Câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele)
O 11º mês do ano é
marcado pela campanha Novembro Azul. A ação, encabeçada pelo Instituto Nacional
do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, e apoiada por diferentes instituições
e ONGs brasileiras, tem como objetivo alertar a população sobre a importância
dos cuidados com a saúde masculina, especialmente no que diz respeito ao câncer
de próstata.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais
comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. 75%
dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, e por aqui, o número de casos
cresce a cada a cada ano.
Pensando nisso, separamos algumas informações
importantes que você precisa saber sobre a condição:
O QUE É?
“A próstata é uma glândula do homem, localizada abaixo
da bexiga, em frente à porção final do intestino (o reto) e que envolve o canal
por onde passa a urina (a uretra). A doença acontece quando as células dessa
glândula se multiplicam de forma desordenada e descontrolada, causando tumores,
algumas vezes malignos”, explica a Dra. Pamela Carvalho Muniz, oncologista da
Oncoclínicas São Paulo.
CAUSAS
Há fatores que podem aumentar o risco do câncer de
próstata, entre eles a idade. “Sabemos que a chance de ter a doença aumenta com
o envelhecimento do indivíduo, sendo uma doença muito mais frequente após os 60
anos”, diz a oncologista.
A obesidade e o histórico familiar da doença também
são aspectos que podem aumentar as chances de surgimento do problema.
SINTOMAS
De forma geral, o câncer de próstata pode ser uma
doença silenciosa, ou seja, pode não apresentar nenhum sintoma.
No entanto, de acordo com a oncologista, com o avanço
da doença, podem surgir alguns sintomas, como dificuldade, dor ou ardência para
urinar, sangue na urina e sensação de não esvaziamento completo da bexiga.
Em fases ainda mais avançadas, o pacienta também pode
sofrer com emagrecimento e dores na coluna, por exemplo.
DIAGNÓSTICO
Para fazer o diagnóstico do câncer de próstata, alguns
exames são indicados, como o PSA (exame de sangue que quantificar o antígeno
prostático específico) e o toque retal, segundo a Dra. Pamela.
Ao serem observadas alterações nesses exames e nos de
imagem (ultrassom, tomografia e ressonância magnética), existe a necessidade de
realizar uma biópsia.
“A biópsia é o procedimento que, de fato, vai
confirmar o diagnóstico da neoplasia. Nesse procedimento, ocorre a retirada de
fragmentos pequenos da próstata, que serão analisados no laboratório para
confirmação da doença”, explica a médica.
TRATAMENTO
“O tratamento depende diretamente da extensão da doença.
No caso de estar localizada, podemos lançar mão da cirurgia, radioterapia
combinada ou não à hormonioterapia. Já nos casos mais avançados pode-se ainda
indicar quimioterapia, fármacos nucleares, novos agentes hormonais na forma de
comprimidos. Todas essas possibilidades de tratamento hoje disponíveis dependem
de avaliação médica criteriosa e multidisciplinar”, diz a oncologista Pamela
Carvalho Muniz.
O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA
A prática regular de atividade física é fundamental
para reduzir o risco de desenvolvimento da doença, assim como pode ajudar os
pacientes que foram diagnosticados com o problema e estão em tratamento.
“Não podemos afirmar que a prática de exercícios
físicos irá impedir 100% o desenvolvimento do câncer de próstata, afinal,
existe a predisposição genética. Mas, a literatura científica nos mostra que os
exercícios físicos contribuem para uma melhora geral do quadro de saúde e
redução do risco de desenvolvimento de tumor, especialmente em relação a
pessoas com comportamento sedentário”, diz o mestre em fisiologia do exercício
e diretor técnico das academias Bodytech, Eduardo Netto.
“Cada vez mais, faz parte da rotina do oncologista
incluir a orientação da prática de atividade física como parte da prevenção de
muitos tipos de câncer, entre eles o câncer de próstata, mama, intestino e
endométrio, por exemplo”, completa a Dra. Pamela.
Além de melhorar a força muscular e prevenir a perda
da massa óssea, a prática de atividade física por pelo menos 15 minutos
diariamente pode melhorar o cansaço, a fadiga e a capacidade
cardiorrespiratória.
“De acordo com as Diretrizes da American Cancer
Society, realizar mais atividade física é um comportamento associado à redução
do risco de desenvolvimento de vários tipos da doença, incluindo câncer de mama,
próstata, cólon e endométrio”, enfatiza o profissional de educação física
Eduardo Netto.
Para os pacientes que já são diagnosticados com
câncer, o exercício físico ajuda a lidar com os efeitos colaterais dos
tratamentos (quimioterapia, hormonioterapia) e promove melhores taxas de
sobrevida.
“A prática de exercício demonstrou ser eficaz para
neutralizar sequelas do tratamento, bem como melhorar a saúde mental e a
qualidade de vida”, pontua Eduardo.
“É importante lembrar que a orientação e a escolha da
melhora atividade física para cada paciente deve ser discutida em consulta
médica e personalizada para cada paciente de acordo com a extensão da doença e
condição clínica atual”, alerta a oncologista.
O risco de surgimento de câncer também pode ser reduzido
ao adotar um estilo de vida saudável, ou seja, controlando o peso, reduzindo o
consumo de bebidas alcóolicas e se alimentando de uma forma mais equilibrada.
Fonte: https://saude.ig.com.br/parceiros/boa-forma/2024-11-01/novembro-azul--o-que-e--importancia--cuidados-e-prevencao.html
- Amanda Panteri
No entanto, vou trazer saúde e cura para ele; vou
curar meu povo e deixá-los desfrutar de paz e segurança abundantes. (Jeremias
33: 6)
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