do sangue nas veias e pulmões, bem como outras alterações que podem prejudicar a saúde do coração. Caso não seja tratada de forma adequada após o diagnóstico, pode reduzir a expectativa de vida ao causar infarto e obstrução das coronárias”, ressalta.

 

A doença ainda pode causar outras complicações, como descompensação clínica com edema pulmonar, congestão visceral, arritmias e AVC, bem como acometimento renal e internações recorrentes, destaca Cláudio Catharina, Gestor de Cardiologia da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí, em Niterói (RJ). “Outra importante complicação é a morte súbita”, afirma o médico.

 

Sintomas

Conhecida como a doença do coração fraco, a insuficiência cardíaca tem como principais sintomas:

 

Falta de ar;

Batimentos cardíacos acelerados;

Inchaço nas pernas;

Fadiga;

Dificuldade para realizar tarefas simples do dia a dia.

 

“É importante estar atento aos sinais. Por isso, se uma pessoa apresenta fadiga após tarefas simples ou mesmo em repouso precisa investigar a saúde do coração”, diz o cardiologista da Rede D’Or.

 

Causas

A insuficiência cardíaca pode ser consequência de diversos fatores, especialmente doenças cardiovasculares que não tiveram o tratamento adequado, aponta Cláudio. Dentre as principais causas para a doença, Flávio destaca:

 

Doença arterial coronariana (infarto do miocárdio);

Pressão alta (hipertensão arterial);

Doenças das válvulas do coração;

Doença cardíaca congênita;

Miocardite (inflamação do músculo coração);

Diabetes;

Obesidade;

Tabagismo.

 

Portanto, aqueles que já apresentam alguma comorbidade como diabetes, hipertensão arterial ou colesterol alto devem redobrar a atenção para a insuficiência cardíaca, condição que pode causar infarto e obstrução das coronárias.

 

Diagnóstico e tratamento

Para auxiliar no diagnóstico, o cardiologista pode solicitar exames como ecocardiograma, eletrocardiograma (ECG) e radiografia do tórax, por exemplo. Além deles, o teste de esforço e o cateterismo cardíaco também podem complementar a investigação do quadro.

 

O tratamento pode incluir mudanças na dieta, como a ingestão limitada de sal e de líquidos, bem como o uso de medicamentos com prescrição. Em alguns casos, o médico pode solicitar que seja implantado um desfibrilador ou marca-passo.

 

Prevenir a insuficiência cardíaca é tratar a hipertensão arterial, cuidar do colesterol e diabetes, bem como prevenir o infarto do miocárdio e a disfunção cardíaca. “Além disso, oferecer melhores condições socioeconômicas para redução da febre reumática e doenças infecciosas e inflamatórias que podem acometer o coração”, finaliza Cláudio.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/medicos-alertam-para-sintomas-e-causas-da-insuficiencia-cardiaca.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores.” (Mateus 7:15)


domingo, 19 de maio de 2024

12 mitos e verdades sobre a enxaqueca


Médico esclarece algumas informações importantes sobre as causas e os tratamentos dessa doença

 

Maio é o mês que promove a conscientização da enxaqueca, doença que acomete mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e um dos motivos mais frequentes de consultas médicas, segundo a Organização Mundial da Saúde. A campanha Maio Bordô tem por objetivo mostrar o impacto da condição na vida das pessoas e o que deve ser feito para combatê-la.

 

Devido à sua alta prevalência, é comum ouvir várias dicas e teorias sobre o que pode curar ou piorar uma crise de enxaqueca, quase sempre pensando apenas na dor de cabeça, que é o sintoma mais comum, mas não o único. Por isso, o neurologista e presidente da Associação Brasileira de Cefaleia em Salvas e Enxaqueca (Abraces), Dr. Mario Peres, desmistifica e esclarece alguns dos principais aspectos relacionados à enxaqueca e às dores de cabeça. Confira!

 

1. Enxaqueca é um tipo de dor de cabeça

Verdade. Porém, a enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça forte. Os medicamentos e recomendações para tratar a dor de cabeça comum tendem a ser mais moderados e de uso pontual. Por outro lado, a enxaqueca exige cuidados especiais e acompanhamento médico mais próximo, que podem incluir mudanças nos hábitos alimentares e na rotina de exercícios, além do uso de medicamentos específicos e de uso contínuo.

 

2. A enxaqueca é causada no fígado

Mito. É comum ouvir teorias sobre a origem da enxaqueca, como a crença de que ela é causada no fígado devido aos sintomas de náusea e vômito. No entanto, estes sintomas têm sua origem no cérebro, mais precisamente em uma região chamada mesencéfalo que, quando estimulada, libera substâncias que provocam náuseas e vômitos, contribuindo para os sintomas associados à enxaqueca.

 

3. Analgésicos curam a enxaqueca

Mito. Embora analgésicos comuns possam trazer alívio para diversos tipos de dores de cabeça, é importante ressaltar que eles geralmente não são eficazes no tratamento da enxaqueca. Isso ocorre porque essa é uma condição complexa, com causas multifatoriais, que envolvem mecanismos neuroquímicos específicos.

 

4. É necessário realizar exames de imagens para o diagnóstico

Mito. O diagnóstico da enxaqueca é predominantemente clínico, sendo baseado principalmente nos sintomas relatados pelo paciente. Isso inclui a frequência dos episódios, a intensidade da dor e a presença de sintomas associados, como náuseas, sensibilidade à luz (fotofobia) e sensibilidade ao som (misofonia). Exames complementares podem ser solicitados pelo médico para descartar outras condições que possam causar sintomas semelhantes aos da enxaqueca.

 

5. A prática de atividade física previne crises de enxaqueca

Verdade. A prática regular de exercícios físicos, realizada fora dos períodos de crise de enxaqueca, pode de fato funcionar como um fator de melhora na frequência e na intensidade das crises. Isso ocorre porque o exercício físico regular pode ajudar a reduzir o estresse, melhorar a qualidade do sono, promover a liberação de endorfinas (substâncias naturais que aliviam a dor) e contribuir para o equilíbrio hormonal.

 

6. Quem tem enxaqueca não pode comer chocolate ou tomar vinho e café

Depende. Alguns pacientes podem ter suas crises desencadeadas pelo vinho, chocolate ou café. Outros podem não apresentar esta sensibilidade. Por isso, é fundamental consultar um médico especializado para identificar quais alimentos podem estar desencadeando as crises em cada caso específico.

 

7. As mulheres são as que mais sofrem com enxaqueca

Verdade. Após a puberdade, a doença afeta cerca de 18% das mulheres e 6% dos homens, com pico de prevalência entre 20 e 59 anos de idade. As flutuações hormonais ao longo do ciclo menstrual, assim como eventos como gravidez, menopausa e uso de contraceptivos hormonais, podem influenciar significativamente a ocorrência e a gravidade das crises de enxaqueca em mulheres.

 

8. As crises de enxaqueca desaparecem durante a gestação

Depende. No período gestacional, a maioria das pacientes, por questões hormonais , apresenta melhora na frequência e intensidade das crises. Porém, em alguns casos, as crises persistem ou até mesmo pioram.

 

9. A enxaqueca é uma doença hereditária

Depende. Ter um familiar em primeiro grau com enxaqueca parece estar relacionado a um maior risco de desenvolvê-la. Ou seja, herdaram da mãe, do pai ou de ambas características genéticas que levam à enxaqueca.

 

10. Beber água cura a crise de enxaqueca

Mito. Manter-se bem hidratado pode ajudar a prevenir ou reduzir a gravidade das crises, especialmente em indivíduos propensos à enxaqueca induzida pela desidratação. No entanto, embora a água seja essencial para a saúde geral, não é considerada um “fator de cura” para a doença em si.

 

11. A enxaqueca não tem cura, mas tem tratamento

Verdade. Embora ainda não seja possível banir a enxaqueca definitivamente da vida das pessoas, as terapias atuais já conferem alívio duradouro às crises, proporcionando uma qualidade de vida bastante satisfatória aos seus portadores.

 

12. Quem tem enxaqueca não pode se expor ao sol

Mito. O que se observa é que pacientes com enxaqueca apresentam sensibilidade à luz (fotofobia), especialmente nos períodos de crise.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/edicase/2024-05-17/12-mitos-e-verdades-sobre-a-enxaqueca.html Por Nicole Kloeble - Imagem: Krakenimages.com | Shutterstock


Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo daí graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.

1 Tessalonicenses 5:16-18