Fatores como pressão alta, diabetes e colesterol elevado aumentam o risco de Acidente Vascular Cerebral
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente
conhecido como derrame, é uma das principais causas de morte e incapacidade no
Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca
de 15 milhões de pessoas sofrem um AVC a cada ano e, dessas, aproximadamente 6
milhões morrem em decorrência do episódio.
29 de outubro, Dia Mundial e Nacional de Prevenção ao
AVC, especialistas reforçam que, embora grave, o derrame pode ser evitado com
medidas simples de prevenção e com o reconhecimento rápido dos sinais de
alerta.
Causas do AVC
O AVC ocorre quando há uma interrupção ou redução do
fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro, impedindo que o órgão receba
oxigênio e nutrientes. "Essa interrupção pode acontecer por um bloqueio
(AVC isquêmico), que representa cerca de 85% dos casos, ou por um rompimento de
um vaso sanguíneo (AVC hemorrágico)", explica o cardiologista Dr. Raphael
Boesche Guimarães.
Ele destaca que os danos podem ser irreversíveis se o
tratamento não for iniciado rapidamente. "O tempo é o principal inimigo no
AVC. Cada minuto sem atendimento aumenta o risco de sequelas graves ou até
mesmo de morte", alerta.
Fatores de risco para o AVC
Entre os principais fatores de risco para o AVC, estão
hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e
obesidade. O médico explica que o controle dessas condições é essencial para
reduzir a probabilidade de um episódio.
"Mais de 80% dos casos de AVC poderiam ser
prevenidos com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico
regular", afirma o Dr. Raphael Boesche Guimarães. Além disso, monitorar
doenças crônicas é fundamental. "Manter a pressão sob controle, tratar o
diabetes e o colesterol, praticar atividade física e adotar uma alimentação
equilibrada fazem toda a diferença", acrescenta.
O médico também ressalta que pessoas com histórico
familiar de doenças cardiovasculares devem redobrar os cuidados, já que há uma
tendência genética que pode aumentar o risco.
Sintomas do AVC
Saber identificar os sintomas precocemente pode salvar
vidas. O Dr. Raphael Boesche Guimarães destaca que os sinais clássicos de um
AVC aparecem de forma súbita e devem ser tratados como emergência médica:
Fraqueza ou dormência em um dos lados do corpo (rosto,
braço ou perna);
Dificuldade para falar ou entender o que as pessoas
dizem;
Alterações na visão (visão dupla, turva ou perda
visual);
Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação;
Dor de cabeça intensa e repentina, sem causa aparente.
"O ideal é agir rápido: ao perceber qualquer um
desses sinais, leve a pessoa imediatamente a um pronto-socorro. O tratamento
precoce aumenta significativamente as chances de recuperação", reforça o
médico.
Formas de prevenir a condição
Para o Dr. Raphael Boesche Guimarães, o foco deve
estar sempre na prevenção. "O AVC é uma doença silenciosa até que
aconteça. Por isso, é essencial fazer check-ups periódicos e controlar os
fatores de risco. Pequenas atitudes diárias, como reduzir o sal, evitar o
cigarro e o consumo excessivo de álcool, já contribuem muito", afirma.
Ele também recomenda atenção especial à pressão
arterial, principal vilã dos casos de AVC. "A hipertensão não tratada
danifica os vasos sanguíneos e facilita a formação de coágulos. É o fator mais
importante a ser controlado", explica.
Tratamentos para sequelas
Embora o diagnóstico precoce e o tratamento rápido
possam reduzir sequelas, muitas pessoas ainda enfrentam limitações após o
episódio. Por isso, a reabilitação com fisioterapia, fonoaudiologia e
acompanhamento médico é fundamental.
"Com o tratamento adequado e o suporte correto, é
possível recuperar funções e qualidade de vida. O importante é não ignorar os
sinais e nunca adiar o cuidado com a saúde", conclui o Dr. Raphael Boesche
Guimarães.
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/conheca-as-causas-e-os-sintomas-do-avc,e77819d66e1cc353fc28da9d86636333avmh5qpt.html?utm_source=clipboard
- Por Daiane Bombarda - Foto: meeboonstudio | Shutterstock / Portal EdiCase

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