O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a doença que mais
mata os brasileiros e a principal causa de incapacidade no mundo. Saiba como
prevenir
As doenças cardiovasculares são a principal causa de
morte no Brasil, e o acidente vascular cerebral (AVC) é uma das que mais
apresenta riscos. Ele é também a maior causa de incapacidade no mundo. Aliás,
dados da Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC) indicam que aproximadamente 70%
das pessoas não retornam ao trabalho devido às sequelas e 50% ficam dependentes
de outras pessoas no dia a dia pela mesma razão.
Além disso, os casos de entre os jovens vem
aumentando, atingindo 10% dos pacientes com menos de 55 anos. A Organização
Mundial de AVC estima que uma em cada seis pessoas no mundo terá um acidente
vascular cerebral em algum momento da vida.
Causas do AVC
O AVC acontece quando o fornecimento de sangue para
uma parte do cérebro é impedido, fazendo com que as células cerebrais fiquem
danificadas e impossibilitadas de cumprir suas funções. No entanto, o médico
nutrólogo Dr. Ronan Araujo explica que as células cerebrais precisam de um
suprimento constante de oxigênio e nutrientes.
“Eles são entregues por uma rede de vasos sanguíneos
que atingem todas as partes do cérebro. Quando algo corta esse suprimento, as
células cerebrais começam a morrer. A lesão que se segue é chamada de acidente
vascular cerebral”, completa.
O AVC isquêmico é o tipo mais comum, representando 85%
de todos os casos. Ele ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a
passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa
obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo
(embolia).
Já o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um
vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do
tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável por
15% de todos os casos, mas pode causar a morte com mais frequência do que o AVC
isquêmico.
Sintomas
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais
sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:
Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na
perna, especialmente em um lado do corpo;
Confusão mental;
Alteração da fala ou compreensão;
Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou
alteração no andar;
Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.
O neurocirurgião do Hospital Israelita Albert
Einstein, Dr. Wanderley Cerqueira de Lima, destaca que, ao notar qualquer um
desses sintomas, é preciso procurar atendimento médico imediatamente. Isso
porque “tempo é cérebro”, como afirma o especialista. Ele explica que o
paciente deve ser diagnosticado e tratado nas primeiras quatro horas de emergência,
pois, caso contrário, aumentam as chances de desenvolver alguma sequela grave.
“Por isso, qualquer pessoa sempre tem que se preocupar
se perceber uma dor de cabeça latejante, que muda a face do paciente. Também se
ele não consegue falar direito, se perde a força de um dos lados do corpo e
sente a visão turva”, acrescenta.
Fatores de risco
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os
principais fatores que aumentam a probabilidade da ocorrência de um acidente
vascular cerebral, seja ele isquêmico ou hemorrágico, são:
Hipertensão;
Diabetes tipo 2;
Colesterol alto;
Sobrepeso;
Obesidade;
Tabagismo;
Uso excessivo de álcool;
Idade avançada;
Sedentarismo;
Uso de drogas ilícitas;
Histórico familiar;
Ser do sexo masculino.
No entanto, como aponta o Dr. Ronan, 80% dos casos
podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis.
Prevenção do AVC
O médico nutrólogo aponta as principais maneiras de
prevenir um AVC:
Controlar a hipertensão arterial;
Tratar adequadamente o diabetes;
Reduzir os níveis de colesterol;
Controlar o peso;
Praticar exercícios físicos regularmente;
Adotar técnicas que melhoram a qualidade do sono;
Cessar o tabagismo;
Comer bem, evitando carnes muito gordurosas e
alimentos industrializados e processados;
Reduzir o consumo de sal;
Controlar os níveis de estresse;
Consumir mais alimentos ricos em fibra.
Além disso, o médico destaca que é imprescindível
evitar o consumo descontrolado de bebida alcoólica. “Tomar uma cervejinha ou
uma taça de vinho socialmente não é um problema, mas o consumo excessivo e
desregrado do álcool eleva a pressão arterial e pode ser extremamente
perigoso.” alerta o especialista.
Ele acrescenta que o ideal é visitar com frequência um
médico nutrólogo ou endocrinologista, para tratar adequadamente problemas com o
colesterol, diabetes, hipertensão arterial e, além disso, a obesidade. “Essas
são atitudes essenciais que ajudam a reduzir os riscos de AVC.” finaliza o Dr.
Ronan.
Fonte: https://www.saudeemdia.com.br/noticias/dia-mundial-do-avc-prevencao-pode-evitar-80-dos-casos.phtml
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No entanto, vou trazer saúde e cura para ele; vou
curar meu povo e deixá-los desfrutar de paz e segurança abundantes. (Jeremias
33: 6)