Segundo especialista em neurociência, as atividades físicas podem ser de grande auxílio para o bem-estar no dia a dia
Do ponto de vista da neurociência, o movimento é uma
das linguagens mais antigas do cérebro. “Quando nos exercitamos, o corpo ativa
circuitos neuroquímicos que regulam o humor, reduzem a ansiedade e fortalecem a
autoconfiança. Durante o treino, há uma liberação de dopamina, endorfina e
serotonina, neurotransmissores ligados à sensação de prazer, satisfação e
equilíbrio emocional”, explica Carol Garrafa, engenheira de formação, com
especialização em Neurociência.
Mas o impacto vai além da química: o exercício
reorganiza o cérebro. Melhora as funções executivas, como foco, atenção e
tomada de decisão, ajudando a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do
estresse. Lembrando que é preciso descansar também entre os dias de exercícios,
ou o resultado não será o mesmo.
“O verdadeiro bem-estar nasce desse ritmo dinâmico, o
de saber quando acelerar e quando respirar”, diz a especialista.
Mas, afinal, quais as melhores atividades físicas para
garantir esse bem-estar? Confira a seguir:
Melhores atividades físicas para o bem-estar
As melhores atividades, segundo Carol, são aquelas que
geram prazer e constância. Do ponto de vista da neurociência, o que mantém um
hábito não é apenas a força de vontade, mas o circuito de recompensa, o prazer
e o significado que associamos à prática.
“Atividades aeróbicas, como corrida ou natação, são
excelentes para o equilíbrio emocional. A musculação traz a sensação de
competência e autossuperação. E esportes coletivos, como o beach tennis,
estimulam conexão e pertencimento, ingredientes fundamentais para o cérebro se
sentir em bem-estar”, comenta.
Quando há motivação, o cérebro ativa a dopamina, o
neurotransmissor do engajamento. E quando ela faltar, é a disciplina que
sustenta o propósito. “Mas o primeiro passo é se reconectar com o que faz
sentido, porque o corpo só sustenta aquilo que a alma entende como verdadeiro”,
explica Carol.
Experiência pessoal
Carol não fala apenas de uma perspectiva profissional
– ela também teve sua vida melhorada pelos exercícios físicos.
O esporte sempre esteve presente na sua vida. Desde
criança, o movimento foi seu jeito de estar no mundo, primeiro nas brincadeiras
com os primos e irmãos no sítio; depois, no vôlei, mesmo com sua “pouca
altura”. “A garra sempre compensou o tamanho, e cheguei a ser atleta federada
pelo Palmeiras”, diz.
Mais tarde veio o futebol, na faculdade — onde foi
capitã do time e vivenciou o que o esporte tem de mais bonito: o espírito
coletivo, a estratégia, a superação. Mais do que as vitórias, o que ficou foi o
aprendizado: o esporte traz à tona a sua melhor versão e te confronta com a
pior.
Ele ensina sobre liderança, empatia, frustração,
paciência, e sobre o valor de treinar, de fazer o que precisa ser feito mesmo
quando não dá vontade.
“Hoje, continuo essa jornada com a musculação e o
beach tennis, que me ajudam a manter o equilíbrio mental e físico, mas também a
presença e a leveza no dia a dia. Fui convocada há dois anos para o Brasileiro
de beach tennis para jogar 30+ por São Paulo e mais uma vez a superação falou
mais alto, ficamos com bronze em uma disputa linda”, comenta.
Segundo ela, o esporte a ensinou que bem-estar não é
só estar bem, é estar inteira, em movimento, com propósito e com presença.
Fonte:
https://sportlife.com.br/especialista-explica-quais-as-melhores-atividades-fisicas-para-o-bem-estar/
- Shutterstock - By loyane

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