Especialista explica tipos de câncer de pele, sinais de risco, impacto do sol e avanços no tratamento da doença mais comum no Brasil
Com a chegada do verão, a exposição ao sol aumenta de
forma significativa e, com ela, os riscos associados ao câncer de pele, o tipo
de tumor mais frequente no Brasil.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
mostram que a condição responde por cerca de 30% de todos os diagnósticos
oncológicos no país, com mais de 220 mil novos casos registrados anualmente —
número que tende a crescer nos meses mais quentes.
Para esclarecer dúvidas comuns da população, o
oncologista Mateus Marinho, da Croma Oncologia, rede especializada em
tratamentos oncológicos integrados e humanizados, reúne cinco pontos essenciais
sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da condição.
1. Existem dois grandes tipos de câncer de pele
O câncer de pele é dividido em dois grupos principais:
melanoma e não melanoma.
O tipo não melanoma, que inclui os carcinomas
basocelular e espinocelular, é o mais comum e geralmente está relacionado à
exposição solar acumulada ao longo da vida. Quando identificado precocemente,
as chances de cura ultrapassam 90%.
Já o melanoma é menos frequente, porém mais agressivo,
com maior risco de metástases. Por isso, qualquer lesão nova ou mudança em
manchas já existentes deve ser investigada por um dermatologista, com
confirmação diagnóstica feita por biópsia.
2. A regra do ABCDE ajuda a identificar lesões
suspeitas
Uma das ferramentas mais eficazes para o autoexame da
pele é a regra do ABCDE, que avalia assimetria, bordas irregulares, variação de
cor, diâmetro maior que 6 milímetros e evolução da lesão.
Além disso, manchas que sangram, coçam, doem ou não
cicatrizam em até quatro semanas merecem atenção imediata.
O especialista alerta que melanomas podem surgir em
áreas menos óbvias, como couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e solas dos
pés, reforçando a importância da avaliação completa da pele.
3. A exposição solar acumulada é o principal fator de
risco
A radiação ultravioleta não se limita aos momentos de
lazer. Ela está presente em atividades cotidianas, como caminhar na rua ou
dirigir.
Pessoas de pele clara, idosos, quem tem histórico
familiar ou já teve câncer de pele apresentam risco aumentado.
O bronzeamento artificial também é desaconselhado,
pois utiliza radiação intensa e eleva significativamente a chance de tumores.
4. Protetor solar não impede a produção de vitamina D
O uso diário de protetor solar, associado a chapéus,
roupas com proteção UV e óculos escuros, é uma das medidas mais eficazes de
prevenção.
Ao contrário de um mito comum, o protetor não bloqueia
totalmente a produção de vitamina D. Evitar exposição solar entre 10h e 16h
também é fundamental, especialmente no verão.
5. Diagnóstico precoce permite tratamentos mais
eficazes
Quando descoberto no início, o câncer de pele pode ser
tratado com procedimentos simples e menos invasivos.
Em casos mais avançados, especialmente no melanoma, os
avanços da medicina trouxeram terapias-alvo e imunoterapia, que estimulam o
sistema imunológico a combater o tumor. "Com diagnóstico precoce e
tratamentos modernos, muitos pacientes alcançam controle duradouro e melhor
qualidade de vida", afirma Marinho.
Por fim, a informação, prevenção e acompanhamento
médico regular seguem sendo as principais armas contra o câncer de pele.
Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/cancer-de-pele-5-pontos-essenciais-para-prevencao-e-alerta,bdaf9a3e99b487cc1d44c9a30a67026aqm77vc63.html?utm_source=clipboard
- Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

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