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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Mais saúde em 2026: veja hábitos para colocar em prática no próximo ano


Descubra como começar o novo ano cuidando de si com mais consciência e praticidade

 

A virada de ano tradicionalmente traz consigo o desejo de mudanças positivas, especialmente quando o assunto é saúde e bem-estar. Perder alguns quilos, praticar exercícios regularmente e ter noites de sono reparadoras costumam estar no topo da lista de resoluções. No entanto, todas essas conquistas compartilham um ponto de partida comum: a qualidade da nossa alimentação diária, que determina não apenas nosso peso, mas também nossa energia, imunidade e equilíbrio emocional.

 

"A alimentação é o combustível do nosso corpo. Ela influencia tudo, desde o sistema imunológico até o equilíbrio hormonal e emocional. Não se trata de dietas passageiras, mas de entender que comer bem é um investimento direto na nossa saúde física e mental", explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho, nutrólogo, Fellow da Obesity Society FTOS (USA) e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 

Então, se você deseja transformar suas intenções em ações concretas, confira, abaixo, seis resoluções práticas focadas em saúde e bem-estar para 2026!

 

1. Redescubra os alimentos de verdade

Com tanta oferta de ultraprocessados, é preciso ser resiliente e focar o básico: comer mais alimentos integrais e minimamente processados. Isso significa, por sua vez:

 

Priorizar frutas, verduras, legumes, grãos integrais, ovos, carnes magras, feijões e castanhas;

Evitar produtos com listas longas de ingredientes, aditivos químicos ou nomes que você mal consegue pronunciar.

Essa é uma mudança simples que pode trazer mais energia, além de regular o intestino e até melhorar a pele e o sono.

 

2. Planeje melhor as refeições

Na correria, é fácil recorrer a refeições rápidas e pobres em nutrientes. Em 2026, organização é a chave para comer melhor sem esforço.

 

Dicas práticas:

 

Reserve um tempo no fim de semana para planejar os cardápios;

Cozinhe porções maiores e congele marmitas saudáveis;

Tenha sempre à mão lanches práticos e nutritivos, como iogurte natural, frutas frescas ou oleaginosas.

Esse planejamento reduz o estresse das decisões de última hora, bem como evita gastos extras e ajuda a manter o foco na saúde.

 

3. Hidrate-se com meta realista

Beber água ainda é um dos hábitos mais negligenciados e mais essenciais. Afinal, a hidratação adequada melhora a digestão, a concentração, a saúde da pele e até o humor. Para tanto:

 

Mantenha uma garrafa com água sempre por perto;

Ajuste a quantidade conforme peso, clima e nível de atividade.

Se tiver dúvidas, converse com seu médico para adaptar esse hábito à sua realidade.

 

4. Movimente-se mais

Alimentação e atividade física são, certamente, aliados inseparáveis. Não é preciso virar atleta, mas manter o corpo ativo diariamente é fundamental para o equilíbrio físico e mental.

 

Sugestões acessíveis:

 

Caminhadas de 20 a 30 minutos;

Alongamentos ao acordar;

Pausas ativas durante o trabalho (levantar, se esticar, movimentar os ombros).

"A atividade física potencializa os efeitos de uma boa alimentação: melhora o metabolismo, o sono e regulariza o apetite", reforça o nutrólogo.

 

5. Reduza o açúcar com trocas inteligentes

Uma das maneiras mais simples e eficazes de melhorar a alimentação em 2026 é repensar o que se bebe. Refrigerantes, sucos industrializados, bebidas energéticas e até chás "prontos" estão entre os principais responsáveis pelo excesso de açúcar na dieta dos brasileiros.

 

Substitua ao menos uma dessas bebidas por água, água com gás ou chás sem açúcar. Acrescente fatias de limão, folhas de hortelã ou pedaços de gengibre à sua água para dar sabor sem adição de açúcar. Parece pouco, mas esse pequeno gesto tem grande impacto na nossa saúde.

 

6. Informe-se sobre sua alimentação 

Comer melhor exige conhecimento. Em vez de seguir dietas da moda, que tal transformar o aprendizado sobre nutrição em um hábito de longo prazo?

 

Ideias práticas:

 

Informe-se e leia conteúdos em fontes confiáveis de saúde;

Marque uma consulta com um especialista para receber orientações personalizadas.

"Quanto mais você entende sobre alimentos e como eles atuam no seu corpo, mais autonomia tem para escolher de forma saudável, não por dieta, mas por estilo de vida", conclui o Prof. Dr. Durval Ribas Filho.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/mais-saude-em-2026-veja-habitos-para-colocar-em-pratica-no-proximo-ano,e9078670bc3d1dc5663aa66717cfcec4he6gwtti.html?utm_source=clipboard - Por Andréa Simões - Foto: Drazen Zigic | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Saiba quais sãos os cinco tipos de insônia segundo a ciência


Pesquisadores costumam falar em cinco tipos principais de insônia. Eles são classificados de acordo com o momento em que surgem os sintomas, a frequência e a relação com outros transtornos. Veja o que diz a ciência.

 

Estudos clínicos e epidemiológicos sobre sono indicam que a insônia não é um problema único, mas um conjunto de quadros diferentes. Em linhas gerais, pesquisadores costumam falar em cinco tipos principais de insônia. Eles são classificados de acordo com o momento em que surgem os sintomas, a frequência e a relação com outros transtornos. Assim, essa divisão ajuda a orientar o diagnóstico e o tratamento em serviços de saúde no mundo todo.

 

Ao longo das últimas décadas, universidades na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil passaram a investigar a insônia com mais detalhe. Essas investigações combinando entrevistas clínicas, exames de polissonografia e questionários padronizados. Ademais, elas alimentaram classificações internacionais, como a International Classification of Sleep Disorders (ICSD-3), da American Academy of Sleep Medicine, amplamente utilizada em centros de pesquisa e ambulatórios especializados desde 2014.

 

Quais são os cinco tipos de insônia descritos na literatura científica?

Embora existam variações entre manuais diagnósticos, muitos trabalhos científicos agrupam a insônia em cinco categorias principal. São elas: insônia inicial, insônia de manutenção, insônia terminal, insônia aguda e insônia crônica. Assim, essa forma de organização aparece em estudos de grupos de sono de instituições como a Universidade de Stanford (Estados Unidos), a Universidade de Zurique (Suíça) e a Universidade de São Paulo (USP), entre outras.

 

Esses tipos não são doenças à parte, mas descrições dos padrões de dificuldade para dormir. Afinal, em muitos pacientes, mais de um tipo pode surgir ao mesmo tempo. Por exemplo, dificuldade para pegar no sono (insônia inicial) combinada com despertares durante a madrugada (insônia de manutenção). Porém, a classificação facilita a escolha de estratégias terapêuticas que se adequem mais em ambulatórios de medicina do sono.

 

Insônia inicial, de manutenção e terminal: como os pesquisadores diferenciam?

A chamada insônia inicial caracteriza-se pela dificuldade para iniciar o sono. Estudos do Stanford Center for Sleep and Circadian Sciences descrevem esse tipo em indivíduos que levam mais de 30 minutos para adormecer, em pelo menos três noites por semana. Assim, esse padrão é avaliado por diários de sono e escalas como o Pittsburgh Sleep Quality Index, utilizados em pesquisas com adultos e adolescentes.

 

Já a insônia de manutenção caracteriza-se por despertares frequentes ou prolongados ao longo da noite. Pesquisas conduzidas pelo Sleep and Health Research Program, da Universidade do Arizona, mostraram que esse tipo está ligado a maior sonolência diurna e dificuldades de atenção. Os trabalhos frequentemente associam a insônia de manutenção a condições como apneia obstrutiva do sono, dor crônica e uso de determinadas medicações.

 

A insônia terminal, por sua vez, tem como característica o despertar precoce, com dificuldade em voltar a dormir, mesmo quando ainda seria importante permanecer na cama. Estudos observacionais da Universidade de Zurique e do Max Planck Institute of Psychiatry, na Alemanha, descrevem esse padrão sobretudo em indivíduos com quadros depressivos. Neste caso, usam entrevistas estruturadas e polissonografia para documentar a interrupção do sono nas últimas horas da noite.

 

Insônia aguda e insônia crônica: o que dizem os principais estudos?

A insônia aguda é aquela que dura pouco tempo, geralmente associada a eventos específicos, como estresse intenso, mudanças no trabalho, viagens ou doenças passageiras. Pesquisas da Harvard Medical School, especialmente do Division of Sleep Medicine, definem esse quadro como sintomas que se estendem por dias ou poucas semanas. Muitos desses estudos mostram que uma parte dos casos desaparece quando o fator desencadeante é resolvido, sem necessidade de tratamento medicamentoso prolongado.

 

Em contraste, a insônia crônica é um quadro persistente. De acordo com a ICSD-3 e com estudos multicêntricos coordenados pela Universidade de Stanford e pela Universidade de Oxford, considera-se crônica a insônia que ocorre pelo menos três vezes por semana, por três meses ou mais, acompanhada de prejuízo em áreas como trabalho, estudo ou relações sociais. Essa definição foi utilizada, por exemplo, em ensaios clínicos sobre terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I) publicados em revistas como Sleep e JAMA Psychiatry.

 

No Brasil, grupos de pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da USP também adotam essa distinção entre formas agudas e crônicas em seus estudos populacionais. Dados coletados em grandes centros urbanos apontam que a insônia crônica tende a se associar a outros problemas de saúde, como hipertensão arterial e transtornos de ansiedade, reforçando a necessidade de avaliação médica estruturada.

 

Quais estudos ajudaram a consolidar essa classificação da insônia?

Além da ICSD-3, publicada pela American Academy of Sleep Medicine, diferentes projetos colaborativos internacionais ajudaram a consolidar a divisão em cinco tipos de insônia. Entre eles, destacam-se:

 

Stanford Sleep Cohort, coordenado pela Universidade de Stanford, que acompanhou adultos por vários anos, descrevendo padrões de dificuldade para iniciar, manter e finalizar o sono.

Zurich Cohort Study, da Universidade de Zurique, que investigou a relação entre insônia terminal, sintomas depressivos e cronobiologia.

Estudos do Harvard Work, Health and Well-being Program, que analisaram insônia aguda associada a estresse ocupacional, uso de telas à noite e jornadas de trabalho prolongadas.

Pesquisas brasileiras da Unifesp e da USP, como o Estudo Epidemiológico do Sono na Cidade de São Paulo, que aplicaram questionários validados para medir insônia inicial, de manutenção e terminal na população adulta.

Esses trabalhos, somados a ensaios clínicos conduzidos em universidades como Oxford, Toronto e Melbourne, forneceram base para protocolos de tratamento direcionados ao tipo de insônia predominante. Assim, a classificação em cinco tipos de insônia funciona hoje como um guia prático para profissionais de saúde, permitindo abordagens mais específicas e alinhadas às recomendações de sociedades internacionais de medicina do sono.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/saiba-quais-saos-os-cinco-tipos-de-insonia-segundo-a-ciencia,af1722c2049443fc85e372912c7fba794zdnyykj.html?utm_source=clipboard - Por: Valdomiro Neto* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10 - depositphotos.com / HayDmitriy

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Conheça quatro benefícios da caminhada para a sua saúde


Saiba quais são as principais vantagens que essa atividade física proporciona para o corpo e para a saúde

 

Dar uma caminhada pela manhã é uma excelente forma de começar o dia, e é uma atividade muito simples de se realizar, já que qualquer pessoa, que não tenha nenhuma limitação ou contraindicação médica, pode incluir esse hábito na rotina.

 

Mesmo para quem tem uma vida muito agitada, 20 minutos diários já são o suficiente para começar a cuidar da saúde. Inclusive, a mais nova recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que os adultos realizem de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana. Ou seja, de 22 a 43 minutos por dia. Agora, se a rotina de exercícios for intensa, é recomendável 75 a 150 minutos por semana, o que dá em torno de 11 a 22 minutos por dia.

 

Começar a praticar uma atividade física é fundamental para que todas as pessoas consigam manter uma boa qualidade de vida. Aliás, não existe um tempo limite para isso. Tudo depende de seu objetivo e também da orientação profissional.

 

Contudo, para o indivíduo que é sedentário e deseja começar a se exercitar, praticar uma atividade moderada como a caminhada, por exemplo, é uma ótima opção. Veja quais são os benefícios da caminhada para o seu organismo:

 

Fortalece o sistema cardiovascular

Atividades aeróbicas como a caminhada e a corrida podem potencializar o funcionamento adequado do sistema cardiovascular e melhorar a saúde do coração, já que esses exercícios facilitam a remoção de mitocôndrias disfuncionais nas células cardíacas. Eles também contribuem para a redução do colesterol.

 

Melhora a circulação sanguínea

Praticar atividades físicas também contribui para aumentar o fluxo da circulação do sangue, melhorando o retorno venoso com a finalidade de levar oxigênio às células dos músculos e tecidos próximos.

 

Ajuda a saúde mental

A melhora do fluxo sanguíneo ajuda a proteger a memória, já que estimula mudanças químicas no cérebro que apuram o aprendizado, o humor e o pensamento.

 

Deixa as pessoas mais bonitas

Muitas pessoas não sabem, mas praticar atividade física melhora a aparência da pele. Isso porque, a melhora da circulação do sangue permite que os nutrientes ingeridos durante o dia sejam bem distribuídos e absorvidos pelo corpo.

 

Assim, o sistema linfático passa a trabalhar em maior velocidade, desintoxicando o organismo e também diminuindo a retenção de líquidos, fazendo com que a pele fique mais hidratada, corada e viçosa.

 

Fonte: https://altoastral.joaobidu.com.br/saude/beneficios-caminhada-saude.phtml#google_vignette

domingo, 14 de dezembro de 2025

Por que consumir álcool com energético pode te colocar em risco?


Comum em drinks e em longas noitadas, mistura eleva sobrecarga ao coração; entenda

 

Com o fim de ano batendo à porta, chegam também as confraternizações, as férias e aquela maratona de festas -- e, claro, a presença mais constante de bebidas alcoólicas. Uma combinação continua em alta nas baladas e nos encontros de virada: álcool com energético. A mistura, popularizada entre drinks e longas noitadas, pode parecer inofensiva, mas cardiologistas alertam que os efeitos estimulantes dos energéticos elevam a sobrecarga sobre o coração, mascaram sinais de intoxicação e aumentam o risco de arritmias.

 

Segundo o médico Fabrício da Silva, cardiologista da Clínica Amplexus, as substâncias presentes tanto no álcool quanto nos energéticos atuam diretamente no sistema elétrico do coração, causando taquicardia. O especialista acrescenta que pessoas com problemas estruturais no coração, como hipertrofia ou inflamações, têm maior suscetibilidade a quadros graves.

 

A associação pode ainda mascarar o nível de embriaguez, aumentando a ingestão de álcool e criando uma sensação falsa de energia. Para Marcelo Bergamo, cardiologista do Hospital Santa Bárbara, essa contradição entre depressão do sistema nervoso (pelo álcool) e estímulo cardiovascular (pelos energéticos) engana o organismo. "Isso pode mascarar a sensação de embriaguez, levando a maior consumo de álcool sem percepção de risco imediato, e sobrecarregar o coração, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial.", afirma.

 

Riscos aumentam no fim do ano

Tanto Silva quanto Bergamo afirmam observar maior incidência de quadros cardíacos relacionados a essa mistura justamente em períodos de festas. "Final de ano, férias, confraternizações e, consequentemente, as pessoas se expõem a uma maior quantidade de álcool e aquelas pessoas que gostam dos drinks que envolvam o álcool com o energético também acabam se expondo em maior quantidade", diz Silva.

 

Bergamo confirma que verão e feriados concentram mais casos -- especialmente em festas, bares e eventos com consumo intenso. Por esse consumo, jovens adultos, de 18 a 30 anos, são os que mais registram casos nessa época, com foco nos homens.

 

Quem está mais vulnerável?

Entre os grupos mais suscetíveis, os especialistas citam idosos, hipertensos, diabéticos e pessoas com histórico de arritmia ou doenças cardíacas. Jovens adultos, porém, estão longe de estar protegidos. "Mesmo indivíduos aparentemente saudáveis podem apresentar complicações se exagerarem na quantidade ou na frequência", afirma Bergamo.

 

Sinais de alerta

Palpitação, batimentos acelerados, dor no peito, falta de ar, tontura e pressão na cabeça estão entre os principais sintomas. O aparecimento de náusea intensa, confusão mental ou sensação de ansiedade também devem acender o alerta.

 

"Se algum desses sintomas aparecer, é fundamental não ignorá-los, mesmo que pareçam passageiros", indica Bergamo. "Procure atendimento médico imediatamente. Enquanto aguarda ajuda, hidratar-se também ajuda. Evite esforço físico, mantenha-se sentado ou deitado e, se possível, alguém deve acompanhar a pessoa. Quanto mais rápido o atendimento, menores os riscos de complicações graves."

 

Silva recomenda que, se possível, festeiros monitorem os batimentos com smartwatch, mas reforça que a medida não substitui avaliação médica.

 

Exposição repetida aumenta o risco

O consumo frequente ao longo da vida pode provocar alterações permanentes, como hipertrofia do coração, aumento da pressão arterial e lesões no ritmo cardíaco. "Quanto maior a exposição às substâncias, maiores os riscos", explica Silva.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/por-que-consumir-alcool-com-energetico-pode-te-colocar-em-risco,b12774c6e10574b3d84928a636c9b77003zvorzd.html?utm_source=clipboard - Por: Maria Luiza Valeriano - Foto: Reprodução/freepic.diller/Freepik

sábado, 13 de dezembro de 2025

Aumentar o número de passos diários poderia retardar o Alzheimer


Aumentar o número de passos diários pode ajudar a retardar as alterações cerebrais precoces associadas à doença de Alzheimer, sugere estudo realizado no Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos.

 

Os pesquisadores acompanharam quase 300 adultos mais velhos por até 14 anos e descobriram que pessoas que já apresentavam altos níveis de beta-amiloide (um sinal precoce de Alzheimer) perdiam memória e habilidades cognitivas mais lentamente se fossem fisicamente ativas.

 

Mesmo uma quantidade baixa ou moderada de movimento diário fez diferença. De fato, adultos que caminhavam de 5.000 a 7.500 passos por dia tiveram suas habilidades cognitivas declinando na metade da taxa de pessoas que eram praticamente sedentárias.

 

Além disso, mais movimento não ofereceu muitos benefícios adicionais, sugerindo que as pessoas não precisam necessariamente atingir 10.000 passos por dia para ver resultados.

 

O estudo mostrou, também, que o exercício não diminuiu o acúmulo de beta-amiloide. Em vez disso, foi associado a um crescimento mais lento da proteína tau, outra proteína tóxica do cérebro que, segundo especialistas, desempenha um papel direto nos danos celulares.

 

Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-025-03955-6.

 

Fonte: https://www.boasaude.com.br/noticias/21766/aumentar-o-numero-de-passos-diarios-poderia-retardar-o-alzheimer.html?utm_source=terra_capa_vida-e-estilo&utm_medium=referral#google_vignette

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Por quais motivos está ocorrendo um aumento de jovens com AVC?


O aumento de casos de AVC em jovens passou a chamar a atenção de médicos e serviços de saúde. Saiba por que isso está acontecendo.

 

O aumento de casos de AVC em jovens passou a chamar a atenção de médicos e serviços de saúde. Afinal, o que antes era mais associado à população idosa hoje aparece com frequência em pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos. Essa mudança de cenário liga-se a um conjunto de fatores de risco, muitos deles presentes no dia a dia e, em geral, negligenciados nessa faixa etária.

 

Ao mesmo tempo em que houve melhora no diagnóstico, com maior acesso a exames de imagem e atendimento de urgência, também se observam hábitos de vida que favorecem o surgimento do acidente vascular cerebral mais cedo. Assim, condições como descontrole da pressão alta, uso de drogas, sedentarismo e alimentação pobre em nutrientes formam um ambiente propício para que o cérebro sofra uma interrupção do fluxo sanguíneo ou um sangramento.

 

O que é o AVC em jovens e por que preocupa?

O AVC em jovens corresponde ao acidente vascular cerebral que ocorre antes dos 45 ou 50 anos, a depender do critério adotado pelos estudos. Ele pode ser isquêmico, quando um vaso sanguíneo é obstruído. Ou então hemorrágico, quando há ruptura de uma artéria cerebral. Assim, a preocupação é maior porque atinge pessoas em plena fase produtiva, com impacto em trabalho, estudo e organização familiar.

 

Entre os motivos para maior atenção ao acidente vascular cerebral em jovens estão a tendência de subestimar sintomas, a demora em procurar ajuda e a ideia de que se trata de uma doença "de idosos". Afinal, isso pode atrasar o atendimento, reduzindo as chances de recuperação. Além disso, algumas causas são diferentes das encontradas na população mais velha, envolvendo problemas genéticos, alterações de coagulação e malformações dos vasos.

 

Quais fatores de risco explicam o aumento do AVC em jovens?

Os especialistas apontam que o crescimento do AVC em jovens adultos relaciona-se diretamente ao estilo de vida atual e ao controle insuficiente de doenças crônicas. Portanto, pressão alta, diabetes e colesterol elevado aparecem cada vez mais cedo, muitas vezes sem diagnóstico. Esses quadros, somados ao tabagismo e ao consumo abusivo de álcool, aceleram o desgaste dos vasos sanguíneos.

 

Entre os principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral em pessoas jovens destacam-se:

 

Hipertensão arterial: um dos fatores mais importantes, frequentemente silencioso e sem monitoramento regular.

Tabagismo e uso de narguilé:

Sedentarismo e obesidade:

Uso de drogas ilícitas:

Consumo excessivo de álcool:

Alimentação rica em ultraprocessados:

 

Além desses fatores adquiridos, existem causas menos visíveis, como alterações de coagulação do sangue, doenças autoimunes, enxaqueca com aura em associação com tabagismo, e uso de certos anticoncepcionais hormonais em pessoas com risco aumentado. Essas condições podem atuar isoladamente ou combinadas aos hábitos de vida, elevando a probabilidade de um evento cerebral agudo.

 

Doenças silenciosas e condições específicas em jovens

Muitos jovens com AVC apresentam alguma doença prévia que não havia sido identificada ou tratada. Doenças cardíacas congênitas, como o forame oval patente, podem permitir que pequenos coágulos formados em outras partes do corpo cheguem ao cérebro. Arritmias cardíacas, mesmo transitórias, também podem contribuir para a formação de trombos.

 

Outra situação observada é a presença de trombofilias, condições que tornam o sangue mais propenso a coagular. Essas alterações podem ser genéticas ou adquiridas ao longo da vida. Em mulheres, o uso de anticoncepcionais combinados com tabagismo ou enxaqueca com aura aumenta o risco de acidente vascular cerebral, sobretudo quando há histórico familiar de trombose.

 

Doenças inflamatórias crônicas, como lúpus e outras enfermidades autoimunes, também têm participação no cenário do AVC precoce. Elas podem afetar diretamente a parede dos vasos ou interferir na coagulação. Em alguns casos, o primeiro evento grave da doença é justamente um AVC, o que reforça a importância de acompanhamento médico em quadros crônicos.

 

Estresse, sono e rotina moderna contribuem para o AVC em jovens?

O ritmo acelerado de trabalho e estudo, comum entre jovens adultos, é frequentemente associado a noites mal dormidas, excesso de estímulos digitais e dificuldades para manter uma rotina saudável. O estresse crônico está ligado ao aumento da pressão arterial, à piora da alimentação e ao maior consumo de álcool, cigarro e outras substâncias.

 

A privação de sono é outro ponto de atenção. Dormir pouco ou mal de maneira contínua interfere no metabolismo, eleva o risco de obesidade, diabetes e hipertensão e pode favorecer episódios de arritmia cardíaca. Todos esses elementos se somam na construção de um cenário mais propício ao surgimento do acidente vascular cerebral em idade jovem.

 

Nesse contexto, pequenas mudanças de hábito podem fazer diferença: monitorar a pressão arterial, buscar avaliação médica diante de sintomas persistentes, organizar horários de descanso e, sempre que possível, reduzir a exposição a fatores de risco conhecidos. A combinação entre informação, acesso a cuidados de saúde e atenção aos sinais do corpo é considerada essencial para diminuir a ocorrência de AVC entre os mais jovens e reduzir as sequelas quando o evento acontece.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/por-quais-motivos-esta-ocorrendo-um-aumento-de-jovens-com-avc,1b7ad9f5f17b0bf1d5a907e2c081dc39pew9vy78.html?utm_source=clipboard - Por: Valdomiro Neto* *com uso de Inteligência Artificial / Giro 10 - depositphotos.com / pressmaster

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Alimentos para dormir melhor: 10 opções leves para consumir à noite


Eles ajudam o organismo a produzir substâncias que contribuem para um sono profundo e reparador

 

Fim de ano é época de agenda cheia, compromissos que se estendem à noite, estímulos demais e aquela sensação conhecida: o corpo se deita, mas a mente não descansa. Com isso, é comum passar horas no celular na cama, acordar no meio da madrugada e, mesmo dormindo várias horas, sentir que o descanso não rendeu. Nesse cenário, a alimentação pode ser uma grande aliada.

 

A nutricionista Sabina Donadelli, que une ciência e práticas alimentares naturais, explica que alguns alimentos, quando consumidos à noite, funcionam quase como "mensageiros do relaxamento", ajudando o organismo a produzir serotonina e melatonina — substâncias essenciais para o sono profundo. "Dormir bem não depende apenas de hábitos digitais. A forma como jantamos dita o comportamento do corpo nas horas seguintes. Às vezes não falta sono, falta nutriente para desligar", afirma.

 

A seguir, ela lista 10 alimentos simples, acessíveis e perfeitos para incluir no jantar ou na ceia que favorecem um sono reparador, principalmente durante o período mais intenso do ano. Confira!

 

1. Banana

Rica em triptofano e magnésio, a banana ajuda a relaxar os músculos e a reduzir a tensão corporal. Quando combinada com canela, vira um calmante natural suave.

 

2. Kiwi

Quando consumido à noite, o kiwi pode ajudar no aumento do tempo total de sono e na redução de despertares. Ele é excelente para quem sente a mente acelerada ao se deitar.

 

3. Abacate

O abacate é fonte de gordura boa que sacia sem pesar e estabiliza a glicemia. "É um alimento que abraça o corpo", diz Sabina Donadelli. Com algumas gotas de limão, vira uma ceia leve e funcional.

 

4. Iogurte natural integral

O iogurte natural integral oferece triptofano e probióticos que favorecem a comunicação intestino-cérebro, ponto-chave para um sono mais profundo. O alimento pode ser acrescido de mel ou cacau.

 

5. Aveia

A aveia é fonte de fibras e triptofano. O seu consumo mantém o corpo nutrido durante a madrugada e evita aquela fome repentina durante o descanso.

 

6. Ovo

O ovo é uma proteína de fácil digestão. Uma porção pequena à noite pode estabilizar o apetite e reduzir a compulsão por doces antes de dormir.

 

7. Peixes magros (tilápia, linguado, salmão fresco)

Os peixes magros são ricos em ômega 3 e vitamina B6, que participam da produção de melatonina. Trata-se de uma opção leve para jantares tardios.

 

8. Frutas vermelhas

As frutas vermelhas são fontes de antioxidantes, que combatem inflamação e ajudam o corpo a "baixar a rotação". Morango com iogurte, por exemplo, é uma combinação certeira.

 

9. Chá de camomila ou erva-doce

O chá de camomila ou erva-doce não contém cafeína. Quando tomado 1 hora antes de se deitar, reduz a agitação mental e prepara o sistema nervoso para o descanso.

 

10. Castanhas (1 punhado)

As castanhas são fonte de magnésio, mineral relaxante que auxilia a musculatura a descansar. É importante não exceder a porção para evitar o peso gástrico.

 

Montando um jantar leve e eficiente

Para um jantar eficiente, a nutricionista Sabina Donadelli sugere pensar no prato como um trio simples: proteína leve com vegetal e um alimento calmante. Um exemplo de jantar prático para dias corridos é: peixe no vapor com legumes e meia banana com canela. Para uma ceia rápida, aposte em iogurte com aveia e morangos.

"Não se trata de comer pouco, e sim de comer com propósito. Quando nutrimos o corpo com os ingredientes certos, o sono chega mais macio", reforça.

 

Alimentos para evitar à noite

Jantares muito gordurosos, ultraprocessados, churrasco, pizza, excesso de queijos curados, frituras e chocolate perto do horário de dormir dificultam a digestão e prolongam o estado de alerta metabólico. "O corpo passa a noite tentando processar gordura e açúcar. Isso rouba energia do reparo celular, que é a função mais importante do sono", alerta Sabina Donadelli.

 

Cuide do jantar durante o fim de ano

Entre festas, confraternizações e rotina quebrada, é comum dormir tarde, beber mais, comer fora do horário e exagerar no açúcar. Ajustar o jantar pode minimizar danos, reduzir a retenção, melhorar o humor e garantir aquela sensação de acordar leve — mesmo em dezembro.

 

"O sono é o momento em que o corpo se reorganiza. Quando o jantar ajuda e não atrapalha, o amanhecer rende mais", finaliza Sabina Donadelli.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/alimentos-para-dormir-melhor-10-opcoes-leves-para-consumir-a-noite,945cc32389ae0e05d9e3bb08e966b646wd2wirv4.html?utm_source=clipboard - Por Silmara Sanches - Foto: Danijela Maksimovic | Shutterstock / Portal EdiCase

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Conheça as quatro doenças mais comuns no verão e como se prevenir


Com altas temperaturas, circulação de vírus aumenta risco de enfermidades sazonais

 

Vacinação é uma das formas de prevenção de doenças sazonais

O verão está chegando e, com as altas temperaturas, a circulação de alguns vírus aumenta o risco de doenças sazonais. No Brasil, são comuns as doenças transmitidas por mosquitos ou por vírus gastrointestinais.

 

As quatro doenças que exigem mais atenção da população durante o verão são  a dengue, a febre amarela, a hepatite A e as gastroenterites por rotavírus. Para todas elas, há imunizantes eficazes, que são apontados por especialistas como a principal estratégia de prevenção. O Portal iG conversou com infectologistas para saber os tipos certos de vacinas para cada doença.

 

A dengue, a hepatite A e o rotavírus, causam um impacto direto na saúde nesta época do ano. Por este motivo, a prevenção deve ser estratégica.

 

“A  vacinação deve ser vista como uma proteção contínua e individual que tem impacto direto na saúde pública, especialmente contra a dengue, cujo vetor se beneficia do clima quente e úmido, e contra a hepatite A e o rotavírus, que se espalham em condições sanitárias precárias ou de aglomeração. A desatenção com a vacina é um risco real e desnecessário”, afirma o infectologista Alberto Chebabo.

 

Entenda a relação do aumento de casos das quatro doenças com as altas temperaturas:

A dengue é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da chikungunya e da zika. Durante o ano, os mosquitos se reproduzem na época de chuva, geralmente entre novembro e dezembro.

 

Quando começa o verão, o transmissor já está na fase adulta e pode transmitir a doença. De acordo com uma projeção matemática feita pelo InfoDengue – Mosqlimate Challenge¹ (IMDC), são esperados  1,8 milhão de casos de dengue no Brasil em 2026.

 

Chebabo reforça a necessidade de ampliar a vacinação como medida de proteção. “O problema do aumento dos casos de dengue é agravado pela baixa cobertura vacinal contra a doença no Brasil. Ano passado, o Ministério da Saúde enviou mais de 6 milhões de doses para os estados e municípios, mas apenas 3,3 milhões foram aplicadas. Aproximadamente 1 milhão de jovens brasileiros iniciaram o esquema vacinal, mas não retornaram para a segunda dose'', afirma ao iG Saúde.

 

O imunizante contém  quatro sorotipos do vírus: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4, que atuam reduzindo o risco de infecção e também diminuem os riscos do desenvolvimento de formas graves da doença.

 

O infectologista Guenael Freire ressalta a importância da vacinação. “É fundamental que a população, mesmo que fora do público prioritário definido pelo Ministério da Saúde, procure as clínicas de vacinação para adquirir mais essa proteção.”

 

A  febre amarela é outra arbovirose combatida com vacina. Ela também merece atenção redobrada no verão, especialmente em regiões de mata ou com maior aglomeração. A febre amarela exige a imunização para quem viaja para alguns destinos internacionais e em regiões endêmicas do Norte do Brasil e Centro-Oeste.

 

A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou para um possível aumento dos casos de febre amarela nas Américas. Até maio de 2025, o número de infecções registrado foi oito vezes maior que no mesmo período de 2024. O número de mortes já supera em três vezes o total do ano passado inteiro, de acordo com a organização. Ao todo, a região já relatou 221 casos e 89 óbitos em 2025. A liderança na América Latina é do Brasil, com metade das infecções e das mortes. Em seguida vêm a Colômbia e o Peru.

 

A hepatite A também é uma infecção, mas a transmissão é fecal-oral, através de alimentos mal lavados e água contaminada. Também pode ser transmitida sexualmente quando não se usa preservativo.

 

O médico Alberto Chebabo comenta que a “transmissão sexual tem se mostrado significativa, contribuindo muito para o aumento dos casos. Por exemplo, a cidade do Rio de Janeiro registrou um crescimento de 50% em 2025 em relação ao ano anterior, totalizando quase 500 casos de hepatite A na capital do estado, de acordo com os dados locais divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. A maioria deles está associada à transmissão sexual, e não à hídrica ou alimentar.”

 

A gastroenterite por rotavírus é uma ameaça durante todo o ano, afirma o especialista Guenael Freire.

 

"Ela é conhecida como ‘virose de férias’. Tem seus surtos impulsionados no verão. Isso ocorre por causa da poluição hídrica (chuvas intensas que sobrecarregam os esgotos) e da maior exposição em ambientes de lazer."

 

Em 2025, mais de 11 mil diagnósticos foram confirmados, principalmente na Baixada Santista, em São Paulo. Todos estavam relacionados às chuvas e à contaminação da água do mar. Apesar disso, a vacina não é aplicada em todas as pessoas, como explica o especialista.

 

"No caso do rotavírus, a vacina é indicada para lactentes e é oferecida na rede particular em sua forma pentavalente. Ela é capaz de proteger contra cinco tipos de rotavírus (G1, G2, G3, G4 e P1A), que são as principais causas de gastroenterite, diarreia e desidratação grave em bebês e crianças pequenas. O imunizante também está disponível na versão monovalente (VRH1) na rede pública'', diz Guenael Freire.

 

Com o histórico de casos das doenças no Brasil, os médicos recomendam que as pessoas mantenham a carteira de vacinação atualizada e contribuam para a imunidade de rebanho. Essa será a única garantia de que estarão protegidas contra doenças que se aproveitam do verão para se espalharem.

 

Fonte: https://saude.ig.com.br/2025-12-10/especialistas-apontam-as-4-doencas-perigosas-no-verao-e-prevencao.html - Por Aline da Mata - Divulgação / EBC

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Médico aponta qual o pior inimigo da saúde do fígado e não é a gordura


O endocrinologista João Sório alerta: o maior risco para o fígado está escondido nesses alimentos industrializados.

 

Manter o fígado saudável é mais do que evitar alimentos gordurosos. Segundo o endocrinologista João Sório, em um vídeo no seu canal no YouTube, há outro vilão silencioso que merece atenção: o xarope de frutose, também conhecido como xarope de milho.

 

Presente em inúmeros produtos industrializados, ele pode comprometer a função hepática e favorecer o acúmulo de gordura no órgão, mesmo em pessoas que se consideram saudáveis.

 

O médico explica que a saúde do fígado depende de um conjunto de fatores, entre eles o equilíbrio calórico e a qualidade dos ingredientes escolhidos na sua rotina. “É importante avaliar o tipo de gordura que você consome e ter cuidado com alimentos ultraprocessados, especialmente os que contêm xarope de frutose”, afirma João Sório.

 

O verdadeiro vilão: o xarope de frutose

Embora o nome “frutose” soe inofensivo, a versão industrializada dessa substância é bem diferente daquela presente naturalmente nas frutas. “A frutose das frutas não representa risco à saúde, muito pelo contrário, vem acompanhada de fibras, vitaminas e antioxidantes. O problema está no xarope de frutose, usado para adoçar produtos industrializados”, esclarece o endocrinologista.

 

Estudos mostram que o consumo frequente desse tipo de adoçante pode aumentar a produção de gordura no fígado, contribuindo para quadros como a esteatose hepática não alcoólica (o popular “fígado gorduroso”). Além disso, o excesso de frutose industrializada está associado ao aumento da resistência à insulina e ao risco de doenças metabólicas, como obesidade e diabetes tipo 2.

 

Onde ele se esconde

O xarope de frutose aparece em muitos produtos do dia a dia, até naqueles que parecem inofensivos à primeira vista. Segundo João Sório, é fundamental ler os rótulos com atenção, já que o ingrediente pode ser listado de diferentes formas, como xarope de milho, glicose frutose, glicose/frutose ou frutose/glicose.

 

Confira alguns alimentos que comumente contêm a substância:

 

Bebidas açucaradas: sucos industrializados, refrigerantes, achocolatados e chás gelados.

Biscoitos e produtos de confeitaria: bolachas recheadas e cookies.

Molhos e condimentos: ketchup, maionese, molhos prontos e opções como mostarda e mel.

Sobremesas prontas e sorvetes industrializados.

Pães e bolos embalados, além de cereais matinais açucarados e balas.

“Se encontrar alguma sigla ou termo que não conhece, pesquise antes de consumir. É comum que o xarope apareça mascarado sob diferentes nomes”, recomenda o médico.

 

Como proteger o fígado

De acordo com João Sório, o primeiro passo é reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados e dar preferência a opções naturais e caseiras. Controlar o tamanho das porções e manter um padrão alimentar equilibrado também são medidas essenciais.

 

“Quando a alimentação é baseada em comida de verdade, como frutas, legumes, proteínas magras e gorduras boas, o fígado trabalha melhor e tem menos chance de acumular gordura. É um cuidado simples que faz toda a diferença a longo prazo”, destaca o endocrinologista.

 

Fonte: https://www.minhavida.com.br/materias/materia-26828 - Escrito por Livia D'Ambrosio - Foto: @Shutterstock

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Longevidade: o que é, como alcançar (e 10 dicas para viver mais e melhor)


Longevidade é a capacidade de viver mais tempo com saúde, autonomia e bem-estar. Alguns fatores interferem diretamente na longevidade, como alimentação saudável e equilibrada, prática de atividade física regular, dormir bem e manter relações sociais saudáveis.

 

Além disso, realizar atividades que estimulem a função cognitiva, como jogos de raciocínio e estratégia, ou simplesmente assistir a um filme e relatar para outra pessoa, e fazer exames regularmente, também são estratégias que contribuem positivamente para uma vida mais saudável a curto, médio e longo prazo.

 

Assim, ao manter bons hábitos de vida, é possível garantir uma maior qualidade de vida, de forma que o envelhecimento acontece de forma mais ativa e saudável e com menor risco de doenças crônicas.

 

O que fazer para viver mais e melhor

Algumas dicas do que fazer para alcançar a longevidade são:

 

1. Ter uma alimentação equilibrada

A alimentação saudável e equilibrada, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e legumes, fornece todos os nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo, contribuindo para a longevidade.

Além disso, a alimentação equilibrada é capaz de promover a formação e a manutenção das células envolvidas da imunidade, contribuindo para o equilíbrio do sistema imunológico e, consequentemente, diminuindo o risco de infecções.

É também importante beber pelo menos 2 litros de água por dia e evitar os alimentos ultraprocessados, como molhos prontos, macarrão instantâneo, refrigerante, biscoitos e embutidos, já que são ricos em açúcar e gorduras saturadas e trans, que aumentam o risco de doenças crônicas. Saiba mais sobre os alimentos ultraprocessados.

 

2. Praticar atividade física regularmente

A prática regular de atividade física é fundamental para a longevidade, já que os exercícios ajudam a preservar os músculos, ossos e saúde metabólica, além de também contribuir para a circulação sanguínea e o bom funcionamento do sistema imunológico, e estimular a liberação de substâncias associadas com a sensação de prazer e bem-estar, como a dopamina, serotonina e endorfina..

Dessa forma, é interessante realizar algum exercício físico pelo menos 3 vezes por semana, podendo na rotina de atividades incluir exercícios aeróbicos, de força e/ ou de mobilidade.

 

3. Manter um peso corporal saudável

O controle do peso corporal evita sobrecarga no sistema cardiovascular, no metabolismo e nas articulações, o que favorece uma vida mais longa com melhor qualidade.

Além disso, manter o peso dentro do adequado para a idade e altura ajuda a melhorar a qualidade do sono, a garantir mais energia para realizar as atividades do dia a dia e a diminuir a inflamação do corpo, contribuindo positivamente para o envelhecimento saudável e a longevidade.

 

4. Dormir bem

Ter uma boa noite de sono interfere diretamente na qualidade de vida, já que o sono suficiente e com qualidade pode contribuir para a regeneração do corpo, renovação celular, equilíbrio hormonal e função cognitiva.

É durante o sono que acontece a regulação do cortisol e da adrenalina, que são substâncias produzidas pelo corpo responsáveis pelo estresse e alerta. Assim, manter uma boa noite de sono ajuda a diminuir os níveis dessas substâncias no sangue, promovendo o relaxamento e melhorando a qualidade de vida.

 

5. Ter momentos de descanso

É importante que mesmo nas rotinas mais exigentes exista um momento de pausa e de descanso, para que a mente e o corpo relaxem e os níveis dos hormônios associados ao estresse possam diminuir.

Além disso, ao adotar momentos de descanso e relaxamento ao longo do dia, ao retornar à atividade, é possível que exista maior disposição e concentração, o que pode aumentar a produtividade, por exemplo, sem que haja sobrecarga.

 

6. Não fumar e evitar consumo excessivo de álcool

O hábito de fumar e/ ou de consumir bebidas alcoólicas em excesso podem acelerar o processo de envelhecimento, já que aumenta a quantidade de substâncias nocivas ao organismo circulantes e a inflamação, o que pode aumentar o risco de doenças e impactar diretamente na longevidade.

Dessa forma, é interessante evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas para garantir maior qualidade de vida.

 

7. Evitar o estresse

A médio e longo prazo, o estresse pode aumentar o risco de doenças, como AVC, infarto, pressão alta e depressão, por exemplo, já que interfere diretamente no bom funcionamento do organismo e provoca um desbalanço hormonal.

Assim, é importante adotar algumas estratégias que podem ajudar a relaxar e combater o estresse, como praticar meditação, yoga, caminhada, adotar técnicas de respiração, fazer uso de calmantes naturais, como passiflora e valeriana, além de realizar sessões de psicoterapia. Dessa forma, é possível ter uma vida mais longa e mais saudável.

 

8. Manter relações sociais

Manter relações saudáveis com familiares e amigos é fundamental para a qualidade de vida, já que promovem a sensação de bem-estar, impactando diretamente na longevidade. Além de manter as relações, é também interessante ter tempo de qualidade e praticar atividades prazerosas com essas pessoas, já que ajuda a manter a saúde do corpo e da mente.

 

9. Estimular o cérebro

Praticar atividades que estimulam a cognição ajudam a diminuir o risco e o impacto de doenças neurodegenerativas que podem surgir com o envelhecimento, como é o caso do Alzheimer, por exemplo, além de contribuir para a memória recente e a longo prazo, capacidade de aprendizado, raciocínio e pensamento.

Assim, é interessante ler um livro ou assistir a um filme e depois contar para outra pessoa, fazer palavras cruzadas, jogar xadrez ou dominó, por exemplo.

 

10. Fazer exames de saúde regularmente

Realizar exames de sangue regularmente ajudam a verificar como está o funcionamento do corpo e verificar se há alguma alteração que mereça atenção. Dessa forma, o médico pode iniciar precocemente o tratamento de fatores de risco relacionados a doenças que costumam aparecer à medida que a pessoa envelhece, como pressão e colesterol altos.

 

Assim, é possível manter a funcionalidade e a autonomia com o avançar da idade, promovendo a longevidade.

 

Fonte: https://www.tuasaude.com/longevidade/ - Revisão médica: Lasse Koivisto - Criado por: Marcela Lemos Biomédica