quarta-feira, 12 de novembro de 2025

5 informações essenciais sobre arritmia cardíaca e morte súbita


Alterações no batimento do coração podem indicar doenças e exigir tratamento médico

 

Em 12 de novembro, ao se celebrar o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e da Morte Súbita, o alerta sobre a importância dos cuidados com o coração ganha destaque. Esse órgão, que trabalha de forma constante para manter o corpo em funcionamento, pode apresentar alterações elétricas que comprometem sua cadência natural — as chamadas arritmias cardíacas.

 

Em um organismo saudável, o coração costuma bater entre 60 e 100 vezes por minuto, em um ritmo regular e quase imperceptível. Quando esse compasso falha, o que era rotina pode se transformar em risco. As arritmias cardíacas, causadas por distúrbios elétricos que alteram o batimento do coração, vão desde palpitações leves até situações graves de parada cardíaca.

 

De acordo com dados do National Center for Biotechnology Information (NCBI), as arritmias estão associadas a 15% a 20% de todas as mortes no mundo, sendo responsáveis por cerca de 5 milhões de casos de morte súbita por ano. Nos Estados Unidos, por exemplo, o número estimado varia entre 180 mil e 250 mil mortes anuais relacionadas a esse tipo de evento.

 

Informação pode salvar vidas

A professora de cardiologia da Afya Brasília, Rosangeles Konrad, explica que a arritmia ainda é um tema cercado de desconhecimento. "A maioria das pessoas associa o problema apenas à sensação de coração acelerado, mas nem sempre há sintomas perceptíveis, e é aí que mora o perigo", alerta. 

 

Segundo a médica, a informação pode salvar vidas. "Conhecer os sinais e os fatores de risco é tão importante quanto ter um desfibrilador por perto. Quando o coração perde sua cadência normal, a sobrevivência depende de minutos", alerta. 

 

Para auxiliar no entendimento da doença, a especialista lista 5 informações essenciais sobre arritmia cardíaca e morte súbita que todos deveriam saber, fundamentais para identificar sinais de alerta, buscar ajuda médica a tempo e entender como prevenir esse tipo de emergência. Confira!

 

1. Nem toda arritmia é perigosa, mas todas merecem atenção

Um coração saudável bate em um ritmo firme e constante, como um relógio. Quando esse ritmo se altera, acelerando, desacelerando ou ficando irregular, chama-se de arritmia. Algumas são passageiras e podem estar ligadas ao estresse, ao excesso de café ou à falta de sono. 

Outras, porém, podem indicar doenças cardíacas mais graves e exigir tratamento. O importante é não ignorar sintomas como palpitações, tonturas ou desmaios, pois eles podem ser sinais de que algo não vai bem e precisam ser investigados por um médico.

 

2. A morte súbita nem sempre dá sinais prévios

A morte súbita cardíaca costuma acontecer de forma inesperada, inclusive em pessoas aparentemente saudáveis. No entanto, há fatores de risco bem conhecidos, como histórico familiar, doenças cardíacas pré-existentes, prática esportiva intensa sem acompanhamento médico e uso de drogas ou anabolizantes. 

Realizar check-ups regulares e exames cardiológicos simples, como eletrocardiograma, ecocardiograma e teste ergométrico, pode identificar precocemente quem tem maior risco e, assim, literalmente salvar vidas.

 

3. Sintomas leves podem esconder algo sério

Cansaço fora do comum, falta de ar, palpitações ou a sensação de que o coração "bate forte" ou "falha" podem parecer algo simples, mas não devem ser ignorados. Muitas arritmias começam de forma discreta e, se não tratadas, podem se agravar com o tempo, aumentando o risco de problemas sérios, como acidente vascular cerebral (AVC) ou insuficiência cardíaca. 

Hoje, exames e tecnologias acessíveis, como o Holter, monitores portáteis e até relógios inteligentes que registram o ritmo do coração, ajudam a identificar essas alterações cedo, quando o tratamento é mais simples e eficaz. Quanto antes o diagnóstico é feito, maiores são as chances de manter o coração saudável.

 

4. Há tratamento e tecnologias a favor do coração

O tratamento das arritmias depende do tipo e da gravidade do quadro, podendo envolver o uso de medicamentos específicos, ablação por cateter, procedimento que elimina o foco elétrico anormal, além de dispositivos como marcapassos e desfibriladores implantáveis, que ajudam a controlar o ritmo cardíaco e prevenir complicações graves. 

Essas tecnologias têm salvado muitas vidas e permitem que os pacientes mantenham uma rotina normal. O acompanhamento regular com um cardiologista especializado é essencial para ajustar o tratamento e garantir que o coração siga no ritmo certo.

 

5. Prevenção é o melhor remédio e começa com o estilo de vida

Cuidar do coração é cuidar do que mantém a vida pulsando. Controlar a pressão arterial, o colesterol e o açúcar no sangue, evitar o cigarro, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividade física com orientação são atitudes simples que fazem uma enorme diferença. Esses hábitos reduzem o risco de arritmia, infarto e morte súbita, e mostram que, no fim das contas, a prevenção ainda é o melhor tratamento.

 

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/5-informacoes-essenciais-sobre-arritmia-cardiaca-e-morte-subita,081db89cb5b98c18851dc4f5999c3462jtsdntkd.html?utm_source=clipboard - Por Beatriz Felicio - Foto: freshcare | Shutterstock / Portal EdiCase

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