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quinta-feira, 4 de abril de 2024

Parada cardíaca: O que é, causas e consequências


A parada cardíaca é muito associada ao infarto do miocárdio, mas diversos outros eventos podem levar à cessação dos batimentos do coração

 

Em novembro de 2022, a cantora Gal Costa sofreu um infarto agudo no miocárdio aos 77 anos, o que a levou a uma parada cardíaca, causando seu óbito.  O infarto é a causa mais comum da parada, mas muitos outros fatores podem levar à cessação dos batimentos cardíacos.

 

“A parada cardíaca normalmente deve-se a algum evento que leva o indivíduo a uma arritmia grave, o que põe em risco de vida”, explica o Dr. Fábio Argenta, médico cardiologista, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas.

 

Segundo ele, essa arritmia pode ou não ser reversível, conforme a expertise dos indivíduos de saúde (socorristas e bombeiros) que fazem esse primeiro atendimento, além da rapidez que esse socorro ocorre. Ou seja, nem sempre uma parada cardíaca pode levar à morte.

 

“Já o ataque cardíaco refere-se ao infarto agudo do miocárdio que, em muitas das vezes, resulta em parada cardíaca levando a uma arritmia chamada fibrilação ventricular”, diz o especialista. Nesses casos, se não for realizada a cardioversão em questão de minutos, a pessoa pode chegar ao óbito.

 

“Então, o ataque cardíaco, nada mais é que o infarto do miocárdio. E, infelizmente, metade dos indivíduos que têm um ataque do miocárdio, não conseguem chegar vivos ao hospital. Destes que chegam, se não tiverem um atendimento adequado com trombolítico e medicações específicas, podem vir a óbito também”, explica o cardiologista.

 

O que pode levar a uma parada cardíaca?

No caso de indivíduos com idade menor que 35 anos, a parada cardíaca costuma ser consequência de doenças estruturais do coração, que normalmente são congênitas. É o caso, por exemplo, da miocardiopatia hipertrófica do ventrículo esquerdo, da displasia arritmogênica do ventrículo direito, entre outras.

 

Sem o diagnóstico e com um grande esforço por parte do indivíduo, que se submete a atividade física mais intensa, há a chance de desencadear episódios cardíacos a partir dessas patologias. O paciente pode então sofrer uma arritmia grave e que pode levar a parada cardíaca e morte.

 

“Por isso, antes de fazer atividade física mais intensa, mesmo que de forma amadora, é importante fazer a consulta cardiológica”, alerta o cardiologista.

 

Já nos indivíduos com idade de 35 anos ou mais, a principal causa que pode levar a parada cardíaca é o infarto agudo do miocárdio, em seguida a doença aterosclelotica, que é a formação de placa de gordura nas artérias coronárias.

 

Esses quadros também são consequência de outras comorbidades que somam para levar a pessoa ao infarto. É o caso, por exemplo, de hipertensão arterial e/ou diabetes, especialmente os casos não controlados.

 

A parada cardíaca causa algum sintoma prévio?

A parada cardíaca não costuma dar sintomas quando se deve a doenças estruturais nos indivíduos mais jovens. Por isso, durante um esforço mais intenso, é comum a pessoa ter uma arritmia e morte súbita, explica o cardiologista.

 

Já a parada cardíaca secundária, nos indivíduos com mais de 30/40 anos, secundária a doença transclerotica, pode dar alguns sinais. O principal sintoma tem o nome de angina, ou seja, o pré-infarto, que é uma dor torácica intensa.

 

O desconforto atinge o lado esquerdo do peito e por vezes até mesmo a região do estômago, e pode ou não se irradiar para o braço esquerdo, às vezes para os dois braços e também para a região do pescoço.

 

“Essa dor cessa quando o indivíduo pára de fazer aquele esforço. Isso é o que chamamos de angina, o ‘aviso’ do infarto”, salienta o médico.

 

A dor é resultado de uma coronária que tem um entupimento de gordura, mas ainda não fechou por completo. Quando ocorre o fechamento completo, em que essa placa rompe e há uma oclusão completa, ocorre o infarto agudo do miocárdio. “Muitas vezes acontece sem aviso prévio, sem esses sintomas”, diz o especialista.

 

Prevenção

Os episódios cardíacos podem e devem ser prevenidos através da consulta cardiológica de rotina, salienta o Dr. Fábio Argenta. “Quem tem histórico familiar de doença cardiovascular, como, por exemplo, colesterol, diabetes e hipertensão, já deveria com a idade entre 10 e 18 anos fazer a primeira consulta”, recomenda.

 

Caso não tenham eventos genéticos importantes, a consulta pode ser depois dos 18 anos de idade. Nessa consulta, que inclui exame físico e eletrocardiograma, o cardiologista irá tanto fazer o diagnóstico de alguma patologia, quanto certificar-se que o indivíduo está apto para a atividade física de forma segura.

 

Quando necessário, o médico especialista poderá dispor de outros exames, como Fábio explica abaixo:

 

Ecocardiograma, que avalia doenças estruturais;

Holter 24 horas, que avalia de forma ainda mais completa certas arritmias;

Mapa de 24 horas, quando se quer fazer um diagnóstico mais preciso da pressão arterial;

Teste ergométrico, que avalia doenças sistêmicas do coração;

Ressonância e tomografia cardíaca.

 

No que tange à prevenção, é indicada a adoção de um estilo de vida saudável. Isto é, na alimentação, não abusar do sal, evitar o excesso de comida saturada e, além disso, manter atividade física regular, por pelo menos 30 minutos e 5 vezes na semana. É importante também evitar a obesidade, o excesso do consumo de bebida alcoólica e o tabagismo, orienta o médico cardiologista.

 

Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/parada-cardiaca-o-que-e-causas-e-consequencias.phtml - By Milena Vogado - Foto: Shutterstock


Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.

1 Timóteo 6:11


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Vacina bivalente: o que é, características e como funciona


A vacina bivalente, que é produzida pela Pfizer, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, onde o seu uso seria para combater a COVID-19.

 

Esses imunizantes foram criados com o intuito de oferecer uma proteção extra contra a ômicron e as suas sub variantes, onde a autorização da agência reguladora é apenas para o uso emergencial.

 

Dessa forma, todas as pessoas podem estar seguras, onde assim como um laudo pcmso ppra ltcat, as vacinas possuem a função de proteger aqueles que a utilizam, entretanto atuam aumentando a sua imunidade.

 

Continue lendo este artigo e compreenda um pouco mais sobre o que são as vacinas bivalentes, como elas funcionam e entre muitos outros fatores.

 

O que são vacinas bivalentes?

As vacinas bivalentes são nada menos do que novas medicações que foram aprovadas pela Anvisa, onde estão atualizadas para serem utilizadas no combate às novas variantes de coronavírus, protegendo assim aqueles que o utilizam.

 

Essa vacina é extremamente necessária, uma vez que desde o começo da pandemia, em 2020, o vírus vem sofrendo inúmeras mutações, sendo esse um fator muito comum, entretanto, também bastante perigoso para os seres humanos.

 

As variantes atuam com pequenas mudanças entre si, mas também com algumas semelhanças, prejudicando o bem-estar.

 

Dessa forma, assim como empresas de mão de obra terceirizada, existem também a CLT, PJ, MEI e entre muitos outros, onde todos possuem a mesma função, entretanto com algumas variações entre si que a diferem.

 

Da mesma forma se dá as variações do coronavírus, onde eles atuam de formas muito semelhantes, mas também com as suas particularidades, ameaçando a saúde de quem a possui.

 

Atualmente, a mutação que está dominando o mundo é a ômicron, sendo esse bem diferente do vírus original.

 

Por esse motivo, as vacinas que são chamadas de “monovalentes” acabam fornecendo menos proteção para a variante dominante, todavia continuam ainda sendo muito eficazes para casos mais graves, óbitos e também hospitalizações.

 

Como você pode perceber, devido às mutações, as suas diferenças dificultaram a proteção de algumas vacinas contra o vírus, entretanto os casos mais graves continuam sendo ainda muito eficientes, diminuindo um pouco os riscos dessa pandemia.

 

De acordo com Meiruze Freitas, diretora da Anvisa, o principal objetivo do reforço com a vacina bivalente é o de expandir a resposta imune, sendo ela específica à variante ômicron, melhorando assim a proteção da população.

 

Todavia, a diretora alerta que as pessoas não atrasem com a sua vacinação de dose de reforço, que já é planejada para esperar o acesso à vacina bivalente.

 

Esse fator é essencial porque todas as vacinas de reforço que foram aprovadas ajudam a melhorar a proteção contra casos graves e também por COVID-19.

 

Além disso, principalmente os grupos de maior risco devem se atentar a tomar as vacinas, já que com as doenças e idade vem muitas limitações, como de mobilidade, precisando utilizar guincho hospitalar, mas também de imunidade, precisando do uso de vacinas.

 

Os imunizantes que foram indicados para o Brasil são da farmacêutica Pfizer, onde existe a “bivalente BA.1", protegendo contra a cepa original e a sub variante “ômicron BA.1”.

 

Além disso, também existe a “bivalente BA.4/BA.5”, protegendo contra a cepa original e contra as sub variantes “ômicron BA.4/BA.5”.

 

A Anvisa, assim como a Pfizer, reforça ainda que a vacina monovalente original ainda é um importante instrumento de combate à COVID-19 e não deve ser jogada fora por uma empresa de coleta de resíduos hospitalares, mas sim continuando sendo utilizada.

 

Como a vacina bivalente funciona?

A vacina da Pfizer funciona utilizando a tecnologia de ácido ribonucleico, ou seja, RNA, mensageiro, também sendo conhecido como mRNA.

 

Entretanto, diferente das imunizações tradicionais, onde é usada uma versão morta do vírus, com a finalidade de que o corpo pudesse produzir anticorpos, as vacinas de mRNA representam uma grande inovação na maneira de fabricar imunizantes.

 

Isso acontece porque o mRNA possui a função de carregar as informações que são necessárias para a síntese proteica.

 

Ela funciona como uma torre de vídeo, onde ela é usada para passar as informações do interior de uma pessoa para fora, entretanto, no caso da vacina, as informações do vírus são inseridas no organismo, transmitindo informações para a síntese proteica.

 

Com isso, esses dados são captados pelos ribossomos, sendo essas organelas que efetuam o trabalho de sintetizar proteínas dentro das células, entre outras funções.

 

A partir desse processo, o corpo possui a capacidade de produzir uma proteína específica, sendo essa conhecida como proteína S, usada pelo vírus para invadir as células que são saudáveis.

 

Assim, os anticorpos e linfócitos T, que fazem parte do sistema imunológico, podem aprender essa informação para então combater a proteína de um vírus real.

 

Dessa forma, assim como um sistema de videoconferência que recebe informações de outro aparelho para funcionar, o seu sistema imunológico também pode possuir essa troca de informação.

 

Com isso, é possível imunizar uma pessoa sem precisar que o corpo tenha um contato com o vírus, utilizando apenas um código genético.

 

Em quais lugares já foi aproveitada?

As vacinas bivalentes foram aprovadas pela Anvisa e são indicadas para a sua utilização na população em crianças a partir de 12 anos de idade.

 

Elas são indicadas como uma dose de reforço, onde devem ser aplicadas a partir de três meses depois da série primária de vacina ou de reforço anterior.

 

Entretanto, elas ainda não estão disponíveis no Brasil, onde em uma nota a Pfizer anunciou que é esperado que as vacinas BA.1 e BA.4/BA.5 cheguem ao país nas próximas semanas.

 

Atualmente, o contrato vigente de fornecimento de vacinas da Pfizer ao Brasil inclui a entrega de potenciais vacinas que são adaptadas a novas variantes ou para diferentes faixas etárias.

 

Com isso, o Ministério da Saúde declarou que vai solicitar à Pfizer o cronograma de envio dos lotes com os novos imunizantes. Já sobre a nova estratégia de imunização, referente quem irá receber a nova vacina, a pasta diz que ainda está definindo.

 

Assim, as orientações para a aplicação da vacina e o cronograma de distribuição serão formalizados em nota técnica aos estados nos dias seguintes.

 

Todavia, alguns países já liberaram o uso dessa vacina, onde a vacina bivalente BA.1 está aprovada em cerca de 35 países.

 

Já em relação à vacina bivalente BA.4/BA.5, essa está aprovada em 33 países em seu total, onde dentre eles, podem-se citar:

 

Canadá;

Japão;

Reino Unido;

Estados Unidos;

Austrália;

Singapura.

 

Esses são dos países onde está aprovada a utilização dessa vacina, ainda sem incluir muitos outros países, além da União Europeia.

 

Infelizmente, as vacinas ainda não podem ser usadas pela internet, em esus online, entrando em contato com outros países para a sua aplicação, por isso basta apenas esperar para a sua aprovação no Brasil e se proteger sempre dos perigos da COVID-19.

 

Qual é a importância da vacina bivalente?

Embora muitas doses diferentes de vacinas já tenham sido aplicadas na população, é muito importante acompanhar a evolução do coronavírus, uma vez que ele está passando por muitas mutações.

 

Como já mencionado, ao alterar algumas características do vírus, algumas proteções podem acabar perdendo um pouco em sua eficiência.

 

Um exemplo para isso é a variante BQ.1 do vírus, que proporcionou uma grande alta nos casos de COVID-19 no mês de novembro. Dessa forma, vários países, como os Estados Unidos, muitos em toda a Europa e no Brasil, sofreram com essa alta.

 

Segundo os dados das Secretarias de Saúde brasileiras, foi possível perceber um aumento de 131% na média móvel de casos de COVID-19 no mês de outubro em comparação com o ano anterior.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, essa alta pode ser atribuída à circulação dessa nova cepa que é derivada da ômicron.

 

Os dados da OMS também afirmam que, com base no conhecimento atual, a proteção das vacinas que estão disponíveis atualmente pode ser reduzida por se tratar de uma nova variante.

 

Todavia, a vacina bivalente age de forma a orientar o seu organismo com informações do vírus, de maneira que você possua condições de se preparar da melhor maneira possível caso seja contaminado.

 

A pandemia do coronavírus, que se iniciou no ano de 2020, mesmo estando bem mais controlada, ainda não acabou, e por esse motivo é muito importante continuar se protegendo contra ela.

 

Além disso, diferente de uma compra diária, como pesquisar “simulador de escadas preço” no Google para obter os melhores valores, a vacina do coronavírus é totalmente gratuita, sendo apenas mais uma vantagem para a sua saúde e a de toda a sua família.

 

O maior bem que todas as pessoas possuem é a sua saúde, e por esse motivo é muito importante sempre cuidar do seu bem-estar e de quem você ama.

 

Fonte: https://www.sejahojediferente.com/2023/02/vacina-bivalente-o-que-e.html - Gabriel Prado


Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. Mateus 11:28-29


sábado, 8 de janeiro de 2022

Gripe H3N2: o que é, sintomas, tratamentos e tem cura?


O que é Gripe H3N2?

O H3N2 trata-se de um subtipo do vírus influenza A, que pode ser classificado de acordo com suas características em diferentes hemaglutininas (H) e neuraminidases (N) – H1N1, H3N2, H7N1 e outros. (1)

 

O influenza A é um vírus causador da gripe influenza. Os vírus da gripe, basicamente, possuem os tipos A, B e C. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações, sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o tipo C. Os tipos A e B causam maior mortalidade que o tipo C. (5)

 

No entanto, as epidemias e pandemias estão mais associadas ao vírus do tipo A. O tipo C não possui nenhuma importância clínica e epidemiológica. Atualmente circulam no Brasil são os vírus do influenza A/H1N1pdm09, A/H3N2 e influenza B. (4)

 

Existem diferenças entre H3N2, H2N3 e o H1N1?

Não há grandes diferenças no que diz respeito a que doenças causam, como se prevenir e como tratar. A diferença entre os três subtipos de vírus está nas proteínas específicas que cada um tem em sua superfície.

Eles são cepas diferentes do mesmo vírus, com características semelhantes. Recentemente, o Ministério da Saúde revelou que vírus H2N3 não existe no Brasil.

Em 2018, até 07 de abril, foram registrados 286 casos de influenza em todo o país, com 41 óbitos. Do total, 71 casos e 12 óbitos foram por A/H3N2. Em relação ao vírus A/H1N1pdm09, foram registrados 116 casos e 16 óbitos. Ainda foram registrados 52 casos e 6 óbitos por influenza B e os outros 46 casos e 7 óbitos por influenza A não subtipado. (2,4)

 

Causas

O H3N2 é um vírus que causa gripe. Sua transmissão é igual a transmissão dos vírus da gripe, ocorrendo através de secreções respiratórias, como gotículas de saliva, após a pessoa contaminada tossir, espirrar ou até falar.

Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dia, os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca. (3,4)

 

Fatores de risco

A gripe H3N2, como qualquer gripe, pode afetar pessoas de todas as idades. Porém alguns indivíduos têm maior chance de desenvolver formas graves da doença: (1,4)

Idosos

Crianças

Gestantes e mulheres que acabaram de dar à luz

Portadores de doenças crônica e imunocomprometidos

Pessoas com obesidade.

Permanecer em locais fechados e com um aglomerado de pessoas, levar as mãos à boca ou ao nariz sem lavá-las antes e permanecer em contato próximo com uma pessoa doente são os principais fatores que podem aumentar os riscos de uma pessoa vir a desenvolver gripe H3N2.

 

Sintomas de Gripe H3N2

Os sintomas são bem parecidos com os da gripe comum: (2)

Febre alta, em geral acima de 38ºC

Tosse seca

Dor de garganta

Falta de ar

Dores musculares

Fraqueza

Dor de cabeça

Náuseas e vômitos

Diarreia

Congestão nasal e espirros.

Buscando ajuda médica

É importante buscar ajuda médica se os sintomas forem muito intensos nas primeiras 48 horas, se a pessoa apresentar dispnéia (falta de ar) e se os sintomas persistirem por mais de sete dias. (2)

 

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar a gripe H3N2 são:

Clínico geral

Infectologista

Pneumologista.

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

 

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram

Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade

Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

 

Quais são seus sintomas?

Quando seus sintomas surgiram?

Você manteve contato próximo com alguém que estava doente?

Você esteve recentemente em locais fechados ou com aglomerados de pessoas?

Você sente falta de ar? Com que frequência?

Você tomou vacina para gripe?

 

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para gripe H3N2, algumas perguntas básicas incluem:

 

Qual é a causa mais provável da minha gripe?

Quais os tratamentos para H3N2?

Quanto tempo fico contagioso depois de iniciar o tratamento?

Existe uma alternativa genérica ao medicamento que você me prescreve?

Preciso voltar para uma visita de acompanhamento?

Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

 

Diagnóstico de Gripe H3N2

O diagnóstico é feito por um médico, baseado nos sinais clínicos do paciente e com uma amostra da secreção da nasofaringe, que deve ser colhida preferencialmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas. (2)

 

Tratamento de Gripe H3N2

O principal tratamento para qualquer cepa do vírus influenza é feito com o uso do antiviral à base de fosfato de Oseltamivir (Tamiflu), que somente deve ser usado com prescrição médica.

Como em toda gripe, os tratamentos são sintomáticos, com antitérmicos, analgésicos, expectorantes, que controlam os sintomas da doença, como febre e dores. Os antivirais só devem ser utilizados sob prescrição médica, para casos específicos.

Além disso, é indicado que o paciente permaneça em repouso, consuma bastante líquido e tenha uma dieta equilibrada. (1,2,3)

 

Medicamentos para Gripe H3N2

Os medicamentos mais usados para o tratamento de gripe são:

Acetilcisteína

Aspirina 500mg

Advil

Alivium

Apracur

Benegrip

Bisolvon

Bromexina

Clobutinol + Succinato de Doxilamina

Carbocisteína

Cimegripe 77C

Cimegripe Dia

Coristina D

Flanax 550mg

Fluitoss

Ibupril (cápsula)

Ibupril (gotas)

Ibupril 400mg

Ibuprofeno

Leucogen

Multigrip

Naldecon Dia

Naldecon Noite

Paracetamol

Tamiflu

Trimedal

Tylenol sinus.

Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

 

Gripe H3N2 tem cura?

Geralmente o prognóstico é bom, mas em alguns casos dependendo da gravidade, a gripe H3N2 pode levar a óbito. Contudo, quando o paciente segue o tratamento indicado pelo médico tem uma completa resolução do quadro.

 

Complicações possíveis

A principal complicação decorrente de gripe H3N2 consiste em crises de insuficiência respiratória, que podem levar o paciente a óbito se não forem tratadas imediatamente e em caráter de urgência. (1,2,3)

 

Além disso, existem outras complicações como:

Pneumonia

Desidratação

Outras infecções já que as defesas do organismo estão baixas pela infecção viral.

Convivendo/ Prognóstico

O paciente deve repousar e ficar em casa, isso ajuda na recuperação e evita transmitir o vírus aos amigos e familiares. Beber bastante água e uma boa alimentação também são necessários para uma melhor recuperação. É importante que o paciente não passe muito tempo deitado, para que possa haver uma melhor ventilação pelos pulmões. (2,3)

 

Prevenção

A vacina da gripe é a melhor maneira de evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos, é necessário receber uma nova dose, já que a sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. A vacina da gripe previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, como o resfriado. (2)

Além disso, algumas medidas simples ajudam a manter a gripe longe, como:

Seguir hábitos de vida saudáveis: ter uma boa alimentação ajuda a manter o sistema imune em pleno funcionamento. Para os bebês a amamentação é prioridade

Beber bastante água: quando o tempo esfria um pouco tendemos a diminuir a quantidade de água ingerida, isso prejudica nosso organismo

Lavar sempre as mãos: higienizar as mãos com água e sabão, várias vezes ao dia, é uma medida simples e muito eficaz, o uso do álcool gel também é bem vindo

Cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar: Esses simples hábito de cobrir com as mãos ou o braço ao tossir ou espirrar contribui para que o vírus não se espalhe com facilidade. É usar sempre que possível um lenço de papel descartável e lavar as mãos em seguida

Evitar circular em locais com muitas pessoas: Em locais cheios a proliferação dos vírus acaba sendo maior, já que pode haver alguém infectado

Abra as janelas: Quando o frio chega é comum fecharmos as janelas de casa e do trabalho. Contudo, é preciso manter os ambientes bem arejados, para que o vírus não permaneça em um único ambiente facilitando a transmissão.

 

Vacinação

A vacina da gripe está disponível na rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, profissionais de saúde, mulheres que tiveram filhos a menos de 45 dias, crianças de 6 meses a 4 anos de idade, pessoas com doenças crônicas e indígenas. (4)

As vacinas são trivalentes, ou seja, imuniza contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe naquela época.

A campanha nacional de vacinação contra a gripe de 2018 começou no dia 23 de abril. A meta do governo é imunizar 54 milhões de pessoas, que fazem parte do grupo prioritário, até o dia 1º de julho.

 

Referências

(1) Renato Kfouri, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana

(2) Andréa Kasmim, clínica geral e pediatra

(3) Marcelo Mendonça, infectologista do Hospital Santa Paula

(4) Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/influenza

(5) Sociedade Brasileira de Infectologia. Disponível em: https://www.infectologia.org.br/pg/971/influenza

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gripe-h3n2?utm_source=news_mv&utm_medium=MS&utm_campaign=9494445 - Especialista consultado Leonardo Peixoto


Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.

1 Coríntios 15:57


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Sedentarismo: o que é, causas e consequências


A ausência de atividades físicas pode trazer complicações graves para o corpo; entenda

 

O que é

O sedentarismo é um estado onde há diminuição ou ausência total de atividade física. Pessoas de diferentes idades podem apresentar comportamento sedentário, fazendo com que o pouco gasto calórico impacte diretamente na saúde do corpo, aumentando o risco de desenvolver uma série de doenças.

 

Causas

Diferentes fatores podem contribuir para que uma pessoa se torne sedentária. Com o avanço da tecnologia e os novos hábitos geridos pela sociedade, é comum que muitas pessoas passem cada vez mais tempo mexendo no celular, assistindo televisão, substituindo as escadas pelos elevadores e o caminhar pelo carro.

Também é possível que o sedentarismo ocorra de forma involuntária, sendo causado por acidentes ou complicações que exijam repouso total, impedindo que a pessoa faça qualquer tipo de atividade física.

 

Sedentarismo no Brasil

Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2019, 40,3% da população brasileira acima dos 18 anos foi classificada como inativa, não praticando exercícios físicos ou se movimentando por menos de 150 minutos durante a semana - tempo recomendado pelos órgãos de saúde. O Brasil também aparece entre os cinco países mais sedentários do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Sedentarismo infantil

Os dados do IBGE revelaram que, entre as crianças brasileiras, 14% na faixa etária de 5 a 9 anos são obesas e 33,5% apresentam excesso de peso. Para o fisioterapeuta Fernando Zikan, uma das principais justificativas desse número é o uso intenso de aparelhos eletrônicos pelos jovens.

O especialista explica que a recomendação diária para crianças é de 60 minutos de atividade física. Essas atividades podem ser diluídas ao longo do dia como em caminhadas, brincadeiras, passeios com pets, práticas esportivas ou recreativas.

"Estratégias como estas evitam danos ao desenvolvimento psicomotor das crianças, seja físico, cognitivo ou psicológico, evitando também os impactos do sobrepeso sobre o sistema musculoesquelético, prevenindo o aparecimento precoce de doenças cardiovasculares em adolescentes e adultos", explica Fernando.

 

Consequências e doenças

A ausência de movimento é capaz de impactar não só no funcionamento do corpo como também na saúde mental, já que os exercícios físicos aumentam os níveis de serotonina e dopamina, hormônios responsáveis por melhorar o humor.

 

Entre as consequências que o sedentarismo pode trazer para a saúde estão:

 

Risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC

Diabetes

Excesso de peso

Colesterol alto

Obesidade

Problemas na coluna

Pressão alta

Falta de força muscular

Trombose

Osteoporose

 

De acordo com o Ministério da Saúde, o risco de morte aumenta em até 30% em pessoas sedentárias. Isso acontece porque muitas das doenças responsáveis pelas maiores causas de óbito no mundo, como a cardiopatia isquêmica, podem ocorrer como consequência do baixo número de atividades físicas praticadas.

 

Como evitar o sedentarismo

Segundo o fisioterapeuta Fernando Zikan, a atividade física deve estar associada a fatores motivacionais, pois eles são os principais elementos que despertam energia para iniciar e manter a prática de exercícios. "Cada indivíduo terá seus fatores pessoais, sejam eles de ordem física ou mental, e cabe ao profissional identificar, no contexto particular, o que despertaria a pessoa para a prática".

Buscar o apoio de especialistas é uma das principais maneiras de combater o sedentarismo. Com o auxílio de profissionais e a avaliação das próprias características físicas, é possível encontrar alternativas que permitam que cada pessoa possa se exercitar de um modo que melhor respeite as suas limitações.

Também é possível utilizar a tecnologia como apoio nesse processo. "Por meio de dispositivos e aplicativos podemos mensurar a quantidade de passos dados ao longo do dia, bem como o tempo de atividade, o que torna a atividade física atraente para crianças e jovens que podem controlar, desafiar colegas ou a si mesmos em brincadeiras virtuais de aumento do número de passos dados ou horas em atividade", fala Fernando.

 

Exercícios

A recomendação dada pela OMS é de que adultos realizem 150 minutos de atividade física moderada por semana ou 5 mil passos por dia. Alguns exemplos de exercícios que podem ser realizados em casa são:

 

Alongamento: esticar os braços com as palmas das mãos viradas para cima, por exemplo, é uma das alternativas para quem permanece muito tempo sentado.

Faça reuniões andando: isso ajudará a reduzir o tempo sentado, melhorando a circulação no corpo.

Substitua o sofá por exercícios: não é preciso ficar parado enquanto assiste TV. Praticar exercícios como flexões, polichinelos e elevação de quadril são alternativas melhores para a saúde quando você estiver em casa.

 

Fontes:

Fernando Zikan, fisioterapeuta, professor da Faculdade de Medicina UFRJ e Coordenador de Ensino da ABRAFITO (Associação Brasileira de Fisioterapia Traumato Ortopédica)

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/fitness/tudo-sobre/37222-sedentarismo - Escrito por Paula Santos

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Apneia do sono: o que é, como tratar e como prevenir

Ela ficou famosa por provocar roncos, mas faz muito mais do que isso. Das causas aos sintomas, conheça esse problema e os aparelhos que o combatem

A apneia do sono é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos. Não se trata de um simples ronco. Na apneia, a barulheira noturna é entrecortada por engasgos — e o duro é que muitas vezes o indivíduo nem os percebe enquanto dorme. Essas pequenas pausas na entrada de ar chegam a diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

É daí que derivam as consequências mais sérias do distúrbio. A redução de oxigênio superativa o sistema nervoso, que eleva o ritmo dos batimentos cardíacos e estimula a contração dos vasos sanguíneos. E, com o tempo, isso se perpetua ao longo do dia. Daí o fato de a apneia do sono ser considerado um fator de risco para pressão alta e arritmia cardíaca.

Além disso, o quadro favorece o acúmulo de gordura abdominal e a resistência à insulina (hormônio que permite à glicose entrar nas células e gerar energia), condições que contribuem para o surgimento do diabete tipo 2.

A apneia obstrutiva do sono é a versão mais comum da doença. Nesses casos, o ar para de fluir para as vias aéreas em função de um bloqueio temporário causado pelo relaxamento dos músculos da garganta — questões anatômicas interferem aqui. Em crianças, o problema pode estar relacionado ao aumento das adenoides, glândulas localizadas no nariz, ou das amígdalas, estruturas que ficam na entrada da faringe. A apneia central do sono, por sua vez, é um tipo mais raro, ocasionado por uma alteração na região do cérebro que controla a respiração.

Sinais e sintomas
– Ronco
– Respiração ofegante
– Sensação de sufocamento ao dormir
– Sono agitado
– Sonolência ao longo do dia
– Dificuldade de concentração
– Dor de cabeça matinal

Fatores de risco
– Excesso de peso
– Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta
– Tabagismo
– Álcool em excesso
– Uso exagerado ou equivocado de sedativos
– Aumento das amígdalas e adenoides
– Dormir de barriga para cima
– Tumores

A prevenção
Como o excesso de peso é um dos principais desencadeadores da apneia, um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercício físico, é essencial para se ver livre do problema.
Os fumantes devem fazer um esforço extra e deixar o cigarro de lado, uma vez que o hábito costuma agravar bastante a condição. Recomenda-se também maneirar nas doses de bebida alcóolica, que em excesso interfere no ciclo do sono e no relaxamento da musculature da garganta e se transforma em gatilho para o distúrbio.

O diagnóstico
O relato de sono agitado e ruidoso é o ponto de partida para a detecção da apneia — e, nesse sentido, a avaliação do parceiro (ou parceira) é muito bem-vinda. A confirmação e a análise da gravidade do distúrbio são feitas por meio de um exame chamado polissonografia.
Ele é realizado em um laboratório do sono de um hospital ou clínica especializada. O paciente passa a noite ligado a um aparelho que registra parâmetros como os batimentos cardíacos, a atividade cerebral, o movimento dos olhos, a respiração e o nível de oxigênio no sangue.
Também é possível fazer esse monitoramento com um dispositivo portátil, do tamanho de um relógio, que fica preso ao pulso e em dois dedos da mão. Colocado na hora de dormir, ele assinala as condições de sono. Depois, o aparelho é levado para o médico, que analisa os resultados na tela do computador.

O tratamento
Conhecer a origem do distúrbio é fundamental para o especialista determinar as medidas de controle. Se a pessoa for obesa, a recomendação inicial é a perda de peso, associada a exercícios fonoaudiológicos para tonificar os músculos da garganta.
Apneias mais leves, em geral provocadas pelo hábito de respirar pela boca, costumam ser tratadas com dilatadores de narinas.
Para quem tem mandíbula curta, aparelhos ortodônticos feitos sob medida projetam a ossatura ou abaixam a língua, facilitando a passagem de ar.
Uma das formas mais eficazes para resolver as pausas na respiração durante o sono é o uso de um mecanismo chamado CPAP — sigla para pressão positiva contínua nas vias aéreas, em inglês. Como o nome sugere, trata-se de uma máscara que cobre o nariz e a boca e joga o ar para as vias respiratórias. O CPAP é considerado o padrão-ouro no tratamento da apneia do sono. Quando a razão do problema é uma incorreção anatômica — na arquitetura da face ou nas amígdalas, por exemplo — indicam-se cirurgias.


Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/apneia-do-sono-o-que-e-como-tratar-e-como-prevenir/ - Por Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro - GI/Getty Images

sábado, 22 de novembro de 2014

Segundo a NASA, sete palavras definem o que é vida

O que é vida?

É muito difícil dizer. MUITO MESMO. Tanto que os cientistas estão batendo a cabeça com isso há muito tempo.

Definir o que constitui vida é complicado, ainda mais porque não sabemos que outros tipos de vida, sem ser as que conhecemos aqui na Terra, podem existir.

Por outro lado, é preciso que haja alguma acepção, para justamente podermos procurar pela vida fora do planeta.

Muitos cientistas tentaram listar características básicas da vida para que pudéssemos identificá-la. Mas uma lista precisa de um quadro teórico maior. Caso contrário, é difícil argumentar que estas características seriam universais, encontradas entre as formas de vida que nós ainda não conhecemos.

Em 1994, um grupo de cientistas da NASA criou uma definição de apenas sete palavras para guiar a agência espacial norte-americana nas suas missões em busca de vida extraterrestre.

Segundo eles, a vida é um: “sistema químico autossustentável capaz de evolução darwiniana”. Mas será que isso realmente abrange toda a vida, incluindo os tipos que ainda temos que descobrir?

Destrinchando a vida

Cada termo escolhido para estra frase foi selecionado cuidadosamente.

“Sistema químico” é um termo que reconhece que a vida é a integração de vários processos metabólicos, interdependentes. A palavra “sistema” também faz uma distinção entre “vida” e “viva”, que não são necessariamente a mesma coisa. Uma célula de sangue em seu corpo é viva – é um tecido vivo -, mas, por si só, não é vida.

Já “autossustentável” não quer dizer que a vida não precisa comer para crescer e se desenvolver. Neste contexto, significa que a vida não precisa de intervenção contínua – seja por um ser inteligente, seja por Deus, por um estudante de pós-graduação ou por um jardineiro – para fornecer o seu sustento. Dado um ambiente com recursos suficientes, ele pode sobreviver por conta própria.

Por fim, “capaz de evolução darwiniana” é uma expressão que se refere ao mecanismo por trás da seleção natural que permite que a vida sobreviva e se adapte a ambientes em constante mudança. No sentido mais amplo, a evolução darwiniana significa que a “vida” deve ser capaz de fazer cópias perfeitas de informação imperfeita durante a reprodução, e depois ser capaz de passar essa informação para sua prole, através das gerações. Nas formas de vida terrestres, essa informação é codificada no DNA.

Essa expressão é especialmente crítica para diferenciar entre um verdadeiro organismo vivo de outros processos químicos que podem imitar a vida, como os cristais. Um cristal de clorato de sódio pode ser usado para semear o crescimento de outros cristais de clorato de sódio. Ou seja, pode se reproduzir. Além disso, as características do cristal podem ser passadas para seus descendentes.

No entanto, a replicação é imperfeita. E a informação nestes defeitos em si não é hereditária: os defeitos do cristal pai não são reproduzidos nos cristais descendentes. Assim, as informações contidas nos defeitos no cristal são totalmente independentes das informações armazenadas nos defeitos do pai. Por isso, o cristal de cloreto de sódio não pode suportar a evolução darwiniana, o que significa que um sistema de cristais de clorato de sódio não se qualifica como vida.

Aliás, como “capaz de evolução darwiniana” é o predicado do sujeito “sistema químico”, é o sistema vivo que precisa se adaptar e evoluir. Um único indivíduo pode parecer ser capaz de sofrer evolução darwiniana, mas pode de fato estar morto, ser um resto fóssil ou até ser incapaz de encontrar um companheiro ou companheira.

Outro ponto importante é que informações químicas são o produto da evolução darwiniana. Assim, todas as informações necessárias para que o sistema se submeta a evolução darwiniana devem ser parte do sistema.

Definição suficiente?

Muitas coisas não se encaixam nessa definição, de forma que o pente parece de fato ser fino o suficiente para identificarmos vida.

No entanto, um dos primeiros organismos que logo pode não caber mais nesta descrição são os próprios seres humanos.

Em poucos anos, poderemos ser capazes de identificar as sequências de DNA que são melhores para nossos filhos e ter a tecnologia que permite que estas sequências sejam colocadas em nossas linhas germinativas. Se isso acontecer, então a nossa espécie vai começar a escapar de mecanismos darwinianos para melhorar os nossos genes.

A boa notícia é que não vamos mais precisar ver crianças morrerem de doenças genéticas; um grande número de más mutações é o custo da evolução darwiniana.

Através desta possível nova tecnologia, a humanidade seria capaz de evoluir de uma forma mais “lamarckiana”. Assim, quem sabe devêssemos começar a pensar em uma melhor definição da teoria da vida agora mesmo. [io9]