Frutas e vegetais de cores vivas são poderosos alimentos anti-inflamatórios, ricos em antioxidantes que protegem células e imunidade
Ao analisar a alimentação sob a ótica da ciência, um
ponto aparece com frequência em estudos recentes: frutas e vegetais com cores
vivas tendem a ser fortes aliados no combate à inflamação crônica. Pesquisas em
nutrição e medicina indicam que esses alimentos carregam uma combinação de
compostos bioativos, vitaminas e minerais que atuam em diferentes etapas do
processo inflamatório do organismo.
A inflamação, quando se torna persistente, é associada
a diversas condições, como doenças cardiovasculares, resistência à insulina e
problemas articulares. Nesse contexto, alimentos coloridos de origem vegetal
ganham destaque por oferecerem antioxidantes e substâncias naturais capazes de
modular respostas inflamatórias, sem a necessidade de intervenções
medicamentosas em situações de rotina.
O que a ciência entende por inflamação e como a
alimentação interfere?
Do ponto de vista científico, a inflamação é uma
resposta de defesa do corpo diante de lesões, infecções ou agentes irritantes.
Em situações agudas, é um mecanismo essencial. O problema surge quando esse
estado inflamatório se mantém por longos períodos, mesmo sem um agressor claro.
Estudos publicados até 2025 mostram que dietas ricas em ultraprocessados,
açúcares simples e gorduras trans estão associadas ao aumento de marcadores
inflamatórios no sangue.
Em paralelo, pesquisas com padrões alimentares
baseados em frutas, verduras, legumes, grãos integrais e gorduras de boa
qualidade indicam redução de substâncias como a proteína C-reativa e certas
citocinas inflamatórias. Nesse cenário, os alimentos de cores intensas se
destacam por apresentarem maior concentração de pigmentos naturais com ação
antioxidante e anti-inflamatória.
Por que frutas e vegetais de cores vivas são
considerados alimentos anti-inflamatórios?
A principal explicação apontada por pesquisas
científicas é a presença de compostos chamados fitoquímicos. Eles são
substâncias bioativas produzidas pelas plantas para se protegerem de radiações,
pragas e outros estresses. Quando consumidos por humanos, esses compostos podem
atuar como antioxidantes, reguladores de enzimas e moduladores de vias
inflamatórias.
Entre os fitoquímicos mais estudados estão:
Carotenoides (como betacaroteno e licopeno), comuns em
alimentos alaranjados e vermelhos;
Antocianinas, presentes em opções roxas, azuis e
algumas vermelhas;
Flavonoides em geral, encontrados em frutas cítricas,
folhas verdes e vegetais variados;
Vitamina C e vitamina E, com ação antioxidante
relevante;
Polifenóis, associados à redução de radicais livres e
modulação da inflamação.
Pesquisas demonstram que essas substâncias ajudam a
neutralizar radicais livres, moléculas instáveis que podem danificar células e
tecidos, favorecendo processos inflamatórios. Além disso, alguns pigmentos
coloridos interferem diretamente em vias metabólicas ligadas à expressão de
genes inflamatórios, reduzindo a produção de mediadores pró-inflamatórios.
Como as cores dos alimentos se relacionam com seus
benefícios?
A cor de cada fruta ou vegetal geralmente indica a
predominância de determinados compostos. Estudos em nutrição de precisão usam
essa relação cor-nutriente como uma forma prática de orientar escolhas
alimentares no dia a dia. Não se trata de regra absoluta, mas de um padrão útil
para entender por que esses alimentos de tonalidades intensas são considerados
potenciais anti-inflamatórios naturais.
Vermelhos: costumam ser ricos em licopeno e outros
carotenoides, associados à proteção vascular.
Laranjas e amarelos: apresentam altos teores de
betacaroteno e vitamina C, importantes para o sistema imune.
Roxos e azuis: concentram antocianinas, ligadas à
proteção contra danos oxidativos.
Verdes escuros: oferecem clorofila, folato, magnésio e
flavonoides diversos.
De forma geral, quanto maior a variedade de cores
naturais no prato, maior a diversidade de compostos bioativos ingeridos, o que
amplia o potencial de apoio ao controle da inflamação. Por isso, muitos
protocolos dietéticos focados na redução de inflamação, como padrões inspirados
na dieta mediterrânea, recomendam a presença diária de diferentes frutas e
hortaliças intensamente coloridas.
De que maneira esses alimentos entram na rotina
alimentar?
Estudos observacionais e ensaios clínicos destacam que
o efeito anti-inflamatório não depende de um único alimento isolado, mas do
conjunto da dieta. No entanto, a inclusão frequente de frutas e vegetais de
cores marcantes é uma das estratégias mais citadas em pesquisas de prevenção de
doenças crônicas relacionadas à inflamação.
Algumas formas comuns de incorporar esses alimentos ao
dia a dia incluem:
Adicionar frutas coloridas em lanches intermediários;
Montar refeições principais com metade do prato composta
por vegetais variados;
Alternar preparações cruas e cozidas para aproveitar
diferentes nutrientes;
Utilizar hortaliças de cores distintas em saladas,
refogados e sopas;
Preferir sucos com a fruta inteira batida, preservando
fibras, em vez de versões coadas e adoçadas.
A literatura científica ressalta também o papel das
fibras presentes nesses alimentos. Elas contribuem para o equilíbrio da
microbiota intestinal, que, segundo estudos recentes, tem relação direta com a
regulação da inflamação sistêmica.
Quais são alguns exemplos de frutas e vegetais de
cores vivas com potencial anti-inflamatório?
Diversos trabalhos em revistas científicas listam
alimentos específicos que se destacam pela combinação de cor intensa, alta
densidade nutricional e teor elevado de compostos bioativos relacionados à
modulação da inflamação.
A seguir, estão dez exemplos frequentemente citados em
pesquisas como alimentos com potencial anti-inflamatório:
1. Frutas vermelhas (morango, amora, framboesa)
2. Mirtilo (blueberry)
3. Uva roxa
4. Tomate
5. Cenoura
6. Abóbora
7. Pimentão vermelho
8. Espinafre
9. Brócolis
10. Beterraba
Esses exemplos não esgotam as opções disponíveis, mas
ilustram como a ciência vê nas cores intensas das plantas um indicativo de
compostos que podem auxiliar no controle da inflamação quando integrados a um
padrão alimentar equilibrado e variado.
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/10-frutas-e-vegetais-que-cientificamente-reduzem-a-inflamacao,0499bdf76dafa2bc0670b48f00042cc7510zv0nv.html?utm_source=clipboard
- Por: Carlos Vieira* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10 -
depositphotos.com / MicEnin

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